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POLÍTICA: HISTÓRIA, CIÊNCIA, CULTURA ETC

MR 01 - A Republica que nao era Velha Inclusao e Exclusao Social - Parte 01 - YouTube.flv

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Ângela de Castro Gomes

Titulação acadêmica Doutora em Ciência Política

pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro - IUPERJ

Professora Titular de História do Brasil da Universidade Federal Fluminense - UFF

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Áreas de pesquisa:

História Política do Brasil; Pensamento social brasileiro

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Cargos / funções atuais:

Pesquisadora associada do CPDOC.

Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil

CPDOC é a Escola de Ciências Sociais da Fundação Getulio Vargas.

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Principais atividades exercidas: Professora titular do CPDOC; Coordenadora de pós-graduação; Coordenadora de Pesquisa do CPDOC; Coordenadora do Setor de História Oral do CPDOC; Editora da Revista Estudos Históricos; Professora titular de História do Brasil da

Universidade Federal Fluminense - UFF; Editora da revista Tempo (Depto. História - UFF); Editora responsável da revista História Oral

(Associação Brasileira de História Oral - ABHO)

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Perfil Ângela de Castro Gomes

ultimamente tem desenvolvido pesquisas em duas frentes principais.

A 1ª diz respeito a estudos sobre a questão do trabalho, mais especificamente a uma história da legislação trabalhista no Brasil.

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Nesse sentido, realizou o projeto Pronex Direitos e Cidadania, por ela coordenado nos 2004-2007 e em parceria com Elina Pessanha e Regina Morel (UFRJ), uma pesquisa sobre a magistratura do trabalho no Brasil.

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Na pesquisa, foi usada uma metodologia quantitativa - a realização de um survey sobre o perfil dos magistrados - e também uma metodologia qualitativa

foram realizadas 70 horas de gravação com alguns desses magistrados.

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•Um dos resultados dessa investigação, além de vários artigos, está no texto “Perfil da magistratura do trabalho no Brasil”, a ser publicado no livro por ela organizado, Direitos e cidadania: justiça, poder e mídia (RJ, FGV)

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Ainda sobre o trabalho, fez um estudo sobre a biografia do ex-presidente João Goulart com Jorge Ferreira (UFF) que será publicado em livro: João Goulart: as múltiplas faces (RJ, FGV).

A 2ª parte da pesquisa refere-se aos estudos sobre historiografia e pensamento social brasileiro.

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Seus trabalhos estão entre a história política, a história cultural e a história da educação.

Eles relacionam a história e a memória brasileiras na 1ª metade do século XX.

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•No momento, ela é a coordenadora do Programa de Pós-graduação de História, Política e Bens Culturais do CPDOC/FGV, sendo uma das editoras da revista Estudos Históricos.

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1. Introdução Ângela de Castro Gomes trata de “estudos políticos”

realizados no Brasil nas últimas décadas. Existe uma dificuldade de se tratar desse tema,

podendo aproximar-se ou distanciar-se da História ou de outras ciências sociais.

Sua intenção é refletir sobre história e política, Só a partir dos anos 60, textos a respeito de ciência

política começaram a aparecer, por ocasião dos intercâmbios entre historiadores e cientistas sociais e políticos e de vários cursos de graduação e de pós-graduação de ciências sociais.

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2. A Tradição Historiográfica Brasileira No Brasil, há mais documentos referentes à política

do que outros, valorizando os “heróis”, os conflitos políticos, as guerras e os acontecimentos entendidos como “importantes”, constituindo-se na “velha” história.

Contudo, além desta, há uma produção de uma “outra” história, em que os aspectos econômicos e sociais aparecem.

De qualquer forma, em detrimento da República, estudavam-se mais os tempos da Colônia e do Império, em que a política era a consequência dos acontecimentos.

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Pode-se dizer que houve um avanço no sentido de que os estudos referentes à sociedade e à economia foram incorporados. Motivos:

1º lugar, diminuição de uma produção política das primeiras décadas da República, que foi marcada por eventos, homens e datas e, principalmente, pelo surgimento de estudiosos que pesquisavam a vida social e econômica do Brasil, na época em que faziam suas produções, incrementando a história do tempo presente ou história imediata.

2º lugar, o “tédio” causado aos estudantes, desde os anos 30, a respeito de descrições detalhadas da vida política daquela época com pouquíssimas interpretações.

