2009-efedeportes-fabrc3adcia

18
Efeitos metabólicos e hormonais do exercício físico e sua ação sobre a síndrome metabólica Efeitos metabólicos e hormonais do exercício físico e sua ação sobre a síndrome metabólica *Mestre em Ciência da Nutrição Universidade Vale do Rio Doce – Univale Governador Valadares, MG **Professora Doutora do Departamento de Nutrição e Saúde Universidade Federal de Viçosa - UFV, Viçosa, MG ***Professor Doutor do Departamento de Educação Física Universidade Federal de Viçosa - UFV, Viçosa, MG Fabrícia Geralda Ferreira* Josefina Bressan** João Carlos Bouzas Marins*** [email protected] (Brasil) Resumo A recomendação da prática regular de exercício físico por diferentes associações de saúde está relacionada aos benefícios desta atividade na prevenção e tratamento de doenças crônicas não transmissíveis, pois sua prática promove importantes alterações hormonais e metabólicas. O objetivo deste trabalho é realizar uma revisão de literatura apresentando os principais efeitos metabólicos e modificações hormonais do exercício físico e sua ação sobre a síndrome metabólica. Para tal, foram consultadas as bases de dados Medline, Scielo, Science Direct, Highwire e Periódicos Capes, utilizando os termos exercício e síndrome metabólica (exercise metabolic syndrome); exercício e hormônios (exercise hormone); hipotensão e exercício (hypotension exercise); hipertensão (hypertension); leptina e exercício (leptina exercise); diabtes melllitus e dislipidemia exercício (dislipidemy exercise), sendo a busca restrita aos anos de 1995 a 2005. Como principais resultados, temos que o exercício é uma medida terapêutica eficaz no tratamento da síndrome metabólica, independente da idade dos indivíduos. Há também uma forte associação da síndrome metabólica com o sedentarismo, devendo ser estimulada, portanto, a prática de exercício físico durante toda a vida. A revisão dos artigos científicos permite concluir que o exercício físico pode contribuir de forma efetiva na diminuição dos fatores de risco relacionados à síndrome metabólica. Unitermos: Síndrome metabólica. Exercício. Hormônio. Efeitos metabólicos. http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 13 - Nº 129 - Febrero de 2009 1 / 1 Introdução A síndrome metabólica é caracterizada por um somatório de distúrbios, sendo diagnosticada quando estão presentes pelo menos três dos seguintes fatores: hipertensão arterial, resistência a insulina, hiperinsulinemia, intolerância a glicose, diabetes tipo 2, obesidade central e dislipidemia (1). Para a prevenção e tratamento desta síndrome, tem sido demonstrada a necessidade de mudança no estilo de vida, por meio de uma alimentação equilibrada e prática regular de atividade física (1,2,3). file:///D|/Backup/Art-port/2009/FABRÍCIA/Efeitos%20m...20sua%20ação%20sobre%20a%20síndrome%20metabólica.htm (1 of 18)15/2/2009 12:32:55

Transcript of 2009-efedeportes-fabrc3adcia

  • Efeitos metablicos e hormonais do exerccio fsico e sua ao sobre a sndrome metablica

    Efeitos metablicos e hormonais do exerccio fsico e sua ao sobre a sndrome metablica

    *Mestre em Cincia da NutrioUniversidade Vale do Rio Doce Univale

    Governador Valadares, MG**Professora Doutora do Departamento de Nutrio

    e SadeUniversidade Federal de Viosa - UFV, Viosa, MG***Professor Doutor do Departamento de Educao

    FsicaUniversidade Federal de Viosa - UFV, Viosa, MG

    Fabrcia Geralda Ferreira*Josefina Bressan**

    Joo Carlos Bouzas Marins***[email protected]

    (Brasil)

    Resumo A recomendao da prtica regular de exerccio fsico por diferentes associaes de sade est relacionada aos benefcios desta atividade na preveno e tratamento de doenas crnicas no transmissveis, pois sua prtica promove importantes alteraes hormonais e metablicas. O objetivo deste trabalho realizar uma reviso de literatura apresentando os principais efeitos metablicos e modificaes hormonais do exerccio fsico e sua ao sobre a sndrome metablica. Para tal, foram consultadas as bases de dados Medline, Scielo, Science Direct, Highwire e Peridicos Capes, utilizando os termos exerccio e sndrome metablica (exercise metabolic syndrome); exerccio e hormnios (exercise hormone); hipotenso e exerccio (hypotension exercise); hipertenso (hypertension); leptina e exerccio (leptina exercise); diabtes melllitus e dislipidemia exerccio (dislipidemy exercise), sendo a busca restrita aos anos de 1995 a 2005. Como principais resultados, temos que o exerccio uma medida teraputica eficaz no tratamento da sndrome metablica, independente da idade dos indivduos. H tambm uma forte associao da sndrome metablica com o sedentarismo, devendo ser estimulada, portanto, a prtica de exerccio fsico durante toda a vida. A reviso dos artigos cientficos permite concluir que o exerccio fsico pode contribuir de forma efetiva na diminuio dos fatores de risco relacionados sndrome metablica. Unitermos: Sndrome metablica. Exerccio. Hormnio. Efeitos metablicos.

    http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Ao 13 - N 129 - Febrero de 2009

    1 / 1

    Introduo

    A sndrome metablica caracterizada por um somatrio de distrbios, sendo diagnosticada quando esto presentes pelo menos trs dos seguintes fatores: hipertenso arterial, resistncia a insulina, hiperinsulinemia, intolerncia a glicose, diabetes tipo 2, obesidade central e dislipidemia (1).

    Para a preveno e tratamento desta sndrome, tem sido demonstrada a necessidade de mudana no estilo de vida, por meio de uma alimentao equilibrada e prtica regular de atividade fsica (1,2,3).

    file:///D|/Backup/Art-port/2009/FABRCIA/Efeitos%20m...20sua%20ao%20sobre%20a%20sndrome%20metablica.htm (1 of 18)15/2/2009 12:32:55

  • Efeitos metablicos e hormonais do exerccio fsico e sua ao sobre a sndrome metablica

    A inatividade fsica possui uma forte relao com a presena dos componentes da sndrome metablica (4,5), sendo que o exerccio fsico um importante fator na preveno e tratamento desta sndrome, pelo fato de provocar modificaes em uma srie de respostas fisiolgicas como ser demonstrado a seguir.

