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COMO ESTUDAR A BÍBLIA I

O profeta declara uma verdade pela qual podemos provar toda doutrina. Diz ele: "À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva." Isa. 8:20. Embora haja abundante erro no mundo, não há razão para que os homens permaneçam no engano. A verdade é clara, e quando ela é contrastada com o erro, seu caráter pode ser discernido. Todos os súditos da graça de Deus podem compreender o que é requerido deles. Pela fé podemos submeter nossa vida à norma da justiça, porque podemos apropriar-nos da justiça de Cristo. (Fé e Obras, 97)

O Semeador divino espalhou grãos da preciosa sement e, que não podemos ver até que um hábil trabalhador, sob a orientação do Espírito Santo, os reúna e no-los apresente como completo sistema de verdade, expondo as profundezas do amor divino. Durante todos os séculos, Jesus, o Autor da verdade, por meio de profetas e pessoas, apresentara aos judeus uma verdade após a outra, da coluna de nuvem e de fogo. Mas a verdade que Ele havia dado misturou-se com o erro, e foi necessário separá-la da companhia da heresia e do mal. Era necessário reajustá-la na estrutura do evangelho, para que pudesse resplandecer em seu brilho original e iluminar as trevas morais do mundo. Onde quer que encontrava uma gema da verdade que se desprendera de seu engaste, ou fora deturpada pelo erro, Ele tornava a engastá-la e nela gravava a assinatura de Jeová. Demonstrou que Ele mesmo era a palavra e a sabedoria de Deus. (MM, Exaltai-o, 260)

Por Seu sábio desígnio, o Senhor encobre verdades e spirituais em figuras e símbolos. Mediante o uso de figuras de linguagem era muitas vezes dada a Seus acusadores e inimigos a mais franca e eficaz repreensão, sem que pudessem achar em Suas palavras algo para condená-Lo. Em parábolas e comparações Ele encontrou o melhor método para comunicar verdades divinas. Em linguagem simples,

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usando figuras e ilustrações tiradas do mundo natural, Ele descerrava a verdade espiritual a Seus ouvintes e expunha preciosos princípios que se teriam apagado da memória deles, sem quase deixar vestígio, se Ele não houvesse relacionado Suas palavras com emocionantes cenas da vida, experiência ou natureza. Despertava assim o interesse deles, suscitava perguntas e, quando havia captado completamente a sua atenção, neles inculcava decididamente o testemunho da verdade. Conseguia deste modo causar tal impressão sobre o coração que, mais tarde, ao olharem Seus ouvintes para aquilo com que Ele relacionara Seu ensino, podiam recordar as palavras do divino Mestre. (FEC, 236)

Todos os que manuseiam a Palavra de Deus estão empenhados numa obra mui solene e sagrada; pois em sua pesquisa devem receber luz e correto conhecimento, para que possam dar aos que são ignorantes. Educação é a transmissão de idéias que são luz e ve rdade. Todos os que diligente e pacientemente examinam as Escrituras para que possam instruir a outros, lançando-se à obra de maneira correta e com coração sincero, pondo de parte suas idéias preconcebidas, sejam elas quais forem, e deixando seus preconceitos hereditários à entrada da investigação, obterão verdadeiro conhecimento. Mas é fácil dar falsa interpretação à Escritura, salientando passagens e atribuindo-lhes certo significado que, à primeira vista, pode parecer correto; mas, mediante estudo adicional, ficará manifesto que é falso. Se o pesquisador da verdade comparar uma passagem com outras, encontrará a chave que abre a casa do tesouro e lhe proporciona verdadeira compreensão da Palavra de Deus. Então ele verá que suas primeiras impressões não suportariam a pesquisa e que continuar a crer nelas seria misturar a falsidade com a verdade. (MM, Este Dia com Deus, 41)

Afastando-se da Fé

Deus está ensinando, dirigindo e guiando Seu povo, para que possam ensinar, dirigir e guiar a outros. Haverá, entre o remanescente destes últimos dias, como sucedeu com o antigo Israel, os que querem agir independentemente, que não estão dispostos a submeter-se aos ensinos do Espírito de Deus e que não atenderão a advertências ou conselhos. Tenham essas pessoas sempre em mente

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que Deus possui uma Igreja sobre a Terra, à qual Ele delegou poder. Os homens quererão seguir seu próprio critério independente, desprezando conselhos e repreensões; mas, com tanta certeza como fazem isso, eles se afastarão da fé, e seguir-se-á a desgraça e a ruína de almas. Os que se arregimentam agora para apoiar e enaltecer a verdade de Deus, estão se alinhando de um lado, permanecendo unidos de coração, espírito e voz em defesa da verdade. Carta 104, 1894. (III ME, 23).

Os diferentes grupos de professos crentes do advento têm cada um deles um pouco de verdade, mas Deus deu todas essas verdades aos Seus filhos que estão sendo preparados para o dia de Deus. Ele tem dado verdades que nenhum desses agrupamentos conhece, nem entenderão. Coisas que para eles são seladas, o Senhor abriu aos que verão e estarão prontos a compreender. Se Deus tem alguma nova luz a comunicar. Ele permitirá que Seus escolhidos e amados a compreendam, sem que precisem ter a mente iluminada pelo ouvir os que estão em trevas e erro. (PE, 124/125).

E este é o objetivo que Satanás procura realizar. Nada há que ele mais deseje do que destruir a confiança em Deus e em Sua Palavra. Satanás está à frente do grande exército dos que duvidam, e trabalha em sua máxima força para aliciar as almas para suas fileiras. Duvidar está-se tornando moda. Há uma classe numerosa pela qual a Palavra de Deus é olhada com desconfiança, pela mesma razão por que o foi o seu Autor: porque ela reprova e condena o pecado . Os que estão indispostos a obedecer-lhe aos preceitos, esforçam-se por subverter a sua autoridade. Lêem a Escritura, ou ouvem os seus ensinos como são apresentados do púlpito sagrado, meramente para encontrar defeito, nela ou no sermão. Não poucos se tornam incrédulos a fim de justificar-se ou desculpar-se da negligência do dev er. Outros adotam princípios céticos por orgulho ou indolência. Demasiado amantes da comodidade para se distinguirem no cumprimento de qualquer coisa digna de honra, que requeira esforço e abnegação, visam conseguir fama de uma sabedoria superior criticando a Bíblia. Há nela muita coisa que a mente finita, não iluminada pela sabedoria divina, é impotente para compreender ; e assim encontram ensejo para criticar. Muitos há que parecem entender ser virtude achar-se do lado da descrença , do ceticismo e da incredulidade. Mas, sob

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aparência de sinceridade, ver-se-á que tais pessoas são movidas pela confiança própria e orgulho . Muitos se deleitam em encontrar nas Escrituras alguma coisa que confunda o espírito de outros. Alguns a princípio criticam e sofismam, por simples amor à controvérsia. Não compreendem que se estão assim enredando nas ciladas do caçador. Tendo, porém, expresso abertamente descrença, entendem que devem manter sua atitude. Assim se unem eles aos ímpios, e fecham para si mesmos as portas do paraíso. (GC, 526; II Tim 2: 26).

Maravilhosas, maravilhosas palavras quase fora do alcance da compreensão! Entenderão isto os professores de nossas escolas? Adotarão a Palavra de Deus como guia que pode torná-los sábios para a salvação? Este Livro é a voz de Deus falando a nós. A Bíblia nos revela as palavras da vida, pois nos torna familiarizados com Cristo que é nossa vida. Para ter verdadeira e inabalável fé em Cristo, precisamos conhecê-Lo assim como é representado na Palavra . A fé é confiante. Não é uma questão de caprichos e estremecimentos, de acordo com o impulso e a emoção do momento; mas é um princípio que se baseia em Jesus Cristo. E a fé precisa ser mantida em constante exercício por meio de diligente e perseverante estudo da Palavra. Esta última torna-se assim uma força atuante, e somos santificados na verdade. (FEC, 433).

Mediante pacientes e incansáveis labores, por vezes nas profundas e escuras cavernas da Terra, à luz de archotes, eram copiadas as Escrituras Sagradas, versículo por versículo, capítulo por capítulo. Assim a obra prosseguia, resplandecendo, qual ouro puro, a vontade revelada de Deus; e quanto mais brilhante, clara e poderosa era por causa das provações que passavam por seu amor, apenas o poderiam compreender os que se achavam empenhados em obra semelhante. Anjos celestiais circundavam os fiéis obreiros. (GC, 69).

Cada capitulo e cada versículo da Bíblia é uma comu nicação da parte de Deus aos homens . Devemos ligar seus preceitos como sinais sobre nossas mãos, e como testeiras entre nossos olhos.

Sendo estudada e obedecida, haveria de guiar o povo de Deus, como guiados foram os Israelitas, pela a coluna de nuvem durante o dia, e pela coluna de fogo a noite. (PP, 504)

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Deus não fixa limite para o progresso dos que desej am ser “cheios do conhecimento da Sua vontade, em toda sabedoria e inteligência espiritual”. Mediante a oração, a vigilância, através do crescimento no conhecimento e na compreensão, eles devem ser “corroborados em toda a fortaleza, segundo a força de Sua gloria”. Assim são preparados para trabalhar por outros. (AA, 478).

A Bíblia é o grande padrão do que é certo e do que é errado, pois define claramente o pecado e a santidade. Seus vivos princípios, penetrando em nossa vida como fios de ouro , são a nossa única salvaguarda na provação e tentação.

A Bíblia é um mapa que nos mostra os marcos da verdade. Os que estão familiarizados com esse mapa serão habilitados a palmilhar com segurança o caminho do dever, seja para onde for que tenham de ir.

A Bíblia contém um singelo e completo sistema de teologia e filosofia. É o livro que nos torna sábios para a salvação. Ela nos conta como podemos chegar às moradas de perene felicidade. Fala-nos do amor de Deus, segundo é revelado no plano da redenção , transmitindo o conhecimento essencial a todos – (MM. Exaltai-o, 131).

Não basta estudar a Bíblia como se estudam outros livros. Para que seja compreendida salvificamente, o Espírito Santo precisa agir no coração do pesquisador . O mesmo Espírito que inspirou a Palavra precisa inspirar o leitor da Palavra. Então será ouvida a voz do Céu. A linguagem do coração será: "Tua Palavra, ó Deus, é a verdade!" (MM Exaltai-o 112).

Cada coração é comovido ou atraído por Jesus Cristo. Ao vós tornardes estudantes das Escrituras, o Espírito de Deus toma as coisas de Deus e vo-las imprime no coração. Os fios de ouro que se estendem da pessoa que faz de Deus a sua força, por meio da influência se prenderão a outras pessoas e as atrairão a Cristo. Essa é a obra que deve ser feita pelos que colocam sobre a pedra-alicerce material precioso, pois cooperaram com Jesus Cristo e trabalham segundo Ele dispõe. Carta 71, 1893. (MM. Lugares Celestial, 171).

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Por que não havia de este livro - este precioso tesouro - ser exaltado e estimado como apreciado amigo? Esta é nossa carta através do tempestuoso mar da vida. É nosso livro-guia, mostrando-nos o caminho para as mansões eternas, e o caráter que precisamos ter para nelas habitar. Não há livro cujo manuseio assim eleve e fortaleça o espírito como a Bíblia ao ser estudada. Aí o intelecto encontrará temas do mais elevado caráter, para despertar-lhe as faculda des. Coisa alguma proporcionará vigor a todas as nossas faculdades como pô-las em contato com as estupendas verdades da revelação. O esforço para apreender e medir esses grandes pensamentos expande a mente. Podemos cavar fundo na mina da verdade e reunir preciosos tesouros com que enriquecer a alma. (MCP, I, pág. 97).

A Bíblia é a grande norma do direito e do erro, definindo claramente o pecado e a santidade . Seus princípios vivos, atravessando nossa vida como fios de ouro, são nossa única salvaguarda na prova e na tentação. A Bíblia é um mapa, indicando-nos os marcos da verdade. Os que se acham relacionados com esse mapa, estarão habilitados a trilhar com segurança a senda do dever, aonde quer que sejam chamados. Review and Herald, 11 de junho de 1908 (Fé Pela a Qual eu Vivo, 7).

Nenhum conhecimento é tão sólido, consistente, e de tão vasto alcance, como o que é obtido do estudo da Palavra de Deus. É a base de todo verdadeiro conhecimento . A Bíblia é como uma fonte. Quanto mais se olha para o seu interior, tanto mais profundo parece à vista. As grandiosas verdades da história sagrada possuem estupenda forç a e beleza, e são tão vastas como a eternidade . Nenhuma ciência se iguala à que revela o caráter de Deus. (FEC, 393).

Muitas ilustrações da natureza são empregadas pelos escritores da Bíblia; e, observando nós as coisas do mundo natural, habilitamo-nos, sob a guia do Espírito Santo, para compreender mais amplamente as lições da Palavra de Deus. É assim que a natureza se torna uma chave do tesouro da Palavra. (ED, 120).

Devem-se animar as crianças a buscar na natureza objetos que ilustrem os ensinos da Bíblia, e estudar nesta os símiles tirados daquela .

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Devem procurar, tanto na natureza como na Escritura Sagrada, todos os objetos que representem a Cristo , e também os que Ele empregou para ilustrar a verdade. Desta maneira poderão aprender a vê-Lo na árvore e na videira, no lírio e na rosa, no Sol e na estrela. Poderão aprender a ouvir a Sua voz no canto das aves, no sussurro das árvores, no retumbante trovão, na música do mar. E todos os objetos na natureza repetir-lhes-ão Suas preciosas lições. (ED, 120).

Por meio da Natureza, de figuras e símbolos, de patriarca e profetas, Deus falara ao mundo. As lições deviam ser dadas á humanidade na linguagem da própria humanidade. O mensageiro do conserto devia falar. (DTN, 33)

Comparara Ele Sua obra à do semeador; o desenvolvimento de Seu reino à semente da mostarda e ao efeito do fermento na medida de farinha. A grande separação final dos justos e os ímpios, descrevera-a nas parábolas do trigo e do joio e da rede de pescar. A inexcedível preciosidade das verdades que ensinava, tinha sido ilustrada pelo tesouro escondido e a pérola de grande preço, ao passo que, na parábola do pai de família, ensinara aos discípulos a maneira de trabalhar como representantes Seus. (DTN, 333).

Os cristãos e o mundo unem-se em um coração e espírito nestas ocasiões de festas. O Varão de Dores, que experimentou as angústias, não será bem-vindo nestes lugares de diversão. Os amantes do prazer e da suntuosidade, imprudentes e frívolos, ajuntam-se nos salões e o esplendor e os enfeites da moda são vistos por todos os lados. Os ornamentos das cruzes de ouro e pérola, que represe ntam o Redentor crucificado , adornam as pessoas. Mas Aquele que essas jóias altamente preciosas representam não tem valor e não é bem-vindo nas reuniões. Sua presença seria um constrangimento em suas hilaridades e divertimentos sensuais, lembrando-os do dever negligenciado e trazendo-lhes à lembrança pecados ocultos que Lhe produziram semblante pesaroso e olhos tristes e lacrimosos. (DT, 78).

As aves do céu, os lírios do campo, o semeador e a semente, o pastor e as ovelhas - tais eram as coisas com que Cristo ilustrava a verdade

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imortal. Ele tirava também ilustrações dos acontecimentos da vida, fatos da experiência familiar aos ouvintes - o ferm ento, o tesouro escondido, a pérola, a rede de pescar, a moeda perd ida, o filho pródigo, a casa na rocha, e na areia. Em Suas lições havia sempre algo que despertava o interesse das pessoas, que falava a todo coração. Assim, a lida diária, em vez de ser mera rotina de labutas, despojada de pensamentos elevados, iluminava-se e erguia-se pelas constantes lembranças de coisas espirituais e invisíveis. (Educação, 102).

O tema central da Bíblia , o tema em redor do qual giram todos os outros no livro, é o plano da redenção, a restauração da imagem de Deus no ser humano. Desde a primeira sugestão de esperança na sentença pronunciada no Éden , até àquela última gloriosa promessa do Apocalipse - "verão o Seu rosto, e na sua testa estará o Seu nome" (Apoc. 22:4) - o empenho de cada livro e passagem da Bíblia é o desdobramento deste maravilhoso tema - o reerguimento do homem, ou seja, o poder de Deus "que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo". I Cor. 15:57 (ED, 125 e 126).

A Bíblia explica-se por si mesma . Textos devem ser comparados com textos. O estudante deve aprender a ver a Palavra como um todo, e bem assim a relação de suas partes. Deve obter conhecimento de seu grandioso tema central, do propósito original de Deus em relação a este mundo, da origem do grande conflito, e da obra da redenção. Deve compreender a natureza dos dois princípios que contendem pela supremacia, e aprender a delinear sua operação através dos relatos da História e da profecia, até à grande consumação. Deve enxergar como este conflito penetra em todos os aspectos da experiência humana; como em cada ato de sua vida ele próprio revela um ou outro daqueles dois princípios antagônicos; e como, quer queira quer não, ele está mesmo agora a decidir de que lado do conflito estará. (ED, 190).

Seu grande conjunto de verdades não é apresentado de modo a ser descoberto pelo leitor apressado ou descuidoso. Muitos de seus tesouros jazem muito abaixo da superfície, e só se podem obter por uma pesquisa diligente e contínuo esforço. As verdades que irão

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perfazer o grande todo, devem ser pesquisadas e reunidas "um pouco aqui, um pouco ali". Isa. 28:10. (ED, 123)

Quando assim descobertas e reunidas, notar-se-á que se adaptam perfeitamente umas às outras. Cada evangelho é um suplemento dos outros, cada profecia uma explicação de outra, cada verdade um desenvolvimento de alguma outra. Os símbolos da economia judaica são esclarecidos pelo evangelho. Cada princípio tem na Palavra de Deus seu lugar, cada fato sua significação. E a estrutura completa, em seu plano e execução, dá testemunho do seu Autor. Mente alguma poderia conceber ou moldar tal estrutura, a não ser a que possui o Ente infinito.

