20F in Português Eletrobras 2008

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 (Tradução livre do original do inglês) Conforme submetido para a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos em setembro de 2009 COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS DOS ESTADOS UNIDOS Washington, D.C. 20549 RELATÓRIO 20-F DECLARAÇÃO PARA REGISTRO DE ACORDO COM O ARTIGO 12(b) OU 12(g) DA LEI DE TÍTULOS MOBILIÁRIOS E CÂMBIO DE 1934 Número do Arquivo da Comissão: CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. – ELETROBRÁS (nome exato do registrador conforme especificado em seu Estatuto Social) BRAZILIAN ELECTRIC POWER COMPANY (tradução do nome do registrador em inglês) República Federativa do Brasil (Jurisdição do nome ou organização de incorporação) Avenida Presidente Vargas, 409 – 13 th  floor, Edifício Herm. Stoltz – Centro, CEP 20071-003, Rio de Janeiro, RJ, Brazil (endereço dos principais escritórios executivos) Títulos de Garantia registrados ou a serem registrados de acordo com o Artigo 12(b) da Lei: Título de cada classe Nome de cada bolsa em que está registrado Ações de Depósitos Americanos, comprovadas pelos Recibos de Depósitos Americanos, cada uma representando 500 Ações Ordinárias Bolsa de Valores de Nova Iorque Ações Ordinárias, sem valor nominal * Bolsa de Valores de Nova Iorque Ações de Depósitos Americanos, comprovadas pelos Recibos de Depósitos Americanos, cada uma representando 500 Ações Preferenciais Bolsa de Valores de Nova Iorque Ações Preferenciais, sem valor nominal * Bolsa de Valores de Nova Iorque  ______________ * Não destinadas à comercializaçã o mas apenas com re lação ao registro das Açõe s de Depósito Americanos de acordo com as exigências da SEC. Títulos de Garantia registrados ou a serem registrados de acordo com o Artigo 12(g) da Lei:  Nenhum. Títulos de Garantia para os quais exista uma obrigação de comunicação de acordo com o Artigo 15(d) da Lei:  Nenhum. A quantidade de ações emitidas e em circulação de cada classe de ações ordinárias ou capital do emissor em 31 de dezembro de 2008 era: 905.023.527 Ações Ordinárias 227.186.643 Ações Preferenciais Marque com um X se o registrador é um emissor experiente bem conhecido, conforme definido na Norma 405 da Lei da Bolsa de Valores Sim  Não  Caso este seja um relatório anual ou relatório intercalar, marque com um X se o registrador não é obrigado a entregar relatórios pertinentes às seções 13 ou 15(d) da Lei da Bolsa de Valores de 1934. Sim  Não  Marque com um X se o registrador (1) registrou todos os relatórios obrigados a serem registrados de acordo com o Artigo 13 ou 15 (d) da Lei da Bolsa de Valores de 1934 durante os 12 meses anteriores (ou por tal período menor em que o registrador foi obrigado a registrar tais relatórios), e (2) tenha estado sujeito a tais exigência de registro pelos últimos 90 dias. Sim   Não  Marque com um X se o registrador é um grande registrador acelerado ou um registrador não acelerado. Ver a definição de “registrador acelerado e grande registrador acelerado” na Norma 12-b-2 da Lei da Bolsa de Valores. Grande registrador acelerado filer  Registrador Acelerado  Registrador Não Acelerado  Marque com um X qual base de Contabilidade o registrador utilizou para preparar as demonstrações financeiras incluídas neste relatório: U.S. GAAP  IFRS  Outro  

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(Traduo livre do original do ingls)Conforme submetido para a Comisso de Valores Mobilirios dos Estados Unidos em setembro de 2009 COMISSO DE VALORES MOBILIRIOS DOS ESTADOS UNIDOS Washington, D.C. 20549 RELATRIO 20-F DECLARAO PARA REGISTRO DE ACORDO COM O ARTIGO 12(b) OU 12(g) DA LEI DE TTULOS MOBILIRIOS E CMBIO DE 1934 Nmero do Arquivo da Comisso: CENTRAIS ELTRICAS BRASILEIRAS S.A. ELETROBRS (nome exato do registrador conforme especificado em seu Estatuto Social) BRAZILIAN ELECTRIC POWER COMPANY (traduo do nome do registrador em ingls) Repblica Federativa do Brasil (Jurisdio do nome ou organizao de incorporao) Avenida Presidente Vargas, 409 13th floor, Edifcio Herm. Stoltz Centro, CEP 20071-003, Rio de Janeiro, RJ, Brazil (endereo dos principais escritrios executivos) Ttulos de Garantia registrados ou a serem registrados de acordo com o Artigo 12(b) da Lei: Ttulo de cada classe Aes de Depsitos Americanos, comprovadas pelos Recibos de Depsitos Americanos, cada uma representando 500 Aes Ordinrias Aes Ordinrias, sem valor nominal * Aes de Depsitos Americanos, comprovadas pelos Recibos de Depsitos Americanos, cada uma representando 500 Aes Preferenciais Nome de cada bolsa em que est registrado Bolsa de Valores de Nova Iorque Bolsa de Valores de Nova Iorque Bolsa de Valores de Nova Iorque

Aes Preferenciais, sem valor nominal * Bolsa de Valores de Nova Iorque ______________ * No destinadas comercializao mas apenas com relao ao registro das Aes de Depsito Americanos de acordo com as exigncias da SEC. Ttulos de Garantia registrados ou a serem registrados de acordo com o Artigo 12(g) da Lei: Nenhum. Ttulos de Garantia para os quais exista uma obrigao de comunicao de acordo com o Artigo 15(d) da Lei: Nenhum. A quantidade de aes emitidas e em circulao de cada classe de aes ordinrias ou capital do emissor em 31 de dezembro de 2008 era: 905.023.527 Aes Ordinrias 227.186.643 Aes Preferenciais Marque com um X se o registrador um emissor experiente bem conhecido, conforme definido na Norma 405 da Lei da Bolsa de Valores Sim No Caso este seja um relatrio anual ou relatrio intercalar, marque com um X se o registrador no obrigado a entregar relatrios pertinentes s sees 13 ou 15(d) da Lei da Bolsa de Valores de 1934. Sim No Marque com um X se o registrador (1) registrou todos os relatrios obrigados a serem registrados de acordo com o Artigo 13 ou 15 (d) da Lei da Bolsa de Valores de 1934 durante os 12 meses anteriores (ou por tal perodo menor em que o registrador foi obrigado a registrar tais relatrios), e (2) tenha estado sujeito a tais exigncia de registro pelos ltimos 90 dias. Sim No Marque com um X se o registrador um grande registrador acelerado ou um registrador no acelerado. Ver a definio de registrador acelerado e grande registrador acelerado na Norma 12-b-2 da Lei da Bolsa de Valores. Registrador Registrador No Grande registrador acelerado filer Acelerado Acelerado Marque com um X qual base de Contabilidade o registrador utilizou para preparar as demonstraes financeiras includas neste relatrio: U.S. GAAP IFRS Outro

(Traduo livre do original do ingls)Marque com um X qual item da declarao financeira o registrador optou por seguir. Item Item 17 18 Caso este seja um relatrio anual, marque com um X se o Registrador uma companhia shell company (conforme definido na Norma 12b-2 da Lei da Bolsa de Valores). Sim No

(Traduo livre do origianl em ingls)

NDICE Item 1. Identidade de Diretores, Administrao Snior e Consultores 8 Item 2. Estatstica da Proposta e Cronograma Esperado 8 Item 3. Informaes Chaves 8 A. Informaes Financeiras Selecionadas 8 B. Capitalizao e Endividamento 14 C. Razes para a proposta e Uso dos Recursos 15 D. Fatores de Risco 15 Item 4. Informaes sobre a Empresa 27 A. Histria e Desenvolvimento 27 B. Viso Geral do Negcio 29 C. Estrutura Organizacional 72 D. Ativo Imobilizado 73 Item 4.A. Comentrios dos Auxiliares sobre Questes No-Resolvidas 74 Item 5.Reviso Financeira e Operacional e Perspectivas 74 A. Resultados Operacionais 84 B. Liquidez e Recursos do Capital 97 C. Pesquisa e Desenvolvimento, Patentes e Licenas 100 D. Informaes sobre Tendncias 101 E. Arranjos no includos no balano 102 F. Obrigaes Contratuais 102 Item 6. Conselheiros, Administrao Snior e Empregados 103 A. Conselho de Administrao e Diretoria Executiva 103 B. Remunerao 106 C. Prticas do Conselho 107 D. Empregados 107 E. Posse de Aes 108 Item 7. Acionistas Majoritrios e Transaes com Partes Envolvidas 109 A. Acionistas Majoritrios 109 B. Transaes com Partes Envolvidas 110 C. Participaes de Especialistas e Conselheiros 110 Item 8. Informaes Financeiras 111 A. Demonstrativos Financeiros Consolidados e Outras Informaes 111 B. Mudanas Significativas 117 Item 9. A Proposta e a Listagem em Bolsa 118 A. Informaes sobre a Proposta e Listagem em Bolsa 118 B. Plano de Distribuio 122 C. Mercados 122 D. Acionistas Vendedores 128 E. Diluio 128 F. Despesas da Emisso 128 Item 10. Informaes Adicionais 128 A. Capital Social 128 B. Contrato e Estatuto Social 128 C. Contratos Materiais 132 D. Controles Cambiais 132 E. Tributao 134 F. Dividendos e Agentes Pagadores 142 G. Declarao de Especialistas 142 H. Documentos Disposio 142 I. Informaes das Subsidirias 142 Item 11. Divulgaes Quantitativas e Qualitativas sobre o Risco do Mercado 143 Item 12. Descrio dos Valores Mobilirios, com exceo das Aes em Carteira 143 Item 13. Inadimplncias, Dividendos a Pagar e Atrasos no Pagamento 144 Item 14. Modificaes Materiais dos Direitos dos Portadores de Ttulos Mobilirios e Uso dos Recursos 144 Item 15. Controles e Procedimentos 144 Item 15.T. Controles e Procedimentos 144 Item 16A. Perito Financeiro do Comit de Auditoria 145 Item 16B. Cdigo de tica 145 Item 16C. Honorrios e Servios do Contador Principal 146 Item 16D. Iseno das Normas de Listagem para os Comits de Auditoria 147

(Traduo livre do original em ingls)

Item 16E. Compra de Participao Acionria pelo Emissor e Compradores Afiliados 147 Item 16G. Governana Corporativa 147 Item 17. Demonstrativos Financeiros 148 Item 18. Demonstrativos Financeiros 148 Item 19. Anexos 149 Assinaturas 150

