24ª Edição

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Revista Agro&Negócios.

Transcript of 24ª Edição

índice

FEELING EMPREENDEDOR | 08VOZ PROPAGANDA | 24GIRO DE NOtícIAs | 32PRINcEsA Ou PLEbEIA? | 34 GIR LEItEIRO | 44 APGJ EM AÇÃO | 50IbGE | 54bANANA MAÇÃ | 58

ARTIGOS

NEGÓcIOs E MARKEtING | 12Confraternização de fim de ano

VENENO QuE PODE cuRAR | 20MERcADO DO bOI | 402013 e suas surpresas

PAINEL JuRíDIcO | 64Os drones e a segurança jurídica

DIREtOR ADMINIstRAtIVO: Francis barros

DIREÇÃO DE ARtE: Allan Paixão

REPORtAGEM E EDIÇÃO:tássia Fernandes | 2703/GOLuana Loose Pereira | 15679/Rs

ARtE E DEsIGN: Marília Assis

cOMERcIAL:Juliana FoersterWilliam Garcia

Edição 24ª | Ano 2013 | A&F EDItORA

64 3636-4113Rua Napoleão Laureano, Nº 622st. samuel Graham - Jataí - GoiáscNPJ: 13.462.780/0001.33

ARtIGOs:Amauri Marchese, Lorena RagagninLygia PimentelMirian Machado Mendes

cONtAtO: [email protected]@[email protected]@agroenegocios.com.brallanpaixao@[email protected]

Impressão: Poligráficatiragem: 3.000

Distribuição dirigida: Jataí, Rio Verde, Mineiros, chapadão do céu, Montividiu, santa Helena, e Quirinópolis.

A Revista Agro&Negócios não se responsabiliza pelos conceitos e opiniões presentes nos encartes publicitários, anúncios, artigos e colunas assinadas.

sItE E REDE sOcIAL:www.agroenegocios.com.brfacebook.com/agroenegocios

64 3636 4113Anuncie!

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editoriAl

chegamos ao fi m de mais um ano e como já dizia Carlos Drummond de Andrade, “Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome

de ano, foi um indivíduo genial [...] doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar”.

E aqui vamos nós, encerrando um período de lu-tas e acreditando que as reivindicações que pautaram as discussões, lotaram as assembleias e inundaram as ruas sejam atendidas. Uma centelha, um pouco maior, de es-perança certamente vai acompanhar os brasileiros. Afi -nal, a condenação e prisão dos envolvidos no mensalão, queda nas taxas de juros do crédito rural, aprovação do Novo Código Florestal, entre outras conquistas, dão força para continuar.

Por outro lado, ainda há muitos desafi os a serem enfrentados. Entre eles, um inimigo novo, a Helicoverpa ar-migera, responsável pelo decreto de estado de emergên-cia fi tossanitária em Goiás, Minas Gerais, Oeste da Bahia e

DIREtORIA ADMINIstRAtIVA

EQuIPE AGRO&NEGÓcIOs

LUaNa LOOSe PeReIRa

JORNALIstA

jULIaNa FOeRSteR

GERENtE DE NEGÓcIOs

WILLIaM GaRCIa

cONsuLtOR cOMERcIAL

MaRíLIa aSSIS

DEsIGNER

tÁSSIa FeRNaNDeS

JORNALIstA

aLLaN PaIXÃO FRaNCIS BaRROS

Mato Grosso, por enquanto. Velhos inimigos também per-manecem no cenário, cobrança de royalties e outras taxas; falta de infraestrutura; logística e energia elétrica estão entre os gargalos que entraram para a lista de problemas recorrentes e que ainda não foram solucionados.

Mas, na pausa de fi m de ano, um momento para tomar fôlego e, adiante, doze novos meses para correr atrás de soluções e melhorias para o setor. Enquanto isso, nós convidamos você, leitor, a acompanhar a últi-ma edição deste ano, que vem recheada de informações. Convidamos você a questionar conosco se a agricultura brasileira é considerada princesa ou plebeia e se os da-dos divulgados pelo IBGE condizem com a realidade da nossa produção. Convidamos você a se deliciar com uma reportagem sobre o cultivo de banana maçã e conferir a capacidade produtiva do Gir Leiteiro. Convidamos você a apreciar estas e outras reportagens especiais que seguem pelas próximas páginas.

Boa leitura, bom natal e um excelente 2014!

POR tássIA FERNANDEs E LuANA LOOsE PEREIRA

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AgendA

AGROVIAbILIDADE EcONÔMIcA DE sIstEMAs

DE PRODuÇÃO AGROPEcuáRIOs: MEtODOLOGIA E EstuDOs DE cAsO

Esta obra traz os fundamentos teóricos e os passos para a utilização da metodologia de análise de viabilidade econômi-ca de sistemas de produção agropecuários, desenvolvida por profi ssionais da área de socioeconômica da Embrapa. Trata-se de um manual operacional de fácil entendimento, aplica-do em 10 estudos de caso, em que são comparados os siste-mas de produção recomendados pela pesquisa e os sistemas implementados por produtores em regiões selecionadas.Onde encontrar: http://vendasliv.sct.embrapa.br/liv4/consul-taProduto.do?metodo=detalhar&codigoProduto=00053210

nEGÓcIOSsONHO GRANDE

Sonho Grande é o relato detalhado dos bastidores da trajetória de três empresários que alcançaram o suces-so profi ssional. A fórmula de gestão que desenvolveram, seguida com fervor por seus funcionários, se baseia em meritocracia, simplicidade e busca incessante por redução de custos.Onde encontrar: http://www.americanas.com.br/produ-to/113003064/livro-sonho-grande

conectAdo

AGROcuRsO DE IRRIGAÇÃO:

sIstEMAs, MANEJO E GEstÃO EM cONDIÇÕEs DE cAMPO

Quando: 18 a 20 de Janeiro de 2014Onde: Viçosa - MGMais informações: http://www.cptcursospresenciais.com.br/cursos/agricultura-e-irrigacao/curso-de-irrigacao-siste-mas-manejo-e-gestao-em-condicoes-de-campo-/#tab1

EVENtO sHOWtEc 2014Quando: 22 e 24 de janeiro de 2014Onde: Maracajú – MSMais informações: www.portalshowtec.com.br ou www.fundacaoms.org.br

nEGÓcIOSFÓRuM HsM

GEstÃO E LIDERANÇA 2014

Quando: 1 e 2 de Abril de 2014Onde: Teatro Alfa – Hotel Transamérica – Rua Bento de Andrade Filho, 722 – Santo Amaro – São Paulo/SP.Mais informações: http://www.hsm.com.br/eventos/fo-rum-hsm-gest-o-lideranca-14

sEbRAE GO – PROGRAMA AGENtEs LOcAIs DE INOVAÇÃOInscrições: até 26 de junho de 2014Mais informações: http://www.sebrae.com.br/uf/goias/sebrae-go/trabalhe-conosco

Inovar, oferecendo qualidade e segurança para clientes e parceiros. Este foi o objetivo dos jovens em-preendedores Luís Fernando Silva e Pedrinho do Prado ao apostar na criação da empresa de fabricação de blocos de concreto, a Eco Blocos.

A ideia surgiu em 2010, quando Luís Fernando, ob-servando as possibilidades de mercado em Jataí, resolveu investir no próprio negócio. “Eu conheci uma empresa lá em Sorocaba/SP, comecei a pesquisar o mercado e vi que tinha espaço e foi quando comprei a máquina. No início o pessoal não estava tendo muita aceitação, porém com o passar do tempo fomos conseguindo mostrar o nosso diferencial e hoje já estamos em um bom patamar de co-mercialização do nosso produto”, destaca Luís Fernando.

Com dois anos de mercado, a empresa Eco Blocos é hoje referência no ramo de blocos de concreto em Jataí e região e vem ganhando cada vez mais espaço demons-trando a qualidade dos produtos e a eficiência dos serviços prestados aos consumidores. Além de Goiás, a empresa também atua em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e em Minas Gerais.

EcO BlOcOSSua obra mais econômica, segura e ecologicamente correta

Por Luana Loose Pereira

QuALIDADE E EFIcIêNcIA EM PRODutOs E sERVIÇOs

Testado em Laboratório, os blocos de concretos fa-bricados pela empresa trazem em sua composição maté-rias primas como pó de pedra, areia lavada e cimento. Mas o segredo de um traço perfeito está nos aditivos acres-centados à mistura. “Este é o segredo do sucesso e nós o mantemos guardado a sete chaves”, brinca Luís Fernando.

A opção pelos blocos de concreto possibilita a economia dos recursos utilizados em obra, de pequeno, médio e grande porte, oferece agilidade para o proces-so de construção e proporciona segurança e resistência para os projetos. Além disso, os blocos produzidos pela empresa são ecologicamente corretos. “O próprio nome, Eco blocos, surgiu com esta ideia. Nós buscamos estar dentro das normas ambientais para não causar qualquer impacto à natureza. Trabalhamos com aproveitamento de resíduos, tudo para cuidar bem do meio ambiente”, salienta Luís Fernando.

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FEELING EMPREENDEDOR

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Rua Capitao Serafim de Barros, 3575 Jardim Rio Claro | Jataí-Go

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suPERANDO ObstácuLOs

No início, acertar o traço para garantir um produto com qualidade e eficiência foi um dos principais desafios da empresa, hoje a falta de incentivo do governo é que tem difi-cultado a vida do pequeno empresário. “Nós poderíamos ter mais incentivo do governo porque apenas com recursos pró-prios é complicado de trabalhar. Uma linha de crédito mais acessível ao pequeno empresário poderia facilitar as nego-ciações e possibilitar a venda do produto final com maiores prazos e condições para os clientes, que com certeza sai-riam satisfeitos e investiram mais em outros produtos”.

A empresa conta atualmente com 15 funcionários, desde a fabricação até a entrega, e ainda gera inúmeros empregos indiretos. De acordo com Luís Fernando, a aposta da empresa é na manutenção de seus funcionários através de boa remuneração e cursos de capacitação pro-fissional. “Nós procuramos estar sempre ao lado dos nos-sos funcionários, oferecendo cursos e trazendo pessoas ca-pacitadas na área para dar maiores instruções para quem trabalha na empresa”.

PERsPEctIVAs PARA O FutuRO

Estar sempre em busca de melhorias para oferecer melhores serviços e produtos a seus clientes e colabora-dores é a meta da Eco Blocos. Neste final de ano, a empre-sa investiu na compra de um caminhão, que agora fará o transporte da matéria prima, o que reduzirá consideravel-mente as despesas com frete. O próximo objetivo será a compra de novos e modernos equipamentos para a fabrica-ção dos blocos, além da construção de um depósito que vai viabilizar a comercialização de areia e brita, junto à venda dos blocos. “Aqui é o primeiro lugar que o cliente vem então a nossa ideia é disponibilizar o básico da obra. Neste senti-do, nós vamos poder também fazer um preço melhor, dar mais condições para o pagamento dos produtos”, explica Luís Fernando.