Pesquisando as várias partes e estudando as relações entre elas existentes, são chamadas a uma intensa atividade, as mais altas faculdades da mente humana. Ninguém poderá empenhar-se em tal estudo, sem desenvolver poder mental. (ED, 123-124)

Aquele que com espírito sincero e dócil, estuda a Palavra de Deus, procurando compreender as suas verdades, será levado em contat o com seu Autor ; e, a menos que não o queira, não haverá limites às possibilidades para o seu desenvolvimento.

Maior ainda é o poder da Bíblia no desenvolvimento da natureza espiritual. (MM. Exaltai-o, 123)

A ciência da redenção é a ciência de todas as ciências; a ciência que constitui o estudo dos anjos e de todos os seres dos mundos não caídos; a ciência que ocupa a atenção de nosso Senhor e Salvador; ciência que se acha incluída no propósito originado na mente do Infinito, propósito este que "desde tempos eternos esteve oculto" (Rom. 16:25); ciência, enfim, que será o estudo dos remidos de Deus através dos séculos infindáveis. (ED, 126).

A verdade divina deve ser o objeto de sua contemplação e meditação. Deve ele considerar a Bíblia como a voz de Deus a ele falando diretamente. Achará assim a sabedoria que é divina. (AA, 475).

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A Bíblia é a armadura com que nos podemos equipar para a luta. Nossos lombos devem estar cingidos com a verdade. Nossa couraça deve ser de justiça. Na mão devemos ter o escudo da fé , e na cabeça o capacete da salvação; e com a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus, devemos abrir caminho por entre as obstruções e embaraços do pecado. (AA, 502).

Podemos ter uma visão do futuro, da felicidade no C éu. Na Bíblia estão reveladas visões da glória futura, cenas pintadas pela mão de Deus, e que são uma preciosidade para Sua igreja. Pela fé podemos chegar até o limiar da cidade eterna e ouvir as afáveis boas-vindas dadas aos que, nesta vida, cooperaram com Cristo, considerando uma honra sofrer por Sua causa. Ao serem pronunciadas as palavras: "Vinde, benditos de Meu Pai" (Mat. 25:34). (AA, 601).

Disse Jesus acerca das Escrituras do Antigo Testamento - e quanto mais é isto verdade do Novo! - "São elas que de Mim testificam" (João 5:39), - dEle que é o Redentor. Aquele em quem se centralizam nossas esperanças de vida eterna. Sim, a Bíblia toda fala de Cristo. Desde o primeiro relatório da criação - pois "sem Ele nada do que foi feito se fez" (João 1:3) - até à promessa final: “(CC, 88)”.

Pontos de vista e idéias agradáveis apresentam-se-me como preciosos veios de ouro, e meu coração está todo abrasado e sinto um ardor de alma que parece ansiar por expressar-se.

Ao ler as Escrituras, a luz parece incidir sobre toda letra - as frases parecem ser tão vivas, novas e importantes - e meu coração está em completa harmonia com o todo . Sou grata em todo momento, mesmo quando estou acordada à noite e não consigo dormir.

Sei em minha experiência diária que o Espírito Santo está presente quando leio Sua Palavra, implantando a verdade no coração, para que possa ser expressa a outros na vida e no caráter. O Espírito de Deus toma a verdade da página sagrada, onde Ele mesmo a colocou, e a imprime na alma. Que santa alegria, que esperança e consolo podem pertencer-nos para serem transmitidos a outros! (Este dia com Deus, 344).

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Diz o apóstolo: "Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para o ensinar, para a redargüir, para a corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra." II Tim. 3:16 e 17. Isto é bastante amplo. Procurem todos compreender, na máxima amplitude de suas faculdades, o significado da Palavra de Deus. A mera leitura superficial da Palavra inspirada trará pouco benefício, porque cada declaração feita nas páginas sagradas requer cuidadoso estudo. É verdade que certas passagens não requerem tão diligente concentração como outras, pois seu significado é mais evidente. Mas o estudante da Palavra de Deus deve procurar compreender a relação que existe entre uma passagem e outra, até que a cadeia da verdade se revele a sua vista. Como os veios do precioso metal se acham ocultos debaixo da superfície da Ter ra, assim as riquezas espirituais estão escondidas no texto da S agrada Escritura, e é necessário esforço mental e devota atenção para descobrir o significado oculto da Palavra de Deus. (FEC, 169)

Devemos buscar diligentemente o tesouro escondido e pedir sabedoria do Céu a fim de separar as invenções humanas das ordens divinas. O Espírito Santo auxiliará o que procura grandes e preciosas verdades relacionadas com o plano da redenção.

Assim como o mineiro explora ansiosamente a terra para descobrir os veios de ouro, deveis examinar a Palavra de Deus em busca do tesouro escondido que Satanás há tanto tempo tem pr ocurado ocultar aos homens. O Senhor diz: "Se alguém quiser fazer a vontade dEle, conhecerá a respeito da doutrina. “João 7:17. (FEC, 307)”

Há nessa Palavra verdades que, qual veios de ouro precioso , estão ocultos sob a superfície. Os tesouros escondidos são descobertos ao serem buscados, assim como o mineiro busca o ouro e a prata. Certificai-vos de que a prova da verdade esteja na própria Escritura. Uma passagem é a chave de outras passagens. O valioso e profundo significado é-nos desvendado pelo Santo Espírito de Deus, tornando clara a Palavra à nossa compreensão. “(FEC. 390)”

Assim como tem a mina ricos veios de ouro e prata o cultos por sob a superfície , de maneira que todos os que desejam descobrir os

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preciosos depósitos devem cavar, assim as Sagradas Escrituras têm tesouros de verdade que são revelados unicamente ao ardoroso, humilde e devoto pesquisador. Deus destinara a Bíblia a ser um compêndio para toda a humanidade, na infância, juventude e idade madura, devendo ser estudada através de todos os tempos.

Deu Sua Palavra aos homens como revelação de Si mesmo. Cada nova verdade que se divisa é uma nova revelação do caráter de seu Autor. O estudo das Escrituras é o meio divinamente ordenado para levar o homem a mais íntima comunhão com seu Criador e dar-lhe mais claro conhecimento de Sua vontade. É o meio de comunicação entre Deus e o homem. (GC. 69).

Necessitamos da iluminação do Espírito Santo, para discernir as verdades da Palavra de Deus. As coisas aprazíveis do mundo natural não são vistas sem que o Sol, dissipando as trevas, as inunde de luz. Assim as preciosidades da Palavra de Deus, não são apreciadas, sem serem reveladas pelos brilhantes raios do Sol da Justiça.

O Espírito Santo enviado do Céu, pela benevolência do infinito amor, toma as coisas de Deus e as revela a toda pessoa que tem fé implícita em Cristo. Por Seu poder, as verdades vitais das quais depende a salvação, são impressas na mente, e o caminho da vida torna-se tão claro, que ninguém precisa desviar-se. Estudando as Escrituras, devemos orar para que a luz do Santo Espírito de Deus ilumine a Palavra a fim de vermos e apreciarmos suas jóias. (PJ. 113).

Ninguém pense que não há mais sabedoria para alcanç ar. A profundeza do entendimento humano pode ser medida, as obras de autores humanos podem ser conhecidas; porém o mais alto, mais profundo e mais largo vôo da imaginação não pode descobrir a Deus. Há a imensidade além de tudo que podemos compreender. Vimos somente o cintilar da glória divina e do infinito conhecimento e sabedoria; temos estado a trabalhar, por assim dizer, próximos da superfície enquanto ricos veios de ouro estão mais embaixo, para recompensar aquele que cavar em sua procura. A escavação precisa aprofundar-se mais e mais na mina, e maravilhosos tesouros serão o resultado. Por uma fé correta, o conhecimento divino tornar-se-á conhecimento humano. (PJ, 114)

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Ninguém pode esquadrinhar as Escrituras no Espírito de Cristo sem ser recompensado. Quando o homem consente em ser instruído como uma criancinha, quando se submete inteiramente a Deus, achará a verdade em Sua Palavra. Se os homens fossem obedientes compreenderiam o plano do governo de Deus. O mundo celestial abriria os seus mistérios de graça e glória à pesquisa. Os seres humanos seriam totalmente diferentes do que agora são: porque, explorando as minas da verdade, os homens seriam enobrecidos. O mistério da salvação, a encarnação de Cristo , Seu sacrifício expiatório não seriam, como o são agora, noções vagas em nossa mente. Não somente seriam mais bem compreendidos, como infinitamente mais apreciados. (PJ. 114-115)

ATENÇÃO

Em Sua oração ao Pai, deu Cristo ao mundo uma lição que deve ser gravada na mente e na alma. "A vida eterna", di sse, "é esta: Que conheçam a Ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste." João 17:3. Isto é verdadeira educ ação. Comunica-nos poder. O conhecimento experimental de Deus e de Jesus Cristo, a quem Ele enviou, transforma o homem na semelhança de Deus. Dá ao homem o domínio próprio, submetendo todos os impulsos e paixões da natureza inferior ao domínio das faculdades superiores da mente. Faz de seu possuidor filho de Deus e herdeiro do Céu. Leva-o à comunhão com a mente do Infinito e lhe abre os ricos segredo s do Universo.

Esse é o conhecimento obtido pelo estudo da Palavra de Deus . Esse tesouro pode ser encontrado por toda pessoa que der tudo para alcançá-lo.

"Se clamares por entendimento, e por inteligência alçares a tua voz, se como a prata a buscares e como a tesouros escondidos a procurares, então, entenderás o temor do Senhor e acharás o conhecimento de Deus." Prov. 2:3-5. (PJ, 115).

(Apoc.14:8) Parte de uma serie de Acontecimentos – A mensagem quanto á queda de Babilônia deve ser dada. O povo de Deus deve

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entender o que se refere ao anjo que iluminará todo o mundo com sua glória, quando clamar poderosamente com grande voz: Caiu, caiu, a grande Babilônia. Os solenes acontecimentos que agora estão acontecendo pertencem a uma serie de fatos da cadei a da história dos quais o primeiro éslogam está conectado com o É den. Que o povo de Deus se preparem para o que estar vindo a Terra. O mundo estar cativo pelo o esbanjamento no uso dos recursos, o egoísmo e as heresias. Os instrumentos satânicos têm estado em ação durante séculos. Render-se-á agora sem lutas? (MS 172, 1899) Comentário bíblico de Apoc 18.

Desde a primeira promessa de redenção no Éden, a vida, o caráter e a mediação de Cristo têm constituído o estudo das mentes humanas. Todavia, cada mente pela qual tem atuado o Espírito Santo, expôs estes temas sob aspecto novo . As verdades da redenção são susceptíveis de desenvolvimento e expansão constantes. Embora velhas, são sempre novas, e revelam constantemente ao pesquisador da verdade maior glória e força mais potente. (PJ, 127)

O Jardim do Éden, com sua pútrida mancha de desobed iência , deve ser cuidadosamente estudado e comparado com o Jardim do Getsêmani, onde o Redentor do mundo sofreu agonia sobre-humana quando os pecados do mundo todo foram depostos sobre Ele. Ouçam a oração do Filho unigênito de Deus : "Meu Pai, se possível, passe de Mim este cálice! Todavia, não seja como Eu quero, e sim como Tu queres". E orou a segunda vez, dizendo: "Meu Pai, se não é possível passar de Mim este cálice sem que Eu o beba, faça-se a Tua vontade." Mat. 26:39 e 42. (MM Cristo Triunfante. 24)

A obra de Deus na Terra apresenta, século após sécu lo , uma surpreendente semelhança, em todas as grandes reformas ou movimentos religiosos. Os princípios envolvidos no trato de Deus com os homens são sempre os mesmos. Os movimentos importantes do presente têm seu paralelo nos do passado, e a experiência da igreja nos séculos antigos encerra lições de grande valor para o nosso tempo. (GC, 343) este parágrafo é para ser juntado com os dois primeiros parágrafos da pág. 25 desta apostila.

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Ao serem as Escrituras do Antigo Testamento amalgam adas com o Novo numa explanação do eterno propósito de Jeová, isto será para muitos judeus como o raiar de uma nova criação, a ressurreição da alma. Ao verem o Cristo da dispensação evangélica retratado nas páginas das Escrituras do Antigo Testamento, e perceberem quão claramente o Novo Testamento explica o Antigo, suas adormecidas faculdades despertarão e eles reconhecerão a Cristo como o Salvador do mundo. (A.A. 381)

Apontando para a Bíblia, Ele disse: As Escrituras do Antigo e do Novo Testamentos devem ser unidas na obra de prepar ar um povo para subsistir no dia do Senhor . Aproveitai diligentemente vossas oportunidades de hoje. Tornai a Palavra do Deus vivo o vosso modelo. Caso isto houvesse sido sempre feito, alunos hoje perdidos para a causa de Deus seriam agora missionários. Jeová é o único Deus verdadeiro, e deve ser reverenciado e adorado. (CSE, 166).

O Antigo Testamento derrama luz sobre o Novo, e o N ovo sobre o Antigo. Cada qual é uma revelação da glória de Deus, em Cristo. Cristo, conforme foi manifestado aos patriarcas, conforme foi simbolizado no serviço dos sacrifícios, descrito na lei, e revelado pelos profetas, é a riqueza do Antigo Testamento. Cristo em Sua vida, Sua morte e Sua ressurreição; Cristo, conforme é manifesto pelo Espírito Santo, é o tesouro do Novo. (CPPE, 462).

Deve ser apresentado perante o povo o poder de Cristo, o Salvador crucificado, para dar vida eterna. Devemos mostrar-lhes que o Antigo Testamento é tão verdadeiramente o evangelho em tempos e sombras, como o Novo Testamento o é em seu poder manifestado. O Novo Testamento não é uma nova religião, e o Antigo Testamento não é uma religião antiga a ser substituída pela nova. O Novo Testamento é apenas o avançamento e desdobramento do Antigo . Abel foi um crente em Cristo, tão verdadeiramente salvo por Seu poder como o foram Pedro e Paulo. (MM Cristo Triunfante, 62-63).

A luz que recebemos sobre a terceira mensagem angélica é a legítima. O sinal da besta é exatamente o que tem sido proclamado. Nem tudo

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que se refere a este assunto é compreendido; nem compreendido será até que tenha sido completamente aberto o rolo do livro. Uma solene obra será, entretanto, realizada no mundo. (II TS, 371)

Que uma só passagem profética pode ter mais de um cumprimento, é evidente (ver com Deut 18: 15). Algumas destas profecias têm um cumprimento imediato e outras mais remotas, e ademais há nelas princípios que podem aplicar-se em geral em todas as épocas. Mais ainda deve lembrar-se que as promessas e as ameaças de Deus são igualmente condicionais. (EGW MS, 4 1883).

Desta maneira certas predições que poderiam ter achado um comprimento pleno em uma época anterior da historia, foram deferidas por causa do fracasso da igreja que não se pôs a altura de seus privilégios e oportunidades (ver T IV pp 32-36 com de Apoc).

Depois de Sua ressurreição Jesus apareceu a Seus di scípulos no caminho para Emaús , e, "começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dEle se achava em todas as Escrituras". Luc. 24:27. Comoveu-se o coração dos discípulos. Avivou-se-lhes a fé. Foram "de novo gerados para uma viva esperança", mesmo antes que Jesus Se lhes revelasse. Era propósito de Cristo iluminar-lhes o entendimento, firmando-lhes a fé na "firme palavra da profecia". Desejava que no espírito deles a verdade criasse sólidas raízes, não meramente porque fosse apoiada por Seu testemunho pessoal, mas por causa da evidência inquestionável apresentada pelos símbolos e sombras da lei típica e pelas profecias do Antigo Testamento. (Cristo em Seu Santuário, 7).

Esforçando-se por deixar de lado todas as opiniões preconcebidas, dispensando comentários, comparou passagem com passagem, com o auxílio das referências à margem e da concordância. Prosseguiu no estudo de modo sistemático e metódico; começando com Gênesis, e lendo versículo por versículo, não ia mais depressa do que se lhe desvendava o sentido das várias passagens, de modo a deixá-lo livre de toda dificuldade. Quando encontrava algum ponto obscuro, tinha por costume compará-lo com todos os outros textos que pareciam ter

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qualquer referência ao assunto em consideração. Permitia que cada palavra tivesse a relação própria com o assunto do texto e, quando harmonizava seu ponto de vista acerca dessa passagem com todas as referências da mesma, deixava de ser uma dificuldade. Assim, quando quer que encontrasse passagem difícil de entender, achava explicação em alguma outra parte das Escrituras.

Estudando com fervorosa oração para obter esclarecimentos da parte de Deus, o que antes parecia obscuro à compreensão agora se fizera claro. Experimentou a verdade das palavras do salmista: "A exposição das Tuas Palavras dá luz; dá entendimento aos símplices." (Sal. 119:130).

Com intenso interesse estudou os livros de Daniel e Apocalipse, empregando os mesmos princípios de interpretação que para as demais partes das Escrituras; e descobriu, para sua grande alegria, que os símbolos proféticos podiam ser compreendidos. Viu que as profecias já cumpridas tiveram cumprimento literal; que todas as várias figuras, metáforas, parábolas, símiles, etc., ou eram explic ados em seu contexto, ou os termos em que eram expressos se ach avam entendidos literalmente. "Fiquei assim convencido", diz ele, “de ser a Escritura Sagrada um conjunto de verdades reveladas, tão clara e simplesmente apresentadas que o viajante, ainda que seja um louco, não precisa errar”. (GC, 320).