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(Traduo livre do original em ingls)APRESENTAO DAS INFORMAES FINANCEIRAS E OUTRAS INFORMAES Nesta declarao para registro, salvo de outra forma indicado ou o contexto de outra forma exija, todas as referncias a ns, nosso, nossos, nos ou termos semelhantes se referem a Centrais Eltricas Brasileiras S.A. Eletrobrs e suas subsidirias consolidadas. Mantemos nossos livros e registros em reais. Nossos demonstrativos financeiros consolidados em 31 de dezembro de 2008, 2007 e 2006, cada um includo, devidamente, nesta declarao para registro, foram preparados de acordo com os princpios contbeis normalmente aceitos nos Estados Unidos (U.S. GAAP). Nesta declarao para registro, o termo Brasil se refere Repblica Federativa do Brasil e a frase Governo Brasileiro se refere ao governo federal do Brasil. O termo Banco Central se refere ao Banco Central do Brasil. Os termos real e reais e o smbolo R$ se referem moeda legal do Brasil. Os termos Dlar Americano e Dlares Americanos e o smbolo U.S.$ se referem moeda legal dos Estados Unidos da Amrica. Todas as referncias a respeito das nossas aes preferenciais e ordinrias constantes nesse documento refletem o grupamento de aes, (proporo de 500-1), realizado em 20 de agosto de 2007 Alguns nmeros neste documento foram submetidos a ajustes para arredondamento. Portanto, os nmeros apresentados como totais em determinadas tabelas podem no ser acmulos aritmticos dos nmeros que os precedem. Os termos includos nesta declarao para registro tm os seguintes significados: Alta tenso: uma classe das tenses nominais do sistema igual ou superior a 100.000 volts (100 kVs) e inferior a 230.000 volts (230 kVs); Amazonas Energia: Amazonas Energia S.A., empresa distribuidora de controle total da Eletrobrs que opera no Estado de Amazonas. Amazonas Energia foi criada em 2008 resultante de uma fuso entre a Ceam e a Manuas Energia S.A.; ANDE: Administracin Nacional de Eletricidad; ANEEL: Agncia Nacional de Energia Eltrica; BNDES: Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social; Boa Vista: Boa Vista Energia, empresa distribuidora que opera no estado de Roraima; Capacidade Instalada: o nvel de eletricidade que pode ser entregue a partir de uma determinada unidade geradora a carga total, de forma contnua, de acordo com condies especficas conforme projetadas pelo fabricante; Conta CCC: Conta Consumo de Combustveis; Carga da Capacidade: a carga para aquisies ou vendas com base na capacidade contratada definitiva, quer consumida, ou no; Carga de energia: a carga varivel para aquisies ou vendas com base na eletricidade atual consumida; CCEAR: Contratos de Comercializao de Energia no Ambiente Regulado; Ceal: Companhia Energtica de Alagoas S.A., uma das Companhias de Distribuio do Norte e Nordeste; Ceam: Companhia Energtica do Amazonas S.A., uma das Companhias de Distribuio do Norte e Nordeste;

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(Traduo livre do original em ingls) Cepel: Centro de Pesquisas de Energia Eltrica, um centro de pesquisa do setor eltrico brasileiro; Cepisa: Companhia Energtica do Piau S.A., uma das Companhias de Distribuio do Norte e Nordeste; Ceron: Centrais Eltricas de Rondnia S.A., uma das Companhias de Distribuio do Norte e Nordeste; CGE: Cmara de Gesto da Crise de Energia Eltrica, o Comit Brasileiro para Gesto da Crise de Energia Eltrica; CGTEE: Companhia de Gerao Trmica de Energia Eltrica S.A., uma subsidiria de gerao da Eletrobrs; Chesf: Companhia Hidro Eltrica do So Francisco S.A., subsidiria de transmisso e gerao da Eletrobrs; CMN: Conselho Monetrio Nacional, responsvel pela poltica monetria e financeira brasileira; CNEN: Comisso Nacional de Energia Nuclear, a comisso nacional brasileira para energia nuclear; CNPE: Conselho Nacional de Poltica Energtica; Concessionrias ou companhias concessionrias: companhias para as quais o Governo Brasileiro transfere os direitos para fornecer servios de energia eltrica (gerao, transmisso, distribuio) para uma determinada regio, de acordo com os contratos celebrados por e entre as companhias e o Governo Brasileiro, de acordo com a Lei n 8.987 (Lei federal datada de fevereiro de 1995) e Lei n 9.074 (Lei do Setor de Energia, datada de 7 de julho de 1995) (juntas, as Leis das Concesses); Consumidor final (usurio final): uma parte que usa eletricidade para suas prprias necessidades; Consumidores livres: clientes que estavam conectados ao sistema aps 8 de julho de 1995 e contrataram uma demanda acima de 3 MW em qualquer nvel de tenso; ou clientes que estavam conectados ao sistema antes de 8 de julho de 1995 e tm uma demanda contratada acima de 3 MW a um nvel de tenso igual ou superior a 69 kV; Conta CDE: Conta de Desenvolvimento Energtico; Distribuio: a transferncia de eletricidade das linhas de transmisso nos pontos de fornecimento da grade e sua entrega para consumidores atravs de um sistema de distribuio. A eletricidade atinge consumidores tais como os residenciais, pequenas indstrias, propriedades comerciais e servios de utilidades pblicas a uma tenso de 220/127 volts; Distribuidor: uma entidade que fornece energia eltrica para um grupo de clientes atravs de uma rede de distribuio; DNAEE: Departamento Nacional de guas e Energia Eltrica, o Departamento Nacional Brasileiro de gua e Energia Eltrica; Eletroacre: Companhia de Eletricidade do Acre S.A., uma das Companhias de Distribuio do Norte e Nordeste; Eletrobrs: Centrais Eltricas Brasileiras S.A. Eletrobrs; Eletronorte: Centrais Eltricas do Norte do Brasil S.A., subsidiria de transmisso e gerao da Eletrobrs; Eletronuclear: Eletrobrs Termonuclear S.A., subsidiria de gerao da Eletrobrs; Eletropar: Eletrobrs Participaes S.A., uma subsidiria da companhia holding criada para possuir investimentos de capital em empreendimentos (anteriormente denominada Lightpar);

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(Traduo livre do original em ingls) Eletrosul: Centrais Eltricas do Sul do Brasil S.A., subsidiria de gerao e transmisso da Eletrobrs; FND: Fundo Nacional de Desestatizao, o fundo nacional de privatizao; Fundo RGR: Reserva Global de Reverso, um fundo que administramos, fundado por concessionrios e que fornecem remunerao para determinadas concessionrias pela no renovao ou desapropriao de suas concesses usadas como fonte de fundos para a expanso e melhoria do setor de energia eltrica; Fundo UBP: Fundo de Uso de Bem Pblico; Furnas: Furnas Centrais Eltricas S.A., subsidiria de gerao e transmisso da Eletrobrs; Gigawatt (GW): um bilho de watts; Gigawatt hora (GWh): um gigawatt de energia fornecida ou demandada por uma hora, ou um bilho de watts hora; IGP-M: ndice Geral de Preos-Mercado, o ndice brasileiro geral de preos de mercado, semelhante ao ndice do preo de varejo; INB: Indstrias Nucleares Brasileiras, uma companhia brasileira de propriedade do governo brasileiro responsvel pelo processamento do urnio usado como energia para fornecer eletricidade nas Usinas Nucleares de Angra I e Angra II; Itaipu: Itaipu Binacional, a instalao hidreltrica possuda, igualmente, pelo Brasil e pelo Paraguai; Kilowatt (kW): 1.000 watts; Kilowatt Hora (kWh): um kilowatt de energia fornecida ou demandada por uma hora; Kilovolt (kV): um mil volts; Lei das Sociedades Annimas Brasileiras: Coletivamente, a Lei N. 6.404 de 15 de dezembro de 1976, a Lei n 9.457 de 5 de maio de 1997 e a Lei n 10.303 de 31 de outubro de 2001; Lei de Crimes Ambientais: Lei n 9.605, datada de 12 de fevereiro de 1998; Lei do Novo Modelo do Setor Eltrico: Lei N 10.848, promulgada em 15 de maro de 2004 e que regulamenta as operaes das companhias na indstria da eletricidade; Lei do Setor de Energia: Lei N 9.074 de 7 de julho de 1997; Lei Nacional de Poltica Ambiental: Lei n 6.938, datada de 31 de agosto de 1981; Megawatt (MW): um milho de watts; Megawatt hora (MWh): um megawatt de energia fornecida ou demandada por uma hora, ou um milho de watt hora; MME: Ministrio de Minas e Energia, o Ministrio Brasileiro de Minas e Energia; MRE: Mercado Regulado de Energia, o Mercado Brasileiro Regulado de Energia; ONS: Operador Nacional do Sistema;

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(Traduo livre do original em ingls) Pequenas Centrais Hidreltricas: usinas hidreltricas com capacidade de 1 MW a 30 MW; Preo ou tarifa mdia: receita total de vendas dividida pelo total de MWh vendido para cada perodo relevante, incluindo eletricidade no faturada. A receita total de vendas, para fins de clculo do preo ou tarifa mdia inclui ambos os faturamentos brutos antes da deduo do ICMS e outros impostos e as vendas de eletricidade no faturadas sobre o que tais impostos ainda no foram acumulados; Procel: Programa Nacional de Combate ao Desperdcio de Energia Eltrica, o programa nacional de conservao de energia eltrica; Proinfa: Programa de Incentivo as Fontes Alternativas de Energia; Rede Bsica: linhas de transmisso interligadas, represas, transformadores de energia e equipamentos com tenso igual ou superior a 230 kV, ou instalaes com tenso mais baixa conforme determinado pela ANEEL; Regio Nordeste: Os Estados de Alagoas, Bahia, Cear, Maranho, Paraba, Pernambuco, Piau, Rio Grande do Norte e Sergipe; Sistema de Energia Interligado: sistemas ou redes para a transmisso de energia, conectados juntos atravs de uma ou mais conexes (linhas e/ou transformadores); Sistema Isolado: sistemas de gerao de energia, no conectado rede de transmisso nacional Sociedade de economia mista: de acordo com a Lei Brasileira n 6.404 de 15 de dezembro de 1976, uma sociedade com acionistas dos setores pblico e privado, mas controlada pelo setor pblico; Subestao: um conjunto de equipamentos que comuta e/ou altera ou regula a tenso da eletricidade em um sistema de transmisso e distribuio;

Taxa Selic: uma taxa governamental oficial de overnight aplicada a fundos comercializados atravs da compra e venda de ttulos da dvida pblica estabelecidos pelo sistema especial para custdia e liquidao; TFSEE: Taxa de Fiscalizao de Servios de Energia Eltrica; Transmisso: a transferncia em grande quantidade de eletricidade de instalaes de gerao para o sistema de distribuio na estao do centro de carga atravs de uma grade de transmisso (em linhas com capacidade entre 69 kV e 525 kV); TWh: Terawatt hora (1.000 Gigawatt hora); US GAAP: Princpios contbeis geralmente aceitos dos Estados Unidos da Amrica; Usina Hidreltrica ou Instalao Hidreltrica ou Unidade Eltrica de Energia Hidroeltrica (UHE): uma unidade de gerao que usa energia da gua para acionar o gerador eltrico; Usina Termoeltrica ou unidade termeltrica de energia (UTE): uma unidade de gerao que usa combustvel inflamvel, tal como o carvo, leo, diesel, gs natural ou outro hidrocarboneto como a fonte de energia para acionar o gerador eltrico; Volt (V): a unidade bsica de fora eltrica anloga presso da gua em libras por polegada quadrada; e Watt: a unidade bsica de energia eltrica.

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(Traduo livre do original em ingls)DECLARAO PREVENTIVA COM RELAO A INFORMAES FUTURAS Esta declarao para registro inclui determinadas declaraes futuras, incluindo declaraes com relao a nossa inteno, crena ou expectativas atuais ou quelas de nossos funcionrios graduados com relao a, entre outras coisas, nossos planos de financiamento, tendncias que afetam nossa condio financeira ou resultados de operaes e o impacto de planos futuros e estratgias. Estas declaraes futuras esto sujeitas a riscos, incertezas e contingncias, incluindo, mas no limitado, ao disposto a seguir: condies gerais econmicas, reguladoras, polticas e comerciais no Brasil e no exterior; flutuaes da taxa de juros, inflao e valor do real em relao ao dlar americano; mudanas nos volumes e padres do uso de eletricidade do cliente; condies competitivas nos mercados de gerao, transmisso e distribuio de eletricidade do Brasil; os efeitos da competio; nosso nvel de dvida; a probabilidade de que receberemos pagamento relativos a contas a receber; mudanas nos nveis da chuva e da gua nos reservatrios usados para operar nossas instalaes de gerao de energia hidreltrica; nossos planos de dispndio com ativos fixos; nossa capacidade para servir nossos clientes de forma satisfatria; regulamento governamental existente e futuro quanto s taxas de eletricidade, uso da eletricidade, concorrncia em nossa rea de concesso e outros assuntos; nossa capacidade de executar nossa estratgia de negcio, incluindo nossa estratgia de crescimento; mudanas em outras leis e regulaes, incluindo, entre outras, aquelas que afetam os impostos e questes ambientai; aes futuras que possam tomar o governo brasileiro, nosso acionista controlador; o resultado de nossos procedimentos legais, civis e fiscais; e outros fatores de risco conforme estabelecidos sob Item 3.D - Fatores de Risco.

