2013 06 28 SEBRAE-NA RT Turismo...

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RESPOSTA TÉCNICA WWW.SEBRAE2014.COM.BR FACEBOOK.COM/SEBRAE2014 TWITTER.COM/SEBRAE_2014 OFERTA DE LEITOS TURISMO TURISMO O Instuto Brasileiro de Geografia e Estasca (IBGE), em parceria com o Ministério do Turismo, realizou em 2011 uma pesquisa intulada “Pesquisa de Serviços de Hospedagem 2011 – Municípios das Capitais, Regiões Metropolitana das Capitais, e Regiões Integradas de Desenvolvimento”. A parr da base do Cadastro Central de Empresas (Cempre), atualizado pela Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do ano de 2010 e pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) - ambos do Ministério do Trabalho e Emprego -, foi possível idenficar 10.873 estabelecimentos, sendo 8.913 como hotéis e similares (CONAE 5510-8) e 1.950 como outros estabelecimentos de hospedagem não especificados (CONAE 5590-6). Destes, 7.479 parciparam da pesquisa. Como resultado geral foram apresentadas as regiões metropolitanas das capitais de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG) e Salvador (BA), que correspondiam por 40,6% do total dos estabelecimentos, 46,3% das Unidades Habitacionais (UH) e 44,2% da capacidade total de hóspedes. Os pos de estabelecimentos de hospedagem localizados nas regiões metropolitanas das capitais e nas Regiões Integradas de Desenvolvimento (Ride) eram constuídos principalmente por hotéis, conforme a Figura 1. Ao se analisar a pesquisa em termos de quandade de UH, verificou-se que os estabelecimentos de hospedagem entre 30 a 49 UH representavam 22,50% dos hotéis, 21% dos apart/flats, 8,8% das pousadas, 31% dos motéis, 11% das pensões e 7,7% dos albergues. Já no estudo realizado em 2012 pela Jones Lang LaSalle Hotels - consultoria imobiliária com foco em hotéis e hospitalidade - a pedido do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil, percebe-se algumas alterações no cenário hoteleiro brasileiro em 2011, a destacar: 1 Crescimento médio de 2,2% na taxa de ocupação dos hotéis urbanos com relação aos anos de 2011 e 2010, acompanhando a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro; 2 Média de 70% na taxa de ocupação em hotéis urbanos, que recuperaram em 17,2% o valor da diária média (comparação entre 2011/2010); SÃO PAULO ESTABELECIMENTOS: 1.323 UH: 68.858 CAPACIDADE DE HÓSPEDES: 146.381 BELO HORIZONTE ESTABELECIMENTOS: 589 UH: 21.809 CAPACIDADE DE HÓSPEDES: 48.393 SALVADOR ESTABELECIMENTOS: 516 UH: 21.591 CAPACIDADE DE HÓSPEDES: 50.158 RIO DE JANEIRO ESTABELECIMENTOS: 609 UH: 38.565 CAPACIDADE DE HÓSPEDES: 83.130 Fonte: IBGE, 2011 Figura 1: Resultados das quatro maiores Regiões Metropolitanas das Capitais Fonte: IBGE, 2011 Pensões de hospedagem Motéis Outros Pousadas Hotéis Apart hotéis / flats Albergues turíscos 25% 47% 20% 8% 3,5% 2,9% 1,6%

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RESPOSTA TÉCNICA

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OFERTA DE LEITOS

TURISMOTURISMO

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ministério do Turismo, realizou em 2011 uma pesquisa intitulada “Pesquisa de Serviços de Hospedagem 2011 – Municípios das Capitais, Regiões Metropolitana das Capitais, e Regiões Integradas de Desenvolvimento”.

A partir da base do Cadastro Central de Empresas (Cempre), atualizado pela Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do ano de 2010 e pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) - ambos do Ministério do Trabalho e Emprego -, foi possível identificar 10.873 estabelecimentos, sendo 8.913 como hotéis e similares (CONAE 5510-8) e 1.950 como outros estabelecimentos de hospedagem não especificados (CONAE 5590-6). Destes, 7.479 participaram da pesquisa.

Como resultado geral foram apresentadas as regiões metropolitanas das capitais de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG) e Salvador (BA), que correspondiam por 40,6% do total dos estabelecimentos, 46,3% das Unidades Habitacionais (UH) e 44,2% da capacidade total de hóspedes.

Os tipos de estabelecimentos de hospedagem localizados nas regiões metropolitanas das capitais e nas Regiões Integradas de Desenvolvimento (Ride) eram constituídos principalmente por hotéis, conforme a Figura 1.

3 REVPar – Revenue per available room (receita bruta média diária por apartamento) teve um crescimento de 20,5% entre 2011 e 2010;

4 O Lucro Operacional Bruto (receita da venda dos produtos deduzida dos seus custos operacionais) foi de 36,5% em 2011.

Somado a melhora do rendimento dos hotéis e flats, crescimento econômico no país, assim como o advento da

Copa do Mundo da FIFA 2014 e Jogos Olímpicos Rio 2016, novas linhas de créditos para financiar a construção, reforma, ampliação e a modernização de hotéis - com propósito de aumentar a capacidade e a qualidade de hospedagem - estão disponíveis. Um dos exemplos é o Programa BNDES ProCopa Turismo, que favorece a expansão hoteleira nas diversas regiões do país.