    O objetivo desta reviso demonstrar os efeitos metablicos e modificaes hormonais do exerccio fsico e sua ao sobre a sndrome metablica.

    Metodologia

    Foi realizada uma reviso de literatura com base em peridicos nacionais, internacionais e livros de fisiologia que abordassem o tema proposto. Para isso, foram consultadas as bases de dados Scielo, ScienceDirect, Peridicos Capes e Highwire, utilizando os termos: sndrome metablica (exercise metabolic syndrome); exerccio e hormnios (exercise hormone); hipotenso e exerccio (hypotension exercise); hipertenso (hypertension); leptina e exerccio (leptina exercise); diabtes melllitus e dislipidemia exerccio (dislipidemy exercise). O intervalo de tempo selecionado foi 1995 2005, sendo que a incluso de algumas referncias mais antigas foi necessria em funo da relevncia cientfica demonstrada para a compreenso do tema.

    Para melhor organizao do trabalho, este ser apresentado em tpicos.

    Efeitos metablicos e modificaes hormonais decorrentes do exerccio fsico

    O exerccio fsico ocasiona diversos efeitos fisiolgicos que podem ser classificados como agudos imediatos, agudos tardios e crnicos. Os efeitos agudos so aqueles que ocorrem em associao direta com a sesso de exerccio, sendo subdivididos em imediatos, quando ocorrem imediatamente aps a sesso, ou tardios, quando ocorrem nas 24 a 72 horas aps o exerccio. J os efeitos crnicos, ou adaptaes, so os resultantes da exposio freqente e regular s sesses de exerccio (6).

    Adaptaes decorrentes do treinamento

    As adaptaes ao treinamento so dependentes do tipo, intensidade e durao da atividade desenvolvida. A prtica de exerccios aerbios, por exemplo, est associada melhoria da capacidade de realizao de exerccio submximo prolongado, aumento da

    file:///D|/Backup/Art-port/2009/FABRCIA/Efeitos%20m...20sua%20ao%20sobre%20a%20sndrome%20metablica.htm (2 of 18)15/2/2009 12:32:55

  • Efeitos metablicos e hormonais do exerccio fsico e sua ao sobre a sndrome metablica

    capacidade aerbia mxima (VO2mx), nmero de capilares, volume sistlico, hipertrofia

    do ventrculo esquerdo, quantidade, eficincia e tamanho das mitocndrias (7,8). No entanto, estas so apenas algumas das modificaes decorrentes do exerccio aerbio, sendo que o percentual de melhora destes parmetros dependente do nvel de condicionamento fsico do indivduo no incio do programa de treinamento.

    J o exerccio de resistncia est relacionado ao ganho de fora, resistncia e potncia muscular (9), assim como ao aumento da massa magra, metabolismo basal e gasto energtico (7,8).

    Estas adaptaes decorrentes dos exerccios promovem impactos diretos nos componentes da sndrome metablicos.

    Modificaes hormonais

    Dentre os efeitos fisiolgicos do exerccio fsico, um importante ponto refere-se interferncia na secreo de alguns hormnios. Os hormnios que tm sua secreo alterada pelo exerccio e que podem interferir nos componentes da sndrome metablica so: o hormnio do crescimento, as catecolaminas, o glucagon, a insulina, a endorfina e, em alguns casos, a leptina. Cada um ser discutido separadamente abaixo.

    Hormnio de Crescimento

    O hormnio do crescimento (GH), alm de ser um potente agente anablico, estimula diretamente a liplise (7,8,10). Suas concentraes encontram-se elevadas durante o exerccio, sendo que, quanto mais intenso for o exerccio, maior a quantidade liberada deste hormnio (7,8).

    Como o GH pode promover a liplise, realizar exerccios regularmente que aumentam sua taxa de secreo pode contribuir para diminuio da obesidade, que um dos componentes da sndrome metablica. Comprovando isso, Wee et al 11 demonstraram que o hormnio do crescimento aumentou a liplise no perodo de recuperao em homens moderadamente treinados, jovens e idosos, aps exerccio a 70% do VO2mx.

    Catecolaminas

    Os nveis plasmticos de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) aumentam de

    file:///D|/Backup/Art-port/2009/FABRCIA/Efeitos%20m...20sua%20ao%20sobre%20a%20sndrome%20metablica.htm (3 of 18)15/2/2009 12:32:55

  • Efeitos metablicos e hormonais do exerccio fsico e sua ao sobre a sndrome metablica

    maneira diferenciada durante o exerccio, com a concentrao de noradrenalina aumentando acentuadamente em taxas de trabalho superiores a 50% do VO2 mx,

    enquanto a concentrao de adrenalina s ir aumentar significativamente quando a intensidade do exerccio ultrapassar 75% VO2 mx.

    A atuao em conjunto destes dois hormnios promove, entre outros efeitos, o aumento da taxa metablica, da liberao de glicose e de cidos graxos livres no sangue (8), sendo que o aumento no gasto energtico positivo no combate obesidade.

    Glucagon e Insulina

    No exerccio, medida que os nveis plasmticos de glicose no sangue vo diminuindo, ocorre estimulao da glicogenlise heptica pelo aumento gradual da concentrao plasmtica de glucagon (7,8).

    Fernndez-Pastor et al (12) demonstraram que, quanto maior a durao do exerccio, maior a liberao de glucagon, sendo que, em exerccios moderados de curta durao, observa-se diminuio nos seus nveis plasmticos.

    O efeito do exerccio na concentrao de insulina o contrrio do que ocorre com o glucagon, estando suas concentraes diminudas no perodo de atividade. Os fatores que podem levar diminuio da insulina so o aumento da velocidade de transporte de glicose para dentro das clulas musculares, a ao das catecolaminas e a liberao de glucagon (13).