As declaraes futuras mencionadas acima tambm incluem informaes com relao a nossos projetos de expanso da capacidade que esto nos estgios de planejamento e desenvolvimento. Alm dos riscos e incertezas acima, nossos projetos de expanso potenciais compreendem riscos de engenharia, de construo, regulatrios e outros riscos significativos que podem: atrasar ou impedir a concluso bem sucedida de um ou mais projetos; aumentar os custos dos projetos; e resultar na falha das instalaes para operar ou gerar renda de acordo com nossas expectativas.

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(Traduo livre do original em ingls)As palavras acreditamos, pode, ir, estima, continua, prev, pretendemos, espera e palavras similares destinam-se a identificar as declaraes futuras. No assumimos qualquer obrigao para atualizar publicamente ou revisar qualquer declarao futura em decorrncia de novas informaes, eventos futuros ou de outra forma. luz destes riscos e incertezas, as informaes, eventos e circunstncias futuras discutidas nesta declarao registrada podem no ocorrer. Nossos resultados e desempenho reais poderiam diferir substancialmente daqueles previstos em nossas declaraes futuras.

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(Traduo livre do original em ingls)PARTE I ITEM 1. Identidade de Diretores, Administrao Snior e Consultores No aplicvel. ITEM 2- Estatstica da Proposta e Cronograma Esperado No aplicvel. ITEM 3 - Informaes Chaves Antecedentes As informaes financeiras selecionadas apresentadas aqui devem ser lidas em conjunto com nossas demonstraes financeiras e notas a elas relativas, que aparecem em outro local nesta declarao para registro. Os pargrafos abaixo discutem caractersticas importantes da apresentao das informaes financeiras selecionadas e nossas demonstraes financeiras. Essas caractersticas devem ser consideradas ao avaliar as informaes financeiras selecionadas. A. Informaes Financeiras Selecionadas As tabelas abaixo apresentam nossos dados operacionais e financeiros selecionados. Voc deve ler as informaes abaixo em conjunto com nossas demonstraes financeiras consolidadas auditadas e notas relacionadas e informaes sob o Item 5. Reviso e Perspectivas Financeiras e Operacionais includas em outro local nesta declarao para registro. Os dados financeiros consolidados auditados para os anos findos em 31 de dezembro de 2008, 2007 e 2006 derivam de nossas demonstraes financeiras consolidadas auditadas.

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(Traduo livre do original em ingls)Informaes do Balano Patrimonial Consolidado At December 31, 2006 (R$ thousands)

2008 Ativo Ativo Circulante: Caixa e equivalentes de Caixa........................ Caixa restrirto Contas a Receber, lquido............................... Ttulos e valores mobilirios .......................... Ativos Regulatrios Diferidos........................ Emprstimos e Financiamentos a receber....... Impostos a compensar .................................... Imposto de Renda e Contribuio Social Diferidos......................................................... Almoxarifado ................................................. Devedores diversos ........................................ Conta de Consumo de Combustveis - CCC... Direitos de ressarcimento ............................... Despesas pagas antecipadamente ................... Valor justo de derivativos............................... Outros ativos circulantes ................................

2007

2005

13,033,078 734,386 4,991,458 25,124 1,463,667 1,741,195 514,813 767,283 388,920 554,748 516,766 76,874 52,640 1,194,709 26,055,661 78,635,566 5,648,132

7,645,704 830,065 4,488,721 240,154 1,268,583 1,966,532 545,525 647,775 439,869 365,366 179,460 70,395 295,886 710,222 19,694,257 75,379,549 4,822,629

5,217,085 645,886 4,407,777 416,776 1,234,983 1,739,400 14,491 569,932 127,126 634,966 81,658 50,007 532,669 684,099 16,356,855 78,539,149 4,151,997

3,903,988 67,298 4,499,890 779,017 762,067 1,440,927 490,936 402,181 158,888 270,139 56,386 325,034 742,340 13,899,091 80,898,110 4,084,758

Imobilizado, lquido ............................................ Investmentos em afiliadas ................................... Ativo Imobilizado: Ativos regulatrios diferidos .......................... Contas a receber lquido ................................ Emprstimos e Financiamentos a receber....... Depsitos judiciais ........................................ Ttulos e valores mobilirios .......................... Imposto de Renda e Contribuio social diferidos ......................................................... Estoque de combustvel nuclear ..................... Impostos a compensar .................................... Conta de Consumo de Combustvel ............... Valor justo de derivativos............................... Direitos de Compensao............................... Outros ativos no circulantes.......................... Total do Ativo .....................................................

23,630,253 2,293,343 4,354,362 170,563 1,001,908 778,491 725,142 1,345,725 572,279 40,050 4,312,809 828,559 40,053,484 150,392,843

18,199,826 2,201,203 4,716,675 400,986 976,717 1,443,903 657,188 949,962 500,511 296,134 590,025 818,223 31,751,353 131,647,788

23,155,399 4,949,497 4,622,839 464,373 937,261 751,587 594,169 1,078,220 474,052 475,631 1,043,573 38,546,601 137,594,602

23,143,664 4,804,539 4,961,429 309,701 890,201 98,173 524,255 925,346 362,627 322,366 1,203,841 37,556,142 136,438,101

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(Traduo livre do original em ingls)2008 Passivo e Patrimnio Lquido Passivo Circulante: Fornecedores .................................................. Impostos a pagar ............................................ Emprstimos e Financiamentos...................... Emprstimo Compulsrio............................... Crditos do Tesouro Nacional ........................ Conta de Consumo de Combustvel ............... Previdncia Complementar ............................ Provises para Contingncias......................... Remunerao e dividendos de acionistas ....... Remunerao e ressarcimento ........................ Pesquisa e Desenvolvimento .......................... Taxas referentes regulao .......................... Obrigaes Estimadas .................................... Receita Diferida de Derivativo embutido ....... Outros passivos circulantes ............................ Passivo Exigvel a Longo Prazo: Impostos a pagar ............................................ Imposto de Renda e Contribuio Social Diferida ......................................................... Emprstimos e Financiamentos ..................... Emprstimo Compulsrio............................... Crditos do Tesouro Nacional ........................ Conta de Consumo de Combustvel ............... Previdncia Complementar ............................ Vendas antecipada de energia ........................ Reserva Global de Reverso........................... Descomissionamento das usinas nucleares..... Receita Diferida de derivativo embutido........ Adiantamento para futuro aumento de capital ............................................................. Outros passivos exigveis a longo prazo......... 2007 At December 31, 2006 (R$ thousands) 2005

1,925,416 2,075,726 2,664,233 85,205 72,236 670,482 44,980 1,481,709 11,053,474 923,344 269,062 1,174,963 693,444 296,134 731,705 24,162,113 1,616,694 29,892,516 129,866 2,854,201 1,432,982 4,153,493 1,018,488 7,193,770 266,168 40,050 4,287,353 746,627 53,632,207 2,050,245 349,518

1,903,243 1,955,794 2,186,783 96,709 58,150 515,419 37,972 1,086,773 8,886,499 444,225 343,010 820,311 527,120 480,588 1,202,378 20,544,974 1,312,444 22,327,043 202,375 726,989 1,373,638 2,304,711 1,056,761 6,769,011 191,327 296,134 3,811,625 753,878 41,125,935 2,347,287 388,553

1,650,178 1,524,744 2,549,430 111,106 51,123 836,878 36,522 998,011 7,850,864 739,785 287,460 591,290 332,385 527,712 369,349 18,456,837 1,423,778 31,714,658 87,389 459,808 668,456 3,889,655 942,330 6,171,300 204,620 480,588 3,407,858 1,048,055 50,498,495 2,529,615 293,956

1,796,867 1,726,382 2,305,976 166,274 46,239 143,044 56,292 960,395 6,742,297 682,778 237,961 317,607 938,987 16,185,163 1,907,188 34,964,075 83,999 499,157 393,093 3,558,601 723,451 5,724,538 200,018 339,793 2,961,277 676,879 52,032,069 2,472,508 332,811

Provises para contingncias .............................. Participao Minoritria...................................... Patrimnio Lquido: Capital Social ................................................. Reserva de Capital.......................................... Reservas de Lucros......................................... Prejuzos Acumulados.................................... Outras receitas acumuladas (prejuzos) .......... Total do Passivo e Patrimnio Lquido ...............

26,156,567 29,587,464 19,719,486 (3,637,429) (1,627,328) 70,198,760 150,392,843

24,235,829 29,446,426 17,499,537 (3,444,621) (496,132) 67,241,039 131,647,788

24,235,829 29,446,426 16,632,738 (3,452,476) (1,046,818) 65,815,699 137,594,602

24,235,829 29,446,426 15,913,652 (3,447,554) (732,803) 65,415,550 136,438,101

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(Traduo livre do original em ingls)Demonstrao do Resultado Consolidado 2008 Receitas Operacionais Lquidas: Vendas de energia .................................................. Outras receitas operacionais ................................... Impostos sobre as Receitas..................................... Taxa Regulamentares ............................................. Total da Receita Operacional Lquida......................... Em 31 de dezembro, 2007 2006 (R$ thousands) 26,778,542 519,772 (878,222) (1,260,043) 25,160,049 23,025,800 741,347 (851,440) (931,463) 21,984,244 2005

31,615,696 791,914 (984,608) (1,191,673) 30,231,329

21,303,390 426,61 (730,923) (787,008) 20,212,077

Custos e Despesas Operacionais: Energia comprada para revenda ............................. Combustvel para produo de energia eltrica...... Uso da rede bsica de transmisso ......................... Encargos de capacidade emergencial ..................... Depreciao e amortizao..................................... Pessoal e Despesas relacionadas/ Servios de terceiros/ Almoxarifado..................................... Impostos - PASEP/COFINS................................... Resultado a compensar de ITAIPU ........................ Provises Operacionais .......................................... Doaes e contribuies......................................... Remunerao e ressarcimento ................................ Impairment ............................................................. Outros custos e despesas operacionais ................... Total de custos e despesas operacionais..................... Resultado Financeiro (lquido).................................... Lucro antes do imposto de renda, partcipao minoritria e equivalncia patrimonial ................... Equivalncia patrimonial de afiliadas ......................... Imposto de Renda e Contribuio social: Corrente.................................................................. Diferido .................................................................. Participao Minoritria.............................................. Lucro lquido do perodo............................................. Distribuio do lucro por ao: Ordinrias (R$)....................................................... Preferenciais (R$)................................................... Quantidade media de aes por capital: Ordinrias............................................................... Preferenciais ..........................................................

