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Objetivo Simulado.

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  • 1 BB Alexandria comeou a ser construda por AlexandreMagno em 332 a.C., com caractersticas pre do mi nan te -men te gregas. Meio sculo mais tarde, Ptolomeu IIergueu uma enorme biblioteca e um museu. A biblioteca,que reuniu entre 200 mil e 500 mil papiros e pergaminhos,e o museu, utilizado como centro de pesquisas, fizeramda cidade o maior centro intelectual da poca sobretudo entre os sculos III e I a.C. Parte de seu acervofoi eliminada com o advento do cristianismo e o restante,quase todo destrudo quando Alexandria foi conquistadapelos rabes.

    (F. Ribeiro. Filsofa e mrtir. In: Aventuras na histria. So Paulo: Abril. ed. 81, abr. 2010. Adaptado.)

    A biblioteca de Alexandria exerceu durante certo tempoum papel fundamental na produo do conhecimentoporque a) eternizou os feitos e conquistas de Alexandre, o

    Grande. b) reuniu o legado da cultura grega em diferentes reas

    do saber. c) serviu de modelo para a organizao das uni ver si da des

    medievais.d) transformou Alexandria na maior cidade do Mundo

    Clssico. e) contribuiu para o progresso da museologia greco-ro -

    mana.

    ResoluoAlexandria foi o principal centro econmico e cultural dacivilizao helenstica, surgida em consequncia das conquistasde Alexandre. No plano do conhecimento, sua relevncia foi umadecorrncia de sua biblioteca centro de referncia para todoo Oriente Prximo e, depois, para todo o Mundo Greco-Romano.

    2 CC O trabalho passou a ser exaltado e visto no apenas comouma forma concreta para se obter o xito material, mastambm como a maneira inequvoca de agradar a Deus econfirmar ou alcanar a salvao. Tal mudana ocorreu nosculo XVI e pode ser associada ao pensamento religioso a) luterano. b) catlico. c) calvinista. d) anglicano. e) islmico.

    ResoluoA doutrina calvinista tradicionalmente associada ao capitalismoemergente no sculo XVI, pois valorizava alguns aspectosimportantes do comportamento capitalista: a acumulao deriqueza por meio do trabalho e da poupana sendo a primeiraconsiderada um indcio (mas no uma prova) de salvao, e osdois outros, virtudes santificadoras, comprovadoras de que ofiel estava predestinado salvao.

    3 DD O Antropoceno neologismo aplicado ao perodo emque o homem passou a dominar a Terra acelerou asemisses de CO2 e desregulou a mquina do mundo,afirma o glacilogo francs Claude Lorius, um pioneirodos estudos sobre o clima, em seu novo livro, Viagem aoAntropoceno. O homem um agente determinante davida sobre a Terra, explica o especialista de 78 anos.

    (http://exame.abril.com.br, 05/1/2011. Adaptado.)

    Ainda que no haja uma data especfica proposta para oincio do Antropoceno, ele est associado intensifi caoda ao humana sobre o ambiente. Considerando talassociao, o comeo desse novo perodo geolgico devecoincidir coma) a formao do Imprio Romano, que dominou grande

    parte do mundo civilizado.b) a devastao provocada pela Peste Negra, que assolou

    a Europa no sculo XIV.c) a realizao das Grandes Navegaes, entre os sculos

    XV e XVI.d) os primrdios da Revoluo Industrial, a partir do

    sculo XVIII.e) as inovaes tcnicas criadas durante a Primeira Guerra

    Mundial, entre 1914 e 1918.

    ResoluoO termo Antropoceno foi criado em 2000 pelo holands PaulJosef Crutzen (ganhador do Pr mio Nobel de Qumica de 1995),quando alertou a respeito dos efeitos da ao humana sobre oplaneta. Portanto, par tindo da ideia de que o homemdesequilibra a Natureza, podemos consi de rar que esse processoganhou dimenso global a partir da Revoluo Industrial.

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    Cincias Humanas e suas TecnologiasQuestes de 1 a 45

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  • 4 AA

    Napoleo em seu gabinete Retrato de D. Joo VI,

    Jacques-Louis David, 1812 Debret, 1817

    Analisando as ligaes do Brasil com a Frana, veri -ficamos que as interfaces entre as duas naes somarcantes ao longo de toda a nossa Histria. A presenada Famlia Real Portuguesa no Brasil, a partir de 1808,motivou, entre outros eventos, a vinda da Misso ArtsticaFrancesa (1816) porque a) o estilo neoclssico trazido pelos franceses traduzia,

    na poca, um modelo ideal de civilizao que agradava classe dominante europeia, sendo essa a imagemque o governo portugus, ento instalado no Brasil,desejava trans mitir.

    b) a arte acadmica trazida pelos franceses tinha comoobjetivo alterar o gosto da elite brasileira, ainda marca -da mente influenciada pelos padres educa cionais dosjesutas, ligados opulncia do Barroco e s tradiesindgenas.

    c) a arte revolucionria francesa, ao afastar-se dos moti -vos religiosos e exaltar o poder civil, os eventos e ospersonagens histricos, impressionaria favoravel menteas classes populares, ansiosas por imitar os padreseuropeus.

    d) somente artistas franceses poderiam retratar, comcompetncia e exatido, as alteraes produzidas noscostumes brasileiros pela vinda da Famlia Real Portu -guesa, j que haviam presenciado as transformaesprovocadas pela Revoluo Francesa.

    e) era necessrio criar, na colnia, uma Academia Real deBelas Artes que cultivasse e estimulasse, nos trpi cosamericanos, a admirao pelos padres inte lec tuais eest ticos portugueses, reconhecida mente superioresaos franceses.

    ResoluoA contratao da Misso Artstica Francesa por Dom JooVI objetivava introduzir no Brasil o neoclassicismo quedominou a arte europeia no final do sculo XVIII e incio doXIX, no contexto da Revoluo Francesa e da EraNapolenica. Essa providncia do monarca portugusvisava compatibilizar o ambiente artstico do Brasil (oupelo menos do Rio de Janeiro) com as tendnciasdominantes na Europa. As duas telas repro duzidas, alisambas pintadas por artistas franceses, evidenciam umdos aspectos do perodo, qual seja, a exaltao daspersonagens de destaque na poca.

    5 EE Em 13 de agosto de 1961, iniciou-se a construo doMuro de Berlim, que separou as pores oriental eocidental da antiga capital alem. O contexto histrico queexplica esse evento oa) do Pacto de Varsvia, que levou os pases socia listas a

    erigir uma cortina de ferro para impedir uma possvelinvaso ocidental.

    b) do Plano Marshall, que, ao promover a recuperaoeconmica da Alemanha Ocidental, inviabilizou odesenvolvimento da Alemanha Oriental.

    c) da Segunda Guerra Mundial, quando os alemesconstruram uma barreira para conter a progresso doExrcito Vermelho.

    d) da criao da OTAN, que motivou os pases capita listasa tentar estancar a expanso do socialismo para aEuropa Ocidental.

    e) da Guerra Fria, significando um esforo das au to ri da -des comunistas para interromper o fluxo de re fu gia dosque buscavam asilo no Ocidente.

    ResoluoAs rigorosas medidas de vigilncia existentes ao longodas fronteiras entre os pases da Cortina de Ferro e os daEuropa Ocidental tornavam praticamente impossvel apassagem clandestina de pessoas. Nessas cir cuns -tncias, a fronteira entre Berlim Ocidental (de mo cr tica ecapitalista) e Berlim Oriental (totalitria e socialista), com14,5 km de extenso em um ambiente urbano, tornou-sea nica rota vivel para dezenas de milhares de cidadosdo Leste Europeu que buscavam migrar para o Ocidente.Visando estancar esse fluxo, o ditador sovitico NikitaKruchev determinou que as autoridades da AlemanhaOriental construssem o Muro barreira fsica e aomesmo simblica a separar os mundos socialista ecapitalista.

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  • 6 CC

    (Folha de S. Paulo)

    (LAERTE. In: CEREJA, William Roberto; MAGALHES, Thereza Cochar.Portugus linguagens: volume 3. So Paulo: Atual, 2004. p. 221.)

    As tiras so um importante instrumento de comunica o,no qual as linguagens visual e verbal se combinam paratransmitir uma mensagem humorstica, muitas vezes decarter irnico ou satrico. Nesse sentido, a tirareproduzida acima permite uma leitura a) adequada das lutas empreendidas pelos movimentos

    negros norte-a me ricanos, j que conseguiram signifi -ca tivos avanos sociais.

    b) ingnua da abolio da escravatura no Brasil, visto quepersistiram as desigualdades sociais e econmicasentre negros e brancos.

    c) irnica do neocolonialismo praticado pelos europeusna frica, justificada ideologicamente como umamisso civilizadora.

    d) negativa da democracia estabelecida na frica do Sul,uma vez que o fim do apartheid no assegurou igual -dade econmica e social maioria negra.

    e) que valoriza os conceitos ticos e as instituiespolticas do Ocidente como os nicos aceitveis emum mundo globalizado.

    ResoluoO neocolonialismo foi praticado pelas potncias industriais apartir da segunda metade do sculo XIX; seus objetivos eramessencialmente econmicos, visando obteno de recursosmediante a explorao da mo de obra nativa. Entretanto, parajustificar essa dominao predatria, os colonizadoresrecorreram justificativa de misso colonizadora, embasadano darwinismo social e sintetizada na expresso fardo dohomem branco.Obs.: Bwana vocbulo suali (idioma dominante na fricaOriental) de cunho respeitoso, mais ou menos equivalente aoingls sir.

    7 EE A Guerra das Malvinas ops Argentina e Reino Unido deabril a junho de 1982. Um dos fatores determinantes doconflito foi a) a ao imperialista dos ingleses na Antrtida, visando

    fortalecer seu domnio estratgico sobre os maresaustrais.

    b) a inteno dos Estados Unidos de manter sua hege -monia sobre a Amrica do Sul, apoiando-se no poderiomartimo ingls.

    c) a omisso da Organizao das Naes Unidas, que serecusou a apoiar as pretenses argentinas em relaos ilhas.

    d) a interferncia do Brasil, que se disps a mediar o con - flito, mas acabou acirrando as tenses entre Inglaterrae Argentina.

    e) a disposio argentina de assumir o controle das ilhas,estrategicamente importantes e ricas em combus tveisfsseis.

    Resoluo

    Alternativa escolhida por eliminao. Embora as Ilhas Malvinas(ou Falkland) tenham uma inegavel importncia econmica eestratgica, o fator determi nante para que a Argentina tentasseocup-las foi essencialmente poltico: a ditadura militarargentina, ento em franco desprestgio, esperava ganharpopularidade satisfazendo uma antiga reivindi cao nacionalistasobre o controle do arqui plago. Contrariando essa expectativa,a humi lhante der rota diante da reao britncia desmoralizou ogoverno militar que, no ano seguinte, teve de ceder o poder auma administrao civil e democrtica.

    8 BB

    A Guernica, de Pablo Picasso, 1937.

    A Europa j no a liberdade e a paz, mas a violncia ea guerra. Durante a ocupao alem de Paris, a algunscrticos alemes que viro falar-lhe de Guernica, Picassoresponder com amargura: No fui eu que a fiz, fizeram-navocs.

    (Giulio Carlo Argan. Arte moderna, 1992.)

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  • O comentrio de Picasso sobre sua obra Guernica refere-se a) separao entre manifestaes artsticas e realidade

    histrica.b) ao bombardeio alemo da uma cidade basca, em apoio

    ao general Franco.c) aos massacres cometidos pelos nazistas na Segunda

    Guerra Mundial.d) denncia da ocupao do territrio espanhol pelas

    tropas nazistas.e) aliana dos nazistas com os comunistas na Segunda

    Guerra Mundial.

