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O jornal que Campos Gerais lê CASTRO-PR, QUARTA-FEIRA, 19 E 20 DE MARÇO DE 2014 * ANO XXIV * Nº 2587 ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO www.paginaum.com NA REDAÇÃO : R$ 3,00 DIRETOR / EDITOR: SANDRO ADRIANO CARRILHO Morro do Cristo, um dos principais cartões postais de Castro Castro, 310 anos fazendo história Castro, 310 anos fazendo história

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Jornal Página Um Edição 2587

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O jornal que Campos Gerais lê

CASTRO-PR, QUARTA-FEIRA, 19 E 20 DE MARÇO DE 2014 * ANO XXIV * Nº 2587 ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO www.paginaum.com

NA REDAÇÃO : R$ 3,00

DIRETOR / EDITOR: SANDRO ADRIANO CARRILHO

Morro do Cristo, um dos principaiscartões postais de Castro

Castro,310 anosfazendohistória

Castro,310 anosfazendohistória

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310 ANOS DE MUITA HISTÓRIAUma terra rica em história e que respira mudan-

ças. É assim que Castro chega aos seus 310 anos prometendo um salto no seu desenvolvimento. Coo-perativa Castrolanda, Calpar, Tigre, Vapza e tantas outras e agora, mais recentemente, Cargill e Evonik.

Se é para nos orgulharmos da terra em que vivemos e tiramos o nosso sustento não temos o que recla-mar. Mas o desafio ainda é grande. Se essas empre-sas apostam em Castro, nós cidadãos precisamos também fazer a nossa parte.

EDITORIAL

INFO

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CASTRO E REGIÃO

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ImpressãoFOLHA DE LONDRINA

TARJA PRETA

ELE NOS ENSINOUCom um talento

fora do comum para a fotografia, Carlos Ernesto Kugler, o nosso Carlito Kugler, disse adeus a Castro e aos castrenses na noite de segunda-feira (17). Aos 80 anos, ele não só mostrou a sua arte, como ensinou. Esteve à frente da Kugler Artes Gráficas por várias décadas, ao ponto de torná-la a melhor grá-fica do Paraná, requi-sitadíssima por quem é do meio. Se era para

sentir falta, posso dizer de próprio punho que a saudade já é grande. Descanse em paz nosso Carlito.

FERIADO NA COPA?O deputado Valdir

Rossoni disse “não ver motivo para tanta histe-ria” ao saber da polê-mica causada na Câmara Municipal de Curitiba quando os vereadores souberam do requeri-mento, aprovado por unanimidade na Assem-bleia Legislativa, que sugere que não sejam considerados feriado os dias de jogos da Copa. “Não vejo porque toda essa discussão. Nós temos recebidos pedi-dos sobre essa questão. O que fizemos foi enca-minhar uma sugestão que é um posiciona-mento dos deputados”, disse Rossoni, autor da proposta.

Sandro A. Carrilho

Afilia

do

a

2 QUARTA-FEIRA, 19 E 20 DE MARÇO DE 2014

19/03 · Aniversário de CastroDia de São José

O dia 19 de março é uma data especial para todos os paraenses. É nesta data que o município de Castro come-mora 310 anos. A cidade faz questão de preservar as suas tradições e memórias, mas sem esquecer a modernidade e a tecnologia. Hoje o município é um dos mais importantes do Paraná e destaque na produ-ção de leite.

Justamente na semana em que Castro faz aniversário, estive reunido em com autori-dades federais em Brasília. Um dos assuntos que discutimos foi o título de ‘Capital nacional do leite’ para a cidade. Cerca de 10 dos 100 maiores produto-res nacionais de leite estão em Castro. A Castrolanda, uma das principais cooperativas do ramo no estado, está localizada no município. A cidade produz 180 milhões de litros de leite por ano e o seu rebanho chega a ser seis vezes superior à média brasileira.

A vocação de Castro para a agricultura é clara, já que a cidade está entre os três maio-res PIBs agrícolas do Paraná. Isso se deve, em grande parte, à produção de leite, o grande des-taque da economia da cidade.

Pelo menos 12% do valor bruto da produção do município – de R$ 894 milhões- vêm da bacia leiteira.

Manter esses números é um desafio diário. Castro está constantemente lançando pro-dutos, investindo em novas tecnologias e oferecendo novos serviços relacionados à produ-ção de leite. Isso demonstra o empreendedorismo, a capaci-dade de inovação e a visão de negócio da população castrense. Conceder o título de ‘Capital nacional do leite’ para Castro é reconhecer a importância do município para a região.

Uma cidade é feita pelas pessoas que nela vivem. Cas-tro tem a sorte de contar com um povo alegre e trabalhador. Parabéns, população castrense, pelos 310 anos de uma história de lutas e conquistas!

Marcio Pauliki é formado em administra-

ção pela UEPG, especialista em Gestão Empresarial

pela FGV com cursos de extensão em Administração

e Marketing pela London University (Inglaterra)

e University of Berkeley (EUA).

Castro, futura capital nacional do leite

Marcio Pauliki

A senadora Gleisi Hoffmann, se eleita governadora, terá tudo para promover um salto de qualidade no desenvolvimento econômico e social do Paraná. A declaração é do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do alto de seu conhecimento eleitoral, em entrevista à “Gazeta do Povo” através de um cômodo e-mail. Já à noite do mesmo dia da publicação lá estava ele em São José dos Pinhais alimentando a campa-nha da ex-chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff. Líder metalúrgico na década de 70 do século pas-sado, logo Lula fixa-se como líder de uma nova corrente que surgiu até incorporar políticos e empre-sários, elegendo-se presidente da República após três eleições.

Foi um bom Presidente, regular ou não soube conduzir o país? Isto depende, claro, da posição de cada eleitor ou de líderes desses eleito-res. Eleitoralmente, entretanto, não há o que discutir. Ele sabe fazer campanha, mesmo sem recorrer a gestos como o seu longínquo ante-cessor, Jânio Quadros, com suas caspas aplicadas nos comícios em suas roupas escuras e os sanduí-ches devorados até sem fome para ressaltar a falta de tempo pela dedi-cação exclusiva ao seu eleitor. Não há comparação que se possa fazer entre os dois. Ainda que não tenda a cultura de Jânio, Lula ganha em esperteza e acaba sendo simpático até para s seus adversários.

É este o Lula que talvez não tenhamos na presidência de volta agora em 2014, mas que tem tudo para retornar em 2018, o que ele próprio já admite, ainda que pelo silêncio. Pois Lula quer vencer no Paraná, por necessidade política ou afirmação de prestígio aqui pelas bandas do Sul. Lula pode ter São Paulo se Alexandre Padilha derro-

tar Alckmin, o Rio com Linderberg Faria. Mas como no Paraná só con-seguiu colaborar com a eleição da senadora Hoffmann, ele joga tudo para conquistar o Palácio Iguaçu e logo contra um tucano bem visto pela cúpula do PSDB. O Estado não é só um dos membros mais importantes da federação brasi-leira. É o inexpugnável Paraná de todas as gentes, como lançou Bento Munhoz da Rocha Neto no tempo dos estadistas.

Lula quer eleger a sua senadora do Paraná. E quer levar junto Osmar Dias, que já está sob as ordens de Dilma na vice-presidência do Banco do Brasil. Mais, muito mais, Osmar é irmão de um dos senadores que mais faz oposição ao sistema petista, Álvaro Dias. Muitos torcem pela chapa Gleisi- Osmar, de preferência vencendo o pleito. Ninguém mais torce, porém, do que Sérgio Souza, que aparece nas fotos sorridente e esperançoso em ficar com os restan-tes quatros anos da nossa senadora.

É assim que todos vamos cami-nhar até outubro: Lula com Gleisi, Richa com ele mesmo. Até o momento é difícil prever este des-fecho. Beto Richa, ainda que com as deficiências governamentais que se lhe apontam, continua favorito. E se esse favoritismo ficar explícito eis a turma do PMDB, no todo ou na sua maioria, engrossando as fileiras do atual ocupante do Palá-cio Iguaçu, se confirmar, azar de Lula, de Gleisi e de Sergio Souza. Outros pleitos virão e se subirmos para o planalto central, lá estará por certo “o velho” Lula, não mais como líder metalúrgico mas o bem sucedido político capaz de empla-car em 2018 e 2022. No mais, é correr para os abraços e provar que a oposição só terá chances após a era-Lula.

Salto de qualidadeAyrton Baptista

Pode parecer uma utopia falar que o PDV tem uma atuação educativa no comportamento de compra do shopper, ou seja o con-sumidor no PDV, mas está aí uma grande oportunidade tanto para as indústrias como para os varejistas conduzirem o consumo de acordo com suas estratégias e ajudarem ao shopper em sua tomada de deci-são. Mas como fazer isso acontecer na prática? Poderia citar algumas formas, mas vou me ater a apenas duas delas, as quais acredito serem mais impactantes e efetivas quanto aos resultados.

Ambientação de gôndola: neste caso não seria apenas uma simples decoração da loja ou da seção, mas sim um trabalho relacionado com informações sobre o comporta-mento de compra do shopper, ou seja, estabelecer a ambientação de acordo com a árvore de decisão de compra. Desta forma, é possí-vel estabelecer correlações entre as categorias e subcategorias que estiverem sendo ambientadas, ensi-nando ao shopper formas de uso das mesmas, ocasiões de consumo, inter-relações com outras catego-rias entre outros.

Claro que as informações que serão apresentadas nas ambien-tações podem ser mostradas de várias formas, e aí dependerá muito da criatividade de quem a estará desenvolvendo, bem como do investimento disponível para tal. O importante é sempre ter em mente que o trabalho deve agregar valor ao shopper durante o processo de deci-são para que o mesmo não sinta-se manipulado e sim adquirindo dados relevantes para sua vida no consumo dos produtos em questão.

Capacitação de promotores de merchandising: aqui reside uma grande oportunidade muitas vezes perdida pelas indústrias. Quantas vezes já não entramos em uma loja

e perguntamos ao promotor onde estava o produto X? Será que o promotor a quem esta pergunta foi realizada trabalhava com a marca em questão? Se não, será que não perdeu uma excelente oportunidade de reverter uma venda no exato momento da decisão de compra? Pois é, ninguém dentro da escala hierárquica de uma indústria tem mais contato diário com o shopper, do que o promotor de loja. Tenho certeza que a grande maioria das empresas não aproveita este corpo a corpo da melhor forma.

O trabalho do promotor de loja sim é de abastecimento, mas por que não aproveitá-lo para promo-ver seus produtos no PDV? Afinal, seria uma forma de otimizar custo além de tudo. Portanto, é funda-mental ter uma equipe de promo-tores de merchandising motivada, engajada, e acima de tudo capaci-tada com relação aos seus produtos e com técnicas de abordagem para poder converter tantos shoppers quanto possível.

E por que educar o shopper no PDV é tão importante? Ora, em um mundo cada vez mais competitivo, impactado por milhares de produ-tos, marcas, inovações, alternativas de consumo, além de claro a grande concorrência que o varejo digital vêem exercendo no varejo tradicio-nal, acredito que fica muito clara a importância de prestar um serviço adicional ao shopper. O pioneirismo nesta questão sem dúvida alguma também trará benefícios, pois sair na frente fazendo diferente, certa-mente marcará as mentes dos con-sumidores. Investir em educação é investir no futuro, sempre!

Marcelo Murin é admi-nistrador de empresas com

especialização em marketing e sócio-diretor da SOLLO

Direto ao Ponto

Como educar o consumidor no ponto de venda?

* Marcelo Murin

Podemos conceituar cria-tividade como sendo um pro-cesso em que a partir de uma ideia ou pensamento criamos alguma coisa nova, original, que não existia antes. Inovação é o processo de recriar, inovar, reconstruir algo que já existia com melhoria.

O importante é saber que a fonte de ambos é a ideia. A questão é de onde vem a ideia? A fonte da criatividade é o pen-samento que aflora repentina-mente e deve criar algo novo que tenha duas qualidades essenciais: ser útil, facilitar a vida de muitas pessoas; pro-porcionar alegria, felicidade a um grande número de pessoas.

O processo de criatividade consiste em buscar a ideia e transformá-la em realidade. Uma ideia sem ação que trans-forme em um produto ou ser-viço útil a um grande número de pessoas é como fazer a declaração: Eu amo a humani-dade. Não serve para nada.

Muitas vezes ouvimos o comentário: Eu já tinha pen-sado nisso!. Aparentemente é um fato sem muita importância. Mas, se analisarmos de outra forma, significa que a mesma ideia foi captada por mais de uma pessoa. Assim é possível dizer que a ideia já existia em algum lugar fora do cérebro humano e foram sintonizadas pelas pessoas segundo algum padrão de vibração mental.

Se a ideia está pronta em algum lugar significa dizer que não adianta treinar a mente para ser mais criativa. Todas as metodologias de treinamento para ser criativo, na verdade servem para sintonizar com o banco de ideias que está em algum lugar do universo. Assim é melhor treinar a mente para sintonizar este banco.

Steve Jobs com toda certeza entendia do assunto. De alguma forma sabia que as ideias flu-íam de algum lugar, por isso ele afirmou: Não deixe que o barulho da opinião dos outros cale a sua própria voz interior. Tenha coragem de seguir seu coração e a sua intuição. Eles de alguma maneira já sabem o que você realmente deseja.

Os pensamentos do funda-dor da Apple junto com Steve Wozniak servem de parâme-

tros para desvendar o caminho da criatividade. Uma delas diz: Penso apenas em acor-dar de manhã e trabalhar com pessoas brilhantes para criar coisas que, espero, sejam tão apreciadas por outras pessoas como são apreciadas por nós.

Criar coisas que sejam apreciadas por outras pessoas é o mapa da criatividade. Não se falou em lucro, nem em reconhecimento pessoal. A criatividade significa criar algo novo com duas quali-dades essenciais. Esse DNA precisa estar impregnado na pessoa para que possa entrar em sintonia com o banco de ideias. É ouvir a voz interior, o seu coração, a sua intui-ção. Mas é possível treinar a mente para ouvir a voz inte-rior? Sim, por meio da medi-tação.

Outra frase que ilustra o pensamento inovador do cria-dor do I-phone: Para se ter sucesso, é necessário amar de verdade o que se faz. Caso contrário, levando em conta apenas o lado racional, você simplesmente desiste. É o que acontece com a maioria das pessoas. É necessário ser subjetivo. As pessoas objeti-vas demais só sabem pensar racionalmente, em linha reta.

Provavelmente as pes-soas racionais e objetivas que estão lendo este artigo já descartaram o pensamento de que existe um banco de ideias. Entretanto, todos os grandes mestres que a humanidade já conheceu, afirmaram que o caminho para acessá-lo é a meditação.

Criatividade depende da sensibilidade, não depende de racionalidade. Albert Szent-Györgyi (Nobel em 1937) disse que criatividade consiste em ver o que todo mundo vê e pensar o que nin-guém pensou. A inteligên-cia racional só pensa o que todo mundo pensa. Quer ser criativo? Seja subjetivo, seja dócil, aprenda a ver com os olhos do coração e medite.

Orlando Oda é admi-nistrador de empresas,

mestrado em administração financeira pela FGV e pre-

sidente do Grupo AfixCode.

Meditação: o caminho da criatividade

* Orlando Oda

Fonte: Simepar

Previsão Clima/Tempo 19/3, à tarde

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QUARTA-FEIRA, 19 E 20 DE MARÇO DE 2014 3

DA ASSESSORIA

Nesta quarta-feira (19) Cas-tro comemora 309 anos de his-tória. E, para marcar a data, a Prefeitura de Castro - através das secretarias municipais e em parceria com diversas institui-ções – promove diversas ativida-des comemorativas.

No feriado municipal, a pro-gramação no Parque Lacustre inicia bem cedo, às 8 horas, com a Feira da Família Castrense. Tem ainda Passeio Ciclístico, doação de animais pelo Grupo AMA – Amizade Animal-, praça de alimentação, apresentação dos Violeiros do Iapó, aulão de dança da Diretoria de Cultura. Às 10 horas, no Parque Lacustre, será cantado parabéns ao município e servido bolo à comunidade. Em alusão aos 310 anos de Cas-tro, o bolo terá 3,10 metros. Às 16 horas acontece show com a Turma do Sítio do Picapau Ama-relo. Às 19 horas, no Ginásio Douglas Pereira, a equipe Lojas MM/Caramuru Futsal tem jogo-treino contra o Concórdia, vice-campeão da Liga Nacional. Os

ingressos custam R$ 10 e R$ 5 (meia entrada). Às 20 horas, de volta ao Parque Lacustre, tem o show com o Grupo Talagaço. As festividades encerram com show de fogos.

“No ano passado adotamos um perfil de festa que foi apro-vado e deve ser mantido nestes anos, que é a participação da comunidade nas ações”, cita o prefeito Reinaldo Cardoso.

AvançosAo completar seus 310 anos,

a cidade comemora seu desen-volvimento. A produção agrope-cuária do município, reconhecida nacionalmente devido à quanti-dade e qualidade de produção,

se destaca cada vez mais. Um exemplo disso é que Castro ficou em primeiro lugar no Paraná no que diz respeito ao Valor Bruto de Produção (VBP) 2012, con-forme levantamento divulgado pela Secretaria Estadual de Agri-cultura e Abastecimento. Com um total de R$ 1,12 bilhão, Cas-tro ficou à frente de Toledo, que desde 2011 ocupava a primeira posição no Estado e que regis-trou R$ 1,10 bilhão.

O prefeito R destaca que com as tecnologias e pesquisas apli-cadas no município, Castro tem hoje o maior PIB Agropecuário do Paraná e um dos melhores do Brasil. Mas, faltava a indus-trialização. “Faltava, porque este

cenário também tem mudado significativamente”, frisa.

Este processo de industria-lização inclui iniciativas como a Unidade de Beneficiamento de Leite e Unidade de Negócios Fei-jão, da Cooperativa Castrolanda. As cooperativas Batavo, Capal e Castrolanda também trabalham na construção de um frigorífico de suínos em Castro, investi-mento que em sua fase final tota-lizará investimentos R$ 1 bilhão e criação de 1.800 empregos diretos e mais de 5.000 empre-gos indiretos.

Incrementando este processo de desenvolvimento econômico, em fevereiro foi inaugurada a primeira biorrefinaria de proces-

samento de milho da Cargill no Brasil, no Distrito Industrial Tat-suo Yamamoto, com investimento de R$ 500 milhões no projeto. A nova unidade da Cargill, em ope-ração parcial desde novembro de 2013, conta com 200 funcioná-rios empregados diretamente e traz ao município a possibilidade de criação de 800 empregos indi-retos, além de aumentar as opor-tunidades de negócio na região.

Instalada em uma área de 352 hectares, a fábrica atende ao mercado nacional com solu-ção de amidos e adoçantes para uso em produtos lácteos, balas, confeitos, bebidas, pães e na indústria de papel e papelão, além de nutrição animal. Do total, 2,5 hectares são ocupa-dos pela fábrica da Cargill e o restante da área do distrito será utilizada por empresas clientes no conceito da biorrefinaria. E, a primeira cliente da Cargill a se instalar no complexo é a Evonik, que já iniciou a construção de sua unidade. A expectativa é que até 2020 quatro empresas parceiras estejam instaladas no local.

“Com tudo isso, Castro vive um momento ímpar na produção agropecuária e também na indús-tria. Com todo o crescimento na agricultura e na indústria, Castro vem se tornando um município ideal economicamente, pois tem capacidade de produzir e indus-trializar”, destaca Dr. Reinaldo.

E, para atender à demanda criada com este desenvolvi-mento, muitos outros investi-

mentos estão se concretizando. Entre os principais está a cons-trução de 700 unidades habita-cionais de interesse social pelo Programa Minha Casa Minha Vida, marcando o início do audacioso projeto 'Nova Cas-tro'. Embora já tenha sido auto-rizada a construção das 700 unidades, o projeto totaliza mil unidades, com investimento de R$ 60 milhões e marca o iní-cio do projeto ‘Nova Castro’, empreendimento realizado pela Yamamoto Administradora de Imóveis e baseado na constru-ção de unidades habitacionais de médio e alto padrão, hotel, centro de convenção, shopping entre outros. Concebida a par-tir do conceito de sustentabili-dade, a nova cidade é fruto de anos de estudo.

Além da instalação de gran-des indústrias outro fator deve contribuir para que Castro tenha seu perfil econômico alterado é o projeto de expansão da Rede de Distribuição de Gás Natural (RDGN) nos Campos Gerais, desenvolvido pela Companhia Paranaense de Gás (Compagas). Assim, Castro será uma das poucas cidades não apenas do Paraná, mas do Brasil que terá gasoduto para atender a demanda de qualquer tipo de indústria. O projeto prevê a construção de 80 quilômetros de tubulação em Ponta Grossa, Carambeí e Cas-tro - chegando até a região da Castrolanda - totalizando inves-timento de R$ 83 milhões.

Foto aérea de Castro registrada no início de março

Ao completar aniversário, cidade comemora seu crescimento

João Paulo Cobbe

Extensa programação nos 310 anos

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4 Quarta-Feira, 19 e 20 de Março de 2014

Luana Dias

EspEciaL para o página um

A arquitetura da cidade mãe do Paraná é atualmente um misto de prédios peque-nos e médios, casas no estilo colonial e que ainda retratam a vida dos tropeiros que por aqui passaram e casarões his-tóricos. Oito desse imóveis históricos foram tombados e hoje compõe o cenário de uma cidade histórica em pleno de-senvolvimento e evolução.

Conheça os prédiostombados em Castro

Casa da praça – situada à praça Getulio Vargas, nº 10 e de propriedade da prefei-tura municipal

Construída no final do século XIX pelo Coronel Manoel Igná-cio do Canto e Silva, político de largo prestígio na então Provín-cia do Paraná e herói da Guerra do Paraguai, o imóvel constitui-se a exemplo da arquitetura de transição entre o colonial e o neoclássico e é fruto das trans-formações pelas quais passou a sociedade brasileira a partir de meados do século XIX.

O imóvel que constitui tes-temunho de uma época, cujos exemplares são cada vez mais

raros no Paraná, sofreu al-gumas alterações na fachada frontal, e teve as telhas ori-ginais substituídas por telhas francesas, além de ampliações na parte posterior.

O tombamento foi aprovado pelo Conselho de Patrimônio Histórico e Artístico em 31 de outubro de 1981.

Casa de sinhara - situada na praça Getulio Vargas, nº 6 e de propriedade particular – Jose Carlos avi rodrigues

Com a fachada principal voltada para a Praça Getu-lio Vargas, a Casa de Sinhara foi construída em alvenaria de pedra e taipa. Seus elementos confirmam o partido adotado pela arquitetura de transição entre o colonial e o neoclássico e são produto das transforma-ções sócio econômicas a que foram submetidas a sociedade brasileira a partir de meados do século XIX.

O imóvel sofreu várias in-tervenções, entretanto, não foi descaracterizado. As principais alterações foram a ampliação pa-ra instalação de banheiros e um quarto e a substituição do telha-do original por outro, de telhas francesas. As esquadrias internas e externas, a maior parte do for-ro e o piso ainda são originais.

O tombamento foi aprovado pelo Conselho do Patrimônio Histórico e Artístico em reunião realizada no dia 21 de outubro de 1981.

Casa situada na praça manoel ribas, nº 120, anti-gas instalações do Jornal página Um, de propriedade particular de ronie Cardoso Filho

Assim como a maioria das construções remanescentes re-lacionadas ao tropeirismo em Castro, este imóvel data do sé-culo XIX.

No referido período, Castro ainda era movida pelas fazendas de invernadas onde engordavam as tropas de gado vindas do Rio Grande do Sul. A demanda tanto por bois para alimentação como por mulas para o trabalho agrícola nos cafezais paulistas que se expandiam, geraram in-calculáveis fortunas.

Neste mesmo período, em 1880, foi construída a casa de João José da Fonseca destina-da para moradia e comércio. O tombamento justifica-se pe-la proteção de uma parte im-portante da paisagem urbana/histórica de Castro, adotando igualmente, o partido da arqui-tetura de transição entre colo-nial e o neoclássico.

Casa situada na praça manoel ribas, nº 152, de propriedade particular de Luiz Carlos Kugler

Construída em 1863 em alvenaria, pedra e paredes de pau-a-pique, o imóvel se situa dentro do partido adotado pela arquitetura de transição entre colonial e o neoclássico, mes-clando elementos de ambos os estilos.

De acordo com historiado-res, a casa foi construída por um escravo ao qual fora pro-metido a alforria em troca do trabalho. Todavia quando da conclusão da obra, foi vendido para continuar a ser escravo-construtor. O imóvel ainda mantém as esquadrias e cober-turas originais.

Casa emília ericksen - Casa da Cultura, situada à rua Jorge Xavier da silva, esquina com benjamin, de propriedade da prefeitura municipal

Por longos anos, no prédio número 66 da Rua das Tropas, funcionou o jardim-escola de dona Emília, local em que vá-rias gerações de meninas rece-beram as primeiras noções de educação. Em 1855, chegaram a Castro os membros da família Erichsen, composta pelo dina-marquês Conrado Erichsen, sua esposa, Emília e filhos. Para dar sustento aos seus fi-lhos menores quando o esposo, Conrado Erichsen faleceu (em 1862), Emília Erichsen, se-nhora de aprimorada cultura, montou um estabelecimento de ensino para meninas, que se

tornou o primeiro Jardim de In-fância do Brasil.

Apesar de não ter sido construído com a finalidade de abrigar um estabelecimento educacional, foi tombado em 1991, pelo uso que desempe-nhou como o primeiro Jardim de Infância no País e pela sua importância arquitetônica.

O imóvel tem edificação em taipa, provavelmente da década inicial do século XIX e consti-tui bom exemplo da arquitetura adotada no Paraná durante a fase do tropeirismo.

estação ferroviária de Castro, localização na avenida miguel Couto, s/n, de propriedade da rede Ferroviária Federal s.a.

Com uma estrutura arqui-tetônica bastante simples, a estação ferroviária de Castro, inaugurada em dezembro de 189, foi construída em alve-naria de tijolos sobre embasa-mento de pedras. A estrutura da cobertura em tesouras de madeira tem duas águas, co-bertas por telhas cerâmicas do tipo francesa. Na área da plataforma, a água da cobertu-ra avança para criar a área co-berta de acesso, apresentando no conjunto da estrutura uma seqüência de mãos francesas em madeira, engatadas em suportes também em madeira, na plataforma com uma cober-tura estruturada sobre apoios metálicos.

As paredes são rebocadas e têm poucos detalhes. Des-tacam-se os pilares estruturais arrematados na parte superior

por frisos em relevo. Interna-mente o piso é revestido, na parte original, com ladrilhos, e na parte recuperada com placas de ardósia.

Fazenda Capão alto, de propriedade particular da Cooperativa Central de Laticínios do paraná Ltda.

Fundada em 1704, a Fa-zenda Capão Alto localiza-se em terras de sesmaria concedi-das a Pedro Taques de Almei-da e é o marco histórico para a fundação da cidade de Castro e o berço dos Campos Gerais.

Em suas instalações existe um sítio arqueológico com ru-ínas de uma capela, em taipa (e possíveis restos mortais de padres Carmelitas), além das casas utilizadas como senzalas para escravos.

Tombada em 1983 como patrimônio cultural do Para-ná, a Capão Alto esta em pro-cesso de tombamento como patrimônio cultural nacional pelo IPHAN.

museu do tropeiro, de propriedade da prefeitura municipal

Casa do século XVIII que pertenceu a Carneiro Lobo, o Museu do Tropeiro foi cons-truído sobre uma base de pe-dras com colunas de madeira que sustentam toda a estrutura da cobertura. As paredes são construídas em sistema de pau-a-pique e a cobertura é de telas de barro.

O imóvel abriga atualmente um dos mais importantes acer-vos do Pais.

Castro e seu 'patrimônio tombado'Fotos: Divulgação

Casa da praça Casa Emília Erichsen - Casa da Cultura

Casa de Sinhara Estação Ferroviária de Castro

Casarão situado na Praça Manoel Ribas, nº 120 Fazenda Capão Alto

Casarão situado na Praça Manoel Ribas, nº 153 Museu do Tropeiro

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Quarta-Feira, 19 e 20 de Março de 2014 5

Carla TiCiane

Localizada às margens da rodovia PR-151, que liga Curi-tiba à São Paulo, Castro possui cerca de 67.084 habitantes, conforme o censo de 2010. Com área de 2.533,247 quilô-metros quadrados, o município fica à 40 km de Ponta Grossa e a 156 km de Curitiba.

Nacionalmente, o município é conhecido por títulos que lhe foram dados ao longo dos anos como de “Cidade Mãe do Pa-raná”, por ter sido a primeira cidade fundada no Estado do Paraná, quando se emancipou de São Paulo. Outro título mui-to importante, que mostra o po-tencial produtivo e econômico da cidade, é o de ‘capital nacio-nal do leite’, por ser o município que mais produz leite no país.

Um título que se deve ao empenho dos imigrantes ho-landeses que se instalaram na cidade e criaram animais com

excelente qualidade genética com a utilização de tecnologia de ponta. Qualidade atribuída à Cooperativa Castrolanda, res-ponsável por aproximadamente 85% da produção total. No últi-mo dado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IB-GE), Castro apareceu com pro-dução anual de 210 milhões de litros de leite, sendo que deste total, 137,8 litros de leite são provenientes da Castrolanda.

Em 2011 a cooperativa produziu 182, 667 milhões de litros de leite. Assim, em 2011, o segmento ‘lácteos’ da Castrolanda foi responsável por 30% do movimento finan-ceiro da cooperativa, ou se-ja, R$ 388,371 milhões. Em 2010 haviam sido produzidos 166,299 milhões de litros de litros de leite. Em 2002 a Cas-trolanda produziu 90 milhões de litros de leite. Em dez anos

a produção aumentou 100%, média de 10% ao ano

O gerente da área de ne-gócios do leite da Cooperativa, Henrique Junqueira, ressalta a contribuição da Castrolanda nesta conquista ao município mantendo a essência da coope-rativa, organizando a cadeia de leite, desde o fornecimento até a comercialização do produto, sem esquecer da industrializa-ção do leite com a inauguração da fábrica inaugurada em de-zembro de 2007.

“Entre todas as ações, po-demos destacar alguns pontos importantes. Um deles é a as-sistência técnica, que desde ao inicio da atividade sempre foi prestada ao produtor. A utiliza-ção da tecnologia para consegui produzir leite com resultado econômico e isto reverte na pro-dutividade”, destaca.

Outras essenciais foram fun-damentais para o peso que a cooperativa representa no muni-cípio. “A Castrolanda há mais de 60 anos opera na região e nun-ca atrasou um pagamento. Vale ressaltar a eficiência na comer-cialização do leite, a segurança ao produto no investimento da comercialidade, no canal esta-belecido entre ambos”.

Junqueira explica, que devi-do a isto, 2013 foi o terceiro ano que a Castrolanda distribuiu as sobras aos cooperados, com 6 centavos por cada litro pro-duzido. “Isto tudo junto leva a condição favorável para que te-nha e se mantenha como maior produtor de leite do Brasil. Não podemos deixar de destacar a atitude do produtor, que faz com que a Castrolanda tenha estes números tão comemora-dos”, acrescenta.

Segundo o gerente, outro ponto importante é o processo de capacitação, a assistência técnica e a consultoria com o Centro de Treinamento para agropecuarista. “Os eventos que fazemos ao longo do ano, como a Agroleite também es-timula ao produtor que tem perto da casa dele, tecnologia de primeira. Vamos ter leilão do gado leiteiro nos próximos dias, a expojovem. Tudo isto cria ambiente favorável para crescimento da produção”, complementa.

Além da produção recorde de leite, a cooperativa tem pro-curado agregar valor à produ-ção trabalhando também com a industrialização do produto, completando a cadeia produtiva de leite, que vai desde o forne-cimento dos insumos agrícolas aos cooperados até o abasteci-mento das prateleiras com pro-dutos industrializados.

Na área de leite também já houve avanço em relação à Unidade de Beneficiamento de Leite, que tem como finalidade produzir produtos em parceira com empresas que já possuem a própria marca, com interes-se em colocar os produtos fa-bricados pela Castrolanda no Mercado.

Castrolanda se sente honrada em fazer parte

desta históriaA Castrolanda, formada por

754, integra um seleto grupo de cooperativas de sucesso do país. A matriz está localizada

na Colônia Castrolanda, em Castro. A unidade está po-sicionada entre as maiores e melhores cooperativas devido à estratégia adotada há mais de 10 anos para todas as áreas de atuação, que tem relação com o crescimento.

O bom desempenho vem sendo conquistado nas dife-rentes áreas de atuação, fruto da integração, diversidade e da geração de valor, que cumprem a missão no desenvolvimento sustentável da Cooperativa.

A Castrolanda possui uni-dades em Ponta Grossa, Piraí do Sul, Curiúva, Ventania e Itaberá (SP). Toda a estrutura funcional conta com 834 cola-boradores. O faturamento anu-al é de R$ 1,543 bilhões.

De acordo com o gerente da área de negócios do leite da Cooperativa, Henrique Jun-queira, a missão da cooperativa é agregar valor ao cooperado, contribuir para que o coopera-do enriqueça e tenha qualidade de vida, e, isto, a cooperativa tem conseguido fazer. “O de-senvolvimento do cooperado é o desenvolvimento do municí-pio, principalmente na ativida-de leiteira.

O resultado, ou seja, o di-nheiro que é gerado desta ca-deia produtiva é investido no mercado municipal, dentro do município. Diferente de outros segmentos ou outra atividade, no qual a arrecadação não fica aqui”, ressalta.

O gerente explica que quan-do falou da produção de 2013, considerando o preço do litro de leite numa média de R$1 re-al, significam cerca de 180 mi-lhões que ficaram em Castro. “A Castrolanda se sente honra-da e satisfeita em conduzir uma cadeia produtiva com sucesso que reflete no município e na comunidade como todo. Isto é cumprir o seu papel social, por-que nós recolhemos impostos e fazemos tudo que está confor-me a legislação”, conclui.

Castrolanda representa aproximadamente 85% da produção total de leite no município

Contribuição da Castrolanda está na sua produção

Divulgação

Reconhecida como ‘capital do leite’TÍTULO SE DEVE AO EMPENHO DOS IMIGRANTES HOLANDESES

Em 2013, Castro foi clas-sificado como o município do Estado com maior Produto In-terno Bruto Agropecuário, ul-trapassando a marca de outros municípios, que estavam na li-derança há anos como Toledo com R$1.105.186.644,68. Conforme dados divulgados pe-lo Departamento de Economia Rural de Ponta Grossa, a ci-dade mãe do Paraná ficou com R$1.127.491.214,76.

A riqueza do município se divide em algumas culturas fortemente agropecuárias. Da lista divulgada pelo Deral, a soja aparece com 21% da pro-dução, contra 15% do leite bo-vino, 12% do frango de corte, 10% do milho 10%, 8% feijão e demais produtos somam 34%. Dentro desta porcentagem estão riquezas que até mesmo quem vive por aqui desconhece como aveia, canola, centeio, abóbora madeiras, pinhão, flores, mudas de eucalipto entre outros.

Esta diversidade chama atenção, principalmente porque

a produção rural está semi in-dustrializadas com as fábricas de leite, abatedouro, a Cargill que inaugurou a fábrica recen-temente, indústrias de máquinas entre outras diversidades, quan-do nas regiões do Paraná a pro-dutividade é focada apenas em um produto.

No levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Es-tatísticas e Geografia (IBGE) soja aparece com produção de

258.990 toneladas, milho com 287.700, feijão 37.400, a pro-dução do bovinos com 94.476 cabeças, 2.052.042 cabeças de galináceos, 138.149 de suí-nos, ovinos com 11.286 e 584 eqüinos.

Conforme o IBGE, a econo-mia do município é movido pelo setor agropecuário, seguido da industria, que tem crescido com a vinda de diversos investimentos à cidade.

Município possui maior PIB do PRNO SETOR AGROPECUÁRIO

Soja liderou o ranking como maior produtividade em Castro

João Paulo Cobbe

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6 Quarta-Feira, 19 e 20 de Março de 2014

Carla TiCiane

Castro é um município para-naense, localizado às margens do Rio Iapó, que se destaca turisticamente pelos estilos arquitetônicos preservados ao longo dos anos. A cidade colo-nizada por imigrantes alemães e holandeses é marcada pela origem de seus povos.

As características estão nas ruas, nas praças, nas casas que reforçam o potencial turís-tico, atraindo pessoas dos mais diversos lugares. Estes são seduzidos pela beleza. No entanto, muitos, até mesmo os próprios castrenses se esque-cem que atrás deste visual existe uma história, que vale ser lembrada, principalmente, na data de hoje.

De acordo com a coor-denadora do Museu do Tro-peiro, Amélia Podolan Flügel, o povoamento da região dos Cam-pos Gerais iniciou oficialmente com a concessão da sesmaria

das Paragens do Iapó, ao pau-lista Pedro Taques de Almeida e sua família, em 1704.

“A partir de 1750, inten-sificou-se o fluxo de tropas de muares entre o sul e o centro da Colônia e, nesta rota, os tropei-ros atravessavam os Campos Gerais, pousando nos lugares mais favoráveis”, relata.

Quando encontravam o rio Iapó alagado, precisavam permanecer acampados até que pudessem atravessá-lo, com os animais em segurança. “Este pouso aos poucos foi

congregando mais moradores que estabeleceram ranchos a fim de comercializarem com os tropeiros. Assim nasceu o pouso do Iapó. O povoado foi crescendo e tornou-se Vila Nova de Castro em 1789, sendo uma das mais impor-tantes da época, evoluindo a seguir, até se tornar Cidade em 1857”, complementa.

No período do Brasil Colô-nia e do Império, Castro, tor-nou-se um importante centro unificador, pois além de admi-nistrativamente abranger uma

extensão de terras corres-pondente a mais da metade do território do Estado do Paraná, ainda entrelaçou famílias de São Paulo e do Sul. Alguns moradores de Castro, exercendo funções militares, foram desbravado-res do sudoeste do Paraná e fundadores de cidades no Rio Grande do Sul.

ColonizaçãoEm 1855, o município

começou a ser colonizado com a chegada de imigrantes alemães, fundando colônias. O início do século XX outros imigrantes chegaram e outras colônias fundadas como dos neerlandeses da Colônia em Carambeí, que até 1993 inte-grava o município. Os japo-neses chegaram em 1958 impulsionando a agricultura com novas técnicas de plantio e produção.

A famosa colônia Terra Nova, localizada a 15 Km do centro da cidade, foi fundada a partir de 1933. O local possui atrativos a Casa do Colono, a Igreja Santa Terezinha, a Trilha Ecológica. Os principais culti-vos da localidade são o milho e a soja.

Entre os anos de 1951 e 1954, famílias holandesas chegaram a Castro trazendo consigo tratores, equipamen-tos agrícolas e gado, dando origem a colônia e a Coopera-tiva Castrolanda. Localizada a 06 Km do centro da cidade, a colônia mantém suas tradições através da arquitetura típica, do grupo folclórico, gastronomia, língua entre outros.Além des-tes grupos étnicos que conso-lidaram-se formando colônias, há muitas outras imigrações presentes no Município e que contribuíram para a formação sócio-cultural da população castrense. Destacam-se a pre-sença negra, eslava (polone-ses, ucranianos, russos, etc), italiana, árabe, japonesa, exis-tindo ainda, remanescentes de povos indígenas.

Atrativos marcaram a história

Castro é o terceiro muni-cípio mais antigo do Paraná. Possui o primeiro Museu do Tropeiro do Brasil, fundado na gestão do prefeito Dr. Lauro Lopes e diversos atrativos, devido ao seu forte poten-

cial turístico. A padroeira de Castro é Sant’Ana, que levou o nome da capela, mas a ver-dadeia história do lugar reli-gioso muitos desconhecem. A capela foi construída em 1740 por Inácio taques de Almeida, que recebeu as terras onde foi levantado o lugar religioso, onde hoje fica a Igreja Matriz. A doação aconteceu de José Góes de Moraes, que queria marcar o local representando a fé. O primeiro sinal reli-gioso foi uma cruz seguido da construção de uma capelinha. “Segundo a tradição religiosa devocional da época “quem festejasse a gloriosa santa não teria detrimento em seu cré-dito nem falência nos bens de fortuna”, segundo informações da comunicação da Prefeitura. Em 1755 o local foi refor-mado e passou a receber mais devotos. O primeiro batizado no local foi em 1762 pelo pri-meiro vigário da Freguesia do Iapó. O lugar religioso atraiu mais moradores na região. Em 1810, devido às condições da estrutura, o lugar começou ceder espaço para a constru-ção da Igreja Matriz.

O Museu dos Tropeiros foi construído no século XVII pela família Carneiro Lobo. O local é o mais vivo exemplo da época em que Castro surgiu como cidade, originando-se dos Pousos dos Tropeiros, que passavam por ali. Atualmente, através de muita divulgação, o atrativo recebe visita de turis-tas e historiadores de todo país. Ele Está localizado na Praça Dr. Getúlio Vargas.

Muitos outros locais mere-cem destaque e serem citados como Casa da Cultura Emilia Erichsen, Morro do Cristo, Rio Iapó, Saltos,Prainha, Fazenda Capão Alto, Fazenda Potreiro Grande, Sítio Santa Olívia, Colônia da Castrolanda entre muitos outros.

A polêmica em torno das datas

Este é o quarto ano que o aniversário de Castro será come-morado no dia 19 de março. Até 2010 as festividades eram comemoradas em 21 de janeiro. A alteração foi proposta pela Prefeitura, através do projeto de Lei 06/2010. O assunto foi bastante questionado na época e virou polêmica.

No dia 24 de fevereiro o projeto foi apresentado em sessão na Câmara, foi devol-vido à Prefeitura, se tornou pauta de audiência e, depois de uma votação, onde 48 pessoas votaram, a maioria decidiu pela mudança da data. Foram 34 contra 14 contra. O pro-

jeto foi colocado novamente no legislativo em abril do mesmo ano.

CuriosidAdes

significado do NomeO nome se originou do

latim “Castru”, que significa fortaleza. Foi uma homenagem a Martinho de Melo e Cas-tro (1716 – 1795), Ministro dos Negócios Ultramarinos de Portugal, nos anos de 1785 e 1790. O homenageada foi um ministro colonialista, que subscreceu o célebre alvará de Maria I, acabando com as fábricas brasileiras

No livro de Os Iapoen-ses, escrito por Oney Bar-bosa Borba, o autor relata o histórico que levou ao nome. Conforme cita na obra, foi diplomata e político português que desempenhou cargos de grande relevância nos reina-dos de D. José e de D. Maria I e que se notabilizou como reformador do sistema colo-nial português quando exer-ceu as funções de Secretário de Estado da Marinha e do Ultramar. Foi primeiro-minis-tro de D. Maria I. Era filho de Francisco de Melo e Castro e de Maria Joaquina Xavier da Silva.

Martinho de Melo e Castro teve um filho - Manoel Ber-nardo de Melo Castro - que viajou para o Brasil no ano de mais ou menos 1754/1756 na comitiva de Mendonça Furtado. Mendonça Furtado viera para o Brasil, enviado por Marquês de Pombal, para ser o vice-rei do Pará e Maranhão. Martinho de Melo e Castro era integrante da sua comitiva e foi enviado para unificar a vila que então existia no estado que hoje é o Amapá e, nessa missão criou a Vila de São José de Macapá, sendo o seu primeiro governador, nome que se atribuía ao administra-dor daquela época. Onde hoje é a cidade de Macapá foi o construtor da Igreja Matriz. Retornou a Belém, onde suce-deu a Mendonça Furtado, sendo então o vice-rei do Pará e Maranhão.

Museu de Terra Nova fundado em 1933

Muitos esquecem que atrás de um construção existe muita história

Divulgação

Características estão nas ruas e praças

Visão parcial da cidade em 1875

Divulgação

Martinho de Melo e Castro

Divulgação

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“ENTREVISTA A principal dificuldade foi realmente a saúde.Quando nós assumimos o Hospital Anna FiorilloMenarim, estávamos com o índice de pessoalestourado, o setor de obstetrícia estava fechado ehavia um risco eminente de o Hospital fechar porconta da falta de investimentos na estrutura.

Reinaldo fala de seu governo

LUANA DIAS

ESPECIAL PARA O PÁGINA UM

Em pelo menos 10 dos310 anos da cidade de Cas-tro, o atual prefeito ReinaldoCardoso deu sua contribuiçãoe participou de forma diretanas ações do município. Onzeanos após o seu segundomandato, ele retorna aadministração municipal paraassumir novos desafios, no-vos cenários de governoestadual e federal, e umaCastro que também enfrentanova fase.

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Página Um – Todogoverno precisa oxigenar, osenhor pretende fazermudanças na sua equipe?

Reinaldo Cardoso –Não! Eu tenho por experiênciaprópria que as mudanças nãocostumam dar certo. O quepretendo, portando, éequacionar o trabalho daequipe.

P1 – Como o senhoravalia a atenção dispensadapelos Governos Estadual eFederal ao Município deCastro? E como é a relação deambos os Governos comCastro?

Reinaldo – Nós conse-guimos trilhar tanto com o go-verno do Estado como com oFederal uma boa relação. OGoverno do Estado está nosajudando como pode, temalguns investimentos grandesque merecem destaque, comoo do Gasoduto, assim comoalguns repasses feitos peloFederal, ainda que ambosestejam com dificuldades fi-nanceiras, o que limita investi-mentos.

P1 – Entre as principaisdificuldades da atual gestãomunicipal são perceptíveis osdanos causados pelo déficit nasaúde, através das transiçõesdo Hospital Anna FiorilloMenarim e na segurança,

De 0 a 10,Reinaldo dánota 7 para suaadministração

tirando inclusive, a adminis-tração hospitalar do Municípioe entregando-o a uma empresaterceirizada. O plano ‘B’, casoessa administração não sejafeita a contento será uma novalicitação. Em relação a segu-rança e agentes de trânsito,foram feitos investimentos emcapacitação e hoje temos umtrabalho com muito mais bomsenso, mas ainda existeresistência por conta dasmudanças. A partir desse anovamos implantar um projetoque já estava pronto quandoassumimos a gestão e que devetrazer muitas melhorias de ummodo geral.

P1 – Qual foi a sua par-ticipação sua na definição daprogramação da festa deaniversario de Castro? Asfestividades devem se repetirnos próximos anos?

Reinaldo – Eu apenasdei autorizações, então se eume conceder a esse mérito,estarei mentindo. Já para ospróximos anos queremosmanter as festividades, inclusivecom grandes shows, massempre valorizando a cultura,o esporte e os cidadãos locais.

P1 – A partir de 30 demaio os governos estadual efederal devem frear os repasses

Fotos: João Paulo Cobbe

através da polêmica em tornodo trabalho desenvolvido pelasagentes de trânsito e estacio-namento regulamentado (zonaverde). Como o senhor avaliaesses dois calos e como estátrabalhando com eles?

Reinaldo – A principaldificuldade foi realmente asaúde. Quando nós assumimoso Hospital Anna Fiori l loMenarim, estávamos com oíndice de pessoal estourado, osetor de obstetrícia estavafechado e havia um riscoeminente de o Hospital fecharpor conta da falta de investi-mentos na estrutura. A partirdaí trabalhamos para prepararo Município para o desenvolvi-mento em todos os setores,

QUARTA-FEIRA, 19 E 20 DE MARÇO DE 2014 7

aos Municípios por conta doperíodo eleitoral. O Municípiode Castro está preparado paraessa fase?

Reinaldo – Durante oano passado, ao mesmo quetrabalhamos na arrumação da

parte interna da prefeitura, tra-balhamos com novos projetos,ou seja, preparamos Castro,inclusive para esse período,porém não podemos fazergarantias, se o País for bem,nos vamos também.

P1 – O senhor écandidato a reeleição? Como osenhor desenha a política deCastro para os próximos anos?

Reinaldo – Não sou can-didato a reeleição. O que espe-ramos para Castro nospróximos anos é que seja dadacontinuidade ao queplanejamos e executamosatualmente.

P1 – De 0 a 10, qual é anota que o senhor daria a sua

atual administração comoprefeito de um terceiromandato?

Reinaldo – Nota 7.Porque é uma administraçãonova e que encontrou muitasdi f iculdades. Muitos dosnossos secretários não tinhamexperiência de gestão públicaquando assumiram a atualadministração.

Considerações finais“Eu tenho fé que vamos

conseguir organizar a cidadeatravés de uma administraçãocada vez mais participativa eprodutiva. Com a participaçãodos conselhos, igrejas, asso-ciações é possível darmos orumo que queremos para oMunicípio”.

“Eu tenhoexperiênciaprópria quemudanças nãocostumam darcerto. O quepretendo,portanto, éequacionar otrabalho daequipe.

“Eu tenho fé quevamos conseguir

organizar a cidadeatravés de uma

administração cadavez mais

participativa eprodutiva. Com aparticipação dos

conselhos, igrejas,associações é

possível darmos orumo que queremospara o Município”

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8 QUARTA-FEIRA, 19 E 20 DE MARÇO DE 2014

Ana Carolina R. KachinskiCamila Addison Pavei

Elisa GianisellaKarini Machado

Margareth Risden

Muita cor e magia enfeitaram a festa de Enzo. Emmeio a balões coloridos e muitas brincadeiras,comemorou seu primeiro ano de vida ao lado deNathane Ferraz e Anthony Richard. A recepção aosfamiliares e amigos foi no SindiCastro com decoraçãoexclusiva da Cia da Festa que levou a assinatura dasdesigner Fabiane Antunes e Loris Machado

A Associação Verdes Anosrealizou atividades no

ultimo fim de semana noParque Lacustre, dentro

das comemorações dos310 anos de Castro. As

equipes participantes daGincana Verdes Anos

realizaram provas físicas eartísticas; abrilhantando

ainda mais ascomemorações dos310 anos de Castro

Com muito carinho o casal AgnesGomes Buriti e Zeno Johann recebemamigos e clientes no tradicionalRestaurante Casantiga, na ultima sexta,com som ao vivo de Rivelino esua Orquestra. Sucesso sempre!

No Memorial da Imigração Holandesaocorreu a Balada 360°, reunidos muitoscastrenses e visitantes. Em destaquea bela Rubia Tobias

Luana Kielita e Paulo Valenga no Balada 360º

Aproveitando o agradável ambiente que o Restaurante Casantigaproporciona, o casal Ana e Sérgio Luis Riesemberg Marques,

cheio de mimos com o netinho Marco Henrique

José Silva LimaMaria José R. G. MartinsSelma Larocca TeixeiraRafael Doria de França

19/3

Fotos: Márcia Ferraz