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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE DISCIPLINA: IDADE ADULTA E ENVELHECIMENTO NO CONTEXTO DA SAÚDE ALUNO: TIAGO DE LIMA PEREIRA SAÚDE DO HOMEM – UMA FALA Saudações, meu nome é Tiago Lima, sou aluno do curso de psicologia da UFRN e fui convidado para conversar uma pouco com vocês sobre saúde do homem. Gostaria de começar contanto uma estória para vocês, a estória de José. José tinha 10 anos quando percebeu algo sobre o seu pai e perguntou a ele, durante uma refeição, perguntou o seguinte: “Pai, por que o senhor não vai ao médico? Só vejo mãe indo”. O pai responde: “Porque sou forte, tenho uma saúde de um touro. Não preciso de médico. Para você ver, tenho quase 40 anos e faz mais de 20 anos que nunca mais precisei ir ao médico”. José pergunta: E o que o senhor fez da última vez que foi? O pai responde já um pouco chateado, querendo terminar de comer e ir descansar, pois logo teria que voltar ao trabalho - “Cortei minha mão num copo, naquele bar que eu vou perto daqui”. José queria perguntar mais coisas, mas no entanto o pai encerrou o assunto e saiu da mesa assim que terminou a refeição. Maria, a mãe de José, pede para o filho não incomodar o pai e para não ter medo de ir ao médico, pois ele (José) só iria tomar uma vacina e não era nada demais. José argumentou diss z endo que não precisava de vacina, porque era tão forte

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

DISCIPLINA: IDADE ADULTA E ENVELHECIMENTO NO CONTEXTO DA SAÚDE

ALUNO: TIAGO DE LIMA PEREIRA

SAÚDE DO HOMEM – UMA FALA

Saudações, meu nome é Tiago Lima, sou aluno do curso de psicologia da

UFRN e fui convidado para conversar uma pouco com vocês sobre saúde do

homem.

Gostaria de começar contanto uma estória para vocês, a estória de José.

José tinha 10 anos quando percebeu algo sobre o seu pai e perguntou a ele, durante

uma refeição, perguntou o seguinte: “Pai, por que o senhor não vai ao médico? Só

vejo mãe indo”. O pai responde: “Porque sou forte, tenho uma saúde de um touro.

Não preciso de médico. Para você ver, tenho quase 40 anos e faz mais de 20 anos

que nunca mais precisei ir ao médico”. José pergunta: E o que o senhor fez da

última vez que foi? O pai responde já um pouco chateado, querendo terminar de

comer e ir descansar, pois logo teria que voltar ao trabalho - “Cortei minha mão num

copo, naquele bar que eu vou perto daqui”. José queria perguntar mais coisas, mas

no entanto o pai encerrou o assunto e saiu da mesa assim que terminou a refeição.

Maria, a mãe de José, pede para o filho não incomodar o pai e para não ter

medo de ir ao médico, pois ele (José) só iria tomar uma vacina e não era nada

demais. José argumentou disszendo que não precisava de vacina, porque era tão

forte quanto o pai, mas mesmo assim sua mãe o levou ao posto de saúde.

Passaram-se alguns anos, José já estava era um adolescente e estava

passando por uma grande dificuldade, seu pai tinha sido internado devido ao infarto.

Os médicos falaram que a situação do pai era grave e que o mesmo deveria ter

vindo antes ao hospital. A mãe de José até tinha tentado, mas ele ficava repetindo

que era só um mal-estar e que logo iria passar.

Infelizmente o pai de José veio a falecer, a família ficou muito arrasada com a

morte.

Flávio F Fontes, 19/11/15,
A estória do início certamente permite que a mensagem seja entendida por toda e qualquer pessoa, boa adaptação
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Depois de passado o luto, José teve que começar a trabalhar para sustentar a

se a sua mãe. Agora ele era o homem da casa e deveria assumir essa

responsabilidade.

