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www.cpad.com.br/escoladominical l$l- Av ' i? CPAD Jovens e Adultos trimestre de 2005 f agora, ^4 resposta cristã para tempos de crise e calamidade moral ^ sk

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l$l-Av ' i? CPAD

Jovens e Adultos4° trimestre de 2005

f agora,

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O que você tem feitoj. • j», -. - . ' • ' . - '

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FE CRISTÃ,Pos-Hodernismo

Fé Cristã e Pós-ModernismoGe remias do CoutoA te cristã não foge à lógica da razão, tem raciocínio honesto e é

perfeitamente coerente com o entendimento humano. Este livro

faz uma análise da fé cristã no contexto da pós-modernidade e

discorre sobre o grande desafio para os dias atuais: a

necessidade inadiável de se conhecer a sociedade em quevivemos e compreender de que forma podemos cumprir o nosso

papel como sal da terra e luz do mundo.

Formato: 14 \1 cm

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E Agora, como Viveremos?Charles Colson & Nancy Pearcey

Uma obra de grande conteúdo espi r i tua l e também um grandedesafio. Um livro que irá sacudir mentes e corações. Os autorestratam, com incrível firmeza, dos conceitos éticos que falam da

nossa responsabilidade diante deste mundo caótico. Ele questionasobre o que cremos e se fazemos diferença neste mundo.

Para que sejamos verdadeiros cristãos, precisamos lutar pelosconceitos c valores sociais e morais estabelecidos

por Deus na sua Santa Palavra.

Nas livrarias evangélicas ou pelo Formato: isPx23cm0300-789-7172w w w . c p a d . c o m . b r

AGORACOMO

VIVEREMOS?

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coesH-í •Bíblicas

Comentário: GEREMIAS DO COUTOConsultor Doutrinário e Teológico: ANTÓNIO GILBERTOLições do 4° Trimestre de 2005

SUMÁRIOLição lA igreja ante os desafios dos últimos diasLição 2O mundo sem Deus vai de mal a piorLição 3A atuação maligna no movimento pós-modernoLição 4Â divinização do homem ante a soberania de DeusLição 5O relativismo moral predominante no mundoLição 6A teologia liberalLição 7A corrupção da doutrina da regeneraçãoLição 8O aborto e a eutanásiaLição 9A permissividade pessoal e socialLição IOO materialismo e o ateísmoLição IIA secularização da igrejaLição 12O que a Bíblia diz sobre os fatos sociais dos últimos diasLição 13Como escapar dos males ideológicos dos últimos dias

Lições Bíblicas

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MESTREPublicação Trimestral

da Casa Publicaclora das Assembleias de Deus

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Lição lA IGREJA ANTE OS DESAFIOS

DOS ÚLTIMOS DIAS2 de outubro de 2OO5

"Porque nele foram criadas todasas coisas que há nos céus

e na terra, visíveis e invisíveis,sejam tronos, sejam dominações,

sejam principados, sejampotestades; tudo foi criado por ele

e para ele" (Cl 1.16).

Precisamos, quais atalaias doSenhor, anunciar claramente os si-nais dos tempos assim como Jesusfez repetidas vezes.

HINOS SUGERIDOSCD Harpa Cristã 77

(vol.3 - f.2), 107 (vol.3 - f.4) e 47.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

2 TIMÓTEO 3.1-5

1 - Sabe, porém, isto: que nos últi-mos dias sobrevirão tempos traba-lhosos;

2 -porque haverá homens amantesde si mesmos, avarentos, presun-çosos, soberbos, blasfemos, deso-bedientes a pais e mães, ingratos,profanos,

Segunda - Cl 1.13-17O propósito de Deuspara a Criação

Terça - Gn 1.26-31O lugar do homem na Criação

Quarta - SI 47Deus em ação através da história

Quinta - Jo 17.14-25O mundo opõe-se a Deuse ao seu povo

Sexta -1 Pé 1.23-25A universalidade dos princípiosbíblicos

Sábado - Ap 11.15-19O triunfo final do Reino de Deus

Lições Bíblicas

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3 - sem afeto natural, irreconciliá-veis, caluniadores, incontinentes,cruéis, sem amor para com osbons,4-traidores, obstinados, orgulho-sos, mais amigos dos deleites doque amigos de Deus,5 - tendo aparência de piedade, masnegando a eficácia dela. Destes afas-ta-te.

PONTO DE CONTATO

Caro professor, nestes três últi-mos trimestres, estudamos impor-tantíssimos temas ligados à Teolo-gia Cristã. O primeiro deles, O Fru-to do Espírito, está vinculado aPneumagiologia (Doutrina do Espí-rito Santo). O segundo, As Parábo-las de Jesus, está relacionado àExegese Bíblica, enquanto o tercei-ro, I e II Tessalonicenses, ao Comen-tário Bíblico. No quarto e últimotrimestre deste ano, estudaremosum tema atualíssimo e inédito emLições Bíblicas. Trata-se de um as-sunto referente à Filosofia e à FéCristã intitulado: "E Agora, ComoViveremos?". Será uma excelenteocasião para crescermos na graçae no conhecimento de nosso SenhorJesus Cristo e compreendermos osgrandes desafios culturais, religio-sos e filosóficos de nosso tempo àluz das Escrituras. Reúna-se com osoutros professores e debata os te-mas coletivamente, a fim de quejuntos possam trocar informações,aprender e chegar a um consensoacerca deste assunto.

Após esta aula, seu aluno deve-rá estar apto a:

Distinguir a Era Moderna daPós-moderna.

Descrever as principais carac-terísticas da pós-modernidade.

Aplicar a moral cristã no coti-diano.

SÍNTESE TEXTUAL

O objetivo principal desta liçãoé enfatizar que as diretrizes bíblicaspara o homem continuam imutá-veis e pertinentes aos dias de hoje,mesmo que o secularismo lute parasufocar a mensagem cristã.

O tema da presente lição divi-de-se em três tópicos: descrição dasprincipais características dos tem-pos pós-modernos; os desafios dasvisões confl i tantes de mundofcosmovisões); e os desafios dasinterpretações, visões e atitudesprovenientes de diferentes culturas(multiculturalismo).

No tópico inicial, são apresenta-das duas características dos tempospós-modernos: a centralização dasociedade no homem (antropocen-trismo) e a ausência de verdades evalores morais absolutos (relativis-mo). No segundo, o modo como osnaturalistas compreendem o mun-do (cosmovisão) é contrastado coma teologia criacionista judaico-cris-tã. Segundo esta teoria bíblica, ohomem e o mundo foram criadospor Deus com um propósito, no en-

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tanto, conforme os naturalistas, ohomem e o mundo são produtos doacaso. Por fim, no terceiro tópico, omulticulturalismo é explicado como intuito de o crente ser desafiadoa expressar sua fé em meio à diver-sidade cultural.

ORIENTAÇÃO DIDATICA

Professor, a fim de que os alunoscompreendam a passagem da Moder-nidade para a Pós-modernidade, su-gerimos um Quadro Antitético a res-peito desses dois períodos. Comovocê já sabe, este recurso procuraapresentar os contrastes entre doiselementos com o objetivo de ressal-tar suas qualidades opostas. Procureadequar a confecção do gráfico abai-xo aos recursos didáticos de que suaigreja dispõe.

Antes de apresentar o gráfico,explique à classe que atualmente ossociólogos e filósofos estão de acor-

do que o nosso mundo, principal-mente o Ocidental, está experimen-tando profundas transformações.Isto significa que assim como omundo passou da Idade Média paraa Idade Moderna, estamos passan-do da Modernidade para a Pós-modernidadc. Assegure aos alunosque por ser este um período de tran-sição entre uma era e outra, muitosfatos ainda não estão claros.

INTRODUÇÃOO texto bíblico da lição desta

semana (2 Tm 3.1-5) tratado modode proceder de pessoas da igrejaque, sob o aparente compromissocom a fé (v.5), fazem dela instru-mento para acobertar seus pecados,usos e práticas reprováveis diantede Deus, na sua conduta pessoal,no seu testemunho, no procedi-mento doméstico, no trato com o

Modernismo1. A verdade é universal e absoluta

2. Propagação do Cristianismo

3. Sociedade industrial

5. Confiança no progresso movidopela tecnologia e indústria

6. Símbolo: A indústria

7. Cultura judaico-cristã

Pós-Modernismo

1. A verdade é local e relativa

2. Crescimento das religiões orientais

3. Sociedade de informações

4. Sucessivas guerras desacredita-ram o sonho da modernidade

5. Reconhecimento de que atecnologia e a indústria estiverama serviço da destruição do homeme da natureza

6. Símbolo: As novas tecnologias

7. Multiculturalismo

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próximo e na sua religião simula-da, como se fosse a verdadeira (Tg1.21-27). Os tais negam a eficáciada piedade, isto é, da santidade devida. Tudo isto, por si só, demons-tra os perigos e a gravidade da épo-ca presente. O fato predito no v.5só pode ocorrer dentro da igreja.

Pela vívida descrição bíblica jáesboçada, a passagem também re-trata sem retoques a infeliz reali-dade dos tempos pós-modernos,que serão o tema das lições destetrimestre. Nunca ocorreu, em todaa história, uma época semelhanteaos dias atuais, onde é nítida a au-sência de valores, a saber, de sen-timento, decoro, vergonha, moral,caráter, respeito e temor de Deus.Tais atributos constituem os verda-deiros alicerces para a vida indivi-dual e em sociedade. Contudo, oque se vê é o menosprezo a quemainda se apega a esses princípiosde vida e conduta estabelecidos porDeus, tidos pelos opositores da féem Cristo como retrógrados, semconteúdo ou sentido algum para apresente geração.

I. CARACTERÍSTICAS DOSTEMPOS PÓS-MODERNOS

Sabemos que a humanidade ex-perimentou diferentes momentos aolongo de sua história, com caracte-rísticas bastante específicas quecontribuíram para distinguir de for-ma clara uma época da outra.

A Era Moderna, por exemplo,teve como marca o avanço do co-nhecimento humano, o adventoda industrialização, a predomi-

nância da luta ideológica, a expan-são da fé cristã ao redor do mun-do, a proliferação das seitas e aaceitação das religiões orientaispelo ocidente.

Já os tempos pós-modernos,nos quais estamos vivendo, são as-sinalados pelo progresso, mas so-bretudo pelos conflitos e contra-dições oriundas da Era Moderna,e possuem, por isso mesmo, carac-terísticas"bastante peculiares. PeloEspírito, Paulo, o homem de Deus,viu esses males da presente era dos"últimos dias" (v.l), que precedema volta do Senhor, e previne os fi-éis. Em todas essas épocas, e mui-to mais na atual, o homem vive ase gabar do seu grande conheci-mento e de seus feitos tecnoló-gicos. Todavia, ele continua aregredir na verdadeira sabedoria,na retidão e moralidade, em vir-tude de uma vida sem Deus e deprogressiva prática do pecado. VerRm 3.9-18; Ef 4.17-31.

1. Uma sociedade centradano homem. Em primeiro lugar, asociedade pós-moderna tem comobase a célebre declaração de que "ohomem é a medida de todas as coi-sas". Isto pressupõe a predominân-cia da filosofia humanista que o co-loca como o centro do Universo emflagrante contraste com o ensinobíblico de que todas as coisas foramcriadas para a glória de Deus {Sí73.25; l Co 10.31; l Pé 4.11).

A expressão que melhor seadapta a esse perfil, na leitura bí-blica em classe, é "amantes de simesmos" (v.2). Tais homens consi-

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deram-se pequenos deuses capazesde impor a própria vontade comose esta fosse completa e suficientepara as realizações humanas. À se-melhança de Satanás {Is 14,12-15),usurpam para si o direito de sobe-rania que pertence exclusivamen-te ao Todo-poderoso.

