2011 Volume 1 CADERNODOALUNO FILOSOFIA EnsinoMedio 2aserie Gabarito

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Gabarito – Caderno do Aluno Filosofia 2ª série – Volume 1 1 Desafio Páginas 3-5 1. O objetivo principal do primeiro quadro é provocar o debate entre os alunos a respeito do problema filosófico da fundamentação teórica da existência. É preciso que os alunos procurem perceber que algo dado como natural nem sempre envolve respostas simples. Ressalte a importância de anotar as respostas como forma objetiva de participação. Para o segundo quadro, o dilema entre sonho e realidade perante a razão é mais um fomento para o debate iniciado na primeira questão. É necessário encontrar a realidade sem que ela se confunda com o sonho. Considere a importância de anotar as respostas como forma objetiva de participação. O terceiro quadro segue, ainda, com o debate e alguns argumentos do filósofo René Descartes. Os alunos deverão usar a imaginação para perceber o problema da fundamentação teórica da existência por meio de outro ponto de vista. É necessário encontrar a realidade sem que ela se confunda com a memória. Ressalte a importância de anotar as respostas como forma objetiva de participação. No último quadro, em meio ao debate, os alunos precisam confrontar a realidade com o virtual. Como ter certeza na hora de distingui-los? É preciso encontrar a realidade sem que ela se confunda com o virtual. Ressalte a importância de anotar as respostas como forma objetiva de participação. 2. Esta atividade requer que os alunos se aproximem da conclusão do cogito cartesiano. Na medida em que ele ingressou no debate a respeito da fundamentação teórica do real, ele poderá perceber, no trecho filosófico da página 5, a resposta moderna a esse problema filosófico. SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 O EU RACIONAL

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Gabarito – Caderno do Aluno Filosofia 2ª série – Volume 1

1

Desafio

Páginas 3-5

1. O objetivo principal do primeiro quadro é provocar o debate entre os alunos a

respeito do problema filosófico da fundamentação teórica da existência. É preciso

que os alunos procurem perceber que algo dado como natural nem sempre envolve

respostas simples. Ressalte a importância de anotar as respostas como forma objetiva

de participação.

Para o segundo quadro, o dilema entre sonho e realidade perante a razão é mais um

fomento para o debate iniciado na primeira questão. É necessário encontrar a

realidade sem que ela se confunda com o sonho. Considere a importância de anotar

as respostas como forma objetiva de participação.

O terceiro quadro segue, ainda, com o debate e alguns argumentos do filósofo René

Descartes. Os alunos deverão usar a imaginação para perceber o problema da

fundamentação teórica da existência por meio de outro ponto de vista. É necessário

encontrar a realidade sem que ela se confunda com a memória. Ressalte a

importância de anotar as respostas como forma objetiva de participação.

No último quadro, em meio ao debate, os alunos precisam confrontar a realidade com

o virtual. Como ter certeza na hora de distingui-los? É preciso encontrar a realidade

sem que ela se confunda com o virtual. Ressalte a importância de anotar as respostas

como forma objetiva de participação.

2. Esta atividade requer que os alunos se aproximem da conclusão do cogito

cartesiano.

Na medida em que ele ingressou no debate a respeito da fundamentação teórica do

real, ele poderá perceber, no trecho filosófico da página 5, a resposta moderna a esse

problema filosófico.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1

O EU RACIONAL

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Gabarito – Caderno do Aluno Filosofia 2ª série – Volume 1

2

Como posso provar que existo

Se tudo isto fosse um sonho, só uma coisa eu ainda seria capaz de fazer:

Pensar

Se tudo isto fosse uma ilusão e este meu corpo não existisse, ainda teria uma certeza:

Eu penso

Se tudo isto fosse uma loucura, ainda que de modo peculiar:

Eu pensaria

Se eu fosse um programa de computador, ainda assim:

Eu pensaria

Se eu fosse uma memória, mesmo

assim:

Eu pensaria

Se eu duvido da existência de tudo, não importa; duvidar prova que:

Eu penso e por isto existo.

Páginas 5-6

1. Esta resposta depende das palavras desconhecidas ou consideradas difíceis pelos

alunos. O interessante é que ele seja motivado a registrar e pesquisar em dicionários da

Língua Portuguesa e, principalmente, dicionários de Filosofia, e que registre os

resultados.