    A diminuio dos nveis de insulina proporcional intensidade do exerccio, sendo que, em exerccios prolongados, ocorre um progressivo aumento na obteno de energia proveniente da mobilizao de triacilglicerois (7,12).

    Desta forma, o exerccio torna-se importante por facilitar a captao de glicose e diminuir os nveis de insulina, sendo positivo para o indivduo portador de diabetes.

    Endorfinas

    As endorfinas so um tipo de opiide liberado durante o exerccio. Elas esto relacionadas maior tolerncia dor, ao controle do apetite, reduo da ansiedade, da raiva e da tenso. No exerccio aerbico, a intensidade o principal fator que

    file:///D|/Backup/Art-port/2009/FABRCIA/Efeitos%20m...20sua%20ao%20sobre%20a%20sndrome%20metablica.htm (4 of 18)15/2/2009 12:32:55

  • Efeitos metablicos e hormonais do exerccio fsico e sua ao sobre a sndrome metablica

    estimula as elevaes dos nveis plasmticos de beta-endorfina. J no exerccio de resistncia, sua liberao varia com o protocolo, sendo que maior durao e maiores intervalos de repouso entre as sries promovem melhores resultados (7).

    Constata-se que h efeitos positivos para a sndrome metablica com a liberao de endorfinas pelo exerccio. No entanto, altas cargas de treinamento podem gerar distrbios menstruais por inibio da gonadorelina hipotalmica, provocada pelos opiides (14).

    Leptina

    A leptina est relacionada regulao da saciedade, taxa metablica e massa corporal. Sua secreo realizada em maior parte pelo tecido adiposo, porm, pode ser secretada em menor quantidade pelo msculo esqueltico, epiddimo mamrio, placenta e crebro (15).

    Uma sesso de exerccio no afeta a concentrao plasmtica de leptina em homens e mulheres saudveis, sendo que as modificaes ocorridas podem ser atribudas hemoconcentrao ou s variaes no ritmo circadiano (16).

    Com relao interveno nos nveis de leptina decorrente dos efeitos crnicos do exerccio, no h consenso na literatura, com trabalhos demonstrando que o exerccio diminui sua concentrao (17,18) e o outros indicando que no h alterao (19,20).

    As modificaes hormonais decorrentes da prtica de exerccios podem ter importantes contribuies no tratamento e preveno da sndrome metablica, uma vez que podem atuar nos seus diferentes componentes.

    Exerccio fsico e sua interferncia nos componentes da Sndrome Metablica

    Exerccio fsico e obesidade

    A prevalncia de sobrepeso e obesidade tem aumentado nos ltimos anos, caracterizando um problema de sade pblica (1,21). Inmeros pesquisadores tm dedicado seus estudos explicao dos fatores que causam ou que esto associados a esta doena. No entanto, evidncias recentes tm atribudo inatividade fsica uma das principais causas da obesidade na sociedade moderna (2).

    file:///D|/Backup/Art-port/2009/FABRCIA/Efeitos%20m...20sua%20ao%20sobre%20a%20sndrome%20metablica.htm (5 of 18)15/2/2009 12:32:55

  • Efeitos metablicos e hormonais do exerccio fsico e sua ao sobre a sndrome metablica

    Comprovando estas evidncias, Slentz et al (21) mostraram que mesmo o exerccio de baixa quantidade e intensidade moderada pode promover benefcios sade, prevenindo o ganho de gordura visceral. Tem sido demonstrado que as modificaes no estilo de vida, com o aumento da prtica de atividade fsica associado reeducao alimentar, so aes importantes para o tratamento da obesidade (22).

    Os mecanismos que atribuem ao exerccio fsico um importante fator na preveno e tratamento da obesidade so a elevao da taxa metablica de repouso (TMR) (23), alteraes nos nveis das catecolaminas e estimulao da sntese protica. Os efeitos na TMR so dependentes do tipo de exerccio, durao e intensidade, podendo durar de 3 a 72 horas (7).

    O exerccio fsico tambm contribui com a elevao do gasto energtico dirio pelo aumento do efeito trmico da atividade fsica, podendo ser at 10 vezes maior que o valor da TMR quando h a participao de grandes grupos musculares (7).

    Sabia et al (24), ao comparar o efeito do exerccio fsico aerbio contnuo e intermitente associado orientao alimentar em 29 adolescentes obesos, treinando trs vezes por semana durante 16 semanas, encontraram que ambos foram eficientes na promoo de mudanas corporais, auxiliando no combate da obesidade. Houve tambm aumento da massa magra, sendo que o exerccio aerbio promoveu uma diminuio de 1,5% na massa corporal total e 4,6% no ndice de massa corporal (IMC), enquanto o exerccio anaerbio reduziu a massa corporal em 3,7% e o IMC em 7,6%. Com base nas melhoras do IMC e massa corporal total, os dois exerccio so efetivos, porm, o aerbio intermitente promoveu melhores resultados.

    Marra et al (25), ao estudar 16 homens com sobrepeso, divididos em dois grupos de exerccio (moderada intensidade 60 - 70% Fcmx e alta intensidade 75 - 90% Fcmx), por um perodo de 14 semanas, encontraram que o exerccio de alta intensidade foi mais efetivo na perda de gordura que o exerccio de moderada intensidade. Dados como os deste estudo apiam a afirmativa de que exerccios de mais alta intensidade so mais efetivos para promoo de emagrecimento.