Do muro ao armazém, das pequenas às grandes construções, a Eco Blocos está presente oferecendo qua-lidade e segurança em produtos, confiança e agilidade em serviços, garantindo sempre o sucesso da sua obra.

Fotos: Luana Loose Pereira

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NEGÓcIOs E MARKEtING

AMAURI MARchESEJornalista, profi ssional de Marketing e relações Públicas, professor da esPM - são Paulo e consultor de Comunicação Corporativa [email protected]

dezembro chegou! E com ele as tradicionais festas nas empresas. Neste artigo vamos analisar as “ar-madilhas” que estes eventos escondem.Apesar de a palavra festa vir estampada no convite

para os colaboradores, não devemos esquecer que esse tipo de evento é corporativo, de cunho profi ssional. Em-bora pareça um evento social, está totalmente ligado ao ambiente de trabalho e, por essa razão, o comportamento das pessoas precisa ser compatível.

Logo de início uma premissa: seja qual for o even-to, se de alguma forma estiver ligado ao trabalho e tenha a presença de pessoas do convívio profi ssional, o melhor é evitar todos os excessos.

No ambiente corporativo, os relacionamentos não perdoam pessoas que parecem não manter o autocontro-le. Abusar das bebidas alcoólicas, comer de forma exage-rada, gargalhar como se estivesse num show humorístico, vestir-se de modo inadequado para a ocasião, tudo pode prejudicar a imagem da pessoa.

Confraternização! Como refl ete a própria palavra, esse evento tem um único fi m: celebrar o ano de trabalho, comemorar os bons resultados alcançados pela empresa e alicerçar o conceito de time, de equipe, fazendo com que se fortaleçam os laços entre todos os colaboradores, de modo a continuar trilhando o caminho do sucesso.

Para tentar não correr o risco de ter o nome incluí-do na lista dos erros mais cometidos em festas corporati-vas, é preciso tomar alguns cuidados básicos, que podem fazer toda a diferença. Acompanhe as dicas.

conFrAterniZAçÃo de Fim de AnoCuidado com os excessos

BEBIDAS - Nada é proibido. Porém, beba com mo-deração. Não permita que a bebida em excesso faça você perder o controle da situação e tenha comportamentos condenáveis socialmente.

ROUPAS - Neste campo, há que se levar em conta o local e o horário em que o evento acontece.

Digamos que a festa seja num clube ou num sítio e toda a família (esposa/marido e fi lhos) do colaborador seja convidada. As mulheres devem estar trajadas com bermudas, legs ou qualquer roupa leve, porém discreta. Nada de “camisetinhas” coladas, tops ou similares. O mes-mo vale para os homens: bermudas, camisetas ou regatas.

Já quando a festa é “em salão” duas possibilidades: se for durante o dia, as mulheres podem usar roupas mais descoladas, porém evitando decotes profundos, saias ou shorts curtos e aquelas calças justíssimas, que “marcam” o corpo. Os homens devem usar o básico: jeans, camisetas polo. Camisas de mangas compridas dobradas são para ocasiões exclusivamente sociais.

No caso de a festa ser à noite, todos devem se ves-tir de maneira mais formal. Dependendo do local, fi ca bem para os homens o uso de blazer. Já para as mulheres, ves-tidos ou calças mais sociais e que deem aquele tom de sobriedade e elegância.

Está “a fi m” de alguém? Se for discreta e feita com elegância e cautela, nada contra a paquera. É bom ter cla-ro que a imagem profi ssional só é afetada por comporta-

ATACADO E VAREJOATACADO E VAREJO

PEÇAS PARA MOTOS

MÁQUINAS E FERRAMENTAS

ARTIGOS PARA BORRACHARIA

CÂMARAS DE AR(MOTOS, AGRÍCOLAS, CARGAS, INDUSTRIAIS)

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Guaraí - TO (63) 3464-1601

Santarém - PA (93) 3529-0242

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Na moto com você.

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(64) 3612-6610Rio Verde - GO

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mentos e atitudes inadequadas. E que, principalmente, os gestores das empresas fi cam de olho nos desajustes.

Portanto, não dê chance para que sua imagem seja prejudicada por uma atitude impensada ou com-portamento incompatível com a situação. Curta a festa e aproveite para mostrar suas qualidades como pessoa e como profi ssional.

BOM NATAL E FELIZ ANO NOVO A TODOS OS NOS-SOS LEITORES!

sEJA QuAL FOR O EVENtO, sE DE ALGuMA FORMA

EstIVER LIGADO AO tRAbALHO E tENHA A

PREsENÇA DE PEssOAs DO cONVíVIO PROFIssIONAL,

O MELHOR é EVItAR tODOs Os ExcEssOs.

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com a missão de ser um centro de excelência em prestação de serviços e análises agroindustriais, o Laboratório Exata está a 16 anos no mercado

oferecendo serviços em análise química com qualidade e rapidez. Visando satisfazer as necessidades dos clientes e atender a demanda crescente, a empresa busca investir cada vez mais em seu potencial analítico e na capacitação de seus técnicos e colaboradores.

No mês de outubro, integrantes dos três laborató-rios do grupo participaram do primeiro workshop técni-co promovido pelo Laboratório Exata em Jataí. Segundo Carlos Brait, diretor administrativo do grupo, o objetivo do evento foi discutir técnicas analíticas e de gestão en-tre os integrantes dos laboratórios. “O nosso objetivo foi chamar o pessoal para discutir as técnicas analíticas, veri-ficar quais são os problemas de cada laboratório, para que possamos com isso desenvolver novos métodos e assim evoluir cada vez mais na prestação de serviços em análi-ses”, destaca Carlos.

Durante os dois dias de evento, os técnicos e co-laboradores de cada empresa tiveram a oportunidade de participar de um mini-curso com o tema introdução a quí-mica analítica aplicada a análises agroindustriais e tam-

A QuímicA Que dá certo!Grupo Exata investe na capacitação técnica de seus colaboradores

Por Luana Loose Pereira

bém de uma palestra sobre o sistema de gestão de quali-dade. De acordo com Maura Roquete Amparo, supervisora de qualidade, a ideia foi apresentar o histórico da constru-ção deste sistema e quais foram os desafios encontrados para a consolidação desta estrutura.

“Acredito que esta palestra foi importante no senti-do de estar apoiando aos integrantes dos outros laborató-rios a implementar esse sistema de gestão da qualidade. Nós ressaltamos os desafios que tivemos na construção e também trocamos parcerias para que todos consigam alcançar seus objetivos na manutenção da qualidade dos serviços prestados”, pontua Maura.

Para Carlos Brait o evento cumpriu o objetivo pro-posto. A segunda edição do evento deve acontecer já no próximo ano, proporcionando mais uma vez a interação entre todos os membros do Grupo com novos temas e discussões. “Com certeza o curso cumpriu seus objetivos, pois tivemos uma participação ativa do pessoal em todos os momentos. A pretensão é que esse workshop se per-petue. Todo o ano no mês de outubro ou novembro nós pretendemos estar reunidos para poder debater questões analíticas voltadas ao desenvolvimento dos negócios do grupo”, conclui Carlos.

Colaboradores participam de mini curso com o tema “Introdução a química analítica aplicada a Análises Agroindustriais”

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cOM A MIssÃO DE sER uM cENtRO DE ExcELêNcIA

EM PREstAÇÃO DE sERVIÇOs E ANáLIsEs AGROINDustRIAIs, O

LAbORAtÓRIO ExAtA Está A 16 ANOs NO MERcADO OFEREcENDO sERVIÇOs

EM ANáLIsE QuíMIcA cOM QuALIDADE E RAPIDEZ.

NOssO ObJEtIVO FOI cHAMAR O PEssOAL PARA

DIscutIR As técNIcAs ANALítIcAs, VERIFIcAR QuAIs

sÃO Os PRObLEMAs DE cADA LAbORAtÓRIO, PARA QuE POssAMOs cOM IssO

DEsENVOLVER NOVOs MétODOs E AssIM EVOLuIR cADA VEZ MAIs

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ARtIGO

embora as serpentes não possuam garras, são ex-celentes caçadoras e despertam o fascínio dos hu-manos, seja pela beleza, comportamento ou pelo

risco que oferecem.No Brasil existem mais de 370 espécies de serpen-

tes e a maioria delas não é peçonhenta, como a Sucuri, Ji-

Veneno Que Pode curArMedicamento desenvolvido a partir do veneno de cobra pode salvar pacientes de infarto do miocárdio

bóia e Caninana. As serpentes ditas peçonhentas são aque-las que produzem peçonha, também chamada de veneno, e tem condições de injetá-lo nas vítimas. Para a serpente, a peçonha tem duas funções básicas: a primeira é paralisar a presa ou, pelo menos, prejudicar sua fuga por longas dis-tâncias. A segunda é iniciar o processo de digestão.

Profa. dra. MIRIAn MAchAdO MEndESuFG | Campus Jataí[email protected]

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bENEFícIOs DO VENENO

Diferente do que a maioria das pessoas pensa, a peçonha produzida pelas cobras também pode trazer be-nefícios para os humanos. Existem no mundo diversos grupos de pesquisas científi cas, que buscam nas peçonhas de serpentes moléculas e substâncias que possam tratar e até curar doenças.

Um exemplo da aplicação das peçonhas como fonte de descobertas de medicamentos é uma molécula isolada da peçonha de jararaca, que deu origem ao prin-cípio ativo do remédio Captopril, usado no controle da pressão arterial. Outro exemplo é a criação da cola de fi brina, desenvolvida utilizando também uma toxina da peçonha de jararaca. A cola é usada para fechar cirur-gias onde não é possível realizar suturas ou dar pontos e para estancar sangramentos.

A aplicação das peçonhas não se restringe aos dois exemplos. Já está disponível no mercado outro medica-mento, a Batroxobina ou Reptilase, que é usada como fer-ramenta de diagnóstico e é capaz de impedir a formação de coágulos e, até mesmo, de dissolver coágulos já forma-dos dentro de vasos sanguíneos, salvando pacientes com quadros de trombose e até de infarto do miocárdio.

Atualmente, outras pesquisas com peçonhas vêm sendo desenvolvidas, buscando entender e dar aplicações para essas substâncias. Ainda há muito para ser desco-berto e é quase impossível saber quanto mais existe de boas surpresas nas peçonhas, que podem matar, mas que também podem curar e salvar vidas.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, as serpentes do gênero Bothrops, conhecidas popularmente como jararacas (Jararaca, Jararaca rabo de osso e Jara-cussu), são responsáveis por cerca de 90% das picadas, mas, o número de óbitos delas decorrentes é de apenas 0,5% dos casos. As Cascavéis (gênero Crotalus), embo-ra bastante encontradas, são menos agressivas e causam cerca de 8% dos acidentes com cobras, porém, levam à morte um número maior de vítimas, 2% dos casos.