Páginas 6-8

1. Considere que os alunos deverão compor sua resposta com elementos do texto

explicados em sua linguagem. O importante é fazer que os alunos leiam e entendam

o texto de Descartes.

Do mesmo modo que a questão anterior, os demais itens são exercícios de leitura

minuciosa. Os alunos precisam exercitar o máximo a sua leitura. Como apoio

didático, seguem sugestões de resposta.

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3

a) Como podemos nos enganar baseando-nos nas informações obtidas pelos

sentidos como o olfato, o paladar, a visão, o tato e a audição, Descartes rejeitou todas

essas sensações. Afinal, quem nunca confundiu uma imagem, som ou sabor?

b) Quando procuramos raciocinar, podemos nos enganar. O raciocínio nem sempre

é perfeito e, por isso, foi rejeitado por Descartes. Afinal, mesmo sabendo fazer contas

é comum errarmos.

c) Quando dormimos, nosso sonho parece ser real. Do mesmo modo, quando

estamos em estado de vigília, por vezes, temos as mesmas ideias de quando

dormimos. No sonho e na realidade sentimos e pensamos ideias semelhantes. Por

exemplo, ideia de mãe, de cachorro e de escola. Como essas ideias que aparecem no

sonho e na realidade geram dúvida, Descartes as rejeitou.

d) Mesmo duvidando de tudo, Descartes percebeu algo de que tinha certeza: ele

estava duvidando. Duvidar é uma função do pensamento. Duvidar é pensar. Portanto,

se Descartes duvidava, então ele pensava. Pensar era a única certeza.

Ao distinguir sonho de vigília, sentidos, raciocínios, Descartes constata que em

qualquer situação o pensamento permanece como única realidade inquestionável.

e) Descartes pensou que na relação entre pensar e existir nada existe de garantia de

verdade, a não ser que via com clareza que para pensar é preciso existir, daí concluiu

que poderia tomar como regra geral que as coisas concebidas com clareza e distinção

são todas verdadeiras.

Páginas 8- 9

1. Para cada resposta, será necessário pesquisar em fontes especializadas em Filosofia.

Peça aos alunos que evitem respostas de dicionário ou vocabulário comum da língua

ou de outras ciências. Uma palavra pode ter vários sentidos, mas o que queremos é

como ela é classicamente problematizada pela Filosofia. Outro ponto importante

consiste em evitar debates que levem o aluno a um ceticismo prévio, fazendo que ele

rejeite o próprio debate filosófico.

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4

• Razão: Espera-se que os alunos respondam que razão é a faculdade ou

capacidade que orienta os homens e as mulheres em todos os campos da sua vida;

por ela, consegue-se fazer investigação e análise da própria consciência.

• Existência: Espera-se que os alunos respondam que existência é a delimitação

ou definição de alguém ou de alguma coisa.

• Percepção: Espera-se que os alunos respondam que percepção consiste na

atividade de conhecer um objeto e determinar a sua relação com o mundo. Pode-se

conhecer um objeto apenas sob o ponto de vista estritamente biológico ou

fisiológico, quando se recorre, por exemplo, aos órgãos dos sentidos. O objeto é

visto, é tocado, é cheirado etc. A percepção pode envolver outros fenômenos mais

complexos, como a memória, por exemplo, que pode influenciar a interpretação do

que o órgão dos sentidos nos mostrou.

• Juízo: Espera-se que os alunos respondam que juízo é a capacidade de avaliar,

escolher e atribuir valores a alguém ou a alguma coisa.

Páginas 9-11

1. Resposta pessoal, mas que precisa ser metódica. O aluno necessita, para responder,

compreender a diversidade das funções intelectuais, entender que o intelecto pode ser

desenvolvido e que dessa forma, o potencial e as habilidades intelectuais podem ser

melhoradas. Como o espaço é reduzido, ele certamente poderá responder no caderno.

2.

a) Resposta pessoal, mas que precisa ser metódica. A autoavaliação é o aspecto

básico da reflexão – da teoria para pensar sobre si mesmo. Observar até agora os

limites das funções intelectuais, por meio das dificuldades, sugere um debate para

melhorar essas funções. Eis o aspecto da reflexão.

b) e c) Resposta pessoal, mas que precisa considerar, por meio da reflexão, sua

realidade pessoal e o desenvolvimento das funções intelectuais.

d) Resposta pessoal, que deve ser propositiva. Uma vez encontrada a maior

dificuldade, é preciso pensar na superação dessa dificuldade. Assim, esta atividade

poderá conduzir à reflexão ética constante.