Deve ser apresentado perante o povo o poder de Cristo, o Salvador crucificado, para dar vida eterna. Devemos mostrar-lhes que o Antigo Testamento é tão verdadeiramente o evangelho em tempos e sombras, como o Novo Testamento o é em seu poder manifestado. O Novo Testamento não é uma nova religião, e o Antigo Testamento não é uma religião antiga a ser substituída pela nova. O Novo Testamento é apenas o avançamento e desdobramento do Antigo. (MM Cristo triunfante 63).

ATENÇÃO

Guilherme Miller não alimentava simpatias para com as influências que conduziam ao fanatismo. Declarou, como o fez Lutero, que todo espírito

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deveria ser provado pela Palavra de Deus. "O diabo", disse Miller, "tem presentemente grande poder sobre o espírito de alguns. E como saberemos de que espécie de espírito são eles? A Bí blia responde: 'Por seus frutos os conhecereis' . ... Muitos espíritos há no mundo; ordena-se-nos provar os espíritos. O espírito que não nos faz viver sóbria, reta e piamente, no mundo atual, não é o Espírito de Cristo. Estou cada vez mais convencido de que Satanás muito tem a fazer nestes movimentos desordenados. ... Entre nós, muitos que pretendem ser inteiramente santificados, seguem as tradições dos homens, e visivelmente se tornam tão ignorantes acerca da verdade como outros que não têm semelhantes pretensões." - Bliss. "O espírito do erro nos afastará da verdade, e o Espírito de Deus para a verdade nos conduzirá. Mas, dizeis vós, um homem pode estar em erro e pensar que tem a verdade. Como será então? Respondemos: O Espírito e a Palavr a concordam . Se um homem julga a si mesmo pela Palavra de Deus e acha perfeita harmonia em toda a Palavra, deve então crer que tem a verdade; mas, se descobre que o espírito pelo qual se conduz não se harmoniza com todo o conteúdo da lei ou do Livro de Deus, ande com cuidado, para que não suceda ser preso na cilada do diabo." - The Adventist Herald and Signs of the Times Reporter, de 15 de janeiro de 1845. (G.C. 396-397).

A mera leitura da Palavra não logrará o resultado d esejado pelo Céu; tem de ser estudada e acariciada no coração. O conhecimento de Deus não é alcançado sem esforço mental. Devemos estudar diligentemente a Bíblia, pedindo a Deus o auxílio do Espírito Santo, a fim de que Lhe compreendamos a Palavra. Devemos tomar um versículo e concentrar a mente na tarefa de descobrir o pensa mento que Deus colocou para nós nesse versículo . Devemos demorar-nos nesse pensamento, até que se torne nosso e nós saibamos "o que diz o Senhor". (M.M. Nos Lugares Celestiais, 138).

Cumpre-nos estudar cuidadosamente a Bíblia , pedindo a Deus o auxílio do Espírito Santo, para que possamos compreender a Palavra. Devemos tomar um versículo, e concentrar a mente na tarefa de averiguar o pensamento nele posto por Deus para nós. Convém demorar-se sobre esse pensamento até que nos apoderemos dele, e saibamos "o que diz o Senhor". (DTN, 390).

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No estudo diário o método de estudar versículo por versículo é muitas vezes o mais eficaz . Tome o estudante um versículo, e concentre o espírito em descobrir o pensamento que Deus ali pôs para ele, e então se demore nesse pensamento até que se torne seu também. Uma passagem estudada assim até que sua significação esteja clara, é de mais valor do que o manuseio de muitos capítulos sem nenhum propósito definido em vista, e sem nenhuma instrução positiva obtida. (Educação, 189; Isaias 28: 10, 13 )

Não permitais que idéias estreitas vos proscrevam e impeçam os esforços . "O campo é o mundo." Mat. 13:38. As doutrinas verdadeiras são plenamente reveladas em cada página da Palavra de Deus e, não obstante, o inimigo tem poder para cegar a mente dos orgulh osos, de maneira que não entendam as mais claras e simple s declarações. (CSES, 78)

Devemos tomar um versículo , e concentrar a mente na tarefa de averiguar o pensamento nele posto por Deus para nós. Convém demorar-se sobre esse pensamento até que nos apoderemos dele, e saibamos "o que diz o Senhor ". (DTN, 390)

Isaias diz que é um pouco aqui e um pouco ali (Isa 28: 10, 13), as vezes usando uma só parte do versículo. Oséias diz que esses versículos estão escritos por comparações, isto é, símiles (Oséias 12: 10), também fala que esses símiles só seriam revelados aos profetas (Num 12: 6) e que Deus não fariam coisa alguma sem revelar aos seus servos, os profetas (Amos 3: 7). São todos profetas? (I Cor 12: 12 e 27-28) e que se o povo cresce em seus profetas prosperariam e em Deus e estariam seguros (II Cro 20: 20), e que teriam uma maneira segura de como ler a Bíblia (Lucas 10: 26) e que a maneira segura, seria através de como saber interpretar os símbolos, isto vemos nas promessas de Cristo de que nos últimos dias revelaria seus mistérios (Sl 78: 1-2; Mat 13: 34-35; Jer 33: 3), mas esses mistérios só seriam revelados aos seus servo Mat 13: 11-17), os demais não compreenderão (Deut. 29: 4; ISA. 6: 9- 10; Jer 5: 21; Mar 4: 12; João 12: 37-43; Atos 28: 23-28;), porque estarão na mão do diabo (II Tim 2: 25-26; II Cor. 4:4) mas os sábios entenderão (Dan. 12: 10). Que no tempo do sétimo anjo os mistérios de

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Deus seria revelados (Apoc 10: 7), e o que tivesse de ser descoberto seria descoberto (Mat 10: 26). A Bíblia é toda inspirada, para a correção, para a instrução do povo de Deus (II Tim 3: 16-17) e nem uma parte foi escrita por elucidação humana (II Pe 1: 19-21), o povo de Deus teriam plena compreensão da vontade de Deus (I Cor 2: 6-16) mas esta sabedoria seria loucura para o mundo (I Cor 1: 26-31; I Cor 3: 19) isto tudo porque a linguagem seria espiritual (II Cor 3: 6) e por fé (Hac 2: 4; Rom 1: 17;) fé é a certeza de algo que ainda não vimos mas acreditamos.(Heb 11: 1;Rom 3: 28; II Cor 5: 7). A fé vem pela a pregação da Palavra (Rom 10: 17; 10: 14) e por não acreditarem viria o escândalo (Mat 13: 21; Mat 13: 57; Mar 4: 16-17; João 6: 61-62; I Cor 1: 18-25), mas ai de quem se escandalizasse (Mat 18: 7; Lucas 17: 1-2; Rom 14: 13). O evangelho seria escândalo para os da própria fé (I Cor 1: 23; I Cor 8: 13; II Cor 6: 3;) Jesus e Paulo foram escândalo por causa do evangelho (Rom 9: 33; Rom 14: 9, 20; Rom 16: 17; Gl 5: 11). Fica claro que todas as vezes que Deus dá uma revelação a seu povo, sempre uma boa parte se escandaliza. A EGW fazendo comentário a este respeito disse: “Toda nova verdade teve de enfrentar o ódio e a oposição; os que foram beneficiados por sua luz sof reram tentações e provações. ” GC, 609). Uns compreenderão outros não (Mat 24: 41) por que só os espirituais farão parte desta nova aliança, porque Deus procura adoradores espirituais (João 4: 24; 6: 63;) não esqueça meu amigo “o justo viverá pela a fé” (Heb 10: 38-39). O novo reino é a junção do humano e do espiritual, e você fará parte dele se quiser. (I João 4: 2-6; I Cor 15: 38-45;). Quem tem ouvido, ouça. ( Apoc 2: 7). Paulo diz que tudo isso são Sombras das coisas espirituais ( Col 2: 16 - 17; Heb 9: 8-10; I Cor 3: 16 - 17; Heb 10: 15-18; Gal 4: 24; Heb 8: 5 - 10). A luz é crescente. (GC, 164; I TI, 262-263; GC, 344). Nos versículos de Heb. 10: 19 – 25. Paulo continua a exortar os crentes, a que continuem a buscar a santificação. E Gal 4: 24. Continuar seu significado em Isaias 54.

Ainda há muita luz a irromper da lei de Deus e do e vangelho da justiça. Esta mensagem, compreendida, em seu verdad eiro caráter e proclamada no Espírito, iluminará a Terra com sua glória . A grande questão decisiva deve ser apresentada a todas as nações, línguas e povos. A obra final da mensagem do terceiro anjo será acompanhada de um poder que enviará os raios do Sol da justiça a todos os caminhos e atalhos da vida, e serão tomadas decisões para

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Deus como Governante supremo; Sua lei será considerada a norma de Seu governo. (MM Este Dia Com Deus, 312).

Há grandes verdades, por muito tempo ocultas sob o monturo do erro , que devem ser reveladas ao povo. A doutrina da justificação pela fé tem sido perdida de vista por muitos que têm professado crer na terceira mensagem angélica. (I ME, 360); por favor confira no livro na pág 361, para ter maiores informações. (João 21: 25; 20: 30;)

A Escola Sabatina deve ser um lugar em que se busquem as jóias da verdade, libertando-as dos erros que a cercam e colocando-as no seu verdadeiro lugar na estrutura do evangelho. As preciosas gemas da verdade, há muito perdidas de vista, devem agora se r restituídas aos filhos de Deus . Os temas da justificação pela fé e da justiça de Cristo devem ser apresentados em nossas escolas, a fim de que os jovens e as crianças compreendam esses assuntos e os professores e alunos aprendam o caminho da salvação. Santos e eternos princípios ligados ao plano da salvação, antes olvidados, devem retomar seu lugar de importância (CSES, 12).

A regra que é dada para a Bíblia é para o Espírito de Profecia, não esqueça disto.

Santidade não é arrebatamento: é inteira entrega da vontade a Deus; é viver por toda a palavra que sai da boca de Deus; é fazer a vontade de nosso Pai celestial; é confiar em Deus na provação, tanto nas trevas como na luz; é andar pela fé e não pela vista ; é apoiar-se em Deus com indiscutível confiança, descansando em Seu amor. (AA, 51).

Ponderando essas coisas em seu coração, Paulo compreendeu mais e mais claro a razão de seu chamado - ser um "apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus". I Cor. 1:1. Este chamado lhe veio, "não da parte dos homens, nem por homem algum, mas por Jesus Cristo, e por Deus Pai". Gál. 1:1. A magnitude da obra que estava a sua frente levou-o a dedicar muito estudo às Escrituras Sagradas, a fim de que pudesse pregar o evangelho, "não em sabedoria de palavras, para que a cruz de

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Cristo se não faça vã", "mas em demonstração de Espírito e de poder", para que a fé de todos os que ouvissem "não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus". I Cor. 1:17; 2:4 e 5 .(AA, 127).

Aprendamos das revelações dadas pelo Espírito Santo a Seus profetas, a grandeza de nosso Deus. (AA, 432).

A árvore da ciência, assim chamada, tem-se tornado instrumento de morte. Satanás tem entretecido astuciosamente seus dogmas, suas falsas teorias na instrução dada. Da árvore da ciência, profere ele as mais aprazíveis lisonjas quanto à educação superior. Milhares participam do fruto dessa árvore, mas isso significa para eles morte. Cristo diz: "Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão?" Isa. 55:2. Estais empregando os talentos que vos foram confiados pelo Céu na busca de uma educação que Deus declara ser loucura. (CPPE, 12)

As igrejas protestantes, tendo recebido as doutrinas que a Palavra de Deus condena, expô-las-ão e as imporão sobre a consciência do povo, assim como as autoridades papais forçaram seus dogmas sobre os advogados da verdade no tempo de Lutero. A mesma batalha será travada novamente, e toda pessoa será chamada a decidir de que lado do conflito se encontrará. (Cristo Triunfante, 322)

O mesmo perigo existe ainda. Muitos se têm na conta de cristãos, simplesmente porque concordam com certos dogmas teológicos . Não introduziram, porém, a verdade na vida prática. Não creram nela nem a amaram; não receberam, portanto, o poder e a graça que advêm mediante a santificação da verdade. E ouvindo homens e mulheres as verdades que Lhe caíam dos lábios, tão diversas das tradições e dogmas ensinados pelos rabis, brotava-lhes no coração a esperança. Havia em Seus ensinos uma sinceridade que fazia com que Suas palavras fossem direto ao alvo, com um poder convincente. (Obreiros Evangélicos, pág. 188).

A "imagem da besta" representa a forma de protestantismo apóstata que se desenvolverá quando as igrejas protestantes buscarem o auxílio

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do poder civil para imposição de seus dogmas . (O Grande Conflito, págs. 443 e 445).

Muitos que se diziam conversos ainda se apegavam aos dogmas de sua filosofia pagã , e não somente continuaram no estudo desta, mas encareciam-no a outros como meio de estenderem sua influência entre os pagãos. Erros graves foram assim introduzidos na fé cristã. Destaca-se entre outros o da crença na imortalidade natural do homem e sua consciência na morte. Esta doutrina lançou o fundamento sobre o qual Roma estabeleceu a invocação dos santos e a adoração da Virgem Maria. Disto também proveio a heresia do tormento eterno para os que morrem impenitentes, a qual logo de início se incorporara à fé papal. (GC, 58).

Mas aqueles humildes camponeses, em seu obscuro retiro, excluídos do mundo e presos à labuta diária entre seus rebanhos e vinhedos, não haviam por si só chegando à verdade em oposição aos dogmas e heresias da igreja apóstata. A fé que professavam não era nova. Sua crença religiosa era a herança de seus pais. Lutavam pela fé da igreja apostólica - a "fé que uma vez foi dada aos santos". Jud. 3. "A igreja no deserto" e não a orgulhosa hierarquia entronizada na grande capital do mundo que era a verdadeira igreja de Cristo, a depositária dos tesouros da verdade que Deus confiara a Seu povo para ser dada ao mundo. (GC, 64).

Achando-se destituída do poder do amor, tem buscado o braço forte do Estado para tornar obrigatórios os seus dogmas e executar-lhe os decretos. Nisto reside o segredo de todas as leis religiosas já decretadas, e o segredo de toda perseguição, desde os dias de Abel até aos nossos dias. (MDC, 127).

A Bíblia deve tornar-se um livro mais preeminente entre nós, e o atento e diligente indagador deve, com profundo esforço, buscar o tesouro escondido . As máximas dos homens, os dogmas do erro embora apresentados pelos que professam ser intérpretes da Palavra de Deus, têm de ser rejeitados, pois são designados a encobrir a verdade, e a mistificar a importância espiritual do evangelho sagrado. Os que se

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empenharem em buscar o tesouro escondido, encontrá-lo-ão. (MM – Para Conhecê-lo, 343).

Se quiser saber como romanistas e protestantes, unidos, tratarão os que rejeitarem seus dogmas , veja o espírito que Roma manifestou em relação ao sábado e seus defensores. (GC, 572).

Tenho procurado apresentar um bom relatório e algumas uvas da Canaã Celestial, pelo qual muitos me apedrejariam, da mesma forma como a congregação desejou apedrejar Calebe e Josué por seu relatório. (Num. 14: 10). Mas eu vos declaro, meus irmãos e irmãs no Senhor, que esta é uma terra muito boa, e devemos subir para possuí-la. (PE, 14).

A Mente Deve Estar Preparada Espiritualmente

Procuro não esquivar-me de transmitir a nosso povo todo conselho de Deus; às vezes, porém, tenho adiado certos assuntos com a injunção: "Eles não podem suportá-los agora." Até a verdade não pode ser apresentada em sua plenitude a mentes que não estão preparadas espiritualmente para recebê-las. Tenho muito que dizer, mas as pessoas às quais as mensagens se aplicam não podem suportá-las em seu atual estado de falta de consagração. Carta 55, 1894.

Contar Tudo Por que Paulo não Pôde

O grande apóstolo teve muitas visões. O Senhor mostrou-lhe muitas coisas, as quais não é lícito ao homem referir. Por que ele não podia contar aos crentes o que tinha visto? Porque teriam feito errônea aplicação das grandiosas verdades apresentadas. Não conseguiriam compreender essas verdades. E, no entanto, tudo que foi mostrado a Paulo moldou as mensagens que Deus o incumbiu de transmitir às igrejas. Carta 161, 1903. (III ME,57).

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Ao chegar, na providencia de Deus, o tempo de o mun do ser provado quanto á verdade para aquele tempo , mentes serão despertadas pelo Seu Espírito para pesquisarem as Escrituras, mesmo com jejum e oração, até que se descubra elo após elo, e estes sejam ligados em perfeita cadeia. Todo fato que tem que ver de perto com a salvação de almas, será tornado tão claro, que ninguém precisa errar, ou andar em trevas.