    ResoluoA tela Guernica, de Pablo Picasso, retrata, em lingua gem cubis -ta, o bom bardeio efetuado por avies alemes contra a cidadebasca do mesmo nome, durante a Guerra Civil Espanhola (1936-39). Nesse conflito, as foras de direita, comandadas pelogeneral Franco, receberam apoio militar de Hitler e Mussolini naluta contra os republicanos, que agrupavam diversas tendn -cias de esquerda.Obs.: O episdio descrito no texto, frequentemente repro -duzido, conta com uma nica testemunha o prprio Picasso e por isso deveria ser visto com reservas.

    9 AA Ren Descartes valorizava, no ser humano, a capacidadede raciocnio, colocando o homem em posio central noconjunto da Natureza. Em seu Discurso sobre o Mtodo(1637), o filsofo afirmou que os seres humanos seriamsenhores e possuido res da Natureza. Este ponto devista, predominante no sculo XVII, se ope visoecoprtica atual porque a) na poca de Descartes se enfatizava a explorao da

    Natureza, e atualmente se valoriza a sus ten ta bi li da de,isto , a renovao dos recursos naturais.

    b) Descartes j criticava o desenvolvimento industrialiniciado pela Inglaterra naquele perodo, tese que osecologistas atuais consideram irrelevante.

    c) o filsofo defendia uma atitude solidria para com omeio ambiente, enquanto o mundo de hoje submete aNatureza aos interesses dos grupos econmicos.

    d) o ponto de vista cartesiano contrariava o pensamentoantropocntrico, dominante entre os intelectuais devanguarda nesta passagem do sculo XX para o XXI.

    e) na poca de Descartes predominava o pen sa men toreligioso medieval, substitudo nos dias de hoje pelofundamentalismo cientfico materialista.

    ResoluoNa atualidade, as teorias que preconizam a sustenta bi lidade nautilizao dos recursos naturais estabe lecem o homem comoelemento integrante da Natureza e no seu possuidor, comoafirmava Descartes. Portanto, a preservao da espcie humanaimplica a utilizao dos recursos naturais com vistas a evitar seuesgotamento, assim como alteraes nos ecossistemas.

    10 CC "POR QU NO TE CALLAS?"

    VIRA RINGTONE NA ESPANHA

    Muitos espanhis acharam to divertido o pedido dorei Juan Carlos para que o presidente vene zue lano,Hugo Chvez, se calasse que resolveram ouvir aspalavras do soberano vrias vezes ao dia.

    Quase 500 mil pessoas j baixaram o toque para celu laresem que se escuta o monarca espanhol dizendo ChvezPor qu no te callas?, durante uma discusso na XVIICpula Ibero-Americana, rea li zada no Chile na semanapassada {agosto de 2009}.O novo ringtone j teria gerado uma renda de US$ 2,2milhes para as companhias que o distribuem, segundo ojornal El Pas. Aproveitando a febre, empresrios estocriando camisetas e outros produtos com a frase, quevirou hit.

    (Disponvel em: . Acesso em 15

    ago. 2009. Adaptado.)

    A reportagem acima tem como tema central um fen me -no da sociedade contempornea, que explicitaa) a disseminao da ideia de superioridade das antigas

    metrpoles europeias sobre suas ex-colnias.b) a manipulao miditica com o objetivo de fortalecer

    as aes polticas de governos populistas.c) a apropriao frequente de acontecimentos sociais e

    polticos pelo mercado da mdia eletrnica.d) a possibilidade de discusses polticas irrelevantes

    deflagrarem srias crises diplo mticas.e) o risco de a divulgao online de fatos sigilosos re per -

    cutir negativamente no mundo em pre sarial.

    ResoluoA questo exige interpretao de texto e conhecimento bsicodas transformaes que ocorrem nos processos de comuni -cao, os quais atingem um pblico cada vez mais amplo emenos elitizado, principalmente entre os jovens, usurios deredes sociais e de diversos aplica tivos para celulares.

    11 DD At bem recentemente, muitos histo ria dores ocidentaispensavam que o mundo inteiro havia entrado numaevoluo contnua. As sociedades e o poder polticoestavam experimentando um processo irreversvel delaicizao. As naes acaba riam por se entender e seincorporar no seio de entida des supranacionais, como aONU e, mais concreta mente no caso do Velho Mundo, a

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  • Unio Europeia. Enfim, as foras da Natureza estavamdefinitivamente domadas, graas ao progresso cientfico.De uns anos para c, porm, tudo desandou.

    (Luiz Felipe de Alencastro, Folha de S. Paulo, 23/7/94. Adaptado.)

    O fator que mais est contribuindo para modificar a visodos historiadores, como descrita no texto, a) o crescimento do fundamentalismo religioso, co lo can -

    do em segundo plano as prticas econmicas quealavancaram o progresso do capitalismo.

    b) a aplicao da poltica econmica keynesiana pelosprincipais governos do Ocidente, gerando dficitsoramentrios impossveis de ser saneados.

    c) uma crise estrutural que, ao provocar desemprego emmassa, pe em risco os fundamentos do capitalismo eda democracia ocidental.

    d) a crise econmico-financeira atual e seus des d o bra -men tos, que muitos temem ser mais graves que osresultantes da Crise de 1929.

    e) a ameaa comunista que continua a pr em risco ocapitalismo das democracias ocidentais, apesar da que - da do chamado socialismo real.

    ResoluoCom o fim do socialismo real e da Guerra Fria, sucedidos pelahegemonia do capitalismo e pela supremacia econmica emilitar dos Estados Unidos, muitos historiadores endossaram atese do acadmico Francis Fukuyama sobre o fim da Histria,isto , uma era definitiva de entrosamento e entendimentopacfico entre as naes. Desde sua formulao, porm, essatese vem sendo desmentida pela ocorrncia de conflitosvariados. E a partir da crise desencadeada nos Estados Unidosem 2008, logo estendida a outras economias, o futuro do mundovoltou a ser nebuloso.

    12 BB No Mxico, ignora-se o destino que j bate porta.Dentro de poucos anos, o vu que separa dois mundosser rompido. Eles vo enfrentar-se: espadas de aocontra espadas de obsidiana, canhes contra flechas epropulsores de dardos, elmos de metal contra capacetesde plumas. Tentemos surpreender, antes do fim, o reflexoreluzente, o esplendor e as sombras de um mundo jcondenado.

    (Luiz E. Fernandes e Marcus Vincius de Morais, Renovao da

    Histria da Amrica. In: Leandro Karnal (Org.), Histria na sala de

    aula: conceitos, prticas e propostas.)

    Neste fragmento de 1955, o etnlogo francs JacquesSoustellea) critica a imprevidncia dos astecas diante da iminente

    chegada dos invasores espanhis.b) enaltece a persistncia e a coragem dos astecas por

    enfrentarem a supremacia militar dos europeus.c) deprecia o amerndio, evocando sua covardia e inca -

    pacidade para resistir conquista espanhola.d) aponta a fragilidade dos ndios, vtimas de sua prpria

    ignorncia e inferioridade cultural.e) enfatiza o fatalismo dos indgenas diante da superio -

    ridade tcnica dos europeus.

    ResoluoInterpretao de texto. O autor compara os recursos blicos dosastecas com os dos espanhis, mostrando a esmagadorasuperioridade dos segundos, que tornava a resistncia dosprimeiros herica, mas condenada ao fracasso.

    13 EE Para trabalhar a Histria de modo verdadeiramenteintegrado, temos de estar atentos aos objetivos daproposta. Um deles mostrar que os acontecimentoshistricos esto o tempo todo interligados e que ainterconectividade precisa ser valorizada na explicao doprofessor. Um assunto no pode ser explicado sem ooutro, e o outro no tem sentido sem a explicao doanterior. A prpria ideia de Histria integrada nos permitepensar em uma ampliao de temas e recortes, a partir denovos rumos a serem seguidos dentro da sala de aula.

    (Marcus Vincius de Morais, Histria integrada. In: Carla Bassanezi

    Pinsky (Org.), Novos temas nas aulas de histria.)

    No trabalho em sala de aula, a partir da caracterizao daHistria integrada, correto tratar a temtica do BrasilColnia considerando seu vnculo coma) as prticas econmicas liberais, dominantes em grande

    parte do continente europeu desde o incio do sculoXV, as quais foram determinantes para que o Brasilviesse a ser colonizado pelos portugueses depois de1500.

    b) a perseguio aos numerosos protestantes portu -gueses, iniciada aps as primeiras decises do Concliode Trento, quando o Estado Lusitano decidiu deslocaresses dissidentes religiosos para certas reas doBrasil.

    c) a consolidao da Unio Ibrica em fins do sculo XVI,pois a associao com o poderoso Imprio Espanholpropiciou a Portugal os primeiros grandes investi -mentos na produo de acar e na ampliao dotrfico de escravos.

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  • d) as complexas relaes diplomticas que envolviamPortugal, Inglaterra e Frana desde o sculo XIV, poisinteressava aos ingleses que Portugal iniciasse a colo -ni zao do Brasil, com o objetivo de evitar que a Franase estabelecesse na Amrica.

    e) as novas ideias religiosas consubstanciadas naReforma, que tiveram como resposta da Igreja Catlicaa criao da Companhia de Jesus; esta enviou mis sio -nrios para o Brasil, com o objetivo de catequizar aspopulaes indgenas.

    ResoluoA colonizao do Brasil pelos portugueses, alm de seus bviosobjetivos econmicos, foi apresentada pelo Reino Lusitanocomo um empreendimento ligado expanso da f catlica pormeio da catequese dos indgenas atividade na qual aCompanhia de Jesus teve papel de grande relevncia.

    14 BB Kalunga o nome de um quilombo no estado de Gois.Em 1993, de 2 mil a 4 mil negros viviam em 41 comuni -dades espalhadas por 2 mil quilmetros quadrados, emuma regio montanhosa prxima vila de Cavalcante.Esse talvez seja o mais antigo quilombo habitado per -manentemente do Brasil. Diferentemente do Quilombodos Palmares, nunca foi destrudo. Refernciasincompletas, em fontes estrangeiras, sugerem que eledata pelo menos do incio do sculo XIX.

    (Mary C. Karasch, Centro-africanos no Brasil Central, de 1780 a 1835.

    In: Linda M. Heywood (Org.), Dispora negra no Brasil. Adaptado.)

    A presena de escravos africanos no Centro-Oeste,durante o Perodo Colonial, est relacionada coma) a fundao de misses religiosas, organizadas para

    conter ataques dos espanhis.b) o trabalho nas minas de ouro, descobertas no incio do

    sculo XVIII na capitania de Gois.c) a criao de animais de carga para suprir as regies

    produtoras de metais preciosos.d) o Tratado de Madri, que atribuiu Portugal as terras de

    Gois e Mato Grosso.e) a produo de tabaco, mercadoria fundamental para o

    escambo de escravos na frica.

    ResoluoEmbora a escravido no Brasil tenha sido utilizada para as maisdiversas atividades, em Mato Grosso e Gois ela esteve ligadamais estreitamente minerao, sobretudo no sculo XVIII,quando os bandeirantes Pascoal Moreira Cabral (em 1720) eBartolomeu Bueno da Silva, o Segundo Anhanguera (em 1725)descobriram ouro naquelas regies.

    15 CC A Conjurao dos Alfaiates, tambm conhecida comoConjurao Baiana ou Inconfidncia Baiana, ocorreuem 1798. O movimento no chegou a se concretizar, ano ser pela afixao de alguns panfletos e por vriasarticulaes. Quatro dos principais acusados foramenforcados; outros receberam penas de priso oubanimento. A severidade das penas foi desproporcional ao e s possibilidades de xito dos conjurados.