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Gabarito – Caderno do Aluno Filosofia 2ª série – Volume 1

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Páginas 11-12

1. Texto A.

Os alunos precisam escrever um pequeno resumo do que aprendeu efetivamente.

Tendo em vista o espaço reduzido, os alunos poderão responder no caderno.

Página 12

Fundamental para avaliação, esta atividade consiste em três elementos: vocabulário

filosófico, coerência argumentativa e clareza das ideias. Na medida do possível, oriente

sobre questões gramaticais e ortográficas.

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Páginas 14-15

1. Para cada resposta, será necessário pesquisar em fontes especializadas em Filosofia.

Peça aos alunos que evitem respostas de dicionário ou vocabulário comum da língua

ou de outras ciências. Uma palavra pode ter vários sentidos, mas o que queremos

consiste em como ela é classicamente problematizada pela Filosofia. Outro ponto

importante refere-se a evitar na pesquisa debates que levem o aluno a um ceticismo

prévio, fazendo que ele rejeite o próprio debate filosófico.

• Ética: espera-se que os alunos respondam que ética é o conhecimento e a

investigação a respeito da ação humana. Procura-se saber quais são os melhores

meios para os melhores fins, com base na compreensão da existência humana.

• Moral: espera-se que os alunos respondam que moral consiste nas normas e nos

valores para ação do ser humano, com base em uma doutrina ou concepção ética.

• Virtude: espera-se que os alunos respondam que virtude consiste na capacidade

moral ou força moral para ação.

• Vício: espera-se que os alunos respondam que vício constitui a incapacidade

moral, a tendência de deixar de fazer algo que poderia ser julgado como bom.

• Prazer: espera-se que os alunos respondam que prazer é uma sensação de

satisfação que, em geral, é curta. Quando é muito prolongada, é considerada

felicidade.

• Dor: espera-se que os alunos respondam que dor é uma emoção ou sensação de

negação ou sofrimento, pode ser física ou emocional.

• Conhecimento: espera-se que os alunos respondam que conhecimento é a

condição de entender, descrever, fazer ou calcular um objeto, um fato, uma

característica, uma organização, uma previsão ou um sentido.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2

INTRODUÇÃO À ÉTICA

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• Alma: espera-se que os alunos respondam que alma é um conjunto de operações

psíquicas, considerada substância separada do corpo, principalmente para a Filosofia

Antiga e Medieval.

Páginas 15-16

1. Provocar um debate teórico a respeito das ações humanas é o objetivo deste

exercício. Para isso, é preciso avaliar de forma racional a ação dos jovens agressores.

O segundo quadro leva o aluno a observar a ação ética do taxista, como oposição ao

crime anterior. A compreensão e a reflexão necessitam ser claras e objetivas,

evitando respostas emocionais ou de fundo meramente religioso.

Páginas 17-18

Os alunos precisam compreender a base cultural dos sistemas morais, que nem

sempre é uma justa normatização. Eis o motivo da tentativa de diferenciação. A seguir

seguem sugestões de respostas; no entanto, os alunos precisam aprofundar tais questões,

pois estamos tratando a respeito da formação individual da autonomia, e não apenas de

adaptação social.

1. Moral são as regras e as normas de conduta de uma sociedade.

2. Não matarás; não deves mentir; a nudez é feia.

3. Ética é a reflexão sobre o agir e sobre a conduta.

4. Preciso pensar antes de aceitar; se eu não fizer isso, posso ter problemas maiores

depois; conforme a situação, isso pode ser muito ruim.

Páginas 18-19

1. Resposta pessoal, que deve ser metódica. Os alunos deverão refletir sobre como

pensa para tomar decisões: o que ele leva em consideração, sua vontade, seus

desejos, os valores sociais? O que está em jogo para alcançar o melhor caminho?

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Essa autoavaliação é importante, uma vez que muitos perceberão que ao pensar sobre

sua forma de elaborar as ações passam por preconceitos ou pela alienação moral.

2. Resposta pessoal, que deve ser metódica. Quais são as fontes de verdade? De onde

vem a sua justiça ou injustiça pessoal? Esta questão procura fazer que os alunos

percebam seus valores e contravalores pessoais.