O mercado hoteleiro brasileiro é predominantemente composto por hotéis independentes (não filiados a redes), que em 2011 representavam 73% das disponibilidades de quartos no país. Esta porcentagem deverá diminuir com a expansão das redes nacionais e internacionais nas princi-pais cidades brasileiras.

A principal característica dos hotéis independentes é a localização em municípios de pequeno e médio porte, mercado antes renegado pelas redes. Mas este cenário vem se alterando em virtude do crescimento econômico no interior do país, o que provoca um deslocamento de investimento das redes nacionais e internacionais, com destaque a rede francesa Accor - com a expansão da sua marca Ibis e Ibis Budget. Um exemplo é o Ibis Sertãozinho, inaugurado em novembro de 2012 na cidade de Sertãozinho, localizada a 350km da capital do estado de São Paulo. A Pesquisa de Serviços de Hospedagem de 2011, estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta a oferta de leitos em todas as capitais brasileiras no ano de 2011 (Quadro 1).

De acordo com a 5ª edição do Placar da Hotelaria, estudo realizado pelo Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB) e HotelInvest, com apoio do Senac São Paulo - além do estudo realizado pela Jones Lang LaSalle Hotels -, destacam-se as 12 cidades-sede da Copa do Mundo da FIFA 2014:

São Paulo: representava 19,7% de toda a oferta de leitos disponíveis no país e onde se concentram a maioria das redes internacionais. Em 2012 houve apenas dois lançamentos hoteleiros (rede Accor) e a projeção para 2015 é uma oferta adicional de 463 Unidades Habitacionais (UHs);

Rio de Janeiro: aumento da oferta hoteleira prevista para a região Oeste (Barra da Tijuca) com aproximadamente 3,7 mil novas UHs. Entretanto, para a cidade projeta-se em 2015 cerca de 5.686 novas UHs;

Salvador: incremento de novos hotéis nos próximos dois anos, projetando-se para 2015 mais 2.412 novas UHs;

Belo Horizonte: dez novos empreendimentos deverão estar abertos até o ano de 2015, totalizando mais 6544 novas UHs;

Fortaleza: apenas 150 UHs estão previstas até 2015;

Curitiba: mais dois novos empreendimentos estão previstos para 2014, projetando para o ano seguinte 872 novas UHs;

Brasília: um dos mercados com maior expansão em novos empreendimentos e UHs, com previsão para 2015 de 3.264 novas UHs;

Natal: 1.201 novas UHs para 2015 com mercado no foco lazer e eventos;

Porto Alegre: entre 2013 e 2014 sete novos empreendimentos hoteleiros serão inaugurados e outros estão previstos até 2016. Para 2015, projeta-se 2.082 novas UHs;

Recife: 1.557 novas UHs;

Manaus: 1.375 novas UHs;

Cuiabá: novos empreendimentos em fase de conclusão, reformulando o mercado local. Para 2015 o acréscimo será de 1.075 novas UHs.

O FOHB fez uma análise também da oferta de Unidades Hoteleiras (UHs) em um raio de até 150km das cidades-sede, por representarem uma oferta hoteleira e/ou por terem acesso fácil às cidades-sede, seja por via

rodoviária ou aérea. Foi utilizado o Guia Quatro Rodas, de 2010, como base para dimensionar as UHs, conforme Listagem 1:

Neste cenário a oferta de UHs aumenta, em média, 35% das atuais UHs disponíveis, exceto na região de Porto Alegre (RS) onde a oferta cresce em aproximadamente 140%. Entretanto, o aumento da oferta de UHs previsto para 2015 para as cidades-sedes também gera uma preocupação, que é a superoferta (demanda menor do que a oferta), algo ocorrido na cidade de São Paulo na década de 1990. Conforme a 5ª edição do Placar da Hotelaria (com previsões para 2015), aponta-se uma superoferta pós-copa para as cidades de Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Manaus (AM) e Salvador (BA).

Ao se analisar a pesquisa em termos de quantidade de UH, verificou-se que os estabelecimentos de hospedagem entre 30 a 49 UH representavam 22,50% dos hotéis, 21% dos apart/flats, 8,8% das pousadas, 31% dos motéis, 11% das pensões e 7,7% dos albergues.

Já no estudo realizado em 2012 pela Jones Lang LaSalle Hotels - consultoria imobiliária com foco em hotéis e hospitalidade - a pedido do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil, percebe-se algumas alterações no cenário hoteleiro brasileiro em 2011, a destacar:

1 Crescimento médio de 2,2% na taxa de ocupação dos hotéis urbanos com relação aos anos de 2011 e 2010, acompanhando a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro;

2 Média de 70% na taxa de ocupação em hotéis urbanos, que recuperaram em 17,2% o valor da diária média (comparação entre 2011/2010);

Para solucionar este problema, visualiza-se no desenvolvimento de estratégias de captação de eventos, feiras e outros de pequeno, médio, grande e megaeventos, em parcerias com os Convention & Visitors Bureau e setor público. Importante ter em mente que apenas a oferta de unidades habitacionais não favorecerá a realização dos diversos tipos de eventos (tamanho), sendo necessária uma ampla gama de prestação de serviços, espaço físico para sua realização e acesso aéreo e rodoviário entre a região.

