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Tarifa única de ônibus pode acabar em fevereiro Transporte Coletivo. Prefeitura anuncia amanhã quanto será o aumento da passagem em Curitiba, além da possível implantação de anéis tarifários, como já havia previsto o governo do Estado. Ontem, prefeito ainda disse que greve pode ser locaute PÁG. 03

Metalúrgicos. Trabalhadores fecharam as BRs 277 e 376 em protesto contra mudanças na concessão de benefícios trabalhistas, como o seguro desemprego e também contra demissões no setor PÁG. 02

Vias ficaram paradas por cerca de duas horas | SUELLEN LIMA

Rodovias bloqueadas

MÚSICA33ª OFICINATEM BALANÇO POSITIVO PÁG. 13

GAMESO METRO JORNALINDICA 5 JOGOS ACESSÍVEIS PÁG. 12

Petrobras omite desvios e ações caem 11% na Bolsa

A volta do Aranha: ‘É como se fosse a minha primeira vez’Anderson Silva chega a Las Vegas para a luta contra Nick Diaz: ‘Estou amarradão, na melhor ‘vibe’’ PÁG. 16

Adiado duas vezes, balanço é divulgado. Estatal diz que não tem como calcular perdas só com corrupção PÁG. 08

VOAR, VOAR,SUBIR, SUBIR...‘BIRDMAN’, COM MICHAEL KEATON, DESPONTA COMO FAVORITO AO OSCAR PÁG. 11

CURITIBA Quinta-feira, 29 de janeiro de 2015Edição nº 940, ano 4

As obras na ponte sobre a Re-presa do Capivari em Cam-pina Grande do Sul, Região Metropolitana de Curitiba, devem terminar em setem-bro, informou ontem Eneo Palazzi, superintendente da Arteris, concessionária que administra a Auto Pista Régis Bittencourt.

Até lá, os veículos que se-guem de Curitiba para São Paulo terão que continuar usando pista simples. “Hoje esse é o principal problema na rodovia, causando reten-ção de tráfego”, explica.

Parte da ponte desabou em um acidente em 2005 e o reparo feito não foi eficaz. Por isso, a concessionária de-cidiu construir uma estrutu-

ra estaiada no fim da ponte. “Temos ali um pilar em con-dição de instabilidade. Com essa obra não vamos depen-der mais dele”, afirmou.Serra do Cafezal

Já a maior obra da rodovia, a duplicação do último trecho de 14 quilômetros da Ser-ra do Cafezal, em São Paulo, tem previsão para estar pron-ta no final de 2016. “Ele re-

presenta um ganho de tem-po importante na viagem para quem sai de Curitiba”, diz Eneo.

Contorno Norte A construção do Contorno Norte de Curitiba segue in-definida. Segundo a conces-sionária, o Ibama barrou o traçado inicial e agora o pro-jeto está em análise na ANTT (Agência Nacional de Trans-porte Terrestre).

A concessionária diz ter conseguido fazer o licencia-mento ambiental da obra. “Depois de uma audiência pública houve a manifesta-ção do Ibama. Agora aguar-damos a definição”, diz.

METRO CURITIBA

CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 29 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com |02| {FOCO}

1FOCO

O jornal Metro circula em 22 países e tem alcance diário superior a 18 milhões de leitores. No Brasil, é uma joint venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação e da Metro Internacional. É publicado e distribuído gratuitamente de segunda a sexta em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, ABC, Santos, Campinas e Grande Vitória, somando 513 mil exemplares diários.

Editado e distribuído por Metro Jornal S/A. Endereço: rua Santa Cecília, 802, Pilarzinho, CEP 80820-070, Curitiba, PR. Tel.: 041/3069-9191O jornal Metro é impresso na Gráfica RBS – Zero Hora Editora Jornalística S/A.

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R$ 25 mil

Novo salário

No novo mandato, que terá início em fevereiro, os deputados estaduais do Paraná receberão R$

25 mil por mês. O reajuste foi publicado no Diário Oficial da Assembleia,

por ato da Mesa Executiva, da qual Valdir Rossoni (PSDB – foto) é o presidente. Conforme

uma lei estadual, os parlamentares têm

direito a receber até 75% do que ganham os

deputados federais.

O Sindicato dos Metalúrgicos do Paraná parou ontem pe-la manhã a produção em di-versas montadoras de Curi-tiba e bloqueou as BRs 277 e 376 por cerca de duas horas. Eles protestaram contra as re-centes demissões no setor, e também reclamaramm das medidas provisórias do Go-verno Federal que tornaram mais difícil obter o seguro desemprego.

Segundo o sindica-to, 270 metalúrgicos fo-ram demitidos neste ano e 1.300 no ano passado na grande Curitiba. Agora, a Força Sindical quer abrir um ‘diálogo permanente’ com o Governo do Estado, para evitar novos cortes.

“A lei estadual diz que as montadoras têm que man-ter o nível médio de empre-

go, que foi alto em 2013”, alertou o presidente da For-ça no Paraná, Sérgio Butka.

Um grupo de sindicalista foi recebido na tarde de on-tem pelo governador Beto Richa (PSDB). Butka afirmou que o saldo da conversa foi positivo. “As empresas assi-naram um acordo para ten-tarmos manter o máximo de empregos no Paraná”.

Direitos trabalhistasAlém das demissões, os sin-

dicatos protestaram contra as medidas provisórias 664 e 665, promulgadas pelo governo federal no final do ano passado.

Eles pedem a revogação das novas regras que signi-ficarão corte do gastos com seguro desemprego, abo-no salarial, auxílio-doença, pensão por morte e tam-bém do seguro defeso (con-cedido aos pescadores arte-sanais durante o período de proibição da pesca).

Uma das faixas, com os dizeres “a mobilização é o xarope para a tosse da va-ca”, lembrava uma decla-ração da presidente Dilma Rousseff (PT) durante as eleições, em que ela garan-tiu que não mudaria direi-tos trabalhistas ‘nem que a vaca tussa’. METRO CURITIBA

Empregos. Metalúrgicos organizaram ato contra demissões e medidas que dificultaram a obtenção do seguro desemprego

Rodovias foram bloqueadas por até duas horas | SUELLEN LIMA

Sindicatos param BRs em protestos

Obras na ponte Capivari vão até setembro, diz concessionária

Estrutura estaiada será colocada. Na imagem, o projeto | DIVULGAÇÃO

Duplicação pode ser extendidaApós um pedido de pre-feitos e moradores de San-ta Catarina e do Paraná, a Arteris contratou, com a autorização da ANTT, um estudo para fazer a dupli-cação da rodovia em todo o seu trecho, que vai até Lages (SC). Por contrato, a pista dupla está previs-ta para ir apenas até Man-dirituba, trecho que deve ser entregue em fevereiro de 2016.

“Entendemos que em vários pontos há deman-da, mas é esse estudo vai apontar onde será possível duplicar”, disse o superin-tende da autopista Planal-to Sul, César Sass.

METRO CURITIBA

Planalto Sul

1,5 milparticiparam de um protesto no Centro na tarde de ontem. Eles foram até a sede do INSS, na praça Santos Andrade.

Dólar + 0,23%

(R$ 2,577)

Bovespa - 1,85% (47.695 pts)

Euro - 0,59%

(R$ 2,917)

Selic (12,25% a.a.)

Salário mínimo(R$ 788)

Cotações

CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 29 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com {FOCO} |03|◊◊

Até amanhã a prefeitura de Curitiba deve anunciar a no-va tarifa técnica, a nova tari-fa do usuário e muito possi-velmente a diferenciação de preços entre linhas urbanas e metropolitanas, colocan-do fim há mais de duas dé-cadas da tarifa única da RIT (Rede Integrada de Transpor-te), que é composta pela ca-pital e mais 13 municípios vizinhos.

De acordo com o prefeito Gustavo Fruet (PDT), a deci-são não deve se alongar mui-to, pois por força contratual a tarifa técnica é reajusta-da em 1º de fevereiro e tem efeito retroativo, ou seja, quanto mais tempo demo-rar pior. Nesse caso, disse, o rombo ‘vai parar na tarifa e será pago por subsídio ou pe-lo usuário’.

Embora ele não tenha ad-mitido, o novo preço da pas-sagem deve ficar acima dos R$ 3. A única certeza é deque os valores das passagens serão

diferenciados para pagamen-tos em cartão-transporte e di-nheiro. No caso, o preço com o cartão será mais em conta.

“Podemos ter uma, duas ou três tarifas diferentes. Es-

peramos que o governo do Estado assuma sua responsa-bilidade para manter a tarifa única”, afirmou.

Para mantê-la, é preci-so que a Comec (Coordena-

ção da Região Metropolitana de Curitiba) assuma as linhas metropolitanas, já que possi-bilidade da manutenção do subsídio estadual parece carta fora do baralho. Uma propos-

ta de R$ 2,3 milhões mensais (cerca de R$ 5 milhões a me-nos do que vinha sendo pra-ticado nos últimos 3 anos) foi descartada pelo município.

Na terça-feira o presiden-te da Comec, Omar Ákel, já havia sinalizado a possibili-dade dos preços serem defi-nidos por anéis tarifários e um dia antes, disse que não haver intenção de aumentar o valor do subsídio, pois este já seria o limite de gastos e estaria de acordo com a pes-quisa origem-destino contra-tada pelo órgão.

Hoje, 50% da tarifa técni-ca é composta pelos venci-mentos de motoristas e co-

bradores, cujo pedido de reajuste chegaria a 19%. Um indicativo das empresas do transporte público aponta para uma tarifa técnica os-cilando entre R$ 3,60 e R$ 3,80, bem superior aos R$ 3,18 atuais. “Repassar o va-lor integral ao usuário é im-praticável e afugentaria to-dos. Mas nós não temos como bancar R$ 80 milhões, esta verba mantém 40 uni-dades de saúde por ano”, ar-gumentou o prefeito.