O envenenamento por jararacas é caracterizado por efeitos como hemorragia e sangramentos perto do lo-cal da picada, enquanto o envenenamento por cascavéis tem como característica principal o efeito neurotóxico (que afeta os nervos). O único tratamento recomendado para esses acidentes é a aplicação de soro antiofídico. O soro destinado para humanos é encontrado e administrado em hospitais, enquanto que o soro para outros animais pode ser adquirido em casas de produtos agropecuários.

AINDA Há MuItO A sER DEscObERtO E é QuAsE

IMPOssíVEL sAbER QuANtO MAIs ExIstE DE bOAs

suRPREsAs NAs PEÇONHAs, QuE PODEM MAtAR, MAs tAMbéM PODEM cuRAR

E sALVAR VIDAs.

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empresas sem fachadas, panfl etos preto e branco, comerciais de TV sem produção. Esta era a realida-de de Jataí/GO dez anos atrás. Foi nesse cenário,

em que a comunicação ocupava o 3º, 4º, 5º lugar na lis-ta de prioridades dos empresários, que a Voz Propagan-da decidiu interferir. Com a responsabilidade de abrir o mercado no interior de Goiás e o sonho de ser uma das melhores agências do Centro-Oeste, os publicitários re-cém-formados, Allan Paixão e Francis Barros, abriram mão das oportunidades que os grandes centros ofereciam e retornaram à cidade natal.

Na bagagem, estratégias inovadoras, ideias criati-vas e a disposição de quem quer transformar uma realida-de. Em uma sala comercial de 20 m² foram desenvolvidas as campanhas dos dois primeiros clientes: Câmara Muni-cipal e Faculdade Cesut, ponta pé inicial da trajetória que completa dez anos em 2013. “Para dar certo é preciso, primeiramente, realizar o trabalho de maneira satisfató-ria. Nosso negócio é fazer comunicação criativa e acredito que temos feito muito bem”, ressalta Francis.

Flexível e antenada às necessidades do mercado, a Agência Voz ampliou as competências e os serviços pres-tados. “Estamos aptos a desenvolver a identidade corpo-rativa de uma empresa, criar campanhas para todas as mídias, organizar eventos e prestar consultoria, orientan-do sobre como agir para obter os melhores resultados”.

10 AnOS dE cRIATIVIdAdE E InOVAçãO Por TÁssia FernanDes

A sacada da vez são os trabalhos desenvolvidos para mídias on-line. Em um mundo cada vez mais digital, a comunicação empresarial não poderia fi car fora da rede. “Muitas vezes a empresa tem a ferramenta, mas não sabe como utilizá-la. Então abrimos o departamento digital, com o desenvolvimento de web sites e orientação para os clientes sobre como devem se posicionar na internet”.

Defi nido pelos diretores como um grupo de multi-tarefas, o Grupo Voz de Comunicação engloba, atualmen-te, as empresas Voz Propaganda, Voz Digital e Revista Agro&Negócios. Trabalhando com estratégias criativas e diferenciadas, o Grupo vem ganhando destaque e sendo reconhecido. Prova disso são os prêmios conquistados nos últimos quatros anos e o convite recebido pelo dire-tor, Francis Barros, para integrar o Sinapro/GO – Sindicato das Agências de Propaganda de Goiás.

Olhando o caminho percorrido nos dez anos de estrada, os diretores acreditam que estão conseguindo alcançar o objetivo proposto no início da carreira: trans-formar a comunicação no município. O foco, agora, é continuar seguindo em frente e sempre à frente, aten-dendo Jataí e todo o Sudoeste Goiano. “Propondo estra-tégias cada vez mais inovadoras; investindo na equipe; permanecendo abertos às mudanças e dispostos a en-carar os desafi os que, certamente, surgirão”, enfatiza Francis Barros.

AGêNcIA VOZ

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Jataí - Go

Promover a troca de informação e conhecimento en-tre quem trabalha com a teoria e quem lida com a prática, promovendo um intercâmbio entre os es-

tudos produzidos nos centros de pesquisa e as atividades desempenhadas no dia a dia do campo. Este foi o propósi-to do Workshop promovido pela Paraíso Nutrição Animal, em novembro, no município de Jataí/GO. “Trouxemos um pesquisador independente, que não tem vínculos com a empresa, para apresentar aos nossos clientes o que tem de novo no mercado e, também, para validar o que temos recomendado através de resultados comprovados cientifi -camente”, destaca Rafael Carvalho, sócio proprietário da Paraíso Nutrição Animal.

Para falar sobre suplementação intensiva a pasto, o convidado foi o dr. Gustavo Siqueira, coordenador do Grupo de Estudos em Produção de Ruminantes, na Agên-cia Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA). “Um dos problemas que temos atualmente é, justamente, a falta desse contato entre produtor rural e pesquisador. Eventos como esse, que diminuem a distância entre quem gera e quem utiliza a informação são muito importantes e deveriam ser rotina”, afi rma o pesquisador.

Pecuaristas de diversas regiões de Goiás marca-ram presença e aprovaram a iniciativa. “Hoje o produtor rural está mais preocupado com a busca de informações e, a partir de eventos como este, tentamos absorver o que é passado e transferir para o nosso dia a dia, transforman-

PARAÍSO nUTRIçãO AnIMAl PROMOVE PEcUÁRIA dO cOnhEcIMEnTODurante o evento foram lançados cinco novos produtos da Linha Prime

Por TÁssia FernanDes

do em resultados práticos”, pontua Jonas Macedo Franco, pecuarista de Aparecida do Rio Doce/GO. O engenheiro agrônomo Fábio Gonçalves, gestor do Grupo Vilela de Queiroz, em Maurilândia/GO, compartilha da opinião. “A informação se tornou a base do trabalho do produtor ru-ral, que avalia as alternativas que possui, coloca na ponta da caneta e observa como poderá obter os melhores re-sultados. A palestra contribuiu para conhecermos melhor os produtos, com o custo benefício e outros detalhes que fazem a diferença para o pecuarista”.

NOVIDADE NO MERcADO

Durante o Workshop Pecuária do Conhecimento, a Paraíso Nutrição Animal aproveitou para fazer o lança-mento de mais cinco produtos da Linha Prime. “A Prime é a cereja do bolo. É a linha de produtos mais tecnológicos da Paraíso, com maior aporte de nutrientes, garantindo alto desempenho dos animais e elevado retorno econômi-co para o produtor rural”, ressalta Rafael Carvalho.

Entre os diferenciais da linha está a presença da molécula virginimicina. “O composto garante incremen-to de ganho de peso, na ordem de até 150 gramas por animal ao dia. Fazenda não é lugar para testar; devemos chegar com produtos que têm resultados comprovados e já foram testados por instituições de pesquisa confi áveis”, enfatiza Rafael.

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INFORME PubLIcItáRIO

“A palestra contribuiu para aumentar o grau de confi ança e a admiração que temos pela empresa. Posso afi rmar que os produtos da Paraíso Nutrição Animal são de excelente qualidade, pois acompanhamos e conferimos os resultados. Mas, é importante destacar que produtos a fornecer nós temos muitos no país, o que faz a diferença da empresa é a assistência técnica que, sem dúvida, é um ponto primordial da Paraíso.”

RIcARDO tANIOs PRODutOR RuRAL (JALEs/sP)

“Trabalho há muitos anos com os produtos da Paraíso Nutrição Animal. Acredito que o grande diferencial da empresa é a assistência técnica e o fato de oferecerem produtos personalizados, de acordo com a necessidade e a situação vivenciada pelo pecuarista.”

cHRIstOVAM IVANcKO PRODutOR RuRAL (JAtAí/GO)

“Eventos como este são oportunidades para atualizarmos nosso conhecimento e fi carmos por dentro das novas tecnologias. Hoje, se o produtor rural não inovar, não consegue acompanhar e permanecer na atividade. A Paraíso Nutrição Animal me acompanha há bastante tempo e acredito que o trabalho realizado pela equipe tem sido bastante produtivo.”

séRGIO RIbAs, PRODutOR RuRAL (JAtAí/GO).

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“A equipe da Paraíso Nutrição Animal está sempre focada em trazer novas informações e benefícios para o produtor rural, agregando valor a tudo o que a gente produz.”

JOsé RubENs PRODutOR RuRAL(JAtAí/GO)

“A palestra contribuiu para aumentar o grau de confi ança e a admiração que temos pela empresa. Posso afi rmar que os produtos da Paraíso Nutrição Animal são de excelente qualidade, pois acompanhamos e conferimos os resultados. Mas, é importante destacar que produtos a fornecer nós temos muitos no país, o que faz a diferença da empresa é a assistência técnica que, sem dúvida, é um ponto primordial da Paraíso.”

RIcARDO tANIOs PRODutOR RuRAL (JALEs/sP)

Dr. Gustavo siqueira ministrando a palestra

Rafael carvalho, sócio proprietário da Paraíso

Nutrição Animal

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HELICOVERPADEcREtADO EstADO DE

EMERGêNcIA PARA GOIásO Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento declarou emergência fi tossanitária para a lagarta Helico-verpa armigera em Goiás. Agora, os produtores goianos podem utilizar os defensivos agrícolas com o princípio ati-vo Benzoato de emamectina, que não eram autorizados no mercado brasileiro. O estado de emergência também foi declarado na Bahia, no Mato Grosso e em Minas Gerais.

INFRaeStRUtURaFÓRuM DE DEsENVOLVIMENtO INtEGRADO DO sEtOR LOGístIcO EM RIO VERDEA Secretaria de Estado de Indústria e Comércio realizou em Rio Verde o Fórum de Desenvolvimento Integrado do Setor Logístico, com o propósito de apoiar o setor pro-dutivo do agronegócio e promover o desenvolvimento econômico regional, tendo como ponto de convergência a aproximação e o diálogo entre o setor produtivo e as lideranças governamentais.

GIRO DE NOtícIAs

MÁQUINaS aGRíCOLaSFIM DA ObRIGAtORIEDADE

DE EMPLAcAMENtOA Comissão de Agricultura do Senado aprovou o projeto do deputado federal Alceu Moreira (PMDB) que acaba com a obrigatoriedade de emplacamento e licenciamento de veículos agrícolas. O texto segue agora terminativo para a Comissão de Constituição e Justiça do Senado e, se apro-vado, irá à sanção da presidência.

aGRODeFeSacObRANÇA PELO cADAstRAMENtO DAs áREAs cuLtIVADAs cOM sOJAProdutores rurais de Jataí e Rio Verde decidiram não pa-gar a taxa cobrada pela Agrodefesa para o cadastro das áreas de soja. Os valores previstos são de R$ 50 para até 100 hectares, acima desta área o acréscimo é de R$ 0,50 por hectare. Agora, a Faeg fi ca responsável por amparar os produtores perante as autoridades estaduais.

