25 08 2014 - blog.lusofonias.net · ção de obras e adiantamento de recei- ... e que nas suas 3...

4
Ano XVI – Nº 2788 – Segunda-feira, 25 de Agosto de 2014 EDITORIA L Cadê as feiras provinciais? Beira (O Autarca) As feiras são eventos favorá- veis a promoção de actividades de negócio. No passado o país já teve experiência positiva na promoção desse tipo de eventos. Hoje em dia tudo indica que o país está a perder esta tradição, com o desapareci- mento inequivo de feiras nas províncias. A cidade da Beira era um exemplo de sucesso na promoção de feiras, uma prática que deixou de existir já faz muito tempo, pramente desde que perdeu a vida Carlos Beirão, que era a pessoa mais envolvida nesse tipo de ini- ciativa. A feira da Beira denominada na altura por Chiveve era uma referência nacional e internacional. Na devida altu- ra até chegou a reivindicar o mesmo impacto com a FA- CIM, a única feira que se mantém regular no país. A feira da Beira não só era frequentada por expositores locais, co- mo também vinham muitos expositores de outras provín- cias, incluindo de Maputo e de vários países. Não faz sentido que hoje que a cidade da Beira se apresenta mais desenvolvida, com registo sempre crescente de investimentos e iniciativas de negócio falte capacidade para reactivar a organização deste tipo de evento. Falar da Beira é o mesmo que referir-se a outras feiras como do Planalto na vizinha cidade de Chimoio que já foi verdadeiro exemplo de êxito. Se estamos num mercado caracterizado por am- biente de competitividade é tempo de começar-se a pensar na necessidade de promoção de mais iniciativas que favo- recem também os interesses locais. Não basta o país contar apenas com uma Feira (FACIM). Até porque grosso modo isso favorece apenas o mercado de Maputo. Anualmente os expositores de todas as provínciais tem de se deslocar a Maputo e nunca o inverso. Isso acareta custos com desloca- ção, alojamento, restauração e quem se beneficia mais com isso são os comerciantes de Maputo, enquanto se fôr ao contrário também permitiria beneficiar os hoteleiros, res- taurantes, agências de aluguer de viatu- ras e fornecedores de outros serviços nas províncias, aumentando o negócio. Frase: Cuidado: As pessoas vão tratar-te bem até ao dia que deixarem de precisar de si – Autor Anónimo Moeda País Compra Venda EUR UE 40,29 40,55 USD EUA 30,38 30,58 ZAR RSA 2,84 2,86 CÂMBIOS/ EXCHANGE 22/08/2014 FONTE: BANCO DE MOÇAMBIQUE SF Holdings, S.A. UM GRUPO COM ENERGIA MOÇAMBICANA

Transcript of 25 08 2014 - blog.lusofonias.net · ção de obras e adiantamento de recei- ... e que nas suas 3...

`

Ano XVI – Nº 2788 – Segunda-feira, 25 de Agosto de 2014

EDITORIAL

Cadê as feiras provinciais?

Beira (O Autarca) – As feiras são eventos favorá-veis a promoção de actividades de negócio. No passado o país já teve experiência positiva na promoção desse tipo de eventos. Hoje em dia tudo indica que o país está a perder esta tradição, com o desapareci-mento inequivo de feiras nas províncias. A cidade da Beira era um exemplo de sucesso na promoção de feiras, uma prática que deixou de existir já faz muito tempo, pramente desde que perdeu a vida Carlos Beirão, que era a pessoa mais envolvida nesse tipo de ini-ciativa. A feira da Beira denominada na altura por Chiveve era uma referência nacional e internacional. Na devida altu-ra até chegou a reivindicar o mesmo impacto com a FA-CIM, a única feira que se mantém regular no país. A feira da Beira não só era frequentada por expositores locais, co-mo também vinham muitos expositores de outras provín-

cias, incluindo de Maputo e de vários países. Não faz sentido que hoje que a cidade da Beira se apresenta mais desenvolvida, com registo sempre crescente de investimentos e iniciativas de negócio falte capacidade para reactivar a organização deste tipo de evento.