Transporte coletivo. Prefeitura quer anunciar ainda nesta semana os novos valores das tarifas e avisa que com o cartão será mais barato

Não há hipótese de desintegração física do sistema e nem de tarifas diferentes em Curitiba | RODRIGO FÉLIX LEAL / METRO CURITIBA

Passagem vai subir e tarifa única pode acabar

BRUNNOBRUGNOLO ESPECIAL PARA O METRO CURITIBA

Fruet suspeita de ‘tentativa de locaute’

Prefeito levantou a possibilidade de pressão para inflar a tarifa | RODRIGO FÉLIX LEAL / METRO CURITIBA

Durante a coletiva de on-tem, Fruet aderiu ao dis-curso do governo do Esta-do sobre a greve deflagrada na segunda-feira. “Não é ló-gico um sistema que movi-menta R$ 1 bilhão por ano ser paralisado por R$ 5 mi-lhões - que é um valor sig-nificativo, mas pouco per-to do montante. Tem algo muito maior por trás, uma tentativa ou algum tipo de pressão para aumentar a ta-rifa técnica além do neces-sário ou todos estão à beira-

do colapso”, disparou. Ele também voltou a criti-

car a licitação feita em 2010. “Por que apenas dois anos depois foi preciso incluir o subsídio?”, indagou.

Por nota, o Setransp (Sin-dicato das Empresas de Ôni-bus de Curitiba e Região Me-tropolitana) refutou com total veemência que tenha havido locaute por parte de suas filiadas durante a re-cente paralisação de moto-ristas e cobradores. Ainda acrescentou que orientou

todas as concessionárias a deixar 100% da frota à disposição.

O locaute acontece quan-do os próprios empregado-res impedem seus funcioná-rios de trabalharem.

Com relação à tarifa técni-ca, o órgão informou que so-licitou ao MP-PR (Ministério Público do Paraná) , em outu-bro do ano passado, o acom-panhamento do cálculo do novo valor, a fim de que o processo tenha total transpa-rência. METRO CURITIBA

83,9%da frota do transporte coletivo de Curitiba circulou ontem, de acordo com o Centro de Controle Operacional da Urbs, acima dos 80% determinado

“Sempre alertei que o transporte coletivo de Curitiba era uma bomba-relógio. Agora ela explodiu.” GUSTAVO FRUET, PREFEITO DE CURITIBA

Tubos tiveram ‘catraca livre’

Cidade registrou casos de ‘fura-catraca’ | RODRIGO FÉLIX LEAL / METRO CURITIBA

Embora o transporte te-nha voltado a funcionar on-tem, ainda que com 80% da frota, houve registro de al-guns incidentes fora da normalidade.

Algumas estações-tu-bo, especialmente no iní-cio da manhã, tiveram “ca-traca-livre”: os cobradores deixaram de cobrar passa-gem e os clientes entraram livremente.

A ocorrência de maior

duração foi na estação Eu-frásio Correia, no Centro, mas também houve outros “pontos isolados”, de acor-do com a prefeitura.

A promessa do governo do Estado é que o dinhei-ro para pagar os ‘vales’ dos motoristas seja entregue hoje. Neste caso, o sindicato se comprometeu a dar fim na paralisação. Por enquan-to, a frota deve ser mantida em 80%. METRO CURITIBA

O presidente do Sindimoc (Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropo-litana), Anderson Teixeira, entregou ontem ao gover-nador Beto Richa. A men-sagem cita atrasos salariais que os trabalhadores sofrem desde 2012 e pede uma solu-ção “que não seja paliativa” para o transporte coletivo.

METRO CURITIBA

Sindicato entrega carta com apelo a Beto Richa

Carta diz que disputas políticas sãoprejudiciais | REPRODUÇÃO / FACEBOOK

CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 29 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com |04| {FOCO}

Bares e casas noturnas de Curitiba deverão receber um “selo” atestando que o local atende a normas de seguran-ça para os clientes.

O anúncio foi feito nessa semana pela Sesp (Secretaria de Segurança Pública), que lançou o projeto “Balada Le-gal” em parceira com a ACP (Associação Comercial do Pa-raná) e a Abrabar-PR (Asso-ciação Brasileira de Bares e Casas Noturnas).

Ainda em estágio inicial, a proposta não especifica quan-do e como o trabalho será fei-to, segundo a Sesp. Mas as medidas atendem a reclama-ções dos comerciantes quanto à atuação da Aifu (Ação Inte-grada de Fiscalização Urbana) na fiscalização.

“Os empresários são a fa-vor da fiscalização, mas mui-

tas vezes sofrem por conta da desorganização”, avalia o presidente da Abrabar-PR, Fábio Aguayo.

Uma das principais mu-danças prometidas pela Sesp, segundo Aguayo, é em re-lação às vistorias. Hoje elas são feitas à noite, quando os bares estão movimentados. Questões burocráticas como documentação (alvarás), se-gurança (saídas, extintores) e higiene (alimentos, banhei-ros) passarão a ser resolvidas durante o dia.

À noite só haverá aten-dimento a denúncias de som alto, drogas, menores sem permissão e questões semelhantes.

‘Balada Legal’. Projeto quer chancelar locais que atendem normas de higiene e segurança. Sesp não esclarece medidas, mas bares falam em apertar cerco contra menores e ‘brigões’

Vistorias da Aifu recebem críticas dos donos de bares | HUGO HARADA / AGP

Casas noturnas terão ‘selo de segurança’

Entidades comerciais entre-garam uma série de reivin-dicações à Sesp com relação à fiscalização.

Um dos principais pro-blemas atuais, confor-me Fábio Aguayo, é a pre-sença de adolescentes nos estabelecimentos.

“Continua havendo uma epidemia de menores usan-do documento falso. Mas não é fácil identificar quem é ou não é só pela cara. Nos passaram que vai haver

mais presença do poder pú-blico nesses casos”, afirma o presidente da Abrabar.

Outra sugestão dos em-presários foi a de que os ba-res possam banir “brigões, ladrões e outros grupos que arrumem confusão” de vol-tarem a frequentar o local.

Já a Sesp pediu que bares compartilhem imagens das câmeras de segurança com o sistema central de moni-toramento instalado na Se-cretaria. METRO CURITIBA

Para bares, menores com RG falso são epidemia

Locais como o São Francisco podem ter mais vigilância | RODRIGO FÉLIX LEAL / METRO

RAFAEL NEVES METRO CURITIBA

CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 29 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com {BRASIL} |05|◊◊

A oferta de vantagens ain-da prevalece sobre a vontade real de boa parte dos eleitores brasileiros na hora de votar. Pesquisa do TSE (Tribunal Su-perior Eleitoral) divulgada on-tem captou relatos de eleito-res sobre flagrante de compra de votos nas últimas eleições. O índice médio é equivalente a 28%, mas chegou a 71% das respostas em Roraima. A me-nor incidência foi de 18%, no Rio Grande do Sul. No Distri-to Federal,o índice foi de 21%.

O levantamento apontou também que a maioria dos brasileiros está desconten-te com a obrigatoriedade de ir votar. No total, 76% decla-ram ser contra o voto obriga-tório -- 21% são a favor. O índi-ce de contrários é maior entre os eleitores acima de 55 anos e o menor entre a faixa etária de 16 a 34 anos.

Há ceticismo também em relação ao segredo do voto. Os eleitores ouvidos relataram, por exemplo, casos de candi-datos que pedem o número do título de eleitor dos cabos eleitorais pra comprovar o vo-to nas zonas eleitorais.

UrnasPelo menos 1/5 dos eleitores deram nota 0 no quesito con-fiabilidade das urnas, enquan-to só 16% confiam plenamen-te. O TSE aponta que, embora a ausência de conexão na in-ternet tenha sido assimilado, a população em geral ainda não está devidamente cien-te de como a informação é transmitida e os votos com-putados. A nota média foi 5.

A votação biométrica, im-plantada em 762 cidades pa-ra 21,6 milhões de eleitores, foi bem avaliada e teve nota 9 de média. A principal crítica foi a de portar o documento de identidade mesmo com a identificação pela impressão digital. METRO BRASÍLIA

Eleições. Pesquisa do TSE revela que 20% deram nota zero ao sistema eletrônico, 76% são contra votação obrigatória e 28% dizem ter visto troca de vantagens por voto

Eleitor desconfia de urna e aponta compra de votos

O governador de Minas Ge-rais, Fernando Pimentel (PT), admitiu ontem um ‘ra-cionamento severo’ caso o Estado não consiga reduzir em 30% o consumo de água.

O governador admitiu tentar outras medidas, co-mo o rodízio no abasteci-mento. “Se não chover, se o consumo não cair e se a va-zão não aumentar em três meses, vamos ter que racio-nar severamente”, admitiu.

Pimentel teve encontro com a presidente Dilma Rousseff, que assegurou re-cursos para obras de emer-gência. A principal medida é o aumento na captação de água do rio Paraopeba. “É uma obra emergencial, que vai aumentar a capta-

ção de água no reservatório do Rio Manso em 4 m3 a 5 m3 por segundo”, calculou. O valor ainda não foi defi-nido, mas a previsão é de que a obra fique pronta até novembro. METRO BRASÍLIA

Uma pesquisa do Institu-to Virtual de Mudanças Globais da Coppe/UFRJ re-velou um resultado alar-mante: caso a região Su-deste continue sofrendo com falta de chuvas, a água no Rio de Janeiro vai acabar em outubro.

O instituto fez uma si-mulação entre o atual vo-lume morto dos quatro reservatórios da bacia do rio Paraíba do Sul, esti-mado em 2,9 trilhões de litros de água, dividido pelo consumo dos flumi-nenses. A conclusão é de que a escassez de água po-derá chegar ao Estado em 250 dias.

Após encontro com a presidente Dilma Rous-

seff, o governador do Es-tado, Luiz Fernando Pe-zão, descartou sobretaxar desperdício de água ou racionamento no Estado. “Agora não”, enfatizou, afirmando que será preci-so tomar ‘medidas drásti-cas’ caso não chova o pre-visto para os próximos meses. METRO RIO

No Rio, torneiras podem secar até outubro

Sem chuvas, governador de Minas vê corte ‘severo’

Pimentel diz que racionamento seráúltima medida | ALAN MARQUES/FOLHAPRESS

“É torcer muito para que comece a chover e torcer para que a gente não precise tomar outras medidas mais drásticas.” LUIZ FERNANDO PEZÃO, GOVERNADOR DO RIO DE JANEIRO

Rodízio em SP não será ‘da noite para o dia’O secretário de Saneamento e Recursos Hídricos de São Paulo, Benedito Braga, afir-mou ontem que o rodízio no abastecimento do Esta-do -- que prevê dois dias com água e cinco sem -- não será imediato. “Não se faz da noi-te para o dia”, afirmou Bra-ga, lembrando que fará um mapeamento de hospitais e escolas que não poderão fi-car sem água.