2. Uma sociedade centradano relativismo. Em segundo lu-gar, prevalece na sociedade pós-mo-derna o relativismo. Sob essa ótica,não há lugar para os valores absolu-tos, isto é, os princípios e ensinosimutáveis da Palavra de Deus, váli-dos para "todas as pessoas, em qual-quer época e em todos os lugares".Estes são qualificados como impró-prios por aqueles que vivem ao sa-bor de suas concupiscências e sãoprisioneiros do contexto e das con-venções sociais do momento, pois"tolhem" a liberdade de tais pesso-as (Rm 1.18-32).

Não havendo, segundo a visãohumanista pós-moderna, um pa-drão normativo universal, abre-seum precedente para a desordemmoral e social tão em voga nomundo contemporâneo. Cada umfaz o que melhor lhe parece, ao fi-xar suas próprias normas de con-duta.

Afinal, como apregoam os quevivem na zona cinzenta, onde o cer-ro e o errado se confundem, ondetudo é relativo (Gn 19.1-11; Jz 2.11;3.7; 4.1; 10.6), não há nenhuma leisuperior que lhes diga o que fazer.O que lhes importa é priori/ar ohedonismo. O prazer e a alegria dostais são ilusórios e pecaminosos,

porquanto não provêm de Deus (v.4da leitura bíblica em classe).

II. O DESAFIO DASCOSMOVISÕES DAHUMANIDADE

O quadro caótico tão bem des-crito pelo apóstolo Paulo na leitu-ra bíblica em classe retrata o com-portamento da sociedade nos últi-mos dias. É o resultado da formacomo as pessoas vêem o mundo. Aisso chamamos cosmovisão. Em li-nhas gerais, a cosmovisão de cadaindivíduo se constrói a partir desua herança cultural, religiosa e so-cial. Se tal pessoa conhece a Deus,teme a Ele e vive para Ele, é tudomuito diferente. O legado recebi-do pelo homem desde a sua infân-cia influencia o modo como ele serelacionará com o mundo (Pv.22.6). Há duas grandes cosmo-visões em conflito.

1. A cosmovisão naturalis-ta. Esta primeira forma de o serhumano considerar o universo éhumanista, antibíblica e anticristã.Ela exclui Deus como o Criador detodas as coisas e acredita que o Uni-verso e o homem são produto doacaso. Seus seguidores são avessosao conceito da soberania divina etratam a existência da humanida-de como decorrente da evoluçãodas espécies, o que significa igua-lar a espécie humana a qualqueroutra. Assim, a criação do homempara os tais não provém de Deus,mas de fenómenos aleatórios. Issoé fruto da ignorância e do embrute-cimento do homem como resulta-

LiçÕes Bíblicas

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do do seu afastamento e abandonode Deus. É a lei da sementeira ecolheita (Gl 6.7-9).

2. A cosmovisão judaico-cristã. Os pontos principais dacosmovisão judaico-cristã proce-dem das Sagradas Escrituras: Deusé o Criador de todas as coisas (Gn1.1), há um propósito soberano emtoda a obra criada (Cl 1.13-17; Pv16.14; Is 43.7; Rm 11.36) e leismorais como padrão de condutapara todo o ser humano (Êx 13.9;Mt 5, 6 e 7).

Por ser fruto da revelação bíbli-ca, esta cosmovisão é questionadapor aqueles que excluem Deus dahistória. "Se o mundo existe inde-pendente de um Criador - afirmam- nenhuma reivindicação de plane-jamento e propósito para o Univer-so e o homem faz sentido". Contu-do, a cosmovisão judaico-cristã é aúnica que explica com lógica per-feita a criação de todas as coisas eretrata na exata perspectiva a exis-tência humana (Jó 12.9,10; At17.24-26).

Por que, então, os homens pre-ferem o tortuoso caminho dacosmovisão naturalista, ímpia, in-crédula e herética para explicar omundo? Porque o "deus deste sé-culo" cegou-lhes a mente a fim deque não compreendam a verdadeda revelação divina (2 Co 4.4).Não é de estranhar, portanto, quea humanidade esteja como está,na podridão moral, pois são pes-soas com essa visão do mundo (acosmovisão naturalista) que ocu-pam lugares estratégicos na for-

mulação do pensamento nortea-dor da vida em sociedade (l Jo5.19).

III. O DESAFIO DOMULTICULTURAL1SMO

1. A essência do multicul-turalismo. Um outro desafio parao autêntico cristão da atualidade éo do multiculturaíismo, que é, emessência, a assimilação mútua demodelos culturais diversos entre ospovos em virtude do fenómenomundial da globalização.

Saiba-se que por trás do multi-culturaíismo está camuflado o pa-ganismo ímpio e hostil a Deus, anegação dos valores divinos e a te-oria maldita e sutil da verdade re-lativa. O multiculturaíismo deixaclaro que não há nenhuma verda-de universal. As verdades são par-ticulares e relativas e cada povotem a sua forma de acatá-las eexpressá-las, contradizendo, assim,abertamente a verdade de Deus(Rm 1.24,25).

2. A fé cristã e o multicul-turaíismo. Surge, então, a grandepergunta: como expressar a fé bí-blica e cristã em meio ao generali-zado multiculturaíismo pós-moder-no? Embora o quadro que acabamosde pintar mostre uma realidade re-pulsiva e reprovável, Deus nos cha-mou para viver a fé cristã nesta épo-ca da história. Precisamos discernirem cada cultura aquilo que é "bí-blico, extrabíblico e antibíblico", eequiparmo-nos com os necessáriose devidos meios e instrumentos paraa proclamação da verdade divina

Lições Bíblicas

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sob a unção do Espírito Santo quenos capacita para isso.

CONCLUSÃO

Os desafios do pós-modernis-mo estão aí em resumo. Nas pró-ximas lições, veremos os seus des-dobramentos a fim de que nossamensagem seja per t inente aomundo contemporâneo. Que ocrente não se contamine no seumúltiplo convívio entre os seus se-melhantes, nem venha a negar aeficácia de nossa santíssima fé(v.5; Jd v.20).

Subsídio HistóricoA expressão "pós-modernidade"

tornou-se jargão entre pregadores eprofessores que na maioria das ve-zes ignoram o sentido filosófico dotermo. Alguns teóricos falam em pós-modernidade para se referirem à cri-se do capitalismo e do socialismo en-tre o fim da 2a Guerra Mundial(1939-1945) e o início da década de50. Contudo, o termo é usado a fimde identificar a fase posterior ao mo-dernismo. Atualmente, a Pós-moder-nidade é entendida em duas pers-pectivas: como anti-modernidade ecomo sobre-modernidade. A pós-modernidade como anti-moderni-dade é um movimento de dcsconti-nuidade — uma ruptura completacom todos os postulados da Era Mo-derna; considerando os pressupos-tos e teses desta como mitos e pro-fetizando sua descentralização e ru-

ína. A pós-modernidade como sobre-modernidade, entretanto, consideraos aspectos positivos da moderni-dade, suas conquistas e projetos.Contudo, procura corrigir seus ex-cessos fazendo uma crítica aos mi-tos da modernidade, isto é, do pro-gresso, do avanço tecnológico e ci-entífico como necessários a uma exis-tência mais feliz na terra. Enquantoa anti-modernidadc procura a com-pleta ruptura com a modernidade,a sobre-modernidade procuraredirecioná-la.

O modernismo, como atualmen-te entendido, rompeu com a IdadeMédia e se opôs à estética tradicio-nal e à metafísica clássica. O pós-modernismo, por outro lado, éecletico, pluralista e mistura tendên-cias opostas.

O conflito da pós-modernidade,portanto, não afeta apenas a socie-dade secularizada, influenciadapelo humanismo anticristão. Comocrise de nossa contemporaneidade,afeta na rai/ a consciência religio-sa e teologal da cristandade. Maisque um desafio, a Era Pós-moder-na é um movimento de desconti-nuidade da modernidade que nãopode ser ignorado, mas compreen-dido e avaliado segundo a óticacristocêntrica." (BENTHO, EsdrasCosta. Humanismo pós-moderno:um desafio à educação Cristã.Ensinador Cristão. Ano 6 - n° 23,p.49-50.)

Leia maisRevista Ensinador Cristão

\, n" 24, pág. 36.

Lições Bíblicas

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C o s m o v i s ã o : Con jun to deconceitos, crenças e valores de queuma pessoa se utiliza para compre-ender e formar sua opinião parti-cular a respeito de si, dos outros, edo mundo.

Hedonismo: Teoria que con-sidera o prazer individual e imedi-ato como princípio e fim da vidamoral.

M u l t i c u l t u r a l i s m o : Teoriaque admite e ensina o reconheci-mento da diversidade cultural e o

respeito pelas crenças, valores e ati-tudes dos outros.

Relativismo: Teoria que negaa existência de verdades universaisabsolutas, seja na área do conheci-mento, da moral ou da religião.

Relat ivo: (,Hie não é absoluto;sujeito a discussões; inacabado.

: 1 t- ifí 1 h > 1 l

S COUTO, Geremias do. Fé Cristã ePós-modernidade. CPAD, 2005.,/ PALMER, Michael D. (ed.) Pano-rama do pensamento cristão. CPAD,2001.

QUESTIONÁRIO

1. Mencione algumas características dos tempos pós-modernos.R. Uma sociedade centrada no homem e no relativismo.

2. O que é cosmovisão naturalista?R. É uma forma humanista, antibiblica e anticristã do ser humano

considerar o universo.

3. Cite os principais pontos cia cosmovisão judaico-cristã.R. Deus c o Criador de todas as coisas; há um propósito soberano

em toda a obra criada e leis morais como padrão de conduta paratodo o ser humano.

4. O que é o multiculturalismo?R. A assimilação mútua de modelos culturais diversos entre os

povos em virtude do fenómeno mundial da globalização.

5. Como expressar nossa fé bíblica e cristã na atualidade<'R. Precisamos discernir em cada cultura aquilo que é "bíblico,

extrabíblico e antibíblico", c equiparmo-nos com os necessáriosmeios para a proclamação da Verdade.

10 Lições Bíblicas

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Lição 2O MUNDO SEM DEUSVAI DE MAL A PIOR

9 de outubro de 2OO5

"A quem tenho eu no céu senãoa ti? E na terra não há quem eu

deseje além de ti" ,(SI 73.25). X^

y O crente, como sal da terra e luzdo mundo, deve demonstrar à so-ciedade pós-moderna, através deseu testemunho, a maravilhosatransformação efetuada por Cristoem sua vida.

HINOS SUGERIDOSCD Harpa Cristã 131

(vol.3 - f.10), 260 e 400.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

SALMO 53.1-4

1 - Disse o néscio no seu coração:Não há Deus. Têm-se corrompido etêm cometido abominável iniqui-dade; não há ninguém que faça obem.

2 - Deus olhou desde os céus para osfilhos dos homens, para ver se havia

Segunda - SI 73Deus c justo para com o homem

Terça - Io 3.16Deus se interessa pelo homem

Quarta - Io 31.1-4 xDeus acompanha os passosdo homem

Quinta - 2 Sm 22.1-51Deus fortalece o homem quenEle confia

Sexta - Mt 1.18-21 ^Deus se identifica com o homem

Sábado - Lc 15.1-32Deus está em busca do homem

Lições Bíblicas 11

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algum que tivesse entendimento ebuscasse a Deus.

3 - Desviaram-se todos e juntamen-te se fizeram imundos; não há quemfaça o bem, não há sequer um.4 -Acaso não têm conhecimento es-tes obreiros da iniquidade, os quaiscomem o meu povo como se comes-sem pão? Eles não invocam a Deus.