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Em 1942, ocorreu uma reforma do ensino no Brasil, a Capanema, em que foram colocados estudos sobre fatos econômicos e políticos do País, cujas análises marxistas estão sendo feitas nas faculdades de História e de Ciências Sociais.

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* O motivo que levou ao estudo restrito de política, constituindo a “velha” história, foi a criação das 1ªs faculdades no Brasil para formar professores no final da década de 30.

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Hélio Viana é um exemplo de catedrático de História, cuja docência era totalmente contrária à pesquisa e à interpretação de autores renomados do Brasil.

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Uma mudança qualitativa foi a Escola Livre de Sociologia e Política e o curso de Ciência Sociais da USP, após 1932, em que alguns professores de Sociologia vieram de Chicago e também pela presença do antropólogo Lévi-Strauss.

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A autora pretende entender porque a área de História estava em grande desvantagem com relação às Ciências Sociais e Políticas, no tocante à produção de obras, cujos autores procuravam interpretar a vida do País, apesar do trabalho de Caio Prado Júnior e Sérgio Buarque de Holanda.

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Até os anos 70, as expressões “cientista social” e “cientista político” ainda não existiam, mas havia intelectuais de “peso” nessas áreas, como é o caso de Florestan Fernandes, Celso Furtado, Hélio Jaguaribe, Guerreiro Ramos, Antônio Cândido, dentre outros.

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É bastante recente a produção historiográfica no que se refere à política brasileira na versão da “nova” história e também da política nas Ciências Sociais

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Os pesquisadores e professores universitários de História debatiam pouco sobre a construção do conhecimento histórico e também se recusavam a discutir sobre que autores e obras pesquisariam e, por isso, não sabiam como e por onde começariam, para que houvesse uma renovação da História.

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•Em 1960, iniciou-se a renovação com desdobramentos até hoje.* Muitas renovações na História não foram por acaso e ocorreram a nível internacional com reflexos no Brasil. * Um dos motivos foram as mudanças tomados pelas orientações teóricas na área das Ciências Sociais, notadamente a marxista, a funcionalista e uma vertente da Escola dos Annales.

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O rebuliço foi porque esses estudiosos recusaram-se a aceitar explicações deterministas pelas suas explicações racionalistas e materialistas.

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Orientações inovadoras na História Política :

a) esclarecer, influenciar e iluminar a realidade social e não se colocar como superior em detrimento das demais áreas;

b) renovar seus temas no tempo e no espaço constantemente;

c) procurar “derrubar paredes” com outros campos do conhecimento social, principalmente na área da cultura

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d) levar em consideração o fato acontecido, não supervalorizando, mas atribuindo-lhe o valor próprio, dado pelas pessoas que o vivenciaram

e) hoje, as pessoas “pedem” uma história do tempo presente com relação ao aspecto político. A “nova” história política é bastante extensa e está representada pelos cientistas sociais e políticos da atualidade;

f) devido ao surgimento de novas metodologias, como, por exemplo, a história oral, associada à história cultural, a história política fica impactada, aproximando-a da produção dos cientistas sociais e políticos.

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A partir dos anos 70, houve uma série de debates, em alguns países, ficando comprovada uma crise de paradigmas devido às muitas transformações ocorridas e a contradição instalada, pois houve desestruturação do conhecimento da realidade social, causando incertezas na história.

Isso levou os estudiosos a passarem a refletir sobre a natureza e seu trabalho como historiadores, gerando também um diálogo com as Ciências Sociais.

O resultado foi a criação do estatuto da “nova” história política, a colocação do tempo presente na história e o surgimento de relações entre a política e a cultura na atualidade.

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“A aceleração do tempo; a vivência imediata do acontecimento histórico; o sentimento da presença do político em esferas inusitadas da vida cotidiana dos cidadãos e uma demanda social crescente por explicações sobre o que estava ocorrendo (e iria ocorrer), dramatizaram e concretizaram uma “nova”posição pública do historiador, o que o aproximou mais de outros cientistas do social e de outros intelectuais, produtores de interpretações, como os jornalistas da imprensa falada e escrita.”

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A partir dessa constatação, percebe-se o quanto as áreas da História e das Ciências Sociais são próximas, principalmente nas áreas em que seus representantes têm mais interesse – a política e a cultura – notadamente no “tempo presente”.