Ontem, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, teve encontro com 30 prefeitos da Grande São Paulo, que cobra-ram transparência no anún-cio de medidas. Na reunião, vereadores apresentaram pro-posta para multar em R$ 1 mil quem for flagrado desperdi-çando água. METRO

4 anosde prisão é a pena prevista no Código Eleitoral para o crime de compra de votos, além de multa, que pode chegar a R$ 125 mil.

Câmara

Chinaglia busca apoio de 8 partidosCandidato à presidência da Câmara, Arlindo Chi-naglia (PT-SP) reuniu on-tem caciques de oito par-tidos em busca de apoio. Se eleito, o petista pro-mete distribuir cargos em comissões cuja indi-cação cabe ao PT. “É uma proposta de bloco para a sustentação política”, afirmou o vice-líder do PT, José Guimarães (CE).

O governo não quer in-terferir, mas age para en-fraquecer o candidato fa-vorito, Eduardo Cunha (PMDB). Cinco ministros participaram da reunião. “Os ministros são militan-tes partidários”, minimi-za o ministro Pepe Vargas (Relações Institucionais). Júlio Delgado (PSB) e Chi-co Alencar (Psol) também estão na disputa. METRO

PERCEPÇÃO DO ELEITOR

FONTE: CHECON PESQUISA/BORGHI ENCOMENDADA PELO TSE (TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL) FEITA COM 1.964 DAS CINCO REGIÕES DO PAÍS

NOTA DA JUSTIÇA ELEITORAL

TESTEMUNHOU COMPRA DE VOTO?

POR UF

GERAL

A FAVOR DO VOTO OBRIGATÓRIO?

CONFIANÇA NAS URNAS BIOMETRIA

SUGESTÕES DE APRIMORAMENTO DAS ELEIÇÕES

AM

AC

RR

PA

AP

BA

MG

SP

PR

SCRS

TO

MAPI RN

PE

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PB

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RJ

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MS

8, 9 E 10

5, 6 E 7

0 A 4

0 A 45, 6 E 7 8, 9 E 10 0 A 45, 6 E 7 8, 9 E 10

50%

30%28% SIM

21%SIM

76%NÃO

2%NÃO SEI

1%NÃO SEI

60% NÃO

4% NÃO SEI20%

percentual de respostas “sim”

TO

MS

AP

CEMA

RR

18%

21%

21%35%

35%

35%

35%

22%

22%

22%

23%

27%

28%

38%

39%39% 43%

45%

48%

48%

44%

71%

38%

38%

38%

38%

29%

8% NÃO RESPONDEU

35% 27% 38% 51% 29% 20%

Fim do voto obrigatório

Maior controle e segurança de urnas

Aplicar a Lei da Ficha Limpa

Transparência na apuração

Fiscalização/melhores candidatos

14%7%

5%5%

4%

CRISE HÍDRICA

Uma planilha apreendida pe-la PF (Polícia Federal) no escri-tório do doleiro Alberto Yous-sef revela um esquema de entrega de propina para po-líticos e empresários. O tra-balho era feito pelo policial federal Jayme Oliveira Filho, conhecido por ‘Careca’.

O documento mostra 21 pagamentos, feitos entre 13 de junho de 2011 e 6 de de-zembro de 2012, que somam R$ 13 milhões. Os pagamen-tos foram feitos em emprei-teiras de Belo Horizonte, Rio-de Janeiro e São Paulo.

O serviço era chamado de TransCareca, numa referên-cia ao apelido do policial.

No depoimento, prestado em 18 de novembro do ano passado, Jayme também cita que buscou dinheiro na em-presa Tomés Equipamento e Transportes, no ABC paulista, a mando do lobista Fernan-do Baiano, apontado como ar-recadador de propina para o PMDB. Citou também seis pa-gamentos feitos para Márcio, genro do ex-diretor de abas-tecimento Paulo Roberto Cos-ta, em uma loja de móveis de Ipanema (RJ). METRO BRASÍLIA

“O Youssef me dava uma bolsa. Às vezes eu sabia que era vinho, mas às vezes tinha dinheiro.” JAYME OLIVEIRA FILHO, EM DEPOIMENTO À POLÍCIA FEDERAL

Petrobras. Agente relata ‘delivery’ de propina

CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 29 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com |06| {BRASIL}

O Ministério da Saúde di-vulgou ontem uma pesqui-sa que mostra que 94% da população sexualmente ati-va reconhece a eficiência da camisinha na preven-ção de doenças sexualmen-te transmissíveis, como a Aids. Apesar disso, 45% dos entrevistados não usaram preservativo nos 12 meses anteriores ao levantamento.

Os dados revelaram tam-bém que a porcentagem de pessoas que tiveram mais de 5 parceiros eventuais subiu de 9,3% em 2008 pa-ra 12,1% em 2013. Já a par-cela da população sexual-mente ativa com mais de 10 parceiros na vida subiu de 25,9%, em 2008, para 43,9% em 2013.

Segundo o diretor do de-partamento HIV/Aids do mi-nistério, Fábio Mesquita, o aumento do número de ca-

sos de Aids estaria relacio-nado com “uma geração com mais liberdade sexual que a anterior”. Na pesqui-sa de 2004, a taxa de detec-ção da doença entre jovens de 15 a 24 anos era de 9,6 casos para cada 100 mil ha-bitantes. Em 2013, o índice subiu para 12,7 casos.

#PartiuTesteCom base na pesquisa, o ministério lançou ontem uma campanha de comba-te a Aids para o Carnaval. O objetivo é reforçar a pre-venção, a realização de tes-tes e o tratamento da doen-ça no SUS (Sistema Único de Saúde). Para isso, cer-ca de 120 milhões de pre-servativos serão gratuita-mente disponibilizados em displays localizados nos ae-roportos do Rio de Janeiro, Salvador e Recife. METRO

Saúde. Parcela dos que afirma ter mais de 10 parceiros na vida sobe de 26% para 44%

Arthur Chioro, ministro da Saúde | FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL

45% dos brasileiros não usam camisinha

A Justiça concedeu ontem habeas corpus para Rafael de Souza Bussamra e seu pai, Roberto Martins Bus-samra. Os dois haviam si-do condenados por envolvi-mento na morte de Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães. Eles foram presos na sexta-feira, após a condenação ser publicada.

Com a decisão de ontem, os dois poderão recorrer em liberdade.

Mascarenhas foi atrope-lado na noite do dia 20 de julho de 2010 por Rafael Bussamra, quando circulava de skate em uma pista in-terditada do túnel Acústico, na Gávea. Hoje, o túnel leva também o nome da vítima.

Rafael Bussamra foi con-denado a 12 anos e nove meses. A pena maior foi pa-ra o crime de corrupção ati-va. Ele foi condenado ainda por homicídio culposo, fu-ga do local do atropelamen-to e participação em “pega” de automóvel. O acusado também teve a habilitação suspensa.

Já o pai, Roberto Martins Bussamra, recebeu pena de oito anos e 11 meses. Ele foi acusado de subornar os po-liciais que foram ao local do acidente e por “inovação ar-tificiosa em caso de aciden-te automobilístico”. Os dois PMs corrompidos foram expulsos da corporação.

METRO RIO

RJ. Condenados pela morte do filho de atriz são soltos

Rafael Mascarenhas foi atropelado em julho de 2010 | ALE SILVA/FUTURA PRESS

Condenado no processo no mensalão, Romeu Queiroz foi flagrado bebendo cerveja num restaurante de Belo Ho-rizonte (MG) no horário em que deveria estar trabalhan-do e voltou a ser preso. A Vara de Execuções Penais de Minas Gerais cassou os benefícios do ex-deputado por descumpri-mento das regras do regime semiaberto.

Desde maio do ano pas-sado, Queiroz tem autori-zação para trabalhar na RQ Empreendimentos & Parti-cipações durante o dia e vol-tar para dormir na Peniten-

ciária José Maria Alkmin, em Ribeirão das Neves. A lei, con-tudo, impõe condições, que incluem a proibição do consu-mo de bebidas alcoólicas, con-siderada uma falta grave.

Ele foi levado ao presídio anteontem. A transferência para o regime fechado deve durar, no mínimo, até mar-ço, quando o caso será jul-gado pela Justiça. Ficam sus-pensas também as saídas temporárias.

O vídeo de 2 minutos foi publicado pelo jornal “O Tem-po” e mostra o ex-deputado na mesa de um restaurante

com um amigo. Segundo a de-núncia, as imagens foram gra-vadas na última sexta-feira.

A defesa do político irá re-correr da decisão alegando que não há como comprovar o dia e horário da gravação e que seu cliente nega ter con-sumido bebida alcoólica. “Ele não foi ouvido, o que viola o processo legal”, afirmou o ad-vogado Marcelo Leonardo.

Romeu Queiroz foi conde-nado a 6 anos e 6 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro e, ape-sar de ter cumprido um sexto da pena. METRO BRASÍLIA Cena de vídeo de Queiroz (à dir.) em restaurante | REPRODUÇÃO O TEMPO

Flagrado bebendo, mensaleiro volta à prisão em BH

Marco da Internet ‘ganha alma’ em consulta públicaEm vigor desde junho, o Marco Civil da Internet -- que estabelece direitos e deveres de usuários e pro-vedores na web -- só agora começa a ser regulamenta-do. O Ministério da Justiça abriu ontem uma consulta pública para receber suges-tão da sociedade civil, em-presas e entidades, por um prazo de 30 dias.

“Bons textos podem ser destruídos com regulamen-tações ruins. A regulação tem que ter a mesma al-

ma do projeto”, afirmou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

São três eixos de discus-são: a neutralidade da rede,

o armazenamento de dados pelos provedores e a priva-cidade dos usuários.

O governo também tra-tará da elaboração de uma lei para proteção de dados em geral, mesmo fora da internet.

A principal polêmica se-rá quanto à neutralidade na rede, que foi tratada de maneira genérica no texto aprovado pelo Congresso.

As sugestões podem ser apresentadas nos endere-ços eletrônicos: www.mar-

cocivil.mj.gov.br e www.dadospessoais.gov.br

Para garantir a aplica-ção das leis, o governo es-tuda a criação de um ór-gão federal.