Em cada época há novo desenvolvimento da verdade , uma mensagem de Deus para essa geração. As velhas verdades são todas essenciais; a nova verdade não é independente da antiga, mas desdobramento dela. Só compreendendo as velhas verdades é que podemos entender as novas. Quando Cristo quis expor aos discípulos a verdade de Sua ressurreição, começou "por Moisés, e por todos os profetas", e "explicava-lhes o que dEle se achava em todas as Escrituras". Luc. 24:27. Mas a luz que brilha na nova ampliação da verdade, é que glorifica a Ao acompanharmos a cadeia de profecias, a verdade revelada para o nosso tempo tem sido claramente vista e explicada. Somos responsáveis pelos os privilégios que desfrutamos, e pela a luz que incide sobre nosso caminho. Os que viveram nas gerações passadas foram responsáveis pela a luz que lhes foi concedida. Sua mente foi despertada acerca de vários pontos da Escritura que lhes serviram de prova. Não compreenderam, porém, as verdades que hoje entendemos. Não foram responsáveis pela luz que não tiveram. Tinham a Bíblia, como nós; mas o tempo para ser esclarecida a verdade especial quanto ás cenas fina is da história terrestre, é o das ultimas gerações que vivem na Te rra.

Verdades especiais foram adaptadas ás condições das gerações á medida que existiram. A verdade presente, que é uma prova para o povo desta geração, não era prova aos das gerações que longe ficaram. Caso a luz que hoje brilha sobre nós relativamente ao sábado do quarto mandamento houvesse sido dadas ás gerações do passado, Deus os teria considerado responsáveis por essa luz. (II TI, 692 / 93).

Cada um dos diferentes períodos da historia da igre ja se tem distinguido pelo desenvolvimento de alguma verdade especial, adaptada ás necessidades do povo de Deus naquele tempo. Toda nova verdade teve de enfrentar o ódio e a oposição; os que foram beneficiados por sua luz, sofreram tentações e provações. O Senhor dá

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ao povo uma verdade especial quando este encontra em situação difícil. Quem ousa recusar-se a publicá-la? Ele ordena a Seus servos que apresentem o ultimo convite de misericórdia ao mundo. Eles não podem permanecer silenciosos, a não ser com perigo de sua alma. (GC, 609).

Em cada época há um novo desenvolvimento da verdade, uma mensagem de Deus para essa geração. As velhas verdades são todas essenciais; a nova verdade não é independente da antiga, mas desdobramento dela. Só compreendendo as velhas verdades é que podemos entender as novas. Quando Cristo quis expor aos discípulos a verdade de Sua ressurreição, começou “por Moises, e por todos os profetas”, e “explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras. Luc 24: 27. Mas a luz que brilha na nova ampliação da verdade, é que glorifica a velha.. O homem que rejeita ou despreza a nova, não possui realmente a velha. Para ele perde seu poder vital e torna-se forma inanimada. (MM. Exaltai-o, 307).

Observação

A senhora EGW iluminada pelo Espírito Santo, estar falando que quando a mensagem do terceiro anjo for encerrada, terá sua luz do momento. Você não quer descobrir esta nova luz? Tome cuidado para não perder o trem.

O Tempo e os Acontecimentos Corrigem as Atitudes Erradas

O tempo junto com a perspectiva histórica que proporciona tem permitido que os investigadores posteriores corrijam o erro próprio das primeiras exposições importunas de limitações inevitáveis. Porém esses primeiros expositores devem receber a devida honra por essa obra inicial que temos recebido como herança. Já é sumamente conveniente conhecer esse marco histórico e esses antecedentes. (Comentário de como a profecia de Daniel foi sendo entendido do comentário bíblico Adventista).

Muitos hoje se apegam de modo idêntico aos costumes e tradições de seus pais. Quando o Senhor lhes envia mais luz, recusam-se a aceitá-la porque, não havendo ela sido concedida á seus pais, não foi por estes

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acolhida. Não estamos colocados onde nossos pais se achavam; conseqüentemente nossos deveres e responsabilidades não são os mesmos. Não seremos aprovados por Deus olhando para o exemplo de nossos pais a fim de determinar nosso dever, em vez de pesquisar por nós mesmos a Palavra da verdade. Nossa responsabilidade é maior do que foi a de nossos antepassados. Somos responsáveis pela luz que receberam, e que nos foi entregue como herança; somos também responsáveis pela luz adicional que hoje, da Palavra de Deus, está a brilhar sobre nós. (GC. 164).

Incide sobre nós maior luz do que brilhou sobre nossos pais. Não podemos ser aceitos ou honrados por Deus prestando o mesmo serviço, ou fazendo as mesmas obras que nossos pais. Afim de sermos aceitos e abençoados por Deus como eles foram, cumpre-nos imitar sua fidelidade e seu zelo, aperfeiçoar nossa luz como eles fizeram à sua e fazer como eles teriam feito caso vivessem em nossos dias. Cumpre-nos viver segundo a luz que brilha sobre nós, do contrário, essa luz tornar-se-á em trevas. Deus requer de nós que manifestemos ao mundo, no caráter e nas obras a medida do espírito de união e unidade proporcional às sagradas verdades que professamos, e ao espírito das profecias que se estão cumprindo nesses últimos dias. A verdade que atingiu nosso entendimento e a luz que nos incidiu sobre a mente nos julgará e condenará, caso dela nos desviemos e recusemos ser por ela guiados. (TI 1, 262-263).

Nenhum de nós jamais receberá o selo de Deus, enquanto o caráter tiver uma nódoa ou mácula sequer. Cumpre-nos remediar os defeitos de caráter, purificar de toda a contaminação do templo da alma. Então a chuva serôdia cairá sobre nós, como caiu a temporã sobre os discípulos no dia de Pentecoste. (II TS, 69).

Textos para conferir:

I Tes. 5: 15-22; I Cor 14: 32-33; I Cor 12: 1-31; Ef 4: 1-32; Rom

12: 3-8.

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A IGREJA DE DEUS NA TERRA É SIMBOLO DA IGREJA NO CÉU

O rei Davi, ao fim de seu reinado, fez solene exortação aos que tinham o encargo da obra de Deus em seus dias. Convocando a Jerusalém "todos os príncipes de Israel, os príncipes das tribos, e os capitães das turmas, que serviam o rei, e os capitães dos milhares, e os capitães das centenas, e os maiorais de toda a fazenda e possessão do rei, e de seus filhos, como também os eunucos e varões, e todo o varão valente", o idoso rei solenemente os advertiu "perante os olhos de todo o Israel, a congregação do Senhor, e perante os ouvidos do nosso Deus", para que guardassem e buscassem "todos os mandamentos do Senhor vosso Deus". I Crôn. 28:1 e 8. (AA, 94).

A organização da igreja em Jerusalém deveria servir como modelo para a organização de igrejas em todos os outros lugares em que mensageiros da verdade conquistassem conversos ao evangelho. Aqueles a quem fora entregue a responsabilidade da administração geral da igreja, não deveriam assenhorear-se da herança de Deus, mas, como sábios pastores, apascentar "o rebanho de Deus", "servindo de exemplo ao rebanho" (I Ped. 5:2 e 3); e os diáconos deveriam ser "varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria". Atos 6:3. Estes homens deveriam, unidos, defender o direito e mantê-lo com firmeza e decisão; assim teriam sobre o rebanho todo, uma influência para a união. (AA, 91).

Jerusalém era a metrópole dos judeus, e era ali que se encontravam o maior exclusivismo e beatice. Os cristãos judeus, vivendo próximos do templo, naturalmente permitiam voltar a mente aos privilégios peculiares dos judeus como nação. Quando viram a igreja cristã se afastando das cerimônias e tradições do judaísmo, e perceberam que a peculiar santidade de que os costumes judeus eram revestidos seria logo perdida de vista à luz da nova fé, muitos se mostraram indignados com Paulo como sendo a pessoa que, em grande medida, havia provocado esta mudança. Mesmo os discípulos não estavam todos preparados para aceitar de boa vontade a decisão do concílio. Alguns eram zelosos da lei cerimonial, e se referiam a Paulo como desfavor, pois pensavam que seus princípios referentes às obrigações da lei judaica eram frouxos. (AA, 107).

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Posto que o profeta não interprete os símbolos de sua visão, e posto que nem uma passagem da Bíblia que se afirme especificamente qual era o significado destas caras, só se pode conjecturar quanto a aplicação especifica dos símbolos. Os comentadores têm sugerido varias alternativa.

1) O rosto de Homem é o símbolo mais excelso do Eterno ; o Leão é símbolo de soberania; o Boi é também símbolo em certo sentido de soberania, junto com o símbolo nat ural da força posta ao serviço do ser humano; a Águia é emb lema de poder régio.

2) Os rostos simbolizam os quatro evangelistas. Esta posição foi sustentada pelos os pais da igreja, sendo Irineu um dos primeiros que apresentou esta teoria. Algumas vezes se identificava o Leão com Mateus, o homem com Marcos, outras vezes se invertia a identificação. Todos concordam em identificar o Boi com Lucas e João com a Águia. Porém esta interpretação só se baseia na imaginação.

3) Segundo a tradição posterior judia, os quatro seres na ordem em que os apresenta Ezequiel, são os estandarte que só podiam usar as tribos de Judá, Efraim, Rubens e Dán quando estavam em caminhada pelo deserto (Num 2: 2). Não é possível verificar que esses houvessem sido os antigos estandartes. Ainda que isto fora possível, é difícil ver relação alguma entre os estandartes e os propósitos didáticos da visão.

Quando intenta interpretar o significado destes quatro seres viventes é bom lembrar que na profecia simbólica o profeta vê a representação e não a realidade. Estas interpretações podem parecer realidade, ainda que muitas vezes não é assim. Com freqüência os atores de um drama profético têm uma aparência sumamente diferente dos seres ou movimentos que representam. Assim anjos podem desempenhar papel que mais tarde deveriam realizar os homens. Um anjo fez o papel do povo adventista em uma visão de João no (Apoc 10: 1-11; cf Apoc 14: 6-12). Representações de bestas e dragões aparecem para dramatizar a atividade das nações e potestades sobrenaturais (Dan. 7:; 8; Apoc. 12; 13; 17). Em alguns casos Jesus aparece simbolizado como um cordeiro morto, com sete chifres e sete olhos (Apoc 5: 6). Ninguém ousaria pensar nem por um momento, que se intentaria representar a aparência de Jesus. Em sua visão da sua segunda vinda, Jesus aparece

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cavalgando em um cavalo branco. Vestido de vestimenta manchada de sangue e com uma espada em sua boca. Outra vez; o propósito desta visão não é representar a aparência real de Jesus no momento deste grande acontecimento, que seria o ponto final da historia. (Apoc 19: 11-15). Deve ter o cuidado de não entender literalmente o que diz um profeta bíblico quando não está falando em forma literal. Em certa ocasião quando os críticos criticaram de Ellen G. White ela, escreveu o seguinte: Meus opositores criticaram desta débil e simples expressão de gloriosas uvas que crescem em fios de prata que estão unidos as varas de ouro. Eu não afirmei que as uvas cresciam em fios de prata. O que eu contemplei esta descreveu assim como me pareceu vê-lo. Não deve supor que as uvas estavam unidas a fios de prata ou a vara de ouro, porém esta foi à aparência que se me apresentou. (EGW MS, 4, 1883).

No que se refere a interpretação da profecia simbólica é importante permitir que o mesmo espírito que o deu a visão identifique os símbolos. Quando não aparece tal identificação, o expositor fica na liberdade para conjecturar quanto a explicação. Por isso deve evitar o dogmatismo. Ademais como ocorre nas parábolas, os diversos elem entos da apresentação simbólica têm diversos graus de signif icado e de importância. Uma parábola não necessita explicar-se em todos os detalhes. O mesmo ocorre com a profecia simbólica. Não deve dar-lhes a mesma importância a cada detalhe de um quadr o profético. É possível que alguns alinhamento se introduzam só para arredondar a apresentação. Ou um inicio de fundo ad equado. Assim como deve ser com as parábolas, é necessário determ inar qual é o motivo central da visão e que traços de apresentação pitoresca têm o propósito de ensinar uma verdade divina .

Graças à inspiração podemos saber quais são as lições que devemos apresenta da visão de Ezequiel sobre os seres viventes (TS, II Págs 349-354; PR,535-536, 176;). As afirmações das quais se faz referencia aqui estabelece em primeiro termino o marco da visão. Esta apresentação profética tinha o propósito de animar aos judeus em momentos quando uma boa parte de seu país estava em ruínas por causa de suas invasões sucessivas, e muitos dos habitantes estavam cativos em um país estrangeiro. A esses oprimidos lhe parecia que Deus já não regia o mundo. Muitos interpretavam que o saque desenfreado cometido pelas as nações que Deus já não importava com

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o que acontecia. O povo não via a mão de Deus no transcurso da história. Não via que um propósito divino e supremo estava em ação no que acabava de ocorrer, assim como tinha obrado através dos séculos. Esta visão foi dada para mostrar que um poder supremo intervinha nos assuntos dos governantes terrenos e que Deus, todavia exercia domínio. Este era o propósito principal da visão. Por tanto qualquer interpretação que intente fazer, deve ser conseqüente com este objetivo.

Os seres viventes representam a seres celestiais. (II TS, 349-350), como se fez assinalar, não é necessário imaginar que entre os servidores de Deus tenha seres com quatro cabeças e quatro asas. Em nenhum lugar a inspiração exige que se chegue a essa conclusão. Sem duvida, a forma que Deus escolheu para estes seres nesta apresentação profética tinha o propósito de simbolizar os mensageiros celestiais na plenitude de sua função, poder e adaptabilidade.

1.11, Isa 6: 2 .

1.12. Ez 10: 16-19.

DE ONDE O ESPIRITO. Estes seres não faziam nenhuma ação. Seus movimentos estão em harmonia com as indicações do Espírito. Destaca-se também isto no vers 20.

1.13. Apoc 4: 5; II Sam 22: 9;

TOCHAS ENCADECENTE. Outra referencia ao fogo que se menciona no ver 4. Agora Ezequiel pode observar a pouca distancia. Procura descrever em termos humano o interessante espetáculo de luzes vibrante e detalhes figurantes que de continuo se moviam entre os seres.

1.14.Sl 29: 7.

RELÂMPAGO . Com esta figura é representada a velocidade dos seres que vão e vem em suas diversas missões. A luz resplandecente que cruza entre os seres viventes com a rapidez do relâmpago representa a rapidez com que esta obra avança finalmente fará sua terminação.

Aos homens muitas vezes lhes parece que os propósitos divinos tardam demasiado em cumprir-se. É verdade que tem tido certa demora, porém o Senhor não retarda sua promessa, segundo alguns a tem por tardança, mas que é paciente para conosco, não querendo que nenhum pereça, mas que todos procedam ao arrependimento ( II Pe 3: 9). Um

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dia muito próximo, com terrível velocidade, irrompendo como uma surpresa, o fim virá mais rapidamente que os homens esperam.

1.15. Ez 10: 9-13; 3: 13; 10: 2; Apoc 8: 5; Lev 16: 12; Apoc 11: 19; 16: 18; Dan 7: 9 (Comentário de Ezequiel 01 do comentário Bíblico).

38. 1, A PALAVRA DE JEOVÁ . Os caps. 38 e 39 formam uma só profecia. Toda a passagem tem sido objeto de muitas especulações. De tempo em tempo se tem apresentado diversas interpretações. A fim de avaliar em forma adequada, é necessário conhecer bem o propósito básico e dos métodos e o alcance da profecia.

O problema estar em encontrar a forma de distinguir bem entre os que têm aplicação local e imediata e que tem aplicação mais remota. Quem sabe a era cristã, ou o fim do tempo. Os estudiosos da Bíblia que aplicam certas profecias do AT a era cristã advertem com freqüência que estas profecias têm aqui e ali predições que são evidentemente de aplicação local e imediata. Alguns procuraram explicar esta aparente mistura do imediato com o futuro supondo que o profeta, quando dava uma mensagem, aos povos de seus dias, fazia de tempo em tempo predições proféticas e projetava suas profecias para o futuro distante.

Ainda que esta permissão parecesse resolver parcialmente o problema, não proporciona critério para distinguir em forma adequada o que é imediato e o que é futuro remoto.

A resposta á este problema esta na formulação de um principio, cujo método aparece na Bíblia, e também nos escritos de Ellen G. White. Poderia pronunciar este principio da seguinte maneira:

As profecias que tem que ver com a gloria futura de Israel e de Jerusalém estavam condicionadas pela a obediência (Jer. 18: 7-10; PR. 519-520), teriam se cumprido em forma literal nos séculos seguintes se os Israelitas houvesse aceitado plenamente os propósitos divinos para com eles. O fracasso de Israel impossibilitou o cumprimento destas profecias em sua intenção original. Sem duvida isto não implica necessariamente que eles não tiveram importância. Paulo proporciona uma resposta com as seguintes: porque nem todos que descende de Israel são israelitas (Rom 9: 6). Por isto estas promessas se cumprirão de certo modo ao Israel espiritual. Porém até que ponto? Este deve ser determinado por meio da inspiração. Tenhamos no NT nos escritos do

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espírito de profecia numerosas citações dos autores do AT que mostra como estas antigas predições – que deveriam ter achado glorioso cumprimento no Israel literal – se cumpriram finalmente no Israel espiritual.

Sem dúvida, o ponto ressalta que nem todos os detalhes da profecia original poderiam cumprir-se com precisão, já que tem variado muito as condições e o meio ambiente. Na verdade é uma regra segura de exegese aplicar unicamente ao futuro aquelas profecias que a revelação que assim aplica. Corresponde notar também as limitações que se impõem. O que vai mais além desses limites, não pode ser mais que especulações – no melhor dos casos – e nunca deveria constituir a base de um dogma. Nem a permissão sobre a qual se levante toda uma estrutura de razoamento teológico.