Uso de tecnologias Bayer CropScience

A Bayer CropScience comunica que para a safra (2013/2014) do algodão, será mantido o valor do royalty pré plantio em US$ 40,00 por hectare para a compra de sementes certificadas com a tecnologia LibertyLink®*, bem como toda a operação relacionada ao Sistema de Integridade e Controle de tecnologias (ICT).

Para o Sistema ICT, os valores também permanecerão no pós-plantio em R$ 160,00/ha ou R$ 0,0444/kg de algodão em caroço. A cobrança nesta fase ocorre para produtores que fizeram uso da tecnologia LibertyLink® sem o pagamento do royalty pré-plantio e assinatura do termo de compromisso, com situação declarada pelo produtor ou detectada na averiguação.

Ao adquirir as sementes FiberMax® com a tecnologia LibertyLink®, diretamente da Bayer CropScience ou via distribuidores/revendedores autorizados, o cotonicultor terá direito a um crédito de isenção equivalente a 1,3333 hectare para cada saca de 20 quilos adquirida desta semente, para ser deduzido da área total com a tecnologia LibertyLink® detectada no monitoramento.

A Bayer CropScience se coloca à disposição, por meio de suas equipes de campo, para esclarecer eventuais dúvidas referentes ao funcionamento do Sistema ICT.

COMUNICADO IMPORTANTEAO SETOR ALGODOEIRO

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aje | jataíDIREtORIA tOMA POssE

A diretoria da Associação de Jovens Empreendedores de Jataí tomou posse no dia 03 de dezembro. O evento acon-teceu no auditório da CDL e contou com a presença de autoridades políticas e militares do município e jovens em-preendedores de diversos setores empresariais. Além de representar a classe, o objetivo da associação é fomentar e difundir a cultura do empreendedorismo formando no-vas lideranças. Minha primeira empresa (MPE) é um dos programas realizados pela associação, em que os parti-cipantes recebem consultoria gratuita e também podem garantir facilidades no acesso ao crédito. As inscrições po-dem ser feitas até o dia 16 de dezembro, através do site www.minhaprimeiraempresa.org.

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A Bayer CropScience comunica que para a safra (2013/2014) do algodão, será mantido o valor do royalty pré plantio em US$ 40,00 por hectare para a compra de sementes certificadas com a tecnologia LibertyLink®*, bem como toda a operação relacionada ao Sistema de Integridade e Controle de tecnologias (ICT).

Para o Sistema ICT, os valores também permanecerão no pós-plantio em R$ 160,00/ha ou R$ 0,0444/kg de algodão em caroço. A cobrança nesta fase ocorre para produtores que fizeram uso da tecnologia LibertyLink® sem o pagamento do royalty pré-plantio e assinatura do termo de compromisso, com situação declarada pelo produtor ou detectada na averiguação.

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PrincesA ou PlebeiA?Destaque no cenário econômico nacional, agricultura ainda é castigada pelos espinhos da burocracia e sobrecarga de taxas

Por Luana Loose Pereira

cAPA

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Segundo Antônio Flávio, secretário da agricultura do estado de Goiás, o governo tem plena consciência da importância da agricultura, mas precisa de alguma forma arrecadar para sustentar os serviços que, de acordo com ele, são prestados ao segmento. “Nós sabemos que cerca de 70% das nossas exportações, grande parte dos empre-gos gerados e o crescimento da economia vêm do agrone-gócio, mas existem situações, no caso das taxas que são cobradas, que são serviços prestados especifi camente a este seguimento. Nenhum cidadão gosta de pagar taxas ou impostos, mas é importante olhar o serviço que é pra-ticado por traz deste processo”.

Para Júlio Sânzio Vilela, presidente da Cooperativa Mista do Vale do Araguaia (COMIVA), embora o governo saiba da importância do agronegócio o mesmo não o trata como devia. “Os governantes não elaboram um plano de ação para o país em longo prazo, e fi cam apenas tomando medidas popu-listas, fi cando em segundo plano aqueles que realmente con-tribuem para o desenvolvimento da nação”, afi rma.

Alguns representantes do setor agrícola temem que apenas uma crise seja capaz de balançar as estruturas governamentais ao ponto de decisões efi cazes serem co-locadas em prática. “O agricultor oferta produto, aumenta os investimentos no plantio e também na colheita e as au-toridades demoram demais para tomar as medidas, quan-do o setor entrar em crise volta tudo para trás, ele para de investir, sucateia as máquinas e só aí o governo sente”, alerta Ricardo Callef.

As ações do governo trazem resultados apenas em longo prazo, enquanto o que a agricultura brasileira pre-cisa é de recursos imediatos. Para a safra 2013/14, que já está em andamento, os gargalos continuam, sendo os mesmos enfrentados nos últimos anos. Na Lavoura, nos portos e nas estradas, do plantio à colheita, os entraves continuam fazendo com que a princesa brasileira se torne apenas mais uma simples plebeia no concorrido cenário agrícola mundial.

NA LAVOuRA, NOs PORtOs E NAs EstRADAs, DO PLANtIO À cOLHEItA, Os ENtRAVEs cONtINuAM FAZENDO cOM QuE A PRINcEsA bRAsILEIRA sE tORNE APENAs MAIs uMA sIMPLEs PLEbEIA NO

cONcORRIDO cENáRIO AGRícOLA MuNDIAL.

“ “

uma das principais responsáveis por movimentar a economia e equilibrar a balança comercial bra-sileira, a agricultura sofre a cada ano com a fal-

ta de incentivo do governo e a imposição de taxas, que sobrecarregam a cadeia produtiva. Enquanto de um lado o produtor rural investe em produtos, maquinários e em tecnologia, se tornando cada vez mais tecnifi cado e capa-citando para gerenciar as atividades no campo, garantindo a alta produtividade na lavoura, na outra ponta o olhar das lideranças políticas recai em cobranças ao setor.

Os representantes da classe acreditam que é pre-ciso haver mais equilíbrio nas exigências decretadas pelo governo. “Tem que ser sustentável, eles não podem sugar o produtor rural, porque com o decorrer dos anos se ele for sendo sacrifi cado do jeito que está sendo, com impos-tos e taxas, o agronegócio não vai dar conta de produzir e, com certeza, lá na frente não vai dar o resultado que está dando agora”, afi rma Ricardo Peres, Presidente do Sindi-cato Rural de Jataí/GO.

Entre um piscar de olhos e outro, alguns planos de incentivo são lançados, mas poucos são efetivamente operacionalizados, principalmente devido à burocracia, genuinamente brasileira. “O Brasil é muito burocrático e isso atrasa o desenvolvimento do país. Acredito que os governantes não ajudam, o agricultor faz a parte dele, mas o governo não faz”, desabafa Ricardo Callef, produtor rural e vice-presidente da Associação dos Produtores de Grãos de Jataí/GO.

Para Reginaldo Pires, gerente da loja da coopera-tiva COMIGO, os investimentos anunciados não saem do papel e, enquanto isso, os governantes acabam se apro-veitando do agronegócio. “Anualmente são anunciados bilhões para investimento em agricultura, para aquisição de máquinas, para armazenagem, mas, ao mesmo tem-po, temos cinco ministérios que não se entendem entre si, são agravantes que afetam diretamente o crescimento da agricultura”, pontua.

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Demora na entrega, longas fi las, problema nas rodo-vias e falta de espaço nos armazéns esse cenário o produtor rural já conhece muito bem e a tendência é que o mesmo se repita ainda por muitas temporadas. Na colheita da soja, o problema é amenizado devido ao fato de o escoamento da oleaginosa ser mais rápido. Porém, segundo Reginaldo Pires, gerente da loja da cooperativa Comigo, nesta safra verão o clima pode difi cultar a armazenagem dos grãos. O atraso no plantio pode levar ao produtor a enfrentar chuva no ato da colheita. “Neste caso, quando você tem uma soja úmida acima de 18%, nenhuma rede armazenadora esta devidamente preparada para absorver a tempo e a hora dentro da necessidade dos agricultores, aí sim nós vamos ter uma safra com um custo mais alto, porque a rede arma-zenadora gasta mais energia e mais lenha pra secar esse grão tentando chegar em até 12% de umidade”.

Já em relação ao milho segunda safra o problema continuará. Para Reginaldo, o entrave está na industriali-zação do cereal que difi culta o escoamento do produto na região. “Não falta armazém na nossa região, o que falta é um processo de industrialização mais rápido. Para o milho de segunda safra fi cará complicado, nós vamos com cer-teza enfrentar os mesmos problemas da safra passada”, explica Reginaldo.

Segundo dados da Associação Brasileira de Logís-tica, estima-se que, no Brasil, a defasagem fi nanceira em infraestrutura seja de 200 bilhões de reais, considerando que o país investe hoje apenas 0,42% do seu PIB em in-fraestrutura, levará de 6 a 7 décadas para corrigir o pro-blema. “Infelizmente nós vamos ter que estar enfrentando e discutindo essas difi culdades por longas décadas ainda sem condição de competir e ter o mesmo resultado fi nan-ceiro que os nossos países vizinhos e principais concorren-tes mundiais”, sintetiza Reginaldo.

Para Ricardo Peres, presidente do Sindicato Rural ,os investimentos realizados pelos produtores rurais não resolvem o problema em curto prazo. “Temos no município quatorze até vinte produtores querendo construir arma-zéns, mas isso é em longo prazo. Nesse curto período ainda vamos ter gargalos. Os portos são um grande entrave, se tivéssemos uma logística bem feita, de receber esses grãos e já tirar esse produto dos portos, não teríamos boa parte das defi ciências que temos e não acumularíamos prejuízos”.

ARMAZENAGEM E LOGístIcA

cADAstRAMENtO DAs áREAs DE sOJA

O que era para ser apenas um dever a ser cumpri-do, nesta safra se tornou um custo a mais para o bolso dos produtores rurais goianos. Em decreto, o governo es-tadual estabeleceu que, a partir deste ano, seja realizada a cobrança de taxas no cadastramento das áreas de soja junto a Agrodefesa, declaração que vem sendo obrigatória desde 2010.