(5,956,745) (1,158,856) (1,101,220) (3,729,214) (6,047,795) (1,464,809) (405,793) (773,860) (217,913) (1,722,240) (770,231) (659,632) (24,008,308) 5,115,466

(3,904,204) (820,780) (951,599) (2,851,031) (5,409,535) (1,131,591) (432,318) (796,273) (198,990) (1,677,902) (899,508) (1,791,089) (20,864,820) (3,581,591)

(2,540,296) (888,564) (911,241) (3,364,032) (4,750,611) (946,518) 1,790,799 (410,475) (196,904) (1,794,992) (1,588,554) (15,601,388) (5,217,541)

(2,023,065) (453,001) (763,879) (56,687) (3,309,755) (4,466,962) (949,775) 2,670,775 (860,969) (177,003) (1,661,350) (1,617,249) (13,668,920) (4,850,766)

11,338,487 665,533 (2,766,506) (657,233) (3,423,739) (12,833) 8,567,447

713,638 740,153 (2,037,796) 1,223,349 (814,447) 15,786 655,130

1,165,315 361,667 (1,299,509) 731,969 (567,540) 66,833 1,026,275

1,692,391 582,858 (1,643,169) 580,278 (1,062,891) 9,514 1,221,872

9.12 1.85 905,023,527 227,186,643 1,132,210,170

0.40 1.29 905,023,527 224,474,975 1,129,498,502

0.81 1.29 905,023,527 224,474,975 1,129,498,502

1.03 1.40 905,023,527 206,310,488 1,111,334,015

A Lei das Sociedades por Aes e o nosso estatuto determinam que paguemos aos nossos acionistas dividendos obrigatrios de pelo menos 25% do nosso lucro lquido ajustado no ano fiscal anterior. Alm disso, nosso estatuto requer que sejam garantidas: (i)s aes preferenciais classe A prioridade na distribuio de dividendos, que sero de 8% sobre o capital ligado a essas aes, por ano e (ii) s aes preferenciais classe B, emitidas a partir de 23 de junho de 1969, prioridade na distribuio de dividendos de 6% sobre o capital ligado a essas aes, por ano. As aes preferenciais devem ainda receber dividendos de 10% sobre os dividendos pagos s aes ordinrias.

10

(Traduo livre do original em ingls)

A tabela abaixo demonstra nossos dividendos declarados nos perodos indicados: Ano 2008 Aes ordinrias ...................................................................... Aes preferenciais classe A................................................ Aes preferenciais classe B................................................ (1) Juros sobre capital prprio. (2) Ajustado pelo grupamento. Em 31 de dezembro de 2008 nosso balano apresentava R$28.900 bilhes de reserva de lucro e R$9,3 bilhes de dividendos acumulados que foram declarados, mas ainda no foram pagos aos acionistas, como permitido pela legislao brasileira. Est em discusso em nosso Conselho de Administrao quando estes dividendos sero pagos. Dessa forma, acreditamos que qualquer deciso acerca do referido pagamento s ser tomada quando o Conselho de Administrao julgar que tal pagamento no causar problema material de liquidez. A tabela a seguir ilustra um resumo dos dividendos/juros sobre o capital prprio declarados por ao nos perodos apresentados, ambos na data declarada e ajustados para o grupamento de aes efetuado em 2007. 1,48 2,17 1,63 2007(1) (R$) 0,40 2,02 1,51 2006(1)(2) 0,13 2,02 1,51 2005(2) 0,17 1,71 1,28

Dividendo por ao Declarado Em 31/12/2004 R$ 0,00028575152 0,00363952476 0,00272964357 Em 31/12/2005 R$ 0,00033824150 0,00343314543 0,00257485907 Em 31/12/2006 R$ 0,00026403571 0,00403899462 0,00302924597 Em 31/12/2007 R$ US$ 0,00010765202 0,00137112898 Equivalente em 20/08/2007 (1) R$ US$ 0,14287576000 0,05382600964 1,81976238000 0,68556448915 Em 21/12/2005 R$ 0,00033864005 0,00431314883 0,00323486162 Em 26/06/2006 R$ 0,00036052899 0,00365936304 0,00277236098 Em 15/06/2007 R$ 0,00027872570 0,00426370961 0,00319778221 Em 30/04/2008 R$(3)

Pago(2) US$ 0,00014616715 0,00186168371 0,00139626278 Pago(2) US$ 0,00016194816 0,00164377102 0,00124533329 Pago(2) US$ 0,00014595261 0,00223265938 0,00167449453 Pago(2) US$ Equivalente em 20/08/2007 (1) R$ US$ 0,16932002500 0,07308357433 2,15657441500 1,61743081000 0,93084185730 0,69813139244

Ordinrias Preferencial A Preferencial B

Ordinrias Preferencial A Preferencial B

0,00102834673 1,36482178500 0,51417336686 Declarado Equivalente em 20/08/2007 (1) US$ R$ US$ 0,00014450442 0,16912075000 0,07225221088 0,00146671741 1,71657271500 0,73335870252

Equivalente em 20/08/2007 (1) R$ US$ 0,18026449500 0,08097407915 1,82968152000 1,38618049000 0,82188550894 0,62266664720

Ordinrias Preferencial A Preferencial B

0,00110003805 1,28742953500 0,55001902636 Declarado Equivalente em 20/08/2007 (1) US$ R$ US$ 0,00012349659 0,13201785500 0,06174829514 0,00188914622 2,01949731000 0,94457311038

Equivalente em 20/08/2007 (1) R$ US$ 0,13936285000 0,07297630518 2,13185480500 1,59889110500 1,11632968791 0,83724726659

0,00141685967 1,51462298500 0,70842983396 Declarado Equivalente em 20/08/2007 (1) US$ R$ US$

Equivalente em 20/08/2007 (1) R$ US$

Ordinrias Preferencial A Preferencial B

0,40155520020 2,01949731106

0,22670084130 1,14012155539

0,40155520020 2,01949731106

0,22670084130 1,14012155539

0,41587767968 2,09152777855 1,56864583289

0,24648985282 1,23964424997 0,92973318687

0,41587767968 2,09152777855 1,56864583289

0,24648985282 1,23964424997 0,92973318687

1,51462298231 0,85509116599 Declarado Em 31/12/2008

1,51462298231 0,85509116599 Pago(2) Em 20/05/2008(3)

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(Traduo livre do original em ingls)R$ US$ R$ US$

Ordinrias Preferencial A Preferencial B

1,48488373396 2,17404437469 1,63053328065

0,63538028839 0,93027144831 0,69770358607

1,548692924 2,267468532 1,703562217

0,662684178 0,970247553 0,728952596

(1) Ajustado pelo grupamento (2) Ajustado pela variao da Selic (3) Assemblia Geral de Acionistas

Controles Cambiais e Taxas de Cmbio Antes de 14 de maro de 2005, havia dois mercados cambiais legais no Brasil: o mercado de cmbio de taxas livres (ou o Mercado Comercial) e o mercado de cmbio de taxas flutuantes (ou o Mercado Flutuante), quando as posies cambiais das instituies financeiras brasileiras no Mercado Cambial e no mercado Flutuante foram unificadas e diferenciadas exclusivamente para fins de regulamentao. O Mercado de Cmbio de Taxas Livres ficou reservado principalmente para as transaes de comrcio exterior e as transaes que geralmente exigiam aprovao prvia das autoridades monetrias brasileiras, como a compra e venda de investimentos registrados por pessoas estrangeiras e a correspondente remessa de recursos para o exterior (inclusive o pagamento do principal e de juros sobre emprstimos, notas, ttulos e outros instrumentos de dvida expressos em moedas estrangeiras e devidamente registrados no Banco Central). A taxa do Mercado de Cmbio de Taxas Flutuantes aplicava-se geralmente a transaes especficas para as quais no era necessria a aprovao do Banco Central. Antes da introduo do Real, em 1994, a taxa do Mercado de Cmbio de Taxas Livres e a taxa do Mercado de Cmbio de Taxas Flutuantes por vezes divergiam significativamente. Entretanto, desde a introduo do Real, as duas taxas no divergiram significativamente. As Resolues Nos 3.265 e 3.266 do CMN, datadas de 4 de maro de 2005, e vigentes desde 14 de maro de 2005, introduziram diversas mudanas no regime cambial brasileiro, as quais incluram: (i) a unificao do Mercado de Cmbio de Taxas Livres e do Mercado de Cmbio de Taxas Flutuantes; (ii) o relaxamento das regras para a aquisio de moeda estrangeira pelos residentes brasileiros; e (iii) a prorrogao do perodo para informar ao Banco Central os rendimentos oriundos das exportaes brasileiras. O mercado unificado e os novos regulamentos visam simplificar as transaes com moeda estrangeira para transaes receptivas e passivas atravs de contratos de cmbio celebrados com instituies locais autorizadas a negociar com moeda estrangeira. Os novos regulamentos permitem, sujeito a certos procedimentos e disposies regulamentares especficos, a compra e venda de moeda estrangeira e a transferncia internacional de Reais, sem qualquer limitao de valores envolvidos contanto que a transao seja legal e prevista pela regulamentao. As compras e vendas de moeda estrangeira continuam sendo realizadas atravs de instituio financeira autorizada a operar no mercado de cmbio. O Real foi introduzido em julho de 1994 e, desde essa data at maro de 1995, o Real teve valorizao em relao ao Dlar americano. Em maro de 1995, o Banco Central introduziu polticas cambiais e estabeleceu uma faixa de comrcio dentro da qual a taxa de cmbio Real/Dlar poderia flutuar, permitindo a desvalorizao gradual do Real em relao ao Dlar americano. Em janeiro de 1999, em resposta presso crescente sobre as reservas cambiais brasileiras, o Banco Central permitiu que o Real flutuasse livremente. Durante 2001 e 2002, o Real teve um declnio em relao ao Dlar americano. Em 2003, a maior taxa ocorreu em Janeiro, chegando a R$3,66 Reais por Dlar americano. Pelo atual sistema cambial de converso livre, o Real pode sofrer mais desvalorizao ou pode valorizar em relao ao Dlar e a outras moedas. Durante 2004, o Real teve uma valorizao de 8,1% em relao ao Dlar e continuou tendo valorizao na primeira metade de 2005. Em 31 de dezembro de 2006, o mercado de cmbio de taxas livres para a compra de Dlares era de R$2,1380 para US$1,00 e, em 31 de dezembro de 2007, era de R$1,7713 para US$1,00. Desde agosto de 2008, o real tem se depreciado substancialmente com relao ao dlar americano, resultado principalmente da crise econmica global atual. No podemos garantir-lhes que o Real no se desvalorizar substancialmente nem continuar se valorizando em relao ao Dlar no futuro prximo.

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(Traduo livre do original em ingls)A tabela a seguir apresenta as taxas mdia, mnima e mxi,a de venda no final do perodo, publicadas pelo Banco Central expressas em Reais por US$ para os perodos e datas indicados.

Ano encerrado em 31 de dezembro de 2004 .................................................. 31 de dezembro de 2005 .................................................. 31 de dezembro de 2006 .................................................. 31 de dezembro de 2007 .................................................. 31 de dezembro de 2008 ..................................................(1)

Final do perodo 2,6544 2,3407 2,1380 1,7713 2,3370

Reais por Dlar Americano Mdia(1) Mnima 2,9257 2,4340 2,1771 1,9483 1,8374 2,6544 2,1633 2,0586 1,7325 1,5593

Mxima 3,2051 2,7621 2,3711 2,1556 2,5004

Representa a mdia das taxas ao final do ms comeando em dezembro do ano anterior at o ultimo ms do perodo indicado.

A tabela a seguir estabelece as taxas, mxima e mnima, para venda no mercado de cmbio/mercado comercial no final do perodo, publicadas pelo Banco Central, expressas em Reais por US$, para os perodos e datas indicados. Reais por Dlar Americano Final do Mnima Mxima perodo 1,5919 1,5919 1,6428 1,5666 1,5641 1,6147 1,6344 1,5593 1,6389 1,9143 1,6447 1,9559 2,1153 1,9213 2,3924 2,3331 2,1210 2,4277 2,3370 2,3370 2,5004 2,3162 2,1889 2,2803 2,3784 2,2446 2,3916 2,3152 2,2375 2,4218 2,1783 2,1699 2,2899 1,9730 1,9730 2,1476 1,9396 1,9301 2,0074

Ms Junho de 2008 ..................................................................................... Julho de 2008.......................................................................... Agosto de 2008 ................................................................................... Setembro de 2008 ............................................................................... Outubro de 2008 ................................................................................. Novembro de 2008.............................................................................. Dezembro de 2008 .............................................................................. Janeiro de 2009 ...................................................................... Fevereiro de 2009 ................................................................... Maro de 2009 ....................................................................... Abril de 2009 ......................................................................... Maio de 2009 ......................................................................... Junho de 2009(at 26 de junho de 2009).............................................