O tono nitidamente local que tem estas antigas profecias se explica porque Deus originalmente quis que estas predições se cumprissem na forma indicada. Ademais o que se tem designado como predições que chega a um futuro distante – em boa medida em relação com apresentação geral da passagem – aparecem também apresentar no marco dos primeiro propósitos de Deus. Em vista de que esses primeiros propósitos não se cumpriram, escritores inspirados posteriores apresentam os cumprimentos progressivos dessas predições dentro do marco da igreja cristã. (PP. 27-30).

A luz deste principio se pode observar nos caps. 38 e 39 de Ezequiel teria se cumprido em forma literal depois do regresso dos Judeus do exílio se estes houvessem aceitado as condições oferecidas pelos os profetas. Devido sua rejeição persistente, a prosperidade que aqui se descreve nunca chegou a realizar-se. Em conseqüência da união das nações pagãs não pode atacar um povo que mora na prosperidade aqui anunciada.

Aplicar-se-á esta profecia ao futuro? Se observar o principio recém anunciado, tal aplicação estabelecer-se somente por meio de uma revelação posterior. No NT aparece só uma referencia direta aos símbolos desta profecia (Apoc 20: 8). Nesta passagem João afirma que esta profecia – que troca de condição teria cumprido na forma literal em tempos anteriores – se cumprirá até certo ponto na luta final contra Deus por parte das enormes hostes dos ímpios, chamados “Gog” e “Magog”. Os escritos de Ellen G. White não dizem nada em forma direta acerca

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deste capitulo. Por suposto em forma indireta se pode notar um paralelo entre esta luta e a contenda final contra o Israel de Deus quando as nações se unir para invalidar a lei de Deus. (5 TI 524) os ímpios se unem plenamente a Satanás em sua guerra contra Deus. Assim como Satanás influenciou as nações pagãs para que destruíssem a Israel, assim num futuro próximo impulsionará os poderes ímpios da terra a destruir o povo de Deus (TM 473). Este conflito milenario concluirá finalmente com a destruição de Satanás e suas hostes denominadas Gog e Magog Apoc 22: 8. no final do milênio. Porém para então o conflito ter alcançado proporções mundiais e já não poderá limitar-se a uma esfera pequena como a que se indica em Ez. 38 e 39, onde aparece como uma luta militar contra o Estado judeu restabelecido.

Qualquer exposição que vá mais além dos limites da interpretação do NT e das revelações do espírito de profecia carece de um “assim diz o Senhor”. Por suposto não pode afirmar-se que não pode hav er um maior conhecimento sem uma revelação adicional. Porém se pode afirmar-se que além das confirmações especificas da inspiração existe uma grande possibilidade de erro em qualquer exposição desse tipo, sobre tudo em relação com as profecias não cumpridas, o qual se pode ver claramente em toda a historia da interpretação profética. (Comentário de Ezequiel 38 e 39)

No ensino de Cristo por parábolas , é manifesto o mesmo princípio de Sua própria missão ao mundo. Para que pudéssemos familiarizar-nos com Sua vida e caráter divinos, tomou Cristo nossa natureza e habitou entre nós. A divindade foi revelada na humanidade; a glória invisível, na visível forma humana. Os homens podiam aprender do desconhecido pelo conhecido; coisas celestiais foram reveladas pelas terrenas; Deus Se revelou na semelhança do homem. Assim era nos ensinos de Cristo: o desconhecido era ilustrado pelo conhecido; verdades divinas por coisas terrenas, com as quais o povo estava mais familiarizado.

Diz a Escritura: “Tudo isso disse Jesus por parábolas à multidão... para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta, que disse: Abrirei em parábolas a boca; publicarei coisas ocultas desde a criação do mundo.” Mat. 13:34 e 35. As coisas naturais eram veículos para as espirituais; cenas da natureza e da experiência diária de seus

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ouvintes eram relacionadas com as verdades das Escrituras Sagradas. Guiando assim do reino natural para o espiritual, são as parábolas de Cristo, elos na cadeia da verdade que une o homem a Deus, e a Terra ao Céu. (Oseías 12: 10)

Em Seus ensinos da natureza falava Cristo das coisas que Suas próprias mãos haviam criado, e que possuíam qualidades e faculdades, que Ele próprio lhes havia comunicado. Em Sua perfeição original, eram todas as coisas criadas a expressão do pensamento de Deus. Para Adão e Eva no seu lar paradisíaco, estava a natureza cheia do conhecimento de Deus, transbordante de instrução divina. A sabedoria falava aos olhos e era acolhida no coração; pois eles comungavam com Deus pelas obras criadas. Logo que o santo par transgrediu a lei do Altíssimo, o resplendor da face de Deus desapareceu da face da natureza. A Terra está agora deformada e maculada pelo pecado. Mas, mesmo nesta condição, muito do que é belo permanece. As lições objetivas de Deus, não são obliteradas; quando bem compreendida, a natureza fala de seu Criador.

Nos dias de Cristo estas lições haviam sido perdidas de vista. Os homens tinham quase cessado de reconhecer á Deus em Suas obras. A natureza pecaminosa da humanidade atirara um véu sobre a bela face da criação; e em vez de revelarem á Deus, suas obras tornaram-se obstáculo que O ocultavam. Os homens “honraram e serviram mais a criatura do que o Criador” Rom 1: 25. Desta maneira, os pagãos “em seus discursos se desvaneceram, e seu coração insensato se obscureceu.” Rom 1: 21. Assim haviam inculcado em Israel ensinos de homens, em vez de ensinos divinos. Não somente a natureza, mas o serviço sacrifical, e mesmo as Sagradas Escrituras, são dados para revelar á Deus, foram tão truncados que se tornaram o meio de oculta-lo.

Cristo procurou remover aquilo que obscurecia a verdade. Veio tirar o véu que o pecado lançara sobre a face da natureza, e desse modo trazer á luz a glória espiritual que todas as coisas foram criadas para refletir. Suas palavras focalizaram sob aspecto novo as lições da natureza, bem como as da Bíblia, e as tornou uma nova revelação. (PJ, 17-19)

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Os pássaros, trinando seus cantos livres de cuidado, as flores do vale vicejando em sua beleza - o lírio que descansava, em sua formosura, no fundo do lago, as árvores altaneiras, a terra cultivada, as ondulantes espigas, o solo estéril, a árvore infrutífera, os montes eternos, a borbulhante corrente, o Sol poente a tingir e dourar o firmamento - tudo isso empregou Ele para impressionar os ouvintes com a verdade divina. Relacionava a obra da mão de Deus nos céus e na Terra com a Palavra da vida. Dessas coisas tirava Ele Suas lições de instrução espiritual. Apanhava os lírios, as flores do vale, e colocava-as nas mãos das criancinhas, como instrutores a proclamarem a verdade de Sua palavra. (MM, Para Conhecê-lo, 144 de 1965.)

Que uma só passagens profética pode ter mais de um cumprimento, é evidente (ver Deut. 18: 15). Algumas destas profecias têm um cumprimento imediato e outras mais remotas, e ademais há nelas princípios que podem aplicar-se em geral em todas as épocas. Mais ainda, deve lembrar-se que as promessas e as ameaças de Deus são igualmente condicionais (EGW MS, 4 de 1883). Desta maneira certas predições que poderiam ter achado um comprimento pleno em uma época anterior da historia, foram deferidas por causa do fracasso da igreja que não se pôs a altura de seus privilégios e oportunidades (ver, t. IV PP. 32-36) (Comentário bíblico V. 7 no estudo de APOC).

A obra de Deus na Terra apresenta, século após sécu lo, uma surpreendente semelhança, em todas as grandes reformas ou movimentos religiosos . Os princípios envolvidos no trato de Deus com os homens são sempre os mesmos. Os movimentos importantes do presente têm seu paralelo nos do passado, e a experiência da igreja nos séculos antigos encerra lições de grande valor para o nosso tempo.

Nenhuma verdade é mais claramente ensinada na Escritura do que aquela segundo a qual Deus, pelo Seu Espírito Santo, dirige de maneira especial Seus servos sobre a Terra, nos grandes movimentos que têm por objetivo promover a obra da salvação. Os homens são instrumentos nas mãos de Deus, por Ele empregados para cumprirem Seus propósitos de graça e misericórdia. Cada um

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tem a sua parte a desempenhar; a cada qual é concedida uma porção de luz, adaptada às necessidades de seu tempo, e suficiente para o habilitar a efetuar a obra que Deus lhe deu a fazer.

Nenhum homem, porém, ainda que honrado pelo Céu , já chegou a compreender completamente o grande plano da redenção, ou mesmo a aquilatar perfeitamente o propósito divino na obra para o seu próprio tempo. Os homens não compreendem plenamente o que Deus deseja cumprir pela missão que lhes confia: não abrangem, em todos os aspectos, a mensagem que proclamam em Seu nome.

"Porventura alcançarás os caminhos de Deus, ou chegarás à perfeição do Todo-poderoso?" "Os Meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os Meus caminhos, diz o Senhor. Porque, assim como os céus são mais altos do que a Terra, assim são os Meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos e os Meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos." "Eu sou Deus, e não há outro deus, não há outro semelhante a Mim; que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não aconteceram." Jó 11:7; Isa. 55:8 e 9; 46:9 e 10.

Mesmo os profetas que eram favorecidos com iluminaç ão especial do Espírito , não compreendiam plenamente a significação das revelações a eles confiadas. O sentido deveria ser desvendado de século em século, à medida que o povo de Deus necessitasse das instruções nelas contidas.

Pedro, escrevendo acerca da salvação trazida à luz pelo evangelho, diz: "Da qual salvação inquiriram e trataram diligentemente os profetas que profetizaram da graça que vos foi dada, indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir. Aos quais foi revelado que, não para si mesmos, mas para nós, eles ministravam." (I Ped. 1:10-12).

Entretanto, ao mesmo tempo em que não era dado aos profetas compreender completamente as coisas que lhes eram reveladas, buscavam fervorosamente obter toda a luz que Deus fora servido tornar manifesta. "Inquiriram e trataram diligentemente", "indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava." Que lição para o povo de Deus na era cristã, para o benefício

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do qual foram dadas aos Seus servos estas profecias! "Aos quais foi revelado que não para si mesmos, mas para nós, eles ministravam." Considerai como os santos homens de D eus "inquiriram e trataram diligentemente", com respeit o a revelações que lhes foram dadas para as gerações ainda não nas cidas. Comparai seu santo zelo com a descuidada indiferença com que os favorecidos dos últimos séculos tratam este dom do Céu. Que exprobração àquela indiferença comodista e mundana, que se contenta em declarar que as profecias não podem ser compreendidas!

Posto que a mente finita do homem não seja apta a p enetrar nos conselhos do Ser infinito , ou compreender completamente a realização de Seus propósitos, muitas vezes é por causa de algum erro ou negligência de sua parte que tão palidamente entendem as mensagens do Céu. Com freqüência, a mente do povo, e mesmo dos servos de Deus, se acha tão cegada pelas opiniões humanas, as tradições e falsos ensinos, que apenas pode parcialmente apreender as grandes coisas que Ele revelou em Sua Palavra. (GC, 343-345)

COMO ESTUDAR O ESPIRITO DE PROFECIA DE EGW

Nos tempos antigos, Deus falou aos homens pela boca de Seus profetas e apóstolos. Nestes dias Ele lhes fala por meio dos Testemunhos do Seu Espírito. Não houve ainda um tempo em que mais seriamente falasse ao Seu povo a respeito de Sua vontade e da conduta que este deve ter. Evangelismo, págs. 255 e 256. (III ME, 30).

A Bíblia e o Espírito de Profecia Têm o Mesmo Autor

O Espírito Santo é o autor das Escrituras e do Espírito de Profecia. Estes não devem ser torcidos e levados a indicar o que o homem quer que indiquem, para cumprir as idéias e os sentimentos do homem, para levar avante os seus desígnios sob todos os riscos. Carta 92, 1900.

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Alguns apontarão ao ridículo, trabalhando contra a luz que Deus tem estado a comunicar por anos, e alguns que são fracos na fé serão assim transviados.

Outros, porém, receberão grandes auxilio das mensagens. Conquanto não lhes sejam individualmente dirigidas, receberão as correções, e serão levados a fugir dos males aí especificados,... O Espírito do Senhor estará nas instruções, e as duvidas existentes em muitos espíritos serão banidas. Os próprios testemunhos serão a chaves que explicar á as mensagens dadas, como textos escriturístico são exp licados por texto escriturístico . Muitos lerão com ansiedade as mensagens que reprovam o erro, para que aprendam o que hajam de fazer para serem salvos,... A luz raiará no entendimento, e o Espírito impressionará a mente, á medida que a verdade bíblica é clara e singelamente apresentada nas mensagens que Deus tem estado a mandar a Seu povo desde 1846. Essas mensagens devem encontrar seu lugar nos corações, e operar-se-ão transformações. (I ME, 42).

Escrevi muita coisa no diário que tenho mantido em todas as minhas viagens, e deve ser apresentado ao povo se for essencial, mesmo que eu não escreva mais nenhuma linha. Desejo que apareça o que for considerado conveniente, pois o Senhor me deu muita luz que desejo que as pessoas tenham; porque há instruções que o Senhor me tem dado para Seu povo. É luz que eles devem ter, regra sobre regra, preceito sobre preceito, um pouco aqui, um pouco al i. Isto deve agora ser apresentado ao povo, porque foi dado para corrigir erros e para especificar o que é verdade. O Senhor revelou muitas coisas que indicam a verdade, dizendo portanto: "Este é o caminho, andai por ele." Carta 117, 1910. (III ME, 32).

Não tenho feito muita coisa sobre a vida de Cristo, e muitas vezes sou obrigada a solicitar a ajuda de Mariana, sem levar em conta o trabalho sobre a vida de Cristo que ela tem de realizar sob grandes dificuldades, coligindo um pouco aqui e um pouco ali , de todos os meus escritos, a fim de arrumá-lo da melhor maneira possível. Ela está, porém, com boa disposição para o trabalho; se tão-somente eu pudesse sentir-me livre para dedicar toda a minha atenção a essa obra! (III ME, 116).

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Sou instruída a dizer às nossas igrejas: Estudai os Testemunhos. Eles são escritos para nossa admoestação e encorajamento, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado. Se o povo de Deus não estudar estas mensagens que lhes são enviadas de quando em quando, são culpados de rejeitar a luz. Regra sobre regra, preceito sobre preceito, um pouco aqui, um pouco ali , Deus está enviando instruções a Seu povo. Atendei à instrução; segui a luz. O Senhor tem uma contenda com o Seu povo porque no passado eles não atenderam a Sua instrução e não seguiram Sua orientação. (III ME, 358)

Sabia que apenas a pregação não bastava para educar os crentes para expor a Palavra da vida. Sabia, que, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, um pouco aqui, um po uco ali, eles precisavam ser ensinados a fazer progresso na obra de Cristo. (AA, 206).

Os que sentem sobre si o fardo de almas saiam de casa em casa fazendo o trabalho, e ensinem o povo mandamento sobre mandamento, um pouco aqui, um pouco ali , levando-os gradualmente à plena luz da verdade bíblica. Isto foi o que tivemos de fazer nos primeiros tempos da mensagem. (BS, 77).

O Senhor tem dado muita instrução a Seu povo: regra sobre regra, mandamento sobre mandamento , um pouco aqui, um pouco ali. Pouca atenção é dada à Bíblia, e o Senhor deu uma luz menor para guiar homens e mulheres à luz maior (Colportor E, 125).

Mas antes de tudo o mais, devem ser ensinados que o temor do Senhor é o princípio da sabedoria. Devem ser instruídos em mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali. Mas o único objetivo do professor deve ser educar as crianças no sentido de conhecerem a Deus, e a Jesus Cristo a quem Ele enviou. (CPPE, 169).

Os princípios da verdade gravados no coração, regra sobre regra, mandamento sobre mandamento, produzirão corretas aç ões. A

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Bíblia contém as penetrantes máximas dadas por Deus para guiar ao Céu homens, mulheres, jovens e crianças, através dos conflitos desta vida. "Santifica-os na verdade; a Tua Palavra é a verdade" (João 17:17), foi a oração de Cristo. (CSES, 68).

Onde a Bíblia é aberta ao entendimento, regra sobre regra, mandamento sobre mandamento, um pouco aqui, um pouc o ali. É o lugar onde a luz da verdade deve ser comunicada. Nem todos os que ensinam em nossas Escolas Sabatinas se qualificam para esse trabalho. (CSES, 99)

PERIGO DE REJEITAR A LUZ

É desígnio de Deus que, mesmo nesta vida, a verdade seja sempre desvendada a Seu povo. Há unicamente um modo em que esse conhecimento pode ser obtido. Só podemos alcançar a compreensão da Palavra de Deus, mediante a iluminaç ão do Espírito por quem foi dada a Palavra. "Ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. ... Porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus." I Cor. 2:11 e 10. E a promessa do Salvador a Seus discípulos, foi: "Quando vier aquele Espírito da verdade, Ele vos guiará em toda a verdade. ... Porque há de receber do que é Meu e vo-lo há de anunciar." João 16:13 e 14.

Pedro exorta os irmãos: "Crescei na graça e conheci mento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo." II Ped. 3:18 . Sempre que o povo de Deus estiver crescendo em graça, obterá con stantemente compreensão mais clara de Sua Palavra. Há de distin guir mais luz e beleza em suas sagradas verdades. Isto se tem verif icado na história da igreja em todos os séculos, e assim con tinuará até ao fim. Mas à medida que a verdadeira vida espiritual declina, tem sido sempre a tendência cessar o crente de avançar no co nhecimento da verdade .

Os homens ficam satisfeitos com a luz já recebida da Palavra de Deus, e desistem de qualquer posterior estudo das Escrituras. Tornam-se conservadores, e procuram evitar novo exame.