    Metabolismo lipdico durante o exerccio

    Mobilizao dos cidos graxos livres no tecido adiposo

    file:///D|/Backup/Art-port/2009/FABRCIA/Efeitos%20m...20sua%20ao%20sobre%20a%20sndrome%20metablica.htm (6 of 18)15/2/2009 12:32:55

  • Efeitos metablicos e hormonais do exerccio fsico e sua ao sobre a sndrome metablica

    O exerccio prolongado de baixa para moderada intensidade possui como importante fonte de energia a oxidao dos cidos graxos livres derivados do tecido adiposo (26). Observa-se que nos momentos iniciais do exerccio a taxa de captao e oxidao de cidos graxos livres (AGL) aumentada pelos msculos ativos, gerando uma queda transitria na sua concentrao plasmtica. No entanto, ocorre um aumento da concentrao dos hormnios lipolticos, adrenalina, noradrenalina, glucagon, hormnio do crescimento, bem como uma reduo nos nveis de insulina, o que promove uma maior liberao dos AGL pelo tecido adiposo (26).

    medida que o exerccio progride, a taxa de mobilizao de AGL aumenta e pode exceder sua utilizao, resultando em aumento da concentrao plasmtica (27). Porm, esta taxa de mobilizao dependente da liplise, da capacidade de transporte dos AGL e de sua taxa de reesterificao.

    A capacidade de transporte de AGL do tecido adiposo influenciada pela concentrao de albumina plasmtica, sendo que durante o exerccio a concentrao de AGL aumenta e a concentrao de albumina plasmtica permanece praticamente constante. Devido a esta diferena, algumas molculas de AGL so encontradas no ligadas albumina, o que contribui para reesterificao desses cidos graxos para o tecido adiposo. A velocidade de entrada de AGL e glicerol na circulao tambm influenciada pelo fluxo sanguneo no tecido adiposo. Desta forma, como os exerccios prolongados com intensidade de 50% do VO2mx aumentam o fluxo sanguneo do

    tecido adiposo, pode ocorrer maior captao dos AGL como fonte energtica (28).

    Oxidao dos triacilglicerois intramusculares durante o exerccio

    Durante o exerccio prolongado, a reserva de triacilglicerol intramuscular pode ser uma fonte de energia importante (26), j que, segundo Maughan et al (28), a atividade da lipase lipoprotica, que responsvel pela entrada das molculas de AGL na clula muscular, no suficiente par suprir a demanda de AGL do msculo durante o exerccio. A utilizao desta reserva como fonte de energia importante, podendo supor que medida que estas reservas so depletadas, haver necessidade de ressntese, o que justifica a no observao de diferena entre suas concentraes dentro do msculo (26).

    Exerccio fsico e dislipidemia

    file:///D|/Backup/Art-port/2009/FABRCIA/Efeitos%20m...20sua%20ao%20sobre%20a%20sndrome%20metablica.htm (7 of 18)15/2/2009 12:32:55

  • Efeitos metablicos e hormonais do exerccio fsico e sua ao sobre a sndrome metablica

    O exerccio fsico tem sido amplamente empregado como medida no farmacolgica no combate dislipidemia, pois modificaes no perfil lipdico podem ocorrer decorrentes de sua prtica. Pessoas ativas, na maioria das vezes, apresentam nveis maiores de HDL-c e menores de triacilgliceris, LDL-c e VLDL-c, comparado s sedentrias (29). A ampliao da utilizao dos cidos graxos pelo tecido muscular e a maior ao da lipase lipoprotica podem explicar estas modificaes (28).

    Na literatura, possvel encontrar diversos trabalhos relacionados ao exerccio e dislipidemia. Entre eles, a metanlise, realizada por Kelley e Kelley (30), mostra que o exerccio aerbio aumenta em aproximadamente 11% a partcula HDL2-c em adultos. Este importante achado refora o papel do exerccio fsico no combate sndrome metablica, pois a partcula de HDL2 -c possui o papel de receptor final no processo de transporte do colesterol dos tecidos perifricos para o fgado, sendo que os indivduos que possuem maiores nveis dela podero ter um menor risco de doena cardiovascular.

    Ratificando a importncia do exerccio, Bhalodkar et al (31) encontraram, em seus estudos com ndios asiticos, nveis de HDL-c em mdia 11% maiores nos ndios que eram ativos, comparados com os considerados sedentrios. O tamanho da partcula de HDL-c e sua densidade tambm foram significativamente maiores no grupo ativo. Estes achados refletem a importncia do exerccio como medida no medicamentosa para este grupo populacional, j que a prevalncia de incidncia de mortalidade por doena arterial coronariana de 50 a 400% maior nestes ndios comparados a pessoas de outras etnias.

    Outro benefcio do exerccio relacionado dislipidemia foi demonstrado por Snchez-Quesada et al (32) que, ao comparar um grupo de 38 atletas com 38 indivduos sedentrios, verificaram que a partcula LDL-c de indivduos treinados era mais resistente modificao oxidativa que a dos sedentrios. Esta descoberta permite inferir que o exerccio de alta intensidade tambm pode ser protetor, ao contrrio do que era esperado, pois uma LDL-c mais resistente oxidao pode ser menos aterognica.

    A melhora do perfil lipdico, decorrente do exerccio fsico, tambm pode ser verificada em indivduos diabticos. Khawali et al (33) estudaram adolescentes diabticos e verificaram que 43,3% dos que possuam colesterol total acima de 160mg/dl obtiveram reduo quando exercitavam. Quanto ao LDL-c, 64,5% dos jovens que iniciaram o programa com valores >100mg/dl reduziram estes nveis. Em relao a HDL-c, 70,5% dos que possuam concentraes abaixo de 40mg/dl obtiveram aumento nestes nveis ao final de uma semana de interveno. No entanto, no houve

    file:///D|/Backup/Art-port/2009/FABRCIA/Efeitos%20m...20sua%20ao%20sobre%20a%20sndrome%20metablica.htm (8 of 18)15/2/2009 12:32:55

  • Efeitos metablicos e hormonais do exerccio fsico e sua ao sobre a sndrome metablica

    modificao na proporo de adolescentes com triacilglicerol > 150mg/dl.

    Achados como o de Khawali et al (33) demonstram que um programa regular de exerccio eficaz na otimizao do perfil lipdico em adolescentes com diabetes melito tipo 1. No entanto, importante deixar claro que o protocolo de atividades executadas por eles que consistia de sesses de 50 minutos de exerccios, 3 vezes ao dia, no facilmente aplicvel na prtica. Porm, benefcios semelhantes podero ocorrer com um tempo maior de prtica desportiva, como foi encontrado no estudo de Lehamann et al (34), em que um perodo de 3 meses de exerccios reduziu a LDL-c e elevou o HDL-c em indivduos diabticos.