A determinação foi recebida com surpresa pelos agricultores e entidades ligadas ao setor agrícola que ago-ra reivindicam junto aos órgãos competentes a inconsti-tucionalidade deste decreto. “Agora nós temos mais um problema com o governo do estado, que por decreto edi-tou mais uma cobrança de imposto sobre o agricultor. Ao invés de desonerar a classe produtiva, que é a classe pri-mária, eles estão onerando. O governo cria entraves em toda a atividade e o produtor rural não é consultado. Esse dinheiro que está saindo daqui, na base de 250 mil reais ele vai pra Goiânia, não volta para o município, se o dinhei-ro tivesse na mão do agricultor ia circular no comércio, nas lojas, então eu acredito que esta cobrança é indevida”, pontua Ricardo Callef, vice presidente da APGJ.

Em contraponto, Antônio Flávio, secretário da agri-cultura do Estado, afi rma quem chancela a qualidade da produção brasileira é a Agrodefesa, neste caso é preciso considerar o custo das ações que possibilitam o acesso do produtor ao mercado internacional. “Outro exemplo é o caso do vazio sanitário da soja em Goiás que resultou na economia de milhões de reais em insumos em defensivos que eram utilizados pelos agricultores e quem garante isto é o serviço da defesa agropecuária, claro que os agriculto-res colaboram muito, mas é preciso o reconhecimento, que não podemos avançar em mercados, em produtos e nos tornarmos competitivos, se não tivermos os serviços de defesa extremamente importantes, neste sentido o gover-no precisa do apoio fi nanceiro do setor produtivo”, conclui.

37www.agroenegocios.com.br

GOIás é O PRINcIPAL EstADO bRAsILEIRO PRODutOR DE GRÃOs.

suA áREA PLANtADA PODE cHEGAR A 4.723,6 MIL HECTARES,

A PRODutIVIDADE EstIMADA é DE 3.723 KG/HA, Já A

PRODuÇÃO DEVE FIcAR EM 17.598,1 MIL TONELADAS.

HELICOVERPA ARMIGERA

tRÂNsItO DE MáQuINAs NAs RODOVIAs

O trânsito de máquinas agrícolas nas rodovias tam-bém é um problema que se repete a cada safra, seja no plantio ou na colheita. A lei brasileira não se adequa à rea-lidade da agricultura moderna e quem continua sofrendo autuações é o produtor rural que precisa de alguma forma transportar os maquinários de uma propriedade a outra. As entidades ligadas ao setor propõem uma mudança na legislação, mas a luta não está sendo fácil. Diversas reu-niões já foram propostas, inclusive em Goiânia, com a pre-sença da Polícia Rodoviária Federal e alguns deputados, mas nada foi decidido, pois representantes do ministério público estadual e federal não compareceram ao encon-tro. “Ainda estamos em estaca zero, porém não desistimos da luta. Evolui pouco, no entanto as conversações ainda não terminaram”, comenta Antônio Gazarini, produtor ru-ral e presidente da APGJ.

Com a safra já em andamento, pesquisadores e agrônomos em todo o país buscam defi nir o manejo ade-quado para o controle da Helicoverpa Armigera.

Com a declaração do estado de emergência fi tossa-nitária, que possibilita a liberação de produtos específi cos para o combate da praga em todo estado e ainda a exe-cução de outras medidas legislativas, os produtores rurais poderão fazer aplicações de defensivos, porém, segundo os pesquisadores, o monitoramento diário das lavouras continua sendo é uma boa dica para os agricultores.

“A ideia que a gente tem que passar para o pro-dutor é que ele tem que monitorar, principalmente neste período de fl oração da soja. O monitoramento é essencial para essa praga para que o produtor rural faça o contro-le adequado sem que ele gaste produto, porque as apli-cações como estão sendo feitas na visualização da praga não estão certas. Nós temos que aplicar não nos primeiros indícios da praga, mas sim nos primeiros estágios, senão no fi nal deste ciclo os custos para o produtor serão muito altos”, afi rma a pesquisadora da UFG, Cecília Czepak.

Identifi cada no Brasil em 2012, a Helicoverpa Armi-gera causou mais de R$ 1 bilhão em prejuízo na Bahia e mais de R$ 2 milhões no restante do país, a expectativa é que algumas medidas preventivas de controle da lagarta possam evitar novos prejuízos nesta safra de grãos.

cAPA

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MERcADO DO bOI

2013 e suAs surPresAsÉ, amigos! O que dizer de 2013? Tem sido um ano surpreendente.

lYGIA PIMEnTElMédica veterinária, pecuarista e especialista em commodities pela inTL FCstone

começamos mais otimistas com a margem da ativi-dade devido à safra recorde de grãos que deveria vir no Brasil e nos Estados Unidos, muito provavel-

mente reduzindo o custo com a comida, para aqueles que fazem uso dela.

Isso levou a intenção de confi nar a indicar um au-mento de 14% para o volume total a ser colocado no co-cho em 2013. Em abril, o mercado pensava assim.

Mas tivemos uma pequena pedra no caminho: problemas com a logística e armazenamento atrasaram a queda do milho para o consumidor fi nal. Na origem, a coisa se adiantou um pouco.

Uma coisa interessante é que o boi gordo variou acima do milho no período, mas o boi magro variou mais ainda que o animal terminado. Observe o gráfi co 1.

Ao mesmo tempo, a BM&F indicava que na entres-safra o boi não deveria subir. Sei que boa parte dos pe-cuaristas ainda não olha para a Bolsa para balizar suas decisões de negócios, entretanto, ela refl ete o sentimento dos participantes do mercado pecuário. Isso signifi ca que o pessimismo rondava as negociações naquele momento, possivelmente pela expectativa de que o volume de ani-mais confi nados aumentasse de maneira exagerada.

E isso não acaba sendo uma coisa engraçada? No fi m das contas, o custo ainda elevado e o pessimismo em relação aos preços acabaram por surpreender a todos. O volume de animais confi nados em 2013 recuou 7% na pre-visão para o efetivo do ano. Observe o gráfi co 2.

E é aí que o mercado nos surpreende. Apesar de projeções no início do ano terem colocado o boi gordo para o segundo semestre em torno dos R$ 105,00/@ à vista em São Paulo, a falta de oferta fez com que os preços ultrapassassem os R$ 110,00/@.

A verdade é que os preços se movimentam quando há um desequilíbrio entre oferta e demanda. A oferta de animais confi nados reduziu em relação ao ano passado, mas a disponibilidade de bois de pasto se mostrou sufi -ciente ao longo do ano como consequência da retenção de

fêmeas ocorrida entre 2007 e 2010. A redução da partici-pação de fêmeas nos abates durante esse período fez com que produzíssemos mais bezerros que estavam agora em idade de abate.

Mas aí os frigorífi cos fi zeram sua lição de casa. A margem deles melhorou durante 2012 e levou o apetite da indústria a aumentar durante 2013. As exportações e o consumo interno seguiam em bom ritmo e os frigorífi cos absorveram o que podiam de bois. Observe o gráfi co 3.

Na variação anual, o volume de animais abatidos em 2013 subiu 9,15%. O movimento é muito interessan-te e ajuda a explicar porque os preços subiram durante a safra deste ano.

Para 2014, esperamos que as margens da ativida-de continuem se recuperando. O ciclo pecuário e os preços do bezerro indicam que poderá ser um ano de início de retenção de fêmeas devido ao aumento da rentabilidade com a cria. Isso impactará negativamente a oferta de ani-mais terminados e poderá dar suporte aos preços do boi gordo por mais 2 ou 3 anos. Por enquanto, esse é o nosso palpite para a próxima temporada.

GRÁFICO 1. Variação do milho, do boi gordo e do boi magro em Rio Verde - GO

Fonte: Cepea/INTL FCStone

GRÁFICO 2. Evolução do volume de ani-mais confi nados no Brasil (engorda exclusiva em confi namento).

Fonte: Assocon/Bigma Consultoria/INTL FCStone

GRÁFICO 3. Evolução dos abates totais no Brasil (formal e informal).

Fonte: IBGE/SIF/INTL FCStone

UM GRANDE ABRAÇO E ATÉ A PRÓXIMA!

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trAnsbordAndo o bAlde e As eXPectAtiVAsGir Leiteiro: produção média da raça supera a média nacional em até três vezes

Por TÁssia FernanDes

o gado Gir Leiteiro está deixando de ser coadjuvan-te e começando a ocupar o papel de protagonista. Alguns produtores rurais, inclusive, passaram a

se dedicar exclusivamente à criação da raça. É o caso de Reni Franco Garcia, vice-prefeito de Jataí/GO, que concilia a pecuária com a atividade pública. “Fui criado dentro de um curral de Gir e sou apaixonado pela raça. Nos fi nais de semana e feriados aproveito para acompanhar a criação, o que acaba sendo, também, uma terapia para aliviar o estresse da rotina diária”.

Mas, nem só a paixão motivou a escolha. “Na época foi uma questão de mercado. Quando assumi a proprieda-de, dei início aos cruzamentos entre Gir e Holandês, com o propósito de obtenção do Girolando”. Rústico e produtivo, o Girolando atendia às necessidade do pecuarista de clima tropical. Ao Holandês, o mérito da produtividade, ao Gir, da rusticidade.

Entretanto, o animal utilizado com foco no cruza-mento está prestes a ganhar o papel principal. Isso, devido à seleção e ao melhoramento genético da raça, que tem provocado mudanças no cenário nacional. No páreo, a dis-puta é em relação à produtividade. Até então, o Girolando estava na liderança, mas, na contra mão da direção, resul-tados obtidos em torneios leiteiros mostram que o Gir não abandona tão fácil uma competição.

Na Expaja 2013, em Jataí/GO, a Gir Leiteiro Celes-te Te Bras (expositor Pedro Otoniel) foi campeã na catego-ria Vaca Adulta, com média de produção de 49,053 kg de leite. Resultado não tão distante da média registrada pela Girolando campeã na categoria Vaca 1/2, Amiga Megaton Mutum (expositor Rogério Corrêa), que produziu média de 49,923 kg. Em 2012, a vaca Shera FIV JMMA esteve no mu-nicípio, onde quebrou o recorde mundial de produção de leite do Gir Leiteiro, com a média de 62,033 kg de leite. Na

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capital do estado, Goiânia, os números registrados durante a Exposição Agropecuária também surpreenderam. A gran-de campeã Gir na categoria Vaca Adulta, Bruna Fiv Cabo Verde (José Coelho Vitor), produziu média de 61,033 kg.

De acordo com a Associação Brasileira dos Criado-res de Gir Leiteiro (ABCGIL), a raça passa por um perío-do de acelerado desenvolvimento. Testes realizados pelo Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro (PN-MGL), em parceria com Embrapa Gado de Leite, revelam que a produção média da raça (3.600 kg/305 dias) supera a média nacional (1.150 kg) em até três vezes. Ainda se-gundo informações da ABCGIL, a duração de lactação é de 289 dias, correspondendo à média de produção diária de 12,45 kg de leite.