O Marco Civil da In-ternet foi aprovado pelo Congresso em abril, em resposta às denúncias de espionagem -- que atingi-ram dados pessoais inclu-sive da presidente Dilma Rousseff -- feitas pelo ex--técnico da SNA Edward Snowden. METRO BRASÍLIA

Veja os principais pontos da ‘Constituição da Internet’:

• Neutralidade. Proíbe os provedores de privilegiar um usuário ou vender pacotes diferenciados de serviços.

• Privacidade. As empresas ficam proibidas de armazenar informações sobre as

páginas acessadas pelos usuários.

• Armazenamento. O provedor deverá guardar por seis meses os dados de usuários que optarem por encerrar as contas pessoais, para fins de decisões judiciais. Passado o período, as informações devem ser apagadas.

Relembre“Bons textos podem ser destruídos com regulamentações ruins. A regulação tem que ter a mesma alma do projeto.” JOSÉ EDUARDO CARDOZO, MINISTRO DA JUSTIÇA

CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 29 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com {BRASIL} |07|◊◊

Esquecer crianças no carro assola o imaginário de mui-tos pais pelo país. Ainda mais depois dos três casos de crianças mortas no fim do ano passado, após serem esquecidas, trancadas, por horas, dentro de um auto-móvel fechado. Porém, um dispositivo criado por Vic-tor Angel Bocchi Castelaro, em trabalho de conclusão do curso de Engenharia Elétrica da PUC-Campinas (SP), po-de ser uma ferramenta para evitar essas fatalidades.

O dispositivo funciona com sensores de presença, o equipamento analisa se existe crianças no banco tra-seiro do carro. Caso seja ve-rificado que a criança está sozinha no veículo com os vidros fechados, o dispositi-vo inicia o monitoramento da temperatura. Isso porque quando a criança é deixada dentro de um ambiente fe-chado, a causa mais comum

de morte é pelo aumento da temperatura corporal. “É um quadro catastrófico, que pode chegar a uma pa-rada cardíaca”, explica a pre-sidente do Comitê de Segu-rança Infantil da Sociedade Mineira de Pediatria, Cyn-thia Regina Tangari Coelho.

Assim que a temperatura alcança os 38 °C, nível máxi-mo tolerável, o equipamento encaminha uma mensagem para o celular do pai esque-cido, avisando que o filho es-tá sozinho e trancado no car-ro. A partir daí, se o pai não responder a mensagem em um minuto, dando a ordem para que o dispositivo abra as janelas do carro ou para que o alarme seja dispara-do até que ele possa chegar o veículo, o dispositivo o faz automaticamente.

“A ideia surgiu diante de inúmeras notícias de crian-ças que morreram após se-rem esquecidas trancadas

no carro”, conta Castela-ro. Até agora, o dispositivo aguarda alguma parceria pa-ra que possa ser instalado e usado pela população. “Fize-mos o protótipo. Agora de-pendemos de uma parceria para que ele possa ser insta-lado”, explica Castelaro so-bre a comercialização do dis-positivo que, segundo ele, seria de fácil instalação nos veículos, já que muitos “vêm com diversos sensores insta-lados de fábrica”.

Questionamentos Em dois dos episódios de mor-tes – ocorridos no ano passa-do em Belo Horizonte e em São Bernardo –, a responsa-bilidade foi dos próprios pais. Esse quadro, onde os própios pais esquecem seus filhos, le-vanta questionamentos: co-mo alguém pode esquecer uma criança no carro?

Nos dois últimos casos, os pais deveriam ter deixa-

do seus filhos nos berçários. Enganados pela memória, se-guiram direto para o traba-lho. Lembraram de buscar as crianças – mas nem nota-ram que elas estavam o tem-po inteiro dentro dos veícu-los, sentadas nas cadeirinhas.

Na avaliação da psicanalis-ta Sônia Flores, o cérebro da pessoa pode ter sido engana-do por uma situação de ansie-dade ou pressão. “Existe um ponto: minha filha é prioritá-ria. E um contraponto: meu trabalho vem em segundo lu-

gar, mas é muito importante também. Aí começa no cére-bro uma situação em que o inconsciente começa a tentar ajudar a pessoa a diminuir a ansiedade, o medo de não dar conta”. METRO CAMPINAS E METRO BELO HORIZONTE

Dispositivo ‘dispara’ alerta de risco | THOMAZ MAROSTEGAN/METRO CAMPINAS

Ajuda aos pais. Sensores criados por estudante de Campinas identifica quando uma criança ficou trancada dentro do carro

Dispositivo detecta bebês

CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 29 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com |08| {ECONOMIA}

A frustração do mercado com o balanço trimestral da Petro-bras, divulgado sem a espera-da perda contábil por denún-cias de corrupção, levou as ações da Petrobras ao maior tombo diário em três meses.

As ações preferenciais da Petrobras, mais negocia-das e sem direito a voto, fe-charam com desvalorização de 11,20%, para R$ 9,03. Já as ordinárias, com direito a voto, cederam 10,48%, pa-ra R$ 8,63. Ambas tiveram a maior queda diária desde 27 de outubro de 2014.

A Petrobras divulgou o esperado balanço não au-ditado do terceiro trimes-tre de 2014 na madrugada de quarta-feira. A apresen-tação deveria ter sido feita em novembro passado, mas foi adiada após a PwC (Pri-cewaterhouseCoopers) se recusar a aprovar as contas devido às denúncias da Ope-ração Lava Jato.

Apesar de não ter conta-bilizado a redução no valor de seus ativos, a Petrobras di-vulgou um cálculo sugerindo baixas contábeis potenciais relacionadas aos empreendi-mentos que são alvo de inves-tigação. Segundo a estatal, as análises mostraram que par-cela dos ativos está superava-liada em R$ 88,6 bilhões, en-quanto outra está subavaliada em R$ 27,2 bilhões. Os valo-

res indicam a necessidade de uma baixa de R$ 61,4 bilhões.

A empresa disse que ten-tou calcular as baixas contá-beis em ativos envolvidos nas denúncias pela estimativa da diferença entre o valor justo e o valor contábil, e também a quantificação do sobrepre-ço decorrente de atos ilícitos a partir de informações, nú-meros e datas nos depoimen-tos à Polícia Federal.

No entanto, a companhia afirmou que desistiu de usar essa metodologia, sob a jus-tificativa de que seria im-possível isolar os valores referentes aos desvios de pa-

gamentos de outros fatores, como variações do câmbio, ineficiência de projetos e mu-danças nas projeções de cus-tos de insumos e produtos.

“Concluímos ser imprati-cável a exata quantificação destes valores indevidamen-te reconhecidos, dado que os pagamentos foram efetua-dos por fornecedores exter-nos e não podem ser rastrea-dos nos registros contábeis da companhia”, disse a pre-sidente da Petrobras, Ma-ria das Graças Foster, em co-mentários no balanço.

No balanço, a Petrobras disse que continua traba-

lhando para produzir de-monstrações financeiras re-visadas pela PwC no menor tempo possível. A empresa estudará outra metodologia.

A ausência de uma baixa contábil relacionada às de-núncias da Lava Jato prolon-ga as incertezas sobre a saú-de financeira da Petrobras. Muitos analistas criticaram o conteúdo do balanço.

“A intenção da compa-nhia de divulgar o balanço não auditado foi para aten-der as obrigações com os cre-dores, mas se não tem bai-xa contábil, para que serve? O mercado trabalhava com uma baixa contábil entre US$ 5 bilhões podendo che-gar a US$ 20 bilhões”, disse Ricardo Kim, analista da XP Investimentos, em relatório.

O balanço divulgado on-tem mostra que o lucro da es-tatal caiu 38% no período, em comparação com o trimestre anterior, de R$ 4,9 bilhões para R$ 3,1 bilhões. Em rela-ção ao terceiro trimestre de 2013, o lucro caiu 9%. METRO

Lava Jato. Divulgação de resultado sem perdas frustrou mercado financeiro. Papéis preferenciais despencaram 11,20%, a R$ 9,03. Cálculo da estatal para excluir desvios apontava baixa de R$ 88,6 bi

Ação da Petrobras cai 11% após balanço não descontar corrupção

O baixo crescimento da eco-nomia e as desonerações fi-zeram a arrecadação federal encerrar 2014 com a pri-meira queda real em cinco anos. Segundo dados divul-gados ontem pela Receita Federal, a União arrecadou R$ 1,188 trilhão em 2014, valor 1,79% menor que o re-gistrado em 2013.

Até o mês passado, a Re-ceita previa que a arreca-dação encerraria 2014 com queda real de até 1% . O re-cuo foi o primeiro registra-do desde 2009, auge da crise econômica, quando a arre-cadação tinha apresentado queda real de 2,66%.

A estagnação da econo-mia foi a principal respon-sável pela queda em 2014. A arrecadação do PIS/Co-fins, tributos que refletem as vendas, caiu 3,47% além da inflação. O processo re-fletiu a queda de 1,21% nas vendas em 2014, além da decisão judicial que redu-

ziu o PIS/Cofins de produtos importados.

As desonerações tam-bém provocaram perdas expressivas na arrecada-ção no ano passado. Segun-do a Receita, o governo dei-xou de arrecadar R$ 104,04 bilhões em 2014 com as re-duções de tributos. As medi-das com maior impacto nos cofres públicos foram a de-soneração da folha de paga-mento (R$ 21,6 bilhões), a redução a zero dos tributos federais sobre a cesta básica (R$ 9,33 bilhões) e a decisão judicial sobre o PIS/Cofins dos importados (R$ 3,64 bi-lhões). METRO

Impostos. Arrecadação tem 1a queda desde 2009

Protesto contra corte de benefíciosAs centrais sindicais organizaram ontem de manhã um ato na avenida Paulista, em São Paulo, contra as medidas anunciadas pelo governo que restringirão benefícios sociais. Segundo estimativas da polícia, cerca de 2.000 pessoas participaram do ato | RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS

Eike renuncia à presidênciaA Óleo e Gás Participa-ções, antiga OGX, divul-gou no fim da terça-feira a renúncia de Eike Batista aos cargos de presidente e membro do Conselho de Administração. A petrolei-ra afirmou que a renúncia ocorre após “cumprimen-to exitoso das principais etapas do plano de rees-truturação da companhia e sua subsidiária OGX Pe-tróleo e Gás - em recupera-ção judicial”. METRO

Fed descarta alta de taxa de jurosO Fed, o banco central norte-americano, repe-tiu ontem que continua-rá “paciente” para ele-var os juros. Concluindo a primeira reunião do ano, autoridades do Fed minimizaram as mano-bras urgentes adotadas por outros bancos cen-trais neste mês para esti-mular suas economias e previu contínua expan-são econômica nos Esta-dos Unidos. METRO

EUA Antiga OGX

1,79%foi queda real da arrecadação federal em 2014, que sofreu impactos da desaceleração da economia e de desonerações

Graça Foster diz ser ‘impraticável’ quantificar desvios | SERGIO MORAES/REUTERS

Demanda por voos cresce 5,7%

Setor reduz ritmo de crescimentoem 2014 | EDUARDO ANIZELLI/FOLHAPRESS

A Abear (Associação Brasilei-ra das Empresas Aéreas) es-tima que 2015 terá um au-mento na demanda por voos domésticos em linha com o registrado em 2014, com as companhias buscando man-ter a disciplina na ampliação da oferta. A expectativa foi divulgada pelo presidente da Abear, Eduardo Sanovicz.