Ao assumirem seu novo papel cada vez mais requisitado pela mídia, sua forma de atuação é diferente.

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Para se compreender a História e a situação política do Brasil, é necessário levar-se em consideração a interdisciplinaridade.

Devido à repressão vivida pelo povo brasileiro por ocasião da Ditadura Militar, nos anos 70, os estudos políticos foram bastante incrementados, para se tentar entender o golpe militar.

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Os cientistas sociais fazem um trabalho com mais desenvoltura a respeito desse assunto do que os historiadores que são mais resistentes, por não encontrar fontes necessárias, apesar de os dois mais importantes arquivos brasileiros terem sido criados nos anos 70: o CPDOC – Centro de Pesquisa e Documentação em História Contemporânea do Brasil, da Fundação Getúlio Vargas (RJ) e o Arquivo Edgard Leuenroth (Campinas – SP.)

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Por resistirem estudar o tempo presente e pelo enfoque marxista determinista e reducionista, houve uma certa dificuldade aos estudos políticos, nos anos 70, pelos historiadores.

Por atuarem de forma mais leve nessa área, a produção dos cientistas sociais e políticos foi maior.

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O fato de os pesquisadores dos estudos políticos terem se interessado pelas instituições partidárias e sindicais fez com que houvesse a união entre a história política e a intelectual não só no Brasil.

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Essa união dos estudos dos cientistas sociais e políticos com os historiadores, a partir do final da década de 60, facilitou o questionamento de o Brasil ter vivido um repressor regime militar e analisar os que tiveram envolvidos, tais como: os militares, os parlamentares, os presidentes, os líderes sindicais etc.

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Até o início dos anos 70, a produção historiográfica brasileira foi marcada pela tradição, autoritarismo, corporativismo ao Estado e por uma visão amórfica de nossa vida social, explicada por uma política de clientelismo, por uma sociedade civil fraca, por partidos artificiais.

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Um grande problema dos intelectuais era como esclarecer o povo (trabalhadores e eleitores) para que se tornasse politicamente autônomo, fazendo com que o Congresso Nacional fosse legítimo representante da população e não de uma minoria elitista.

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Os primeiros intelectuais a exercerem uma “sociologia política” foram Orlando de Carvalho e outros que fizeram publicações na Revista Brasileira de Estudos Políticos (UFMG) e Gláucio Soares e Bolivar Lamonier por meio de livros e artigos.

Esses estudos mostraram que nem todos os brasileiros eram manipulados pelos políticos, inclusive houve o desenvolvimento do PTB e da UDN.

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Perceberam também que, no período entre 1945 e 1964, houve um ampliação da democracia no BRASIL por meio de manifestações populares e pelo direito de votar, embora com algumas restrições, como por exemplo, a ilegalidade do PCB.

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Foram publicados alguns livros importantes sobre o estudo de partidos políticos, como por exemplo, “Estado e partidos políticos no Brasil” de Maria do Carmo Campello Souza em 1976.

O partido mais estudado foi o PCB e, em seguida, o PSD, UDN, o PTB e, mais tarde, o PT.

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Verifica-se, por esses estudos, que o eleitor brasileiro tem muito a aprender, pois não apresenta fidelidade partidária e que precisa extinguir partidos sem representatividade, criando outros que consigam maior simpatia popular.

Por meio de obras que esclareçam sobre as propostas dos partidos, o povo pode aprender também a votar.

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uma solução para o clientelismo e populismo existente no Brasil no período 45-64 seria a existência de sindicatos.

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Infelizmente, o início dos sindicatos foi vinculado ao corporativismo e ao populismo, dando, ao povo, uma falsa consciência política.

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Para se vislumbrar uma “nova” identidade operária no Brasil, é necessário haver um diálogo entre os intelectuais, para compreender o movimento operário e sindical com relação ao golpe de 64.

Estudos apontam motivos sociológicos como: população rural, grande demanda de imigrantes e políticos em que havia o poder central nas mãos do Estado.

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Para conhecer a política brasileira, os pesquisadores têm que estudar a Primeira República, o Estado Novo e o período entre 1945-1964.

A partir de 1970, devido à industrialização e à coerção política, o cenário político brasileiro começa a sofrer transformações, levando os estudiosos à reflexão, principalmente porque começou a surgiu um “novo” sindicalismo, representado pelo Lula, diferenciando-se totalmente do sindicalismo populista do passado.