ONTO DE CONTATQ

Professor, como foi a primeiraaula? Como os alunos reagiram aonovo tema? Estranharam os termostécnicos? Como você sabe, a lingua-gem específica de uma disciplina éum dos maiores desafios paracompreendê-la. Entretanto, vocêpode elaborar com a classe um"glossário humorado". Sugira idei-as e ilustrações alegres que exem-plif iquem o sentido dos termosrelativismo, cosmovisão, multicultu-ralismo etc. Embora esta não sejauma atividadc fácil, envolve umacompreensão adequada do sentidodos termos (abstração), a reformu-lação dos conceitos (reelaboracão)e a materialização do resultado(concretização). Considere, porexemplo, a caricatura de um homemno centro do globo para exempli-ficar o "antropocentrismo" ou umabalança com dois pêndulos parailustrar o relativismo. ('S\s esta aula, seu aluno deve-

rá estar apto a:

Enunciar as raízes do pensa-mento pós-moderno.

Resumir os conceitos moraise religiosos da pós-modernidade.

Contras tar o estilo de vidapós-moderno com a Bíblia.

SÍNTESE TEXTUAL

Esta lição apresenta o materia-lismo, a incredulidade e a rebel-dia humana como sendo as raízesdo pós-modernismo. O pensamen-to predominante na pós-moderni-dade é outro tópico abordado.Constitui-se principalmente em ne-gar a Deus, suas leis absolutas e aexistência dos conceitos de certoe errado, afinal tudo é uma ques-tão de perspectiva, e em valorizaro paganismo.

Outro aspecto analisado na li-ção é o estilo de vida pós-moder-no. Por "estilo" entende-se a manei-ra ou modo de se tratar, compor-tar c ser de uma pessoa ou gera-ção. A pós-modernidade, diferentede outras eras, não possui um esti-lo uniforme e coerente seja na filo-sofia, na moral, na religião, na arteou na arquitetura. Ao contrário, éplural, compraz-se na diversidadee multiplicidade. Une o antigo aonovo, o racional ao sobrenatural,o cientismo às religiões animistase assim sucessivamente.

Além disso, as duas caracterís-ticas marcantes do estilo de vidapós-moderno são o egocentrismo(amantes de si mesmo) c o hedonis-mo (come, bebe e folga). Essas duasparticularidades sempre existiram

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nas épocas anteriores, no entanto,agora são conceituadas e evidenci-adas de maneiras distintas.

ORIENTAÇÃO DIDATICA

Professor, usaremos mais umavez o Quadro Antitético como re-curso didático para esta lição. En-tretanto, em vez de contrastar ape-nas a modernidade com a pós-modernidade, incluiremos a IdadeMédia. O objetivo principal é apre-sentar as características ou estilospeculiares de cada época, a fim deque haja uma compreensão ade-quada do tema abordado. Repro-duza o gráfico abaixo conforme osrecursos de que você dispõe. Sepossível, selecione imagens em li-vros de história, internet, revistasou jornais que ilustrem alguns ele-mentos específicos de cada época.Depois, faça a comparação dianteda classe.

INTRODUÇÃONa lição anterior, estudamos so-

bre os principais desafios dos tem-pos pós-modernos no tocante àsSantas Escrituras, a fé em Cristo e avida cristã. Vimos que a cosmovisãohumana à parte de Deus determinao modo como o povo em geral vê omundo. Partindo dessa visão geraldeformada e deturpada, o homemestrutura suas crenças e formula suaconduta de vida, deixando Deusfora do seu contexto, como se Elenão existisse.

Nesta lição, enfocamos principal-mente o pós-modernismo como umafilosofia e um estilo de vida. Sua ên-fase principal, repita-se, é a exclu-são de Deus da história, expressadapelo salmista na leitura bíblica emclasse. Como vemos nesse salmo eem numerosos outros passos bíbli-cos, os adeptos da antibíblica cosmo-

WiTU.OS l O A D í í M K O Í A Mon:.:<\SÉCULOSArquiiel í i ra

* Rtcionalàmo* Individualismo* Humanismo

Descobertas ei revoluções científicas

XX-XXI• Estrutura de aço e vidro• Ressalta a cngenho.s idade humana cm vez

do espírito rcliiiioso

• Descentralização da Religião• Diversidade Religiosa• Declínio do Fundamcnlulismo

• Pós-modernismo• Existencialismo

• Substituição do trabalho humano pelaautomatização

Era dos direitos: das crianças e dosadolescentes; dos idosos; das minorias étnicas.

Desconfiança da razão e da ciência

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visão naturalista, embora se decla-rem sábios, são de mente entene-brecida. Ver cuidadosamente: Pv 3.7;9.10; 14.15; Is 5.21; 47.10; Jr 4.22;Rm 1.22; l Co 3.19,20; Mt 11.25.

I. AS RAÍZES DO PÓS-MODER-NISMO

A Bíblia declara em Ec 1.9 quenada há de novo debaixo do sol. Oque aparece de novidade são rou-pagens da realidade que se repetedesde que Satanás introduziu o pe-cado no mundo. A iniquidade é tãoantiga quanto a existência do ho-mem. Mudam os atores, mas o en-redo é o mesmo, apenas com algunstoques sutis de "modernidade".

1. As raízes ancestrais. As-sim, o pós-modernismo tem suasraízes no Éden, quando o homemrebelou-se contra Deus a fim de fa-zer a sua própria vontade. As mar-cas da incredulidade e do materia-lismo aparecem nos primeiros even-tos da história humana, como, porexemplo, na rivalidade de Caim con-tra Abel (Gn 4.1-16), bem como nostempos de Ninrode, com a constru-ção da torre de Babel {Gn 11.1-6).

Estão presentes também na su-cessão dos grandes impérios mun-diais vistos por Nabucodonosorcomo uma grande e esplendorosaestátua em seu sonho (Dn 2.31-45);entretanto, são mostrados por Deus,na visão de Daniel (Dn 7.1-14),como grandes e terríveis monstrospor representarem toda a oposiçãohumana contra os desígnios doAltíssimo. As evidências da rebeldiahumana contra Deus, da infância à

velhice, de modo velado ou osten-sivo, estão por toda a parte desdeos primórdios da criação.

2. As raízes modernas. Naatualidade, as raízes do pensamen-to pós-moderno vêm da denomina-da Era Moderna. Com o avanço doconhecimento humano à parte deDeus, avolumou-se a visão materi-alista, profana e incrédula da vidacom todas as nuances que prevale-cem no mundo atual. Em resumo, l yé o homem querendo assentar-seno trono em lugar de Deus. Até S\o no terreno teológico e ecle- /

siástico, como veremos na lição de .número seis, o pós-modernismo en- 'contra guarida.

Enquanto houve na Era Moder-na, no âmbito secular, aqueles quepre/avam os fundamentos justos,correios, legítimos, inabaláveis e deinspiração bíblica da cosmovisão ju-daico-cristã como norma de vida,inclusive alguns famosos cientistas eoutros tantos intelectuais; outros pro-curavam rechaçar esses alicerces cris-tãos em nome de uma falsa razão quenão admitia lugar para a fé em Deussegundo as Escrituras. Na mente detais indivíduos, o espírito satânico desoberba, presunção, engano e rebel-dia tem um campo para atuar (Is14.12-15), resultando no quadro quehoje aí está na sociedade em geral,sem Deus, sem salvação.

H. A FILOSOFIA PREDOMINAN- '-/TE NO PÓS-MODERNISMO

Qual é a falsa filosofia predomi-nante do pós-modernismo? Quaisos conceitos, bem como as conse-

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qúências desse vírus maldito nasociedade? Que tipo de religiosida-de caracteriza a época presente?Quais são os fundamentos?

(\). Uma f i losofia que negaDeus e suas leis absolutas. Aessência do pensamento pós-mo-dernista é a negação de Deus e deseus desígnios fv . l ) . Embora al-guns homens da ciência admitamque, dada a precisão com que fun-ciona o Universo, seja impossívelnegar a existência de urna mentesuperior, os teóricos da astutacosmovisão naturalista insistemem continuar afirmando: "não háDeus". Eles não cessam de decla-rar que o homem por si mesmoestá sempre melhorando, progre-dindo.

1 Só há uma explicação para la-manha insensatez: a negação daexistência de Deus é uma forma deescapismo para aqueles que rejei-tam as leis morais divinas comoreferenciais para a vida e pensamestar livres da prestação de con-tas de seus atos, naquele Dia, di-ante do Grande Tribunal do sobe-rano Deus. É uma tentativa de ali-viar suas consciências perturba-das. Preferem o estado da imundí-cia a terem de honrar o Criador(vy.23).

2;7Uma filosofia que negaos concei tos de "cer to" e"errado". A consequência dissoé a privação do discernimento doque é certo e do que é errado. Aexatidão desses conceitos deve tercomo ponto de partida, não pri-meiramente a inteligência, o raci-

ocínio e o julgamento humanos,mas o conteúdo das Sagradas Es-crituras, quando corretamentecompreendidas e interpretadas.Não é o que cada um entendecomo certo ou errado para si mes-mo, ou seja, o que é errado paraum pode ser certo para outro evice-versa. No movimento filosó-fico do pós-modernismo, o concei-to de "certo" e "errado" é umaquestão de escolha pessoal. Nãocusta repetirmos: ignoram os ab-solutos morais de Deus como re-ferência para a vida.

Assim, a ideia de família dessestais alienados de Deus não é o mes-mo das Escrituras. O conceito deunião conjugal viola os rjadrões bíblicos, que a delimitam como algorestrito ao homem e à sua mulher.A noção de respeito à vida excluias pessoas gravemente doentes,bem como os nascituros. E o corpohumano é t ra tado meramentecomo uma questão técnica. Tudo éreduzido pura e simplesmente averdades relativas.. (T) Uma f i losof ia que va-loriza o paganismo. O pós-mo-dernismo tem um tipo de religio-sidade adequado às suas crenças.É o velho paganismo transvestidode nova roupagem para enganare dar a ideia de algo novo, umavez que o povo em geral andasempre em busca de novidades,da mesma forma que os gregosincrédulos citados em At 17.21.Na tentativa de apaziguar o serhumano em sua necessidade espi-ritual, o panteão pós-modernista

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tem espaço para deuses de todosos tipos, preponderando, hoje, aadoração do que se denominouequivocadamente de "mãe nature-za"; atividade comum ao movi-mento religioso-filosófico NovaEr.fi, que éjicultista,

A palavra de ordem para essetipo de convivência é a chamada to-lerância religiosa. Só que essa ex-pressão, ao invés de ser usada parareferir-se apenas ao livre-arbítriode cada um em questões de fé, éempregada, de forma unilateral eequivocada, contra os crentes emCristo a fim de negar-lhes o direitode propagarem as suas convicções(At 16.16-40).

III. O PÓS-MODERNISMOCOMO UM ESTILO DE VIDA

Por último, no enganado e tam-bém enganoso pós-modernismo, aforma de pensar determina o esti-lo de vida de cada pessoa. Assim,o pós-modernismo não é só umafilosofia. Ele impõe também umamaneira de viver compatível comos seus maléficos princípios filo-sóficos,

(Y) Um estilo egocêntrico.Trata-se, sobretudo, de uma formaque privilegia o egocentrismo. É evi-dente, à luz da Bíblia, que todo serhumano tem inerente em si a suaindividualidade. Entretanto, esta nãoexclui ninguém da vida em comuni-dade, dos justos e benéficos interes-ses coletivos, nem da certeza de queum dia cada um há de prestar con-tas a Deus de todos os seus atos (lCo 10.24; Fp 2.4; Rm 14.12).

Portanto, há enorme diferençaentre a individualidade em si mes-ma e o estilo egocêntrico que se pro-paga qual epidemia na sociedadepós-moderna. Nela o homem é o cen-tro, o fim de tudo, o topo de todasas coisas. O "eu" ocupa todo espaçoem todos os lugares.