    (Boris Fausto, Histria do Brasil. Adaptado.)

    A "severidade das penas" a que se refere o texto pode serexplicada a) pela relutncia dos acusados em aceitar os ideais das

    Revolues Norte-Americana e Francesa.b) pelo apoio que os revoltosos receberam do gover nador

    e de outros representantes da elite baiana.c) pela origem e condio social dos acusados: mulatos,

    negros livres ou libertos e escravos, todos pobres.d) pela liderana do mdico Cipriano Barata que, por sua

    atuao em revoltas anteriores, foi preso e enforcado.e) pela escassez de gneros e aumento do custo de vida,

    decorrentes das aes dos quatro condenados.

    ResoluoUma das interpretaes possveis para a severidade daspenas aplicadas aos condenados da Conjurao Baiana acondio humilde dos rus. Todavia, interessante observar queoutros acusados brancos e de condio social mais elevada,como o mdico e advogado Cipriano Barata foram absolvidos,apesar de haver evidncias de sua participao na conspirao.

    16 DD

    Edgar Vasques.

    A lei do co: e mais alguma

    coisa. Porto Alegre. LSPM,

    1988. p.38.

    A tira corrobora uma posio da historiografia brasileira,segundo a qual a abolio da escravatura, em 1888, foiuma medida

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  • a) expressiva social e juridicamente, j que no preco -nizou nenhuma indenizao pecuniria aos influentesproprietrios de escravos.

    b) ineficaz politicamente, visto que no conseguiuaumentar a popularidade do imperador e evitar oadvento da Repblica.

    c) irrelevante do ponto de vista econmico, uma vez queos imigrantes europeus constituam a mo de obramais importante nas lavouras.

    d) paliativa do ponto de vista social, j que a Lei de Ter rasde 1850 no permitia a emancipao econmica dosnegros libertos.

    e) cujo objetivo era regularizar a posse da terra, distri -buindo as reas desocupadas para que os ex-escravosnelas pudessem fixar-se.

    ResoluoAlternativa escolhida por eliminao, pois atribui Lei de Terras(promulgada 38 anos antes da Abolio) a responsabilidade pelano insero dos ex-escravos no conjunto da sociedadebrasileira. Na realidade, toda a estrutura socioeconmica do Pasera desfavorvel integrao da comunidade negra inclusivepor questes de preconceito.Vale ainda ressaltar que a Lei deTer ras, promulgada duas semanas aps a extino do trficonegreiro, tinha como objetivo precpuo dificultar o acesso dosimigran tes europeus (que comeavam a chegar ao Brasil) pro -priedade fundiria; portanto, s secundariamente se poderia afir -mar que ela visava impor os mesmos empecilhos aosex-escravos.

    17 AA A Guerra do Paraguai foi travada por mais de cinco anos,entre 11 de novembro de 1864, quando ocorreu oprimeiro ato das hostilidades, e 1.o de maro de 1870,quando morreu Solano Lpez. Na Amrica espanhola, ela conhecida como Guerra da Trplice Aliana e constituium claro exemplo de como a Histria, sem ser arbitrria, um trabalho de criao que pode servir a vrios fins.

    (Boris Fausto, Histria do Brasil. Adaptado.)

    O conflito a que se refere o texto gerou diferentesinterpretaes historiogrficas que refletem diferentesprocessos histricos ocorridos na Amrica Latina. Nasdcadas de 1960 e 1970, a explicao dos historiadoreslatino-americanos ligados s concepes de esquerdaafirmava que o conflitoa) foi obra do imperialismo ingls, que instigou as naes

    dependentes de sua economia, quais sejam, Brasil eArgentina, contra o desenvolvimento au tnomo doParaguai.

    b) resultou dos planos expansionistas e da megalomaniado ditador paraguaio Solano Lpez.

    c) demonstrou a superioridade do exrcito brasileiro e,em especial, os atos heroicos do duque de Caxias, aquem passaram a chamar de o Marechal de Ferro.

    d) glorificava o general Alfredo Stroessner, presidente doparaguai entre 1954 e 1989, por ser o continuador daobra de Solano Lpez.

    e) deveria ser entendido a partir das relaes existentesentre os pases envolvidos, resgatando os processosconstitutivos de suas identidades nacionais.

    ResoluoAlternativa escolhida por eliminao. Tradicionalmente, a Guerrado Paraguai era interpretada, pela ptica brasileira, como umconflito desencadeado pelas ambies expansionistas doditador paraguaio Solano Lpez. A partir da publicao deGenocdio Americano: A Guerra do Paraguai (1979), de JlioJos Chiavenato, o conflito passou a ser encarado, no Brasil,como um massacre da populao paraguaia pelas foras bra -sileiras. Essa guinada, de carter ideolgico, obje ti va va denegriro duque de Caxias (Patrono do Exrcito Bra sileiro) e, por ex -tenso, a ditadura militar que ento governava o Brasil. Entre -tanto, a interpretao existente na alternativa a (interessebritnico em destruir o modelo econmico independentegestado pelo Paraguai) tem sido bastante aceita, no Brasil e foradele, antes e depois da releitura feita pela esquerda brasileira.Isso faz com que a alternativa a esteja essencialmente correta,embora no deva ficar circunscrita datao fixada noenunciado.

    18 DD Na histria do Mundo Ocidental, as relaes entre Estadoe Igreja variaram de pas a pas ao longo do tempo. Nocaso portugus, ocorreu uma subordinao da Igreja aoEstado por meio de um mecanismo conhecido comopadroado real. O padroado consistiu em uma amplaconcesso da Igreja Romana ao Estado Portugus, emtroca da garantia de que a Coroa promoveria e assegu -raria os direitos da Igreja em todas as terras descobertas.

    Devido ao padroado real, Igreja e Estado estiveramintimamente ligados no Brasil. Essa ligao foi rompidano contextoa) do Primeiro Reinado, quando D. Pedro I outorgou a

    Constituio de 1824, a qual esta beleu a laicidade doEstado Imperial.

    b) das Regncias, pois uma das principais reivindi caesdos revoltosos, relativa necessidade de laicizar oEstado, foi atendida.

    c) do Segundo Reinado, por conta da Questo Religiosa enfrentamento entre Igreja e Maonaria que setornou questo de Estado.

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  • d) da Repblica Velha, quando foi promulgada a Cons-titui o de 1891, que estabelecia a separao entre oEstado e a Igreja.

    e) do Estado Novo, quando Getlio Vargas se ops influncia da Igreja, visando ao fortalecimento de seupoder pessoal.

    ResoluoA instituio do padroado, mantida pela Constituio de 1824,inclua o clero no funcionalismo pblico, o que, na prtica,subordinava a Igreja s autoridades laicas do Imprio; estaspodiam sugerir (mas no impor) nomes para o preenchimentodos cargos eclesisticos. O padroado desapareceu quando oDecreto n.o 4 do Governo Provisrio Republicano separou aIgreja do Estado, em 1889 medida confirmada pelaConstituio de 1891.

    19 BB Na capital da Repblica, quando do surgimento dos pri-meiros partidos operrios, no final do sculo XIX, predo-minavam um vago socialismo e um sindicalismo que hojechamaramos de resultados. Ou seja, o movimentooperrio carioca tendeu a buscar o atendimento a reivin -dicaes imediatas aumento de salrio, limitao dajornada de trabalho, salubridade ou de mdio alcance,como o reconhecimento dos sindicatos pelos patres epelo Estado. Contrastando com esse quadro, em SoPaulo predominou o anarquismo, ou melhor, uma versodele: o anarcossindicalismo.

    correto afirmar que o anarcossindicalismoa) defendia uma sociedade constituda por pequenos

    proprietrios autossuficientes, na qual no existiria acirculao monetria tradicional; alm disso, concebiaque essas transformaes deveriam ocorrer por meiode um amplo processo de reformas polticas e sociais.

    b) objetivava transformaes sociais radicais, com umaordem igualitria e sem Estado, condio a ser con quis -tada por meio da greve geral revolucionria; ao mesmotempo, os sindicatos deveriam organizar-se como umesboo da sociedade que pretendiam construir.

    c) entendia que as organizaes sindicais deveriam serestendidas a todos os grupos e classes sociais e queessas representaes dos trabalhadores, dos empre -gadores e dos governantes estabeleceriam as regrasde convivncia, em busca de uma ordem igualitria.

    d) buscava a absoluta igualdade entre os todos homens e,para alcanar essa utopia, defendia a aliana dossindicatos com a hierarquia liberal da Igreja Catlicaque, por meio do socialismo cristo, condenava aexplo rao do trabalho no sistema capitalista.

    e) acreditava na constituio de um partido de vanguar-da que dirigisse o processo revolucionrio para a con -quista do poder poltico, e defendia a ampliao dalegislao trabalhista por meio da interveno doEstado e da limitao do poder dos empresrios.

    ResoluoA primeira parte da alternativa b contempla os objetivos doanarquismo ortodoxo, tal como proposto por Bakunin; j asegunda parte diz respeito organizao de sindicatos comomeio de alcanar os objetivos propostos, caracterizando assimo anarcossindicalismo.

    20 BB Um novo tipo de Estado Brasileiro nasceu aps 1930,distinguindo-se no apenas pela centralizao, mas tam -bm por outros elementos. Devemos acentuar pelo me -nos trs entre eles: 1) a atuao econmica, voltadagra dativamente para os objetivos de promover a indus -trializao; 2) a atuao social, tendente a dar algum tipode proteo aos trabalhadores urbanos; 3) o papel centralatribudo s Foras Armadas em especial o Exrcito como suporte da criao de uma indstria de base esobretudo como fator de garantia da ordem interna.

    As caractersticas assumidas pelo novo tipo de EstadoBrasileiro a que se refere o texto distinguiam-se domodelo anterior existente no Pas, conhecido tradici -onalmente como Estadoa) Reformista, devido s reformas ocorridas no processo

    eleitoral.b) Oligrquico, devido ao predomnio poltico das elites

    agrrias nos estados.c) lntegralista, devido unicidade poltico-adminis trativa

    nacional.d) Totalitrio, devido aos plenos poderes atribudos aos

    governadores estaduais.e) Tenentista, devido intensa participao dos militares

    na vida poltica.ResoluoO perodo da Histria do Brasil que findou com a Revoluo de1930 recebeu vrias denominaes: Primeira Repblica, Rep -blica Velha ou ainda Repblica Oligrquica. Esta ltima desig -nao alude ao predomnio poltico das oligarquias (aristocraciarural formada pelos coronis) em seus respec tivos estados,como decorrncia do federalismo da Constituio de 1891 e daPoltica dos Governadores articulada por Campos Sales.

    21 CC Dentro de um contexto marcado pela existncia deapenas dois partidos polticos, sero as instituies dasociedade civil como a Sociedade Brasileira para oProgresso da Cincia (SBPC), a Ordem dos Advogados doBrasil (OAB), a Associao Brasileira de Imprensa (ABI), aConferncia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e aUnio Nacional dos Estudantes (UNE) que cumpriroem grande medida o papel de mediao das demandasoriundas dos opositores do regime, canalizando osanseios pela redemocratizao do Pas.

    (Marco Mondaini, Direitos Humanos. In: Carla Bassanezi Pinsky

    (Org.), Novos temas nas aulas de Histria. Adaptado.)