Segundo a entidade, que representa as companhias Gol, TAM, Azul e Avianca, a demanda doméstica em 2014 subiu 5,7% após altas de 6,5% em 2013 e de cer-

ca de 7% em 2012. “A redu-ção do ritmo de crescimen-to anual merece atenção, mas o resultado positivo comprova que continuamos com massificação do avião possibilitada pela liberdade tarifária”, disse Sanovicz.

As companhias transpor-taram 101,5 milhões de pas-sageiros em voos domésticos e internacionais em 2014. Fo-ram 95,1 milhões de passagei-ros transportados nos voos domésticos e 6,4 milhões nos internacionais. A ocupação fi-cou em torno de 80%.

A TAM fechou o ano, mais uma vez, como líder, obtendo uma parcela de 38,41%. A Gol respondeu por uma fatia de 36,4%, a Azul teve 16,77% de partici-pação e a Avianca, de 8,43%.

A TAM também foi a em-presa líder em participa-ção no mercado internacio-nal, com 84,48%, seguida pela Gol (14,92%). A Azul, com 0,57%, e Avianca, com 0,02%, fecham a relação das empresas brasileiras com operações internacionais.

METRO

R$ 13,9 bifoi a queda do valor de mercado da estatal em apenas um dia, passando de R$ 128,7 bi na terça-feira para R$ 114,8 bi ontem

CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 29 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com {MUNDO} |09|◊◊

Confronto entre Hezbollah e Israel mata trêsDois soldados israelenses e um espanhol integrante de uma missão de paz morre-ram ontem em um confron-to entre o Hezbollah e Is-rael, elevando temores de uma escalada do conflito entre o grupo militante e o Estado israelense.

O Hezbollah lançou um míssil contra veículos milita-res israelenses na fronteira com o Líbano, na maior ofen-siva realizada por guerrilhei-ros do grupo libanês contra forças de Israel desde a guer-ra de 34 dias de 2006. Outros sete soldados israelenses fica-ram feridos no ataque.

Em resposta, a artilharia is-

raelense disparou contra uma fazenda em campo aberto no sul do Líbano, logo após o ata-que. Autoridades de seguran-ça libanesas informaram que Israel disparou pelo menos 25 mísseis. Um soldado espanhol da missão de paz, que inte-grava uma força de monitora-mento da ONU morreu após a ofensiva israelense.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanya-hu, que fez da segurança sua maior prioridade na campa-nha de reeleição para a vota-ção de 17 de março, disse que “quem quer que esteja ten-tando nos desafiar na frontei-ra norte deveria levar em con-

ta a ofensiva israelense em Gaza em 2014”.

Falando em Sderot, cidade israelense na divisa com a Fai-xa de Gaza, Netanyahu afir-mou que Israel “está prepara-do para agir poderosamente em todas as frentes. A segu-rança vem antes de tudo”.

A área fronteiriça estava basicamente calma desde o conflito de 2006, já que o Hez-bollah, apoiado pelo Irã, está lutando ao lado do presidente sírio, Bashar al-Assad, na guer-ra civil síria. Israel está aten-to à Faixa de Gaza, onde lutou contra militantes do Hamas durante 50 dias em meados do ano passado. METRO

No Líbano. Míssil árabe atingiu comboio israelense, matando dois e ferindo sete soldados; Israel respondeu com 25 mísseis e matou 1

A nevasca Juno, que “enga-nou” os meteorologistas so-bre sua força em Nova York, foi mais intensa em cidades da Costa Leste localizadas ao norte da Big Apple.

Em Boston, distante 300 km, comunidades ficaram encobertas pela neve e mui-tas casas ficaram sem ener-gia. Moradores tiveram de improvisar para sair de ca-sa. Alguns apelaram aos es-quis para ir ao trabalho ou

à escola. O serviço Meteo-rológico Nacional dos Esta-dos Unidos informou que o mau tempo na região de Boston volta no fim de se-mana, após uma trégua on-tem e hoje.

As companhias aéreas que operam voos entre ci-dades do Brasil e dos Es-tados Unidos informaram que todos os voos foram normalizados já na noite de terça-feira. METRO

Mau tempo. Boston sofre com força da nevasca Juno

Morador de Boston usa esqui na ruapara se deslocar | BRIAN SNYDER/REUTER

O governo da Jordânia anun-ciou ontem que está dispos-to a entregar uma mulher iraquiana presa por envolvi-mento em um ataque a bom-ba suicida em 2005 se um piloto jordaniano capturado pelo EI (Estado Islâmico) for solto pelos militantes.

“A Jordânia está pronta

para soltar a presa Sajida al--Rishawi se o piloto jordania-no tenente Muath al-Kasaes-beh for solto e sua vida for poupada”, disse o porta-voz do governo, Mohammad al--Momani. Ele, porém, não fez nenhuma menção ao re-fém japonês Kenji Goto, ve-terano correspondente de

guerra que também está sen-do mantido refém pelo EI.

Um vídeo divulgado na última terça-feira mostra Kenji Goto dizendo que tinha 24 horas de vida, a menos que a Jordânia sol-tasse a terrorista Sajida al--Rishawi. O prazo termina-ria ontem. METRO

Jovem segura cartaz com mensagem ‘Eu sou Kenji’ | TORU HANAI /REUTERS

Jordânia aceita trocar terrorista por piloto

Morreu na última terça-fei-ra, nos Estados Unidos, o físico Charles Townes, in-ventor do laser e ganha-dor do Nobel de Física em 1964. Townes tinha 99 anos. O físico foi o primei-ro cientista no campo da astronomia por infraver-melho e foi primeiro a des-cobrir água no espaço.

O conceito de laser apa-receu em 1950, quando Townes criou o maser, dis-positivo que era capaz de produzir ondas eletromag-

néticas usando a amplifica-ção de micro-ondas. Após al-guns anos, ele teve a ideia de fazer um “maser óptico”, baseado na amplificação da luz. O nome “laser” apare-ceu somente em 1960.

Atualmente, o laser es-tá presente desde em apa-relhos eletrônicos comuns, como DVDs, até em fibras ópticas e impressoras. Tam-bém são empregados para cortar materiais, como me-tal e tecidos humanos du-rante cirurgias. METRO

Invenção de Townes está no dia-a-dia | ROY KALTSCHMID/ NOBEL FOUNDATION

Morre inventor do raio laser

CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 29 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com |10| {PLUS}

PLUS+

Para os bebedores de carteirinha, consu-mir sempre as mes-mas marcas de cer-

veja tem se tornado cada vez mais desinteressan-te. Além da grande quan-tidade de rótulos importa-dos disponíveis em bares e mercados, o brasileiro conta com um número ca-da vez maior de cervejas artesanais de produção local.

Uma das característi-cas dos novos rótulos é o uso de ingredientes pouco tradicionais, que pode in-cluir itens como café, ra-padura e até bacon. “A di-ferença na produção atual é que antigamente a cul-tura vinha dos europeus, e era reproduzida fielmente em cidades como Blume-nau. Hoje seguem mais a escola americana, que ou-sa mais”, diz Eduardo Vi-telli, um dos sócios da Ciao! Vino e Birra.

Essa ousadia no uso de ingredientes, porém, ain-da é um obstáculo para os compradores mais tra-dicionais. “Culturalmente ainda não aceitamos cer-vejas muito diferentes. A maior dificuldade é inse-rir para o público algo que ele não conhece”, diz Dou-glas Gonçalves, funcioná-rio da franquia de bares Mr Beer.

Deixando de lado o uso de ingredientes incomuns, o grande diferencial das artesanais é justamente não diluir a fórmula origi-nal, como fazem as gran-des marcas. “Malte, leve-dura, água e lúpulo são os ingredientes necessários para criar uma cerveja. Para baratear, usam xaro-pe de milho e de arroz no lugar do malte”, explica Gonçalves. “Esses xaropes te desidratam, então vo-cê acaba ficando com uma ressaca maior”, diz.

O uso da mistura, po-rém, não é exclusivo do Brasil. Grandes produto-ras como a norte-america-na Budweiser usam xarope de arroz em sua fórmula. “As grandes marcas brasi-leiras estão tentando au-mentar a quantidade per-mitida de aditivos”, diz o sommelier Damien Salles.

O limite máximo permiti-do atualmente é de 45% de adjuntos.

A produção das artesa-nais no Brasil é pequena se comparada a de outros países, mas cresce cada vez mais, com diversas marcas de qualidade ga-nhando prêmios e conse-guindo uma distribuição mais ampla. “As microcer-vejarias estão se organi-zando, mais gente conse-gue colocar as cervejas em mercados maiores”, co-menta o mestre cervejeiro Alexandre Sigolo.

Um dos maiores entra-ves para a produção lo-cal é a alta carga tributá-ria. “É mais pesada que a de uma cervejaria grande, e sofre o impacto da varia-ção cambial por conta do uso de ingredientes im-portados”, diz Sigolo, que aponta também que os trâmites legais para regis-trar uma cerveja são mais complicados dependendo do estado. Isso acaba re-fletido no preço final ao consumidor.

Para Salles, a falta de incentivo à produção de cerveja caseira é propo-sital. “Não é interessan-te para o governo porque não interessa para as gran-des indústrias. O mercado é basicamente dominado por uma marca só”, diz ele. “Toda grande mudan-ça tributária exige uma concordância com interes-ses diferentes. Hoje existe uma associação de micro-cervejarias, a ABM, que é pequena mas já consegue ter voz. Eles conseguiram a adição de produtos ani-mais, o que foi uma gran-de vitória”, completa.