    Exerccio fsico e hipertenso arterial

    O exerccio fsico tem sido recomendado como uma medida no farmacolgica no tratamento da hipertenso arterial (35), uma vez que diminuies na presso arterial sistmica ps-exerccio tm sido demonstradas com programas de exerccio, tanto em indivduos hipertensos como em normotensos (36 37).

    Hagberg et al. (38) verificaram que o treinamento fsico regular provoca, em mdia, reduo de 11 e 8 mmHg na presso arterial sistlica e diastlica, respectivamente, em 75% dos indivduos com hipertenso, alm de reduzir a resposta da presso arterial em treinamentos com cargas submximas de esforo (39,40).

    Observa-se que tanto a resposta aguda (41, 42) quanto crnica (33, 43) do exerccio podem influenciar no comportamento da presso arterial.

    Comprovando a ao do exerccio de forma aguda na presso arterial, Forjaz et al (42) demonstraram que uma nica sesso de trabalho promove hipotenso ps-exerccio em indivduos normotensos. Os autores verificaram que a durao da queda pressrica dependente da durao do exerccio, pois, ao comparar sesses de exerccio de 25 e 45 minutos a 50% do VO2 pico em cicloergmetro, com grupo-controle

    (no fica melhor com hfen?) sem exercitar, a maior queda pressrica ocorreu com maior tempo de atividade.

    Estes resultados foram semelhantes aos encontrados por Rebelo et al (41) que avaliaram 23 indivduos hipertensos em 3 situaes experimentais diferentes (sem exerccio, 25 e 45 minutos de atividade). A maior queda pressrica ocorreu com a

    file:///D|/Backup/Art-port/2009/FABRCIA/Efeitos%20m...20sua%20ao%20sobre%20a%20sndrome%20metablica.htm (9 of 18)15/2/2009 12:32:55

  • Efeitos metablicos e hormonais do exerccio fsico e sua ao sobre a sndrome metablica

    sesso de exerccios realizada por 45 minutos, enquanto que no houve modificao nos nveis pressricos na situao controle. A importncia clnica deste tipo de achado que provavelmente atividades de maior durao para indivduos hipertensos promovem melhor resposta hipotensora no momento de recuperao, sendo mais indicadas.

    Ishikawa-Takata et al (43), avaliando a relao dose resposta do exerccio fsico durante 8 semanas de interveno em 207 indivduos no treinados, verificaram que as diferentes situaes propostas promoveram diminuio no presso arterial sistlica e diastlica. A presso arterial sistlica teve maior reduo com a situao de maior durao de exerccio, enquanto a magnitude da reduo da presso arterial diastlica no foi estatisticamente diferente nas quatro situaes de exerccio.

    Exerccio fsico e resistncia insulina

    Com o envelhecimento e a conseqente diminuio dos nveis de atividade fsica, ocorre um aumento da obesidade central, sobretudo da gordura visceral, levando promoo de resistncia insulina. Como um dos benefcios do exerccio a reduo da adiposidade, este se correlaciona com o aumento da sensibilidade insulina (44), devendo ser incentivado, independente da idade.

    O efeito do exerccio na melhora da sensibilidade insulina foi demonstrado por Evans et al (45) em 10 idosos (mdia de 80,3 anos) que realizaram treinamento aerbio em mdia 58 minutos com intensidade de 83% da freqncia cardaca mxima, 2,5 vezes por semana por um perodo de 10 a 12 meses (108 sesses). Houve uma reduo de 19,6 pmol/l na concentrao de insulina de jejum, 19,4% de reduo na insulina, medida pela rea abaixo da curva no teste de tolerncia oral a glicose, melhora de 32% na sensibilidade insulina no teste de tolerncia oral a glicose e aumento de 29% na taxa de disponibilidade de glicose relativa concentrao de insulina durante o clamp hiperglicmico. Outros parmetros tambm foram alterados, como aumento de 15% no VO2mx, reduo de 1,6 kg de peso, perda de 1,8 kg de gordura, diminuio de 8% nos

    triacilglicerois e 10% no LDL-c.

    O treinamento de fora tambm se mostrou efetivo na melhoria da sensibilidade insulina como foi demonstrado por Ibanez et al (46), ao avaliar 9 homens idosos portadores de diabetes tipo 2. Verificou-se que, aps 16 semanas de exerccio, realizado duas vezes por semana, houve diminuio significativa de 10,3% na gordura visceral, 11,2% na subcutnea, aumento de 46,3% na sensibilidade insulina, diminuio de

    file:///D|/Backup/Art-port/2009/FABRCIA/Efeitos%20m...20sua%20ao%20sobre%20a%20sndrome%20metablica.htm (10 of 18)15/2/2009 12:32:55

  • Efeitos metablicos e hormonais do exerccio fsico e sua ao sobre a sndrome metablica

    7,1% na glicemia de jejum.

    Resultados como os descritos acima comprovam que mesmo os indivduos idosos so susceptveis s alteraes nos parmetros metablicos decorrentes do exerccio, podendo haver benefcios fundamentais para a sade nesta fase da vida.

    Exerccio e diabetes melito tipo 2

    No tratamento do diabetes tipo 2, o exerccio regular recomendado por atuar nos fatores de risco cardiovascular, controle metablico e preveno das complicaes crnicas da doena (47). Alm desses fatores, o exerccio importante como medida teraputica por ser de baixo custo, no farmacolgico e promover benefcios psicolgicos (48).

    Alguns dos benefcios ocorridos com os portadores de diabetes que se exercitam regularmente so o aumento da captao de glicose, diminuio da resistncia insulina (48), reduo de LDL-c, aumento de HDL-c (33,34) e melhora da eficincia cardaca por meio da bradicardia de repouso (49,50).