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Esse surgimento se deu devido a vários fatores como o desmoronamento do “milagre”, a necessidade que os trabalhadores tinham de participar da vida política do país, rompendo-se o vínculo com o Estado. Essa nova identidade originou-se a partir de duas grandes greves em 1978 e 1979 nas fábricas do ABC paulista.

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A esse respeito, historiadores criticaram sociólogos e cientistas políticos que faziam estudos históricos sem saber utilizar as fontes e fazendo interpretações muito superficiais e generalizadas do movimento sindical.

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Por isso, seria necessária a produção de um material mais aprofundado dessa situação por historiadores e antropólogos, em que houvesse um diálogo impactante entre os aspectos políticos e culturais

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Esse fato começou a se dar nos anos 80 com as obras do historiador Boris Fausto e do cientista político Luís Werneck Viana, sendo seguidos por outros estudiosos.

Com eles, os trabalhadores brasileiros foram identificados não como modelos, mas como sujeitos autônomos e capazes de fazer escolhas.

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Estudos sobre os sindicatos e a política mostram que os anos 90 caracterizam-se pela força, autonomia, direção e viabilidade.

Intelectuais esquerdistas não acreditam nos estudiosos brasileiros dos anos de 1920 a 1960, vinculados ao Estado Novo, por classificá-los de racistas e ultrapassados.

Também duvidam da produção de José de Alencar, de Tavares Bastos e de outros liberais e autoritários que realizavam uma história intelectual.

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A partir dessa rejeição, começaram a surgir debates de valor na área da história cultural, a nível internacional, em que se destacaram: Le Goff, Foucault dentre outros.

E obras de intelectuais brasileiros foram analisadas, dentre eles: Gilberto Freire, Euclides da Cunha, Sérgio Buarque de Holanda etc.

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Além desses, podem-se incluir os críticos literários como Antônio Candido e Alfredo Bosi.

Apesar de a lista ser grande e toda essa produção intelectual estar sendo apoiada pelas editoras das universidades públicas como a da UnB, da USP, da Unicamp e da UFF, o Brasil ainda apresenta uma produção muito pequena, se comparada com a Europa e com os Estados Unidos.

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4. Florestan Fernandes

Nasceu em São Paulo em 1920 e lá morreu em 1995. Foi sociólogo e político, sendo eleito duas vezes deputado federal pelo PT.

Levou uma infância difícil, foi filho de mãe solteira, não conheceu o pai, foi auxiliar de barbearia, engraxate e garçom.

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Em 1941, ingressou na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, onde formou em Ciências Sociais. Começou a lecionar Sociologia em 1945.

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Tornou-se mestre na Escola Livre de Sociologia e Política com a dissertação “A Organização Social dos Tupinambá”.

Em 1951, defendeu tese de doutorado na USP. Nos anos 50, sua linha de trabalho foi o estudo das

perspectivas teórico-metodológicas da Sociologia. Publicou o livro “Fundamentos Empíricos da

Explicação Sociológica”, em que reuniu seus ensaios mais importantes acerca da fundamentação da Sociologia.

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Atuou na Campanha da Defesa da Escola Pública, a favor do ensino público, laico e gratuito, por entender que é um direito do cidadão no mundo moderno. Essa era uma das formas de manifestar seu comprometimento intelectual com o desenvolvimento da ciência no Brasil.

Foi assistente catedrático, livre docente e professor titular de Sociologia com a tese “A integração do negro na sociedade de classes”.

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* Em 1969, foi aposentado compulsoriamente pela Ditadura Militar, passando a ser professor em várias universidades americanas.

* Em 1975, publicou "A revolução burguesa no Brasil", em que analisa as concepções tradicionais e contemporâneas da classe burguesa e do capitalismo no Brasil, na visão de Max Weber e de Karl Marx.

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Em 1978, foi professor na PUC-SP. Em 1979, volta a dar aulas na USP sobre a experiência socialista em Cuba.

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Em 1986, foi eleito deputado constituinte pelo PT, defendendo a educação pública e gratuita.

Em 1989, passou a ter uma coluna semanal na Folha de São Paulo, já que era colaborador desse jornal desde 1940.

Em 1990, foi reeleito como deputado federal.

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Florestan Fernandes orientou Fernando Henrique Cardoso em seus trabalhos acadêmicos, mantendo, entre si, uma grande amizade até a morte do sociólogo que se deu em 1995, devido a problemas no transplante de fígado no HC da USP da cidade de São Paulo.