Passaram-se mais alguns anos, José casou-se e trouxe sua mulher para

morar com ele e sua mãe, e junto com sua esposa o casal tiveram dois filhos, Letícia

e Leandro, e sua mãe ainda morava com ele. José aparentemente tinha “puxado” do

pai uma excelente saúde, só reclamava de algunmass dores de cabeça, mas

semelhante ao pai, não costumava ir ao médico, por achar que não necessitava.

Suas justificativas era que o posto de saúde era longeficava distante, tinha uma fila

enorme e isso acabaria fazendo ele perder um dia de serviço.

Certo dia, em final de semana, em houve uma ação social no bairro em final

de semana, José foi com a família para participar. A ação contava com exames

odontológicos (dentista), oftalmológicos (oculista), de diabetes, aferição de pressão

arterial (medir a pressão), dentre outros.

Em um dos estandes tinha alguns estudantes de enfermagem aferindo a

pressão da população e fazendo o exame de glicose. José estava na fila esperando

e logo seria a sua vez. A estudante chamou José para sentar e verificou seus

batimentos cardíacos e aferiu sua pressão arterial. A estudante transpareceu ter

achado algo estranho e refez o mesmo procedimento, viu que os resultados estavam

certos e indicou que José fosse falar com o médico.

Devido a esse dia, José descobriu que sofria de “pressão alta” e que tinha

herdado de seu pai o problema cardíaco. Sua família tinha ficou preocupada, mas o

médico os tranquilizaram dizendo que se José levasse o tratamento a sério, ele iria

ter ainda muitos anos de vida.

José também tinha ficado muito preocupado, pois não queria que seus filhos

passassem pelo mesmo sofrimento que ele passou ao perder o pai, e nem queria

que sua mãe tivesse que passar por essapela situação de perder o único filho. Esse

foi o estímulo principal para que se engajar no tratamento.

Essa história estória me faz parar para pensar e se José fosse o meu pai? E

se eu fosse José? E se algum de vocês fossem o José? Fico imaginando, até

quando iriamos esperar para ir procurar um médico? Só quando estivéssemos com

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uma doença muito grave? E se não desse mais tempo? Teríamos perdido nossas

vidas assim tão facilmente, só por acreditarmos que somos super saudáveis.

Hoje há muitas doenças silenciosas, que podem se esconder atrás de uma

simples dor de cabeça, de uma leve tontura, de uma falta de apetite, de uma gripe

que não se cura, por isso é tão importante tomarmos termos cuidado com nossa

própria saúde. Ir ao médico não quer é dizer que está é frágil ou incapacitado e sim

é garantir continuar vivendo com uma excelente qualidade de vida, ou na busca

dela.

Em nossa época, a informação está de mais fácil de ser acessada, então não

há motivos para achar que tudo está bem, seja consciente da necessidade do seu

corpo e também de sua mente.

É fácil de entender que nossos pais e avós tenham uma certa restrição em ir

ao médico, pois eles viveram em um tempo onde se era natural o homem não

precisar ir ao hospital. Onde era visto que o homem era invulnerável, que nada

poderia fazer com que ele caicaíssea ou adoecesseça.

Hoje as mulheres temas mulheres têm um tempo de vida muito maior do que

o dos homens, isso se dá, em grande parte, devido a uma maior preocupação delas

com a própria saúde. Sejamos nós também interessados a procurar saber se temos

alguma doença, pois há estudos científicos que dizem que somos mais vulneráveis a

doenças crônicas e graves do que as mulheres, que muitos consideram como o

“sexo frágil” (ironia).

Não tenhamos medo, preguiça ou vergonha de procurar o médico. Não

vamos usar a desculpa de “quem procura, acha”, pois, se você achar, será um

passo extremamente importe no combate a qualquer doença.

Não se esconda por traz de uma fantasia de super-homem, pois não será

você o único a sofrer com a sua dor. Todos que lhe amam também irão sofrer juntos.

Por isso convido a todos a procurar, um cardiologista, um pneumologista, um

urologista, um proctologista, um clínico, um psicólogo, um psiquiatra. Vamos

procurar a nossa saúde, vamos defender a nossa vida.

Muito Obrigado e tenham um ótimo dia e qualquer dúvida estou à disposição.