A lei brasileira estipula que, sempre que existir um desequilbrio srio na balana de pagamentos do Brasil ou existirem motivos para prever um desequilbrio srio, podem ser impostas restries temporrias sobre remessas de capital estrangeiro para o exterior. No podemos garantir-lhe que essas medidas no sero tomadas pelo Governo brasileiro futuramente. Vide Item 3.D, Fatores de Risco Riscos Referentes ao Brasil. Mantemos atualmente nossos controles e registros financeiros em Reais. Para facilidade de apresentao, entretanto, certas informaes financeiras consolidadas contidas neste relatrio foram apresentadas em Dlares americanos. Vide Item 8, Informaes Financeiras. B. Capitalizao e Endividamento No aplicvel.

C. Razes para a Proposta e uso dos Recursos No aplicvel. D. Fatores de Risco

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(Traduo livre do original em ingls)Riscos Relacionados nossa Empresa Algumas de nossas concesses tm previso de expirar em 2015 e atualmente a lei brasileira no nos permite renovar tais concesses; se no conseguirmos renovar aquelas concesses nossos resultados operativos podero ser afetados de forma negativa. Desenvolvemos as atividades de gerao, transmisso e distribuio de acordo com os contratos de concesso firmados com o Governo Brasileiro atravs da ANEEL. O intervalo de durao dessas concesses varia de 20 a 35 anos. Nossos contratos de concesso com as datas de vencimento mais prximas expiram em 2015 e j foram renovadas uma vez (veja Item 4.B. Viso Geral do Negcio), exceto Samuel, Serra da Mesa and Corumb I, que expiram em Setembro de 2009, Maio de 2011 e Novembro de 2014, respectivamente. Ns requerimos uma renovao para Samuel e Serra da Mesa e no momento aguardamos aprovao da ANEEL. Essas concesses (expirando em 2015, ou antes) representam aproximadamente 91,15% da energia assegurada de nossa subsidiria Chesf e 48,17% da energia assegurada de nossa subsiria Furnas. Chesf e Furnas representam 19,7% e 18%, respectivamente, dos nossos ativos intangveis em 31 de dezembro de 2008. Para mais detalhes, sobre Chesf e Furnas, ver Item 4 Informaes sobre a Empresa - Estrutura Organizacional. Atualmente, a Lei No. 10.848 de 2004 permite que as concesses sejam renovadas somente uma vez. No entanto, existem grupos de trabalho examinado propostas para mudanas desta lei. Se a lei no for mudada, ns no poderemos renovar certas concesses e teremos que participar de leiles para obter essas concesses novamente. Se ns no pudermos renovar nenhuma dessas concesses e no conseguirmos ganhar nenhum desses leiles, ns perderemos as atividades derivadas dessas concesses, o que afetaria adversamente nossa condio financeira e resultados operacionais. Somos controlados pelo Governo Brasileiro, cujas atuais polticas e prioridades afetam diretamente nossas operaes. O Governo Brasileiro, na qualidade de nosso acionista controlador, tem perseguido (e pode continuar perseguindo) alguns de seus objetivos macroeconmicos e sociais utilizando os recursos do Governo Brasileiro por ns administrados. Estes recursos so o Fundo de RGR, a Conta CCC e a Conta CDE. O Governo Brasileiro tem tambm o poder de nomear oito dos 10 membros do Conselho de Administrao e, por meio deles, uma maioria dos dirigentes responsveis por nossa administrao diria. Dessa forma, o Governo Brasileiro exigiu, e pode exigir no futuro, que faamos investimentos, incorramos custos e nos envolvamos em transaes que sejam consistentes com os objetivos, em lugar de maximizarmos nossos lucros. Como uma companhia controlada pelo Governo Brasileiro, estamos sujeitos Lei *.666, de 21 de junho de 1993 (Lei das Licitaes), de acordo com a qual a licitao de bens e servios determinada pro preo, significando que devemos selecionar o menor preo para o fornecimento de tais bens e servios. Apesar disso existem algumas excees regra do menor preo da Lei de Licitaes, que so limitadas. Assim, estamos sujeitos a contratao de bens e servios de qualidade mais baixa, o que pode afetar adversamente nosso resultado operacional. Ns estamos sujeitos a regras que limitam o emprstimo para as empresas so setor pblico e talvez no obtenhamos fundos suficientes para completar nosso programa de gastos de capital. Nosso oramento atual indica investimentos de, aproximadamente, R$ 7,2 bilhes em 2009. Ns no podemos garantir que iremos financiar nosso programa de investimentos nem nosso fluxo de caixa ou recursos externos. Alm disso, como uma empresa controlada pelo Estado, ns estamos sujeitos a certas regras que limitam nosso endividamento e investimento e devemos submeter nossa proposta de oramento anual, incluindo estimativas de montante e fontes de financiamento, para o Ministrio de Planejamento, Oramento e Gesto e para o Congresso Brasileiro para aprovao. Por isso, se as nossas operaes no falharem dos parmetros e condies estabelecidas por essas regras e pelo governo Brasileiro, ns teremos dificuldade em obter as autorizaes financeiras necessrias, o que pode criar dificuldades em obter financiamentos. Se no recebermos esses financiamentos, nossa capacidade de investimento em expanso e manuteno pode ser adversamente impactada, o que pode afetar a execuo na nossa estratgia de crescimento, particularmente projetos de grande escala como a construo da nova usina nuclear, Angra III. Temos algumas subsidirias cujo desempenho pode influenciar nossos resultados. Conduzimos nossas atividades principalmente atravs de nossas subsidirias operacionais, que incluem a Eletronorte, CGTEE, Eletronuclear, Itaipu, Chesf, Furnas e Eletrosul. Nossa capacidade de cumprir com nossas obrigaes financeiras est, portanto, relacionada parcialmente ao fluxo de caixa e rendimentos dessas subsidirias e distribuio ou a outro pagamento desses rendimentos em nosso favor na forma de dividendos, emprstimos ou outros adiantamentos e pagamentos. Algumas de nossas subsidirias esto, ou podem futuramente estar, sujeitas a contratos de emprstimos que probam ou limitem a transferncia de recursos para ns na forma de dividendos, emprstimos e adiantamentos e/ou exijam que qualquer dvida dessas subsidirias para conosco esteja subordinada dvida decorrente desses contratos de emprstimo. Nossas subsidirias so entidades jurdicas separadas e distintas. Qualquer direito que tenhamos de receber

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(Traduo livre do original em ingls)ativos de qualquer subsidiria quando de sua liquidao ou reorganizao, estar efetivamente subordinado s reivindicaes dos credores daquela subsidiria (incluindo autoridades tributrias, credores comerciais e emprestadores dessas subsidirias), exceto se for um credor daquela subsidiria, caso em que nossas reivindicaes ainda assim estariam subordinadas a qualquer garantia nos ativos daquela subsidiria e dvida daquela subsidiria superior quela por ns mantida. Os valores que recebemos da Conta de Consumo de Combustvel podero diminuir futuramente. O Governo Brasileiro introduziu a Conta de Consumo de Combustvel, ou Conta CCC, em 1973. A finalidade desta conta gerar reservas financeiras pagveis s empresas de distribuio e algumas das empresas de gerao (todas as quais devem fazer contribuies anuais para a Conta CCC) para cobrir alguns dos custos da operao das usinas termeltricas, na hiptese de condies hidrolgicas adversas. Embora o Governo Brasileiro tenha anunciado que essa conta deve ser gradativamente desativada, ns (juntamente com outras empresas na indstria) continuamos recebendo pagamentos dela. Em perodos recentes, os valores por ns recebidos em reembolsos da Conta CCC ultrapassaram nossas contribuies para ela. Entretanto, no podemos assegurar que continuaremos recebendo reembolsos dessa conta (em valores superiores ou iguais s nossas contribuies), e qualquer reduo nos valores recebidos pode afetar adversamente o resultado de nossas operaes. Vide Item 4.B, Viso Geral das Atividades A Indstria Brasileira de Energia Cobranas Regulamentares. Como resultado do fato de que muitos de nossos ativos serem provavelmente considerados ativos dedicados prestao de um servio pblico essencial, eles no estaro disponveis para liquidao na hiptese de falncia e no podem estar sujeitos a embargo para garantir uma sentena. Em 9 de fevereiro de 2005, o Governo Brasileiro promulgou a Lei No 11.101, ou a Nova Lei de Falncias. A Nova Lei de Falncias, que entrou em vigor em 9 de junho de 2005, rege a recuperao judicial, a recuperao extrajudicial e a falncia, e substitui o processo judicial de reorganizao da dvida conhecido como concordata, para a recuperao judicial e a recuperao extrajudicial. A Nova Lei de Falncia estipula que suas disposies no se aplicam s empresas pblicas e sociedades de economia mista, como a Eletrobrs. Entretanto, a Constituio Federal Brasileira estabelece que as sociedades de economia mista, como a Eletrobrs, que realizarem atividades econmicas, estaro sujeitas ao regime jurdico aplicvel a empresas privadas com relao a questes civis, comerciais, trabalhistas e tributrias. Dessa forma, no est claro se as disposies referentes recuperao judicial e extrajudicial e falncia da Nova Lei de Falncias se aplicaro ou no a ns. Acreditamos que uma parte substancial de nossos ativos, inclusive nossos ativos de gerao, nossa rede de transmisso e nossa rede de distribuio limitada, seria considerada pelos tribunais brasileiros como sendo dedicada prestao de um servio pblico essencial. Dessa forma, estes ativos no estariam disponveis para liquidao na hiptese de falncia ou disponveis para embargo para garantir uma sentena. Em qualquer um dos casos, estes ativos reverteriam para o Governo Brasileiro em conformidade com a lei brasileira e os termos de nossos contratos de concesso. Embora o Governo Brasileiro ficasse, nessas circunstncias, na obrigao de nos compensar com relao reverso desses ativos, no podemos assegurar-lhes de que o nvel de compensao recebido seria igual ao valor de mercado dos ativos e, dessa forma, nossa condio financeira e os resultados das operaes podem ser afetados. Podemos ser responsabilizados caso haja um acidente nuclear envolvendo nossa subsidiria Eletronuclear. Nossa subsidiria, Eletronuclear, como operadora de duas usinas de energia nuclear, est sujeita a ser responsabilizada, de acordo com a lei brasileira, por danos no Brasil na hiptese de um acidente nuclear. A Conveno de Viena sobre Responsabilidade Civil por Acidentes Nucleares (ou a Conveno de Viena), tornou-se obrigatria pela lei brasileira em 1993. A Conveno de Viena estipula que um operador de uma usina nuclear, como a Eletronuclear, em uma jurisdio que seja parte da mesma e que tiver adotado legislao para a implementao da Conveno de Viena, estar sujeito a responsabilidade por danos em um montante ilimitado na hiptese de um acidente nuclear (exceto em certas excees limitadas), sujeito ao direito de qualquer jurisdio adotar legislao que estabelea limites a essa responsabilidade. A Eletronuclear regulada por diversas agncias governamentais e agncias estatais. As usinas Angra I e Angra II da Eletronuclear esto atualmente seguradas em um valor global de US$93 milhes na hiptese de um acidente nuclear (vide Item 4.B, Viso Geral Comercial Gerao Usinas Nucleares). No podemos assegurar que esta cobertura ser suficiente na hiptese de um acidente nuclear. Ns no temos fonte alternativa de suprimento de matria-prima usada pelas nossas usinas trmicas e nucleares Nossas usinas trmicas operam com carvo e/ou leo combustvel e nossas usinas nucleares operam com urnio processado. Em cada caso, somos totalmente dependentes de terceiros para proviso dessas matrias-primas porque no