Apresenta-se como exemplos as cidades do Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). Segundo o ranking da International Congress and Convention Associaton (ICCA) de 2012, as duas cidades são, respectivamente, 2ª e 3ª no ranking das que mais realizaram eventos internacionais nas Américas em 2012. Uma pesquisa realizada em 2012 por Eventos Expo Editora - apresentada na edição 67 da Revista Eventos, com 1.219 empresas que atuam direta e indiretamente no setor de eventos -, aponta que 65% das empresas tiveram um aumento no faturamento e que 54,9% das empresas entrevistadas geraram mais empregos em relação a 2011. Os eventos geram impactos na cadeia do turismo, principalmente nas pequenas e micros empresas, desde alimentos e bebidas, decoração, equipamentos de multimídia, táxi, transportes executivos, segurança, entre outros.

SÃO PAULOESTABELECIMENTOS: 1.323UH: 68.858CAPACIDADE DE HÓSPEDES: 146.381

BELO HORIZONTEESTABELECIMENTOS: 589UH: 21.809CAPACIDADE DE HÓSPEDES: 48.393

SALVADORESTABELECIMENTOS: 516UH: 21.591CAPACIDADE DE HÓSPEDES: 50.158

RIO DE JANEIROESTABELECIMENTOS: 609UH: 38.565CAPACIDADE DE HÓSPEDES: 83.130

Fonte: IBGE, 2011

Figura 1: Resultados das quatro maiores Regiões Metropolitanas das Capitais

Fonte: IBGE, 2011

Pensões de hospedagemMotéis

Outros

Pousadas

Hotéis Apart hotéis / flats

Albergues turísticos

25%

47%

20%

8%

3,5%

2,9%1,6%

RESPOSTA TÉCNICA

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OFERTA DE LEITOS

TURISMO

Como resultado geral foram apresentadas as regiões metropolitanas das capitais de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG) e Salvador (BA), que correspondiam por 40,6% do total dos estabelecimentos, 46,3% das Unidades Habitacionais (UH) e 44,2% da capacidade total de hóspedes.

Os tipos de estabelecimentos de hospedagem localizados nas regiões metropolitanas das capitais e nas Regiões Integradas de Desenvolvimento (Ride) eram constituídos principalmente por hotéis, conforme a Figura 1.

3 REVPar – Revenue per available room (receita bruta média diária por apartamento) teve um crescimento de 20,5% entre 2011 e 2010;

4 O Lucro Operacional Bruto (receita da venda dos produtos deduzida dos seus custos operacionais) foi de 36,5% em 2011.

Somado a melhora do rendimento dos hotéis e flats, crescimento econômico no país, assim como o advento da

Copa do Mundo da FIFA 2014 e Jogos Olímpicos Rio 2016, novas linhas de créditos para financiar a construção, reforma, ampliação e a modernização de hotéis - com propósito de aumentar a capacidade e a qualidade de hospedagem - estão disponíveis. Um dos exemplos é o Programa BNDES ProCopa Turismo, que favorece a expansão hoteleira nas diversas regiões do país.

O mercado hoteleiro brasileiro é predominantemente composto por hotéis independentes (não filiados a redes), que em 2011 representavam 73% das disponibilidades de quartos no país. Esta porcentagem deverá diminuir com a expansão das redes nacionais e internacionais nas princi-pais cidades brasileiras.

A principal característica dos hotéis independentes é a localização em municípios de pequeno e médio porte, mercado antes renegado pelas redes. Mas este cenário vem se alterando em virtude do crescimento econômico no interior do país, o que provoca um deslocamento de investimento das redes nacionais e internacionais, com destaque a rede francesa Accor - com a expansão da sua marca Ibis e Ibis Budget. Um exemplo é o Ibis Sertãozinho, inaugurado em novembro de 2012 na cidade de Sertãozinho, localizada a 350km da capital do estado de São Paulo. A Pesquisa de Serviços de Hospedagem de 2011, estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta a oferta de leitos em todas as capitais brasileiras no ano de 2011 (Quadro 1).