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  • Sobre a atuao, no contexto da ditadura militar, dasinstituies citadas no trecho, correto afirmar quea) fizeram apologia da luta armada, por consider-Ia a

    nica forma possvel de resistncia ao autoritarismo.b) promoveram poucas mobilizaes nas ruas durante

    todo o perodo, devido forte represso do Estado.c) tiveram destaque no processo de abertura, como na

    luta pela anistia e na campanha Diretas J.d) constituram desde 1964 uma frente de oposio

    ditadura, conhecida pelo nome de Frente Ampla.e) foram importantes como foras de oposio ao regime

    militar, at mesmo aps a edio do AI-5.

    ResoluoA atuao das entidades citadas como opositoras ao regimemilitar deve ser relativizada durante a fase mais aguda darepresso (a UNE, alis, foi proibida j em 1964, passando aoclandestina), mas ganhou importncia com a abertura polticainiciada pelo governo Geisel.

    22 BB A Comisso da Verdade, criada pela Presidente DilmaRousseff em 18 de novembro de 2011, tem comoobjetivo principal apurar violaes dos direitos humanospraticadas entre 1946 e 1988, a fim de efetivar o direito memria e verdade histrica e promover a recon ci -liao nacional. Sobre esse perodo histrico e sua relaocom os obje tivos da comisso, correto afirmar que,a) entre 1946 e 1964, o Brasil viveu sob uma ditadura civil

    que reprimia quaisquer manifesta es de oposio.b) entre 1964 e 1985, durante os governos militares, ocor -

    reram violaes dos direitos humanos.c) entre 1946 e 1988, a tortura e a ocultao de cadveres

    de opositores polticos foram prticas usuais.d) entre 1946 e 1964, o desenvolvimento econmico ace -

    le rado agravou as desigualdades sociais e regio nais.e) entre 1964 e 1985, os governos ditatoriais de Argen tina,

    Chile, Brasil e Uruguai criaram atritos pol ticos entre si.

    ResoluoEmbora o perodo a ser abrangido pelas investigaes daComisso da Verdade se estenda de 1946 a 1988, o foco dacomisso ser a ditadura militar de 1964-1985. Nesse lapso detempo, foram cometidas numerosas violaes dos direitoshumanos, envolvendo sequestros, torturas, assassnios edesaparecimentos de opositores polticos, notadamente entre1969 e 1977.

    23 CC O conjunto de esquemas mostra o motivo pelo qualalguns estados do Brasil so ricos em minrios:

    (Folha de S.Paulo, 6/5/2012.)

    A anlise do conjunto de figuras permite depreender quea) a existncia de recursos minerais metlicos sobre a

    superfcie da Terra remonta apenas s eras geolgicasmais recentes.

    b) a presena de minerais metlicos no Brasil s setornou possvel com a separao dos continentes.

    c) as riquezas minerais metlicas existentes na super fcieguardam relao com a atividade vulcnica.

    d) o volume de minerais metlicos seria ainda maior seos continentes permanecessem unidos.

    e) a concentrao mineral da Amrica do Sul no observada em outras regies do mundo.

    ResoluoA formao dos metais iniciou-se por volta da era Prote rozoica,h cerca de um bilho de anos; a existncia de minrios do Brasilindependeu da separao dos continentes; a quantidade deminrios seria provavel men te a mesma, se os continentestivessem perma necido unidos; alm da Amrica do Sul,percebem-se vastas concentraes minerais em diver sasregies da Terra.

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  • 24 BB Na charge abaixo se observa, do lado esquerdo da gan -gorra, o lder israelense e do lado direito, o lder iranianotentando escal-la. Ambos portam bombas atmicas.Conhecendo as atuais disputas entre esses pases, correto afirmar que

    (Revista Foreign Affairs, julho/agosto 2012.)

    a) Israel favorvel a que o Ir tambm possua a bombaatmica, o que significaria um equilbrio de foras naregio.

    b) Israel detentor de artefatos nucleares e no quer queo Ir tambm o seja.

    c) independentemente do que os lderes de Israel pen -sam, o Ir j possui elevado nmero de bombasnucleares.

    d) a disputa por artefatos nucleares envolve apenas asnaes do Oriente Mdio, sem nenhuma participaode elementos da cena internacional.

    e) a cena da gangorra mostra um equilbrio na relao deforas do Oriente Mdio.

    ResoluoAnalistas internacionais acreditam que Israel possua artefa tosnucleares, apesar de autoridades do pas no o admitirem. Aomesmo tempo, o Ir envida esforos para enriquecer urnio, queseria, suspeita-se, utilizado na confeco de artefatos militaresatmicos. A balana atual encontra-se desequilibrada a favor deIsrael. O pas no pretende perder essa supremacia e ameaaatacar as instalaes de pesquisa do Ir.

    25 AA A construo de Braslia envolve polmicas que perdu ramat os dias de hoje. A respeito desse assunto, leia o textoque se segue:

    CONSTRUO DE BRASLIA AJUDOU

    NO AVANO DE UBERABA E UBERLNDIA

    Os nmeros da economia comprovam a dinmica dife -renciada de crescimento das duas maiores cidades doTringulo Mineiro. A origem desse desenvolvimento estnum evento histrico: a construo de Braslia.

    O PIB de Uberlndia cresceu 262% em uma dcada 1999 a 2009 , segundo os dados mais atuais do IBGE.

    Pesquisador e especialista em desenvolvimento regio -nal, o professor da Universidade Federal de Uberlndia(UFU) Eduardo Nunes Guimares disse que, em dinmicaeconmica, as duas cidades podem ser consideradasexcees no Brasil.

    Conforme Guimares, a construo de Braslia, na d -ca da de 1960, foi o que colocou o Tringulo Mineiro nes -sa rota de crescimento virtuoso, criando grande fluxode produo e riquezas do Sudeste para o Centro-Oeste.

    (Folha de S.Paulo, 20/5/2012.)

    Essa situao foi possvel devido a) posio geogrfica das duas cidades, localizadas a

    meio caminho entre Braslia e a cidade de So Paulo,beneficiando-se do fluxo comercial e humano entre asduas cidades.

    b) localizao das cidades, no eixo da rodovia Belm-Bra -slia, atraindo os grupos migratrios que se diri giampara a Amaznia.

    c) existncia da usina hidroeltrica de Trs Marias, prxi -ma s cidades, fornecendo energia para o abasteci -mento do sistema industrial de Braslia.

    d) grande riqueza em minrio de ferro, matria-primanecessria para a construo de Braslia.

    e) presena, entre essas duas cidades do Tringulo Mi -neiro, da maior refinaria de petrleo de Minas Gerais,fornecendo derivados de petrleo para Braslia.

    ResoluoLocalizadas no Tringulo Mineiro, essas duas cidades encon -tram-se a meio caminho entre So Paulo e Braslia, no eixo davia Anhanguera, recebendo o fluxo de produtos, mercadorias,capitais e pessoas que circulam entre as duas localidades. Ascidades beneficiaram-se desse fluxo econmico, crescendoenormemente ao longo de mais de cinquenta anos, impulsio -nadas tambm pelas atividades agropastoris.

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  • 26 DD O grfico abaixo mostra a diviso religiosa da Sria:

    (Folha de S.Paulo, 1.o/6/2012.)

    Mediante a situao poltico-social atual da Sria, pos -svel afirmar:a) Sob o domnio dos muulmanos sunitas, possvel

    manter o pas unido.b) S o controle da Sria pela minoria alauta ( qual

    pertence o atual governante, Bashar Assad), que opas se manter unido.

    c) Devido diversidade religiosa do pas, s uma dita durapoder manter a paz entre os diversos grupos.

    d) A diversidade religiosa do pas uma das causas dosatuais conflitos pelos quais o pas passa.

    e) Os conflitos so causados por interveno externa, nopossuindo relao com os grupos religiosos locais.

    ResoluoA Sria dominada pela minoria alauta ( qual pertence o atualpresidente) h mais de quarenta anos, e sempre governou o pasde forma desptica. Apesar de contar com o apoio de foras ex -ternas (como o Ir), a ditadura parece ter esgotado sua ca pa cidadede coero, o que, intensificado pelos movi mentos da Re voluode Jasmim, fez recrudescer os movi men tos pela democracia.

    27 AA O grfico abaixo mostra o consumo energtico da China:

    (Revista National Geographic Brasil, outubro/2011.)

    Pensando na situao atual da China, poderamos afirmar:a) O pas ainda depender muitssimo da energia gerada

    pela queima de carvo.

    b) Todos os elementos energticos de que dispe a Chinaj eram utilizados em 2005.

    c) Entre 2005 e 2030, a fonte de abastecimento eltricoque mais crescer, em nmeros absolutos, ser ahdrica, em funo do pleno funcionamento da Usinade Trs Gargantas.

    d) O pas ter de utilizar muito petrleo para energizar suaeconomia.

    e) Hidrocarbonetos no constam dos futuros usosenergticos para gerar eletricidade.

    ResoluoAlgumas fontes, como a energia solar, ainda no eram usadasem 2005; em termos absolutos, a fonte de energia que maiscrescer ser o carvo mineral; o petrleo ou seus derivados(como o leo diesel) no aparecem nas previses para o uso nagerao de eletricidade; utilizar-se-o hidrocarbonetos, como ogs e o carvo mineral.

    28 EE Entre 2011 e 2012, estabeleceu-se intensa polmica noCongresso Nacional a respeito do Novo Cdigo FlorestalBrasileiro. Veja abai xo alguns dos temas abordados peloCdigo e o que se sucedeu com eles:

    (Folha de S. Paulo, 22/4/2012)

    Analisando esse tema, conclui-se quea) o Novo Cdigo deixou de ter importncia para as

    polticas ambientais do Brasil.b) as leis do Novo Cdigo eximiram-se de punir aqueles

    que destroem o meio ambiente.c) a Amaznia brasileira foi a mais prejudicada pela

    aprovao das novas leis do Novo Cdigo Florestal.d) a preservao das matas ciliares foi abandonada pelas

    leis do Novo Cdigo.e) o Novo Cdigo dever harmonizar o desenvolvimento

    econmico com a preservao das florestas.

    ResoluoA grande dificuldade que o Novo Cdigo enfrentou na suaelaborao foi conciliar a necessidade de proteo ambientalcom o desenvolvimento econmico, princi palmente com aexpanso do agronegcio.

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  • 29 BB O esquema abaixo mostra como funciona o efeito estufa:

    O EFEITO ESTUFA

    Quase todas as formas de vida na Terra morre riam defrio caso a at mos fera do pla neta no reti rasse o calor. Umequil brio de va por-dgua, CO2, me ta no e outros gasesreflete o ca lor do Sol de volta su perfcie em dosesuficiente para manter a temperatura mdia global em14C. Desde o incio da Revoluo Industrial, esse aque -ci mento natural foi agravado por um aumento de 30% naconcentrao de CO2. No sculo passado, a tempe raturaglobal subiu 0,6C.

    (Revista National Geographic Brasil, outubro, 2011.)

    Sobre as consequncias que o efeito estufa provoca noplaneta Terra, pode-se dizer quea) impede o surgimento da vida.b) permite a existncia das atuais espcies.c) retm totalmente o calor solar na superfcie.d) impede a reflexo total de calor vindo do vulcanismo.e) mantm a temperatura da atmosfera em nveis

    superiores a 20C.

    ResoluoA organizao dos seres vivos que atualmente habitam o pla -neta s possvel em funo de um efeito estufa natural quemantm as temperaturas prximas a 14C, em mdia. Umvolume maior ou menor de calor pode alterar completamente aatual organizao viva.