INVEstIMENtO VIsIONáRIO

Herança do pai, Antônio Batista Franco, a criação de Gir na Fazenda Taboca começou em 1939, quando a pecuária era a atividade mais rentável para a região e ain-da nem se pensava no cultivo de lavouras. Os primeiros animais foram adquiridos em São Paulo e Minas Gerais e, desde o início, os melhores eram classifi cados. “Não havia controle ofi cial do rebanho, mas meu pai já realizava uma seleção empírica”.

Ao assumir a atividade, o vice-prefeito trabalhou com a produção e comercialização de leite. Devido à ne-cessidade de mão de obra qualifi cada e ao ofício, que exi-

ge permanência frequente na cidade, optou pela dedica-ção exclusiva ao melhoramento da raça. Apesar de já ter lançado mão de ferramentas tecnológicas, como a inse-minação artifi cial em tempo fi xo (IATF), prefere a seleção natural. “A inseminação artifi cial é excelente, mas para atingir uma efi ciência satisfatória exige acompanhamen-to; como não tenho essa disponibilidade, trabalho com monta natural”.

Como a monta não é controlada, a propriedade tem animais disponíveis para comercialização o ano todo. “As fêmeas são colocadas à venda em qualquer idade, a partir da desmama. Já os machos; seleciono os melhores, recrio e vendo como reprodutores”. A demanda, Reni garante que existe e os preços são satisfatórios. “Comercializo em toda a região, inclusive, fora do estado. Como os animais são frutos de seleção, o preço é diferenciado e pode che-gar ao dobro do valor de um animal comum”, destaca.

EM ALtA

Aparentemente, Reni deu o tiro certeiro. Afi nal, não é apenas a venda de animais que está em alta. Se-gundo dados da ABCGIL, o Gir Leiteiro é hoje a primei-ra raça leiteira nacional em número de doses de sêmen comercializadas. Diversas avaliações genéticas já foram realizadas, no intuito de disponibilizar reprodutores com-provadamente melhorados para o leite, a partir do Teste de Progênie.

GIR LEItEIRO

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“Até 2013 foram testados 269 touros, sendo a pri-meira raça leiteira brasileira e zebu do mundo com Tou-ros Provados pela Progênie, avaliando a produção de leite, gordura, proteína, sólidos, células somáticas, característi-cas de conformação e manejo para o cálculo da Capacida-de Prevista de Transmissão. Existem mais 204 touros em processo de avaliação, com resultados a serem liberados a partir de 2014 até 2021”; esclarece André Rabelo Fer-nandes, coordenador operacional do PNMGL.

Segundo Reni, a maioria do gado que possui é re-gistrada na Associação e o rebanho é constituído, princi-palmente, por animais LA 2 (segunda geração) e P.O. (pu-ros de origem). O foco tem sido aprimorar a produção, sem perder rusticidade, afinal, um animal mais rústico gera menos despesas para o produtor. “Outro detalhe im-portante é que o Gir Leiteiro de alta produtividade, nor-malmente, perde a caracterização racial e estou tentando mantê-la. Quero um animal produtivo, mas belo; com as características que definem o Gir”.

Para chegar ao topo e eliminar a necessidade de cruzamentos com o Holandês, o Gir Leiteiro só falta ga-nhar no quesito persistência leiteira, correspondente à quantidade de dias que o animal produz leite durante o período de amamentação. “Na comparação, o Holandês sai na frente. O Gir produz muito no início da lactação, mas, à medida que os meses vão passando a quantidade reduz. Já o gado Holandês mantém a produção por mais tempo”. Para Reni, se o problema for corrigido, o Gir Lei-teiro ganhará ainda mais espaço no mercado.

Assim, o trabalho de seleção e melhoramento genético contribui para que o Gir deixe de ser visto apenas como base para produção de Girolando e se torne a raça predominante nas propriedades que tra-balham com produção de leite. “A Embrapa, inclusive, afirma que se o trabalho de seleção estivesse sendo realizado há mais tempo, provavelmente, nem teria sido necessário a entrada do Holandês, para aumentar a produção”.

MElhOR dO BRASIlJataí/GO foi premiado por realizar a melhor exposição de gado Gir Leiteiro do Brasil, Ranking 2012/2013. A sele-ção foi organizada pela ABCGIL e a premiação aconteceu em Uberaba/MG, durante a MegaLeite. Os pecuaristas, Rogério Corrêa e Roberto Peres, receberam o prêmio em nome do Sindicato Rural do município.

O vice prefeito de Jataí/GO, Reni Franco Garcia, abre as porteiras de sua propriedade para a equipe Agro&Negócios e apresenta seu rebanho Gir Leiteiro.

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AssEMbLEIA DIscutE cObRANÇA NO cADAstRAMENtO DAs áREAs DE sOJA

Focada em lutar e resolver as questões que envol-vem o setor agrícola do município, a Associação dos Produtores de Grãos de Jataí (APGJ) reuniu seus as-

sociados em assembleia para discutir o pagamento das taxas cobradas pela agrodefesa para o cadastramento das áreas de soja em todo o estado de Goiás.

Segundo Antônio Gazarini, presidente da APGJ, o objetivo da assembleia é unir o maior número de produ-

APGJ EM AçãOtores possível para que a decisão seja tomada em comum acordo. “Nem todos os produtores rurais tem a mesma opinião a respeito desta cobrança, então uma assembleia por menor que ela seja terá como resultado a vontade de todos os associados”.

A assembleia foi realizada em parceria com Sindi-cato Rural de Jataí e a Cooperativa COMIGO que também trouxeram associados para participar das discussões. A ideia é que a decisão ganhe força e cause repercussão em nível de estado. Antônio Gazarini acredita que é pos-sível vencer esta luta contra o decreto do governo do es-tado, pois outros municípios, como Rio Verde, Mineiros e Montevidiu, também são contrários e já estão recorren-

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ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORESDE GRÃOS DE JATAÍ

Associação dos Produtores de Grãos de Jataí64 3631-3384

Rua José Manoel Vilela (ao lado da ACIJ)[email protected]

Filie-se já.Fortaleça aassociação

INFORMAtIVO APGJ

do. “Nós vivemos em um país democrático e eu acho que a Agrodefesa no mínimo poderia ter discutido o assunto, se ela tivesse discutido de repente todo mundo concor-daria, se mostrasse para os produtores rurais o porquê desta cobrança”.

Para Antônio Gazarini, o produtor rural já é muito cobrado pelo governo e por isso não deve aderir a mais uma cobrança de taxa. “O produtor já contribui de várias formas, pagamos impostos em cadeia. O que está carre-gando o país é o agronegócio, se tirarmos a contribuição do Agronegócio, o PIB brasileiro é negativo. Então nós não podemos aceitar tudo que vem sendo cobrado de nós. Acredito que é a hora do produtor dar a cara a tapa, nós temos mais uma vez que mostrar a nossa força”.

Ao fi nal do evento, a expectativa dos representan-tes da classe produtora foi confi rmada. De mãos levanta-das, todos os associados presentes em assembleia decidi-ram pelo não pagamento das taxas para o cadastramento das áreas de soja junto à Agrodefesa estadual. A decisão dos jataienses será levada ao conhecimento da FAEG que, por sua vez, será responsável por recorrer em nome de todas as entidades e produtores rurais envolvidos.

NOVA DIREtORIA

Outra reunião, também envolvendo os associados da APGJ, discutiu no fi nal do mês de novembro, a formação de chapas para a eleição de uma nova diretoria. Segundo Antônio Gazarini, atual presidente da APGJ, o objetivo do encontro foi apresentar a nova equipe e então verifi car jun-to aos demais associados se outras chapas têm interesse em se candidatar a eleição. “Parte da diretoria precisava ser renovada e isso foi feito. Vamos fazer tudo dentro da lei, nós apresentamos uma chapa e a partir de agora estamos aguardando se outros companheiros quiserem fazer outra, tem todo direito, teremos então que aguardar o tempo ne-cessário para depois fazermos uma nova assembleia tudo dentro do prazo exigido”, esclarece Antônio.

tRÂNsItO DE MáQuINAs AGRícOLAs NA RODOVIA

Discutido em diversas oportunidades, os proble-mas com o trânsito de máquinas agrícolas nas rodovias federais e estaduais ainda é uma bandeira da associação dos produtores de grãos. Depois de diversos debates o tema foi levado a Goiânia, onde estiveram presentes em reunião, autoridades políticas, representantes das asso-ciações municipais e também da Federação, autoridades militares, da Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar, além de representantes do DNIT. Na oportunidade, inte-grantes do Ministério da Agricultura estadual e também Federal não compareceram e por este motivo novamen-te a classe produtiva fi cou sem uma resposta defi nitiva das autoridades.

A sugestão dos produtores rurais para resolver este impasse, que vem resultando em diversas autuações de trânsito, é que sejam construídas estradas paralelas às rodovias “O DNIT e a PRF não concordam com essa ideia, pois afi rmam que não podemos circular no acostamento que é faixa de domínio, mas em outros estados, como o Paraná, nós sabemos que isso vem acontecendo”, esclare-ce Antônio Gazarini. Outra proposta é que o transporte das máquinas possa ser feito em pranchas tendo como bate-dores carros particulares.

Mesmo com a falta de interesse dos governantes em resolver este entrave que prejudica o bom andamen-to das safras, os representantes da entidade não desis-tiram da luta. O próximo passo já está sendo dado, uma reunião vai ser marcada no próprio ministério da agricul-tura estadual. “Depende deles a decisão e isso envolve o estado inteiro, de repente vamos ter que propor a mu-dança da lei. Sabemos que não é fácil lutar quando temos pessoas que não tem interesse em discuti-las. Evoluímos pouco, no entanto não desistimos da batalha, de nossa parte as conversações ainda não terminaram”, conclui Antônio Gazarini.

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Não é de hoje que os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE) são alvo de crí-ticas. Os ataques também não são concentrados em setores específi cos.

Mais recentemente, em novembro de 2013, as críticas foram ainda mais amplas e complexas, apresentadas pelo ex-presidente do Banco Central, Francisco Lopes, sobre informa-ções do setor fi nanceiro, da infl ação do Produto Interno Bruto, do consumo das famílias e sobre o setor de serviços.

Em 2004, por exemplo, o Frei Beto, um dos mentores do programa Fome Zero, criticou a estimativa de que 40,6% da população brasileira sofria de obesidade e que a pobreza não se mani-festava mais por meio da fome.

Em 2009, a presidente da Confederação de Agricultura e Pecuária (CNA), senadora Kátia Abreu, criticou a metodologia utilizada pelo IBGE para realizar estudo sobre os assentamentos agrários, alegando que a instituição teria tentado criar intrigas entre grandes e pequenos produto-res rurais.

Em junho deste ano, o economista da Federação do Comércio do Amazonas, José Fernando, afi rmou que não concordava com os dados divulgados pelo Instituto, em relação ao recuo no ritmo de crescimento da atividade co-mercial no estado.

o FAto Por trás dos dAdosUtilizados como fontes de informação sobre a produção agrícola no sudoeste goiano, dados do IBGE são questionados

Por TÁssia FernanDes

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trás dos dAdosUtilizados como fontes de informação sobre a produção agrícola no sudoeste goiano,

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Assumir a responsabilidade de traçar perfi s de se-tores tão diversos, em um país populoso e com caracterís-ticas peculiares em cada região é, de fato, um desafi o, que para ser superado necessita, principalmente, de investi-mentos. Ao comentar as críticas do ex-presidente do Ban-co Central, em entrevista concedida à imprensa, a presi-dente do IBGE, Wasmália Bivar, afi rmou que investimentos estão sendo realizados e enfatizou àqueles destinados aos recursos humanos, com destaque para o concurso público, que visa ao preenchimento de 440 vagas na instituição.

A falta de efetivo está entre as difi culdades encon-tradas quando o objetivo é ir a campo e pesquisar. No caso do Sudoeste Goiano, quando, literalmente, o objetivo é ir a campo, para observar o desempenho de lavouras, ativida-des pecuárias, entre outras.

Em Jataí, por exemplo, a agência do IBGE é res-ponsável por 11 municípios. Para realizar o Levantamento Sistemático de Produção Agrícola, um funcionário é dis-ponibilizado. “Se a pessoa fi casse por conta só desta fun-ção seria tranquilo, mas existem outros afazeres”, pontua Rogério, agente de pesquisa do IBGE/Jataí. Em Rio Verde, a realidade é a mesma. Nove municípios compreendem a

região de atuação da agência. O agente de pesquisa, Hélio Cabral, explica que não há um servidor disponível apenas para o levantamento de safras. “A equipe trabalha em todo o universo de pesquisas existentes na instituição”.

Como destaca o agente do IBGE/Rio Verde, para viabilizar a elaboração das estatísticas agropecuárias, em nível de município, foi criada a Comissão Municipal de Estatísticas Agropecuárias (COMEA), composta por repre-sentantes de empresas que prestam assistência técnica, representantes das cooperativas e associações de produ-tores rurais e pelos próprios produtores. Sob a coordena-ção do IBGE, são avaliadas estimativas de área plantada e colhida, produção, entre outras informações relacionadas à agricultura.

As reuniões mensais geram os dados utilizados como base de informação sobre a produção da região. Para o agente do IBGE/Jataí, as estimativas condizem com a realidade. “Participam dos encontros órgãos ofi ciais, como Agrodefesa e Secretaria Municipal de Agricultura, então, as estimativas são provenientes de um consenso em relação às informações apresentadas. Há divergências, mas em proporções mínimas”, garante Rogério.

IbGE

tRAÇAR PERFIs DE sEtOREs tÃO DIVERsOs,

EM uM PAís POPuLOsO E cOM cARActERístIcAs PEcuLIAREs

EM cADA REGIÃO é uM DEsAFIO, QuE PARA sER suPERADO

NEcEssItA, PRINcIPALMENtE, DE INVEstIMENtOs.

ÁREA DE ATUAÇÃO IBGE/JATAÍPalestina de Goiás, Doverlândia, Caiapônia, Por-telândia, Mineiros, Santa Rita do Araguaia, Apare-cida do Rio Doce, Aporé, Chapadão do Céu e Jataí

ÁREA DE ATUAÇÃO IBGE/RIO VERDEMontividiu, Santo Antônio da Barra, Acreúna, Paraúna, Turvelândia, Maurilândia, Castelândia, Santa Helena de Goiás e Rio Verde

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A FAVOR Ou cONtRA?

O presidente da Associação dos Produtores de Grãos de Rio Verde (APGRV), Rafael Carvalho Miranda, acredita que as informações divulgadas estão de acordo com a realidade do campo. “A equipe que participa das reuniões leva informação correta, afinal, também é do in-teresse deles terem dados exatos. É claro que ninguém acerta tudo, pode ter alguma diferença nos percentuais, mas o pessoal do IBGE é muito cauteloso, por isso, acredi-to que os dados são válidos”.

Entretanto, a opinião não é compartilhada por to-dos. “Percebemos que os levantamentos são embasados no ‘achismo’ e não há um dado exato”, pontua Ricardo Peres, presidente do Sindicato Rural de Jataí. Para Antô-nio Gazarini, presidente da Associação dos Produtores de Grãos de Jataí (APGJ), “a própria infraestrutura do IBGE impede que as pesquisas sejam mais precisas, pois são poucas pessoas disponíveis para desempenhar um traba-lho que é extenso e intenso”.

Para Eduardo Sandri, presidente da Associação dos Produtores de Grãos de Mineiros (APGM), os dados são vá-lidos em partes. “Concordo com algumas informações di-vulgadas pelo levantamento de safras, outras, no entanto, fogem bastante da realidade”.

No que se refere à produção de soja, por exemplo, o ranking divulgado em março/2013, pelo Grupo de Coor-denação de Estatísticas Agropecuárias, mostra que Jataí ocupa a primeira colocação, com a produção de 873.600 toneladas do grão; Rio Verde segue em segundo, com pro-dução de 870.000 toneladas e Mineiros vem em quinto lugar, com 315.000 toneladas de soja.

Quem tem dúvidas em relação aos números apre-sentados, acredita que um levantamento preciso revelaria um aumento na média de produção. “Os representantes de armazéns, por exemplo, levam informações sobre a quantidade de grãos que foi armazenada, mas, atualmen-te, muito do que é produzido fica na propriedade, para alimentação do rebanho, em silo bolsas ou em armazéns próprios, portanto, acredito que grande parte dos grãos não está sendo computada”, avalia Ricardo Peres.

tEcNOLOGIA EM PROL DA AGRIcuLtuRA

Apesar de reconhecer o trabalho realizado pela equipe do IBGE, Ricardo Peres acredita que a falta de in-fraestrutura impede a proximidade com a realidade. “A melhor maneira de chegar a dados mais concretos seria a partir da obtenção de imagens via satélite”, sugere.

O presidente da APGM, Eduardo Sandri, acredita que a alternativa é interessante e ressalta a importân-cia da aquisição de informações fidedignas, para com-provar o peso que o agronegócio tem na economia da região. “Dados precisos vão mostrar o poder do agro-negócio, que é o grande provedor de riquezas e empre-gos, já que muitas vezes o interior não é tão valorizado quanto deveria”.

Antônio Gazarini, presidente da APGJ, recorda que empresas já deixaram de se instalar em Jataí por que os dados apresentados não foram motivadores. “O município acaba sendo prejudicado. Acredito que se fosse um traba-lho mais rigoroso, realizado por uma equipe maior, certa-mente os números seriam diferentes”.

A tecnologia já se faz presente no campo de diver-sas maneiras, utilizar imagens de satélites seria lançar mão de um recurso preciso, porém, caro. Neste caso, de quem seria a responsabilidade? Para Rogério, agente do IBGE/Jataí, a iniciativa deveria partir das prefeituras. “Se cada município tivesse o interesse em mapear a produção, com três imagens de satélites em determinadas épocas do ano o cálculo estaria feito e deixaria de ser uma esti-mativa, passando a ser um número fiel”. O pesquisador esclarece que o Brasil possui mais de 5.500 municípios, o que impede que o IBGE assuma a responsabilidade, por tornar-se um investimento elevado.

A Secretaria de Agricultura e Pecuária de Jataí afirma que há possibilidades de realizar parcerias com o IBGE, para disponibilização de recursos, tendo em vista que a obtenção de dados precisos é interesse de todos. “Já questionamos o IBGE, principal órgão da administra-ção pública federal, responsável pela produção e disse-minação dos dados que retratam a realidade econômica, social e geocientífica do Brasil, em relação às informações via satélite, pois o Instituto, o poder público e privado se-riam beneficiados com a tecnologia”, afirma Carlos Miran-da, secretário.

O engenheiro agrônomo responsável pela secreta-ria, Paulo Sérgio, acredita que os dados divulgados atual-

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Uso da tecnologia WideStrike™*

A Bayer CropScience e a Dow AgroSciences comunicam para a safra (2013/2014) do algodão, a manutenção dos termos do acordo de monitoramento sobre o uso não autorizado da tecnologia WideStrike™*, inserida nas sementes FiberMax®. Toda a operação feita pelo Sistema de Integridade e Controle de Tecnologias da Bayer Cropscience – Sistema ICT – será mantida sob responsabilidade da equipe Bayer, de acordo com as bases defi nidas para a safra (2012/2013), a fi m de evitar a necessidade de qualquer autorização ou ação adicional do produtor.A adesão mediante assinatura do termo de compromisso na fase de pré-plantio permanece, bem como o pagamento do valor de U$145,00/ha, pagos a título de royalties de aquisição das sementes FiberMax® com a tecnologia WideStrike™*. No pós-colheita fi ca mantida a cobrança dos valores de R$ 550,00/ha e R$ 0,1527/kg de algodão em caroço para o produtor que fi zer uso não autorizado das sementes FiberMax® com a tecnologia WideStrikeTM*. Ou seja, sem o respectivo pagamento pré-plantio e assinatura do termo de compromisso.Ao adquirir as sementes FiberMax® com a tecnologia WideStrikeTM*, diretamente da Bayer CropScience ou via distribuidores/re-vendedores autorizados, o cotonicultor terá direito a um crédito de isenção equivalente a 1,5384 hectare para cada saca de 20 quilos adquirida desta semente, para ser deduzido da área total com a tecnologia WideStrikeTM* detectada no monitoramento.A Bayer CropScience se coloca à disposição, por meio de suas equipes de campo, para esclarecer eventuais dúvidas referentes ao assunto.

* WideStrikeTM é uma tecnologia Dow AgroSciences e sublicenciada à Bayer S/A.

COMUNICADO IMPORTANTEAO SETOR ALGODOEIRO

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mente estão abaixo da produção real do município, daí a necessidade do investimento. “Dados concretos poderão contribuir com a projeção do município a nível nacional e internacional, além de aumentar a receita de impostos e atrair investimentos no ramo do agronegócio, gerando empregos e renda para a população”.

Em Rio Verde, a possibilidade de utilizar imagens via satélite não foi levantada. “Ainda não trabalhamos com a ideia, devido à falta de estrutura que temos”, esclarece o agente de pesquisa, Hélio Cabral.

ENQuANtO IssO...

Enquanto as imagens de satélite não são realida-de, o IBGE/Jataí deu início a uma nova metodologia de pesquisa, com o intuito de aproximar os fatos dos dados. “Mapeamos a cidade, dividimos em 18 regiões e cada um dos colaboradores que participam frequentemente das reuniões ficou responsável por uma região, a qual deverá ser visitada para que sejam obtidas informações em rela-

ção aos dois últimos anos e a projeção para 2014, no que se refere à área cultivada, cultura plantada e produção”, explica Rogério.

A expectativa é de que até janeiro/2014 o primeiro levantamento seja concluído e, a partir de então, os res-ponsáveis por cada área deverão realizar visitas frequen-tes para manter as informações atualizadas. “Não é fácil chegar a dados precisos, mas recebemos a visita de uma equipe de Goiânia que avaliou a nossa reunião como sendo uma das melhores do estado, com participação e discus-sões efetivas”, destaca.

Em Rio Verde, com o intuito de aproximar os dados da realidade, o agente de pesquisa do IBGE, Hélio Cabral, afirma que estão qualificando cada vez mais a comissão responsável pelo levantamento de safras e se aproximan-do mais dos produtores rurais. “Como os números são levantados a partir de informações apresentadas por téc-nicos que detêm profundo conhecimento do município e dos produtores que são seus clientes, acreditamos que são altamente confiáveis e fidedignos”.

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* WideStrikeTM é uma tecnologia Dow AgroSciences e sublicenciada à Bayer S/A.

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no centro-oeste do país, a banana maçã é uma das principais variedades cultivadas pelos produtores ru-rais adeptos a fruticultura. Em Jataí, na Fazenda Ser-

tãozinho, João Divino Vilela Silva é um exemplo de quem, há dois anos, resolveu apostar no cultivo da fruta e hoje já rea-liza colheitas mensais em sua propriedade, que se destaca como o maior bananal em número de mudas do município.

Segundo João Divino, a ideia de investir na cultu-ra se consolidou a partir de uma análise de mercado no município. “Eu percebi que a banana maçã tem aceitação aqui no nosso município, comecei então a estudar a va-riedade. Através de um amigo que também cultiva a fruta no estado de São Paulo foi que decidi comprar algumas mudas provenientes do estado do Paraná e investir na cultura”, explica.

Uma das variedades mais apreciadas para consu-mo in natura, a banana maçã ganhou este nome, pois dei-xa um sabor doce residual que lembra a maçã. Implantada

bAnAnA mAçÃProdutividade e rentabilidade o ano inteiro

Por Luana Loose Pereira

na propriedade através de mudas, os pés de banana maçã, em seu primeiro ciclo, levam até doze meses para come-çar a produzir. Depois que a planta mãe dá frutos, é a vez das novas ramifi cações, conhecidos como “fi lhos e netos” da planta, darem início a produção, que se torna mensal. De acordo com João, as pencas produzidas pelos “fi lhos” são mais saborosas que as da planta mãe, porém após este segundo ciclo de produção, a qualidade dos frutos das demais ramifi cações é mantido.

Introduzido em áreas de solo fértil, livres de enchar-camento e rico em matéria orgânica, o cultivo da banana exige alguns cuidados específi cos por parte dos produto-res. As mudas adquiridas por João são mais resistentes à ocorrência de pragas e doenças, como o mal do panamá, que não tem cura, apenas controle. No entanto, só este ano, na propriedade já foram realizados cinco combates aéreos preventivos, tudo para garantir a proteção e man-ter a qualidade das pencas ao fi nal do ciclo.

A Fazenda Sertãozinho, de João Divino Vilela Silva, se destaca como omaior bananal em número de mudas no município de Jataí.

FRutIcuLtuRA

Segundo João Divino, além da adubação e, é cla-ro, do controle preventivo de pragas e doenças, o manejo de equipamentos e ferramentas nas áreas de bananais é de extrema importância para a manutenção da saúde das plantas. “O manejo dessa cultura da banana maçã ela é um pouco complicada, você tem que usar apenas um tipo de ferramenta para a lavoura. Tem que tomar cuidado ao entrar em outra roça para não transmitir doença para o bananal, na hora de fazer o corte é fundamental desinfetar as ferramentas”, salienta João.

Nos 4,8 hectares da fazenda Sertãozinho são mais de 4.100 pés de banana maçã que produzem por mês média de 300 caixas de 18 kg, rendimento bruto de R$ 10.500,00 mensais. João pontua que apesar do manejo delicado o cul-tivo da banana maça, pode ser considerado uma importante ferramenta na diversifi cação de culturas e ainda uma alter-nativa rentável ao produtor rural, principalmente por possi-bilitar produção o ano inteiro. “Você fazendo o manejo certo o custo é um pouco elevado, mas ela vai te dar um retorno e esse retorno é bom, porque é uma variedade que tem pouca

produção aqui no nosso município e ela vem como uma opção a mais na propriedade. Eu estou com essa lavoura aqui tem quase dois anos e já cobri todos os meus custos, de agora em diante é só lucro”.

Na fazenda a colheita men-sal é realizada por cerca de 10 funcionários que são contratados como diaristas nos períodos em que há necessidade desta mão de obra. A venda da produção é feita em mercearias e frutarias do mu-nicípio de Jataí. O próximo passo, de acordo com João, é criar um depósito comercial na zona urba-na da cidade, investimento que irá potencializar a comercialização da produção e gerar ainda mais lucro para a propriedade rural.

uMA DAs VARIEDADEs MAIs APREcIADAs PARA cONsuMO IN NATURA, A bANANA MAÇÃ GANHOu EstE NOME, POIs DEIxA uM sAbOR

DOcE REsIDuAL QuE LEMbRA A MAÇÃ.

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nÚclEO AGRÍcOlANúcleo Agrícola inaugurou sua nova loja em Jataí em novo endereço e contou com a presença de várias empresas e representantes do meio agrícola

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Fone/Fax: 64 3631 4035Núcleo Jataí Produtos Agropecuários LtdaAv. Perimetral, nº 1328 2-D. CEP: 75.800-004Centro, Parte Baixa | Jataí - GO

INFORME PubLIcItáRIO

O PROPRIEtáRIO ELIAs LEVI sIMEÃO ExALtOu A IMPORtÂNcIA DA MELHORA E REVItALIZAÇÃO DA LOJA PARA OFEREcER

uM MAIOR cONFORtO E QuALIDADE DE AtENDIMENtO A tODOs sEus cLIENtEs.

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PAINEL JuRíDIcO

lOREnA [email protected]: 3631-5296

em um curso promovido pela Fundação Dom Cabral, em outubro último, tive a oportunidade de conhecer o professor Antônio Álvaro Purcino, chefe-geral da

Embrapa Milho e Sorgo. Dentre as várias tendências da produção de grãos no país abordadas, pela primeira vez conheci os drones, com foco no uso agrícola, que tem se difundido rapidamente nos Estados Unidos e Europa e, na-turalmente, no Brasil.

É inimaginável o que a tecnologia trará de bene-fícios a toda a humanidade, mas e os drones? Bem, dro-nes (significa zangão, em inglês) são sistemas aéreos não tripulados. No Brasil também são conhecidos como VANT (veículos aéreos não tripulados). Os preços variam de acordo com a tecnologia agregada, indo de R$ 1.600,00 até R$ 80.000,00.

Esses equipamentos podem ser grandes aliados, sobretudo no monitoramento de rebanhos, detecção de pragas e doenças em lavouras, etc. É uma nova fronteira da agricultura de precisão com mais uma ferramenta.

os drones e A segurAnçA jurídicA

Na agricultura, a maior contribuição será, sem dúvida, na geração de mais informação para que os pro-dutores decidam suas estratégias de negócio, ao terem a noção exata do tamanho de uma área que seja mais pro-blemática, por exemplo, e a partir daí investigarem todos os fatores que influenciem diretamente na produção ou, até mesmo, na aplicação mais precisa de herbicidas e fun-gicidas, com quantidades variáveis, de acordo com a ne-cessidade específica de cada área ou talhão.

É a robótica em benefício da agricultura.Mas quando se fala em drones, que possuem os

mais diversos tamanhos e medidas, muitos podendo voar sem serem percebidos, a grande questão é: qual a frontei-ra entre a finalidade desses equipamentos e seu uso ético?

Só de se falar nessa tecnologia nas cidades, mui-tas empresas no país já fazem uso, a exemplo das cober-turas jornalísticas dos protestos de rua ocorridos em ju-nho, em São Paulo e no Rio de Janeiro. No Rio, inclusive, a própria polícia tem utilizado como forma de monitora-

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mento de áreas consideradas de risco pela defesa civil e nas favelas que contam com as Unidades de Pacificação, por serem claramente mais baratos e menos arriscados que o uso de helicópteros tripulados, os quais colocam em risco vidas humanas.

E, ao pensarmos no seu uso privado, claramente vemos que as empresas estarão expostas ao risco da es-pionagem. A princípio parece ser uma ideia muito distante da nossa realidade, mas convido-os a pensar numa pro-priedade rural que faz experimentos para uma multina-cional, o que inclusive é até comum. Qual a garantia que seu proprietário poderá dar à empresa de que o sigilo do trabalho ali desenvolvido foi mantido?

Até que ponto o direito à privacidade poderá ser assegurado, tal qual na nossa Constituição Federal?

Outro ponto importante é a questão do uso do es-paço aéreo. O Brasil ainda não possui uma regulamenta-ção específica para os veículos não tripulados, mas a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) em seu endereço ele-trônico (www.anac.gov.br) coloca que nenhuma aeronave

remotamente pilotada (RPA) pode realizar voo no Brasil sem sua autorização.

Assim, com exceção de dois drones/vants de pro-priedade da polícia federal e que têm autorização da ANAC, todos os demais que estão em operação no país es-tão em situação irregular. Hoje, há apenas uma Instrução Suplementar (IS 21-002) da ANAC que dispõe de requisitos para a concessão do CAVE, que é o Certificado de Auto-rização para Voo Experimental, para veículos aéreos não tripulados. Ocorre que ao se utilizar os drones em proprie-dades, inegável o caráter lucrativo desse uso, já impede a obtenção desse CAVE.

É urgente que o governo dê respostas a essa nova demanda e que regulamente o voo desses novos equipa-mentos de forma que torne o produtor brasileiro, mesmo com tantas situações a seu desfavor, mais competitivo ain-da no mercado mundial de produção de alimentos, quan-do tem à sua disposição uma tecnologia que pode ser sua grande aliada.

Ótimo final de ano a todos e um excelente 2014!

é uRGENtE QuE O GOVERNO Dê REsPOstAs A EssA NOVA

DEMANDA E QuE REGuLAMENtE O VOO DEssEs NOVOs EQuIPAMENtOs DE

FORMA QuE tORNE O PRODutOR bRAsILEIRO AINDA MAIs cOMPEtItIVO

NO MERcADO AGRícOLA MuNDIAL.