2012 11 09_v_baldi_filtros_smartcities
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CONVERGÊNCIAS QUE AFASTAM DIFERENÇAS QUE APROXIMAM
Filtros e Smart City
DIFERENÇAS QUE APROXIMAM
O código é a lei. A lei è a personalização
� O objetivo é o de chegar ao algoritmo perfeito e “inteligente” que faculta a busca das informações em automático e independentemente da vontade dos sujeitos
� “Se gostares deste, também gostarás daquilo!”� “Se gostares deste, também gostarás daquilo!”
� Procurar a relevância dos conteúdos através das “bases de dados das intenções” (John Battelle)
� Transformar as intenções em ações, o mar aberto da Net em bairros residenciais, mas fechados pelas bolhas de filtro
O utente é o conteúdo
� A economia da atenção mudou de identidade
� Das editoras de qualidade aos utentes; das noticias “importantes” às “relevantes”
� Informações e notícias por medida
� Custo de produção mais baixo; excesso de conteúdos oferecidos que entregará a nossa competência de seleção na triagem operada pelos gestores informáticos (com ou sem rosto); softwares que mais rapidamente irão desempenhar tarefas redaccionais
Fragmentos personalizados
� Se a comunicação de massa abrange o grande publico é porque há consciência que existem problemas e bens comuns na sociedade
� A passagem entre a cultura da oralidade e a da escrita remeteu para a identificação de duas escrita remeteu para a identificação de duas audiências distintas: a dos grupos particulares e a dos grupos indefinidos
� Os filtros são novos intermediários automatizados, exclusivos e que não precisam justificar a origem da própria fonte
News on-line individualizadas
� Google News: Quais os leitores ideais para um artigo? Quais os artigos ideais para os leitores? A personalização (Krishna Bharat)
� Yahoo News: cada link remete a um site com news. A informação personalizada permite não dar A informação personalizada permite não dar importância à diferença entre blogue ou grande jornal
� A TV ligada a Internet proporcionará também os anúncios individualizados: o mesmo programa com publicidade diferenciada
Atenção Interpassiva
� “No fundo, a gente quer olhar a TV quando quer apagar o cérebro e trabalha no PC quando o quer ligar” (S. Jobs)
� O programa Lean Back do YouTube tem o intuito de combinar e proporcionar vídeo através da combinar e proporcionar vídeo através da computação das preferências registadas no histórico do utilizador
� Como um canal TV personalizado que passa da pressuposta interatividade para passividade
� Web Design Morphing: sites que mudam interface consoante aos perfis dos utilizadores
Gawker Media - Associated Content – Yahoo Upshot –Las Ultimas Noticias
� Empresas, blogues, jornais que contam o número de clickrecebidos por cada artigo. As primeiras detetam os postmais lidos entre todos os sites da sociedade: (media, gadget, pornografia etc.); os outros correm atrás dos resultados
� Quanto um artigo for mais lido, mais as oportunidades de o relançar e reproduzir. No caso contrário será apagadorelançar e reproduzir. No caso contrário será apagado
� Concorrência entre repórter, editoras, blogues para entrar na lista dos links mais populares
� Grupos de analistas que procuram as palavras mais procuradas nos motores de busca para sugerirem artigos correspondentes às curiosidades e assim acrescentar o tráfego informacional
� O que é importante mas complicado terá um destino de curta duração
Que se lixe a estatística
� Os media tradicionais prometem uma representatividadegeral da atualidade. Nós decidimos o que ler/ver e o quedescuidar. Mas na mesma ficamos a saber que existe algoque não quisemos aprofundar
� Os algoritmos personalizados nos habituam a não termos� Os algoritmos personalizados nos habituam a não termosnoção do que não nos interessa. O que é remetido peloslinks é uma amostra auto-representativa, uma ilha semmar à volta: sem critérios de comparação nãoentendemos quanto são parciais
� Texto sem contexto, interatividade sem dialética
Que se lixe a inovação e a criatividadeA bolha de filtros é o nosso frame
� O que reforça as nossas convicções e convenções nos leva a um erro de projeção. Vemos o que esperamos confirmar (Philip Tetlock e o inquérito sobre as previsões do futuro social, económico e político)
� A curiosidade surge dum vazio informacional, duma necessidade de significação.