De acordo com a 5ª edição do Placar da Hotelaria, estudo realizado pelo Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB) e HotelInvest, com apoio do Senac São Paulo - além do estudo realizado pela Jones Lang LaSalle Hotels -, destacam-se as 12 cidades-sede da Copa do Mundo da FIFA 2014:

São Paulo: representava 19,7% de toda a oferta de leitos disponíveis no país e onde se concentram a maioria das redes internacionais. Em 2012 houve apenas dois lançamentos hoteleiros (rede Accor) e a projeção para 2015 é uma oferta adicional de 463 Unidades Habitacionais (UHs);

Rio de Janeiro: aumento da oferta hoteleira prevista para a região Oeste (Barra da Tijuca) com aproximadamente 3,7 mil novas UHs. Entretanto, para a cidade projeta-se em 2015 cerca de 5.686 novas UHs;

Salvador: incremento de novos hotéis nos próximos dois anos, projetando-se para 2015 mais 2.412 novas UHs;

Belo Horizonte: dez novos empreendimentos deverão estar abertos até o ano de 2015, totalizando mais 6544 novas UHs;

Fortaleza: apenas 150 UHs estão previstas até 2015;

Curitiba: mais dois novos empreendimentos estão previstos para 2014, projetando para o ano seguinte 872 novas UHs;

Brasília: um dos mercados com maior expansão em novos empreendimentos e UHs, com previsão para 2015 de 3.264 novas UHs;

Natal: 1.201 novas UHs para 2015 com mercado no foco lazer e eventos;

Porto Alegre: entre 2013 e 2014 sete novos empreendimentos hoteleiros serão inaugurados e outros estão previstos até 2016. Para 2015, projeta-se 2.082 novas UHs;

Recife: 1.557 novas UHs;

Manaus: 1.375 novas UHs;

Cuiabá: novos empreendimentos em fase de conclusão, reformulando o mercado local. Para 2015 o acréscimo será de 1.075 novas UHs.

O FOHB fez uma análise também da oferta de Unidades Hoteleiras (UHs) em um raio de até 150km das cidades-sede, por representarem uma oferta hoteleira e/ou por terem acesso fácil às cidades-sede, seja por via

rodoviária ou aérea. Foi utilizado o Guia Quatro Rodas, de 2010, como base para dimensionar as UHs, conforme Listagem 1:

Neste cenário a oferta de UHs aumenta, em média, 35% das atuais UHs disponíveis, exceto na região de Porto Alegre (RS) onde a oferta cresce em aproximadamente 140%. Entretanto, o aumento da oferta de UHs previsto para 2015 para as cidades-sedes também gera uma preocupação, que é a superoferta (demanda menor do que a oferta), algo ocorrido na cidade de São Paulo na década de 1990. Conforme a 5ª edição do Placar da Hotelaria (com previsões para 2015), aponta-se uma superoferta pós-copa para as cidades de Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Manaus (AM) e Salvador (BA).

Ao se analisar a pesquisa em termos de quantidade de UH, verificou-se que os estabelecimentos de hospedagem entre 30 a 49 UH representavam 22,50% dos hotéis, 21% dos apart/flats, 8,8% das pousadas, 31% dos motéis, 11% das pensões e 7,7% dos albergues.

Já no estudo realizado em 2012 pela Jones Lang LaSalle Hotels - consultoria imobiliária com foco em hotéis e hospitalidade - a pedido do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil, percebe-se algumas alterações no cenário hoteleiro brasileiro em 2011, a destacar:

1 Crescimento médio de 2,2% na taxa de ocupação dos hotéis urbanos com relação aos anos de 2011 e 2010, acompanhando a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro;

2 Média de 70% na taxa de ocupação em hotéis urbanos, que recuperaram em 17,2% o valor da diária média (comparação entre 2011/2010);

Para solucionar este problema, visualiza-se no desenvolvimento de estratégias de captação de eventos, feiras e outros de pequeno, médio, grande e megaeventos, em parcerias com os Convention & Visitors Bureau e setor público. Importante ter em mente que apenas a oferta de unidades habitacionais não favorecerá a realização dos diversos tipos de eventos (tamanho), sendo necessária uma ampla gama de prestação de serviços, espaço físico para sua realização e acesso aéreo e rodoviário entre a região.

Apresenta-se como exemplos as cidades do Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). Segundo o ranking da International Congress and Convention Associaton (ICCA) de 2012, as duas cidades são, respectivamente, 2ª e 3ª no ranking das que mais realizaram eventos internacionais nas Américas em 2012. Uma pesquisa realizada em 2012 por Eventos Expo Editora - apresentada na edição 67 da Revista Eventos, com 1.219 empresas que atuam direta e indiretamente no setor de eventos -, aponta que 65% das empresas tiveram um aumento no faturamento e que 54,9% das empresas entrevistadas geraram mais empregos em relação a 2011. Os eventos geram impactos na cadeia do turismo, principalmente nas pequenas e micros empresas, desde alimentos e bebidas, decoração, equipamentos de multimídia, táxi, transportes executivos, segurança, entre outros.Redes Internacionais de Hotéis e Flats

392 Hotéis70.229 Quartos15,5% dos Quartos no Brasil

Redes Nacionais de Hotéis e Flats361 Hotéis52.640 Quartos11,6% dos Quartos no Brasil

Independentes com mais de 20 apartamentos5.350 Hotéis291.433 Quartos64,4% dos Quartos no Brasil

Independentes com até 20 apartamentos3.489 Hotéis38.545 Quartos9% dos Quartos no Brasil

Fonte: Jones Lang LaSabelle Hotels (2012)

- 10%

6% 6%7%3%

8% 9%

2003 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

17%

2004

R$ 138R$ 124 R$ 131 R$ 140 R$ 148 R$ 153 R$ 165

R$ 180R$ 211

Diária média dos hotéis brasileiros (R$)

Variação do preço das diárias a partir de 2003

Observa-se no grá�co que no ano de 2004 houve uma retração em consequência do cenário econômico interno e mundial. O crescimento anual das diárias médias é superior ao crescimento do PIB brasileiro.

