2014: O ANO DA CONSTRUÇÃO CIVIL - Aguassanta DI o presidente do Sinduscon (Sindicato da Indústria...

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26 FEVEREIRO | MARÇO 2014 TRI .economia Fotos: Shutterstock Construtores de Piracicaba e região falam sobre o que esperam de 2014 e projetam um ano de grandes investimentos no setor O cenário otimista é compartilhado pelos principais construtores de Piracicaba e região, que prevêem grandes investimentos para este ano. 2014: O ANO DA CONSTRUÇÃO CIVIL

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26 FEVEREIRO | MARÇO 2014

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Construtores de Piracicaba e região falam sobre o que esperam de 2014 e projetam um ano de grandes investimentos no setor

O cenário otimista é compartilhado pelos principais construtores de Piracicaba e região, que prevêem

grandes investimentos para este ano.

2014: O ANO DA CONSTRUÇÃO CIVIL

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Por onde olhamos, seja em Piracicaba, ou em cidades da região, vemos obras e mais obras. Nem é preciso consultar números e economistas para constatar que o setor de construção civil segue aquecido e puxando para esse crescimento inúmeros outros setores da nossa economia, como uma locomotiva com força total.Apesar do crescimento da indústria da construção civil ter ficado um pouco abaixo do esperado em 2013, o ano de 2014 parece ser promissor, no que depender dos estudos feitos. “O ano de 2013 foi ruim para o Brasil”, classificou o presidente do Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil em São Paulo), Sergio Watanabe. Segundo ele, a falta de dinamismo na economia acabou criando um comportamento mais cauteloso por parte dos empresários.

O QUE ELES DIZEM

Oswaldo Bongagna Supricel“Será um ano de grandes desafios, mas também de mostrar competência. Creio que o foco para 2014 será para o mercado emergente. Será um ano de gente grande!”

José Edgard Camolese - Reynold “A construção civil no setor imobiliário é promissora. O mesmo panorama não se aplica à construção civil no setor industrial, onde a inflação, o aumento das taxas de juros e o baixo crescimento inibem o mercado.”

Estudos feitos pelo Sinduscon estimam que o setor deve crescer 2,8% em 2014, diante de uma alta do PIB do país projetada em 2%.O emprego formal da indústria da construção, de acordo com as projeções da entidade, deve ter alta de 1,5%. Também devem crescer mais do que em 2013 a produção de materiais (com alta de 3,6%) e a taxa de investimento, que deverá corresponder a 19,8% do PIB.O cenário otimista é compartilhado pelos principais construtores de Piracicaba e região, que prevêem grandes investimentos para este ano.“Estou muito confiante no mercado local, apesar da alta competitividade. Vai ser um ano de gente grande!”, afirma Oswaldo Bongagna, da Supricel Construtora.Economistas ligados ao setor apontam que já há uma mudança na percepção

dos empresários quanto ao retorno dos investimentos, com tendência mais positiva para 2014. E é justamente no eixo Rio-São Paulo que o setor viverá o maior aquecimento, conforme mostra a pesquisa do Sinduscon. Executivo responsável pela Construtora Audax, Mateus Antonelli mantém a defesa de que não existe uma bolha no setor. “Não acredito e contesto fortemente que estejamos enfrentando uma bolha imobiliária. Ainda existe muito a se fazer em construção até que tenhamos representatividade e números que se equiparem ao que estourou a bolha internacional”, salienta Mateus.José Edgard Camolese, diretor comercial e administrativo da Construtora Reynold, também afirma que o cenário é favorável. “A construção civil no setor imobiliário é promissor. Este mercado tem espaço

Adolpho Lindenberg FilhoAdolpho Lindenberg Construtora“O mercado da construção civil no Brasil permanece aquecido, porém, 2014 é um momento para se ter cautela nos negócios. No nosso segmento, em especial, alguns processos já são naturalmente morosos, como a aprovação de projetos pelas prefeituras.”

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Este mercado tem espaço para crescer em função do déficit de moradias e também em função das linhas de financiamento existentes hoje no país.

para crescer em função do déficit de moradias e também em função das linhas de financiamento existentes hoje no país”, comenta.Mesmo com a projeção positiva para este ano, após um 2013 não tão promissor, os investimentos, como sempre, devem ser feitos com cautela e embasados em pesquisas, como atesta Adolpho Lindenberg Filho.“O mercado da construção civil no Brasil permanece aquecido, porém, 2014 é um momento para se ter cautela nos negócios. No nosso segmento, em especial, alguns processos já são naturalmente morosos, como a aprovação de projetos pelas prefeituras etc. Num ano em que acontecerão uma Copa do Mundo e uma

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Murilo de Araújo Aguassanta DI“A efervescência registrada nos últimos anos no cenário econômico de Piracicaba e região, com a vinda de grandes indústrias, como a Hyundai e a Mercedes Benz, impacta de forma positiva o setor da construção civil.”

Lourenço Thomasi THCM“Em 2014 haverá uma estabilização de preços com ligeira elevação de demanda devido à oferta abundante de crédito imobiliário pelo sistema financeiro.”

eleição, a tendência é de que tudo fique mais lento”, acredita o empresário, CEO da Construtora Adolpho Lindenberg.Murilo de Araújo e Almeida Filho, diretor da Aguassanta Desenvolvimento Imobiliário, diz que a empresa acredita no forte potencial de crescimento de algumas regiões em Piracicaba.“A efervescência registrada nos últimos anos no cenário econômico de Piracicaba e região, com a vinda de grandes indústrias como a Hyundai e a Mercedes Benz, impacta de forma positiva o setor da construção civil. E nós, da Aguassanta DI, acreditamos em um desenvolvimento promissor na região nos próximos anos. Tanto que estamos desenvolvendo na cidade um modelo inovador de bairro com

novos projetos e lançamentos previstos para este ano”, explica Murilo.A 57ª Sondagem Nacional da Indústria da Construção, realizada pelo Sinduscon-SP e pela Fundação Getulio Vargas (FGV), em novembro do ano passado, aponta que as empresas esperam novos estímulos governamentais para 2014.Ainda obtiveram expectativas positivas itens como investimento em máquinas e equipamentos, investimento em novas tecnologias, facilidade no fornecimento de materiais de construção, aumento dos lançamentos para média e baixa renda e aumento do crédito imobiliário. O setor tem expectativas negativas, entretanto, no que se refere à facilidade de obtenção de mão de obra qualificada.

Mateus AntonelliAudax“Sou otimista, acredito que a análise de onde e o que se investir é a melhor pedida, sempre apostei em mercados com escassez de produtos naquela faixa.”