2014-08-12 - Palavra do Memorial do Judiciário do RS

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Palavra do Memorial nº 95 – 12 de agosto de 2014 – Pág. 1 de 5 MEMORIAL DO JUDICIÁRIO DO RS PALAVRA DO MEMORIAL Nº 95 12 de agosto de 2014 AGENDA Seminário retratará aspectos inéditos de Getúlio Vargas Em 25 de agosto próximo, o Memorial do Legislativo do RS, com a parceria do Memorial do Judiciário/Tribunal de Justiça do RS e outras instituições, promoverá o seminário “Getúlio: o Estadista do Povo”. O evento iniciará às 9h30min no Plenário Bento Gonçalves, situado na rua Duque de Caxias, 1029, no Centro Histórico de Porto Alegre. No primeiro painel, sobre “Origens e Formação de Getúlio Vargas”, marcado para as 10h, participará o Graduando de História e Mestre em Planejamento Urbano e Regional André Lapolli, que discorrerá sobre o inicio profissional de Getúlio como Advogado em São Borja. Lapolli foi Estagiário no Memorial do Judiciário. Também participarão do mesmo painel os Historiadores Cíntia Vieira Souto, do MP/RS, e Miguel Frederico do Espírito Santo, do Instituto Histórico e Geográfico do RS. No segundo painel, às 14h, o tema será A organização do Estado na Era Vargas”, com a participação do Desembargador Luiz Felipe Silveira Difini, 1º Vice-Presidente do TJRS e Professor Associado da UFRGS, da Desembargadora do Trabalho Magda Biavaschi, e do Professor Pedro Cezar Dutra Fonseca. O terceiro painel, sob o tema Nacionalismo: a Herança Política de Vargas, inicia às 16h30min e contará com o Historiador Alcy Cheuiche, com o Jornalista e Professor Juremir Machado da Silva e com Luiz Carlos Rodrigues Duarte, Procurador de Justiça. Após, ocorrerá o lançamento da 3ª edição do livro “Getúlio Vargas: discursos (1903-1929)”, da série Parlamentares Gaúchos, editado pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul. O credenciamento para o seminário é gratuito, e pode ser feito antecipadamente, através do email [email protected] , ou no próprio Memorial do Legislativo, no dia do evento. Todos os participantes receberão certificados.

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Seminário sobre Getúlio Vargas, Origem e formação de Getúlio Vargas, André Lapolli, Carlos Perrone Jobim Júnioe, Isidoro Virgínio, Paulo Pinheiro Machado, Caminhos da Matriz, 1ª Guerra Mundial, a Grande Guerra, Centenário, Willian Giovanaz Figueiró, Idade Média, Direito na Idade Média, Instituto Histórico e Geográfico do RS, Thais Bender Cardoso, O Trabalho no Memorial do Judiciário, Mesa dos Magistrados, Antonio Villela Amaral Braga, Alfredo Carlos Dillenburg Netto, Samuel Figueiredo da Silva, Ivo Gabriel da Cunha, Waldemar Luiz de Freitas Filho, José Carlos Teixeira Giorgis.

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MEMORIAL DO JUDICIÁRIO DO RS

PALAVRA DO MEMORIAL Nº 95 12 de agosto de 2014

AGENDA

Seminário retratará aspectos inéditos de Getúlio Vargas

Em 25 de agosto próximo, o Memorial do Legislativo do RS, com a parceria do Memorial do Judiciário/Tribunal de Justiça do RS e outras instituições, promoverá o seminário “Getúlio: o Estadista do Povo”. O evento iniciará às 9h30min no Plenário Bento Gonçalves, situado na rua Duque de Caxias, 1029, no Centro Histórico de Porto Alegre. No primeiro painel, sobre “Origens e Formação de Getúlio Vargas”, marcado para as 10h, participará o Graduando de História e Mestre em Planejamento Urbano e Regional André Lapolli, que discorrerá sobre o inicio profissional de Getúlio como Advogado em São Borja. Lapolli foi Estagiário no Memorial do Judiciário. Também participarão do mesmo painel os Historiadores Cíntia Vieira Souto, do MP/RS, e Miguel Frederico

do Espírito Santo, do Instituto Histórico e Geográfico do RS. No segundo painel, às 14h, o tema será “A organização do Estado na Era Vargas”, com a participação do Desembargador Luiz Felipe Silveira Difini, 1º Vice-Presidente do TJRS e Professor Associado da UFRGS, da Desembargadora do Trabalho Magda Biavaschi, e do Professor Pedro Cezar Dutra Fonseca. O terceiro painel, sob o tema Nacionalismo: a Herança Política de Vargas, inicia às 16h30min e contará com o Historiador Alcy Cheuiche, com o Jornalista e Professor Juremir Machado da Silva e com Luiz Carlos Rodrigues Duarte, Procurador de Justiça. Após, ocorrerá o lançamento da 3ª edição do livro “Getúlio Vargas: discursos (1903-1929)”, da série Parlamentares Gaúchos, editado pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul. O credenciamento para o seminário é gratuito, e pode ser feito antecipadamente, através do email [email protected], ou no próprio Memorial do Legislativo, no dia do evento. Todos os participantes receberão certificados.