    Estes benefcios so decorrentes de modificaes agudas ou crnicas. Entre as agudas, ocorre um aumento do transporte de glicose na clula muscular e aumento da sensibilidade da clula ao da insulina. Os principais fatores que podem atuar aumentando a taxa de captao da glicose so o aumento do aporte sanguneo, permitindo a disponibilidade desse substrato para a musculatura (48), e o aumento da expresso do transportador de glicose (GLUT- 4) no msculo (51).

    J como resposta fisiolgica crnica, o exerccio regular atua no fgado, diminuindo a liberao de glicose heptica, j que est aumentada a sensibilidade insulina no tecido adiposo diminuindo a gordura abdominal; no pncreas, diminuindo a hiperinsulinemia e no tecido muscular aumentando a massa muscular, o fluxo sanguneo (48) e a concentrao de GLUT 4 (52).

    Alguns estudos demonstraram que o aumento da expresso de GLUT- 4 pode ocorrer aps poucas sesses de exerccios. Kraniou et al (51), ao comparar a expresso de GLUT 4 no msculo de seis homens adultos no treinados, que se exercitaram 60 minutos em cicloergmetro por sete dias a 75% do VO2 mx, observaram um aumento

    de 3,6 vezes em relao aos valores basais. Este achado consistente com resultados

    file:///D|/Backup/Art-port/2009/FABRCIA/Efeitos%20m...20sua%20ao%20sobre%20a%20sndrome%20metablica.htm (11 of 18)15/2/2009 12:32:55

  • Efeitos metablicos e hormonais do exerccio fsico e sua ao sobre a sndrome metablica

    de outros estudos descritos na literatura (53, 54).

    A fim de avaliar os efeitos da inatividade na concentrao de GLUT-4 no msculo, Tabata et al (52) estudaram nove homens jovens por um perodo de 19 dias, encontrando que a inatividade fsica diminua a concentrao de GLUT-4, mas o treinamento isomtrico reverteu isso. A diminuio encontrada neste estudo foi de aproximadamente 16% quando os indivduos permaneceram inativos, enquanto o grupo que tambm permaneceu em repouso, mas executou 30 contraes isomtricas por 3 segundos cada em leg - press todas as manhs, aumentou em 30% a concentrao do transportador.

    Os possveis mecanismos envolvidos no aumento do GLUT-4 ainda no foram completamente elucidados (55). Porm, independente do mecanismo envolvido, necessria uma estimulao regular pelo exerccio.

    Alm do aumento do GLUT-4, outros benefcios para os diabticos foram evidenciados pelo trabalho de SILVA & LIMA (49) que demonstraram que um programa de exerccio fsico conduzido por 10 semanas promoveu melhoras nas variveis glicemia de jejum, hemoglobina glicosilada, lipdeos plasmticos, freqncia cardaca de repouso e ndice de massa corporal em diabticos tratados ou no com insulina, sendo que o controle glicmico promovido pelo exerccio foi observado em apenas uma sesso de exerccio.

    importante destacar que a melhora no perfil lipdico dos diabticos uma importante modificao adquirida com o exerccio fsico, pois a dislipidemia, muitas vezes encontrada neste grupo, um dos fatores de risco para doena aterosclertica (56).

    Diante do exposto, fica claro que se manter regularmente ativo extremamente importante para o indivduo com diabetes melito tipo 2, uma vez que todas as modificaes promovidas pelo exerccio podem reduzir as complicaes da doena.

    Consideraes finais

    Pode-se afirmar que o exerccio age positivamente na preveno e tratamento da sndrome metablica, por provocar alteraes metablicas e hormonais.

    Os hormnios que sofrem alteraes nas suas concentraes so o hormnio do

    file:///D|/Backup/Art-port/2009/FABRCIA/Efeitos%20m...20sua%20ao%20sobre%20a%20sndrome%20metablica.htm (12 of 18)15/2/2009 12:32:55

  • Efeitos metablicos e hormonais do exerccio fsico e sua ao sobre a sndrome metablica

    crescimento, as catecolaminas, o glucagon, a insulina, a endorfina e, em alguns casos, a leptina.

    As alteraes metablicas so diminuio no percentual de gordura, presso arterial sistlica e diastlica, IMC, perfil lipdico, adiposidade abdominal e aumento da massa magra, HDL-c, captao de glicose e sensibilidade insulina.

    Constata-se, ento, que os exerccios aerbio e anaerbio so importantes formas no medicamentosas de prevenir e tratar a sndrome metablica.

    Referncias bibliogrficas

    1. Ciolac EG, Guimares GV. Exerccio fsico e sndrome metablica. Rev Bras Med Esporte 2004; 10(4): 319- 24.

    2. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Diet, nutition and the prevention of chronic diseases. Geneva, 2003.

    3. Santos RD. III Diretrizes Brasileiras Sobre Dislipidemias e Diretriz de Preveno da Aterosclerose do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras Card 2001; 3(77): 1-48.

    4. Rennie Kl, Mccarthy N, Yazdgerdi S, Marmot M, Brunner E. Association of the metabolic syndrome with both vigorous and moderate physical activity. Int J Epidemiol 2003; 32: 600-6.

    5. Lakka TA, Laaksonen DE, Lakka HM, Mnnikko N, Niskanen LK, Rauramaa R, et al. Sedentary Lifestyle, Poor Cardiorespiratory Fitness, and the Metabolic Syndrome. Med Sci Sports Exerc 2003; 35: 1279-86.

    6. Monteiro MF, Sobral Filho DC. Exerccio fsico e o controle da presso arterial. Rev Bras Med Esporte 2004; 10(6):513-6.

    7. Mcardle WD, Katch FI, Katch VL. Fisiologia do Exerccio Energia Nutrio e Desempenho Humano. 5 ed, Guanabara. Rio de Janeiro, 2003.

    8. Wilmore JH, Costill DL. Fisiologia do exerccio e do esporte. 2ed. Manole, 2001.

    file:///D|/Backup/Art-port/2009/FABRCIA/Efeitos%20m...20sua%20ao%20sobre%20a%20sndrome%20metablica.htm (13 of 18)15/2/2009 12:32:55

  • Efeitos metablicos e hormonais do exerccio fsico e sua ao sobre a sndrome metablica

    9. AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE (ACSM). Position stand: progression models in resistance training for healthy adults. Med Sci sports Exerc 2002; 24: 364-80.