    30 CC Observe os 10 itens que se seguem:

    I. Viso comum de todos os pases;

    II. Fortalecimento do programa ambiental;

    III. Oceanos alm da jurisdio nacional;

    IV. Pilar social e erradicao da pobreza;

    V. Novos padres de produo e consumo;

    VI. Princpios da declarao do Rio;

    VII. Definio de objetivos sustentveis;

    VIII. Conceito de economia verde;

    IX. Respeito aos direitos reprodutivos;

    X. Estratgia de ajuda financeira.

    Todos esses itens de discusso internacional, que paraalguns analistas apresenta resultados polmicos, tiveramlugar na(o)a) 1.a Conferncia Mundial sobre Meio Ambiente, em

    Estocolmo.b) 2.a Conferncia Mundial sobre Meio Ambiente (ECO-

    92), no Rio de Janeiro.c) Conferncia RIO+20, no Rio de Janeiro.d) Conferncia RIO+10, em Joannesburgo.e) Protocolo de Montreal, Canad.

    ResoluoRealizou-se no ms de junho de 2012 no Rio de Janeiro aConferncia sobre Meio Ambiente, RIO+20, uma referncia 2.a Conferncia sobre o Meio Ambiente rea lizada na mesmacidade h vinte anos. A diplomacia bra sileira apresentou osresultados da reunio como um triunfo, apesar de vrios itensterem sido retirados do documento final por presso dos pasesricos. No total, o documento intitulado O Mundo que Queremospossui 283 pargrafos, dos quais selecionamos dez itens.

    31 DD Quanto questo dos hidrocarbonetos na atual onda denacionalizaes observada na Amrica do Sul, veja o textoabaixo.

    NACIONALIZAES NA AMRICA LATINA

    Apesar de poderem parecer semelhantes, vistas daEuropa ou dos Estados Unidos, as respectivas decisesde novamente nacionalizar empresas estrangeirasreferem-se a preocupaes e objetivos bem diferentes,de um pas para outro. A nacionalizao dos hidrocar -bonetos, ordenada em 2006 pelo presidente bolivianoEvo Morales, visava ao recebimento de mais royaltiespelo governo. Motivao idntica de Hugo Chvez, seuhomlogo venezuelano, a respeito do cinturo petro lfero

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  • do Orenoco, um dos mais ricos do mundo. Em ambos oscasos, o Estado no se apropriou da totalidade de aesdas empresas em questo: ele ficou com a maioria docapital das companhias ditas mistas, envol vidas naexplorao das reservas, de modo a se bene ficiar tantodo montante financeiro como de sua expe rincia tcnica.Uma situao imposta Total, BP e Chevron, associa -das empresa venezuelana Petroleos de Venezuela SA(PDVSA) no Orenoco, assim como Repsol, associada Yacimientos Petrolferos Fiscales Bolivianos (YPFB), aestatal da Bolvia. Na Argentina, a YPF procede atual -mente do mesmo modo: a empresa j est procura deparceiros internacionais, em particular norte-americanos.

    (Revista Le Monde Diplomatique Brasil, junho, 2012.)

    Sobre a questo dos hidrocarbonetos, correto dizer:a) A onda de nacionalizaes ocorreu porque todas as

    empresas petrolferas eram 100% privadas.b) A nacionalizao deveu-se s baixas reservas exis -

    tentes na Amrica do Sul, o que exige rgido controlepor parte do Estado.

    c) Os governos, como no caso da Bolvia, tm apenas ointeresse em manter as empresas no mbito nacional.

    d) A nacionalizao foi, em alguns casos, apenas parcial;o capital privado ainda se mantm atuante.

    e) A atuao estatal visa apenas ao controle nacional eno se interessa pela participao de capital externo.

    ResoluoCom exceo da Argentina, as empresas petrolferas estran -geiras no controlavam a totalidade de aes das instituiesnacionais petroleiras os Estados nacionais tambm participa -vam; na Amrica do Sul encontram-se algumas das maioresreservas de petrleo do mundo caso da Bacia do Orenoco;alguns governos, como no caso da Bolvia, querem recebermaiores dividendos nos lucros das empresas; dado o elevadograu de aporte de capitais necessrios operao de empresaspetrolferas, os Estados nacionais buscam investimentosexternos.

    32 EE Quanto discusso ambiental envolvendo a agricultura, arevista Le Monde Diplomatique Brasil publicou oseguinte texto:

    O documento base da Rio+20, produzido pelo Progra -ma das Naes Unidas para o Meio Ambiente (UNEP),no d agricultura o lugar central que deveria ocupar nodebate, alm de abster-se de constatar os problemasprovocados pelo modelo de desenvolvimento agrcola do - minante no mundo, conhecido como agricultura industrial.

    A agricultura, entendida no sentido amplo adotado pelaFAO, inclui os cultivos temporrios ou perenes, apecuria, a pesca/aquicultura e a explorao florestal. Ela o maior fator de perda de biodiversidade, de destrui oflorestal e de desertificao em todo o mundo. Elatambm o maior consumidor de gua potvel (70%),alm de ser o principal agente de contaminao de rios,lagos e aquferos. A contaminao qumica provocadapelo uso de adubos qumicos e agrotxicos tambm um fator importante na destruio do meio ambiente naszonas costeiras, em particular na foz dos rios, onde criaimensas reas chamadas de desertos marinhos, afetandotambm a pesca.

    (Revista Le Monde Diplomatique Brasil, maio 2012.)

    Quanto temtica agrcola, verifica-se quea) a agricultura de subsistncia a grande responsvel

    pelos desequilbrios ambientais observados na rearural.

    b) a agricultura de abastecimento, voltada para a pro -duo de hortifrutigranjeiros, consome elevado volu -me de gua potvel.

    c) s a grande lavoura comercial de exportao podeprovocar os desequilbrios observados no meio rural.

    d) apenas a agricultura alimentar no comercial podemanter equilibrados os elementos do meio ambiente.

    e) o agronegcio causa grandes impactos ao meioambiente, como o caso da destruio ambiental e dadesertificao.

    ResoluoO evento RIO+20 promovido pela ONU no deu questoagrcola a importncia devida.

    33 BB Alm da crise econmica observada na Europa a partir de2005, os europeus enfrentam tambm uma crise popu -lacional. Verifique o texto:

    Os tumultos que assolaram os subrbios de imi gran -tes em Paris em 2005 chamaram a ateno do mun dopara uma mudana na Europa: o continente que no pas -sado exportou gente agora destino de imigrantes detodo o planeta. A imigrao o motor do crescimento dapopulao cada vez mais idosa da Unio Europeia.

    O forte aumento da economia europeia nas dcadasde 1950 e 1960 criou a necessidade de uma grande levade trabalhadores imigrantes, a maioria de ex-colnias:mar ro quinos e argelinos foram para a Frana; indianos,para a Inglaterra; angolanos, para Portugal. Mas, com aestag nao financeira iniciada em meados da dcada de1970, muitos europeus comearam a se ressentir dacompe tio por empregos e a recear que sua identidadenacional se dilusse com o afluxo de forasteiros.

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  • (Revista National Geographic Brasil maro 2012.)

    Em relao questo imigratria na Europa, afirma-se:I. Trata-se de uma questo exclusivamente popula cio -

    nal, no envolvendo a economia;II. A mo de obra imigrante necessria tendo em vista

    o envelhecimento da populao europeia;III. Com exceo da Oceania, os demais continentes

    enviam para Europa contingentes mais ou menosproporcionais entre si (em torno de 25%);

    IV. Em funo do envelhecimento e da necessidade demo de obra, os imigrantes so bem vistos na Europa.

    Esto corretos os itens:a) I e II; b) II e III; c) III e IV;d) I e IV; e) Apenas o I.

    ResoluoNo item I, a questo imigratria tambm envolve a eco nomia: aausncia de mo de obra se faz sentir numa economia quecresce, levando o pas a import-la para repor a falta local; noitem IV, mesmo necessrios, os imigrantes so vistos comdesconfiana e como uma ameaa populao local.

    34 EE Com o ttulo de Sto, a revista National Geographic defevereiro de 2012 publicou o seguinte texto:

    Fronteiras acidentadas esculpem uma regio marca dapor sculos de instabilidade social e poltica. Com umarea superior em mais de dois teros da Unio Euro -peia, os sete stos so distintos e evocam um tapeteasitico de muitas cores. Sua populao conjunta dequase 230 milhes excede em mais de 50% da Rssia.Antes de 1991, todavia, o mapa mostrava ape nas o Afe -ganisto e o Paquisto. Com o colapso sovi tico, cinconaes independentes nasceram. Uma dcada mais tar -de, esto todos s voltas com seca, pobreza e guerrascivis. Depois da guerra no Afeganisto, o mundo dirigeum olhar curioso para esses pases enigmticos. Quemso os stos?

    Os Stos so pases quea) integram a regio do sudeste asitico.b) pertencem Unio Europeia.c) no pertencem nenhuma organizao econmica.d) ainda no foram aceitos pela ONU.e) pertencem sia Central, como o Cazaquisto.

    ResoluoDeixando a antiga URSS em 1991, esses pases inte gram a CEI,Comunidade dos Pases Independentes, e pertencem tambm ONU. So eles o Cazaquisto, o Turcomenisto, o Quirguisto,o Uzbequisto e o Tadjiquisto.

    35 EE A questo nuclear uma preocupao mundial. A esserespeito, analise o mapa abaixo.

    (Revista National Geographic Brasil, novembro de 2012.)

    Nesse mapa, possvel observar:

    I. A maioria das naes do mundo no possui armasnucleares;

    II. Acredita-se que o Ir est desenvolvendo tecno logiapara equipar msseis com ogivas nucleares;

    III. Apenas dois pases da Amrica possuem armasnucleares;

    IV. Os acordos de no proliferao atmica no impe -diram que vrios pases desenvolvessem artefa tosnucleares.

    Esto corretas:a) I, II e III b) II e III c) III e IVd) Apenas a I e) I, II e IV

    ResoluoEm III, apenas um pas da Amrica possui armas nuclea res, osEUA. No mapa, a outra rea em destaque, alm do territriocontnuo dos EUA, o Alasca, estado estadunidense.

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  • 36 BB Apesar dos elevados desenvolvimentos observados narea mdica nos ltimos anos, algumas doenas infecto -contagiosas ainda preocupam imensamente a humani -dade. Observe o mapa e as informaes abaixo, que sereferem malria:

    MALRIA

    Causada por parasitas microscpicos transmitidos pelapicada de mosquitos, a malria ataca as clulas ver -melhas do sangue. O aquecimento global ampliou ombito dos mosquitos transmissores, pondo em riscomais de 40% da populao mundial. Alm disso, tem -peraturas mais altas fazem com que os mosquitos sereproduzam mais rpido.

    (Revista National Geographic Brasil, fevereiro, 2012.)

    Essa doenaa) avana apenas em funo do efeito estufa.b) endmica nas regies intertropicais.c) atinge regies pouco habitadas da Terra.d) expande-se por naes do extremo setentrional da

    Terra.e) no apresenta riscos para a Amrica do Norte.

    ResoluoA doena apresenta suas principais reas de ocorrncia e depossibilidade de expanso na faixa quente do mundo, a regiointertro pical. Contudo, o agravamento do efeito estufa poderexpandi-la para reas tempe radas onde a temperatura ambientesofreu eleva es.

    37 AA Em 11 de maro de 2011, a costa nordeste do Japo so -freu a ao de um tsunami. Observe o esquema abaixoque mostra o funcionamento desse fenmeno martimo:

    (Revista National Geographic Brasil, fevereiro, 2012.)

    Assim:a) Os tsunamis atingem regies prximas a zonas de

    contato de placas tectnicas.b) O fenmeno resume-se apenas a uma onda gigante,

    capaz de engolfar todo o territrio.c) A formao da onda no tem relao com o fundo

    ocenico.d) Tal fenmeno estranho ao Japo, pas que se encon -

    tra numa regio longe do contato de placas tectnicas.e) Alm do processo causador do tsunami, que a movi -

    mentao das placas tectnicas, a mar provocadapela Lua tambm ajuda a desencadear o processo.