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ACONTECEU

Carlos Perrone Jobim Júnior conquista o Doutorado Foi aprovada a tese de Doutorado em História Cultural de Carlos Perrone Jobim Júnior intitulada "A Vida Mal Vivida: um Estudo sobre o Diário do Soldado Isidoro Virgínio (1889-1898)". O trabalho foi defendido perante o Programa de Pós-Graduação em História do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina, sob a orientação do Professor Paulo Pinheiro Machado. O novo Doutor pela UFSC é Guarda de Segurança do TJ desde 1996. Jobim graduou-se em História pela UFRGS e é Mestre em História pela mesma Universidade, desenvolvendo pesquisa sobre a vida de Isidoro, soldado na Guerra de Canudos e na Revolução Federalista no RS. Um exemplar da tese será doado ao Acervo do Memorial do Judiciário. Jobim colabora como pesquisador no Memorial do Judiciário, desenvolvendo trabalho sobre a “Alta Administração do TJ desde 1874”.

Visita guiada na Praça da Matriz Ocorreu no dia 26 de julho mais uma edição do projeto Os Caminhos da Matriz. Aproximadamente 115 pessoas estiveram presentes no evento, que teve como roteiro o Solar dos Câmara (na Assembleia Legislativa), o Palácio Piratini e o Memorial do Judiciário do RS. O programa promove visitas guiadas aos prédios históricos das instituições localizadas no entorno da Praça da Matriz. A próxima edição está

marcada para o dia 30 de agosto, com o roteiro: Museu Júlio de Castilhos, Arquivo Público do RS e Memorial do Ministério Público. Centenário da 1ª Guerra Mundial O Acadêmico do Bacharelado de História da UFRGS, William Giovanaz Figueiró, realizou uma Comunicação no II Encontro de História promovido pelo Memorial do Ministério Público. Realizado em 6 de agosto, o evento foi dedicado aos 100 anos da I Guerra Mundial. Falou aos presentes sobre a participação das classes média e baixa na guerra. Figueiró é estagiário de História no Memorial do Judiciário, local em que examina processos do Acervo para cadastramento. REGISTRO - Direito na Idade Média - Com o apoio do Memorial do Judiciário do RS e outras instituições, o Instituto Histórico e Geográfico do RS (IHGRS) promoveu no dia 1 de agosto, um ciclo de palestras sobre Direito Medieval. Compareceu ao evento o Diretor Desembargador José Carlos Teixeira Giorgis. Na data ocorreu também o lançamento do livro Temas de História do Direito: O Brasil e o Rio Grande do Sul na Construção dos Conceitos Jurídicos Republicanos (1889-1945).

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NOTAS HISTÓRICAS

O trabalho no Memorial do Judiciário RS

Thaís Bender Cardoso Graduanda de Museologia – Estagiária no Memorial do Judiciário RS

Segundo Jacques Le Goff, em seu livro História e Memória, a memória é a

propriedade de conservar certas informações, propriedade que se refere a um conjunto de funções psíquicas que permite ao indivíduo atualizar impressões ou informações passadas, ou ainda reinterpretadas como passadas, sendo a memória social um dos meios fundamentais para se abordar os problemas do tempo e da História. Foi o fundador da Psicanálise, Sigmund Freud, quem no século XIX iniciou amplos debates em torno da memória humana, trazendo à tona seu caráter seletivo, ou seja, o fato de que nos lembramos das coisas de forma parcial, a partir de estímulos externos, e escolhemos lembranças. Freud distinguiu a memória de um simples repositório de lembranças; para ele, nossa mente não é um museu.

O Memorial do Judiciário do Rio Grande do Sul que tem como missão, promover a preservação da Memória do Judiciário gaúcho, analisando os dados – em qualquer de suas formas – e favorecendo sua difusão na comunidade, cumpre seu papel na preservação dessa memória. Observamos isso diante de relatos das visitas que o Memorial recebe, entre um público que varia desde as escolas que participam do Formando Gerações, passando por magistrados e servidores do Poder Judiciário, até turistas locais e de fora do Estado.

Todo visitante tem algo a nos dizer. Como disse Freud, nossa memória não é um museu; museus são espaços de memória e nos fazem recordar pedaços de nossas vidas ou de pessoas. É maravilhosa a oportunidade de ouvir relatos de aposentados que vêm ao Memorial para relembrar sobre sua carreira. Interessante, e por vezes instrutivo também, receber servidores do Judiciário que, na correria do dia a dia, chegam e nos dizem com entusiasmo que “finalmente” conseguiram uns minutos para poder entrar e conhecer o espaço em que trabalhamos, mas que é de todos. Isso agrega não só para os que estão iniciando a carreira na área jurídica, mas para aqueles como nós, estudantes, que pesquisam sobre a história do Judiciário e áreas afins. Reafirma a importância da preservação e perpetuação de uma longa jornada do campo jurídico que, mesmo que não nos demos conta na maior parte do tempo, se relaciona com nossas vidas todos os dias, independente da área que trabalhamos.