� A aprendizagem vem duma aproximação com o que não � A aprendizagem vem duma aproximação com o que não sabemos ou com o que nunca pensámos.
� A criatividade vem do cruzamento entre matrizes de pensamentos alheias; vem da serendipity, dos contextos ricos de diferenças
� Os filtros limitam os horizontes do conhecimento, das perguntas e das respostas, encorajando uma abordagem conservadora à informação e à inovação
A desintermediação cibernética e o Curto-circuito identitário
� Os algoritmos da personalização desafiam um círculo vicioso onde o que o código sabe acerca de nós vira a ser a fonte do nosso ambiente mediático
� E o nosso ambiente mediático condiciona as nossas preferências e escolhas futuras. preferências e escolhas futuras.
� A inovação, a criatividade, o encontro com o imprevisto ficam impedidos. Sempre mais improvável conhecer pessoas muitos diferentes de nós, com outras ideias e valores
� O ecrã torna-se um espelho óbvio, um déjà-vu
Atitudes para Habitus não personalizáveis
� Proporcionar uma saída da cultura dos guetos digitais
� Baralhar o código computacional da nossa vida on-line complexificando os interesses e a on-line complexificando os interesses e a curiosidade
�Apagar com regularidade os cookie que o nosso browser utiliza para identificar-nos
� Frequentar sites que oferecem a possibilidade de verificar como funcionam os filtros e como utilizam as informações privadas
Desafios Sociotécnicos Entre Twitter e Facebook
� Twitter: poucas regras, simples e transparentes� Facebook: regras que constantemente mudam e sem explicar porquê (irregularidade na visibilidade das atualizações de estado, nas condições de privacidade e dos conteúdos diferentes).
� Tirania do default: esclarecer as opções de default� Tirania do default: esclarecer as opções de defaulté fundamental para decidir quais informações queremos partilhar. Facebook aproveita da opacidade das suas regras sobre a privacy para tornar públicos os dados pessoais
� Ter um controle sobre o funcionamento dos filtros significa compreender as regras. Twitter ajuda, Facebook não
Dar a conhecer os sistemas de filtro
�Tornar público um algoritmo é uma garantia de responsabilidade
�São mais seguros os sistemas operativos open que os fechados: porque todos têm open que os fechados: porque todos têm interesse na melhoria do sistema
�Esconder um algoritmo torna arbitrária a política de tratamento dos dados
�Ombudsman independente no Google?
Reapropriação dos dados
� Informar sobre os dados que ficam registados
� Sobre as informações que são personalizadas personalizadas
� Sobre o uso destas informações
� Comunicar quando o utente está a ler conteúdos personalizados ao seu perfil
Algoritmo rizomatico
� Criar algoritmos que engendram situações de Serendipidade
� Criar algoritmos que testam e proporcionam a falsificabilidade dos dados sintetizados a falsificabilidade dos dados sintetizados
� Criar opções de escolha e interesse ligados ao que se acha “importante”
História natural da inovação
� A Web originária, como as cidades, era um lugar que facultava aventura, encontros inesperados e a descoberta
� A cidade é uma plataforma sempre mais repletas de dados digitaisdados digitais
� Os bens e as necessidades comuns nos obrigam a atuar e responder em comum. Ruas e Clouds
� A tecnologia digital e a vida urbana podem multiplicar as possibilidades de criarem novas plataformas urbanas para desenvolverem novas experiências e oportunidades nas comunidades
Referências filtradas, mas ponderadas
� http://www.thefilterbubble.com/
� http://www.wook.pt/ficha/the-search/a/id/180227
� http://www.wook.pt/ficha/networks-without-a-cause/a/id/11572031
� http://manovich.net/books.html
� http://www.wook.pt/ficha/as-ideias-que-mudaram-o-mundo/a/id/10996934
� http://www.economist.com/news/special-report/21564998-cities-are-turning-vast-data-factories-open-air-computers