    ResoluoA possibilidade da ocorrncia de tsunamis estende-se principal -mente pelo Crculo do Fogo do Pacfico, que inclui as costas oci -dental da Amrica do Sul e leste da sia. H menorespos sibi li dades de ocorrncia nas costas do Mediterrneoeuropeu, africano e asitico.

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  • 38 CC A atividade agrcola um dos principais componentes darenda nacional. Ela depende diretamente do custo daterra. E esse preo vem subindo nos ltimos tempos.Observe o texto e o grfico abaixo:

    Puxados pela disparada das cotaes dos gros,especialmente da soja, e pela queda nos juros, os preosmdios das terras para o agronegcio no Pas subiram50% em trs anos, com acelerao maior nos ltimos12 meses. A tendncia as cotaes continuarem emnveis elevados, apesar da desacelerao da agricultura,que afetou o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB)do primeiro trimestre.

    (O Estado de S. Paulo, 1.o/7/2012.)

    Assim, a expanso da agriculturaa) est exclusivamente relacionada com a elevao do

    preo das commodities.b) no sofre alteraes de preo em funo do custo da

    terra.c) apresenta maior expanso em terras do Centro-Oeste

    e do Norte em funo do menor preo da terra.d) deve concentrar-se nas terras do Nordeste.e) deve continuar nos prximos anos em funo da

    expanso do agronegcio.

    Resoluo nas Regies Centro-Oeste e Norte do Pas que se observa omaior avano do agronegcio no Brasil. Esse avano, feito emfuno da maior disponibilidade de ter ras e de preos menorespor hectare, tem algo a cobrar: o intenso desmata mento que seobserva nessas re gies, efetuado por queimadas e derrubadasde florestas.

    39 AA Recentemente, o IBGE forneceu os seguintes dados arespeito da Regio Sul do Pas:

    (Almanaque Abril, 2012.)

    Evidencia-se quea) a regio possui ndices sociais qualificados, como alta

    escolaridade da populao e baixa mortalidade infantil.b) uma regio notadamente agrcola, em funo de sua

    elevada taxa de analfabetismo.c) apresentou-se como a regio de maior crescimento

    econmico no ano em questo.d) uma regio economicamente equilibrada, sem que

    nenhum dos trs estados predomine.e) o crescimento negativo resultado do elevado xodo

    populacional observado durante a primeira dcada dosculo XXI.

    ResoluoCom os dados fornecidos na questo, no se pode deduzir a po -pulao rural e a urbana, bem como comparar seu cres ci mentocom as demais regies, j que os dados no esto dis ponveis;pelos dados, observa-se que o Rio Grande do Sul pos sui umaeconomia mais pujante; na Regio Sul, observaram-se sadaspopulacionais nas dcadas de 1970 e 1980.

    40 DDO grfico abaixo mostra a evoluo do preo do barril depetrleo:

    (Folha de S.Paulo, 1.o/7/2012.)

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  • A anlise da evoluo do preo do barril permite afirmar:

    I. O preo do barril aumentou aproximadamente 60 ve -zes num perodo de 41 anos;

    II. A alta de 1979 s foi superada por volta de 2004;

    III. A Primavera rabe a nica responsvel pela alta dopreo do barril de petrleo em 2011;

    IV. Na dcada de 1990, obteve-se a maior alta do preodo barril em toda a histria;

    V. A alta do preo do barril em 2008 pode ter in fluen -ciado a crise econmica ocorrida naquele ano.

    Esto corretas:a) I, II e III. b) II e IV. c) III, IV e V.d) I, II e V. e) III e V.

    ResoluoEm III, alm da Primavera rabe, o intenso consumo do com -bustvel tambm colaborou para o aumento do preo do petr -leo; em IV, o preo do combustvel esteve relativamente est velna dcada de 1990, com valor mdio de preo em torno deUS$ 20,00.

    41 AA O Brasil vivenciou uma industrializao tardia, que passoua ser mais intensa entre 1950 e 1980. Essa industria liza -o se deu mais firmemente no estado de So Paulo. Aseguir, observa-se um processo de descon centraoindustrial, como se v no grfico.

    (Almanaque Abril, 2012.)

    Com as informaes disponveis a respeito desses as sun -tos, recebidas durante os estudos e mais as fornecidasna questo possvel afirmar:a) A indstria retrocedeu em sua expanso na Regio

    Sudeste em funo da expanso nas demais.b) A regio mais beneficiada foi a Amaznia, em funo

    da criao da Zona Franca de Manaus.

    c) O desmembramento do estado de Tocantins foi omotivo que promoveu o maior crescimento industrialda Regio Centro-Oeste.

    d) A queda percentual da Regio Sudeste fez com queela fosse ultrapassada pela Regio Sul.

    e) A queda na industrializao da Regio Sudeste se dem funo da criao de uma srie de leis restritivas fixao de indstrias nessa regio a partir de 1996.

    ResoluoNa Amaznia, a industrializao concentrada em Manaus res -tringiu um pouco o desenvolvimento industrial regio nal; o desen -volvimento industrial da Regio Centro-Oeste est relacionado poltica de incentivos fiscais; a Regio Sudeste continua a pos suiro maior nmero de estabe lecimentos industriais do Pas; no hleis que restrinjam a instalao de indstrias na Regio Sudeste.

    42 EE Recentemente, o Paraguai foi suspenso do Mercosul emfuno de um processo de impeachment que retirou docargo o presidente Fernando Lugo. Os demais membrosdessa organizao sul-americana consideraram que oprocesso foi sumrio e, ento, resol veram punir o pas.Com isso, transformaes ocorreram, comoa) a entrada, no bloco, de todos os demais pases da

    Amrica do Sul, que antes eram obstrudos pelosenado paraguaio.

    b) a adeso do Mercosul ao Nafta norte-americano.c) a adeso do Chile, que considerava o Paraguai um

    empecilho comercial sua pujante economia.d) a sada da Argentina, que discorda das leis de

    impeachment do Paraguai.e) a admisso da Venezuela, cuja entrada no Mercosul era

    obstruda pelo senado paraguaio.

    ResoluoForas polticas do Paraguai obstruam h anos a entrada daVenezuela no Mercosul. Com a suspenso tempo rria doParaguai em funo do processo de impeachment de seupresidente, abriu-se uma brecha para a ad mis so daVenezuela, que foi integrada como membro pleno naOrganizao em 31 de julho de 2012.

    43 BB Leve em considerao as seguintes informaes arespeito da cidade de Curitiba, capital do Paran:1. considerada a capital mais elevada do Brasil,

    situando-se a uma altitude mdia de 950 metros.2. Encontra-se num planalto cristalino, extenso dos

    Planaltos e Serras do Atlntico Leste-Sudeste.3. Acha-se a cerca de 100 quilmetros do litoral.

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  • Agora, leve em considerao o perfil apresentado abaixo:

    Mediante as informaes disponveis, possvel concluir que Curitiba deve situar-se em:a) (1) b) (2) c) (3) d) (4) e) (5)

    ResoluoA regio (2) , comparativamente s outras, a mais ele vada e se trata do escudo cristalino paranaense, pouca distncia do mar.

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    44 AA Observe o texto referente Blgica, sede da OTAN e daUnio Europeia.

    DIFEREAS ENTRE FLA MENGOS E

    VALES AMEA AM A FEDERAO

    Uma queda de bra o en tre comunidades dividi das pelabarreira da ln gua pe em risco a unidade da Blgica. Nonorte fica a regio de Flandres, na qual se fala flamengo(idioma seme lhante ao holands) e onde esto as cidadesmais ricas. O sul a Valnia, onde se fala majoritariamentefran cs a rea tambm abriga a pequena comunidade deidio ma alemo. Bruxelas ocupa uma regio parte,bilngue.

    As divergncias culturais, polticas e econmicas entreflamengos e vales atingem o pice em 2007. Vito riosonas eleies de junho, o Partido Democrata-Cristo eFlamengo (CD&V) defende a criao de um sistema qued maior autonomia para Flandres e Valnia. Osnacionalistas flamengos se queixam do fato de Flan dres,mais rica e prspera, subsidiar econo mica mente aValnia. Com o temor de que sua regio perca repassesanuais de 10 bilhes de euros, os partidos vales socontra a proposta. Com a vitria dos separatistas da NovaAliana Flamenga (NVA) nas eleies de 2010 e oimpasse para a formao de um novo governo, o deba tesobre a diviso da Blgica volta a ganhar fora.

    (Almanaque Abril, 2012.)

    Mediante os conhecimentos, a questo da Blgicaa) pode tornar-se um incentivo emancipao de outras

    nacionalidades, ainda mais em se tratando do pas quepossui a sede de duas das mais importantes organiza -es europeias.

    b) dificilmente leva separao do pas, j que as duasna cio nalidades se entendem perfeitamente.

    c) pressiona os partidos polticos belgas a manter o pasunido sob uma nica bandeira, para o bem da Europa.

    d) tem, na regio de Flandres, localizada ao norte sob ain fluncia da Frana, cujo governo incentiva o separa -tismo da regio.

    e) tem o foco na pequena comunidade de lngua alemna Valnia, a responsvel pelos movimentos separa -tistas.

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  • ResoluoNa Europa, h vrias nacionalidades que buscam a inde pen -dncia, como os bascos na Espanha e os chechenos na Rssia,por exemplo. A fragmentao do pas seria um golpe na pro pos -ta de estabilidade do continente, feito por organizaes como aUnio Europeia, cuja sede fica exatamente em Bruxelas.

    45 DD Atente para o texto que discute a transposio de guasdo Rio So Francisco.

    O projeto de transposio do Rio So Francisco, inicia -do em 2007, prev a construo de 720 quilmetros decanais que iro transferir de 1% a 3% das guas do VelhoChico para pequenos rios e audes que atual mentesecam durante a estiagem do semirido nordes tino. Ogoverno acredita que a obra beneficiar 12 milhes depessoas e estimular a agricultura nas reas atin gidas.Os estados doadores das guas Minas Gerais, Bahia,Pernambuco, Alagoas e Sergipe devem ganharcompensaes em obras de revitalizao da bacia do rio.

    A transposio est dividida em dois eixos. O EixoNorte captar gua em Cabrob (PE) para lev-la aoserto de Pernambuco, Cear, Paraba e Rio Grande doNorte. O Eixo Leste colher as guas em Petrolndia (PE),beneficiando o serto e o agreste de Pernambuco eParaba. Segundo o Ministrio da Integrao Nacional, 5dos 14 lotes de obras da transposio do So Fran ciscoesto paralisados, espera da negociao dos preos doscontratos, os chamados aditivos. Original mente, previa-se a concluso do Eixo Leste em 2010 e do Eixo Norteem dezembro de 2012. A mais recente previso oficialindica que o primeiro eixo entrar em funcionamentoapenas no fim de 2014.

    Com previso de gastos de 7 bilhes de reais, queincluem obras de revitalizao e projetos ambientais, atransposio alvo de crticas. Alguns especialistasacreditam que construir poos profundos e de cisternaspara a coleta de gua da chuva so alternativas maiseficazes e baratas para combater a seca. Os opositorestambm argumentam que o projeto no alcanar muitascomunidades isoladas e poder causar impactosambientais no Rio So Francisco.

    (Almanaque Abril, 2012.)

