2008_Mai_Monit_Corrego Restinga

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2º RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DO PROJETO PLANTE BONITO PLANTIO NAS MARGENS DO CORREGO RESTINGA BONITO MS. 1. Apresentação O plantio de 104 mudas nas margens do córrego Restinga, localizado no perímetro urbano da cidade de Bonito/MS, ocorreu no dia 29 de novembro de 2007. Completando seis meses da ação realizada, o IASB realizou o segundo monitoramento no dia 28 de maio de 2008. Essa atividade faz parte do projeto Plante Bonito, que prevê ações de reflorestamento, visando contribuir na melhoria da qualidade ambiental das áreas degradadas, além de ajudar a minimizar os efeitos das emissões de gases na atmosfera (efeito estufa). 2. Atividades Realizadas Está previsto entre as atividades do projeto a manutenção das mudas até que elas adquirir condições e porte para superar a competição por água e nutrientes com outras plantas que estão regenerando em volta. As mudas plantadas nas margens do córrego Restinga estão apresentando um bom desenvolvimento e boa adaptação às condições impostas, visto que não se faz necessário um novo coroamento das mudas após três meses da realização do ultimo.

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2º RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DO PROJETO PLANTE

BONITO

PLANTIO NAS MARGENS DO CORREGO RESTINGA

BONITO – MS.

1. Apresentação

O plantio de 104 mudas nas margens do córrego Restinga, localizado no

perímetro urbano da cidade de Bonito/MS, ocorreu no dia 29 de novembro de

2007. Completando seis meses da ação realizada, o IASB realizou o segundo

monitoramento no dia 28 de maio de 2008.

Essa atividade faz parte do projeto Plante Bonito, que prevê ações de

reflorestamento, visando contribuir na melhoria da qualidade ambiental das

áreas degradadas, além de ajudar a minimizar os efeitos das emissões de

gases na atmosfera (efeito estufa).

2. Atividades Realizadas

Está previsto entre as atividades do projeto a manutenção das mudas

até que elas adquirir condições e porte para superar a competição por água e

nutrientes com outras plantas que estão regenerando em volta. As mudas

plantadas nas margens do córrego Restinga estão apresentando um bom

desenvolvimento e boa adaptação às condições impostas, visto que não se faz

necessário um novo coroamento das mudas após três meses da realização do

ultimo.

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Desenvolvimento das mudas em meio a outras vegetações

Para o monitoramento foram selecionadas 21 mudas das 86 que foram

demarcadas com estacas. Para a seleção dessas mudas foram observados

padrões como a vitalidade da planta após 3 (três) meses de plantio,

exemplares de todas as espécies plantadas e diferentes condições de

luminosidade.

Os critérios avaliados no monitoramento foram a altura do caule e seu

diâmetro na altura do solo, os quais foram medidos, respectivamente, com

auxilio de uma régua e um paquímetro.

Medição da altura do caule.

Medição do diâmetro do caule na altura do solo.

2.1 Monitoramento do crescimento das mudas

Estudos apontam que fatores ambientais como a disponibilidade de

água é um dos que mais influencia na dinâmica das comunidades vegetais,

sendo este provavelmente o mais limitante. Levando em consideração que as

mudas foram plantadas em áreas de mata ciliar, com boa umidade, a falta de

água deixou de ser um fator preocupante. Dessa forma, a altura da planta está

relacionada de forma direta com a intensidade luminosa como alternativa de

adaptação as diferentes condições encontradas (Pineiro et all, 2001).

Para o monitoramento do crescimento foram selecionados 20

exemplares de mudas que estavam com estacas, considerando as diferentes

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condições de luminosidade em que se encontra cada uma delas. Além dessas

árvores selecionadas, todas as outras se apresentavam vigorosas após três

meses de plantio, e não foi observada a morte de mais nenhuma muda além

das seis que foram constatadas após um mês da realização do

reflorestamento.

Foi realizada a medição da altura e do diâmetro do caule das mudas.

Para uma melhor visualização, os dados estão dispostos em uma tabela junto

com a medida retirada do último monitoramento.

Número da

estaca

Nome popular da árvore

Altura do caule (cm) em

29/02/2008

Altura do caule (cm) em

28/05/2008

Diâmetro do caule (mm)

em 28/05/2008

01 Canafístula 20.5 22 6

02 Peroba 15 18 4

03 Ingá 21 20 3,5

05 Aroeira 19 25,5 4

09 Peroba 16 16,5 2

12 Tarumã 26 27,5 5

19 Chico – magro 69 102 10,5

63 Angico 16 17,5 3

50 Ingá 39 54 10

49 Ipê 18 18,5 10

54 Tarumã 17 - -

82 Ingá 12 13 5

44 Canafístula 31 39 9

42 Embaúba 51 68 11

45 Aroeira 40 45 10

46 Angico 49 43 8

38 Angico 15 17 4

37 Tarumã 33 35 6

34 Tarumã 18 19,5 3

83 Embaúba 44 56,5 11

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89 Chico – magro 39 64 8

Entre as mudas demarcadas para o monitoramento, houve a morte do

tarumã, demarcado pela estaca de numero 54. Evidenciam encontradas na

área indicam que houve o pisoteamento da mudas por gado que

provavelmente passou pela cerca que isola a margem do córrego.

As espécies que apresentaram maior crescimento foi o chico – magro

que encontra-se no sol, seguidas da embaúba e ingá plantados no sol e na

sombra, respectivamente. Todas elas caracterizam-se por serem plantas

pioneiras na sucessão ecológica e por apresentarem bom desenvolvimento em

terrenos úmidos ou alagados periodicamente. Sendo que o chico – magro

apresenta uma preferência por solos secos e pedregosos (Lorenzi, 2002), o

que pode ser observados com seu melhor desenvolvimento onde a

luminosidade é mais intensa.

A tabela abaixo apresenta uma melhor visualização para a comparação

do crescimento das mudas nos diferentes níveis de luminosidade.

Crescimento da muda no intervalo

de tempo estudado (cm).

Nome Popular Sombra Sol

Canafístula 1,5 8.0

Peroba 3.0 -

Ingá 15.0 1.0

Aroeira 6.5 5.0

Tarumã 1.5 2.0

Chico – magro 25.0 33

Angico 1.5 2.0

Embaúba - 17.0

Embaúba - 12.5

Alguns níveis de luminosidade não apresentam exemplares plantados,

dessa forma não constam os dados na tabela.

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Em geral as mudas apresentaram um bom desenvolvimento, todas

respeitando as exigências de luminosidade de acordo com o seu estágio de

sucessão.

Referencia Bibliográficas:

Pineiro, Paula S., Melo, Fernanda P., Ferreira, Fernanda F., Bueno,

Paulo Agenor A. Estratégias Adaptativas em Plantas ao Longo de um

Gradiente Ambiental. Ecologia do Pantanal: Mestrado em Ecologia e

Conservação. ed.:UFMS, Campo Grande – MS, 2001.

Lorenzi, Harri. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de

plantas arbóreas nativas do Brasil. Vol. 1 e 2. ed. Nova Odessa:SP, 2002.