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O fato de não haver controvérsias ou agitações entre o povo de Deus, não deveria ser olhado como prova conclusiva de que eles estão mantendo com firmeza a sã doutrina. Há razão para temer que não estejam discernindo claramente entre a verdade e o erro. Quando não surgem novas questões em resultado de análise das Escrituras, quando não aparecem divergências de opinião que instiguem os homens a examinar a Bíblia por si mesmos, para se certificarem de que possuem a verdade, haverá muitos agora, como antigamente, que se apegarão às tradições, cultuando nem sabem o quê.

Tem-me sido mostrado que muitos dos que professam a verdade presente, não sabem o que crêem. Não compreendem as provas de sua fé. Não apreciam devidamente a obra para este tempo. Quando chegar o tempo de angústia, e ao examinarem a posição em que se encontram, homens que agora pregam a outros, verificarão que há muitas coisas para as quais não podem dar uma razão satisfatória. Até que fossem assim provados, desconheciam sua grande ignorância.

E há muitos na igreja que contam por certo que compreendem aquilo em que crêem, mas que até surgir uma discussão, ignoram sua fraqueza. Quando separados dos da mesma fé, e forçados a estar sozinhos e expor por si mesmos sua crença, ficarão surpreendidos de ver quão confusas são suas idéias do que têm aceito como verdade. É certo que tem havido entre nós um afastamento do Deus vivo, e um voltar-se para os homens, pondo a sabedoria humana em lugar da divina.

Deus despertará Seu povo; se outros meios falharem, introduzir-se-ão entre eles heresias, as quais os hão de peneirar, separando a palha do trigo. O Senhor chama todos os que crêem em Sua Palavra, para que despertem do sono. Tem vindo uma preciosa luz, apropriada aos nossos dias. É a verdade bíblica, mostrando os perigos que se acham mesmo iminentes sobre nós. Essa luz nos deve levar ao estudo diligente das Escrituras, e a um mais atento exame crítico das posições que mantemos.

É vontade de Deus que todos os fundamentos e posições da verdade, sejam cuidadosa e perseverantemente estudados, com oração e jejum. Os crentes não devem ficar em suposições e mal definidas idéias do que constitui a verdade. Sua fé deve estar firmemente estabelecida sobre a Palavra de Deus, de maneira que, quando o tempo de prova

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chegar, e eles forem levados perante os concílios para responder por sua fé, sejam capazes de, com mansidão e temor, dar a razão para a esperança que neles há.

Agitai, agitai, agitai! Os assuntos que apresentamos ao mundo devem ser para nós uma realidade viva. É importante que, ao defender as doutrinas que consideramos artigos fundamentais da fé, nunca nos permitamos o emprego de argumentos que não sejam inteiramente retos. Eles podem fazer calar um adversário, mas não honram a verdade. Devemos apresentar argumentos legítimos, que, não somente façam silenciar os oponentes, mas que suportem a mais profunda e perscrutadora investigação.

Quanto aos que se preparam para debates, há grande perigo de que não lidem, com lisura em relação à Palavra de Deus.

Ao enfrentar um adversário, deve ser nosso mais sincero esforço apresentar os assuntos de maneira tal, que despertemos a convicção em seu espírito, em vez de procurar meramente inspirar confiança ao crente.

Seja qual for o grande adiantamento intelectual do homem, não pense ele, nem por um momento, que não há necessida de de inteira e contínua indagação das Escrituras em busc a de maior luz. Como um povo, somos convidados individualmente ao e studo da profecia. Devemos observar atentamente, a fim de di stinguir qualquer raio de luz que Deus nos apresente. Devemo s apanhar os primeiros clarões da verdade; e, mediante estudo ac ompanhado de oração, poder-se-á obter mais intensa luz, a qual p oderá ser apresentada aos outros .

Quando o povo de Deus está à vontade, satisfeito com a luz que já possui, podemos estar certos de que Ele os não favorecerá. É Sua vontade que marchem sempre avante, recebendo a intensa e sempre crescente luz que para eles brilha. A atitude atual da igreja não agrada a Deus. Tem-se introduzido uma confiança que os tem levado a não sentir nenhuma necessidade de mais verdade e maior luz. Vivemos numa época em que Satanás opera à direita e à esquerda, em nossa frente e por trás de nós; e todavia, como um povo, estamos dormindo. Deus deseja que se faça ouvir uma voz despertando Seu povo para a ação. (Testemunhos Seletos, vol. 2, págs. 308-312).

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A Prova de Nova Luz

Nossos irmãos devem estar prontos a analisar, com sinceridade, todo ponto controvertido. Se um irmão está ensinando um erro, os que se acham em posição de responsabilidade devem sabê-lo; e se está ensinando a verdade, devem colocar-se ao lado dele. Todos devemos saber o que se está ensinando entre nós; pois se é verdade, precisamos dela. Todos nos achamos em obrigação para com Deus, quanto a conhecer o que Ele nos envia. Ele nos deu orientações por onde provar toda doutrina - "À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não têm iluminação". Isa. 8:20, Versão Trinitariana. Se a luz apresentada concorda com este texto, não nos compete rejeitá-la pelo fato de não concordar com nossas idéias.

Ninguém disse que havemos de encontrar perfeição nas informações de qualquer homem; isso, porém, eu sei, que nossas igrejas estão perecendo por falta de ensino sobre o assunto da justiça pela fé em Cristo, e verdades semelhantes.

Não importa por meio de quem seja a luz enviada, devemos abrir o coração para recebê-la com a mansidão de Cristo. Mas muitos não fazem isso. Quando se apresenta um assunto controvertido, despejam pergunta em cima de pergunta, sem admitir um ponto bem fundamentado. Oh! Possamos nós agir como homens que querem luz! Dê-nos Deus Seu Espírito Santo dia a dia, e faça resplandecer sobre nós a luz de Seu rosto, para que sejamos alunos na escola de Cristo.

Quando é apresentada uma doutrina que nos não satisfaz o espírito, devemos dirigir-nos à Palavra de Deus, buscar o Senhor em oração, e não dar lugar ao inimigo para vir com suspeitas e preconceitos. Nunca devemos permitir que se manifeste o espírito que indispôs os sacerdotes e principais contra o Redentor do mundo. Eles se queixavam de que Ele perturbava o povo, e desejavam que os deixasse em paz, pois causava perplexidade e dissensões. Deus nos envia luz para ver de que espírito somos. Não nos devemos iludir a nós mesmos.

Em 1844, quando se apresentava à nossa atenção qualquer coisa que não compreendíamos, ajoelhávamo-nos e pedíamos a Deus que nos ajudasse a assumir a devida atitude: e depois éramos habilitados a chegar à justa compreensão, e a ter todos a mesma opinião. Não houve

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dissensão, nem inimizade, nem ruins suspeitas, nem mau juízo contra os irmãos. Se tão-somente soubéssemos o mal do espírito de intolerância, quão cuidadosamente dele haveríamos d e fugir!

Temos de estar firmados na fé segundo a luz da verdade que nos foi dada em nossa primeira experiência. Naquele tempo, erro após erro procurava forçar entrada entre nós; ministros e doutores introduziam novas doutrinas. Nós estudávamos as Escrituras com muita oração, e o Espírito Santo nos trazia ao espírito a verdade. Por vezes noites inteiras eram consagradas à pesquisa das Escrituras, a pedir fervorosamente a Deus Sua guia. Juntavam-se para esse fim grupos de homens e mulheres pios. O poder de Deus vinha sobre mim, e eu era habilitada a definir claramente o que era verdade ou erro.

Ao serem assim estabelecidos os pontos de nossa fé, nossos pés se colocavam sobre um firme fundamento. Aceitávamos a verdade ponto por ponto, sob a demonstração do Espírito Santo. Eu era arrebatada em visão, e eram-me feitas explanações. Foram-me dadas ilustrações de coisas celestiais, e do santuário, de modo que fomos colocados em posição onde a luz sobre nós resplandecia em raios claros e distintos.

Precisamos aprender que os outros têm os mesmos direitos que nós. Quando um irmão recebe nova luz sobre as Escrituras, deve expor francamente sua atitude, e todo ministro deve pesquisar nas Escrituras com espírito sincero, para ver se os pontos apresentados podem ser confirmados pela Palavra Inspirada. "Ao servo do Senhor não convém contender, mas, sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor; instruindo com mansidão os que resistem, a ver se, porventura, Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade." II Tim. 2:24 e 25.

Há tristeza no Céu por motivo da cegueira espiritua l de muitos de nossos irmãos . Nossos pastores mais jovens, que ocupam posições de menos importância, têm de fazer decididos esforços para chegar à luz, penetrar mais e mais profundamente na fonte da verdade.

A repreensão do Senhor estará sobre os que impeçam o caminho, para que não chegue ao povo mais clara luz. Uma grande obra tem de ser feita, e Deus vê que nossos dirigentes necessitam de maior luz, a fim de se unirem aos mensageiros que Ele envia para realizarem a obra que

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Ele intenta que se faça. O Senhor tem suscitado os mensageiros, e os dotado de Seu Espírito, e tem dito: "Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a voz como a trombeta e anuncia ao Meu povo a sua transgressão e à casa de Jacó, os seus pecados." Isa. 58:1. Ninguém corra o risco de interpor-se entre o povo e a mensagem do Céu. Essa mensagem há de chegar ao povo; e se não houvesse nenhuma voz entre os homens para a anunciar, as próprias pedras clamariam.

Eu suplico a todo pastor que busque o Senhor, ponha de lado o orgulho e a luta pela supremacia, e humilhe o coração diante de Deus. A frieza de coração, a incredulidade dos que deveriam ter fé é que mantêm fracas as igrejas.

Necessitamos, em nossos dias, na casa de Deus, de homens de mente espiritual, firmes nos princípios, e que possuam compreensão clara da verdade. Tenho sido instruída de que não são doutrinas novas e fantasiosas, nem suposições humanas o de que o povo necessita, mas do testemunho de homens que conhecem e praticam a verdade, homens que entendem a ordem dada a Timóteo e a ela obedeçam: "Conjuro-te... que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina." II Tim. 4:1 e 2.

Meus irmãos, andai firmemente, decididamente, tendo os pés calçados na preparação do evangelho da paz. Podeis estar certos de que a religião pura e incontaminada, não é uma religião sensacional. Deus não colocou sobre ninguém a responsabilidade de estimular o apetite por doutrinas e teorias especulativas. Conservai essas coisas fora de vossos ensinos. Não permitais que se introduzam em vossa experiência. Não deixeis que a obra de vossa vida seja por elas manchada.

Encontra-se uma advertência contra falsos ensinos na carta de Paulo aos colossenses. O apóstolo declara que o coração dos crentes deve estar "unido em caridade e enriquecido da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus - Cristo, em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência". Col. 2:2 e 3.

"E digo isto", continua ele, "para que ninguém vos engane com palavras persuasivas.... Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nEle, arraigados e edificados nEle e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, crescendo em ação de graças. Tende

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cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo e não segundo Cristo; porque nEle habita corporalmente toda a plenitude da divindade. E estais perfeitos nEle, que é a cabeça de todo principado e potestade." (Col. 2:4, 6-10).

Fui instruída a dizer a nosso povo: Sigamos a Cristo. Não esqueçais que Ele tem de ser nosso modelo em tudo. Podemos com segurança rejeitar as idéias que não se encontram em Seus ensinos. Apelo para nossos pastores para que se certifiquem de que seus pés se acham colocados sobre a plataforma da verdade eterna. Acautelai-vos quanto a seguir vosso impulso, chamando-o de Espírito Santo. Alguns se acham em perigo de fazê-lo. A Palavra de Deus nos convida a ser sãos na fé, capazes de dar a todos os que perguntarem, uma razão da esperança que há em nós.

Desviar o Espírito do Dever Presente

O inimigo está procurando desviar o espírito de nossos irmãos e irmãs da obra de preparar um povo para subsistir nestes últimos dias. Seus enganos destinam-se a afastar a mente dos perigos e deveres do momento. Eles consideram coisa de pouco valor a luz que Cristo trouxe do Céu a fim de dar a João para Seu povo. Ensinam que as cenas que se acham mesmo adiante de nós, não são suficientemente importantes para merecer especial atenção. Tornam de nenhum efeito a verdade de origem divina, e roubam o povo de Deus de sua passada experiência, dando-lhe em lugar disso, uma falsa ciência. "Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele." Jer. 6:16.

Que ninguém busque destruir os fundamentos de nossa fé - os fundamentos que, mediante estudo da Palavra feito com oração, e por meio da revelação, foram postos no princípio de nossa obra. Sobre esses fundamentos temos estado a construir por mais de cinqüenta anos. Podem homens supor que têm encontrado um caminho novo, que podem pôr um fundamento mais sólido do que o que foi posto; mas isso é grande engano. "Ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto." I Cor. 3:11. No passado, muitos empreenderam erguer uma

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nova fé, estabelecer novos princípios; mas por quanto tempo permaneceu o edifício deles? Dentro em pouco ruiu; pois não se achava fundado sobre a Rocha.

Não tiveram os primeiros discípulos que enfrentar os ditos dos homens? Não tiveram que ouvir falsas teorias, e depois, havendo feito tudo, ficar firmes, dizendo: "Ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto"? Assim devemos nós manter o princípio de nossa confiança firme até ao fim.

Palavras poderosas têm sido enviadas por Deus e por Cristo a este povo, tirando-o fora do mundo, passo a passo, para a luz clara da presente verdade. Com os lábios tocados pelo fogo sagrado, os servos de Deus têm proclamado a mensagem. A palavra divina tem posto seu selo na autenticidade da verdade proclamada.

Uma Renovação do Reto Testemunho

O Senhor pede uma renovação do reto testemunho dado em anos passados. Pede uma renovação da vida espiritual. As energias espirituais de Seu povo têm estado por muito tempo entorpecidas, mas deve haver uma ressurreição da morte aparente. Mediante oração e confissão de pecado, devemos abrir o caminho do Rei. Ao fazermos isso, o poder do Espírito nos sobrevirá. Necessitamos da energia pentecostal. Esta virá; pois o Senhor tem prometido enviar Seu Espírito como o poder que tudo vence.

Acham-se diante de nós tempos perigosos. Todos quantos têm conhecimento da verdade devem despertar, e colocar-se de corpo, espírito e alma sob a disciplina de Deus. O inimigo está em nosso encalço. Precisamos estar totalmente alerta, apercebidos contra ele. É mister que nos revistamos de toda a armadura de Deus. Devemos seguir as direções dadas por meio do Espírito de Profecia. Precisamos amar e obedecer à verdade para este tempo. Isso nos guardará de aceitar poderosos enganos. Deus nos tem falado mediante Sua Palavra. Tem-nos falado por meio dos testemunhos para a igreja, e dos livros que têm auxiliado a tornar claro nosso dever presente e a posição que devemos agora ocupar. As advertências que têm sido dadas,

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mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, devem ser atendidas. Se o não fazemos, que desculpa podemos apresentar?

Conjuro a todos quanto estão trabalhando para Deus, a não aceitarem o falso pelo verdadeiro. Não permitais que o raciocínio humano seja colocado onde se deve achar a verdade santificadora. Cristo espera atear fé e amor no coração de Seu povo. Que errôneas teorias não tenham acolhida entre o povo que deve estar firme sobre a plataforma da verdade eterna. Deus nos pede que nos mantenhamos firmes aos princípios fundamentais que se baseiam em indiscutível autoridade.

A Palavra de Deus é Nossa Salvaguarda

Nossa divisa tem de ser: "À lei e ao testemunho! se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não têm iluminação." (Isa. 8:20), Versão Trinitariana. Temos uma Bíblia cheia da mais preciosa verdade. Ela contém o alfa e o ômega do conhecimento. A Escritura, dada por inspiração de Deus, é "proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra".(II Tim. 3:16 e 17). Tomai a Bíblia como vosso livro de estudo. Todos podem compreender suas instruções.

Cristo roga a Seu povo que creia e ponha em prática Sua Palavra. Os que recebem e assimilam esta Palavra, introduzindo-a em cada ação que praticam, em cada atributo de caráter, tornar-se-ão fortes no poder de Deus. Ver-se-á que a sua fé é de origem celeste. Não vaguearão por caminhos estranhos. Sua mente não se encaminhará para uma religião de sentimentalismo e exaltação. Eles subsistirão diante dos anjos e dos homens como possuidores de caráter cristão coerente.

No áureo incensário da verdade, como se apresenta nos ensinos de Cristo, temos aquilo que há de convencer e converter almas. Proclamai, na simplicidade de Cristo, as verdades que Ele veio a este mundo para anunciar, e o poder de vossa mensagem se fará sentir por si mesmo. Não defendais teorias ou provas que Cristo nunca mencionou, e que não têm fundamento na Bíblia.

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Possuímos grandes e solenes verdades para o povo. "Está escrito", eis a prova que precisa penetrar toda alma.

Dirijamo-nos à Palavra de Deus em busca de guia. Procuremos um "Assim diz o Senhor." Temos tido bastante de métodos humanos. A mente educada apenas na ciência mundana, deixará de compreender as coisas de Deus; mas a mesma mente, convertida e santificada, verá o poder divino na Palavra. Unicamente a mente e o coração purificados pela santificação do Espírito podem discernir as coisas celestiais.

Irmãos, em nome do Senhor eu vos rogo que desperteis para vosso dever. Submetei vosso coração ao poder do Espírito Santo, e ele tornar-se-á suscetível aos ensinos da Palavra. Então sereis aptos a discernir as coisas profundas de Deus.