    Com base na leitura do texto e em conhecimentos sobreo assunto, possvel afirmar:a) A obra est-se completando dentro do cronograma

    estipulado, com a inaugurao do primeiro trecho emfins de 2012.

    b) A obra dever fornecer guas para Cear, Per nam buco,Bahia e Piau.

    c) A obra se torna possvel pelo elevado grau de purezaque as guas do rio apresentam ao longo de todo opercurso.

    d) Vrias obras de revitalizao devero ser empreen didaspara recuperar trechos poludos do rio.

    e) O governo da Bahia ops-se transposio e o estadono est envolvido no projeto.

    ResoluoA polmica evidencia-se, pois muitos grupos ambienta listaspreferem que o rio seja recuperado nos seus tre chos poludose onde as florestas ciliares foram retira das, posicionando-secontra a transposio. Alguns esta dos, como a Bahia, alegamque as obras podem trazer pre juzo ao meio ambiente doentorno do rio, mas, mesmo assim, envolveram-se no projeto.

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  • ENEM/201222

    46 BB (UFAC) Na subida do elevador panormico de umshopping, Maria segura sua sacola de compras.

    Em certo instante (t0), de forma distrada, deixa suas com -pras cairem e faz uma anlise do acontecido, uma vez que aluna do 1.o perodo do curso de Fsica. No mesmomomento, Ana, aluna do ltimo ano do mesmo curso,observa o que aconteceu do lado de fora (isto , emrelao a um referencial fixo no solo terrestre) e tambmdecide analisar a situao. Sabendo-se que a aceleraodo elevador a e sua velocidade no instante t0

    v0, elaschegaram s seguintes dedues:

    I. Ana A sacola subiu primeiramente at certa alturae, depois, desceu at atingir o cho do elevador, tendoeste ltimo uma altura maior do que no instante emque a deixaram cair.

    II. Ana Pensando melhor, a sacola caiu exatamenteda mesma forma como foi observada por uma pessoadentro do elevador.

    III. Maria A acelerao da sacola foi a acelerao dagravidade.

    IV. Ana No instante t0, a sacola estava subindo comvelocidade v0

    .

    V. Ana Pensando bem, a sacola ficou flutuando poralguns instantes, antes de cair no cho do elevador.

    Em relao s concluses das alunas, pode-se dizer quea) I e III esto incorretas.b) II, III e V esto incorretas.c) I, II e IV esto corretas.d) I, II e V esto incorretas.e) III e IV esto corretas.

    ResoluoI. Verdadeira.

    Em relao ao solo terrestre, como o elevador estavasubindo no instante t0, ento a sacola continua subindodurante um certo intervalo de tempo. Como o elevador es -t subindo, sua altura relativa ao solo est sempre aumen -tando.

    II. Falsa.Em relao ao elevador, a acelerao da sacola ser agravidade aparente dentro do elevador: a gap = g + a a gap = g a Em relao ao solo terrestre, a acelerao da sacola aacelerao da gravidade.

    III. Falsa.Para Maria (referencial no elevador), a acelerao da sacola a gravidade aparente.

    IV. Verdadeira.A sacola tinha a mesma velocidade do elevador.

    V. Falsa.

    47 EE (UFPA) Para certificar-se da segurana do filho ao andarpelo piso de lajota de sua residncia, uma pessoa resolvecomparar os coeficientes de atrito esttico, 1 e 2, dedois modelos de calados dele (do filho).

    Para faz-lo, ela usa uma mola qualquer e procede daseguinte maneira:

    I. Pendura cada modelo na mola e mede a sua dis ten so,obtendo os seguintes resultados:

    II. Coloca os sapatos sobre o piso e puxa cada um de lescom a mola na horizontal, medindo, com uma rgua nocho, a distenso mxima at que os sa patos en tremem movimento, obtendo os seguin tes resultados:

    Com base nos resultados das comparaes feitas, con -clui-sea) ser mais seguro a criana usar o modelo 1, pois 1

    menor que 2, conforme os experimentos ates tam.

    Cincias da Natureza e suas TecnologiasQuestes de 46 a 90

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  • b) ser recomendvel a criana usar o modelo 2, por 2ser maior que 1.

    c) ser indiferente a criana usar qualquer dos doismodelos, pois os experimentos feitos mostram que1 = 2.

    d) ser mais seguro a criana usar o modelo 2, por esteoferecer menor risco de escorrego e queda, por 2ser menor que 1.

    e) ser mais seguro a criana usar o modelo 1, pois 1 maior que 2.

    Resoluo1) Da experincia I, temos:

    P = FmolaP1 = k x1 e P2 = k x2

    = = =

    2) Da experincia II, temos:Fmola = Fatdestaquek x1 = 1 P1 (1)

    k x2 = 2 P2 (2)

    : = = 1

    P2 2 = P1 1

    = =

    Como 1 > 2, o modelo 1 o mais seguro (escorrega me nos).

    48 AA (VUNESP-FMTM-MG) A prateleira incli nada, onde soexpostos os pes de forma nos super mercados, geral -mente, faz com que, uma vez retira do o po mostra, oque est por trs escor regue pela pequena rampa paratomar a posio daquele que foi reti rado. Em algumasoca sies, no entanto, ao retirar-se o po que est na fren -te, o de trs permanece em repouso em seu local original.

    Isso se deve fora de atrito que, nesse caso, tem seumdulo, em N, igual a

    a) 0,85 b) 1,70 c) 3,25 d) 4,90 e) 5,00 Dados: massa do po e sua embalagem = 0,50 kg

    mdulo da acelerao da gravidade local = = 10,0 m/s2

    inclinao da prateleira com a horizontal = 10

    sen 10 = 0,17 e cos 10 = 0,98

    Resoluo

    Fat = Pt = mg sen Fat = 0,50 . 10,0 . 0,17 (N)

    49 CC (UFCG-PB) Leia o texto seguinte:

    MGM/Time Warner Company

    O Discovery media quase cento e vinte metros deponta a ponta, porm o reduzido universo ocupado pelasua tripulao estava inteiramente encerrado no interiorda esfera de doze metros de sua cabina pressurizada. Aregio equatorial da esfera de presso, poderamos dizera faixa compreendida entre Capricrnio e Cncer [ana logiacom o globo terrestre], continha dois tambores de peque -na rotao, com vinte metros de dimetro. Fazendo umarevoluo a cada dez segundos, esse carrossel ou centr -fuga produzia uma gravidade artificial suficiente para evitara atrofia fsica que seria capaz de ocorrer em conse -quncia da total ausncia de peso, permitindo, tambm,que as funes rotineiras da vida fossem executadas emcondies quase normais.

    (CLARKE, Arthur C. 2001 Odissia Espacial. 9.a. ed. Rio de Janeiro:

    Expresso e Cultura, 1985, p.91-92. Com adaptaes.)

    Para um astronauta de 80 kg, seu peso aparente, nolocal descrito no interior da Discovery, :

    a) 800 N b) 480 N c) 288 N

    d) 248 N e) 133 N

    (Adote = 3)

    98

    1,81,6

    x2x1

    P2P1

    x2x1

    P2 2P1 1

    (2)(1)

    98

    P2P1

    12

    91 = 28

    Fat = 0,85N

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  • Resoluo

    1) T = 10 s f = Hz

    2) FN = Fcp = m 2 R

    FN = m 42 f2 R

    FN = 80 . 4 . 2 . . 10 (N)

    FN = 322 N

    FN = 32 . 9 N

    50 EE (UFG) O Kers um dispositivo automotivo desenvolvidopara a re cuperao da energia cintica perdida durante asfrea gens. Nesse sistema, a potncia recuperada de 10%da potncia mxima do motor. No campeonato de Fr mula 1,os carros possuem motores de 600 kW ( 815 cv) enquan -to o regulamento permite o uso de, no m ximo, 420 kJob tido pela ao do Kers por volta. O menor tem po, ems, para a liberao de toda a energia acumulada por essesistema ser de:a) 0,07 b) 0,14 c) 0,70 d) 1,4 e) 7,0

    ResoluoPotrecuperada = 0,1 Potmx = 0,1 . 600 kW = 60 kW

    Potrecuperada =

    60 . 103 =

    51 EE (VUNESP) Na posio em que estava sentado na ca deirado den tista, o paciente apenas podia distrair-se com a visodo teto. Observou que a lmpada fluores cen te, en caixadadentro de sua luminria de fundo espelhado cilndrico,produzia uma imagem refletida da parte oculta da lmpada,onde estavam escritas suas caractersticas tcnicas.

    Embora no se tratasse de um espelho esfrico, sabiaque na direo em que lia as palavras, podia aplicar oscon ceitos desse tipo de espelho. Observa que as letras daimagem eram direi tas e trs vezes mais alongadas queas letras lidas diretamente sobre o corpo da lmpada. Es -timou que o raio do cilindro, que fazia o papel de refletor,era 6,0 cm. Enquanto o dentista obtu rava dolorosamenteseu dente, calculou que a lmpada deveria estar posicio -nada a uma distncia da superfcie refletora dea) 10,0 cm b) 8,0 cm c) 6,0 cmd) 4,0 cm e) 2,0 cm

    Resoluo1) R = 6,0 cm f = = 3,0 cm

    2) A =

    3 =

    9,0 3p = 3,0

    6,0 = 3p

    1 10

    1 100

    FN = 288 N

    E t

    420 . 103

    t

    420t = s = 7,0 s

    60

    R 2

    f f p

    3,0 3,0 p

    p = 2,0 cm

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  • 52 DD (ENEM) Um grupo de cientistas liderado por pes -quisadores do Instituto de Tecnologia da Califrnia(Caltech), nos Estados Unidos, construiu o primeirometamaterial que apresenta valor negativo do ndice derefrao relativo para a luz visvel. Denomina-semetamaterial um material ptico artificial, tridimensional,formado por pequenas estruturas menores do que ocomprimento de onda da luz, o que lhe d propriedades ecomportamentos que no so encontrados em materiaisnaturais. Esse material tem sido chamado de canhoto.

    Disponvel em: http://www.inovacaotecnologica.com.br. Acesso em:28 abr. 2010 (adaptado).

    Considerando-se o comportamento atpico desse meta -ma terial, qual a figura que representa a refrao da luzao passar do ar para esse meio?

    ResoluoNos materiais naturais, a refrao de um raio luminoso implicaque os raios incidente e refratado fiquem em lados opostos dareta normal interface que separa os dois meios, conformerepresenta a figura.

    Nos metamateriais, porm, com valor negativo de ndice derefrao, a refrao de um raio luminoso implica que os raiosincidente e refratado apresentem-se do mesmo lado da retanormal interface que separa os dois meios, conformerepresenta a figura.

    53 EE (VUNESP)

    A inquietude da Arte

    Se verdade, como quer o cineasta francs Jean-LucGodard, que cultura norma, arte exceo, razo pelaqual seu pas d arte a importncia que d, no Brasilessa ficha no caiu. ()

    Triste compreenso da arte e da cincia, posto que ohomem se amplia e se consagra ao se alimentar daexceo. As normas, regras e modelos com que nosestofam o esprito foram elaborados por aqueles queousaram romper com as normas, regras e modelospreexistentes. Aqueles que, espicaados pela inquie tude,negaram o que era conhecido, utilizaram-no como pas -saporte de ingresso numa regio obscura, sem palavrascapazes de nome-la, inapreensvel aos sentidosdormentes. E voltaram de l com novas palavras e modosde nos provocar sensaes, reanimar nossos corpos. Enesse particular, a primazia dos artistas. E por quetambm no dos cientistas? ()

    No quadro Abaporu, Tarsila do Amaral apresenta umafigura intencionalmente distorcida, rompendo com aforma de expresso da arte de sua poca.