3. Resposta pessoal. Com base nestas avaliações, os alunos deverão compreender que a

ação moral requer um crescimento constante e que há elementos concretos que

viabilizam essa ação. Na primeira Situação de Aprendizagem, o intelecto estava em

pauta, nesta, a pauta consiste em utilizá-lo para o crescimento ético. A ordenação das

atividades sugere o uso da razão na elaboração de uma vida mais ética.

Compreendendo seus limites, pode-se elaborar um plano pessoal de

desenvolvimento.

Páginas 19-22

Respostas de acordo com reflexão de cada aluno. O aluno, com base nos conceitos

apresentados, precisa imaginar situações reais desses vícios. Por exemplo: quando se é

covarde? Quando se tem coragem? Quando se é temeroso? A ideia de situações deve

sobrepor-se a possibilidade de criação de estereótipos, como “o covarde”. Tendo em

vista o espaço muito limitado para a realização da atividade proposta, ela poderá ser

feita no caderno.

Páginas 22-24

Todas estas questões são baseadas na necessidade de o aluno ler e compreender um

texto filosófico. Essa experiência é fundamental na medida em que exige um

desenvolvimento intelectual de alto nível. O objetivo geral é escrever em linguagem

comum o que querem dizer as máximas filosóficas indicadas. A seguir, há sugestões de

respostas (para apoio didático) que envolvem o texto e o contexto filosófico epicurista.

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1. O importante é que os alunos identifiquem e destaquem palavras que considere de

difícil compreensão e possa buscar em dicionários os significados correspondentes.

Este exercício favorece o hábito de pesquisar significados.

2. Além de compreenderem o texto, os alunos serão levados a pensar sobre temas

metafísicos e características humanas que são atribuídas às divindades. Sugestão de

resposta: os seres imortais, ou os deuses, não agem por impulso, raiva ou bondade,

pois são os seres perfeitos, e quem age assim são os seres imperfeitos, ou seja, os

mortais. Além disso, para Epicuro, a raiva e a bondade podem acarretar sofrimento e

seres perfeitos não sofrem, pois eles vivem na mais profunda tranquilidade.

3. Como se sabe, as doenças geram sofrimento. No entanto, quando a doença termina,

surge o prazer, que é o fim do sofrimento. Quanto mais dura a dor, maior será o

prazer, para Epicuro. Por isso, para o filósofo, após uma longa doença virá um

grande prazer. Essa outra forma de ver a dor, e, também, o prazer, pode ajudar na

elaboração da autonomia.

4. Segue-se, nesta questão, o aprofundamento teórico iniciado na questão anterior.

Sugestão de resposta: a relação entre prazer e dor consiste em que, ao final de uma

delas, surge a outra. Ou seja, ao final do prazer surge a dor e ao final da dor surge o

prazer. Precisamos escolher os prazeres que acarretem menos dor quando eles

acabarem.

5. Esta questão visa à compreensão de critérios epistemológicos para elaboração de

reflexão ética. Sugestão de resposta: quando se evitam todas as sensações, perde-se o

critério para distinguir uma de outra. Logo, um indivíduo que procura não sentir nada

não conseguirá saber o que é melhor para ele.

6. Ao retornar ao texto para discutir a amizade, os alunos poderão refletir sobre esse

tema na vida contemporânea. Sugestão de resposta: a amizade é importante porque

dela se origina toda a felicidade. A amizade é um prazer duradouro.

7. A questão final deve ser o resumo da ideia central da ética epicurista. Sugestão de

resposta: todos os prazeres são importantes, no entanto, quando um prazer acaba

inicia-se a dor. É preciso, então, escolher prazeres que acarretem menos dor ao

final. Por exemplo, há muito prazer em correr com o carro, mas pode ser que ele bata

e nos cause dores inimagináveis.

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Páginas 25-26

No mundo ocidental é difícil compreendermos uma ética não religiosa. O

pensamento de Epicuro nos ajuda a pensar em uma proposta secular para a ética. Por

isso, toda a análise deve ajudar os alunos a compreenderem a reflexão ética e sua

operacionalidade no cotidiano. Os quatro conselhos epicuristas podem ser vivenciados

ou compreendidos mesmo no cotidiano dos alunos. A seguir há respostas de apoio para

os temas, mas lembre-se que a possibilidade de aprofundá-las é o objetivo principal.