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(Traduo livre do original em ingls)produzimos. Se por alguma razo essas matrias-primas no estiverem disponveis, no teremos fonte alternativa de suprimento e, dessa forma, a gerao de energia eltrica pelas usinas trmicas e nucleares sero afetadas adversamente. Nossa subsidiria, Eletronorte, tem fornecido historicamente eletricidade com prejuzo e nossa capacidade de amenizar este prejuzo no futuro pode estar limitada. Como resultado de nossa condio de sociedade de economia mista e para apoiar os objetivos de desenvolvimento do governo, nossa subsidiria, Eletronorte, tem operado historicamente alguns sistemas isolados na regio norte do Brasil, fornecendo eletricidade a preos abaixo do custo de gerao. Apesar de a Eletronorte ter negociado contratos de fornecimento e tarifas aplicveis com o objetivo de reduzir essas perdas no futuro, as mudanas nas nossas operaes nas reas isoladas do Brasil somente podero ser implementadas de forma muito gradativa. Igualmente, a Eletronorte continua dependente das compras de leo combustvel para poder gerar eletricidade em suas usinas isoladas e est impossibilitada de distribuir a eletricidade que gerada pelo sistema eltrico Interligado, afetando adversamente sua lucratividade. Foram realizadas discusses com relao s propostas para conexo das usinas de propriedade da Eletronorte ao sistema eltrico Interligado e supri-las com gs natural por meio de um gasoduto a partir dos campos de gs na regio amaznica. Entretanto, no podemos assegurar-lhes que qualquer uma destas propostas ser implementada e, dessa forma, existe um risco de que as perdas lquidas atribudas Eletronorte possam continuar afetando nossa lucratividade e o resultado de nossas operaes. Podemos incorrer em perdas e despender tempo e dinheiro defendendo contencioso pendentes e arbitragem.

Existem diversos processos contra ns nas reas civil, administrativas, ambiental, trabalhista e fiscal. Essas reinvidicaes envolvem quantias substanciais de dinheiro e outros recursos. Diversos litgios individuais respondem por uma parte significante do montante total das reinvidicaes contra ns. Ns fizemos provises para todos os montantes em disputa que representem uma perda provvel no ponto de vista de nossos consultores legais e com relaa s disputas que so cobertas por leis, decretos administrativos, decretos ou decises de tribunal que se provaram desfavorveis. Em 31 de Dezembro de 2008, ns provisionamos umsa quantia total agregada de, aproximadamente, R$ 3.532 milhes com respeito aos nossos procedimentos legais (mais depsitos judiciais de R$ 921 milhes), dos quais R$ 242 milhes esto relacionados processos fiscais, R$ 2.965 milhes relacionados processos civis e R$ 1.246 milhes ligados processos trabalhistas. Ver Item 8.A Demonstrativos Financeiros Consolidados e Outras Informaes Litgios). No caso dos processos que envolvam uma quantia substancial, e da qual ns no tenhamos proviso, tenha uma sentena desfavorvel para ns, ou no caso das perdas estimadas resultarem valores significativamente superiores s provises feitas, o custo agregado das decises desfavorveis podem nos afetar adversamente de forma substancial nossas condies financeiras e o nosso resultado operacional. Alm disso, nossa administrao pode ser requisitada despender tempo e ateno na defesa desses processos, o que poderia desvi-los do foco no nosso negcio principal. Dependendo do resultado, certos litgios podem resultar em restries operacionais e ter um efeito adveros substancial em algum de nossos negcios principais. Nossa cobertura de seguros pode ser insuficiente para cobrir perdas potenciais Nosso negcio, em geral, est sujeito a diversos riscos e perigos, incluindo acidentes industriais, disputas trabalhistas, condies geolgios inesperadas, mudanas no ambiente regulatio, riscos ecolgicos e meteorolgicos, alm de outros fenmenos naturais. Nosso seguro cobre somente parte das perdas que podem ocorrer. Ns temos seguro em quantias que acreditamos ser adequada para cobrir danos de incndio, responsabilidade por acidentes de terceiros e riscos operacionais em nossas usinas. Se ns formos incapazes de renovar nossas aplices de seguro em algum momento, ou surgirem perdas, ou outros sinistros ocorram que no estejam cobertos por um seguro ou que excedam o nosso limite de seguro, ns podemos estar sujeitos a substancias perdas adicionais inesperadas. A sentena pode no ser executvel contra nossos diretores ou dirigentes. Todos os nossos diretores e dirigentes mencionados neste relatrio residem no Brasil. Ns, nossos diretores e dirigentes e os membros de nosso conselho fiscal, no concordamos em aceitar servio de processo nos Estados Unidos. Substancialmente, todos os nossos patrimnios, assim como os patrimnios dessas pessoas, esto localizados no Brasil. Como resultado, no pode ser possvel efetuar o servio de processo nos Estados Unidos ou em outra jurisdio fora do Brasil a essas pessoas, embargar seu patrimnio, ou process-las ou nos processar nos tribunais dos Estados Unidos, ou

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(Traduo livre do original em ingls)nos tribunais de outras jurisdies fora do Brasil, sentenas proferidas com base das disposies de responsabilidade civil das leis de ttulos dos Estados Unidos ou as leis de outras jurisdies. Riscos Relacionados ao Brasil Condies macroeconmicas globais e no Brasil esto mais fracas e nosso negcios e resultados das operaes so adversamente afetados enquanto essas condies persistirem. A atual volatilidade e a inquietao global do mercado tm sido acompanhadas pelo agravamento dos dados econmicos nas maiores economias mundiais. Substancialmente, toda a nossa receita gerada pelas nossas operaes no Brasil, e mantendo a tendncia global, a economia Brasileira tem se enfraquecido desde o terceiro trimestre de 2008. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), o PIB descresceu 3,6% no quarto trimestre de 2008 comparado com o trimestre fiscal anterior, o que foi o declnio trimestral mais significante no PIB desde 1996. A taxa de desemprego tambm cresceu nesses meses recentes, alcanando 8,9% em Abril de 2009 de acordo com o IBGE. A volatilidade recente nos preos de comodities tambm impactou certas indstrias chaves no Brasil. De acordo com uma pesquisa com instituies financeiras feita pelo Banco Central em fevereiro de 2009, a taxa de crescimento do PIB est prevista para decrescer ou chegar quase a zero em 2009. O enfraquecimento das condies econmicas no Brasil podem impedir a capacidade de alguns de nossos consumidores livres de nos pagar os montantes devidos por fora de dos contratos e/ou alguns desses clientes solicitarem renegociaes dos termos dos contratos aplicveis. Alm disso, o enfraquecimento das condies econmicas podem limitar nossa capacidade de executar nossa estratgia de atuar do mesmo modo que faramos em um perodo de economia em crescimento e estabilidade. Assim, por enquanto essas condies persistirem, os nossos resultados das operaes podem ser afetados adversamente. O Governo Brasileiro exerceu, e continua exercendo, influncia significativa sobre a economia brasileira. As condies econmicas e polticas brasileiras tm um impacto direto sobre nossas atividades, nossa condio financeira, resultados das operaes e as perspectivas. A economia brasileira tem sido caracterizada pelo envolvimento significativo do Governo Brasileiro, que muda freqentemente as polticas monetrias, de crdito e outras para influenciar a economia do Brasil. As aes do Governo Brasileiro para controlar a inflao e por em prtica outras polticas tm envolvido com freqncia controles de salrios e de preos, desvalorizao do Real, controles sobre remessas de recursos para o exterior, interveno pelo Banco Central para afetar as taxas bsicas de juros e outras medidas. No temos controle sobre, e no podemos prever que medidas ou polticas que o Governo Brasileiro possa tomar no futuro. Nossas atividades, condio financeira, resultados das operaes e perspectivas podem ser afetadas adversamente pelas mudanas nas polticas do Governo Brasileiro, bem como fatores gerais incluindo, sem limitao: crescimento econmico brasileiro; inflao; taxas de juros; variaes nas taxas cambiais; polticas de controle cambial; liquidez do capital nacional e mercados de emprstimo; poltica fiscal e mudanas nas leis tributrias; e outras diretrizes polticas, diplomticas, sociais e econmicas ou desenvolvimentos no Brasil ou que o afetem.

As mudanas e as incertezas com relao implementao das polticas acima relacionadas podem contribuir para a incerteza econmica no Brasil, aumentando, assim, a volatilidade do mercado brasileiro de ttulos e o valor dos ttulos brasileiros comercializados no exterior.

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(Traduo livre do original em ingls)A estabilidade do Real afetada por sua relao com o Dlar americano, inflao e a poltica do Governo Brasileiro referente s taxas cambiais. Nosso negcio pode ser adversamente afetado por qualquer recorrncia de volatilidade que afete nossos recebveis e obrigaes relacionadas moeda estrangeira. A moeda brasileira passou por graus elevados de volatilidade no passado. Apesar do real ter se apreciado com relao ao dlar em 2005, 2006 e 2007, o real experenciou uma significativa flutuao em 2008, variando de R$1,559 por U.S.$1,00 para R$2,500 por U.S.$1,00, e terminou o ano a R$2,337 por U.S.$1,00, o que representa uma depreciao material da mdia do ano de R$1,837 por U.S.$1,00 e a moeda brasileira tem sofrido historicamente freqentes desvalorizaes e depreciaes. Apesar de, em longo prazo, as desvalorizaes ou depreciaes da moeda brasileira estarem usualmente correlacionadas ao ndice de inflao no Brasil, as depreciaes da moeda brasileira em perodos mais curtos de tempo resultaram em flutuaes significativas no valor da moeda brasileira. A relao da moeda do Brasil com o valor do Dlar americano, as taxas relativas de desvalorizao ou depreciao da moeda brasileira e as taxas vigentes de inflao afetaram, e podem no futuro afetar, nossos resultados financeiros. O Real pode no manter seu valor atual ou o Governo Brasileiro pode implementar mecanismos para controle cambial. Qualquer interferncia governamental na taxa de cmbio, ou a implementao de mecanismos de controle cambial, pode levar a uma depreciao do Real, o que poderia reduzir o valor de nossos recebveis e tornar nossas obrigaes relacionadas a moeda estrangeira mais dispendiosas. Exceto com relao s nossas receitas e recebveis expressos em Dlares americanos, essa desvalorizao pode afetar adversamente nossas atividades, operaes e perspectivas. Inflao, e as medidas do Governo Brasileiro para reduzir a inflao, podem contribuir significativamente para a incerteza econmica no Brasil e ter um impacto adverso sobre nossos resultados operacionais. O Brasil tem passado historicamente por taxas elevadas de inflao. A inflao e algumas medidas do Governo Brasileiro tomadas em uma tentativa de reduzir a inflao tm tido efeitos negativos significativos sobre a economia brasileira de forma geral. A inflao, as polticas adotadas para conter as presses inflacionrias e as incertezas com relao a uma possvel interveno governamental futura tm contribudo para a incerteza econmica. Desde a introduo do Real em 1994, a taxa de inflao do Brasil tem sido substancialmente mais baixa do que nos perodos anteriores. Persistem, entretanto, as presses inflacionrias. De acordo com o ndice Geral de Preos Mercado, IGP-M, as taxas gerais de inflao sobre os preos foram de 3,8% em 2006, 7,75% em 2007 e 9,81% em 2008. De acordo com o ndice de Preos ao Consumidor Amplo, ou IPCA, as taxas de inflao brasileiras sobre os preos foram de 3,1% em 2006, 4,5% em 2007 e 5,9% em 2008. Se o Brasil passar por nveis elevados de inflao no futuro, as presses dos custos inflacionrios podem levar a uma maior interveno do governo, inclusive a introduo de polticas que podem afetar adversamente nossas atividades, condio financeira, resultados das operaes e perspectivas. O valor de Mercado dos ttulos emitidos pelas empresas brasileiras influenciado pela percepo de risco no Brasil e pelo risco de outras economias emergentes. Eventos adversos na economia brasileira e nas condies de mercado de outros mercados emergentes, especialmente na Amrica Latina, podem afetar adversamente os preos de mercado de ttulos emitidos pelas empresas brasileiras. Mesmo se as condies econmicas nestes pases diferirem consideravelmente das condies econmicas predominantes no Brasil, as reaes dos investidores a eventos nesses pases podem ter um efeito negativo sobre os preos de mercado de ttulos de emitentes brasileiros. Como conseqncia de problemas econmicos em diversos pases com mercado emergente nos ltimos anos (como a crise financeira na Argentina que teve incio em 2001), os investidores tem examinado os investimentos nos mercados emergentes com extrema precauo. Estas crises podem resultar que as empresas brasileiras que enfrentam custos mais elevados para obterem recursos, sejam impedidos dessa forma a acessar os mercados de capital. Recentemente, os ndices do mercado emergente tiverem um declnio devido incerteza econmica global e aos sinais de presses inflacionrias nos Estados Unidos. A economia brasileira afetada por condies econmicas globais gerais, especialmente as dos Estados Unidos (incluindo os nveis das taxa de juros dos EUA e o comportamento dos principais ndices de aes nos EUA). No existe garantia de que os mercados de capital internacionais permaneam abertos s empresas brasileiras ou que os custos de financiamento nesses mercados sero vantajosos para ns.