2. Um est i lo hedonis ta .Como um abismo conduz a outroabismo, o egocentrismo leva aohedonismo, que é "uma doutrinafilosófica, segundo a qual, o prazerindividual e imediato é o supremobem da vida humana". O melhorsímbolo para o hedonismo pós-modernista é o consumismo, queenvolve quatro atitudes básicascomo finalidade última da vida: ter,comer, beber e folgar. ^_

O divino Mestre não só no Ser-mão da Montanha, mas tambémquando proferiu a parábola do ricoinsensato (Lc 12.13-21), expressouo comportamento desta sociedadematerialista que estamos abordan-do. Veja que o Senhor esclarece,de início, que a vida do ser huma-no não consiste na abundância deseus bens, para, em seguida, apre-sentar o personagem que é o re-trato do hedonismo, em cujas ati-tudes aparecem os elementos hápouco descritos: ter, comer, bebere folgar.

CONCLUSÃOCabe reiterar que tudo isso de-

corre da ausência de algo bastantesimples, mas ao mesmo tempo ab-solutamente essencial na vida dohomem: a sua fé em Deus e a certe-

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za de que Ele é o seu bem maior,que o criou com propósitos clara-mente definidos, entre eles o deadorá-10 e servi-10 como o Criadore Sustentador do Universo.

Subsídio Teológico"Cristianismo em um mun-

do Pós-ModernoA cultura de hoje não é só pós-

cristã, mas está também se tornan-do rapidamente pós-moderna, oque significa que é resistente nãosomente às reivindicações das ver-dades cristãs, mas a qualquer rei-vindicação da verdade. O pós-mo-dernismo rejeita qualquer noção deverdade universal, abrange e reduztodas as ideias a construções soci-ais formadas por classe, género eetnia [...].

A filosofia do existencialismo,um precursor do pós-modernismo,varreu as universidades, procla-mando que a vida é absurda, semsignificado, e que cada indivíduodeve criar o seu próprio sentidopor meio das próprias escolhas. A'escolha' foi elevada à posição devalor último como a única justifi-cativa para qualquer acão. A Amé-rica se tornou o que um teólogoapropriadamente descreveu comoa 'república imperial do ego autó-nomo'.

Um pequeno passo foi a distân-cia do existencialismo para o pós-modernismo, no qual até o ego édissolvido na interação das forçasde raça, classe e género. O mul t i -

culturalismo não é a apreciaçãodas culturas folclóricas; é a disso-lução do individual dentro do gru-po t r i b a l . No pós-modernismo,não há objetivo ou verdade uni-versal. Há somente a perspectivado grupo, não importa qual seja:afro-americanos, mulheres , ho-mossexuais; hispânicos, e a listaprossegue. No pós-modernismo,todos os pontos de vista, todos osestilos de vida, todas as crenças etodos os comportamentos são con-siderados igualmente válidos. Ins-tituições de ensino superior abra-çaram essa filosofia tão agressiva-mente que têm adotado códigosno campus preferindo o politica-mente correto. A tolerância tem setornado tão importante que ne-nhuma intolerância é tolerada."(COLSON, Charles & PEARCEY,Nancy. E agora, como viveremos?RJ: CPAD, 2000, p. 41-2.)

Leia maisRevista Ensinador Cristão

\, n" 24, pág. 37.

Egocentr ismo: Exclusivismoque faz o indivíduo referir tudo a sipróprio; egoísmo; amor excessivo aobem próprio, sem consideração aosinteresses alheios.

Epidemia: Doença que atacaao mesmo tempo muitas pessoas;uso generalizado.

Nova Era: Movimento filosó-fico, religioso, místico e panteísta

Lições Bíblicas 17

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que propõe uma ligação direta doser humano com o seu deus interi-or, usando o autoconhecimento cdispensando a religião enquantoinstituição organi/ada.

Panteão: Templo dedicado avários deuses; politeísmo.

Tolerância Rel ig iosa: É oato de respeitar confissões de fé

distintas sem impl icar em qual-quer discriminação, rejeição cproselitismo.

L :< i i- t- > i

s COLSON, Charles & PEARCEY,Nancy. E agora, como viveremos?CPAD, 2000.

QUESTIONÁRIO1. iguais as raízes modernas do pós-modernismo?R. O avanço do conhecimento humano à parte de Deus; o cresci-

mento da visão materialista, profana e incrédula da vida comtodas as nuances que prevalecem no mundo atual.

2. Qual é a essência do pensamento pós-modernista?R. A negação de Deus e de seus desígnios.

3. O que é o conceito de "certo" e "errado" para o movimentofilosófico do pós-modernismo?

R. Não existe certo ou errado. Tudo é uma questão de escolhapessoal.

4. Qual é o estilo de vida da pós-modernidade?R. Egocêntrico e hedonista.

5. Defina egocentrismo e hedonismo.

R. Egocentrismo é o homem como o centro, o fim e o topo de todasas coisas. É o que a Bíblia chama de "amantes de si mesmos".Hedonismo é uma doutrina filosófica, segundo a qual, o prazerindividual e imediato é o supremo bem da vida humana. Oconsumismo hoje é o maior exemplo disso.

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Lição 3A ATUAÇÃO MALIGNA

NO MOVIMENTO POS-MODERNO16 de outubro de 2OO5

TEXTO ÁUREO

"E o mundo passa, c a sua concu-piscência; mas aquele que faz a

vontade de Deus permanece parasempre"(l Jo 2.1 7).

Para termos uma fé invicta peran-te o mundo, precisamos não somen-te ter plena convicção no que cre-mos, mas também demonstrar quenão pertencemos ao mundo, e quesomos cidadãos cio Reino de Deus.

HINOS SUGERIDOSCD Harpa Cristã 581

(vol.l - f.6), 212 (vol.5 - f.8) e 477.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

l IOÃO 2.15-17; B.19

l João 2

15 - Não ameis o mundo, nem o queno mundo há. Se alguém ama omundo, o amor do Pai não está nele.

16- Porque tudo o que há no mun-do, a concupiscência da carne, a

Segunda - Mt 5.13-16O mundo e o papel do crente

Terça - Bui 12.9-21O mundo e os efeitosda presença do crente

Quarta - Io 17.14-24O mundo e a segurançado crente

Quinta - Mt 5.37O mundo e a palavra do crente

Sexta - Tg 2.14-26O mundo e a fé do crente

Sábado - Gl 1.3,4O mundo e o livramentodo crente

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concupiscência dos olhos e a sober-ba da vida, não é do Pai, mas domundo.

17- E o mundo passa, e a sua con-cupiscência; mas aquele que faz avontade de Deus permanece parasempre.l João 519- Sabemos que somos de Deuse que todo o mundo está no ma-ligno.

ONTO DE CONTATO

Professor, como você já sabe,a aprendizagem é um processocontínuo que depende do nívelcognitivo do aluno. Isto significaque determinado conceito outema precisa ser apresentado aonível da capacidade do alunopara apreender. Este processoenvolve vários conhecimentospor parte do professor: psicolo-gia da educação, ensino-aprendi-zagem, didática, comunicação e opróprio tema. Assuntos como oque estamos tratando, que envol-vem filosofia, linguística, críticaà modernidade e teologia, possu-em certo grau de dificuldade, porisso, o professor eficiente procu-rará adequar a lição ao nívelcognitivo do aluno. Portanto, to-das as decisões didáticas — sele-ção de conteúdo, organização deatividades de aprendizagem eprocedimentos de avaliação -devem considerar a capacidadede cada aluno para assimilar oconteúdo.

Após esta aula, seu aluno deve-rá estar apto a:

Enunciar o modo de atuaçãodo sistema mundano no meio polí-tico.

Reconhecer as sutilezas con-tidas no discurso da tolerância re-ligiosa.

R e s i s t i r à acão do sistemamundano contemporâneo.

SÍNTESE TEXTUAL

Segundo as Sagradas Escrituras,todo o sistema mundano está nomaligno (l Jo 5.19) e o deus desteséculo, o Diabo, cegou o entendi-mento dos incrédulos para que nãolhes resplandeça a luz do evange-lho (2 Co 4.4). Entretanto, as estra-tégias malignas têm se modificadode tempos em tempos e, especifi-camente no período pós-moderno,estão atreladas aos sistemas políti-cos, sociais, filosóficos e linguís-ticos.

A a tuação maligna na pós-modernidade diferencia-se da for-ma violenta como os cristãos do pe-ríodo greco-romano foram persegui-dos ou da atroz inquisição. As es-tratégias estão mais sutis, difíceis deserem detectadas e não pretendemaniquilar o cristianismo, mas impe-dir o seu avanço, atenuar a sua men-sagem e enfraquecer a identidadecristã.

A mentira está disfarçada deverdade; a verdade está constante-

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mente sob suspeita. Os valores mo-rais bíblicos estão perdendo espa-ço para uma nova moral idadehedonista e egocêntrica. Contudo,não se trata de mera ação humana,mas de nova roupagem para velhospecados sob a batuta da Antiga Ser-pente.

ORIENTAÇÃO DIDATICA

Professor, nesta lição, use umQuadro de Relações Múltiplas paraexplicar a lição à classe. Este recur-so possibilita ao aluno compreen-der um conceito por meio de vári-os exemplos. A lição trata de diver-sos sistemas mundanos, porém,como estes se manifestam na polí-tica, religião, mídia (TV), ciência,filosofia e ética? O gráfico abaixoexemplifica algumas dessas mani-festações. Reproduza-o conformeos meios de que você dispõe.Incremente a exposição do recursousando ilustrações, reportagens,pesquisas, exemplos extraídos damídia eletrônica etc.

INTRODUÇÃO

As duas primeiras lições visaramesclarecer as linhas gerais do pensa-mento e dos ensinos da presente so-ciedade pós-moderna e de suas funes-tas consequências para o cristão quevenha adotar tal modo de pensar eagir. Como seguidores de Cristo, sa-bemos que, por trás dos ensinos filo-sóficos pós-modernos, existe uma atu-ação maligna de abrangência mundi-al. O Diabo opera no mundo, desde oprincípio, e faz das pessoas que o se-guem (l Jo 5.19) instrumentos deoposição aos propósitos de Deus. É oque estudaremos nesta lição.

I. O SISTEMA MUNDANONO MEIO POLÍTICO

1. O papel dos formadoresde opinião. Uma das estratégias doinimigo é usar pessoas como forma-doras de opinião. São pessoas que ocu-pam posições de influência, e que dis-seminam, com ares de verdade, tudo

MUNDANISMONa Política

Na Ciência

Na Filosofia

Na Ética

MANIFESTAÇÕES

Sincretismo; PluralismoReligioso; Angelolatria.

Ridicularizacão da Fé Cristã;Adultérios; Homossexualidade;A Estética acima da essência.

Materialismo; Evolucionismo.

existencialismo; Humanismo;Pós-modernismo.

Relativisnio; Pluralismo Sexual;Hedonismo.

REFERÊNCIASDn 3.10-12; 6.1-9; Et 3-6.

Jz 2.11-14; l Rs 11.6-9; Cl 2.18.

2 Tm 3.2-8; l Tm 4.7,8; l Pé 3.l-6.

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quanto interessa ao sistema munda-no e assim motivam, convencem epersuadem os seus ouvintes e leito-res. No próprio Éden, foi a seipente ocanal que o Diabo utilizou para ino-cular no coração do homem o vene-no do humanismo (Gn 3.1-7). A for-ma da linguagem satânica foi bem tra-balhada para tentar desacreditar aordem de Deus ao primeiro casal.

2. A influência dos que de-têm o poder. Os formadores deopinião não agem sozinhos. Eles con-tam com a parceria de muitos parti-cipantes do mesmo sistema, dotadosde condições para implementar aspropostas das ideias ímpias que di-fundem. Por trás da torre de Babel,estava Ninrode (Gn 10.8-11; 11.1-6).Desenvolvendo o paganismo babiló-nico estava Nabucodonosor (Dn 3.1-27). Incitando o ódio ao povo judai-co estava Hitler.