O REVPar apresenta anualmente crescimento, mesmo com oscilação da taxa de ocupação, o que representa um equilíbrio com o valor médio das diárias.

250

2009 2010 2011 2003

138

72

52

0

2004 5,6

124

5568

2005

7860

14,7

131

2006

5,1

58

82

140

2007

3,4

63

93

148

2008

99

65

6,5

153

165

104

63

5,1

180

122

68

7,3

147

69,5

20,5

211

200

150

100

50

0

- 50

Diária média (R$) RevPar R$

Ocupação

Ocupação

Variação RevPar

Fonte: Jones Lang LaSabelle Hotels (2012)

Desempenho dos hotéis urbanos em relação a diária, REVPar e a taxa de ocupação

RESPOSTA TÉCNICA

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OFERTA DE LEITOS

TURISMO

Como resultado geral foram apresentadas as regiões metropolitanas das capitais de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG) e Salvador (BA), que correspondiam por 40,6% do total dos estabelecimentos, 46,3% das Unidades Habitacionais (UH) e 44,2% da capacidade total de hóspedes.

Os tipos de estabelecimentos de hospedagem localizados nas regiões metropolitanas das capitais e nas Regiões Integradas de Desenvolvimento (Ride) eram constituídos principalmente por hotéis, conforme a Figura 1.

3 REVPar – Revenue per available room (receita bruta média diária por apartamento) teve um crescimento de 20,5% entre 2011 e 2010;

4 O Lucro Operacional Bruto (receita da venda dos produtos deduzida dos seus custos operacionais) foi de 36,5% em 2011.

Somado a melhora do rendimento dos hotéis e flats, crescimento econômico no país, assim como o advento da

Copa do Mundo da FIFA 2014 e Jogos Olímpicos Rio 2016, novas linhas de créditos para financiar a construção, reforma, ampliação e a modernização de hotéis - com propósito de aumentar a capacidade e a qualidade de hospedagem - estão disponíveis. Um dos exemplos é o Programa BNDES ProCopa Turismo, que favorece a expansão hoteleira nas diversas regiões do país.

O mercado hoteleiro brasileiro é predominantemente composto por hotéis independentes (não filiados a redes), que em 2011 representavam 73% das disponibilidades de quartos no país. Esta porcentagem deverá diminuir com a expansão das redes nacionais e internacionais nas princi-pais cidades brasileiras.

A principal característica dos hotéis independentes é a localização em municípios de pequeno e médio porte, mercado antes renegado pelas redes. Mas este cenário vem se alterando em virtude do crescimento econômico no interior do país, o que provoca um deslocamento de investimento das redes nacionais e internacionais, com destaque a rede francesa Accor - com a expansão da sua marca Ibis e Ibis Budget. Um exemplo é o Ibis Sertãozinho, inaugurado em novembro de 2012 na cidade de Sertãozinho, localizada a 350km da capital do estado de São Paulo. A Pesquisa de Serviços de Hospedagem de 2011, estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta a oferta de leitos em todas as capitais brasileiras no ano de 2011 (Quadro 1).

De acordo com a 5ª edição do Placar da Hotelaria, estudo realizado pelo Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB) e HotelInvest, com apoio do Senac São Paulo - além do estudo realizado pela Jones Lang LaSalle Hotels -, destacam-se as 12 cidades-sede da Copa do Mundo da FIFA 2014:

São Paulo: representava 19,7% de toda a oferta de leitos disponíveis no país e onde se concentram a maioria das redes internacionais. Em 2012 houve apenas dois lançamentos hoteleiros (rede Accor) e a projeção para 2015 é uma oferta adicional de 463 Unidades Habitacionais (UHs);

Rio de Janeiro: aumento da oferta hoteleira prevista para a região Oeste (Barra da Tijuca) com aproximadamente 3,7 mil novas UHs. Entretanto, para a cidade projeta-se em 2015 cerca de 5.686 novas UHs;

Salvador: incremento de novos hotéis nos próximos dois anos, projetando-se para 2015 mais 2.412 novas UHs;

Belo Horizonte: dez novos empreendimentos deverão estar abertos até o ano de 2015, totalizando mais 6544 novas UHs;

Fortaleza: apenas 150 UHs estão previstas até 2015;

Curitiba: mais dois novos empreendimentos estão previstos para 2014, projetando para o ano seguinte 872 novas UHs;

Brasília: um dos mercados com maior expansão em novos empreendimentos e UHs, com previsão para 2015 de 3.264 novas UHs;

Natal: 1.201 novas UHs para 2015 com mercado no foco lazer e eventos;

Porto Alegre: entre 2013 e 2014 sete novos empreendimentos hoteleiros serão inaugurados e outros estão previstos até 2016. Para 2015, projeta-se 2.082 novas UHs;

Recife: 1.557 novas UHs;

Manaus: 1.375 novas UHs;

Cuiabá: novos empreendimentos em fase de conclusão, reformulando o mercado local. Para 2015 o acréscimo será de 1.075 novas UHs.