    10. Guyton AC, Hall JE. Tratado de fisiologia mdica. 9ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997

    11. Wee J, Charlton C, Simpson H, Jackson NC, Shojaee-Moradie F, Stolinski M, et al. Research 2005; 15: 397404.

    12. Fernndez-Pastor VJ, Alvero JR, Prez F, Ruiz M, Fernndez-Pastor JM, Diego AM. Niveles de glucosa, glucagn y hormona del crecimento plasmticos en sujetos sedentarios y entrenados en respuesta a ejercicio mximo. Arch Med Deporte 1992; 9(36):355-60.

    13. Canali ES, Kruel LFM. Respostas hormonais ao exerccio. Rev Paul Educ Fis 2001;15 (2): 141-53.

    14. Pardini DP. Alteraes hormonais da mulher atleta. Arq Bras Endocrinol Metab 2001; 45(4): 343-51.

    15. Ahima RS, Flier JS. Adipose tissue as an endocrine organ. Trends Endocrinol Metab 2000; 11:32731.

    16. Kraemer RR, Chu H, Castracane VD. Leptin in exercise. Exp Biol Med 2002; 227: 701-8.

    17. Kumru S, Ozmerdivenli R, Aydin S, Yasar A, Kilic N, Parmaksiz C et al. Effects of regular physical exercise on serum leptin and androgen concentrations in young Women. JMHG 2005; 2( 2): 218 22,

    18. Ishii T, Yamakita T, Yamagami K, Yamamoto T, Myamoto M, Kawasaki K, et al. Effect exercise training on serum Leptin Levels in type 2 diabetic patients. Metabolism 2001; 50(10): 1136-40.

    19. Houmard JA, Cox JH, Maclean PS, Barakat HA. Effect of Short-Term Exercise Training on Leptin and Insulin Action. Metabolism 2000; 49(7): 858-61.

    file:///D|/Backup/Art-port/2009/FABRCIA/Efeitos%20m...20sua%20ao%20sobre%20a%20sndrome%20metablica.htm (14 of 18)15/2/2009 12:32:55

  • Efeitos metablicos e hormonais do exerccio fsico e sua ao sobre a sndrome metablica

    20. Perusse L, Gollier G, Gagnon J, Leon AS, Rao DC, Skinner JS, et al. Acute and chronic effects of exercise on leptin levels in Humans. J Appl Physiol 1997; 83(1):510.

    21. Slentz CA, Aiken, LB, Houmard JA, Bales CW, Johnson Jl, Tanner, Chj, et al. Inactivity, exercise, and visceral fat. STRRIDE: a randomized, controlled study of exercise intensity and amount. J. Appl Physiol 2005; 99: 1613-8

    22. AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE (ACSM) stand position on the appropriate intervention strategies for weight loss and prevention of weight regain for adults. Med Sci Sports Exerc 2001; 33:2145-56.

    23. Hill JS, Melby C, Johnson Sl, Peters, JC. Physical activity and energy requirements. Am J Clin Nutr 1995; 62: S1059-66.

    24. Sabia RV, Santos JE, Ribeiro RPP Efeito Da atividade fsica associada orientao alimentar em adolescentes obesos: comparao entre exerccio aerbico e anaerbico. Rev Bras Med Esporte 2004; 10(5):349-55.

    25. Marra C, Bottaro M, Oliveira HJ, Novais JS. Effect of moderate and high intensity aerobic exercise on the body composition of overweight men. J Exerc Physiol 2005; 8 (2): 39-45.

    26. Duarte AFA, Moreira SB. O metabolismo lipdico durante o exerccio. Rev Educ Fs 2001; 125:4-12.

    27. Turcotte LP, Richter EA, Kiens, B. Lipid metabolism during exercise. In: Exercise metabolism. Ed: Mark Hargreaves. Champaing: Human Kinetics. 1995; 99-130.

    28. Maughan R, Michael G, Greenhaff, PL. Bioqumica do exerccio e do treinamento. Editora Manole, 2000

    29. Durstine Jl, Haskell Wl. Effects of exercise on plasma lipids and lipoproteins. Exerc Sport Sci Rev 1994; 22:477- 21.

    30. Kelley GA, Kelley KS. Aerobic exercise and HDL2-C: A meta-analysis of randomized controlled trials. Atherosclerosis, 2005; 5-9.

    file:///D|/Backup/Art-port/2009/FABRCIA/Efeitos%20m...20sua%20ao%20sobre%20a%20sndrome%20metablica.htm (15 of 18)15/2/2009 12:32:55

  • Efeitos metablicos e hormonais do exerccio fsico e sua ao sobre a sndrome metablica

    31. Bhalodkar NC, Blum S, Rana T, Bhalodkar A, Kitchappa R, Enas EA. Effect of Leisure Time Exercise on High-Density Lipoprotein Cholesterol, Its Subclasses, and Size in Asian Indians. Am J Cardiol 2005; 96: 98-100.

    32. Sanchez-Quesada JL, Ortega H, Pays-Romero A, Serrat-Serrat J, Gonzles-Sastre F, Lasuncin MA, Ordez-Lianos j. LDL from aerobically-trained subjects shows higher resistance to oxidative modification than LDL from sedentary subjects. Atherosclerosis 1997; 132: 20713.

    33. Khawali C, Andriolo A, Ferreira SRG. Benefcios da atividade fsica no perfil lipdico de pacientes com diabetes tipo 1. Arq Bras.Endocrinol Metab 2003; 47(1):49-54.

    34. Lehmann R, Kaplan Y, Bingisserr R, Bloch KE, Spinas GA. Impact of physical activity on cardiovascular risk factors in IDDM. Diab care 1997; 20:1603-11.

    35. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA (SBC). IV Diretrizes Brasileiras de Hipertenso Arterial Arq Bras Cardiol 2004; 82, (suplem IV):1-14.