3. Sutilezas nas mudançasda legislação. Essas ideias iní-quas, por sua vez, precisam encon-trar, em muitos casos, respaldo nalegislação vigente a fim de aparen-tar legalidade; ainda que sejam mo-ralmente indefensáveis. Não foi as-sim com Sadraque, Mesaque eAbede-Nego, os quais foram lança-dos na fornalha de fogo ardente pornão se submeterem ao edito do rei(Dn 3.10-12)? A mesma situação nãoexperimentou Daniel quando osseus opositores, por inveja, força-ram o rei Dario a assinar um decre-to com o objetivo de atingir o pro-feta em sua adoração a Deus (Dn6.1-9)? Foi também o caso da tramaorquestrada para destruir o povo de

Israel na época do rei Assuero me-diante um perverso decreto forja-do pelo mau Hamã (Et 3.8-15).

Assim funciona o sistema mun-dano em consideração. Ele contacom ideólogos para tornar palatáveissuas teses, atrai muitos dos que de-têm o poder a fim de implementá-las e reúne emissários com o intuitode infiltrar nas malhas da legislaçãoo respaldo jurídico às práticas repro-váveis daí decorrentes.

II. O SISTEMA MUNDANONO MEIO RELIGIOSO1. A sutileza da tolerância

religiosa. Afirmar, por outro lado,que o sistema mundano opera ape-nas no meio político seria uma visãorestrita do assunto, pois ele atua tam-bém no ambiente religioso, como vi-mos na lição anterior. Há uma razãopara isso: tentar preencher a neces-sidade espiritual inerente ao homema fim de ganhar a sua simpatia, e,assim, demonstrar uma filosofia pós-modernista com sabor religioso.

O mundo denominado pós-mo-derno se caracteriza, portanto, poruma religião sincretista sob o ve-lho e surrado argumento de que"todos os caminhos levam a Deus".O pior é que o meio evangélico vemsendo contaminado por uma espé-cie de sincretismo. Este é manifes-to através de linguagem mântricae uso de objetos, aos quais são atri-buídos significados espirituais.Estamos no mundo, como disse Je-sus em sua oração sacerdotal, po-rém não somos dele; não podemosamá-lo, nem deixar que seus prin-

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cípios religiosos deturpados pau-tem a nossa fé (v.15).

2. A premissa do Estadolaico. Aqui o assunto é mais com-plexo. As constituições da maioriados países ocidentais asseguram aseparação entre a Religião e o Es-tado. Isto fica implícito na declara-ção de Jesus: "Daí, pois, a César oque é de César e a Deus, o que é deDeus" (Mt 22.21). Igreja e Estadotrilham caminhos distintos e inde-pendentes, sem qualquer interfe-rência institucional mútua.

O mal está no fato de se usar esteprincípio quando pretendem calar avoz da Igreja. Enquanto certas auto-ridades não se constrangem em ex-por publicamente a fé religiosa queprofessam (ou não professam}, evan-gélicos que ousam, em seus cargospúblicos, manifestar a sua f é e o seucompromisso com os princípios eensinos do evangelho de Cristo logosão afrontados, acusados e denun-ciados sob a tese do Estado laico.

Ora, o Estado não é um ser queanda com as próprias pernas, aocontrário, depende dos que o gover-nam. Ademais, os princípios de vidarespaldados pelas Escrituras estãoacima de qualquer laicidade; sãouniversais. Todavia, quanto mais oEstado for materialista, melhor paraa expansão da filosofia pós-moder-nista. É por aí que o mundo cami-nha (v.16). Sob a premissa do Esta-do laico, o sistema mundano ampliaas suas esferas de atuação, buscan-do sufocar qualquer iniciativa depôr Deus como o princípio, o meioe o fim de todas as coisas.

III. O SISTEMA MUNDANONOS MEIOS DECOMUNICAÇÃO

1. A aniquilação dos valo-res mora is nas p rograma-ções. Como uma grande orques-tra regida pelo Inimigo, o sistemamundano, que a Bíblia identificacomo "século mau" (Gl 1.4), agetambém através dos meios de co-municação. Basta monitorar asprogramações para perceber quaissão os (dês) valores intensamentepropagados pela mídia de manei-ra cada vez mais indecente, imo-ral, desavergonhada. Os formado-res de opinião, que se moldam pelavisão pós-modernista, estão sem-pre presentes nos espaços que lhesabre a imprensa a fim de insistirsistematicamente na mesma tecla:união entre pessoas do mesmosexo, aborto, eutanásia, pesquisascom células-tronco embrionárias,clonagem humana, descriminaçãodas drogas, libertinagem e tudomais que se identifique com o sis-tema mundano (l Jo 2.15-17).Quem se posiciona clara e firme-mente em contrário e os que boi-cotam esse tipo de mídia estãoprestando um grande serviço aoReino de Deus.

2. A indução consentida àdesestruturação da família. Oresultado dessa manipulação damídia é a desestruturação e destrui-ção da família nos moldes estabe-lecidos por Deus. Trata-se da mídiae seus aliados a serviço de Satanás.Sem a família biblicamente estabe-lecida, a sociedade se transforma

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num caos. A história é testemunhadisso no mundo inteiro, em todasas civilizações.

IV. COMO VENCER OS MALESDO SISTEMA MUNDANO

1. Moldando-se ao caráterde Cristo. O que fazer diante doconflito entre o que cremos e o sis-tema mundano atuante no movi-mento do pós-modernismo? Pode-mos optar entre três caminhos:

a) Acomodação. É a concordân-cia com o velho ditado: "deixa tudocomo está para ver como é que fica".

b) Assimilação. É quando, ao in-vés de influenciarmos, somos influ-enciados e assimilamos o destrutivorelativismo do pós-modernismo,isto é, adotamos os padrões peca-minosos que regem socialmente omundo (w.15,16).

c) Inconformaçãp, Precisamospermanecer convictos e firmes nafé em Cristo, conscientes de que te-mos um papel a cumprir no Reinode Deus em obediência ao manda-do do Senhor, conforme Mc 16.15-18 e Mt 28.18-20, ainda que ve-nhamos a ser hostil izados (Jo17.14-17).

2. Es t imulando vocaçõescristãs para a vida pública.Assim como o sal adentra em to-dos os grãos contidos na panela ea luz alcança todas as frestas de umambiente (Mt 5.13-16), é nosso de-ver também estimular as vocaçõescristãs realmente comprometidascom os valores do Reino, a fim deque os crentes ocupem espaços emtodos os segmentos da sociedade.

Seja no magistério de nossas esco-las ou universidades, seja nos mei-os de comunicação, seja em nossosparlamentos, seja na hierarquia denossas forças militares, seja no ope-rariado e funcionalismo em geral,seja em nosso judiciário, seja nosgovernos de nossos municípios, es-tados e país. Vamos estimular osnossos jovens a crescerem intelec-tualmente, em conjunto com o cres-cimento espiritual para que, guia-dos sobretudo pela Palavra deDeus, tornem-se agentes de trans-formação da sociedade em lugaresestratégicos.

3. Man tendo os padrõesbíblicos de vida e tes temu-nho. Por fim, os padrões bíblicosprecisam ser mantidos no nível denossas escolhas pessoais. Cada de-cisão de um crente deve ser toma-da sempre à luz dos princípios imu-táveis da Palavra Deus. Que as nos-sas tarefas e atividades de cada diasejam primeiramente submetidas àvontade de Deus, ao soberano Se-nhor da nossa vida, embora issopareça vulgar para as mentes ma-terialistas (v.17).

CONCLUSÃO

Muitos utilizam os sinais dostempos como pretexto para justifi-car uma vida cristã apática e indi-ferente ao que está ocorrendo. "Omundo vai de mal a pior, não adi-anta fazer nada", afirmam. Isto éomissão culposa. É verdade que nãonos compete interferir na sobera-nia divina. Deus está agindo atra-vés da história e vai conduzi-la até

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o final. Contudo, também é verda-de, mediante repetidas referênciasnas Escrituras, que nos cabe reagir,no poder do Espírito que em nóshabita, contra o avanço do mal nomundo.

Subsídio Devocional

Os Males da Mídia Tele-visual

Entretenimento e Consumis-mo. Na mídia, as notícias ocupam emmédia 10% do espaço de toda comu-nicação. Os comerciais ocupam emtorno de 30% e os outros 60% são dis-tribuídos entre novelas, filmes, espor-tes, shows etc. Mediante as estatísti-cas, percebe-se que o propósito émais entreter do que informar. Emrelação ao consumo, destacam-seduas formas básicas de comunicaçãona propaganda: a comunicação infor-mal e racional e a afetiva e inconsci-ente. A primeira é necessária para ofuncionamento de nossa sociedade econstitui-se, por si mesma, a base doprogresso e desenvolvimento. A se-gunda, no entanto, apela para dadossubjetivos do indivíduo, tais como: odesejo de sucesso, de liberdade, derealização e de estima. A mídia ex-plora esta segunda forma de consu-mo gerando uma competitividadeentre os indivíduos, estabelecendopadrões estéticos ao associar um pro-duto à imagem de uma pessoa famo-sa. Os telespectadores se tornarammeros consumidores e os programasapenas uma mercadoria de péssimaqualidade.

Hedonismo. Na atual socieda-de pós-moderna, o pra/er constitui-se um fim cm si mesmo, abrindoprecedente para uma crise moral eética, pois o homem postula-secomo referencial de si mesmo.Como consequência, observamos oenfraquecimento dos valores fami-liares, a trivialização da sexualida-de e a disseminação de um estilo devida incoerente aos valores bíblicose cristãos. A mídia é uma das prin-cipais responsáveis pelo hedonismopredominante nessa atual geração.À medida que ofusca a moral cris-tã, dita normas, hábitos, moda, pa-drões de comportamento e satisfa-ção à sociedade. Para isso, utiliza-se das pessoas mais famosas domomento de acordo com seus inte-resses espúrios e anticristãos.

A família cristã deve estar atentaaos males causados pela mídia. L im-prescindível substituir os momentospassados diante da televisão pelodiálogo, culto doméstico ou ativida-des recreativas e instrutivas entre osmembros familiares, a fim de que suafamília seja protegida dos ataques einfluências malignas c conseqúentc-mente preservada. Não permita quea mídia ensine você c sua família ase vestir, comportar e ser. Valorizea moral, o comportamento e o cará-ter cristão pautados nas Escrituras.

Descriminar: Absolver de cri-me; inocentar; tirar a culpa.

Disseminar: Semear; difundir;propagar; espalhar.

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Edito: Mandato; decreto; par-te de uma lei.

Ideólogo: Aquele que cria ide-ologias; defensor de uma correntede ideias.

Inerente: Que está por natu-reza inseparavelmente ligado a al-guma coisa ou pessoa.

Laicidade: Qualidade do quevive no, ou é próprio do mundo,do século; secular (por oposição aeclesiástico).

Premissa: Princípio ou fato queserve de base para um raciocínio.

Reducionismo: Simplificação;perda do completo sentido de umateoria.

Sincretismo: Sistema religio-so e plural que defende a coexis-tência pacífica de ensinos, deuses,e filosofias religiosas que se contra-dizem.

j 1 h 1 j 1 [- > i l

• HOLMES, Arthur F. Ética: as deci-sões morais à luz da Bíblia. CPAD,2000.

QUESTIONÁRIO1. Como o sistema mundano atua no meio político?R. Usando os formadores de opinião, influenciando os que detêm

o poder e empregando sutilezas para mudar a legislação deacordo com seus interesses.

2. Qual o papel dos formadores de opinião?R. Disseminar, com ares de verdade, tudo quanto interessa ao

sistema mundano e assim motivar, convencer e persuadir osseus ouvintes e leitores.

3. Qual a razão de o sistema mundano atuar no meio religioso?K. Tentar preencher a necessidade espiritual inerente ao homem a

fim de ganhar sua simpatia, e, assim, demonstrar uma filosofiapós-modernista com sabor religioso.