O FOHB fez uma análise também da oferta de Unidades Hoteleiras (UHs) em um raio de até 150km das cidades-sede, por representarem uma oferta hoteleira e/ou por terem acesso fácil às cidades-sede, seja por via

rodoviária ou aérea. Foi utilizado o Guia Quatro Rodas, de 2010, como base para dimensionar as UHs, conforme Listagem 1:

Neste cenário a oferta de UHs aumenta, em média, 35% das atuais UHs disponíveis, exceto na região de Porto Alegre (RS) onde a oferta cresce em aproximadamente 140%. Entretanto, o aumento da oferta de UHs previsto para 2015 para as cidades-sedes também gera uma preocupação, que é a superoferta (demanda menor do que a oferta), algo ocorrido na cidade de São Paulo na década de 1990. Conforme a 5ª edição do Placar da Hotelaria (com previsões para 2015), aponta-se uma superoferta pós-copa para as cidades de Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Manaus (AM) e Salvador (BA).

Ao se analisar a pesquisa em termos de quantidade de UH, verificou-se que os estabelecimentos de hospedagem entre 30 a 49 UH representavam 22,50% dos hotéis, 21% dos apart/flats, 8,8% das pousadas, 31% dos motéis, 11% das pensões e 7,7% dos albergues.

Já no estudo realizado em 2012 pela Jones Lang LaSalle Hotels - consultoria imobiliária com foco em hotéis e hospitalidade - a pedido do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil, percebe-se algumas alterações no cenário hoteleiro brasileiro em 2011, a destacar:

1 Crescimento médio de 2,2% na taxa de ocupação dos hotéis urbanos com relação aos anos de 2011 e 2010, acompanhando a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro;

2 Média de 70% na taxa de ocupação em hotéis urbanos, que recuperaram em 17,2% o valor da diária média (comparação entre 2011/2010);

Principais Municípios

das Capitais

Estabelecimentos de hospedagem

Unidades Habitacionais (UHs)

Leitos disponíveis

Total Participação (%) Total Participação

(%) Total Participação (%)

Total 5.036 100,0 250.284 100,0 373.673 100,0 São Paulo 972 19,3 54.065 21,6 73.488 19,7 Rio de Janeiro 429 8,5 31.594 12,6 45.416 12,2 Salvador 358 7,1 15.666 6,3 22.366 6,0 Belo Horizonte 291 5,8 13.353 5,3 19.031 5,1 Fortaleza 280 5,6 12.188 4,9 19.745 5,3 Florianópolis 254 5,0 10.098 4,0 20.060 5,4 Curitiba 242 4,8 12.780 5,1 19.083 5,1 Brasília 222 4,4 11.980 4,8 19.216 5,1 Natal 212 4,2 11.455 4,6 19.532 5,2 Porto Alegre 190 3,8 10.284 4,1 14.625 3,9 Goiânia 163 3,2 7.448 3,0 11.281 3,0 Recife 161 3,2 7.216 2,9 10.418 2,8 Manaus 142 2,8 6.807 2,7 9.273 2,5 Maceió 129 2,6 6.360 2,5 9.553 2,6 São Luís 127 2,5 5.406 2,2 8.002 2,1 João Pessoa 112 2,2 4.167 1,7 7.251 1,9 Aracaju 106 2,1 4.585 1,8 7.138 1,9 Campo Grande 99 2,0 3.446 1,4 5.280 1,4 Cuiabá 94 1,9 3.819 1,5 5.945 1,6 Belém 93 1,8 4.328 1,7 6.245 1,7 Teresina 85 1,7 2.998 1,2 4.442 1,2 Porto Velho 70 1,4 2.208 0,9 3.542 0,9 Palmas 53 1,1 1.591 0,6 2.617 0,7 Vitória 43 0,9 2.887 1,2 4.767 1,3 Macapá 41 0,8 1.247 0,5 1.584 0,4 Rio Branco 36 0,7 1.231 0,5 2.047 0,5 Boa Vista 32 0,6 1.077 0,4 1.726 0,5

Fonte: IBGE (2011) Cidades destacadas representam as cidades-sedes da Copa do Mundo da FIFA 2014.

Para solucionar este problema, visualiza-se no desenvolvimento de estratégias de captação de eventos, feiras e outros de pequeno, médio, grande e megaeventos, em parcerias com os Convention & Visitors Bureau e setor público. Importante ter em mente que apenas a oferta de unidades habitacionais não favorecerá a realização dos diversos tipos de eventos (tamanho), sendo necessária uma ampla gama de prestação de serviços, espaço físico para sua realização e acesso aéreo e rodoviário entre a região.