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(Traduo livre do original em ingls)Estes fatores podem afetar o preo de comercializao de nossas aes ordinrias e preferenciais e ADSs e podem tornar mais difcil para ns o acesso aos mercados de capital e ao financiamento das operaes futuras. Riscos Relativos Indstria Energtica Brasileira No podemos prever se a nova Lei de Energia ser sustentada. Se no for, ns podemos enfrentar um maior grau de incerteza e maiores custos de realinhamento das nossas operaes. Em 2004, o governo brasileiro promulgou a Nova Lei de Energia, legislao esta que o novo marco regulatrio do setor de energia no Brasil. Ns alinhamos nossos negcios a essa nova estrutura legislativa. No entanto, a constitucionalidade desta lei est sendo questionada na Suprema Corte, e esta ainda no deu seu entendimento final, apesar de j ter negado, por maioria de votos, a suspenso da citada legislao enquanto sua constitucionalidade debatida. Se a Suprema Corte decidir que a lei inconstitucional, haver dvida acerca de qual estrutura legislativa apropriada para o setor, o que afetar adversamente nossos negcios. Alm disso, no temos como prever os termos de um possvel marco regulatrio que substitua a Nova Lei de Energia. Dessa forma, poderemos enfrentar custos de realinhamento dos nossos negcios nova estrutura legislativa, o que afetar adversamente nossos resultados financeiros. Podemos ser penalizados pela ANEEL por deixarmos de cumprir com os termos de nossos contratos de concesso e podemos no recuperar o valor integral de nosso investimento na hiptese de qualquer um de nossos contratos de concesso ser cancelado. Realizamos nossas atividades de gerao, transmisso e distribuio em conformidade com contratos de concesso celebrados com o Governo Brasileiro atravs da ANEEL. Estas concesses variam em termos de durao de 30 a 35 anos (o contrato de concesso com a data de expirao mais prxima expira em 2027). A ANEEL pode impor-nos penalidades na hiptese de deixarmos de cumprir com qualquer alienao de nossos contratos de concesso. Dependendo da gravidade de nosso no-cumprimento, essas penalidades podem incluir multas substanciais (em alguns casos at dois por cento de nossas receitas no ano fiscal imediatamente anterior avaliao) e restries a nossas operaes. A ANEEL pode tambm cancelar nossas concesses antes de seu vencimento na hiptese de deixarmos de cumprir com suas disposies, termos nossa falncia decretada ou sermos dissolvidos, ou na hiptese da ANEEL determinar que esse cancelamento atenderia ao interesse pblico (vide Item 4.B, Viso Geral das Atividades Gerao Concesses). Acreditamos que estamos atualmente atendendo a todos os termos materiais de nossos contratos de concesso. Entretanto, no podemos assegurar-lhes de que no seremos penalizados pela ANEEL pela violao de nossos contratos de concesso ou que nossas concesses no sero canceladas futuramente. Na hiptese da ANEEL cancelar qualquer uma de nossas concesses antes de seu prazo de vencimento, a compensao que recuperarmos pela parte no amortizada de nosso investimento pode no ser suficiente para que recuperemos o valor integral de nosso investimento e, dessa forma, podemos ter um efeito adverso sobre nossa condio financeira e resultados das operaes. Estamos sujeitos a leis e regulamentos de segurana, sade e ambientais que podem tornar-se mais rigorosos no futuro e podem resultar em mais responsabilidades e mais dispndios de capital. Nossas operaes esto sujeitas a legislao federal, estadual e local abrangentes sobre segurana, sade e ambiental, bem como superviso por parte de agncias do Governo Brasileiro responsveis pela implementao dessas leis. Entre outras coisas, estas leis exigem que obtenhamos licenas ambientais para a construo de nossas instalaes ou a instalao e operao de novo equipamento necessrio s nossas atividades. As regras so complexas e podem mudar no transcorrer do tempo, tornando nossa capacidade de cumprir com as exigncias aplicveis mais difcil ou at mesmo impossvel, impedindo assim, nossas operaes permanentes ou futuras de gerao, distribuio e transmisso. Por exemplo, o Ministrio do Meio Ambiente exige que atendamos a 33 passos relacionados a sade e segurana para podermos receber uma permisso para operao de nossos projetos no rio Madeira. Observamos uma tendncia para exigncias maiores sobre sade e segurana em nossa indstria. Alm disso, indivduos, organizaes no-governamentais e o pblico tm certos direitos de iniciar processos legais para obter liminares para suspender ou cancelar o processo de licenciamento. Da mesma forma, as agncias do Governo Brasileiro podem tomar medidas para execuo contra ns por qualquer falha no cumprimento das leis aplicveis. Essa ao de execuo pode incluir, entre outras coisas, a imposio de multas, revogao de licenas e a suspenso das operaes. Essas falhas podem ainda resultar em responsabilidade criminal, independentemente da responsabilidade estrita de realizar reparao ambiental e indenizar terceiros pelo dano ambiental. No podemos prever com preciso o efeito que o cumprimento de regulamentos ambientais avanados, de sade ou segurana, possa ter sobre nossas atividades. Se no garantirmos as permisses apropriadas, nossa estratgia de crescimento ser significativamente afetada.

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(Traduo livre do original em ingls)Os regulamentos ambientais requerem que realizemos estudos do impacto ambiental sobre os projetos futuros e obtenhamos as permisses regulamentares. Devemos realizar estudos de impactos ambientais e obter permisses regulamentares para nossos projetos atuais e futuros. No podemos assegurar-lhes de que quaisquer estudos sobre impacto ambiental sero aprovados pelo Governo Brasileiro, de que a oposio pblica no resultar em atrasos ou modificaes de qualquer projeto proposto ou que as leis ou regulamentos no mudaro ou sero interpretados de uma forma que possa afetar adversamente nossas operaes ou planos para os projetos nos quais tenhamos um investimento. Vemos a preocupao pela proteo ambiental como uma tendncia crescente em nossa indstria. As mudanas nos regulamentos ambientais, ou as mudanas na poltica de cumprimento de regulamentos ambientais existentes, podem afetar adversamente o resultado de nossas operaes ao atrasarem a implementao dos projetos de eletricidade, aumentando os custos de expanso, ou sujeitando-nos a multas regulamentares pelo no cumprimento dos regulamentos ambientais. Somos afetados pelas condies hidrolgicas e se as condies hidrolgicas ruins dos anos recentes voltarem a ocorrer, nossos resultados operacionais sero afetados como se recursos no hidrolgicos fossem usados. As condies hidrolgicas vigentes podem afetar adversamente nossas operaes de algumas formas diferentes, nem todas previsveis. Por exemplo, as condies hidrolgicas que resultam em baixa capacidade de gerao de eletricidade no Brasil podem ocasionar, entre outras coisas, a implementao de programas amplos de conservao de eletricidade, incluindo redues obrigatrias na gerao ou consumo de eletricidade. O perodo mais recente de baixa precipitao pluviomtrica ocorreu nos anos anteriores a 2001 e, como resultado, o Governo Brasileiro instituiu um programa para reduzir o consumo de eletricidade, de 1o de junho de 2001 a 28 de fevereiro de 2002. Uma nova ocorrncia de condies hidrolgicas desfavorveis, que resultam em uma baixa oferta de energia para o mercado brasileiro, pode causar, entre outras coisas, a implementao de um amplo programa de conservao de eletricidade, incluindo um mandato de reduo no consumo de eletricidade. As condies hidrolgicas no final de 2007 e incio de 2008 tm sido fracas, impactando particularmente os nveis dos reservatrios nas regies nordeste e sudeste do Brasil. Uma continuao prolongada destas condies fracas pode levar a um maior uso de outras fontes de gerao de eletricidade. Na hiptese de escassez de eletricidade, o Governo Brasileiro determina uma maior produo de eletricidade pelas usinas trmicas, usinas hidreltricas e o componente mais significativo de nossa atividade de gerao e, dessa forma, somos particularmente afetados quando as condies hidrolgicas so fracas. Nossa capacidade de gerao pode ser ainda afetada por eventos como inundaes que podem danificar nossas instalaes. Isto pode, por sua vez, afetar adversamente nossa condio financeira e os resultados das operaes. A construo, expanso e operao de nossas instalaes e equipamentos para a gerao, transmisso e distribuio de eletricidade envolve riscos significativos que podem levar perda de receitas ou ao aumento de despesas. A construo, expanso e operao de instalaes e equipamentos para a gerao, transmisso e distribuio de eletricidade envolve muitos riscos, incluindo: a incapacidade de obter permisses e aprovaes necessrias do governo; a indisponibilidade de equipamento; interrupes no suprimento; paralisaes das obras; inquietao da mo de obra; inquietao social; interrupes ocasionadas pelas condies do tempo e hidrolgicas; problemas imprevistos de engenharia e ambientais; aumentos das perdas de eletricidade, incluindo perdas tcnicas e comerciais;

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(Traduo livre do original em ingls) atrasos na construo e operao, ou aumentos nos custos previstos; e indisponibilidade de custeio adequado.