4. Como o sistema mundano atua nos meios de comunicação?R. Aniquilando os valores morais nas programações e induzindo à

desestruturação da família.

5. Como vencer os males do sistema mundano?R. Moldando-se ao caráter de Cristo, estimulando vocações cristãs

para a vida pública e mantendo os padrões bíblicos de vida etestemunho.

A â

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4^ Lição 4A DIVINIZAÇÃO DO HOMEM

ANTE A SOBERANIA DE DEUS23 de outubro de 2OO5

TEXTO ÁUREO

"Não vos assombreis, nem temais;porventura, desde então,

não vo-lo fiz ouvir e não vo-loanunciei? Porque vós sois as

minhas testemunhas. Há outroDeus além de mim? Não! Não há

outra Rocha que eu conheça"(Is 44.8),

RDADE PRATICA

A busca da comunhão comDeus, a partir da fé em sua exis-tência, é o caminho que Cristo ofe-rece para a verdadeira redenção dohomem.

HINOS SUGERIDOSCD Harpa Cristã 225

(vol.5 - f.9), 298 {voí.6 - f.8) e 340.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

LUCAS 12.13-21

13-E disse-lhe um da multidão:Mestre, d ?ze a meu irmáo que repar-ta comigo a herança.

14 - Mas ele lhe disse: Homem, quemme pôs a mim por juiz ou repartidorentre vós?

15-E disse-lhes: Acautelai-vos eguardai-vos da avareza, porque avida de qualquer não consiste naabundância do que possui.

Segunda - Gn 1.1-31Deus como o criador

Terça - SI 91.1-16Deus como o protetor

Quarta - Gn 22.M4Deus como o provedor

Quinta - SI 37.1-40Deus como o abençoador

Sexta - Io 17.1-20Deus como o santificador

Sábado - Hb 12.12-24Deus como o Justo Juix

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16- £ propôs-lhe uma parábola, di-zendo: a herdade de um homem ricotinha produzido com abundância.17- E arrazoava ele entre si, dizen-do: Que farei? Não tenho onde reco-lher os meus frutos.

18- E disse: Farei isto: derribarei osmeus celeiros, e edificarei outrosmaiores, e ali recolherei todas asminhas novidades e os meus bens;

19 - e direi à minha alma: alma, tensem depósito muitos bens, para muitosanos; descansa, come, bebe e folga.

20- Mas Deus lhe disse: Louco, estanoite te pedirão a tua alma, e o quetens preparado para quem será?21 - Assim é aquele que para si ajun-ta tesouros e não é rico para comDeus.

ONTO DE CONTATO

Professor, atualmente, no contex-to educacional, a aprendizagemrepetitiva, isto é, memorística estásendo substituída pela aprendiza-gem significativa. Nesta, a matéria aser ministrada pelo professor eaprendida pelo aluno precisa fazersentido para este último. Isto signi-fica que a nova informação ou co-nhecimento transmitido fundamen-ta-se em conceitos já conhecidos, fa-cilitando o aprendizado do indiví-duo. Assim, o conteúdo estudado éassimilado junto a outros conceitosque o aluno possui, pois o saber novocomplementa o que já está presentena estrutura cognitiva dele. O pro-fessor, portanto, não pode despre-

zar o que o aluno já sabe, mas devedesenvolver o conteúdo a partir doconhecimento prévio dele. Faça umabateria de perguntas sobre os prin-cipais temas das lições seguintes e,a partir das respostas dos alunos,prepare as próximas aulas.

Após esta aula, seu aluno deve-rá estar apto a:

Definir o termo antropocen-trismo,

Expl icar a doutrina da ima-nência e da transcendência deDeus.

Compreender como a razão,a natureza e a revelação explicama existência de Deus.

SÍNTESE TEXTUAL

O antropocentrismo, em sua for-ma atual, é consequência do conjun-to de transformações literárias, ar-tísticas e científicas produzidas naEuropa nos séculos XV e XVI conhe-cido como Renascimento ou Renas-cença. Entre os aspectos negativosmais acentuados do antropo-centrismo de origem renascentistaestá a ausência de preocupação coma vida religiosa. Há dois tipos deadeptos deste pensamento: os queconsideram a religião cristã e seusensinos desnecessários para expli-car o mundo e o próprio homem, eos pensadores cristãos que se esfor-çam para adequar o cristianismo aessas novas exigências filosóficas,sociais e religiosas.

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As consequências dessa novaidentidade cultural são o ateísmo, odeísmo, a deificação do homem, omaterialismo e a negação da doutri-na da transcendência divina. Contu-do, a verdadeira identidade humananão se encontra na cultura pós-mo-derna, mas nos ensinos das SagradasEscrituras,

ORIENTAÇÃO DIDATIÇA

Professor, a presente lição divi-de-se em dois principais temas oublocos: Antropocentrismo e Teo-centrismo. A fim de que o alunoobserve as diferenças entre essesdois sistemas, reproduza o gráficoabaixo de acordo com os recursosde que você dispõe.

INTRODUÇÃO

Os ensinos da filosofia pós-mo-dernista, como já vimos, são todoscentrados no homem. Nada têm deDeus. O termo que define esse com-portamento materialista é antropo-centrismo. É o oposto do teocen-trismo, que é Deus como único so-berano e Senhor. O antronocentris-

mo considera-se como origem e cau-sa motivante de toda a atividadehumana, como se Deus não existissee não estivesse no controle do Uni-verso. Esse é o espírito que permeiae domina o mundo (Ef 2.1,2) e queage continuamente para que a ver-dade de Deus seja obstruída, parali-sada e esquecida de todos.

Contudo, conhecemos, através daBíblia, a realidade do fim da histó-ria e sabemos que "aquele que habi-ta nos céus se rirá deles" (SI 2.4). Otriunfo final e total do Reino de Deusjá está determinado. Mas enquantoaguardamos esse ditoso dia, temoso compromisso de proclamar queDeus, e não o homem, como vere-mos nesta lição, tem o leme e o des-tino final da história em suas mãose que Ele está infinitamente acimado Universo como o grande e subli-me Criador de todas as coisas.

I. O CULTO DA DEIFICACÃO DOHOMEM

l, O alvo do antropocen-trismo. É de inspiração demoníaca.Trata-se de deificar ou cultuar o ho-mem como se fosse um deus; como sefosse senhor absoluto de si mesmo edo seu próprio destino. O personagem

ÊNFASE

Quanto ao Foco

Quanto à Fé

Quanto à Ética

Quanto àReligião

ANTROPOCENTRISMO

Centralizado no Homem

Confiança no Homem ena Ciência

Relativismo Moral

Pluralismo Religioso

TEOCENTRISMOCentralizado em Deus

Confiança em Deus

Absolutos Morais

Religião Cristocêntrica

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da parábola da leitura bíblica em clas-se da presente lição é o retrato perfei-to dessa deificação do homem. Veja ouso repetido de termos possessivos("meus frutos", "meus celeiros", "mi-nhas novidades", "meus bens"). Elevive e trabalha em função de suas pos-sessões materiais (w.17,18). Em se-gundo lugar, ele reduz a vida ao ma-terialismo ao pressupor que os seusbens são suficientes para lhe dar tudoo que precisa (v.19), esquecendo-se,porem, que as necessidades da almasó Deus pode supri-las (SI 139.1-18).No versículo 21, o Senhor não conde-na a riqueza em si mesma, mas o fatode ela ocupar o lugar de Deus na vidae propósitos do ser humano.

Mesmo que não haja no antro-pocentrismo uma divinização formaldo homem, como acontece em casosbem específicos, descritos mais adi-ante, nesta lição, ela revcla-se namaneira como os atuais antropo-céntricos procedem. O sentimentoque se apoderou do príncipe de Tiro,mencionado por Ezequiel (Ez 28.1-10;Is 31.3), numa alusão certamente aopróprio Diabo, é o mesmo que levatais pessoas a se considerarem peque-nas divindades e senhores absolutosde si e do mundo que os cerca atéque toda prepotência caia por terra(v.20), pela falibilidade e limitação davida humana (Tg 1.9-11; 4.13-17).

2. Emblemas do antropo-cent r i smo. O antropocentrismotem os seus representantes na his-tória da civilização. No Antigo Tes-tamento, Nabucodonosor é o desta-que entre os personagens nesse sen-tido. Ele julgou-se um deus quando

construiu uma imponente estátuade ouro e impôs que todos a ado-rassem (Dn 3.1-7).

Entre os vários deuses adoradosno panteão romano, na capital da-quele império, reservava-se ao im-perador um espaço de honra paraser cultuado como personagem di-vino em todos os limites do império.

Com certeza, muitos cristãos fo-ram martirizados nos primeiros sé-culos da história da Igreja por serecusarem a adorar esses deuses dopaganismo e ao próprio imperador.Mas o espírito tenebroso daquelaépoca continua operando hoje,através do movimento filosófico-re-ligioso denominado Nova Era, quetem como meta a deificacão do ho-mem, servindo assim aos propósi-tos malignos.

II. COMO SE MANIFESTAO ENDEOSAMENTODO HOMEM1. A t r a n s c e n d ê n c i a de

Deus sob ataque. Para maioraceitação do antropocentrismo nomundo, seus ideólogos e promoto-res tentam invalidar a doutrina bí-blica da transcendência de Deus.Israel no deserto, estando Moisésausente durante quarenta dias noSinai, por ainda não ter a compre-ensão exata do Deus Todo-podero-so, invisível, transcendente, tentousubstituí-lo por um bezerro deouro, à moda do politeísmo pagãoegípcio (Êx 32.1-7).

É preciso entender que a imanên-cia de Deus não exclui a suatranscendência. São verdades e atri-

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butos que se completam. Se, por umlado, Deus na sua imanência, partici-pa ativamente da história humana,conduzindo o seu glorioso plano atra-vés dos tempos, Ele também, na suatranscendência, como Criador eTodo-Poderoso, é infinitamente supe-rior à criação e à criatura (Is 57.15).Ele é Deus sobre todas as coisas; nãohá outro além dEle, e não há outraRocha que Ele conheça (Is 44.8).

2. O orgulho humano. Oendeusamento e idolatria do homemadvém do seu espírito orgulhoso.Este é um pecado que atua com for-ça demolidora no coração humano.Inclusive, todo cristão deve semprevigiar contra isso. O orgulho prece-de a ruína (Pv 16.18). O orgulhosojulga-se grande e maior do que to-dos. Isso atenta contra Deus, pois sóEle é grande e glorioso. O orgulho ea soberba formam um todo, sendoum teórico e outro prático. Voltemosao episódio do Éden, anteriormenteabordado. Foi a soberba que tornouo primeiro casal refém da voz da ser-pente sob a hipótese de que Deus po-deria não estar fazendo a coisa cer-ta (ver Gn 3.1-5). As consequênciastodos conhecem.

Quando o homem é levado a pôrem dúvida os desígnios de Deus, aarma diabólica logo empregada é a deque ele pode exercer domínio absolu-to sobre a sua vida - ser um pequenodeus - assim como pensou o insensa-to da parábola em estudo. Sua afir-mação é extremamente reveladora:"Tens em depósito muitos bens, paramuitos anos" (v. 19). Noutras pala-vras, tenho controle absoluto da situ-

ação. Mas não foi isso que ocorreu. Eleteve de deparar-se com a realidade deque Deus permanece sempre no tro-no. Ele é o Criador (v.20). O ser hu-mano apenas criatura.

III. DEUS E NÃO O HOMEM

1. A existência de Deus -uma necessidade da razão.Este é um ponto destacado destalição: Deus ao invés do homem. É oteocentrismo em teologia. Esta é averdade que jamais pode ser remo-vida da história sob pena de a cri-ação perder todo o seu significado(Os 13.4). Como diz Charles Finney,em sua Teologia Sistemática, acrença na existência de Deus é umanecessidade primacial da razão,sem a qual é impossível dar sequên-cia coerente a qualquer forma deraciocínio. A ideia de uma causa,de onde se origina qualquer pro-cesso, ou que produ/a qualquerefeito, precisa sempre estar presen-te no pensamento humano. Assim,a própria razão, por depender des-sa necessidade, aponta para Deuscomo a causa de todas as coisas.