“O Brasil está mais ou menos na situação dos EUA de 20 anos atrás”, diz o sommelier. “Lá a tributa-ção da cervejaria é basea-da na quantidade de litros que ela produz, então em-presas pequenas pagam menos e entregam um preço mais justo para o consumidor. Isso também incentivou o consumo lo-cal, cada um bebe a cerve-ja da sua cidade ou região. Muitas nem são engarrafa-das ou tem uma validade curta”. METRO

ANDRÉ PORTO/ METRO

GELADAS E OUSADASEntenda o fenômeno das cervejas

artesanais produzidas no país, que vêm se popularizando cada vez mais

Wals PetroleumCerveja escura do estilo Russian Im-perial Stout, produzida com diver-sos tipos de grãos escuros e ma-turada com cacau, com gosto bem característico

Colorado Ithaca

Cerveja do estilo Imperial Stout, feita com rapadura queimada, de sabor acen-tuado, que se tornou uma

das artesanais mais pro-curadas entre os rótulos

brasileiros

Cacau IPAProduzida em colabo-ração com uma cerve-jaria norte-americana,

conta com adição de cacau na sua fórmula e

foi premiada no Festi-val Brasileiro da Cerveja

em Blumenau

Invicta IPACerveja de gosto mais amargo, do esti-lo Imperial India Pale Ale, produzida em Ribeirão Preto, e um dos destaques da atual produção artesanal do país

Coruja VivaPilsen de sabor mais le-ve e tradicional, contém 3 vezes mais malte que as pilsens comuns, é um dos destaques da produ-ção artesanal do Rio Gran-de do Sul

Diferentes rótulos de artesanais

Crescimento

Apesar das dificuldades

O Brasil tem uma produção de cervejas artesanais pequena se comparada à de outros

países. Mas, mesmo enfrentando os interesses das grandes produtoras, algumas marcas vêm se

destacando, como a Santa Muerte (foto), vendida

pela Mr. Beer, e os rótulos ao lado.

CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 29 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com {CULTURA} |11|◊◊

Michael Keaton economi-za palavras quando questio-nado diretamente como é ver a carreira ressurgir com ‘Birdman’, que estreia hoje. “É bom”, diz ele após ganhar o Globo de Ouro de melhor ator por sua performance.

No filme – costurado co-mo se tivesse sido feito sem cortes pelo diretor Alejandro González Iñárritu – o ex-Bat-man interpreta o também ator Riggan Thomson, anti-go astro de uma promissora franquia de super-heróis.

O personagem ensaia sua volta por cima com a monta-gem de uma peça que sai do controle. Na vida real, Kea-ton ensaia seu retorno aos holofotes em uma obra mi-limetricamente controlada.

Em ‘Birdman’, o ator pre-cisa enfrentar os estresses de Thomson, como a con-turbada pré-estreia da pe-ça e suas relações abrasivas com o colega de cena (Ed-ward Norton), a namora-

da raivosa (Andrea Risebo-rough) e a filha recém-saída de uma clínica de reabilita-

ção (Emma Stone).“Em 30 segundos você

precisa surfar por emoções

muito diferentes e, ao mes-mo tempo, compor o qua-dro de algo maior. Como es-

se algo maior está sempre mudando, há muitas cama-das. Isso foi muito difícil. Mas gosto disso. Gosto de dificuldade – na maioria das vezes”, diz o ator.

Uma das críticas a ‘Bird-man’ tem sido direcionada à personagem da crítica de teatro (Lindsay Duncan), que está disposta a escrever um texto raivoso contra a peça antes mesmo de vê-la. Kea-ton não partilha dessa abor-dagem sobre a comunidade da crítica, mas prefere não ler o que é publicado sobre si mesmo.

Um fato curioso: apesar de o filme não ser baseado em quadrinhos, Keaton e Norton participaram da Co-mic-Con de Nova York. O ator torce apenas para que ninguém ache que o longa é algo que não é de verdade.

Estreia hoje. Com nove indicações ao Oscar, ‘Birdman’, dirigido por Alejandro Iñárritu, segue ex-astro de filmes de super-heróis, interpretado por Michael Keaton, em busca da consagração em um novo trabalho

Michael Keaton busca volta por cima com longa que lhe rendeu um Globo de Ouro | DIVULGAÇÃO

INDICADO A MELHOR

• Filme

• Ator (Michael Keaton)

• Ator coadjuvante (Edward Norton)

• Atriz coadjuvante (Emma Stone)

• Diretor (Alejandro Iñárritu)

• Roteiro original

• Fotografia

• Mixagem de som

• Edição de som

MATTPRIGGE METRO INTERNACIONAL

Longa tem ator em crise2CULTURA

Roberto Carlos

‘Não sabia’Em entrevista exibida ontem na Rede TV, o

cantor (foto) afirmou que não sabia da rixa com Tim Maia nem que seu

ex-secretário tenha atirado dinheiro no chão para o ‘parceiro’, como mostra a cinebiografia ‘Tim Maia’, lançada no

ano passado.

CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 29 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com |12| {CULTURA}

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Eles podem não conter os mesmos gráfi cos e a complexidade dos títulos de grandes distribuidoras de games, porém os jogos independentes têm muita força no que diz respeito a gameplay, jogabilidade e até criatividade. E graças ao desenvolvimento de um estilo de jogo de fácil uso,

esse tipo de game está mais acessível do que nunca. Veja nossas melhores apostas para este ano.

WANISE MARTINEZ | METRO INTERNACIONAL

The Witness

Criado por Jonathan Blow, conhecido pelo premiado game ‘Braid’, ‘The Witness’ demorou cinco anos para ser desenvolvido e ocupa lugar em meio aos jogos in-dependentes mais antecipados do ano. Essa aventura em primeira pessoa e 3D combina vários quebra ca-beças sofisticados junto à exploração de uma ilha iso-lada. O jogador precisa resolver enigmas em meio a maravilhosas paisagens, mas eles não são tão simples e cada um possui suas próprias regras. Considerado um jogo aberto, ‘The Witness’ criou uma série de no-vidades graças ao seu estilo enigmático.Where: PS4, PC and iOS. Gunsport

Pense num jogo de vôlei de praia, mas em vez de movimentos regulares que mantém a bola no ar, vo-cê usa rifles de laser e armas. Em ‘Gunsport’ os joga-dores atuam em pares para tentar direcionar a bola ao objetivo, no campo de seu oponente. O rali en-tre os times gera mais pontos, então não se pode dei-xar a bola cair durante a troca de passes. Com regras muitos simples, esse jogo estilo “cyberpunk” parece uma excelente escolha para os que desejam uma di-versão esportiva retro.Disponível para: PS4, Xbox One and PC.

Wreckfest

Esse jogo de corrida anteriormente chamado de ‘Next Car Game’ foi descrito como o grande sucessor de clássicos como ‘Street Rod’, ‘FlatOut’ e ‘Destruc-tion Derby’, não apenas pelos gráficos superiores, mas especialmente graças ao gameplay “soft-body”, que permite ao jogador não apenas ver os efeitos de uma batida de carro, mas também senti-los no veícu-lo de uma maneira bastante realista.Disponível para PC

FirewatchA história de ‘Firewatch’ acontece nas florestas de Wyoming, um lugar onde a única interação com hu-manos por parte dos jogadores acontece por meio de um pequeno rádio comunicador portátil. O jogo é provido de uma atmosfera misteriosa que dá a im-pressão de que algo estranho pode surgir a qualquer momento. E se sua mente estiver focada apenas no nome do game, saiba que a pior coisa que enfrentará não serão meras chamas vindas do nada. Disponível para PC, Mac e Linux.

5Cinco jogos

independentes que vamos querer

jogar em 2015

Hyper Light DrifterEm 2003, desenvolvedores da Heart Machine Games pediram à Kickstarter cerca de US$ 27 mil. No fim das contas, ‘Hyper Light Drifter’ arrecadou US$ 654 mil e em breve os jogadores poderão se divertir com o design bem trabalhado deste RPG cuja história se passa num distópico e místico futuro. O game é equipado com diversas animações e a famosa e esti-losa “pixel art” à moda ‘The Legend of Zelda’, porém com mais tipos de armas, inimigos e habilidades dis-poníveis, além dos divertidos efeitos visuais. Disponível para: PS4, Xbox One, PS Vita, Wii U, PC, Linux, Mac e Ouya.

Games. Clássicos em DOS disponíveis para jogarO site Internet Archive libe-rou mais de dois mil jogos clássicos do MS-DOS, que podem ser jogados direta-mente do seu navegador, co-mo Chrome e Firefox.

No modelo produzido, o sistema simula o antigo sistema operacional da Mi-crosoft, lançado em 1981, para reviver muitos jogos inesquecíveis, como ‘Street Fighter’, ‘Oregon Trail’ e ‘O Rei Leão’.

Além de teclado e mouse, os jogos emulados também tem suporte para joysticks.

De acordo com a equipe responsável pelo projeto, ainda existem algumas fa-lhas para serem corrigidas, mas eles estão trabalhando para resolvê-las o mais rápi-do possível.

Para jogar, visite o site, em inglês, archive.org/de-tails/softwarelibrary_ms-dos_games. METRO Cena do game ‘O Rei Leão’ | DIVULGAÇÃO Trecho de ‘Street Fighter’, disponível para jogar on-line | DIVULGAÇÃO

CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 29 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com {CULTURA} |13|◊◊

A 33ª Oficina de Música aca-bou ontem, depois de vinte dias de programação. Cerca de 1.400 alunos frequenta-ram os quase 80 cursos das duas fases do evento.

Janete Andrade, dire-tora geral, contou ao Me-tro Jornal que um dos pon-tos positivos foi a mudança na inscrição dos alunos pa-ra a etapa de música antiga e erudita. “Antes as pessoas simplesmente se inscre-viam, não havia triagem. Este ano fizemos uma sele-ção que aumentou muito o nível dos alunos”, conta. Ja-nete diz, ainda, que a orga-nização estuda implantar a medida também para a fase de MPB.