1. Esta questão deve colocar a adesão como um debate público, já que as ações

religiosas interferem neste espaço. Sugestão de resposta: não assumir uma fé por

medo de castigo, mas por alegria de participar de um grupo religioso.

2. Esta questão deve colocar a ciência no contexto da ética pessoal. Como agir a partir

de conhecimentos científicos? Sugestão de resposta: no contexto atual, as pessoas

procuram evitar a morte de todas as maneiras, deixando de viver a vida, com medo

do que virá depois. Para Epicuro, a morte é a separação de átomos, sem dor. E, por

isso, não podemos deixar de viver a vida por medo da morte.

3. O objetivo aqui é pensar e retomar os critérios de Epicuro, exercitando, assim, o

conhecimento e a prática da reflexão ética. A tranquilidade é o maior prazer do

pensamento epicurista, enquanto os tormentos do medo são a dor maior. Essa relação

entre os extremos é que dá o sentido mais estrito a esse pensamento. O prazer e a dor

fazem parte da existência. Quando um acaba outro começa. Como eles fazem parte

da existência, todos os seres vivos podem experimentar o prazer; os maiores e os

melhores prazeres procedem do sossego.

4. Compreender a própria finitude em meio à reflexão ética é uma reflexão que os

alunos poderão realizar nesta questão. Sugestão de resposta: não precisamos ficar

com medo da dor. Podemos sentir a dor com sossego, por dois motivos: primeiro,

que toda a dor acaba e logo vem o prazer; e, segundo, que quando a dor é muito

forte, ela leva à morte. Mas para Epicuro a morte é algo de que não se precisa ter

medo, deve ser encarada em paz, ela é apenas a separação de átomos.

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O que pode acontecer depois?

Páginas 26 e 27

Nesta atividade, os alunos deverão pensar a ética epicurista com base em elementos

afetivos, que estão ligados aos seus desejos.

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Páginas 27-29

1. Para cada resposta, será necessário pesquisar em fontes especializadas em Filosofia.

Peça aos alunos que evitem respostas de dicionário ou vocabulário comum da língua

ou de outras ciências. Uma palavra pode ter vários sentidos, mas o que queremos

consiste em como ela é classicamente problematizada pela Filosofia. Outro ponto

importante refere-se a evitar na pesquisa debates que levem o aluno a um ceticismo

prévio, fazendo que ele rejeite o próprio debate filosófico.

• Liberdade: espera-se que os alunos respondam que é a capacidade de

autodeterminação, ainda que, por vezes, limitada.

• Responsabilidade: espera-se que os alunos respondam que é a capacidade de

prever as consequências das ações e de responder por elas.

• Convívio: espera-se que o aluno responda que é a vivência de indivíduos e

necessidade para o desenvolvimento dos humanos.

• Projeto: espera-se que os alunos respondam que é a antecipação, a previsão, o

planejamento e a organização de tudo o que pode acontecer e ser feito.

2. Resposta conforme exemplo no Caderno do Professor. Nesta questão, os alunos

deverão refletir sobre os limites da própria liberdade. Esta autoconsciência é um dos

principais pilares da autonomia.

3. Uma vez observados os limites da liberdade, os alunos deverão pensar em sua

superação. Eis o objetivo principal desta atividade.

Páginas 29-32

O objetivo principal desta atividade é criar, com base em textos dos meios de

comunicação, a compreensão ética da realidade.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3

A LIBERDADE

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1. Os alunos devem ser orientados a buscar notícias nas quais liberdades individuais são

respeitadas e outras em que as liberdades individuais ou de determinados coletivos

não sejam respeitadas. A imprensa escrita ou televisiva está repleta de notícias desta

natureza. A internet, quando houver condições de acesso, pode ser um veículo

importante e ágil para o destaque de tais notícias.

2. O processo de justificativa e debate sobre as matérias jornalísticas selecionadas é

fundamental para a reflexão sobre o tema, além de favorecer o exercício da

argumentação.

Exercício

Páginas 31-32

1. O filme em sala de aula não deve ser apenas uma história emocionante, ou exemplo

de alguma teoria, ele é um texto a ser lido. Algumas questões podem ser colocadas

para que os alunos melhorem sua leitura. Ajude-os a assistir a um filme com o

caderno de anotações em mãos.