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Jacques Le Goff

• Nasceu em Toulon, na França, em 1º de janeiro de 1924. É um medievalista. • É autor de muitos livros e trabalhos, • É membro da Escola dos Annales, • Estuda a antropologia histórica do ocidente medieval.27/04/23 65

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Estudou na École Normale Supérieure, na  Universidade Charle de Praque em 1947-48

Foi professor de história em 1950 Foi membro da École Française de Rome, Foi nomeado assistente da Faculté de

Lille (1954-59) antes de ser nomeado pesquisador no CNRS (Centro Nacional de Pesquisa Científica) em 1960.

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 Em 1962, foi mestre-assistente da VI seção da École pratique des hautes études

Sucedeu Fernand Braudel no comando da École des hautes études en sciences sociales, sendo o diretor.

Lá, publicou brilhantes estudos consagrados que renovaram a pesquisa histórica sobre mentalidade e antropologia da Idade Média.

Cedeu seu lugar a François Furet em 1967. Seus seminários exploraram os caminhos novos da

antropologia histórica. Publicou artigos sobre as universidades medievais, o

trabalho, o tempo, as maneiras, as imagens, as lendas etc.

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Como co-diretor da Escola dos Annales, dirigiu os estudos ligados à “Nova História”, como a coletânea Faire de l’histoire em 1977 e o enorme Dictionnaire de la Nouvelle Histoire publicado em 1978, trazendo mudanças nos Annales.

Tendo êxito em suas teses, atuou na renovação didática de história,

Participou da composição de um livro de História para a escola básica.27/04/23 68

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• Nos anos 1980, fez uma exaustiva biografia do rei São  Luís, publicada em 1996, renovando o gênero biográfico pelos seus métodos e reflexões particulares, tornando possível conhecer alguém de destaque vivido no período medieval.

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Obras“Mercadores e Banqueiros na Idade Média", 1956"'Os Intelectuais na Idade Média", 1957"A Civilização do Ocidente Medieval", 1964"Para um Novo Conceito da Idade Média", 1977"O Nascimento do Purgatório", 1981"O Imaginário Medieval", 1985"História e Memória", 1988"História Religiosa da França", em colaboração de direção com René Rémond (4 vols.), 1988-1992"O Homem Medieval" (dir.), 1994"A Europa Contada aos Jovens", 1996"Por Amor das Cidades", 1997"A Bolsa e a Vida", 1997"Por Amor às Cidades", 1999"Dicionário Temático do Ocidente Medieval", em colaboração de direcção com Jean-Claude Schmitt, 2001"O Deus da Idade Média", 2003"Em Busca da Idade Média", 2003"O Maravilhoso e o Quotidiano no Ocidente Medieval"

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História e Memória Nesta obra, escrita em 1988, tenta redefinir o conceito

de História, abordando, historicamente, como este conceito foi interpretado e utilizado, durante os milênios, desde a Grécia Antiga com Heródoto, passando pelas compreensões de Santo Agostinho até a os dias atuais, com Michel de Certeau, Marc Bloch e a Escola dos Annales.

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Para Le Goff , há contradições que foram historicamente utilizadas para se entender o conceito de história, como: antigo e moderno, passado e presente, progresso e reação.

 ”A oposição antigo/moderno, que emerge periodicamente as controvérsias dos intelectuais europeus desde a Idade Média, não pode ser reduzida à oposição progresso/reação, pois se situa fundamentalmente em nível cultural. Os "antigos" são os defensores das tradições, enquanto os "modernos" se pronunciam pela inovação. No caso especial da história, a oposição antigo/moderno introduz uma periodização, que é vista também no quatro do contraste entre concepções cíclicas e concepções lineares do tempo” (…). (LE GOFF, 2003, p.173)

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Para Le Goff, o par documento e monumento não é contraditório como os anteriores, porque foi elaborado pelos integrantes da sociedade que, a partir de seus documentos, criam aquilo que conseguem representar.

Por esse motivo, o documento é monumento, tornando possível fazer análises sobre época, fato, acontecimento, personagem etc.).

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Nos capítulos: História, Idades Míticas, Escatologia, Decadência, Memória e 

Calendário discute conceitos que não se opõem, mas são apresentadas ideias que norteiam a historiografia dos autores atuais.

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