Possa o Senhor levar o Seu povo a sentir a profunda operação de Seu Espírito! Que Ele os desperte para verem o perigo e prepararem-se para o que está a sobrevir a Terra!

Não devemos, nem por um momento, pensar que não haj a mais luz, mais verdade, para nos ser transmitida. Achamo -nos em perigo de tornar-nos negligentes, por nossa indiferença, p erdendo o poder santificador da verdade, e tranqüilizando-nos com o pensamento: "Rico sou, e estou enriquecido, e de na da tenho falta." Apoc. 3:17. Conquanto nos devamos manter fi rmes às verdades que já recebemos, não devemos olhar com su speita qualquer nova luz que Deus envie. ( Obreiros Evangélicos, 297-310)

O CHAMADO DE UM POVO

Alegamos possuir maior soma de verdades do que as outras igrejas; porém, se esta convicção não conduzir a maior consagração de nossa parte, e a uma vida mais pura e mais santa, de que proveito será? Melhor seria nesse caso que nunca tivéssemos recebi do a luz da verdade do que, professando aceitá-la, não sermos p or ela santificados.

Para podermos avaliar a importância dos interesses implicados na conversão da alma, do erro para a verdade, cumpre saber apreciar o valor da imortalidade e avaliar os sofrimentos da segunda morte.

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Devemos poder formar uma idéia da honra e da glória que Deus destina aos remidos e do que significa viver em presença daquele que morreu para elevar e enobrecer o homem e conferir ao vencedor um diadema real.

O valor de uma alma não pode ser devidamente apreciado pela mente finita. Quão reconhecidos e gratos os remidos e os glorificados hão de um dia recordar-se dos que serviram de instrumentos para a sua salvação! Ninguém se arrependerá então dos esforços abnegados, dos trabalhos perseverantes, da paciência, da renúncia e dos anelos ardentes pelas almas, que, aliás, podiam ter perecido se tivessem negligenciado o seu dever ou se cansado de fazer bem.

Entretanto, essas almas, trajando brancas vestes, se acham agora entre o rebanho do grande Pastor. O fiel obreiro e a alma que foi salva por seu trabalho, são saudados junto ao trono do Cordeiro e conduzidos à árvore da vida e às fontes de água viva. Com que regozijo o servo de Cristo contemplará esses remidos que então compartilham a glória do Redentor, e quanto mais glorioso será o Céu para os que se tiverem provado fiéis na obra de salvar almas! "Resplandecerão, como o resplendor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça refulgirão como as estrelas sempre e eternamente." Dan. 12:3. (II TS, 263-264); (III TS, 136-139).

Permiti-me dizer-vos que o Senhor trabalhará nesta última obra de um modo muito fora da comum ordem de coisas e de um modo que será contrário a qualquer planejamento humano. Haverá entre nós os que sempre desejarão dominar a obra de Deus, para ditar até que movimentos se farão quando a obra avançar sob a ori entação do anjo que se une ao terceiro anjo na mensagem a ser dada ao mundo . Deus usará maneiras e meios pelos quais se verá que Ele está tomando as rédeas em Suas próprias mãos. Surpreender-se-ão os obreiros com os meios simples que Ele usará para ef etuar e aperfeiçoar sua obra de justiça. Aqueles que são considerados bons obreiros, necessitarão apegar-se mais a Deus, necessitarão do toque divino. (TM 300).

A obra não se mantinha pela ciência e saber dos hom ens, mais pelo poder de Deus . Não foram os mais talentosos os primeiros a ouvir

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e obedecer á chamada, mas os mais humildes e dedicados. Lavradores deixaram as colheitas nos campos, mecânicos depuseram as ferramentas, e com lagrimas e regozijo saíram a dar a advertência. Os que anteriormente haviam dirigido a causa foram dos últimos a unir-se a este movimento. As igrejas em geral fecharam as portas a esta mensagem, e numeroso grupo dos que receberam cortou sua ligação com elas. Na providência de Deus, esta proclamação se uniu com a mensagem do segundo anjo, conferindo poder á obra. (GC pág. 402).

Haverá uma serie de acontecimentos que revelarão que Deus é o Senhor da situação. A verdade será proclamada em linguagem clara e inequívoca. Como povo, precisamos preparar o caminho do Senhor sob a soberana direção do Espírito Santo. O evangelho deve ser proclamado em sua pureza. A correnteza de águas vivas deve, em seu curso, aprofundar-se. Em todos os campos, próximos e distantes, haverá homens que serão chamados da rabiça do arado e das mais comuns profissões no comercio em geral preferidas, para ligarem-se a homens experimentados e ser por eles instruído s. Á medida que aprendam a trabalhar e se tornarem eficientes, proclamarão a verdade com poder. Mercê das maravilhosas operações da providencia divina, montanhas de dificuldades serão removidas e lançadas ao mar. A mensagem que tanta importância tem para os habitantes da Terra será ouvida e compreendida. Os homens discernirão a verdade. A obra progredirá mais e mais até que a Terra inteira seja advertida; então virá o fim. (3 TS pág. 332).

O verdadeiro altar é Cristo; o verdadeiro fogo é o Espírito Santo. O Espírito Santo tem de inspirar, ensinar, dirigir e guiar homens, e torna-los conselheiros seguros. Se nos afastarmos dos escolhidos de Deus, corremos o perigo de consultar deuses estranh os e sacrificar sobre um altar estranho ... (Meditação Matinal Recebereis Poder pág 178).

Alguns têm apresentado a idéia de que, ao aproximarmo-nos do fim do tempo, cada filho de Deus agirá independentemente de qualquer organização religiosa. Mas fui instruída pelo Senhor de que nesta obra não há isso de cada qual ser independente. As estrelas do céu estão

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todas sujeitas a leis, cada uma influenciando a outra a fazer a vontade de Deus, prestando obediência comum à lei que lhes dirige a ação. E, para que a obra do Senhor possa avançar sadia e solidamente, Seu povo deve unir-se. (III TS, 406).

Comparar Texto com Texto

Súplica e de encorajamento. A mente deve exercitar-se nas solenes verdades da Palavra de Deus, ou definhará. Temos a verdade exposta em publicações, mas não basta basear-se no pensamento de outros. Precisamos examinar por nós mesmos e aprender as razões de nossa fé, comparando texto com texto. Tomai a Bíblia e de joelhos suplicai de Deus iluminação para vossa mente. Se estudássemos a Bíblia cada dia diligentemente e com oração, veríamos diariamente alguma bela verdade em nova luz, clara e penetrante. Review and Herald, 4 de março de 1884.

Por outro lado, os guias dentre o povo de Deus devem precaver-se contra o perigo de condenar os métodos de obreiros que são pelo Senhor levados a fazer uma obra especial que só pou cos estão habilitados para desempenhar . Sejam os irmãos que estão em cargos de responsabilidade, cuidadosos no criticar maneiras de proceder que não estejam em perfeita harmonia com os seus métodos de trabalho. Não suponham jamais que cada plano deva refletir a sua própria personalidade. Não temam confiar nos métodos de out rem; pois recusando confiar num coobreiro que, com humildade e zelo consagrado está fazendo uma obra especial, na manei ra por Deus designada, eles estão retardando o avanço da causa do Senhor. (III TS, 407) Obs. Ler todo o capitulo das págs 405-409 – Idem.

Comentário de EGW de João 8: 31-38; “Que verdade tão dura se apresenta aqui. Quantos há que se jactam de que não estão submetidos a ninguém, quando na realidade estão sub metidos ao mais cruel do todos os tiranos”. Se tem entregue para ser instruídos por Satanás, e tratam o povo de Deus segundo as instruções de Satanás. Quantos há que ouvem a palavra da verdade, porém

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aborrecem a mensagem e ao mensageiro, porque a verdade os molesta em suas praticas enganosas.

“Eu falo o que tenho visto a cerca do Pai, havias ouvido a cerca de vosso pai.” E estas palavras apresentam claramente duas classes: os filhos da luz, que obedecem a verdade; e os filhos das trevas, que rejeitam a verdade. (MS 136, 1899).

Muitos têm a idéia de que são responsáveis somente a Cristo pela luz e experiência que possuem, independente de Seus reconhecidos seguidores na Terra . Jesus é o Amigo dos pecadores, e Seu coração se confrange por seu infortúnio. Ele possui todo o poder, tanto no Céu como na Terra; mas respeita os meios por Ele ordenados para o esclarecimento e salvação dos homens; dirige os pecadores para a igreja por Ele feita instrumento de luz para o mundo. (AP, 122).

O mal não é resultado da organização, mas de fazer- se de tudo motivo de organização, e tornar a piedade vital de pouco valor. Quando a forma e o mecanismo adquirem a preeminênci a, e a obra que devia ser feita com simplicidade é transformada em laboriosa tarefa, resultará mal, e pouco será realizado em pr oporção ao esforço feito. O objetivo da organização é justamente o reverso disto; e se devêssemos nos desorganizar, seria como que demolir o que foi construído.

Maus resultados têm sido vistos tanto na obra da Escola Sabatina como na sociedade missionária, pelo fato de fazer-se muito de mecânico, ao passo que a experiência vital é perdida de vista. Em muitos dos supostos melhoramentos levados a efeito, o que se tem feito é colocar o molde humano na obra . Têm sido aceitos na Escola Sabatina como oficiais e professores homens e mulheres cuja mente não estava espiritualizada, e que não tomaram vivo interesse na obra a eles confiada; mas apenas mediante o auxílio do Espírito Santo é que se pode pôr em ordem a situação. (FEC, 253).

As forças dos poderes das trevas se uniram com os instrumentos humanos que se tem entregado ao domínio de Satanás, e repetiu as mesmas senas que transcorreram durante o juízo, rejeição e crucificação de Cristo. Ao reder-se as influencia satânicas, os homens

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se identificaram com os demônios, e os que foram criados a imagem de Deus, que foram formados para honrar e glorificar a Seu Criador se tornou em habitação de chacais; e Satanás terá em uma raça apostata sua obra mestra do mal: homens que refletem sua própria imagem (MS 39, 1894).

Quando uma alma é arrebatada das fileiras de Cristo, a sinagoga de Satanás canta seu triunfo infernal (Carta 12, 1893) Comentário Bíblico, 1110.(Mat. 10: 24, 40-42; Luc. 6: 40).

O ignorante, o excluído, o escravo que haja aproveitado o melhor possível suas oportunidades e privilégios, se tem acariciado a luz que lhe foi dada por Deus, tem feito tudo quanto se exige. O mundo talvez lhe chame ignorante, mas Deus o considera sábio e bom, e assim o nome dele se acha registrado nos livros celestes. Deus o habilitará para O honrar, não somente no Céu mas na Terra. (O.E, 332).

Todo impulso do Espírito Santo induzindo os homens para o bem e para Deus, é registrado nos livros do Céu, e no dia de Deus todo aquele que tiver se entregado como um instrumento para a atuação do Espírito Santo, terá permissão para contemplar o que sua vida efetuou.

Para Deus não existem classes sociais. Ele desconhece qualquer coisa dessa espécie. Toda alma é valiosa aos Seus olhos. Trabalhar pela salvação das almas é um emprego sumamente honroso. Não importa qual seja a forma de nosso trabalho, ou entre que classe seja, se é alta, se é baixa. À vista de Deus, essas distinções não lhe afetarão o real valor. A alma sincera, fervorosa, contrita, embora ignorante, é preciosa aos olhos do Senhor. Ele coloca Seu selo sobre os homens, julgando-os, não pela categoria que ocupam nem por sua riqueza, ou pela grandeza intelectual, mas por sua unidade com Cristo. (Evang, 566).

Vem tempo, quando Satanás operará milagres diante de vossos próprios olhos pretendendo que ele é Cristo; e se vossos pés não estão firmados e estabelecidos sobre a verdade de Deus, sereis tirados de vosso fundamento. A única segurança que tem é a de esquadrinhar a verdade como si for um tesouro escondido. Cavar em busca da verdade

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como faria em busca de um tesouro escondido dentro da Terra. E apresentar a Palavra de Deus a “Bíblia”, perante vosso Pai celestial e dizei: “Ilumina-me; ensina-me o que é a verdade”. Deveis guardar na mente a Palavra de Deus, pois podereis estar separados e colocados onde não tereis o privilegio de estar com os filhos de Deus. (RH, 3-4- 1888).

Há muitos homens de espírito bom, inteligentes relativamente às Escrituras, cuja utilidade é grandemente prejudicada por seus métodos deficientes de trabalho. Alguns dos que se empenham na obra de salvar almas, deixam de obter os melhores resultados, porque não executam cabalmente a obra que iniciaram com muito entusiasmo. Outros se apegam tenazmente a idéias preconcebidas, dando-lhes preeminência, deixando por isso de conformar seus ensinos com as necessidades reais do povo. Muitos não compreendem a necessidade de se adaptarem às circunstâncias, e ir ao encontro do povo. Não se identificam com aqueles a quem desejam auxiliar em atingir a norma bíblica do cristianismo. Alguns deixam de ter êxito, porque confiam unicamente no poder do argumento, e não clamam sinceramente a Deus em busca de Sua sabedoria para dirigi-los, e de Sua graça para lhes santificar os esforços.

Os pastores devem ter cuidado em não exigir demasiado dos que se encontram ainda às apalpadelas nas trevas do erro. Devem fazer bem o seu trabalho, confiando em que Deus comunicará aos pesquisadores interessados a misteriosa e vivificante influência do Seu Santo Espírito, sabendo que, sem isso, seus esforços são infrutíferos. Cumpre-lhes ser pacientes e sábios no lidar com o espírito das pessoas, lembrando-se de quão múltiplas são as circunstâncias que têm desenvolvido tais traços de caráter nos indivíduos. Devem-se guardar estritamente, também para que o eu não tome a supremacia, e Jesus seja deixado à margem da questão. (O.E, 381-382).

O Senhor usa muitos dons na obra de salvar pecadores. No futuro, homens comuns será impressionados pelo Espírito de Deus a deixar sua ocupação habitual para sair a proclamar a ultima mensagem de misericórdia. Eles devem ser fortalecidos e encorajados, e preparados para o trabalho tão depressa como for possível, para que o êxito coroe

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os seus esforços. Cooperam com influencias celestiais, pos estão dispostos a se gastar e deixar gastar-se no serviço do Mestre. São cooperadores de Deus, seus irmãos devem desejar-lhes bom êxito. Revew and Herald, 4 de Julho de 1907 (Meditão Matinal Recebereis Poder pág. 209).

Deus atuará em homens de posição humilde na sociedade, homens que não se tornaram insensíveis aos brilhantes raios da luz por contemplarem a luz da verdade durante tanto tempo e recusarem fazer algum progresso ao avanço nesse sentido. Reiew and Herald 23 de Julho de 1895. (Meditação Matinal pág. 154).

O grande Mestre escolheu para a Sua obra homens de diversos talentos e capacidades. Alguns destes talvez não sejam os homens que vós escolhereis, mas passareis por uma experiência que vos levará a ver que Deus exalta a homens a quem considerais inferiores a vós mesmos. (Meditação Matinal Recebereis Poder pág. 210).

Ânimo, fortaleza, fé e implícita confiança no poder de Deus para salvar, não nos vêm num instante. Estas graças celestiais são adquiridas pela experiência dos anos. Por uma vida de santo esforço e firme apego à retidão, os filhos de Deus estiveram selando o seu destino. Assediados de inúmeras tentações, souberam que deveriam resistir firmemente ou ser vencidos. Compreenderam que tinham uma grande obra para fazer, e em qualquer momento poderiam ser chamados a depor sua armadura; e se chegassem ao final de sua vida com seu trabalho inacabado, isto significaria perda eterna. (II TS, 68).

Meus irmãos do ministério, não penseis que o único trabalho que podeis fazer, a única maneira por que podeis operar em benefício de almas, seja fazer discursos. A melhor obra que podeis fazer, é ensinar, educar. Onde quer que se vos depare uma oportunidade de assim fazer, sentai-vos com alguma família, e deixai que vos façam perguntas. Respondei-lhes então pacientemente, humildemente. Continuai esta obra juntamente com vossos esforços em público. Pregai menos, e educai mais, mediante estudos bíblicos, e orações feitas nas famílias e pequenos grupos. (BS, 94).

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Expresse a voz de simpatia e ternura. A voz de Cristo era plena de bondade. Mediante perseverante esforço podemos cultivar a voz, livrando-a de toda aspereza. Oremos com fé por uma voz convertida, uma convertida língua, e por simpatia e ternura como as de Cristo, a fim de ganharmos almas para a verdade que ensinamos. Review and Herald, 11 de novembro de 1902 Idem.

Remove Preconceitos

Tem-se-me mostrado que em dardes atenção a este ramo da obra removeis grande quantidade de preconceitos de muitas mentes, o qual lhes tem barrado o caminho para que recebam a verdade e leiam as publicações que expõem a verdade em que cremos. Este assunto não deve ser passado por alto como não essencial; pois quase todas as famílias necessitam ser ativadas nesta questão, e sua consciência despertada para que sejam praticantes da Palavra de Deus na prática da abnegação quanto ao apetite. Quando tornais o povo esclarecido sobre questões da reforma de saúde, tendes preparado o caminho para que dêem atenção à verdade presente para estes últimos dias. Disse meu guia: "Educai, educai, educai !" A mente deve ser iluminada; pois o entendimento está entenebrecido, tal como Satanás deseja, para que possa encontrar acesso através do apetite pervertido e rebaixar o ser humano. ...

Sou informada por meu guia: “Todos os que crêem na verdade e a proclamam devem não somente praticar a reforma de saúde, mas ensiná-la diligentemente a outros”. (CE, 133).