Apresenta-se como exemplos as cidades do Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). Segundo o ranking da International Congress and Convention Associaton (ICCA) de 2012, as duas cidades são, respectivamente, 2ª e 3ª no ranking das que mais realizaram eventos internacionais nas Américas em 2012. Uma pesquisa realizada em 2012 por Eventos Expo Editora - apresentada na edição 67 da Revista Eventos, com 1.219 empresas que atuam direta e indiretamente no setor de eventos -, aponta que 65% das empresas tiveram um aumento no faturamento e que 54,9% das empresas entrevistadas geraram mais empregos em relação a 2011. Os eventos geram impactos na cadeia do turismo, principalmente nas pequenas e micros empresas, desde alimentos e bebidas, decoração, equipamentos de multimídia, táxi, transportes executivos, segurança, entre outros.

Quadro 1: número de estabelecimentos de hospedagem, número de unidades habitacionais e número de leitos disponíveis dos municípios das capitais - 2011

RESPOSTA TÉCNICA

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OFERTA DE LEITOS

TURISMO

Como resultado geral foram apresentadas as regiões metropolitanas das capitais de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG) e Salvador (BA), que correspondiam por 40,6% do total dos estabelecimentos, 46,3% das Unidades Habitacionais (UH) e 44,2% da capacidade total de hóspedes.

Os tipos de estabelecimentos de hospedagem localizados nas regiões metropolitanas das capitais e nas Regiões Integradas de Desenvolvimento (Ride) eram constituídos principalmente por hotéis, conforme a Figura 1.

3 REVPar – Revenue per available room (receita bruta média diária por apartamento) teve um crescimento de 20,5% entre 2011 e 2010;

4 O Lucro Operacional Bruto (receita da venda dos produtos deduzida dos seus custos operacionais) foi de 36,5% em 2011.

Somado a melhora do rendimento dos hotéis e flats, crescimento econômico no país, assim como o advento da

Copa do Mundo da FIFA 2014 e Jogos Olímpicos Rio 2016, novas linhas de créditos para financiar a construção, reforma, ampliação e a modernização de hotéis - com propósito de aumentar a capacidade e a qualidade de hospedagem - estão disponíveis. Um dos exemplos é o Programa BNDES ProCopa Turismo, que favorece a expansão hoteleira nas diversas regiões do país.

O mercado hoteleiro brasileiro é predominantemente composto por hotéis independentes (não filiados a redes), que em 2011 representavam 73% das disponibilidades de quartos no país. Esta porcentagem deverá diminuir com a expansão das redes nacionais e internacionais nas princi-pais cidades brasileiras.

A principal característica dos hotéis independentes é a localização em municípios de pequeno e médio porte, mercado antes renegado pelas redes. Mas este cenário vem se alterando em virtude do crescimento econômico no interior do país, o que provoca um deslocamento de investimento das redes nacionais e internacionais, com destaque a rede francesa Accor - com a expansão da sua marca Ibis e Ibis Budget. Um exemplo é o Ibis Sertãozinho, inaugurado em novembro de 2012 na cidade de Sertãozinho, localizada a 350km da capital do estado de São Paulo. A Pesquisa de Serviços de Hospedagem de 2011, estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta a oferta de leitos em todas as capitais brasileiras no ano de 2011 (Quadro 1).

De acordo com a 5ª edição do Placar da Hotelaria, estudo realizado pelo Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB) e HotelInvest, com apoio do Senac São Paulo - além do estudo realizado pela Jones Lang LaSalle Hotels -, destacam-se as 12 cidades-sede da Copa do Mundo da FIFA 2014:

São Paulo: representava 19,7% de toda a oferta de leitos disponíveis no país e onde se concentram a maioria das redes internacionais. Em 2012 houve apenas dois lançamentos hoteleiros (rede Accor) e a projeção para 2015 é uma oferta adicional de 463 Unidades Habitacionais (UHs);

Rio de Janeiro: aumento da oferta hoteleira prevista para a região Oeste (Barra da Tijuca) com aproximadamente 3,7 mil novas UHs. Entretanto, para a cidade projeta-se em 2015 cerca de 5.686 novas UHs;

Salvador: incremento de novos hotéis nos próximos dois anos, projetando-se para 2015 mais 2.412 novas UHs;

Belo Horizonte: dez novos empreendimentos deverão estar abertos até o ano de 2015, totalizando mais 6544 novas UHs;

Fortaleza: apenas 150 UHs estão previstas até 2015;

Curitiba: mais dois novos empreendimentos estão previstos para 2014, projetando para o ano seguinte 872 novas UHs;

Brasília: um dos mercados com maior expansão em novos empreendimentos e UHs, com previsão para 2015 de 3.264 novas UHs;

Natal: 1.201 novas UHs para 2015 com mercado no foco lazer e eventos;

Porto Alegre: entre 2013 e 2014 sete novos empreendimentos hoteleiros serão inaugurados e outros estão previstos até 2016. Para 2015, projeta-se 2.082 novas UHs;

Recife: 1.557 novas UHs;

Manaus: 1.375 novas UHs;

Cuiabá: novos empreendimentos em fase de conclusão, reformulando o mercado local. Para 2015 o acréscimo será de 1.075 novas UHs.

