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RELATÓRIO DE INVENTÁRIO DE EMISSÕES
DE GASES DE EFEITO ESTUFA
ISAE
EVENTO CR3+2015
NOVEMBRO DE 2015
Relatório de Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa
Empresa: ISAE – CR3+2015
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1 INTRODUÇÃO
O ISAE atendendo os princípios de sustentabilidade vem buscando mitigar os
impactos ambientais oriundos de seus eventos. Neste âmbito, foram calculadas
todas as emissões de gases de efeito estufa, no que tange às ações direta e
indiretamente envolvidas com o evento CR3+2015, a fim de promover futura
neutralização.
Como é amplamente conhecido, o aquecimento do sistema climático é inequívoco, e
se mostra evidente pelas observações do aumento da temperatura media global da
atmosfera e dos oceanos, da aceleração do derretimento da neve e do gelo e da
elevação do nível médio do mar. Esse aumento da temperatura média global é
seguramente uma consequência do crescimento da concentração de gases de efeito
estufa (GEE) na atmosfera, principalmente oriundos da ação antropogênica da
queima de combustíveis fósseis como carvão e petróleo.
Portanto discussões sobre mudanças climáticas fazem parte de toda a sociedade,
sendo cada vez maior a preocupação quanto à importância do controle das
concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera como forma de prevenir os
efeitos adversos desta concentração e garantir o equilíbrio climático do planeta.
A realização de inventário de emissões de GEE e a busca pela minimização destas
emissões pelo ISAE representa uma oportunidade de contribuir ao mesmo tempo
para o objetivo principal da UNFCCC (United Nations Framework on Climate Change
- Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima) que é a
estabilização das concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera e alertar
sobre as ameaças ambientais que teremos de enfrentar no decorrer deste século.
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2 OBJETIVO
A finalidade deste documento é fornecer ao ISAE informações referentes a
quantificação das emissões de gases de efeito estufa do evento CR3+2015,
realizado em Curitiba – PR, em Novembro/15.
3 TERMOS E DEFINIÇÕES
Visando o entendimento de terminologias utilizadas neste documento, abaixo são
apresentadas algumas definições:
Gás de Efeito Estufa (GEE): constituinte atmosférico, de origem natural ou
antropogênica, que absorve e emite radiação em comprimentos de onda
específicos dentro do espectro de radiação infravermelha emitida pela
superfície terrestre, pela atmosfera e pelas nuvens. Dentre os GEE
encontram-se o Dióxido de Carbono (CO2), Metano (CH4), Oxido Nitroso
(N2O), Hidrofluorocarbonos (HFCs), Perfluorocarbonos (PFCs), e
Hexafluoreto de Enxofre (SF6).
Emissões de GEE: massa total de um GEE liberado para a atmosfera em um
período específico de tempo.
Fator de emissão de GEE: fator que relaciona dados de atividade a
emissões de GEE.
Fonte de GEE: unidade física ou processo que libera GEE para a atmosfera.
Fontes Estacionárias: incluem todas as fontes de emissões de GEE
provenientes de processos ou equipamentos fixos.
Fontes Móveis: incluem fontes de emissões de GEE de equipamentos
utilizados no transporte.
Inventário de emissões de GEE: documento no qual se encontram
detalhadas as fontes e sumidouros de GEE, e encontram-se quantificadas as
emissões de GEE durante um dado período.
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Potencial de aquecimento global: fator que descreve o impacto da força
radiativa de uma unidade de massa de um dado GEE, em relação a uma
unidade de massa de dióxido de carbono em um dado período de tempo.
Dióxido de carbono equivalente (CO2 eq): unidade para comparação da
força radiativa de um dado GEE a do CO2.
Ano-base: período histórico especificado para o proposito das comparações
das emissões de GEE, durante o tempo.
4 PRINCÍPIOS DO INVENTÁRIO DE GEE
Para os propósitos desse inventário, os seguintes princípios são aplicáveis:
Aplicabilidade: garante que o Inventário de Emissões reflita apropriadamente
as emissões e sirva para a tomada de decisão dos seus usuários (internos e
externos)
Integridade: identifica e reporta todas as fontes e atividades de emissão
dentro dos limites estabelecidos. Justifica as exclusões específicas.