Falar da Beira é o mesmo que referir-se a outras feiras como do Planalto na vizinha cidade de Chimoio que já foi verdadeiro exemplo de êxito.

Se estamos num mercado caracterizado por am-biente de competitividade é tempo de começar-se a pensar na necessidade de promoção de mais iniciativas que favo-recem também os interesses locais. Não basta o país contar apenas com uma Feira (FACIM). Até porque grosso modo isso favorece apenas o mercado de Maputo. Anualmente os expositores de todas as provínciais tem de se deslocar a Maputo e nunca o inverso. Isso acareta custos com desloca-ção, alojamento, restauração e quem se beneficia mais com isso são os comerciantes de Maputo, enquanto se fôr ao contrário também permitiria beneficiar os hoteleiros, res- taurantes, agências de aluguer de viatu-

ras e fornecedores de outros serviços nas províncias, aumentando o negócio.

Frase: Cuidado: As pessoas vão tratar-te bem até ao dia que

deixarem de precisar de si – Autor Anónimo

Moeda País Compra Venda EUR UE 40,29 40,55 USD EUA 30,38 30,58 ZAR RSA 2,84 2,86

CÂMBIOS/ EXCHANGE – 22/08/2014

FONTE: BANCO DE MOÇAMBIQUE

SF Holdings, S.A.

UM GRUPO COM ENERGIA MOÇAMBICANA

O Autarca – Jornal Independente, Segunda-feira – 25/08/14, Edição nº 2788 – Página 2/4

BCI promove melhores condições de financiamento a favor dos empreiteiros nacionais

Maputo (O Autarca) – O BCI – Banco Comercial e de Investimentos e a Federação Moçambicana de Em-preiteiros (FME) celebram, nesta se-gunda-feira, dia 25 de Agosto, em Ma-puto, um Protocolo Financeiro e de Cooperação que formaliza a disponibi-lização, pelo BCI, de condições espe-ciais de financiamento e garantias ban-cárias aos empreiteiros moçambicanos.

A assinatura terá lugar durante a III Gala Anual de Construção 2014, que decorre no mesmo dia, sob o lema “Habitação Social, Oportunidade de Negócio”. Os documentos serão rubri-cados pelo Presidente da Comissão E-xecutiva do BCI, Paulo Sousa, e pelo Presidente do Conselho de Direcção da FME, Agostinho Vuma, estando pre-vista a presença do Primeiro-ministro, Alberto Vaquina, do Ministro das O-bras Públicas e Habitação, Cadmiel Mutemba, do Presidente do Conselho Municipal de Maputo, David Simango, entre outras personalidades e convida-dos do sector imobiliário e da constru-ção.

Segundo apurou O Autarca, o Protocolo Financeiro de Cooperação entre o BCI e FME proporcionará aos empreiteiros filiados nesta Federação o acesso ao financiamento em condições especiais, através de garantias bancá-rias e financiamento para a mobiliza-ção de obras e adiantamento de recei-tas. A luz do mesmo protocolo, o BCI passa, igualmente, a conceder aos membros da FME condições especiais de financiamento para projectos de promoção imobiliária e aos respectivos

clientes finais.

O BCI e a FME têm vindo a desenvolver ao longo dos anos uma es-treita relação de parceria e cooperação de que é também exemplo a Feira Tek-tónica Moçambique, co-organizada pe-la FME, e que nas suas 3 edições teve sempre o BCI como alto-patrocinador e expositor.

A Federação Moçambicana de Empreiteiros (FME) é uma pessoa co-

lectiva de direito privado, sem fins lu-crativos, constituída em 2005 pelas As-sociações Provinciais de Empreiteiros, e cujo propósito é promover, regula-mentar e dirigir o movimento associati-vo dos empreiteiros em Moçambique, bem como estabelecer e manter rela-ções com as suas filiadas e federações congéneres estrangeiras, assegurando a sua filiação em organismos internacio-nais da especialidade e representar o movimento associativo dos empreitei-ros moçambicanos dentro e fora do país.■ (Redacção)

Literatura moçambicana de luto Maputo (O Autarca) – A lite-ratura moçambicana está de luto, com o desaparecimento físico ontem, do-mingo, em Maputo, do poeta e escritor Eduardo Waithe, reconhecido como um dos mais interventivos. Eduardo Waithe morre as cinquenta anos, viti-ma de doença, no Hospital Central de Maputo.

Nascido a 21 de Novembro de 1963, em Quelimane, de mãe portu-guesa e pai inglês, Eduardo Luís de Menezes Costley-White (seu nome completo) é dos poucos autores mo-çambicanos com uma biblioteca inve-jável, inaugurada há 30 anos, com a o-bra Amar sobre o Índico (1984).

Personalidade que reservava bastante carinho dos residentes de Quelimane, sua terra natal, Eduardo Waithe foi recentemente homenageado pelas autoridades municipais da urbe com a atribuição do seu nome a uma das ruas da cidade.

Autor de várias publicações,

Eduardo Waithe foi declarado a figura literária do ano (2001) em Moçambi-que e já recebeu uma série de condeco-rações que incluem a atribuição do Prémio José Craveirinha em 2004.

A Associação dos Escritores de Moçambique (AEMO) já reagiu a morte de Eduardo Waithe, consideran-do tratar-se de uma perda irreparável, que desafia a nova geração literária a se inspirar nos seus ideiais.■ (R)

PROJECTO A ESTAR CONCLUÍDO ATÉ FINAIS DE JUNHO PRÓXIMO... JÁ DECORRE O

PROCESSO DE VENDA DOS IMÓVEIS COM O FINACIAMENTO DO MILLENNIUM BIM... AS CASAS SÃO VENDIDAS COM A CHAVE NA

MÃO... TODAS DEVIDAMENTE MOBILADAS E EQUIPADAS COM TODOS OS

ELECTRODOMÉSTICOS, TAPETES, CORTINAS, LENÇÓIS, TOALHAS...

*** É SÓ ENTRAR E VIVER ***

O Autarca – Jornal Independente, Segunda-feira – 25/08/14, Edição nº 2788 – Página 3/4

Leia e Divulgue O Autarca O Seu Diário Electrónico Editado na Beira

Quando lemos esse conto minimalista, nos reme-temos às nossas raízes jauenses. Lembramo-nos em parti-cular, de uma pessoa calma, tranqüila – dono de um olhar translúcido na sua maneira de ver e gravar com a sua tele-objetiva. Essa personagem já retratou mais de 10.000 ve-zes, as nossas ruas, pessoas, e tudo quanto lhe é prazeroso. Estamos falando de Vicente João Pedro – o maior fotógra-fo da cidade de Jahu. Tem 84 anos, e de uma vitalidade de dar inveja a muito jovem que esteja começando, agora, no mundo da fotografia.

Falar de Vicente João Pedro (VJP) não é tarefa fá-cil. Porém, tentaremos transmitir o que sabemos.

Conheci-o na última ida ao Brasil em abril 2014, quando fui convidada por uma amiga a ir no Foto Clube de Jaú. Lugar prazeiroso de se ver, sentir, e admirar o trabalho de VJP. Ele vem registrando sua criatividade fotográfica em Jahu, desde 1955, onde possui um acervo de mais de dez mil fotos. Tudo guardado com todo carinho que lhe é peculiar. Demonstra pura alegria e prazer naquilo que faz, de um percurso fotográfico de 60 anos e autor do registro da atualidade jauense. Suas fotografias, mais de 300, já fo-ram expostas em diversos países, tais como: Alemanha, Itá-lia, Canadá, China, Índia e Japão entre outros países. Rece-beu 260 prêmios, dos quais 42 internacionais. VJP co-organiza todos os anos em nossa cidade exposições fotográficas internacionais. Este ano não foi ex-ceção. Em nossa conversa percebemos o amor que ele tem pelo seu trabalho fotográfico ainda que seja Radiologista de profissão, exercendo, mesmo estando aposentado. Mas é na

fotografia que realiza seus sonhos mais ousados.

Ficou conhecido como o “Mestre das Lentes.” Contudo, falta uma pequena palavra nessa frase, pois o mais certo seria: “O Mestre das Lentes Mágicas.”

Rendemo-nos à sua visão talentosa, clicando os instantes mágicos para a posteridade, pois, o passado se faz presente a todo instante. Confirma-se tudo isso vendo a be-leza das suas fotos do antigamente, da nossa terrinha jauen-se, onde tudo começou.

Muitas pessoas sabendo de seu apreço pelas fotos antigas da cidade, doam-lhe as mesmas para serem preser-vadas. VJP, carinhosamente as guarda bem protegidas do sol e da luz, para não se estragarem. Afinal, nossa história é para o futuro de nossos filhos, netos, bisnetos, e por aí afo-ra.

Conhecendo o seu trabalho, e, admirando-o, faze-mos aqui um apelo ao nosso autarca (Prefeito) Rafael A-gostini. Não sabemos se isso é possível, mas Vicente João Pedro deveria ser tombado nosso Patrimônio Histórico-cultural, VIVO, com todo o mérito.VJP certamente merece essa homenagem do nosso povo jauense. Provavelmente, seria o primeiro caso no (nosso) mundo. Por que não inovar com essa atitude?! É que ele merece e muito, essa homena-gem, por ter feito tanto pela nossa terra, em matéria de cul-tura através do longo e belo trabalho como artista jauense, amante da fotografia a preto e branco, e a cores.

Embaixo: três fotos B/W de VJP – todas premia-das internacionalmente. (SBG)

FOTOGRAFANDO A VIDA JAUENSE

FOTÓGRAFO DA VIDA (conto minimalista): «Sentou-se a beira-mar, olhando o vaivém dos navios. Pensou, refletiu. Tirou uma foto. Guardou na memória.» Autoria Silvya Gallanni. 29/04/2011. Editado no maior site literário de língua portuguesa. Recanto das Letras: São Paulo. Brasil. (Glossário: Minimalista; idéia resumida)

O Autarca – Jornal Independente, Segunda-feira – 25/08/14, Edição nº 2788 – Página 4/4

Propriedade: AGENCIL – Agência de Comunicação e Imagem Limitada Sede: Rua do Aeroporto – Desvio 2141 – Casa 711 – Beira

E-mail: [email protected]; [email protected] Editor: Chabane Falume – Cell: 82 5984510; 84 2647589 – E-mail:

[email protected]

O Autarca: Preencha este cupão de inscrição e devolva-o através do fax 23301714, E-mail: [email protected] ou em mão SIM, desejo assinar O Autarca por E-mail ( ), ou entrega por estafeta no endereço desejado ( )

Entidade................................................................................................................................................................................ Morada.......................................................... Tel................................ Fax .............................. E-mail ..............................

Individual ( ) Institucional ( ) .............../ ........../ 2013 Assinaturas mensais MZM – Ordinária: 7.200,00 * Institucional: 14.700,00

50º Salão Jauense Internacional de Arte Fotográfica 50º Salão Jauense Internacional de Arte Fotográfica (09-31 agosto

2014). Esse evento acontece todos os anos em JAHU. O primeiro Salão Jauen-se foi realizado em 1952. Anos depois, iniciam-se os salões internacionais. O Salão Jauense Internacional de Arte Fotográfica, atualmente, é o único no Bra-sil a realizar salões de fotografia com o patrocínio da FIAP: Fédération Inter-nationale de l'Art Photographique sediada em Paris, França.

Este ano é realizado no piso térreo do Jaú Shoping. O evento de grande valor cultural é coordenado todos os anos por Vicente João Pedro e equipe de apoio. VJP é um dos fundadores do Foto Clube de Jahu e o ‘motor’ da reali-zação dessas exposições, com fotos premiadas do Brasil e de diversos países. Todas as fotos, na seleção, passaram pelos olhos críticos do nosso decano–fo-tógrafo, jauense, VJP. Porém, para quem não tem a oportunidade de ver pes-soalmente essa linda exposição ‘expomos’ aqui algumas das fotos que tem sido um verdadeiro sucesso em nossa querida JAHU. Quem sabe um dia Moçambi-que e Portugal, Angola e outros falantes de português, estarão representados no evento. (Texto: Silvya Botton Gallanni). Links:

http://www.fotoclubedojau.com | http://impressoesnoturnas.blogspot.pt