Marília Xavier Cury, museóloga e grande referência na área da Museologia, reflete sobre a questão de que o museu tem sua origem no colecionismo e no diletantismo, sendo sua institucionalização lenta e gradual. De local reservado para expor poucas coleções particulares, transformou-se em instituição voltada para a comunicação do patrimônio cultural preservado. É discutida a ideia de que o Museu, em âmbito geral, não é lugar só de coisas velhas, tantas são as abordagens que se modificam no campo museológico. Considero que a sensibilidade com a memória vai além de qualquer apresentação expográfica ou museográfica, ultrapassa as paredes de uma instituição de memória, se fortifica a função da preservação da passado, sobretudo, com respeito.

Nesse sentido, o Memorial do Judiciário está sempre trazendo novos recortes a serem apresentados à comunidade através de eventos e exposições, não só como promoção da informação sobre o Poder Judiciário, mas principalmente como valorização de tudo o que foi feito até hoje para a sociedade.

DESTAQUES DO ACERVO

Mesa dos Magistrados

Mesa de madeira em verniz escuro avermelhado, tecido verde revestido e tampo de vidro. Possui adornos dourados em motivos florais. Foi adquirida pelo Tribunal de Justiça em 1976, passando pela Comarca de São Leopoldo e voltando em 1996 para o Conselho de Administração do Tribunal. A mesa faz parte do Acervo Objetal do Memorial do Judiciário e atualmente está localizada na Galeria dos Casamentos, no Palácio da Justiça.

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Imagem do Tempo

Instalação do Tribunal de Alçada do RS

O Tribunal de Alçada do Estado do Rio Grande do Sul foi instalado em 5 de abril de 1971, com a cerimônia ocorrendo no mesmo local atualmente ocupado pelo Museu do Memorial do Judiciário, no térreo do Palácio da Justiça. Com a instalação, tomaram posse seus primeiros integrantes. Na foto, o Bacharel Antônio Villela Amaral Braga, nomeado por decreto primeiro Juiz do TA, e seu primeiro Presidente, no momento em que o secretário da Presidência do TJ, Alfredo Carlos Dillenburg Netto lia documento relativo à sessão solene presidida pelo Desembargador Julio Costamilan Rosa, então Presidente do Tribunal de Justiça. Na mesma data, também assumiram como integrantes do Tribunal os Bacharéis Emílio Alberto Maya Gischkow, Rubens Rebello Magalhães, Hermann Homem de Carvalho Roenick, Tasso Selistre, Alaor Antônio Wiltgen Terra, Oscar Gomes Nunes, Sebastião Adroaldo Pereira, Pery Rodrigues Condessa e Christiano Graeff Júnior. (Detalhe de foto. Acervo Memorial do Judiciário)

DICA DE LEITURA – BANCO DE LIVROS

Videiras de Cristal, de Luiz Antonio de Assis Brasil

A obra aborda a Guerra dos Muckers, movimento messiânico surgido na região de Sapiranga, RS. O romance apresenta uma narrativa que varia entre um romance magistral e um universo de ódio, onde a movimentação ocorre conforme a tragédia pessoal de cada um dos personagens. O livro está disponível para Magistrados e Servidores do Judiciário gaúcho para empréstimo no Banco de Livros. A lista das publicações encontra-se na coluna Destaque, na Intranet do TJ.

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FATOS DO TEMPO

11 de agosto de 1954 – Foi homenageado o Des. Samuel Figueiredo da Silva, pela Ordem dos Advogados do Rio Grande do Sul e o Instituto dos Advogados do Rio Grande do Sul, inaugurando uma placa de bronze no Tribunal de Justiça. 13 de agosto de 1990 – Tomaram posse como Desembargadores, os Juízes do Tribunal de Alçada Ivo Gabriel da Cunha e Waldemar Luiz de Freitas Filho.

PALAVRA DO MEMORIAL Nº 95 - 12 de Agosto de 2014

Memorial do Judiciário do RS – Tribunal de Justiça do Estado do RS – Diretor: Desembargador José Carlos Teixeira Giorgis Assistente Administrativa: Mary da Rocha Biancamano Assistente Técnica: Carine Medeiros Trindade Equipe: André Borre Nunes, João Batista Santafé Aguiar, Roberto Medeiros Soares, Sabrina Lindemann e Vera Maria de Freitas Barcellos; Estagiários: Fernanda Feltes, Géssica Yasmim Batista Bueno, Laís Albuquerque, Thaís Bender Cardoso e William Giovanaz Figueiró. CONTATOS - Visite o Memorial na Praça Mal. Deodoro da Fonseca, 55, andar térreo – Palácio da Justiça, no Centro Histórico de Porto Alegre. Ou no site do Tribunal de Justiça. Atualize-se via Facebook ou Twitter. Para ser incluído no nosso mailing, mande solicitação para “inclusão em mailing do Memorial”.

MEMORIAL NO MAPA

COMO CHEGAR / HOW TO GET