Se passarmos por estes problemas, poderemos no conseguir gerar e distribuir eletricidade nos montantes consistentes com nossas projees, o que poder ter um efeito adverso sobre nossa condio financeira e o resultado das operaes. No temos garantia de alguns destes riscos, inclusive riscos meteorolgicos. Somos estritamente responsveis por quaisquer danos resultantes do fornecimento inadequado de eletricidade para as companhias de distribuio, e nossas aplices de seguro contratadas podem no abranger esses danos. Pela lei brasileira, somos estritamente responsveis pelos danos diretos e indiretos resultantes do fornecimento inadequado de eletricidade para as empresas de distribuio, como interrupes sbitas ou perturbaes decorrentes dos sistemas de gerao, distribuio ou transmisso. Conseqentemente, podemos ser responsabilizados pelos danos mesmo no estando inadimplentes. Como resultado da incerteza inerente envolvida nestas questes, no mantemos quaisquer provises com relao a potenciais danos. As responsabilidades decorrentes destas interrupes ou perturbaes que no estejam cobertas por nossas aplices de seguro ou que ultrapassem os limites de cobertura dessas aplices podem resultar em custos adicionais significativos para ns e podem afetar adversamente nossa condio financeira e os resultados das operaes. No h proviso relacionada a este risco devido incerteza envolvida. Ns no temos experincia em preparar as demonstraes financeiras segundo as normas de contabilidade americanas (US GAAP) e nos falta mo-de-obra habilitada para faz-lo. Historicamente nossas demonstraes financeiras so preparadas de acordo com as prticas contbeis adotadas no Brasil, os padres de contabilidade determinados pelo Instituto dos Auditores Independentes do Brasil e pelas normas e procedimentos da CVM. No temos os dados financeiros em US GAAP para nenhum perodo anterior a 31 de dezembro de 2004. Por causa disso, no possumos pessoal com experincia em fazer o US GAAP. Na data desta Declarao de Registro, ns usamos o servio terceirizado de uma firma de consultoria para nos auxiliar na preparao do US GAAP. Se ns no conseguirmos desenvolver esta habilidade internamente ou atravs de novas contrataes, ns poderemos enfrentar desafios em algumas tarefas como, por exemplo, em fazer as alteraes requeridas pelo US GAAP ao consolidar os resultados das nossas subsidirias. Apesar de planejarmos treinar e/ou contratar pessoal capaz para fazer o US GAAP aps a nossa listagem na Bolsa de Valores de Nova York, no podemos garantir quando ns conseguiremos faz-lo. Se ns no conseguirmos treinar, contratar e manter esse pessoal, a preparao de nossas demonstraes financeiras de acordo com as prticas contbeis americanas, de forma consistente e em tempo hbil, poder ser prejudicada. Riscos Relativos s nossas Aes e ADRs Voc pode no receber dividendos no pagos. Para os anos de 1979, 1980, 1981, 1982, 1983, 1984, 1989, 1996 e 1998, acumulamos dividendos no pagos relacionados s aes ordinrias. O valor era originalmente de R$887 milhes mas, aps o ajuste pela inflao utilizando-se a taxa Selic, registramos atualmente aproximadamente R$ 9,3 bilhes em nosso balancete como Remunerao e dividendos dos acionistas. Este dinheiro no devido a acionistas individuais at que seja declarado um dividendo, o que ainda no ocorreu. Quando um dividendo for declarado, nossos acionistas ento correntes tero direito a receb-lo. Pela lei das Sociedades Annimas brasileira, no existe nenhuma data at qual estes dividendos devam ser pagos. Nossa administrao est considerando atualmente esta questo mas, caso no seja declarada uma data para pagamento destes dividendos, os titulares de nossas aes ordinrias (e nossas ADSs relacionadas) no os recebero. Os dividendos para os anos aps 1998 foram declarados e pagos aos nossos acionistas. Ns podemos receber publicidade adversa com relao aos dividendos no pagos e podemos ser processados por antigos acionistas demandando o pagamento. Se voc for portador de nossas aes preferenciais, ter direito a voto extremamente limitado. De acordo com a Lei Brasileira das Sociedades Annimas e com nossos estatutos, os portadores de aes preferenciais e, por extenso, portadores de ADSs que as representarem, no tm direito a votar em nossas assemblias de acionistas, exceto em circunstncias muito limitadas. Isto significa, entre outras coisas, que um acionista preferencial no tem direito a votar em transaes corporativas, inclusive em fuses ou consolidaes com outras empresas. Nosso principal acionista,

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(Traduo livre do original em ingls)que detm a maioria das aes ordinrias com direito de voto e que exerce controle sobre ns, est apto a aprovar medidas corporativas sem a aprovao dos acionistas das aes preferenciais. Dessa forma, um investimento em nossas aes preferenciais no adequado para voc se os direitos de voto forem uma considerao importante em sua deciso de investimento. O exerccio de direitos a voto com respeito a aes ordinrias e preferenciais envolve procedimentos adicionais. Quando os titulares de aes ordinrias tiverem direito a voto e nas circunstncias limitadas nas quais os titulares de aes preferenciais conseguem votar, os titulares podem exercer os direitos de voto com respeito s aes representadas por ADSs somente de acordo com as disposies do contrato de depsito referente s ADSs. No existem disposies pela lei brasileira ou pelos estatutos que limitem a capacidade dos portadores de ADS exercerem seus direitos a voto atravs do banco depositrio com respeito s aes bsicas. Entretanto, existem limitaes prticas sobre a capacidade dos portadores de ADS exercerem seus direitos de voto devido aos procedimentos adicionais envolvidos na comunicao com esses titulares. Por exemplo, os portadores de nossas aes recebero aviso diretamente de ns e podero exercer seus direitos de voto, tanto participando da assemblia pessoalmente como votando por intermdio de um procurador. Os portadores de ADS, por comparao, no recebero aviso diretamente de ns. Em vez disso, de acordo com o contrato de depsito, enviaremos o aviso ao banco depositrio o qual, por sua vez, to logo seja possvel, remeter aos portadores de ADSs o aviso da assemblia e uma declarao quanto forma na qual as instrues podem ser dadas pelos portadores. Para exercerem seus direitos de voto, os portadores de ADS devem, ento, instruir o banco depositrio sobre como votar suas aes. Devido a este procedimento extra envolvendo o banco depositrio, o processo de exerccio dos direitos de voto sero mais demorados para os titulares de ADS do que para os portadores de aes. As ADSs para as quais o banco depositrio no receber instrues para voto em tempo hbil no sero votadas em qualquer assemblia. Se emitirmos novas aes ou nossos acionistas venderem aes futuramente, o preo de Mercado de suas ADSs pode ser reduzido. As vendas de uma quantidade substancial de aes, ou a suposio de que isto possa ocorrer, pode diminuir o preo vigente no mercado de nossas aes ordinrias e preferenciais e ADSs pela diluio do valor das aes. Se emitirmos novas aes ou nossos atuais acionistas venderem suas aes, o preo de mercado de nossas aes ordinrias e preferenciais, e das ADSs, pode diminuir significativamente. Essas emisses e vendas podem ainda tornar mais difcil para ns emitirmos aes ou ADSs futuramente em uma data e um preo que considerarmos apropriados e para voc vender seus ttulos no preo ou acima do preo que pagaram por elas. Os controles cambiais e as restries sobre remessas para o exterior podem afetar adversamente os portadores de ADSs. Voc pode ser afetado adversamente pela imposio de restries sobre a remessa para investidores estrangeiros dos produtos de seus investimentos no Brasil e a converso de Reais para as moedas estrangeiras. O Governo Brasileiro imps restries remessa durante aproximadamente trs meses no final de 1989 e incio de 1990. Restries como estas atrapalhariam ou impediriam a converso de dividendos, distribuies ou os produtos de qualquer venda de nossas aes, conforme for o caso, de Reais para Dlares americanos e a remessa dos Dlares para o exterior. No podemos garantir que o Governo Brasileiro no tome medidas similares no futuro. Troca de ADSs pelas aes derivadas pode ter conseqncias desfavorveis O custodiante brasileiro das aes deve obter um certificado eletrnico de registro do Banco Central para remeter Dlares americanos para o exterior para pagamentos de dividendos, quaisquer outras distribuies de dinheiro , ou sobre a alienao das aes e dos produtos das vendas a elas relacionadas. Se voc decidir trocar suas ADSs pelas aes derivativas, voc ter direito a continuar se baseando, durante cinco dias teis a contar da data da troca, no certificado de registro eletrnico do banco depositrio. Posteriormente, voc poder no conseguir obter e remeter Dlares para o exterior aps a alienao das aes, ou as distribuies relacionadas s aes preferenciais, a no ser que obtenha seu prprio certificado de registro de acordo com a lei brasileira, que d direito aos investidores estrangeiros comprar e vender nas bolsas de valores brasileiras. Se voc no obtiver este certificado, estar sujeito a tratamento tributrio menos favorvel sobre ganhos com relao s aes. Se voc procurar obter seu prprio certificado de registro, poder incorrer em despesas ou sofrer atrasos significativos no processo de solicitao, que pode ter um impacto significativo na sua capacidade de receber dividendos ou distribuies referentes s suas aes no exterior ou o retorno de seu capital em tempo hbil. O certificado eletrnico de registro de capital estrangeiro do depositrio pode ser adversamente afetado por futuras mudanas na legislao.

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(Traduo livre do original em ingls)A volatilidade relativa e falta de liquidez do mercado de ttulos brasileiros podem afetar adversamente O mercado brasileiro de ttulos substancialmente menor, menos lquido, mais concentrado e mais voltil do que os principais mercados de ttulos nos Estados Unidos. Isto pode limitar substancialmente sua capacidade de vender as aes ordinrias e preferenciais derivando seus ADSs a um preo e data desejados por voc. A BM&FBOVESPA S.A Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros, a nica bolsa de valores no Brasil na qual so comercializadas as aes, tinha uma capitalizao de mercado de aproximadamente U.S.$ 588 bilhes em 31 de dezembro de 2008 e um volume de comercializao dirio de aproximadamente U.S.$ 2,8 bilhes no mesmo perodo, comparado com um valor de mercado de aproximadamente U.S.$ 14,3 trilhes em 31 de dezembro de 2008 e um volume de negociao dirio mdio de aproximadamente U.S.$ 82 bilhes no mesmo perodo na NYSE. Existe tambm uma concentrao significativamente maior no mercado de ttulos brasileiro do que nos principais mercados de ttulos nos Estados Unidos. As dez principais aes em termos de volume de comercializao foram responsveis por aproximadamente 53,14% de todas as aes negociadas na Bolsa de Valores de So Paulo em 2008. Voc pode receber pagamentos reduzidos por dividendos caso nosso lucro lquido no atinja certos nveis. Pela Lei das Sociedades Annimas e por nossos estatutos, devemos pagar aos nossos acionistas uma distribuio obrigatria igual a, no mnimo, 25% de nosso lucro lquido ajustado no ano fiscal anterior, dando prioridade de pagamento aos portadores de aes preferenciais. Nossos estatutos exigem que paguemos aos portadores de nossas aes preferenciais dividendos anuais iguais ao que for maior entre 8% (no caso de nossas aes preferenciais classe A) e 6% (no caso de nossas aes preferenciais classe B). Nossos estatutos no estipulam que devemos pagar qualquer dividendo mnimo a portadores de nossas aes ordinrias. Se nosso lucro lquido for negativo ou insuficiente em um exerccio fiscal, nossa administrao pode recomendar, na assemblia anual de acionistas com relao quele ano, que o pagamento do dividendo obrigatrio no deve ser feito. Voc pode no conseguir exercer os direitos de preferncia relacionados s aes preferncias ou ordinrias Voc pode no conseguir exercer os direitos de preferncia relacionados s aes preferenciais ou ordinrias derivadas de seus ADSs, a no ser que uma declarao de registro de acordo com o Securities Act dos Estados Unidos, de 1933, com as alteraes, ou o Securities Act, esteja em vigor com respeito a esses direitos ou uma iseno das exigncias do registro do Securities Act esteja disponvel. No somos obrigados a apresentar uma declarao de registro com relao s aes referentes a estes direitos de preferncia, e no podemos garantir-lhes que apresentaremos qualquer declarao de registro. A no ser que apresentemos uma declarao de registro ou for aplicvel uma iseno do registro, voc pode receber os produtos lquidos da venda de seus direitos de preferncia pelo depositrio ou, se os direitos de preferncia no puderem ser vendidos, tero permisso de perder a validade. Mudanas nas leis tributrias brasileiras podem ter um impacto adverso sobre os impostos aplicveis a uma alienao de nossas aes ou ADSs. A Lei No 10.833, de 29 de dezembro de 2003, estipula que a alienao de bens no Brasil por