2. A existência de Deus -um testemunho da natureza.A natureza declara em toda a suaextensão que só um ser com capa-cidade infinita teria condições decriar o Universo com a exata preci-são e harmonia que o caracteriza.Em síntese, uma criação inteligentee perfeita, que pressupõe e requerum Criador inteligente e perfeito.

No Antigo Testamento, Davicompreende essa verdade e, exta-siado diante da magnificência divi-

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na, assim a descreve: "Os céus ma-nifestam a glória de Deus e ofirmamento anuncia a obra de suasmãos" (SI 19.1). No Novo Testamen-to, o apóstolo Paulo alude à mesmaideia, em sintonia com o testemu-nho da consciência, como prova deque só se concebe o mundo atravésda crença na existência do Criador(Rm 1.19,20; 2.12-16).

3. A existência de Deus - apedra angular da revelação. Aexistência de Deus é a pedra angu-lar da revelação bíblica. Ao apelo daconsciência e ao testemunho do quevemos à nossa volta, a Bíblia sim-plesmente responde: "No princípio,criou Deus os cens e a terra" (Gn1.1). As Escrituras não se preocu-pam em provar a existência de Deus,visto que isso é um fato admitido.Seria um contra-senso Deus apre-sentar provas de sua existência àcriação que Ele mesmo criou, inclu-sive o homem. Se hoje, como nopassado, muitos duvidam e descrê-em na existência de Deus, isso pro-vém do distanciamento pecamino-so do homem para com Ele. As Es-crituras cumprem o papel de revelá-lo em toda a sua glória e majestade,satisfazendo assim, de forma plenae suficiente, a necessidade da razãoe o testemunho da natureza.

CONCLUSÃO

Conclui-se que a incontida bus-ca humana pelo endeusamento éum engano diabólico para afastar ohomem do seu Criador. Entretanto,diante de evidências tão fortes, asua mente não tem como deixar deir em busca da existência de Deus.

Se insistir em negá-10, ao final, nãohaverá escapatória, pois todos hãode encontrá-lo como o grande juizde toda a Terra (Am 4.12).

Subsídio Teológico"1. 'A tradição dos ho-

mens', Cm sua defesa do evange-lho, Paulo referiu-se aos ensinosdos homens que não observavam adoutrina de Cristo, considerando-os "tradição dos homens". Ele ad-vertiu os colossenses que não se fi-zessem presa de tais ensinos. Nãosó na época em que foi escrita aepístola, mas, há muito tempo, exis-te em curso todo um movimento fi-losófico, chamado humanismo, quecoloca o homem no centro de tudo,excluindo a Palavra de Deus, e opróprio Deus, de suas conjecturas.

2. O que ensina o huma-nismo. Segundo essa filosofia, queinclui a 'tradição dos homens' a quese referia Paulo, o homem e o uni-verso são apenas originários daenergia que se transformou em ma-téria, por obra do acaso. É filosofiairmã do evolucionismo biológico.Nega a existência de um Deus pes-soal e infinito; nega ser a Bíblia arevelação inspirada de Deus à raçahumana. Para o humanismo, o ho-mem é o seu próprio deus; o homempode melhorar e evoluir, segundotais preceitos, por meio da educa-ção, redistribuição económica, psi-cologia moderna ou sabedoria hu-mana. O humanismo é relaiivLsta,pois crê que padrões morais não são

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absolutos, c sim relativos e determi-nados por aquilo que faz as pessoassentirem-se felizes... ensina que o ho-mem não deve ficar preso a ideia deDeus." (RENOVATO, Elinaldo. Colos-senses. RJ: CPAD, 2004, Série Comen-tário Bíblico, p.90-1.)

Imanência: Descreve o modocomo Deus é revelado e manifesta-do aos homens, sem, contudo, serconfundido com a criação.

Teocentr ismo: Sistema queconcebe Deus como o centro de to-das as coisas e ser absoluto do qualtodas as normas éticas e morais ab-solutas procedem.

Transcendênc i a : ' frata daessência c atributos naturais deDeus que O tornam infinitamentesuperior a tudo que criou.

; 1 !- j ! í- > 1 1J^ RENOVATO, Elinaldo. Colos-senses. CPAD, 2004.

1. Qual o alvo do antropocentrismo?

R. Dei ficar ou cultuar o homem como se fosse um deus; como sefosse senhor absoluto de si mesmo e do seu próprio destino.

2. Mencione um representante do antropocentrismo no AntigoTestamento.

R. Nabucodonosor.

3. Explique a doutrina da transcendência.

R. Esla doutrina apresenta Deus como Criador e To do-poderoso,infinitamente superior à criação e à criatura (Is 57.15). Ele éDeus sobre todas as coisas; não há outro além dEle.

4. Explique a doutrina da imanência.

R, Esta doutrina apresenta Deus como participante ativo da histó-ria humana, conduzindo o seu glorioso plano através dostempos.

5. De que maneira podemos explicar a existência de Deus?

R. Por meio da necessidade da razão, do testemunho da naturezaou da revelação bíblica.

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Lição 5O RELATIVISMO MORAL

PREDOMINANTE NO MUNDO3O de outubro de 2OO5

"Nunca me esquecerei dos teuspreceitos, pois por eles

me tens vivificado" ^(SI 119.93).

Os preceitos absolutos de Deuscontidos na Bíblia Sagrada são oreferencial necessário para nor-tear nosso posicionamento e nos-sas atitudes diante do relativismomoral predominante em nossa so-ciedade.

HINOS SUGERIDOSCD Harpa Cristã 175

(vol.4 - f.8), 205 (vol.5 - f.7) e 247.

Segunda - Gn 26.1-6Os preceitos de Deus abençoam

Terça - SI 19.7,8Os preceitos de Deus são retos

Quarta - SI 119.9-16Os preceitos de Deus alegram

amSALMO 119.89-96

89- Para sempre, ó SENHOR, a tuapalavra permanece no céu.

90- A tua fidelidade estende-se degeração a geração; tu firmaste a ter-ra, e firme permanece.

91- Conforme o que ordenaste, tudose mantém até hoje; porque todasas coisas te obedecem.

Quinta - SI 119.25-32Os preceitos de Deus ensinam

Sexta - SI 119.33-40Os preceitos de Deus vivificam

Sábado - SI 119.41-48Os preceitos de Deus libertam

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92- Se a tua lei não fora toda aminha alegria, há muito que teriaperecido na minha angústia.93- Nuncameesquecereidosteuspre-ceitos, pois por eles me tens vivificado.94- Sou teu, salva-me; pois tenhobuscado os teus preceitos.95 - Os ímpios me esperam para medestruírem, mas eu atentarei paraos teus testemunhos.96 - A toda perfeição vi limite, mas oteu mandamento é amplíssimo.

PONTO DE CONTATO

O pensamento plural é conse-quência da mudança social provo-cada pelo pensamento pós-moderno.Para que o pluralismo se estabele-cesse como teoria e prática, foi ne-cessário que os homens negassem aexistência de absolutos éticos e mo-rais. Pois, como se pode falar empluralidade se existe verdade, éticae padrões morais universais? Obser-ve, no entanto, que, para lograremêxito em suas propostas pluralistas,os pós-modernistas relativizaram averdade, a ética e a moral, atribu-indo-lhes um caráter particular, in-dividual, circunstancial e não uni-versal. Foi necessário ainda que ne-gassem a existência de uma divin-dade única e absoluta como atestaa cultura judaico-cristã. Contudo, osateus apresentaram o homem dei-ficado, rumo à perfeição, enquantoos religiosos apresentaram umpanteão de divindades e literaturasespiritualistas, budista, hinduístas,etc, a fim de confirmar a existência

de outras "verdades" e outros ca-minhos que conduzem ao aperfei-çoamento do próprio indivíduo.

Após esta aula, seu aluno deve-rá estar apto a:

Descrever os fundamentos dorelativismo moral.

Explicar as consequências dorelativismo moral.

SÍNTESE TEXTUAL

O relativismo moral é a corren-te de pensamento humanista queensina a inexistência de normas,verdades e moral procedentes davontade absoluta de Deus. Nesta li-ção, estudaremos os principais fun-damentos e consequências dorelativismo, e as três característicasdos princípios bíblicos que comba-tem a moral relativista.

Esse pensamento anticristãoestá fundamentado em duas cor-rentes seculares; no materialismofilosófico e no existencialismo de-fendido pelo pensador francêsJean Paul Sartre. Segundo a pri-meira corrente, a única realidadeno Universo é o mundo físico ematerial; nada existe além deles. Éateísta, nega a realidade espiritu-al, a existência dos anjos, os mila-gres e a criação do homem e doUniverso por Deus, Por esta razão,não cré em qualquer princípio,verdade, moral ou ética proveni-ente de Deus. Consequentemente,o materialismo promove o existen-

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cialismo, que por sua vez, é uma dasprincipais concepções humanistaspós-modernas. Segundo esta teoria,o homem existe independente dequalquer ato divino, porquanto éresponsável por aquilo que é, porseu destino, pelo seu domínio e pelasua existência.

Contudo, o cristão não apenascontesta essas duas filosofias secu-lares, como também reafirma queos princípios bíblicos são absolu-tos, imutáveis e universais.

ORIENTAÇÃO DIDATICA

Professor, para esta lição, de-senvolva um Plano Gráfico de todoo conteúdo da aula. Este recursodidático apresenta um resumo ge-ral da lição, fundamentado nosprincipais conceitos, tópicos ouverdades presentes no comentário.Ao apresentar o gráfico à classe,explique-o na seguinte ordem: 1)O relativismo moral subverte osvalores morais e espirituais; 2) Omaterialismo e o existencialismosão dois sistemas racionais quefundamentam o relativismo; 3) Asdoutrinas fundamentais de cadateoria; 4) Contraste-os com os ab-solutos, imutáveis e universaisprincípios bíblicos. Este recurso

pode ser usado como uma intro-dução ao conteúdo da lição, forta-lecendo o argumento presente naSíntese Textual. Reproduza o grá-fico abaixo de acordo com os re-'cursos disponíveis.

INTRODUÇÃOComo vimos nas lições anterio-

res, a negação da existência de Deuse a entronização do homem como ocentro do universo conduz aorelativismo, um mal predominantedesta era chamada de pós-moder-na. O relativismo equivale a afirmarque não há verdades nem preceitosabsolutos. Cada um faz suas própri-as escolhas e sua própria vontadecomo bem lhe parecer, sem atentarpara nenhum padrão de caráter uni-versal, partindo dos princípios dasSagradas Escrituras como norma defé, de vida e de conduta humana.

Veremos, a seguir, o conceito derelativismo, de que forma ele atuano mundo, as suas funestas conse-quências e como refutá-lo à luz daPalavra de Deus, cujos preceitospermanecem para sempre e são abase inamovível de uma vida sau-dável em todas as esferas humanas.

SISTEMAS QUE SUBVERTEM OS VALORES MORAIS E ESPIRITUAIS

Fundamentos Materialistas Fundamentos Existencialistas

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I. OS ARDILOSOS FUNDAMEN-TOS DO RELATIV1SMO

1. O fundamento materia-lista. O relativismo é a visão ma-terialista da vida. A partir do mo-mento em que alguém contemplao mundo como auto-existente e nãocomo oriundo da mão criadora deDeus, tudo mais passa a ser vistosob essa perspectiva.

Se tudo surgiu do acaso, sem aação de um Ser infinitamente su-perior, ou sem qualquer propósitoelevado, e que tudo se limita à ma-téria, cada um então tem o direitode ser absoluto, de ignorar direi-tos e deveres e de viver a seu bel-prazer.