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  • Com base na diviso criada sobre sua pintura (superior einferior), poderamos reproduzir, com aproximao,baseados em um modelo humano normal, aquilo queTarsila reproduziu nesse famoso quadro, a partir daobservao de um modelo humano, olhando para asregies destacadas por meio de lentes ou obtendoimagem virtual da reflexo dessas partes em espelhosesfricos, devidamente posicionados, utilizando para aparte superior e inferior, nessa ordem, uma lente de bordoa) delgado ou um espelho esfrico cncavo; uma lente

    de bordo espesso ou um espelho esfrico convexo.b) delgado ou um espelho esfrico convexo; uma lente

    de bordo espesso ou um espelho esfrico cncavo.c) espesso ou um espelho esfrico cncavo para as duas

    regies destacadas.d) espesso ou um espelho esfrico cncavo; uma lente

    de bordo espesso ou um espelho esfrico convexo.e) espesso ou um espelho esfrico convexo; uma lente

    de bordo delgado ou um espelho esfrico cncavo.

    Resoluo1) Para a parte superior: de um objeto real, temos uma ima -

    gem virtual, direta e reduzida.Isto pode ser obtido com um espelho esfrico con ve xo oucom uma lente divergente (bordos espessos).

    2) Para a parte inferior: de um objeto real, temos uma imagemvirtual, direta e ampliada.Isto pode ser obtido com um espelho esfrico cn cavo oucom uma lente convergente (bordos finos).

    54 CC A figura a seguir representa o cristalino, a retina e a for -mao de uma imagem I na simulao de um olhohumano que sofre de um defeito visual.

    Para a correo do defeito visual, a imagem I deveraproximar-se do cristalino, de modo a se formar sobre aretina.

    A lente corretiva que dever ser inserida na regiopontilhada indicada na figura e um provvel tipo de defeitovisual so dados em:

    ResoluoA imagem est-se formando alm da retina: a vergncia docristalino menor do que deveria ser; o defeito de viso podeser a hipermetropia ou a presbiopia e a cor reo deve ser feitacom o uso de lentes convergentes (usualmente chamadas delentes convexas).

    55 CC (UFF-RJ) A macrofotografia uma tcnica utilizada parafotografar pequenos objetos. Uma condio que deve serobede cida na realizao dessa tcnica que a imagem doobjeto no filme deve ter o mesmo tamanho do objeto real,ou seja, imagem e objeto devem estar na razo 1:1. Supo -nha uma cmera formada por uma lente, uma caixa ve da -da e um filme, como ilustra esquematicamente a figura.

    Considere que a distncia focal da lente 55mm e que De Do representam, respectivamente, as distncias dalente ao filme e do objeto lente. Nesse caso, para rea -lizar a macrofotografia, os valores de D e Do devem sera) D = 110 mm e Do = 55 mm b) D = 55 mm e Do = 110 mm c) D = 110 mm e Do = 110 mm d) D = 55 mm e Do = 55 mme) D = 55 mm e Do = 220 mm

    Lente corretiva Defeito visual

    a convergente miopia ou presbiopia

    b divergente miopia ou presbiopia

    c convergente hipermetropia ou presbiopia

    d divergente hipermetropia ou presbiopia

    e divergente presbiopia

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  • ResoluoPara que o objeto e a respectiva imagem tenham o mesmo ta -ma nho, eles devem estar localizados nos pontos antiprincipaisda lente.

    56 EE No esquema a seguir, AB representa o comprimento dofio do resistor de um chuveiro eltrico que funciona sobtenso eltrica de 220 V.

    O chuveiro possui uma chave que permite aplicar atenso de 220 V entre as posies A e C (posio 1) ouentre A e B (posio 2).

    O ponto C o ponto mdio entre A e B.

    Uma das posies da chave adequada para o vero e aoutra para o inverno.

    Na posio vero, a potncia eltrica do chuveiro de 2,2 kW.

    Analise as proposies a seguir:

    (1) A posio 1 a posio inverno.

    (2) Na posio inverno, a potncia eltrica do chuveiro de 8,8 kW.

    (3) A resistncia eltrica total entre A e B (posio 2) de22.

    Somente est correto o que se afirma em:a) 1 b) 2 c) 3 d) 1 e 2 e) 1 e 3

    Resoluo(1) Verdadeira.

    P =

    Como U o mesmo (220 V), a posio inverno (potnciamaior) corresponde ao valor menor de R, que ocorre naposio 1.

    (2) Falsa. Na posio inverno, a resistncia eltrica a metade daresistncia na po sio vero e portanto a potncia eltrica o dobro: 4,4 kW.

    (3) Verdadeira.

    Pvero = (posio 2)

    2200 =

    57 EE (UEL-PR) Vrios aparelhos de uso frequente embiologia, fsica e medicina tm o mesmo princpio defuncio namento utilizado num tubo de raios catdicos,ainda usado na maioria dos televisores. Essencialmente,eles depen dem da obteno de feixes de partculasinicas com velocidade precisa. Na figura a seguir, estrepre sentado um dispositivo exibindo a essncia dessesequipamen tos. Uma fonte gera ons com vrias velo -cidades. Uma primeira abertura permite a sada de umfino feixe que penetra numa regio que contm umcampo eltrico

    E (gerado pelas placas P1 e P2) e um

    campo magntico B (representado por XXXXXX na figura),

    ambos uniformes e perpendiculares entre si.

    Somente ons com a velocidade desejada de mdulo vpassam pela segunda abertura. Portanto, variando asintensidades E e B dos campos eltrico e magntico,respectivamente, podem-se selecionar as velocidades dofeixe de ons atravs da segunda abertura. Se as duasaberturas se encontram alinhadas, qual o mdulo davelocidade dos ons que passam pela segunda abertura?

    a) v = b) v = E . B c) v =

    d) v = e) v =

    ResoluoPara que o on no sofra desvio, a fora resultante sobre eledever ser nula:

    Do = 110 mmD = 110 mm

    U2

    R

    U2

    R

    220 . 220

    R

    R = 22

    q E d

    B

    BE

    EB

    q B

    E

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  • FE = Fmag

    q E = q v B

    58 CC (UEPA) Os efeitos nocivos das linhas de transmisso nasade humana constituem matria de alto interesse no meiocientfico, j que alguns estudos indicam uma cor re laoentre o campo eletromagntico e o surgimento de al gunstipos de cnceres. Uma residncia localizada a 16 m deuma linha de transmisso percorrida por uma cor rente deintensidade igual a 2400 A fica sujeita ao de um campomagntico de intensidade igual a B. Sabendo-se que a per -meabilidade magntica do vcuo vale 0 = 4.10

    7T.m/Ae que a intensidade do campo magntico tpico de umexame de ressonncia magn ti ca B0 = 3,0 T, afirma-seque a razo entre B0 e B igual a:a) 103 b) 104 c) 105 d) 106 e) 107

    Resoluo

    B = = (T)

    B = 3,0 . 105 T

    B0 = 3,0 T

    59 CC (ETEC) Leia o texto a seguir.

    Um dos contatos mais fascinantes e tambm maisperigosos e violentos do homem com a natureza se dpela eletricidade. Os raios, com sua brilhante lumino -sidade (o relmpago) e seu som estrondoso (o trovo),so exemplos desses fenmenos eltricos que fascinamo homem.

    Historicamente, registra-se que a pesquisa sobre aeletricidade iniciou-se a partir da experincia, feita pelofilsofo grego Tales de Mileto, de atritar o mbar com apele de um animal, verificando a atrao entre o mbar euma pena muito leve.

    Muitos sculos se passaram, aps a observaopioneira de Tales, at os fenmenos eltricos seremanalisados cientificamente. o caso de Benjamin Franklin,que lanou ao ar, num dia de tempestade, uma pipa presaa uma linha onde pendurou uma chave metlica naextremidade inferior.

    Quando a pipa ganhou altura, passando por uma nu -vem negra, Franklin verificou uma descarga eltrica atra -vs da linha molhada, e fascas saltaram da chave. Estavadescoberto o princpio de funcionamento do para-raios,um dispositivo que possibilita certa proteo contra asdescargas eltricas naturais.

    (Adaptado de: RAMALHO JR., Nicolau et alli. Fsica Eltrica, vol.3.So

    Paulo: Moderna, 2008.)

    Com base no texto, indique a alternativa correta.a) Benjamin Franklin utilizou uma chave metlica para

    dificultar a descarga eltrica.b) Os para-raios devem ser feitos de material isolante

    para evitar descargas eltricas atravs do solo.c) Na eletrizao por atrito, realizada por Tales, o mbar e

    a pele de animal ficaram eletrizados com cargas desinais opostos.

    d) Os relmpagos so vistos antes de ouvirmos o trovo,pois, no ar, a luz tem velocidade de propagao menorque a do som.

    e) A atrao entre o mbar e a pena deve-se ao fato de ombar ter ficado com polaridade Norte, e a pena compolaridade Sul.

    ResoluoNa eletrizao por atrito, h transferncia de eltrons de umcorpo para o outro.O corpo que perde n eltrons fica com carga positiva + ne e ocorpo que recebe n eltrons fica com carga negativa ne.

    60 BB (ENEM) Duas irms que dividem o mesmo quarto deestudos combinaram de comprar duas caixas comtampas para guardarem seus pertences dentro de suascaixas, evitando, assim, a baguna sobre a mesa deestudos. Uma delas comprou uma metlica, e a outra,uma caixa de madeira de rea e espessura lateraldiferentes, para facilitar a identificao. Um dia asmeninas foram estudar para a prova de Fsica e, ao seacomodarem na mesa de estudos, guardaram seuscelulares ligados dentro de suas caixas. Ao longo dessedia, uma delas recebeu ligaes telef nicas, enquanto osamigos da outra tentavam ligar e recebiam a mensagemde que o celular estava fora da rea de cobertura oudesligado.

    Para explicar essa situao, um fsico deveria afirmar queo material da caixa, cujo telefone celular no recebeu asligaes, dea) madeira, e o telefone no funcionava porque a madeira

    no um bom condutor de eletricidade.

    Ev =

    B

    4.107 . 2400

    2 . 16

    0I2d

    B0 = 105B

    Ateno! A experincia realizada por Franklin muitoperigosa, por isso jamais tente repeti-la.

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  • b) metal, e o telefone no funcionava devido blindagemeletrosttica que o metal proporcionava.

    c) metal, e o telefone no funcionava porque o metalrefletia todo tipo de radiao que nele incidia.

    d) metal, e o telefone no funcionava porque a rea lateralda caixa de metal era maior.

    e) madeira, e o telefone no funcionava porque a espes -sura desta caixa era maior que a espessura da caixa demetal.

    ResoluoO material da caixa cujo telefone no recebeu as ligaes deveser metal.Tal caixa promove o fenmeno da blindagem eletros ttica,tambm conhecido como Gaiola de Faraday. No interior da caixa,o campo eltrico nulo.

    61 BB A varfarina ou warfarina um frmaco do grupo dosanticoa gulantes, usado na preveno das trombosesarterial ou venosa. Reduz a capacidade de coagulao dosangue, evitando a formao de trombos. usada tam -bm em altas doses como veneno para roedores. Suafrmula estrutural est representada na figura abaixo.

    No est presente na estrutura da molcula da varfarinaa) a funo orgnica ster.b) a funo orgnica fenol.c) carbono assimtrico (quiral).d) a funo orgnica cetona.e) ncleo benznico.

    Resoluo

    62 EE As prticas de adulteraes e fraudes no setor de com -bus tveis no Brasil so motivos constantes de preocu -paes da Agncia Nacional do Petrleo (ANP). Paraminimizar esses problemas, a ANP possui o ProgramaNacional do Monitoramento de Qualidade de Combus -tveis (PMQC). Para a gasolina, que, no