Consistência: utiliza metodologias consistentes a fim de permitir
comparações das emissões ao longo do tempo. Documenta, de forma
transparente, todas as modificações de dados, limites, métodos e outros
fatores relevantes.
Transparência: aborda todos os fatos relevantes de forma coerente, com
base numa auditoria transparente. Declara todas as hipóteses relevantes e
faz referências apropriadas para todas as metodologias de cálculo utilizadas.
Exatidão: garante que a quantificação das emissões de GEE não está
sistematicamente acima ou abaixo dos níveis de emissões atuais, e que as
incertezas estão reduzidas ao mínimo. Permite que os usuários possam tomar
decisões com razoável certeza.
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5 ESCOPO DO INVENTÁRIO
O inventário de emissões de GEE contempla todas as emissões geradas nas fases
de montagem, realização e desmontagem do evento CR3+2015.
6 LIMITE OPERACIONAL
Para realização do inventário, foram definidas as seguintes fontes de emissão:
Escopo 1:
Emissões de combustão estacionária (gerador de emergência);
Emissões de transporte de materiais de apoio e promocionais, através de
frota própria;
Emissões de transporte de veículos próprios utilizados para o transporte da
equipe e convidados;
Escopo 2:
Emissões decorrentes do consumo de energia elétrica;
Escopo 3:
Emissões de transporte da equipe organizadora, através de veículos de
terceiros;
Emissões de transporte aéreo (viagens a negócios) da equipe e convidados;
Emissões oriundas da confecção de materiais promocionais e de apoio
(camisetas, banners, etc.);
Emissões referentes ao consumo de GLP (hospedagens, alimentação).
Emissões de biomassa: as emissões de CO2 provenientes do uso de
biocombustíveis devem ser declaradas à parte e incluem as emissões do transporte.
Estas são decorrentes do Brasil adotar o uso de biocombustíveis incorporados a
alguns combustíveis fósseis.
- O etanol anidro é adicionado à gasolina comum.
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- O biodiesel é adicionado ao óleo diesel.
O teor de adição de biocombustíveis é definido pela Agência Nacional do Petróleo
(ANP) e muda de acordo com a disponibilidade dos dois tipos de combustível.
7 METODOLOGIA DE TRABALHO
O SENAI realizou o inventário de emissões de gases de efeito estufa conforme as
informações fornecidas pelo ISAE.
Os cálculos do inventário de emissões foram realizados conforme procedimentos
internacionalmente aceitos: World Resources Institute/World Business Council for
Sustainable Development - WRI/WBCSD (Instituto de Recursos Mundiais/Conselho
Mundial de Empresas para o Desenvolvimento Sustentável): “The GHG Protocol – A
Corporate Accounting and Reporting Standard”, e os fatores de emissões foram
identificados junto ao Intergovernmental Panel on Climate Change – IPCC (Painel
Intergovernamental sobre Mudanças do Clima), Ministério de Ciência e Tecnologia,
Ministério de Meio Ambiente e outras internacionalmente reconhecidas.
O levantamento das referidas informações necessárias ao cálculo foi realizado
através de preenchimento de formulários. As informações repassadas pelo SICREDI
que embasam este inventário encontram-se no anexo.
As metodologias de cálculo adotadas nesse Inventário de GEE compreendem os
seguintes documentos:
Combustão Móvel - transporte terrestre: 2006 IPCC, Chapter 3 - Mobile
Combustion – Abordagem: consumo de combustível;
Combustão Estacionária: 2006 IPCC, Chapter 2, V.2 - Stationary
Combustion – Abordagem: consumo de combustível;
Consumo de Energia Elétrica: Indirect CO2 Emissions from the
Consumption of Purchased Electricity, Heat, and/or Steam. Calculation
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worksheets (January 2007) v 1.2. WRI/WBCSD GHG Protocol Initiative
calculation tool - Método do Cálculo: 1 – Standard Method.
A emissão de GEE é calculada pelo produto de um dado de atividade e um fator de
emissão. O dado de atividade é uma medida que expressa a intensidade de uma
determinada fonte de emissão de GEE, como exemplo: consumo de combustível de
veículos, consumo de eletricidade, etc. O fator de emissão é uma expressão da
emissão associada a uma unidade da atividade da fonte de emissão. O fator de
emissão reporta a quantidade de determinado GEE emitida por unidade de
atividade. Desta forma, a equação padrão utilizada para o cálculo de emissão de
GEE é:
Emissãocombustível,GEE = Σconsumocombustível,GEE x Fator de Emissãocombustível,GEE
O Inventário do SICREDI considerou todas as etapas do Mercedes Benz Grand
Chalenge de 2013, relacionadas no escopo deste relatório. Das emissões de GEE
geradas pelos eventos, apenas o CO2, CH4, e N2O foram identificados, motivo pelo
qual não se reporta os demais GEE (HFC, PFC e SF6), assim como outros gases
que não estejam abrangidos no Protocolo de Quioto, por exemplo: CFC, NOx, etc. O
SICREDI utilizou em seu inventário o registro individual desses gases, em tonelada
de GEE (ton CO2, ton CH4 e ton N2O), ou de forma agregada, em tonelada de CO2
equivalente (ton CO2e).
8 ESTIMATIVA DAS EMISSÕES DE GEE
Nesta estimativa, todas as emissões de gases de efeito estufa, segue o padrão
mundial estipulado pelo Intergovernamental Pannel on Climate Change (IPCC),
órgão científico para assuntos de mudanças climáticas da ONU, em tonelada de
carbono equivalente (tCO2e). O dióxido de carbono equivalente (CO2e) é uma
unidade de medida utilizada para representar as emissões de outros Gases de
Efeito Estufa, tais como o Óxido Nitroso (N2O) e o Metano (CH4), baseado no
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potencial de aquecimento global de cada um, resultado da multiplicação das
toneladas emitidas do gás pelo seu potencial de aquecimento global.
A estimativa total de emissões do evento CR3+2015 foi de 32,03 toneladas de CO2e,
conforme apresentado abaixo.
Fontes de Emissões Percentual t CO2e
Escopo 1 - ISAE CR3 0,3% 0,09
Escopo 2 - ISAE CR3 2,6% 0,85
Escopo 3 - ISAE CR3 97,1% 31,10
TOTAL 32,03
0
10
20
30
40
Escopo 1 - ISAE CR+3 Escopo 2 - ISAE CR+3 Escopo 3 - ISAE CR+3
0,09 0,85
31,10
Emissões de tCO2e por Limite Operacional
O quadro abaixo apresenta as emissões com base nas principais atividades
relacionadas ao evento:
ATIVIDADES tCO2 %
Alimentos (GLP) 0,21 0,66%
Transporte aéreo 30,27 94,51%
Transporte rodoviário 0,17 0,52%
Material promocional 0,45 1,41%
Hospedagens (GLP, energia) 0,06 0,19%
Energia elétrica 0,85 2,65%
Resíduos sólidos 0,02 0,06%
TOTAL (tCO2) 32,03 100,00%
As emissões de GEE decorrentes do transporte aéreo foram as mais significativas,
representando aproximadamente 94,5% da emissão total.
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9 NEUTRALIZAÇÃO DAS EMISSÕES DE GEE
A compensação/neutralização das emissões de GEE pode ocorrer via aquisição de
créditos de carbono, oriundos de projetos devidamente credenciados na ONU,
projetos REDD - Sistema de Emissões Reduzidas do Desmatamento e da
Degradação, bem como através do plantio de árvores nativas. Caso opte-se pelo
plantio de árvores, a quantidade necessária para neutralizar as 32,03 toneladas de
CO2e correspondem à 227 árvores.
10 EQUIPE
SENAI – CURITIBA Núcleo de Sustentabilidade Elcio Herbst – Consultor técnico em negócios Serviços Técnicos e Tecnológicos, Meio Ambiente Contatos: (41) 3271-7314 [email protected]
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11 REFERÊNCIAS
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
http://www.anp.gov.br/
Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Balanço Energético Nacional - BEN
2011https://ben.epe.gov.br/default.aspx
GHG Protocol Initiative –GHG Estimation Tools. (www.ghgprotocol.org)
IPCC (2006). 2006 IPCC Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories, IPCC
National Greenhouse Gas Inventory Program. Chapter 2: Stationary Combustion Chapter 3:
Mobile Combustion http://www.ipcc-nggip.iges.or.jp
Ministério do Meio Ambiente (MMA). 1º Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por
Veículos Automotores Rodoviários. Brasil: 2011. http://www.mma.gov.br
Ministério da Ciência e Tecnologia. Segunda Comunicação Nacional do Brasil à
Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Brasília: MCT, 2010.
http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/310581.html
Ministério da Ciência e Tecnologia. Fatores de Emissão de CO2 para utilizações que
necessitam do fator médio de emissão do Sistema Interligado Nacional do Brasil.
http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/74694.html
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12 ANEXOS
Fatores de Emissão por utilização de combustíveis fósseis e biocombustíveis
em fontes móveis
Fatores de Emissão por utilização de combustíveis fósseis e biocombustíveis
em fontes estacionárias
Fator de emissão de energia elétrica
Potencial de aquecimento global
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Fatores de Emissão por utilização de combustíveis fósseis e biocombustíveis em fontes móveis
Combustível Unidade Poder Calorífico Inferior Densidade FonteFatores de Emissão (kgGEE/un.) Fonte
(kcal/kg) (kg/unidade) CO2 CH4 N2O
Gasolina A (pura) Litros 10.400 0,74 EPE 2,269000 0,000097 0,000064 MMA (CO2) / MCT (CH4, N2O)
Óleo Diesel - veículo comercial leve Litros 10.100 0,84 EPE 2,671000 0,000195 0,000021 MMA (CO2) / MCT (CH4, N2O)
Óleo Diesel - caminhão Litros 10.100 0,84 EPE 2,671000 0,000227 0,000021 MMA (CO2) / MCT (CH4, N2O)
Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) kg 11.100 1,00 EPE 2,932477 0,002881 0,000009 IPCC (2006; Ch.3)
Fatores de emissão por utilização biocombustível em fontes móveis
Combustível Unidade Poder Calorífico Inferior Densidade FonteFatores de Emissão Fonte
(kcal/kg) (kg/unidade) CO2 CH4 N2O
Biodiesel Litros 9.000 0,88 IPCC 2,499068 US EPA
Etanol Anidro Litros 6.750 0,79 EPE 1,233000 MMA
Perc. de etanol na gasolina 23,33%
Perc. De Biodiesel no Diesel 5%
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Fatores de Emissão por utilização de combustíveis fósseis e biocombustíveis em fontes estacionárias
Fatores de emissão por utilização de combustíveis fósseis em fontes estacionárias
Combustível Unidade Poder Calorífico Inferior Densidade Fonte Fonte
(kcal/kg) (kg/unidade) CO2 CH4 N2O
Óleo Diesel Litros 10.100 0,84 EPE 2,632092 0,000107 0,0000213 IPCC (2006)
Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) kg 11.100 1,00 EPE 2,932476588 0,000232 0,000005 IPCC (2006; Ch.3)
Fatores de Emissão (kgGEE/un.)
Fatores de emissão por utilização biocombustível em fontes estacionárias
Combustível Unidade Poder Calorífico Inferior Densidade Fonte Fonte
(kcal/kg) (kg/unidade) CO2 CH4 N2O
Biodiesel Litros 9.000 0,88 EPE 2,347689 0,0000995 0,0000199 IPCC (2006)
Residuos de madeira toneladas 3.100 1000,00 IPCC 1453,656960 0,3893724 0,0519163 IPCC (2006)
Fatores de Emissão (kgGEE/un.)
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Fator de emissão de energia elétrica
Janeiro 0,0911
Fevereiro 0,1169
Março 0,1238
Abril 0,131
Maio 0,1422
Junho 0,144
Julho 0,1464
Agosto 0,1578
Setembro 0,1431
Outubro 0,1413
Novembro 0,1514
Dezembro 0,1368
Mês
(2015)
Fator de Emissão
(t CO2/MWh)
Potencial de aquecimento global
GWP (Global Warming Potential)
Gás GWP
CO2 1
CH4 21
N2O 310