A seletiva, segundo ela, refletiu na qualidade dos

concertos. “Na apresentação de encerramento da primei-ra fase foi executada uma obra difícil de Heitor Villa--Lobos, algo que antes não conseguiríamos pelo nível técnico dos alunos”, lembra.

ConcertosOutro ponto positivo foi a participação do público da cidade nos concertos das duas fases do evento. “Prati-camente todos os shows es-

tavam lotados. Com certeza superamos o número de es-pectadores do ano passado”, conta Janete.

Alguns destaques foram as apresentações do Vocal Brasileirão com a dupla Sá e Guarabyra – que já tinha in-gressos esgotados no dia an-terior ao show –, o espetá-culo do Coral Brasileirinho em homenagem a Dorival Caymmi e a apresentação do Trio Corrente, vence-dor de um Grammy no ano passado.

Janete diz que a avaliação completa da edição deste ano ainda não foi feita, mas que sempre é preciso fazer alguns ajustes. “A partir des-ta análise começaremos a desenhar a próxima edição”, conta. METRO CURITIBA

Encerramento. O Metro Jornal falou com a organização do evento, que fez o balanço do evento realizado neste ano

Concertos foram destaque da 33ª Oficina de Música A casa noturna, que fi-

ca na Rua Bispo Dom Jo-sé, 2258, recebe hoje duas apresentações.

Sobem ao palco da Shed a dupla Diego e Leandro e também a cantora Mi-chelle Reich. A casa estará aberta a partir das 22h30, e os ingressos custam en-tre R$ 30 e R$ 70. Informa-ções pelo 3079-6151.

METRO CURITIBA

Sertanejo. Shed tem noite de shows

Michelle Reich já canta há mais de 10 anos | DIVULGAÇÃO

Show do VocalBrasileirão foi no Teatro da Reitoria

ALICE RODRIGUES/FCC

O Trio Corrente seapresentou no dia 20

de janeiro

CIDO MARQUES/FCC

Dorival Caymmi foi o homenageado do Coral

Brasileirinho

CIDO MARQUES/FCC

R$ 1,8 milhão é o valor aproximado dos gastos que esta edição da oficina teve. Mais de 100 pessoas participaram da organização

CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 29 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com |14| {PUBLIMETRO}

Leitor fala

BitucasLi a matéria sobre o descarte de bitu-cas de cigarros na edição do dia 26 de janeiro e confesso que o texto reforçou algo que eu já observava. É triste saber que Curitiba é uma das capitais com o maior número de fumantes e mais tris-te ainda é a forma como as bitucas são descartadas. Sugiro ao jornal publicar fotos de bitucas com nomes fictícios es-tampados nelas, como “Pedro”, “João”, “Adriana”, “Julia”, tal como fazem algu-mas empresas em embalagens de refri-gerantes. Quem sabe isso gere alguma conscientização acerca do problema.Os fumantes devem ser tratados como doentes (quimicamente dependentes), mas isso não justifica o direito de entu-pir a cidade com suas bitucas.CLAUDIO CERCACHIM – CURITIBA

Metro Pergunta

O Governo do Estado pode implantar anéis tarifários no transporte coletivo. Você acha justo que quem mora mais longe pague mais?@Vina_SantosO pobre é sempre o primeiro a ser prejudicado. @higorflamTema polêmico, mas antes é preciso rever o valor da tarifa técnica.

Metro web

Para falar com a redação: leitor.ctb@metrojornal.com.brParticipe também no Facebook: www.facebook.com/metrojornal

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Nas relações, estará mais propenso do que o habitual a dizer o que pensa. É até positivo,

desde que tenha cuidado para não magoar.

Tendências a priorizar novas metas no trabalho. Também é um período propício a expandir

algum objetivo autônomo que há tempos desejava.

A comunicação estará mais intensa, o que será positivo para tratar assuntos especiais.

Evite forçar temas desnecessários nas relações.

O momento é propício para valorizar suas crenças e também atividades que

sirvam como terapia para recarregar suas energias.  

Tendências a lidar com grupos e amizades de maneira mais intensa. Atente-se para

não intervir demais em assuntos dos outros.

Tendências a lidar com mais cuidados com o corpo e a saúde. Seja mais atento

para não sobrecarregar seu ritmo e suas energias.

Decisões importantes marcarão os seus relacionamentos. Procure aceitar diferenças

de pontos de vista nas relações.

Estará mais envolvido com assuntos cotidianos. Modere apenas nas empolgações.

Procure expor mais os sentimentos na vida afetiva.  

Procure ser paciente com padrões de outras pessoas. Evite algumas posturas radicais

diante das relações, especialmente da família.  

Sua rotina é propensa a novas responsabilidades. Será importante a persistência

para se adaptar com algumas situações e convivências.

Período para novos aprendizados e para aperfeiçoar o que sabe no trabalho. Planos para

viagens ou temas culturais tomarão atenção.

O momento traz tendências para uma introspecção diante de algumas convivências.

Período para recompor energias onde se sinta bem.   

Horóscopo Está escrito nas estrelas www.estrelaguia.com.br

Sudoku

Soluções

Os invasores

Cruzadas

MARCOSSILVESTREMARCOS.SILVESTRE@METROJORNAL.COM.BR

Economista com MBA em Finanças (USP), orientador de famílias e educador em empresas,é colunista da BANDNEWS FM e fundador da SOBREDinheiro. Diretor do site www.oplanodavirada.com.br, da EKNOWMIX Consultores Integrados e da TECHIS SA.

CRÉDITO COOPERATIVO:DINHEIRO MAIS BARATO!Paulada dupla. A taxa Selic subiu de 11,75% ao ano (0,93% ao mês) para 12,25% ao ano (0,97% ao mês). Is-so irá certamente desencadear novas altas nos juros da praça. Além do quê, temos agora a alta do imposto IOF para empréstimos de até 365 dias: de 1,5% para 3%. Ve-ja, então, o ranking das dívidas de curto prazo, da mais salgada para a mais atraente, despontando quatro “vi-lões” e um “mocinho”.

1. Rotativo do cartão de crédito. O grande vilão das dívidas de curto prazo! Imagine rolar R$ 2 mil no car-tão por 12 meses. Antes, com juros de 14% ao mês e IOF de 1,5%, ao final de um ano o sujeito estaria deven-do R$ 9.820,00 (juros de R$ 7.820,00). Agora, com ju-ros de 16% ao mês e IOF de 3%, a dívida acumulará R$ 12.270,00 (juros de R$ 10.270,00). Total de encareci-mento: R$ 2.450,00!

2. Cheque especial. Aqui o estrago também é grande! Suponha alugar R$ 2 mil no especial por 12 meses. An-tes, com juros de 8% ao mês e IOF de 1,5%, ao final de um ano o tomador estaria devendo R$ 5.130,00 (juros de R$ 3.130,00). Agora, com juros de 9% ao mês e IOF de 3%, a dívida atingirá o total de R$ 5.820,00 (juros de R$ 3.820,00). Total que deverá ser gasto a mais: R$ 690,00!

3. Crediário. Aqui a coisa já “despiora” um pouco. Pen-se em quem deseja comprar uma TV HD top de R$ 2 mil, parcelando no crediário em 12 meses. Antes, com juros de 5,5% ao mês, o comprador pagaria 12 presta-ções de R$ 236,00 (juros de R$ 832,00). Agora, com a ta-xa mais alta de 6% e o IOF mais salgado de 3%, pagará 12 parcelas de R$ 247,00 (juros de R$ 964,00). O gasto extra será de R$ 132,00!

4. Empréstimo pessoal. O “menos ruinzinho” dos vilões. Pense em alguém que vá fazer um empréstimo bancário de R$ 2 mil, para devolver em 12 meses. Antes, com ju-ros de 4% ao mês, o tomador pagaria 12 X R$ 217,00 (ju-ros de R$ 604,00). Agora, com a taxa mais alta de 4,5% e o IOF mais “nervoso”de 3%, pagará 12 X R$ 227,00 (juros de R$ 724,00). O desembolso extra será R$ 120,00!

5. Crédito cooperativo. Eis o “mocinho” do crédito de curto prazo! E por que? Juros bem menores, estáveis, e tudo isento de IOF! Se você vai pegar R$ 2 mil numa cooperativa de crédito para pagar em 12 meses, desem-bolsará R$ 190,00 por mês (juros de 2% ao mês e 0% de IOF). No total, os juros pagos serão de R$ 280,00, o que pode valer muito a pena a depender da destinação do dinheiro emprestado!

Na ponta do lápis

CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 29 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com {ESPORTE} |15|◊◊

3ESPORTE

A segunda atualização da Ma-triz de Responsabilidades da Olimpíada, divulgada ontem, indica que 25% dos projetos relacionados a infraestrutura para a organização dos Jogos de 2016 ainda não têm pra-zo definido para conclusão – a pouco mais de 500 dias para o início das competições.

Mesmo assim, a Autorida-de Pública Olímpica (APO) diz que houve avanços na prepa-ração dos jogos. O documento relaciona 56 projetos associa-dos exclusivamente à organi-zação e realização do evento. Destes, 42 têm informações completas, que totalizam R$ 6,6 bilhões (75% do total). O valor é R$ 100 milhões su-perior ao da planilha ante-rior, apresentada em julho do ano passado.

O general Fernando Azeve-do Silva, presidente da APO, disse não estar preocupado

com o número de obras que não foram licitadas, mas ad-mitiu que o velódromo apre-senta atraso no cronograma.

“São coisas normais [as obras ainda não licitadas], que têm que acontecer mais tarde. Então, não vejo ne-nhuma preocupação nos 25%. Eu vejo como muito bons os outros 75%”, comen-tou Azevedo Silva.

As obras em três locais de competição dos Jogos ain-da não têm orçamento nem cronograma previstos: par-te do Estádio de Remo da La-goa, as adequações do parque aquático Julio Delamare e as quadras de aquecimento do Maracanãzinho.

Também não há definição sobre quem arcará com o cus-to de instalações complemen-tares não esportivas e com arenas temporárias, como a quadra de vôlei de praia. O

prefeito Eduardo Paes acredi-ta que até o final do ano isso estará definido.

“Você não precisa cons-truir uma arena em Copa-cabana um ano antes. Você monta às vésperas dos Jogos. Ainda estamos definindo es-copo de projeto, detalhando. Pode ser que um governo as-suma alguma arena. Mas não tem pressa, a gente não preci-sa licitar agora”, disse.

DeslocamentoDurante o encontro, Paes afirmou que planeja se re-unir com prefeitos da re-gião metropolitana do Rio de Janeiro para discu-tir medidas a serem ado-tadas em comum entre os municípios. O princi-pal objetivo é reduzir os deslocamentos da popu-lação durante os Jogos.

METRO RIO

Jogos do Rio. Ao menos 25% dos projetos ainda não têm data para conclusão. Presidente da APO admite atraso em velódromo

Obras no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca | ERBS JR./FRAME/FOLHAPRESS

Rio-2016 ainda tem obras não licitadas

Fabiana relata caso de racismo em BH

Fabiana é uma das melhores atletas do país | MOURÃO PANDA/FOTOARENA/FOLHAPRESS

O mundo do vôlei foi abala-do ontem pela revelação de um caso de racismo. Na últi-ma terça, a equipe do Sesi-SP visitou o Minas para uma par-tida da Superliga Feminina de Vôlei, e o que era para ser ape-nas um jogo, se tornou caso de polícia.

A capitã da Seleção Fabia-na afirmou que foi chamada de macaca por um torcedor, o que gerou revolta de todas as atletas em quadra e também de parte da torcida que esteve no ginásio e presenciou o ca-so de desrespeito.

Natural de Santa Luzia, Fa-biana assistiu a prisão do acu-sado de racismo e, em nota, não escondeu a tristeza com a situação absurda. “Vivenciar isso é difícil e duro! Vivenciar isso na minha terra, torna tu-

do pior! Ontem, durante o jo-go contra o Minas, um senhor disparava uma metralhadora de insultos racistas em minha direção”, escreveu.

“Era macaca quer bana-na, macaca joga banana, en-tre outras ofensas. Esse tipo de ignorância me atingiu es-pecialmente, porque meus fa-miliares estavam assistindo a partida. Ele foi prontamen-te retirado do ginásio pela di-reção do Minas Tênis Clube e encaminhado à delegacia”.

Pelo fato de Fabiana não ter procurado a polícia, o sus-peito foi ouvido e liberado ho-ras depois.

O boletim de ocorrência não faz menção a injúria ra-cial ou racismo e nem mes-mo cita o nome da jogadora. No documento consta apenas

que o suspeito se envolveu em confusão com três torce-dores no ginásio.

“O Minas lamenta e repu-dia o ato. Todas as medidas cabíveis foram imediatamen-te tomadas pela segurança do Minas, que retirou o agressor do ginásio e acionou a PM”, disse o clube em nota.

Outros casosEm 2012, BH também regis-trou caso de racismo com o oposto Wallace. Também no ginásio do Minas, o atleta foi insultado e chamado de ma-caco por uma torcedora.

Um ano antes, Michael, que defendia a camisa do Vô-lei Futuro, foi chamado de ‘bi-cha’ pelos torcedores do Cru-zeiro no ginásio do Riacho.

METRO BH.

No páreo

“Devo ao futebol o que sou e sinto que chegou a hora de retribuir. Sou candidato à presidência

da Fifa. Agradeço às federações que apoiam a minha candidatura.

Precisamos de mudar e precisamos de mudar

agora.”

LUÍS FIGO, EX-JOGADOR PORTUGUÊS DE BARCELONA, REAL MADRID E INTER DE

MILÃO, NO TWITTER. ELEIÇÃO ACONTECE EM 29 DE MAIO E TEM OUTROS QUATRO

CANDIDATOS, ENTRE ELES O ATUAL MANDATÁRIO, JOSEPH BLATTER

CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 29 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com |16| {ESPORTE}

A carreira de Anderson Sil-va, principal nome brasilei-ro no MMA (artes marciais mistas), tomou um rumo inesperado em 29 de de-zembro de 2013. O ‘Spider’ quebrou a perna esquer-da ao aplicar um chute em Chris Weidman, no comba-te principal do UFC 168 – o americano já havia tomado o cinturão dos pesos-médios (84kg) em julho de 2013. Desde então, o ex-campeão convive com questionamen-tos sobre como será seu re-torno ao octógono.

Mais de um ano depois da fratura, que acarretou em cirurgia e tratamentos de fisioterapia, Anderson Sil-va está de volta a Las Vegas (EUA), palco das duas derro-tas para Weidman e de uma série de outras lutas. Na ma-drugada deste domingo, ele encabeça o UFC 183 contra o americano Nick Diaz.

“Estou aqui como se fos-se a primeira vez. Estou sen-tindo a mesma emoção que senti quando pisei aqui pe-

la primeira vez, há 20 anos. Estou amarradão, na me-lhor ‘vibe’ da minha vida”, falou o lutador ao “Comba-te.com” logo após chegar na cidade americana, na ma-drugada de ontem no horá-rio de Brasília.

Se a recuperação da fra-tura foi dolorida, a chega-da a Las Vegas também te-ve um quê de sofrimento. Anderson teve dificulda-des no voo que o trouxe de Los Angeles – onde vive – ao palco da luta. O avião te-ve um problema técnico e a viagem sofreu um atraso de quatro horas. Nick Diaz também se atrasou.

O rival do Aranha, aliás, também retorna ao MMA.

A última luta de Nick foi em maio de 2013, quan-do ele foi derrotado por Georges St-Pierre na dispu-ta do cinturão dos meio--médios (77kg), e anunciou aposentadoria.

Em caso de vitória, An-derson terá nova oportuni-dade de disputar o cinturão dos médios, segundo o pre-sidente do UFC, Dana Whi-te. O atual campeão, Chris Weidman, defende o reina-do no dia 28 de fevereiro, contra o carioca Vitor Bel-fort no UFC 184.

MMA. Principal atração do UFC 183, que acontece na madrugada de domingo, Anderson Silva chega a Las Vegas (EUA) para a luta

Anderson já está em Las Vegas para enfrentar Nick Diaz | REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Contagem regressiva39 anostem Anderson Silva, que possui 33 vitórias e 6 derrotas na carreira. O brasileiro foi campeão dos médios entre 2006 e 2013.

31 anostem Nick Diaz, dono de 26 vitórias, 9 derrotas e uma luta sem resultado. Ele já foi campeão do Strikeforce entre 2010 e 2011.

MATHEUSADAMI METRO SÃO PAULO

Fórmula 1

Alonso: ‘Quero ser campeão’De volta à McLaren, onde correu em 2007, o espa-nhol Fernando Alonso já traçou o objetivo na escu-deria inglesa para 2015. “Voltei para terminar o que comecei e não con-segui. Estou aqui porque quero ser campeão e vol-tar a colocar o número 1 em um McLaren”. METRO

Tênis

Djokovic avança na AustráliaNúmero 1 do mundo, o sérvio Novak Djokovic es-tá na semifinal do Aberto da Austrália. Ele venceu o canadense Milos Rao-nic por 3 sets a 0 e terá pela frente o suíço Stanis-las Wawrinka. Nas duplas mistas, o brasileiro Bruno Soares e a indiana Sania Mirza também chegaram à semifinal. METRO

Alonso foi campeão em 2005 e2006 com a Renault

STEVEN TEE /MCLAREN-HONDA/GETTY IMAGES Paranaense é só o 7º mais valioso

Londrina é o atual campeão do estadual | HUGO HARADA / AGP

O valor de mercado do Cam-peonato Paranaense, avalia-do em R$ 276,6 milhões, é apenas o sétimo maior do Brasil entre os torneios re-gionais. A informação é da Pluri Consultoria, especiali-zada em estatísticas econô-micas do futebol.

O estadual era o sexto até o ano passado, mas foi ultra-passado pelo Catarinense - campeonato que vai contar, em 2015, com quatro times

na Série A do Brasileirão. Valendo quase um bilhão de reais, o Paulistão lidera a lis-ta com folga. METRO CURITIBA

Time principal só volta a jogar na Espanha sábado

Depois de duas derrotas na pré-temporada espa-nhola, o Furacão volta a campo na Espanha ape-nas no sábado, quando enfrenta o Suwon Sam-sung Bluewings, da Co-reia do Sul. Em seguida, começa a disputa da Mar-bella Cup na terça, dian-te do Elfsborg, da Suécia. Depois pega Locomotiv Moscou, da Rússia, e Dí-namo Bucareste, da Ro-mênia. METRO CURITIBA

Atlético

Os dez mais:Paulista: R$ 955,7 mi Carioca: R$ 580,8 mi Mineiro: R$ 494,9 mi Nordestão: R$ 464,8 mi Gaúcho: 421,5 mi Catarinense: R$ 280 mi Paranaense: R$ 276,6 mi Baiano: R$ 209,7 mi Pernambucano: R$ 187 mi Goiano: R$ 152,3 mi

Ranking nacional

R$ 39,5milhões é quanto o Paranaense perdeu em valor de mercado de 2014 para cá. Hoje é avaliado em R$ 276,6 milhões, sétimo do país

Ontem o técnico Marquinhos Santos realizou o último tra-balho tático com a equipe que retorna hoje ao estado. De Atibaia (SP), o time viaja direto para o interior do Pa-raná, onde abre o estadual no sábado contra o Nacional de Rolândia, às 17h.

No treino, o treinador fez apenas uma mudança no provável time titular em rela-ção ao trabalho de terça-feira. Leandro Almeida, ainda em situação indefinida no clube, entrou no lugar de Welinton que retornou antes a Curitiba para acertar detalhes no con-trato. Os 11 de Marquinhos

foram: Vaná; Ivan, Leandro Almeida, Luccas Claro e Car-linhos; João Paulo, Rosinei e Pedro Ken; Negueba, Mazi-nho e Rafhael Lucas.

“Nós temos que lembrar que nosso objetivo não é

preparar o time simples-mente para vencer o Nacio-nal na estreia, queremos ter um equilíbrio durante to-da a temporada”, declarou o técnico.

METRO CURITIBA

Coxa pronto para a estreia

Único ausente no treino foi Norberto, que manteve fisioterapia | DIVULGAÇÃO / CORITIBA

Paraná começa hoje a venda de ingressosÚnico clube da capital a estrear em casa pelo Paranaense, o Tricolor começa a vender hoje os ingressos para a partida contra o Prudentópolis, no sábado, às 19h30. As entradas estão disponíveis na sede da Kennedy e na Vila Capanema. O ingresso mais barato, no setor popular, custa R$ 50 a inteira. METRO CURITIBA

Salgado