    36. Ciolac EG, Morgado CO, Bortoloto LA, Doria E, Bernik M, Lotufo PA. Exerccio intervalado melhor que exerccio contnuo para diminuir a presso arterial 24 horas ps-exerccio em hipertensos. Rev Soc Cardiol Est So Paulo 2003; 13 (2 Supl):48.

    37. Whelton SP, Chin A, Xin X, HE J. Effect of aerobic exercise on blood presure: a meta-analysis of randomized, controlled trials. Ann Intern Med 2002; 136: 493-503.

    38. Hagberg JM, Park JJ, Brown MD. The role of exercise training in the treatment of hypertension: an update. Sports Med 2000; 30: 193206.

    39. Lima EG, Herkenhoff F, Vasquez EC. Monitorizao ambulatorial da presso arterial em indivduos com resposta exagerada dos nveis pressricos em esforo. Influncia do condicionamento fsico. Arq Bras Cardiol 1998; 70: 2439,

    40. Seals DR, Silverman HG, Reiling MJ et al. Effect of regular aerobic exercise on elevated blood pressure in postmenopausal women. Am J Cardiol, 1997; 80: 4955.

    file:///D|/Backup/Art-port/2009/FABRCIA/Efeitos%20m...20sua%20ao%20sobre%20a%20sndrome%20metablica.htm (16 of 18)15/2/2009 12:32:55

  • Efeitos metablicos e hormonais do exerccio fsico e sua ao sobre a sndrome metablica

    41. Rebelo FPV, Benetti M; Lemos LS Carvalho, T. Efeito agudo do exerccio fsico aerbio sobre a presso arterial de hipertensos submetidos a diferentes volumes de treinamento. Rev. Bras Ativ Fs e Sade 2001; 06(2): 28-38.

    42. Forjaz CLM, Santaella DF, Rezende LO, Barreto ACP, Negro CE. A durao do exerccio determina a magnitude e a durao da hipotenso Ps-exerccio Arq Bras Cardiol 1998; 70(2):99-104.

    43. Ishikawa-Takata K, Ohta T, Tanaka H. How much exercise is required to reduce blood pressure in essential hypertensives a dose-response study. Am J Hypertens 2003; 16(8):629-33.

    44. Boule NG, Haddad E, Kenny GP, Wellsga, Sigal RJ. Effects of exercise on glycemic control and body mass in type 2 diabetes mellitus. JAMA 2001; 286:1218-27.

    45. Evans EM, Racette SB, Peterson LR, Villaneal DT, Greiwe JS, Holloszy JO. Aerobic power and insulin action improve in response to endurance exercise training in healthy 7787 yr olds. J Appl Physiol 2005; 98: 405.

    46. Ibanez J, MIKEl J, Naki AU, Luis F, Jose Ll, Marisol GU, Fernando I, Esteban MG. Twice-Weekly Progressive ResistanceTraining Decreases Abdominal Fat and Improves Insulin Sensitivity in OlderMen With Type 2 Diab Care 2005; 28:662-7.

    47. AMERICAN DIABETES ASSOCIATION: Diabetes mellitus and exercise. Diab Care 2003; 26(1): S64-8.

    48. Irogoyen MC, Angelis K, Schaan BD, Fiorino F, Michlini LC. Exerccio fsico no diabetes melito associado hipertenso arterial sistmica. Rev Bras Hipertens 2003; 10(2): 109-16.

    49. Silva CA, Lima WC. Efeitos benficos do exerccio no controle metablico do diabetes mellitus tipo 2 curto prazo. Arq Bras Endocrinol Metab 2002; 46(5): 550-6.

    50. Pollock, ML, Wilmore JH. Exerccio na sade e na doena: avaliao e prescrio para preveno e reabilitao 2 ed. Rio de Janeiro: Medsi,1993

    file:///D|/Backup/Art-port/2009/FABRCIA/Efeitos%20m...20sua%20ao%20sobre%20a%20sndrome%20metablica.htm (17 of 18)15/2/2009 12:32:55

  • Efeitos metablicos e hormonais do exerccio fsico e sua ao sobre a sndrome metablica

    51. Kraniou GN, Cameron Smith D, Hargreaves M. Effects of short-term training on Glut 4 nRNA and protein expression in human skeletal muscle. Exp. Physiol 2004; 89 (5): 559- 63.

    52. Tabata I, Suzuki Y, Yokozeki T, Akima H, Funato F. Resistance trianing affects GLUT content is skeletal muscle of humans after 19 days of head-down bed rest. J Appl Physiol 1999; 86(3): 909-14.

    53. Phillips SM, Han XX, Green HJ, Bonen A. Increment in skeletal muscle GLUT-1 and GLUT- 4 after endurance training in humans. Am J Physiol Endocrinol Metab 1996; 270: E456 62.

    54. Houmard JA, Hickey MS, Tyndall Gl, Gavigan KE, Dohnm GL. Seven days of exercise increse GLUT- 4 protein content in human skeletal muscle. J Appl Physiol 1995; 79: 1936 8.

    55. Dohn GL. Regulation of skeletal muscle GLUt-4 expression by exercise. J Appl Physiol 2002; 93: 782-7.

    56. Rabelo LM, Martinez TLR. Dislipidemia. Rev Soc Cardiol Estado de So Paulo 1998; 8 (5):908 13.

    Outros artigos em Portugus

    revista digital Ao 13 N 129 | Buenos Aires, Febrero de 2009 1997-2009 Derechos reservados

    file:///D|/Backup/Art-port/2009/FABRCIA/Efeitos%20m...20sua%20ao%20sobre%20a%20sndrome%20metablica.htm (18 of 18)15/2/2009 12:32:55

    Local DiskEfeitos metablicos e hormonais do exerccio fsico e sua ao sobre a sndrome metablica

    DNPIFLIIIGBLNJKFDOFJLIKMOOPBAIPI: form1: f1:

    form2: x: f1: partner-pub-7621742700180041:gat9we-5w32f2: FORID:10f3: ISO-8859-1f4:

    f5: Buscarf6: