2016 3 tri lição 4 o juízo de judá e de jerusalém

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3º trimestre de 2016 Título: Isaías eis-me aqui Envia-me a mim Comentarista: Claiton Ivan Pommerening Data: 24 de Julho de 2016 O juízo de Judá e de Jerusalém Lição 4

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3º trimestre de 2016

Título: Isaías eis-me aqui Envia-me a mim

Comentarista:Claiton Ivan Pommerening

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16

O juízo de Judá e de Jerusalém

Lição 4

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SEGUNDA — Is 3.1-3O julgamento de Deus

TERÇA — Is 1.5O profeta Isaías e o juízo de Deus

QUARTA — Pv 22.8Israel estava semeando a iniquidade

QUINTA — Is 7.17-18Judá recebeu o castigo anunciado por Deus

SEXTA – Is 1.14,15Deus leva a juízo os líderes do povo

SÁBADO — Is 1.4O julgamento da nação pecadora

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Ob

jeti

vosRessaltar a injustiça e

a opressão relatadas por Isaías;

MOSTRAR os males da arrogância e como se

prevenir dela;

DESCREVER a misericórdia e a justiça

de Deus em Cristo.

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Te

xto

Bíb

lico

Isaías 3.1-5,8,13-15.

1 — Porque eis que o Senhor Deus dos Exércitos tirará de Jerusalém e de Judá o bordão e o

cajado, todo o sustento de pão e toda a sede de água;

2 — o valente, e o soldado, e o juiz, e o profeta, e o adivinho, e o ancião;

3 — o capitão de cinquenta, e o respeitável, e o conselheiro, e o sábio entre

os artífices, e o eloquente;

4 — e dar-lhes-ei jovens por príncipes, e crianças governarão sobre eles.

5 — E o povo será oprimido; um será contra o outro, e cada um, contra o seu próximo; o menino

se atreverá contra o ancião, e o vil, contra o nobre.

8 — Porque Jerusalém tropeçou, e Judá caiu, porquanto a sua língua e as suas obras são contra o

, para irr tarem os olhos da sua glória.

13 — O Senhor se levanta para pleitear e sai a julgar os povos.

14 — O Senhor vem em juízo contra os anciãos do seu povo e contra os seus príncipes; é que

fostes vós que consumistes esta vinha; o espólio do pobre está em vossas casas.

15 — Que tendes vós que afligir o meu povo e moer as faces do pobre? — diz o Senhor, o Deus dos Exércitos.

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Introdução

A palavra juízo é amplamente usada em vários livros do Antigo Testamento e oprofeta Isaías a utiliza 40 vezes em seu livro. Os governantes, os ricos, ossacerdotes e os profetas estavam coniventes com o erro; sentindo-se segurosdentro das fortalezas, usavam todo o seu poder para oprimir os pobres.Tornaram-se arrogantes, e por isso perderam o bom senso daquilo que seria ocerto e o errado. Isso fez o profeta prever a ruína do povo, fazendo com que ocapítulo 3 de seu livro se tornasse uma das mais sombrias profecias. Ele quer,com isso, chamar o povo de Deus à prática da humildade. Deve-se seguir oexemplo de Cristo, que se esvaziou a si mesmo, encarnando-se como homempara servir aos propósitos de seu Pai (Fp 2.5). O Evangelho nos chama à prática dajustiça, pois Ele mesmo disse: “Bem-aventurados os que têm fome e sede dejustiça, porque eles serão fartos” (Mt 5.6).

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I. A INJUSTIÇA E A OPRESSÃO DE UM POVO

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Justiça

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Atualmente a palavra justiça significa o cumprimento de uma leimoral que leve em conta a equidade e a igualdade entre todas aspessoas. Para o judeu, era sinônimo de seguir as exigências da leide Deus e de sua justiça. O colapso da nação era iminente paraIsaías por haverem pervertido o juízo ou trocado o que seria justopelo injusto. Situações como essa sempre acabam prejudicandoaqueles que não têm como se defender, como o fraco, o pobre, oórfão e a viúva (Is 1.17,23). Os líderes privaram os pobres e oprimidosda justiça e ainda roubaram o órfão e a viúva (Is 3.14; 10.2). Os doisreinos de Israel (Norte e Sul) tinham saído da situação de grandepobreza para uma ascensão econômica só comparável ao tempodo rei Salomão. Mas, como geralmente acontece ainda hoje, odesenvolvimento da agricultura e de outros bens só foi conseguidoà custa dos injustiçados.

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A opressão oficializada

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Sempre existiram desigualdades em Israel, mas no tempo dosprofetas elas adquiriram grandes proporções. A distância entre ricose pobres cresceu, assim, boa parte dos profetas dividiram o povoem dois grandes grupos: os oprimidos e os opressores, sendo ospobres as maiores vítimas (Is 3.15; Am 3.9-12). Mas até mesmo entreos pobres, quem tinha chances de oprimir alguém o faziadeliberadamente, se instalou o desrespeito contra os idosos (Is 3.5)e a anarquia no governo (Is 3.4). Além disso os governantes agiamde forma imprudente, corrupta e leviana (Is 3.12). Essa situaçãodemonstra o caos que o povo de Israel vivia e a completa cegueiradaqueles que deveriam e poderiam reverter a situação, ou seja, aclasse dominante, tanto civil quanto religiosa.

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A injustiça como instrumento de triunfo

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Justiça tem o significado de retidão, aquilo que deve ser estabelecido comoduradouro nos assuntos humanos porque é correto e em conformidade com oscaminhos de Deus, o que leva a um caminho ético. Tudo isso havia sidosubstituído por derramamento de sangue para se alcançar os objetivos deenriquecer a todo custo (Is 5.7). Havia muita desonestidade e corrupção na esferapública e uma grande diferença entre as classes sociais. Deus havia ordenadoque ninguém deveria acumular terras (Is 5.8), que os julgamentos tinham que serjustos e não deveriam construir nada a preço de sangue, os comerciantes nãodeveriam ter balança desonesta, ninguém poderia praticar extorsão, nãodeveriam dar lugar ao orgulho da riqueza, mas em vez invés disso estavamedificando palácios e fortalezas opulentas, e estavam tentando fazer aliançasreprováveis com países vizinhos em vez de confiarem em Deus. Isaías tambémprofetizou sobre como o governo enganava o povo e causava dificuldades emvez de facilitar a vida deles.

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A injustiça no mundo atual

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Em nossos dias, a organização econômica se dá em torno de uma economiageralmente espoliativa para o pobre, a exemplo dos dias de Isaías.Aproximadamente 10 milhões de brasileiros vivem abaixo da linha da miséria; nomundo, quase um bilhão de pessoas sobrevive com menos de dois dólares pordia. Obviamente que o povo de Deus não pode se conformar com isso. O fato deJesus ter dito que sempre teríamos pobres entre nós não serve de desculpa parafugirmos dos mecanismos a nosso dispor para lutar contra a pobreza. Essesmecanismos podem ser efetivados através da política, da denúncia profética,como fez Isaías, como também por meio de ações sociais que combatam osproblemas sociais e econômicos em sua raiz. Uma das respostas de Deus aomundo que sofre é a igreja, e ela tem feito isso pela pregação do Evangelho quesalva e transforma o pecador, mas também pela promoção da justiça eigualdade.

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A pobreza é uma condição de existência

que reduz as potencialidades de vida

humana. Ela causa sofrimento e

desigualdades sociais.

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Na profecia bíblica, os problemas sociais também

são encarados como missão e desafios dos

servos de Deus. Os profetas eram homens sensíveis à voz do Espírito de Deus e

aos clamores das injustiças e opressões sociais.

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II. A ARROGÂNCIA QUE CEGA

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A descrição da arrogância pelo profeta

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Isaías é corajoso ao denunciar que até mesmo as pessoasimportantes do governo se portavam com orgulho. Elenão tem nada contra o bom senso em se embelezar evestir bem, mas essas pessoas estavam usando tudo issocom altivez, andando de nariz empinado, emlicenciosidade, se adornando com joias que excediam anecessidade, usando perfumes e tecidos caríssimos, seuscortes de cabelos eram feitos nos lugares mais caros,tudo como fruto da arrogância. Por que Isaías denominouisso de arrogância? Porque era custeada pela injustiça.Num círculo vicioso, a arrogância leva à injustiça e ainjustiça à arrogância.

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Um pecado abominável

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o O orgulho foi primeiro pecado praticado no universo. Foio que levou Lúcifer à queda e também a Adão e Eva, pois,o desejo de querer ser igual a Deus e de ter os mesmosconhecimentos que Ele tem, não podem ser desejadospor ninguém. Quando um ser humano se porta comarrogância, está com isso dizendo que tem condições deconhecer todas as coisas e de se governar sem o auxíliode Deus; por isso, torna-se um grave erro.

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Os males do orgulho

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Além de ser uma afronta a Deus, o problema doorgulho é que ele supervaloriza o “eu” emdetrimento do “outro”, e ninguém consegue seralguém a não ser que interaja de formaabençoadora com os outros. Portanto, o orgulholeva à prática da injustiça, como bem mostra Isaías.

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O orgulho revela a nossa falta de autoconhecimento

enquanto seres humanos. Quem conhece suas limitações

e a fragilidade da vida de modo algum se torna

orgulhoso.

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O livro do profeta Isaías é um bom exemplo do modo como o orgulho

destruiu a dependência do povo israelita de

Deus.

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III – A MISERICÓRDIA E A JUSTIÇA DE DEUS

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O profeta prediz a ruína.

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Por causa do pecado do povo, Isaías anuncia que as pessoas iriamse odiar pelas ruas com muito desrespeito de um para com o outro,ou seja, a anarquia se instalaria, pois o povo chegou a se orgulhar desua depravação. Haveria pavor diante de ameaças pequenas einsignificantes. Ele avisa que chegaria o dia em que toda a pompaseria lançada ao chão como lixo e o mau cheiro seria sentido delonge, haveria muita morte, lamentos e escassez de homens paradesespero das mulheres. Nessa descrição, o profeta tinha emmente a invasão de Jerusalém pela Babilônia, quando esta foisaqueada, queimada e destruída e o povo levado cativo para aBabilônia, se cumprindo cabalmente a profecia de Isaías, emconsequência da desobediência do povo de Deus.

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Humildade: símbolo da dependência de Deus

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Haveria solução para o povo se este se humilhasse, pois aBíblia afirma que “a humildade precede a honra” (Pv 15.33).Deus estava alertando porque queria agir commisericórdia para com seu povo. Ele mesmo disse quehabitava “com o contrito e humilde de espírito, para darnovo ânimo ao espírito do humilde e novo alento aocoração do contrito” (Is 57.15). Jesus disse que o Reino dosCéus é dos humildes (Mt 5.3).

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A justiça de Deus

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A justiça divina geralmente é manifestada como atos desalvação, misericórdia e bondade de Deus, mas não tornao seu povo imune ao juízo divino quando este despreza oseu amor e justiça. O profeta estava prevendo essemomento para o povo, em que seriam visitados em suamaldade. Essa consequência do pecado aponta para anecessidade de um Salvador, o Messias, pois somente Elepoderia livrar definitivamente o povo do castigo divino,tomando sobre si todas as maldades. Novamente, aqui semanifesta a bondade de Deus em prover um meio desalvação enfatizando seu imenso amor pelo povo errante.

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A humildade é o caminho mais fácil para conseguir o favor de Deus e

dos homens.

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A tradição profética israelita sempre trouxe em sua

mensagem a combinação entre anúncio de juízo e restauração, justiça e graça ao povo, pois em

última instância a vontade de Deus é sempre trazer vida e

esperança, e não destruição ao ser humano, apesar de sermos

merecedores.

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A função profética sempre esteve junto com questões sociais e políticas. O profeta de Deus é também porta-voz de uma

mensagem que anuncia, denuncia e alerta diante de situações presentes e conhecidas, e na lição de hoje denunciou a injustiça e a

arrogância. Que nossos corações sejam humildes diante de Deus para reconhecer quando precisamos de arrependimento; que

nossa dependência de Deus seja evidente em atitudes, palavras e pensamentos.

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1. Quais são as duas fortes denúncias que Isaías fez na profecia analisada nesta lição?Isaías denuncia a injustiça e o orgulho.

2. Que tipos de injustiça estavam sendo praticadas por Judá?Deus havia ordenado que ninguém deveria acumular terras (Is 5.8), que os julgamentos tinham que ser justos e não deveriam construir nada a preço de sangue, os comerciantes não deveriam ter balança desonesta, ninguém poderia praticar extorsão, não deveriam dar lugar ao orgulho da riqueza.

3. Qual característica o povo assumiu ao se tornar arrogante?É como se Deus não se importasse com nada, ou como se Ele não precisasse ser honrado, assumindo uma postura de autossuficiência.

4. Qual foi o primeiro pecado praticado no universo?O orgulho.

5. Que promessa o Evangelho de Mateus faz aos humildes?Que o Reino dos Céus seria deles.