A ficha técnica deve ser preenchida com os dados do filme.

2.

a) A personalidade das personagens centrais fará que os alunos pensem nos limites

individuais e o orientará melhor na leitura da narrativa. É importante descrever as

personagens.

b) O pequeno resumo deve apresentar a própria narrativa.

c) A parte de que mais gostou deve gerar uma parcela da narrativa centrada no

detalhe. Aqui, o fundamental é dizer o motivo de ter gostado.

d) Falas interessantes do filme são maneiras de prender a atenção no texto

interpretado. Procure fazer com que os alunos contextualizem as falas.

e) Aborde a questão pedagógica do filme. Diferentemente das questões anteriores,

os alunos deverão agora interpretar o filme com base na discussão em curso.

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Página 33

É fundamental para a avaliação: vocabulário filosófico, coerência argumentativa e

clareza nas ideias. Na medida do possível, oriente sobre questões gramaticais e

ortográficas.

Página 34

1. Alternativas (a), (c) e (e).

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Páginas 34-36

Nestas atividades, o que deve ser praticado é a reflexão ética com base no

pensamento kantiano. Os alunos devem perceber que há mecanismos para pensarmos a

ação no mundo com base em elementos concretos.

Páginas 36-37

Importante neste exercício é que os alunos reflitam e destaquem um objetivo para

pensar as condições necessárias para sua realização.

Páginas 37- 39

1. Nesta atividade, a prática da criatividade deve levar em consideração a relação ética

que temos conosco, mas também com todos. A metodologia kantiana é um bom

exemplo para praticar. A seguir, há respostas possíveis, mas que não retiram a

necessidade de criar outras, utilizando o imperativo categórico.

a) ser fiel – sejam fiéis a mim

b) prestar atenção – prestem atenção em mim

c) ajudar – me ajudem quando me fizerem mal

d) consolar – me consolem quando eu chorar

e) alertar – me alertem quando eu atrapalhar

f) brincar junto – brinquem comigo quando eu rir de alguém

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4

AUTONOMIA

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g) pedir desculpas – peçam desculpas quando falharem comigo

h) perdoar – me perdoem quando se decepcionarem comigo!

i) tentar novamente – tentem novamente comigo as coisas boas

j) ajudar – me ajudem

Página 40

Para cada resposta, será necessário pesquisar em fontes especializadas em Filosofia.

Peça aos alunos que evitem respostas de dicionário ou vocabulário comum da língua ou

de outras ciências. Uma palavra pode ter vários sentidos, mas o que queremos consiste

em como ela é classicamente problematizada pela Filosofia. Outro ponto importante

refere-se a evitar na pesquisa debates que levem o aluno a um ceticismo prévio, fazendo

que ele rejeite o próprio debate filosófico.

• Autonomia: Espera-se que os alunos respondam que autonomia é a capacidade ou

condição do sujeito ético de criar as próprias regras e procedimentos para sua vida.

• Heteronomia: Espera-se que os alunos respondam que heteronomia é condição moral

de viver sob regras produzidas por outros indivíduos.

• Imperativo categórico: Espera-se que os alunos respondam que imperativo categórico

consiste em uma ordenação, mandamento ou dever racional que é bom em si mesmo.

Por exemplo: temos que ser pacientes.

• Imperativo hipotético: Espera-se que os alunos respondam que imperativo hipotético

consiste em uma ordenação, mandamento ou dever prático. Por exemplo: devem-se

obedecer as leis de trânsito; devem-se seguir as recomendações médicas.

Páginas 40-41

1. Alternativa (e)

2. Alternativa (b)

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Biografias dos filósofos

Páginas 41 - 46

Biografias conforme o professor indicar necessidade desta pesquisa. Exemplos:

Sócrates – sentado em local fechado falando para pessoas, parece refletir-se ao

momento da prisão que antecedeu a sua morte.

Aristóteles – um homem jovem com uma mão espalmada para baixo e com a outra

segurando a Ética (representando a filosofia aristotélica mais voltada para as

questões mundanas) conversa com um homem mais velho – Platão, que segurando o

livro TIMEO aponta para o alto indicando a verdade ao mundo das ideias. Essa cena

é central no quadro “A escola de Atenas” de Rafael.