Estudantes educai-vos em falar a linguagem de Canaã. Ponde de lado todo falar leviano e os gracejos, todos os vãos divertimentos. Apoderai-vos, pela fé, das promessas de Deus, e decidi ser cristãos aqui em baixo, enquanto vos preparais para a trasladação. Se vos desvencilhardes de todo entrave ao progresso na vida cristã, vossa mente será atuada pelo Espírito Santo, e tornar-vos-eis pescadores de homens. (CPPE, 548).

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Façam-se discursos breves, breves e fervorosas orações. Educai, educai no sentido do serviço cabal, de toda alma. Inteira consagração, muita oração e intenso fervor, impressionarão os assistentes; pois anjos de Deus se acharão presentes para tocar o coração do povo. (Evangelismo, 150).

A decisiva mensagem para este tempo deve ser proclamada tão claramente e com tanta decisão, que desperte os ouvintes e os leve a desejar estudar as Escrituras. Testimonies, vol. 9, pág. 109.

Seja a verdade apresentada como é em Jesus, regra sobre regra, mandamento sobre mandamento, um pouco aqui, um pouco ali. (Testimonies, vol. 9, pág. 240).

A melhor obra que podeis fazer, é ensinar, educar. Onde quer que se vos depare uma oportunidade de assim fazer, sentai-vos com alguma família, e deixai que vos façam perguntas. Respondei-lhes então pacientemente, humildemente. Continuai esta obra juntamente com vossos esforços em público. Pregai menos, e educai mais, mediante estudos bíblicos, e orações feitas nas famílias e pequenos grupos. (Obreiros Evangélicos, pág. 193).

Obra Bíblica Pessoal, Paciente, Cabal

Muitos obreiros fracassam em sua obra, porque não se põem em contato íntimo com aqueles que mais necessitam de seu auxílio. Com a Bíblia na mão, deveriam buscar, da maneira mais delicada, conhecer as objeções que há na mente dos que estão começando a indagar: "Que é a verdade?" Cuidadosa e suavemente eles os deveriam conduzir e educar, como discípulos numa escola. Muitos têm de desaprender teorias que, durante muito tempo, acreditaram ser a verdade. Ao se convencerem de que se achavam em erro quanto a assuntos escriturísticos, são lançados em perplexidades e dúvidas. Eles necessitam da mais terna simpatia e do mais dedicado auxílio; devem ser instruídos com cuidado, e necessitam que se ore por eles e com eles, que os vigiem e os protejam com bondosa solicitude. (Obreiros Evangélicos, págs. 190 e 191).

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Educai o povo em hábitos corretos e práticas saudáveis, lembrados de que um grama de prevenção vale mais que um quilo de cura. Conferências e estudos neste ramo se demonstrarão do mais alto valor. (II ME, 280).

OS TÍTULOS DE DEUS

Os títulos de Deus aparecem nos Escritos inspirados, revelam seu caráter e atributos que possui como Deus. Um estudo dos significados dos diversos nomes, sob, os quais Deus tem querido revelar-se e clarear a natureza de seu trato com o homem, a palavra hebréia Shem “nome”, pode muitas vezes traduzir-se como “pessoa”. O mesmo ocorre no NT. A frase bendito o que vem em nome do Senhor (Mar. 11:9), se refere sem dúvida a Jesus Cristo, como representante pessoal de Jeová “bendito” eulogémenos, aqui se entende “que tem sido abençoado e segue sendo abençoado”. Outro exemplo: muitos creram em seu nome (João 2: 23). É dize, aceitaram pela fé a revelação de sua pessoa e na sua obra. Creram em sua pessoa e o aceitaram. Desta maneira no NT o nome de Cristo indica o que Ele é. Seu nome se havia feito notório (Mar. 6: 14), indica que se havia difundido as noticias a respeito de Cristo e de Sua obra.

Na Bíblia hebréia, textos tais como Exo. 3: 14,15; 6: 3; 34:14; Jer. 10: 16; 33: 16 são exemplo de como o nome divino leva consigo a idéia do caráter “shem”, nome, que originalmente queria dizer”sinal” ou prenda, “dotes”. O nome é o sinal ou “dote” daquele que o leva. Descreve a pessoa: lhe é característico.

No grego O’noma, nome vem da mesma raiz da qual provém a palavra que se traduz, “mente”, e o verbo “conhecer”. Em forma similar, a palavra sânscrita naman, nome se deriva do verbo gna, conhecer. Por tanto o nome é equivalente a um sinal ou dotes pelo o quais se conhece algo.

Estes fatos são especialmente verdadeiros no que se refere aos nomes das pessoas da divindade. Indica seu caráter e seus atributos. Constituem uma revelação das pessoas div inas. Por tanto, os títulos de Deus são uma expressão e revel ação de Deus

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em sua relação pessoal com os homens mediante o pla no da salvação.

Um título geral para Deus, que aparece mais de 2.500 vezes é Elohim. Esta palavra tem forma de plural, ainda que quando se refere á Deus , geralmente aparece com o verbo no singular . Alguns eruditos associam este termo com o verbo árabe temer, reverenciar, no sentido de que mostra á Deus como o ser supremo, a quem se deve reverência. A raiz desta palavra implica força, poder, capacidade. Usou-se pela a primeira vez com referencia a Deus como criador (Gen 1:1). A obra da criação é uma demonstração assombrosa do poder e da majestade de Deus, da onipotência divina na criação. O poder criador de Deus desperta no homem um temor reverente em um sentido de dependência total. O nome Elohim representa a Deus que se tem revelado por sua poderosa obra na criação. Ao referir-se a Deus se usa o substantivo Elohim quase exclusivamente no plural. Alguns têm entendido que aqui se deixa transluzir a doutrina da trindade. Foi Elohim quem disse: façamos o homem a nossa imagem conforme a nossa semelhança (Gen 1:26). Este uso do plural sugere certamente a plenitude e as múltiplas capacidades dos atributos divinos.

Ao mesmo tempo, o uso constante da forma singular do verbo reforça a unidade da divindade e constitui uma reprovação para o politeísmo.

Em algumas ocasiões se usou a denominação Elohim, para referir-se a homens que estavam ocupando importantes posições de vozes de Deus. Por exemplo: Deus disse a Moisés que deveria ser para o seu irmão Arão em lugar de Deus [Elohim]. Exo 4: 16 . Deus deu sua mensagem a Moisés, quem deu a Arão e por sua vez, Arão transmitiu á Faraó. Isto se vê novamente em Exo 7: 1 . onde Deus disse a Moisés “Olha Eu ti tenho constituído Deus (Elohim) para Faraó, e teu irmão Arão será teu profeta. Estes homens de responsabilidades eram os representantes do único verdadeiro Elohim, dAquele que por seu grande poder criou todas as coisas, e que por tanto é digno de toda reverência, temor piedoso e culto da parte dos homens criados. Também se usa a palavra Elohim para referir-se a Juízes ( Isa 14: 13; Sal 82: 6, 7; João 10: 34-35;Exo 21: 6; 22: 8, 9) tendo em conta sua função como representante de Deus.

Para referir-se ao único Deus verdadeiro se usa mais de 200 vezes a palavra El, forma mais simples e supostamente mais antiga de Elohim.

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Moisés, Davi, e Isaías parecem ter tido especial preferência por este nome. Algumas vezes se usa com o artigo como na expressão “O Deus de Bet-el” Gen. 31: 13 cf. 35: 1,3, e o Deus de teu pai Gen 46: 3. Também nesta passagem se põe ênfase nAquele que é Todo- Poderoso, o onipotente, o único verdadeiro Deus. Outras formas elementares, tais como Elah e Elooh aparecem em vários textos, como variantes da uma mesma raiz, que expressa sempre a idéia de Poder e força.

A miúdo aparece El, como parte da palavra composta usada como titulo de Deus. Um exemplo disto é El-Shaddai. Este titulo sugere a abundante bondade de Deus, as bênçãos temporais e espirituais com as quais enriquece a seu povo. Outros crêem que Shaddai vem de uma raiz que significa “ser violento”, despojar, devastar. Este termo aplicado a Deus significaria mostrar poder. Isto expressa a tradução Deus onipotente, ou Deus Todo – Poderoso. Esse nome mostra á Deus como o Poderoso, ou que dá generosamente. Shaddai aparece pela a primeira vez em Gen 17: 1, 2, 4, 6. A tradução literal desta passagem seria: Jeová apareceu a Abrão e disse: Eu Sou El-Shaddai; caminha diante de mim e seja perfeito. Eu farei um pacto entre Eu e ti, e ti multiplicarei em grande maneira ... e serás pai de uma grande nação .. e te farei multiplicar em grande maneira. Este nome aparece novamente em Gen 28. 3, onde Isaac disse que El-Shaddai abençoaria Jacó e que o faria frutificar e o multiplicar. Em Gen 35:11; 43: 14 e 49: 25, se encontra promessas similares da parte de El-Sahaddai.

Tais passagens sugerem, liberalidade de Deus: El, Deus de poder e autoridade, e Shaddai, Deus de riquezas inesgotáveis, nas quais concede aos homens.

O titulo divino mais comum no antigo testamento (5.500) vezes é a palavra sagrada YHVH que algumas vezes se translitera JHVH, chamada Tetragrámaton, é dizer, quatro letras referindo-se a quatro consoantes que a compõem o hebreu antigo se escrevia somente as consoantes nas palavras YHWH, aparece na VVR como Jeová. Os Judeus consideravam tão sagrado o titulo YHWH que nem ao ler as Escrituras o pronunciavam a fim de não profanar, nem se quer involuntariamente, o nome do Senhor ( ver Lev. 24: 16). Diziam em seu lugar a palavra Adonai (ver explicação na pág 39). Em conseqüência se

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perdeu a verdadeira pronunciação de YHWH. Pensa-se sem dúvida que pode ter sido YAHWH.

Uns poucos séculos depois de Cristo, certos eruditos chamados mosoretas, colocaram vogais ao hebreu escrito a fim de preservar o conhecimento do idioma falado. Neste tempo colocaram nas consoantes YHWH as vogais da palavra Adonai. Isto deu lugar para ler a palavra literalmente YEHOWAH, transliterada em castelhano como Jeová. Ao não conhecer qual era o sonido vocálico original da palavra YHWH, os mosoretas se propuseram então chamar a atenção ao fato de que a palavra devia se ler Adona i, por isso um leitor Judeu bem informado, ao encontrar-se com a palavra YAHWEH, lia Adonai . Os primeiros tradutores cristãos ignoravam isto e simplesmente transliteravam a palavra YEHOWAH, de onde teremos a palavra Jeová. Para evitar este problema, e seguido a tradição judia, em outros idiomas, se usa o equivalente de Senhor. A VVR usa sistematicamente a transliteração Jeová, (Exo 6: 3; Sal 83: 18; Isaias 26: 4).

Tem havido grande diferenças de opiniões entre os eruditos, com respeito à origem e a pronunciação e o significado da palavra YHWH. Possivelmente YHWH, seja uma forma do verbo hebreu, “Ser”, e neste caso significaria “o que é”, ou o que existe por si mesmo. Alguns eruditos afirmam que a forma verbal poderia ser causativa, e que, portanto significaria “o que causa o ser”, ou que interpelada mediante a frase Ehejeh , asher, ehyeh (Exo 3; 14) significaria o que é ou será, é dizer o eterno. Segundo isto o titulo de Senhor ou Jeová compreende os atributos da auto existência e da eternidade. YAHWEH é o Deus vivente, a fonte da vida, em contraste com os deuses dos pagãos, que não tem existência a parte da imaginação de seus adoradores (ver I Reis 18: 20-39; isa 41: 23-29; 44: 6-20; Jer. 10: 10,14; I Cor 8: 4). Estes nomes foram revelados a Moisés no monte Horebe (Exo 3: 14) é o Santo nome de Deus que guarda seu pacto, que tem provisão para a salvação de seus filhos. Ao igual que os outros títulos divinos, representam em hebreu o caráter divino de sua relação pessoal com seu povo.

Uma profunda sensação de reverência perante o sagrado caráter dos nomes de Deus se unia ao vivo anelo dos escribas de mostrar respeito por esse nome. Debaixo dessa influência, tomavam precauções especiais para copiar fielmente os nomes divinos. Detinham-se um

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momento antes de escrever as letras sagradas. E o nome que era considerado por sobre todos os outros como nomes pessoal de Deus, era YAHWEH.

A expressão “palavra de Jeová” [YAHWEH] é muito comum no AT. Se encontra em Gen 15: 1. num capítulo onde o nome Elohim não aparece. Jeová é o nome do pacto. E o nome debaixo do qual Deus se aproximava dos homens para comunicar-se com eles (Gen 18: 1, 2; 28: 13-17; Exo 33: 9-11; 34: 6, 7).

O nome YAHWEH aparece também em nomes compostos que manifesta mais plenamente o poder redentor e preservador de Deus com relação a seu povo. Tal é a frase YAHWEH- YIR’EH, literalmente Deus verá (Gen 22:14) que significa Deus proverá (ver 8). A palavra proverá implica ver por adiantado. Um ponto no qual foi provada a fé de Abraão, não foi se Deus apareceria, mas sim, Deus proverá. Contem a promessa de que Deus proveria o sacrifício necessário para a expiação. Este nome composto é o fundamento do plano de salvação

Em Eze 48: 35 se encontram a expressão “Jeová sana”, que em hebreu se lê YAHWEH SHAM MAH, e que significa “Jeová está ali”. Isto sugere a presença de Jeová entre seu povo. Ao igual que a expressão usada por Agar a respeito de Jeová, Elra’i, que é literalmente “Deus que me vê” (Gen 16: 13) este é quase um título. Outras frases descritivas hebréias têm um uso similar; Yahweh-ro’i “Jeová meu pastor (Sal 23: 1) Yahweh-rop’eka Jeová teu médico (Exo 15: 26) Yahweh-tsideqenu, Jeová nossa justiça (Jer. 23: 6) Yahweh- Shalom, Jeová paz (Juízes 6:24). Todos esses títulos ajudam a expressar a parte que Deus desempenha no plano de salvação.

Há outros nomes que sugere a luta do crente Yahweh-nissi, Jeová minha bandeira. O substantivo nes, bandeira, sinal, estandarte, implica em um ponto em torno do qual se encontra as tropas. O titulo Yahweh-tsebaoth, Jeová dos Exércitos (pela a primeira vez em I Sam 1:3). O destaca como comandante e chefe de todos os seres criados, como Aquele que levará toda a sua criação a vitória final (Rom 9: 29; Sant. 5:4), esses títulos também aparece sob a forma Elohim-tsebaoth (sal 80: 7, 14, 19; Amos 5: 27).

O titulo “Jeová dos Exércitos” é quem sabe o mais sublimes dos títulos divino. Sugere um pleno controle e senhorio sobre o universo inteiro. Um

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formoso exemplo disto se fala em Sal. 24: 9, 10, onde si lê literalmente “levantai o portais eternos as vossas cabeças; e levantando as portas da eternidade e entrará o rei da glória. Quem é esse rei da glória? Jeová dos Exércitos, Ele é o rei da glória, cf. com Sal 7: 26;46: 7;48:8; Zac 2: 9)

Usam-se umas 300 vezes a palavra hebréia (Adom) Adão no AT geralmente se traduz Senhor . Usa-se para referir-se ao dono de uma propriedade, ao chefe de família ou ao governador de uma província (I Reis 16: 24), se traduz dono é um titulo de hierarquia, honra e autoridade (Gen 18:12; 24: 12,42; Exo 21:4; Num 11: 28; I Sam 1: 15). Quando se aplica este termo a Deus, se lhe dá a forma Adonai. Aparece pela a primeira vez em Gen15: 2, 8; 18:3). Faz ressaltar sua posição como Senhor e dono, também o direito que tem de ser obedecido. Algumas (vezes aparecer em conjunto com Yahweh, traduzindo-se “Jeová o Senhor” Exo 23: 17; 34: 23). Também aparece em combinação com Elohim (Sal 35: 23; 28: 15) Véases a tabulação das combinações de nome no artigo sobre os idiomas, manuscritos e os cânon do AT. Neste volume, o título Adonai, se encontra com as ademais expressões “Senhor de toda Terra” (Jos 3:11, 13; Sal 97: 5; Zac 4: 14; 6:5; Miq. 4: 13).

Há outros dois títulos, que expressa a idéia de altíssimo, Exaltado, um é Elyam, de o verbo levantar-se. Encontra-se exemplo em Gen 14: 18-20,22; Num 24:16; II Sam 22:14; Sal. 7; 17; 9:2; 18: 13,21, 7; 46: 4; 47; 2) falando-se o último em Lam. 3:38. O título “Altíssimo” de Sal. 92:8 e miq. 6:6 se deriva de outra palavra hebréia, marom, de raiz diferente, “elevar-se, ser exaltado”.

O nome ba’al, “baal”, que também significa “senhor”, dono, é comum na AT, usando-se geralmente como título de desonra, por ser o nome dado aos deuses pagãos. Aparece quase sempre usando o nome comum composto como Jerobaal, Es-baal e Merib-baal. Porém também se o aplica a Jeová, traduzindo-se “marido ” (Isaias 54:5; Joel 1:8). Por tanto, se usa na forma feminina para indicar a igreja, a esposa de Deus (ver, Isaias 62:4, Buela).

Se usa outros título como El-tsur, que se traduz “Forte de Israel” (Isa.30:29) e “Rocha” ( II Sam. 23:3) porém quem sabe isto não pode chamar-se nomes próprios.

O Justo pela fé viverá. Leia Hebreus 11, para completar o estudo.

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