O FOHB fez uma análise também da oferta de Unidades Hoteleiras (UHs) em um raio de até 150km das cidades-sede, por representarem uma oferta hoteleira e/ou por terem acesso fácil às cidades-sede, seja por via

rodoviária ou aérea. Foi utilizado o Guia Quatro Rodas, de 2010, como base para dimensionar as UHs, conforme Listagem 1:

Neste cenário a oferta de UHs aumenta, em média, 35% das atuais UHs disponíveis, exceto na região de Porto Alegre (RS) onde a oferta cresce em aproximadamente 140%. Entretanto, o aumento da oferta de UHs previsto para 2015 para as cidades-sedes também gera uma preocupação, que é a superoferta (demanda menor do que a oferta), algo ocorrido na cidade de São Paulo na década de 1990. Conforme a 5ª edição do Placar da Hotelaria (com previsões para 2015), aponta-se uma superoferta pós-copa para as cidades de Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Manaus (AM) e Salvador (BA).

Ao se analisar a pesquisa em termos de quantidade de UH, verificou-se que os estabelecimentos de hospedagem entre 30 a 49 UH representavam 22,50% dos hotéis, 21% dos apart/flats, 8,8% das pousadas, 31% dos motéis, 11% das pensões e 7,7% dos albergues.

Já no estudo realizado em 2012 pela Jones Lang LaSalle Hotels - consultoria imobiliária com foco em hotéis e hospitalidade - a pedido do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil, percebe-se algumas alterações no cenário hoteleiro brasileiro em 2011, a destacar:

1 Crescimento médio de 2,2% na taxa de ocupação dos hotéis urbanos com relação aos anos de 2011 e 2010, acompanhando a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro;

2 Média de 70% na taxa de ocupação em hotéis urbanos, que recuperaram em 17,2% o valor da diária média (comparação entre 2011/2010);

Para solucionar este problema, visualiza-se no desenvolvimento de estratégias de captação de eventos, feiras e outros de pequeno, médio, grande e megaeventos, em parcerias com os Convention & Visitors Bureau e setor público. Importante ter em mente que apenas a oferta de unidades habitacionais não favorecerá a realização dos diversos tipos de eventos (tamanho), sendo necessária uma ampla gama de prestação de serviços, espaço físico para sua realização e acesso aéreo e rodoviário entre a região.

Apresenta-se como exemplos as cidades do Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). Segundo o ranking da International Congress and Convention Associaton (ICCA) de 2012, as duas cidades são, respectivamente, 2ª e 3ª no ranking das que mais realizaram eventos internacionais nas Américas em 2012. Uma pesquisa realizada em 2012 por Eventos Expo Editora - apresentada na edição 67 da Revista Eventos, com 1.219 empresas que atuam direta e indiretamente no setor de eventos -, aponta que 65% das empresas tiveram um aumento no faturamento e que 54,9% das empresas entrevistadas geraram mais empregos em relação a 2011. Os eventos geram impactos na cadeia do turismo, principalmente nas pequenas e micros empresas, desde alimentos e bebidas, decoração, equipamentos de multimídia, táxi, transportes executivos, segurança, entre outros.

Listagem 1: Potenciais Cidades-apoio

Fonte: FOHB, 2010, p. 3

Cidades-apoio

Até 150 Km de distância

Até 150 Km de distância

Até 150 Km de distância

Até 150 Km de distância

Até 150 Km de distância

Até 150 Km de distância

João Pessoa (PB)

Até 150 Km de distância

Até 150 Km de distância

Até 150 Km de distância

Até 150 Km de distância

Cidades alternativas

Cidades alternativas

Cidades alternativas

Cidades alternativas

Cidades alternativas

Cidades alternativas

Belo Horizonte

Brasília

Cuiabá

Curitiba

Fortaleza

Manaus

Natal

Porto Alegre

Recife

Salvador

Betim; Brumadinho; Caeté; Congonhas; Conselheiro Lafaiete; Contagem; Itabira; Lagoa Santa; Mariana; Moeda; Nova Lima; Ouro Preto; Santa Luzia; Sete Lagoas.

Aquiraz; Beberibe; Cumbuco; Guaramiranga; Trairi.

Novo Airão; Presidente Figueiredo; Hotéis de Selva.

Genipabu; Praia da Pipa; São Miguel do Gostoso; Tibau do Sul

Bento Gonçalves; Canela; Caxias do Sul; Farroupilha; Garibaldi; Gramado; Gravataí; Imbé; Lajeado; Nova Petrópolis; Novo Hamburgo; São Leopoldo; Tramandaí.

Costa do Sauípe; Praia do Forte.

Cabo de Santo Agostinho; Caruaru; Gravatá; Olinda; Porto de Galinhas; Tamandaré; Maragogi (AL).

Hotéis de Selva (mais distantes).

São Luís (MA).

Cidades da Grande Curitiba; Ponta Grossa.

Anápolis; cidades da grande Distrito Federal; Pirenópolis.

Barão de Melgaço; Chapada dos Guimarães; Jaciara; Nobres e Poconé.

Ipatinga; Juiz de Fora; Z São João Del Rey; Tiradentes; Vitória (ES); Vila Velha (ES).

Caldas Novas; Goiânia; Rio Quente.

Cáceres; Nova Mutum; Primavera doLeste; Rondonópolis; Tangará da Serra; Campo Grande (MS).