Durante a travessia de Israel nodeserto, em direção à Terra Prometi-da, esta nociva filosofia de vida, deinspiração totalmente carnal, domi-nou o povo de Israel, o qual preferiufazer o que bem lhe parecia aos olhos,ao invés de cumprir os estatutos or-denados por Deus. Em suas advertên-cias finais, Moisés fez ver aos israelitasque por essa razão, após 40 anos, ain-da não tinham entrado em Canaã (Dt12.8,9; SI 95.10,11). Aobediência aospreceitos divinos deve ser a alegriados cristãos, conforme reconheceu osalmista (v. 92). Ver também SI119.24,34,47,127,143,174.

2. O fundamento existen-cialista. O materialismo descartaos valores eternos. Os adeptos dorelativismo seguem os princípiosdaquilo que a moderna filosofiachama de existencialismo, cuja es-sência é a ideia de que "a existênciahumana [é] constituída pelas esco-

lhas feitas pelas pessoas". Enquan-to o justo vive da fé, segundo a re-velação divina (Rm 1.17), esses taismodernistas "vivem" de ideias; nãode realidades por nosso Senhor Je-sus Cristo (2 Tm 1.9,10).

O conceito de existencialismopode ser definido numa frase bas-tante popular e levemente alteradapelo comentarista: "cada um por sie Deus por ninguém". Isto significaque o existencialismo busca dar sen-tido à existência mediante a liber-dade dos atos individuais. Em resu-mo, cada um constrói o seu momen-to presente de acordo com o quevive, pensa e acredita. Repita-se:(eles dizem) nada há absoluto.

O sábio Salomão viveu algo pa-recido, como se depreende do livrode Eclesiastes. Ele buscou motivaçõese propósitos para a vida nas rique-zas, nas grandes realizações pesso-ais, nos prazeres mundanos, na so-berba de sua sabedoria, para, ao fim,concluir que nada faz sentido seDeus não for o nosso supremo bem(Ec 5.1,19,20; 11.9,10; 12.1-4). As-sim fez também Davi: "Nunca meesquecerei dos teus preceitos, poispor eles me tens vivificado" (v.93).Para ele, as diretrizes da sua vidavinham da Palavra de Deus (SI119.105).

II. AS CONSEQUÊNCIASDO RELATIVISMO1. Destrói os valores espi-

ritu ais. O relativismo arruina a vidaem geral. Em primeiro lugar, porqueos valores espirituais são tidos comoinexistentes, ou, no máximo, como

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algo particular de cada indivíduo. Sobesse prisma, como afirmou de públi-co determinada autoridade brasilei-ra, Deus é produto da mente huma-na, e não o Ser Pessoal e Onipotentecomo revelado na Bíblia.

Assim, no relativismo, a crençano Deus bíblico — o Senhor de todoo Universo — não é uma necessi-dade de todo ser humano, mas umamera opção pessoal.

Ora, se a crença na existência'doCriador tem sentido relativo, desapa-rece também o princípio da autori-dade, oriundo do próprio Deus. Nãoé de estranhar-se que, atualmente,essa seja uma área sob constante con-vulsão em todos os níveis da socie-dade. Se alguém não admite a auto-ridade de Deus sobre o mundo, comoa aceitará nos níveis institucionais?

2. Destrói os valores mo-rais. Em segundo lugar, o relati-vismo trata os valores morais comodependentes das circunstâncias domomento e não como padrões uni-versais, a transgressão dos quaisproduz prejuízos irreparáveis. Paraos adeptos do relativismo, prevale-ce a tese de que a sociedade detémo direito de convencionar entre si opadrão ético que melhor lhe con-vém, sem admitir como referenciaisinabaláveis e eternos os valores ab-solutos estabelecidos pelo próprioDeus nas Santas Escrituras.

Por isso, o crescente rebaixamen-to moral e ético da sociedade mo-derna é muito maior do que o doreino de Judá nos anos que antece-deram o exílio babilónico. O profetaJeremias empregou todos os recur-

sos figurados da linguagem hebraicapara descrever como aquele povo seafastou de Deus e quais as gravesconsequências de tal comportamen-to (Jr 2.1-37; Jr 3.1-5), o que de fatoaconteceu com a invasão de Jerusa-lém por Nabucodonosor.

Não é essa a realidade de hoje, coma desintegração generalizada da famí-lia e a anarquia moral predominanteem todo o mundo? Não é essa a for-ma de viver mais apregoada nos qua-tro cantos da terra? Não é assim quese portam aqueles que não valorizama união conjugal bíblica e desprezamo leito sem mácula (Hb 13.4) em tro-ca da vida adúltera e da prostituição?Não é esse o espírito de muitas can-ções mundanas ouvidas, bem como devídeos por toda parte (Jr 5.1-9)?

III. OS PRINCÍPIOSE PRECEITOS BÍBLICOSE O RELATIVISMO

1. Os princípios e precei-tos bíblicos são absolutos. Deuscontinua e continuará para sempreno governo do Universo e conta comaqueles que O amam e que perma-necem fiéis aos seus estatutos. Estesadotam os mandamentos de Deusestabelecidos na Bíblia como abso-lutos e estão plenamente convictosde que eles, em qualquer circunstân-cia, direcionam todos e quaisqueraspectos da vida humana.

Quando a nossa tradução da Bí-blia usa o superlativo "amplís-simo" para denotar a excelênciados mandamentos de Deus, comoescreveu Davi (v.96), a ideia é deque nenhuma área do nosso coti-

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diano ficou esquecida na Palavrade Deus e de que esses mandamen-tos são absolutamente necessários.Deus não deixou de prover sem-pre o melhor para cada situação.

Ao insistirmos nos absolutos,não queremos afirmar que não hajatambém conceitos relativos. Essadiversidade se manifesta, por exem-plo, nas comidas típicas de cadapaís, nos estilos da arquitetura, noestilo da vestimenta e até mesmo emrelação ã hora de dormir, que de-pende do fuso horário. Mas tais cir-cunstâncias relativas acabam apon-tando para princípios biológicosabsolutos: todos precisam alimen-tar-se, todos precisam dormir.

Se assim ocorre com os princí-pios biológicos, que dirá quanto aosprincípios morais e espirituais! VerJs 22.5; 2 Rs 17.37; Rm 13.9.

2. Os princípios e precei-tos bíblicos são imutáveis. Damesma forma que Deus não muda(Ml 3.6), suas ordenanças tambémpermanecem para sempre inalte-radas, pois são plenamente comple-tas e atuais para o ser humano dequalquer época.

3. Os princípios e precei-tos bíblicos são universais. Pre-cisamos sempre ter em mente queos princípios e preceitos bíblicos sãouniversais. Em outras palavras, elesnão foram estabelecidos apenas paradeterminado período ou para umpovo específico, mas para a huma-nidade de todos os tempos.

São princípios irrestritos, inclusi-ve no tocante à igreja, como, porexemplo, a autoridade governativa

concedida ao homem nos primórdiosda criação (Gn 1.26-28). Vivê-los deveser a nossa busca constante, princi-palmente porque estamos sob as bên-çãos do novo pacto em Cristo Jesus.

CONCLUSÃOPortanto, diante de uma socie-

dade secular, entregue de corpo ealma ao relativismo moral, sejam aspalavras de nossa boca o clamor deDavi: "Sou teu, salva-me; pois te-nho buscado os teus preceitos"(v.94). Só assim faremos a diferen-ça necessária para influenciar deforma positiva o nosso ambiente.

rriKíPSubsídio Devocional

"Uma ética acima de qual-quer suspei ta

As implicações éticas absolutasdo Reino de Deus, como se vê noSermão do Monte, decorrem de sero próprio Deus quem controla e es-tabelece suas leis. Como um ser mo-ral, Ele não pode exigir menos do queimpõe a sua própria natureza. Ain-da que se valham de instrumentospróprios de cada realidade cultural,essas leis, como princípios univer-sais, não se alteram ao sabor das di-ferentes situações, não se ajustam aoque pensa o homem e nem se modi-ficam para adaptar-se ao estilo devida de cada um, mas são a exataexpressão do propósito de Deus parao seu povo. Deus é imutável. Suasleis também são imutáveis. Deus ésoberano. Suas leis também são so-

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beranas. Deus é absoluto. Suas leistambém são absolutas. Por esse mo-tivo, têm sido fonte de inspiração,ao longo dos séculos, para que asnações inteiras formulem sua estru-tura jurídica e se submetam a ela àluz desses princípios.

Contudo, por que a ética do Rei-no de Deus é absoluta?

1. Para definir de modo claro oideal a ser incessantemente busca-do por aqueles que professam a lêcristã [..."]

2. Para revelar que nenhum es-forço humano é capaz em si mesmode vivê-la, a não ser pelos méritosda obra redentora de Cristo [...]

3. Para demonstrar, de formaantecipada, como que por espelho,o sublime estilo de vida a ser expe-rimentado na dimensão futura doReino de Deus [...]". (COUTO, Gere-niias do. ,4 transparência da vidacristã. RJ: CPAD, 2001, p.72-3.)

Ex i s t enc i a l i smo : Movimen-to f i lo só f i co que engrandece aexistência em detrimento da es-sência. Seus adeptos acreditamque o ser humano não deve preo-cupar-se com questões espirituais,mas t i rar o máximo proveito daexistência.

Imutáve l : Não sujeito a mu-danças ou variações.

Inamovível: (iue não pode serremovido; absoluto.

Universa l : Comum a todos oshomens, ou que é aplicável a to-dos.

Valores absolutos: Trata-sedo reconhecimento da existência denormas morais válidas para todasas pessoas em todas as épocas. Paraos cristãos, são as santas leis mo-rais da Sagrada Escritura.

os dois fundamentos do relativismo mencionados na lição.R. O materialismo c o existencialismo.2. Explique o materialismo.R. Tudo se limita à matéria, o mundo é auto-e\istente e não oriundo

da mão criadora de Deus.3. Defina existencialismo.R. Corrente de pensamento que husca dar sentido à existência

mediante a liberdade dos atos individuais, contrariando toda cqualquer norma absoluta.

4. Mencione as consequências do relativismo para a igreja e paraa sociedade.

R. Destroi os valores espirituais e morais.5. Quais as características dos princípios e preceitos bíblicos?R. São absolutos, imutáveis e universais.• * â * *

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Lição 6A TEOLOGIA LIBERAL

ò de novembro de 2OO5

"Antes, santificai a Cristo, comoSenhor, em vosso coração; e estai

sempre preparados para respondercom mansidão e temor a qualquerque vos pedir a razão da esperança

que há em vós" (l Pç 3.15). /

j l 1 1

*" A abolição dos fundamentos dafé, como os temos na Bíblia, impli-ca a perda dos valores dessa preci-osa fé, que c o único meio de aces-so a Deus mediante a obra reden-tora de Cristo.

HINOS SUGERIDOSCD Harpa Cristã 259 (vol.6 - f.3),

506 e 508.

' h -'J 'J2 TIMÓTEO 3.14-17;2 PEDRO 1.20,21

2 Timóteo 314- Tu, porém, permanecenaquiloqueaprendeste e de que foste inteirado,sabendo de quem o tens aprendido.

15-E que, desde a tua meninice,sabes as sagradas letras, que podemfazer-te sábio para a salvação, pelafé que há em Cristo Jesus.

Segunda - Is 25.1O fundamento divino produzfirmeza

Terça -1 Co 3.10,11O fundamento divino é imutável

Quarta - Ef 2.20O fundamento divinoé apostólico

Quinta - 1 Tm 6.19O fundamento divino paraa vida eterna

Sexta - 2 Tm 2.19O fundamento divino possuiurn selo

Sábado - Hb 6.1O fundamento divino aperfeiçoao crente

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16- Toda Escritura divinamente ins-pirada é proveitosa para ensinar,para redarguir, para corrigir, parainstruir em justiça,17- para que o homem de Deus sejaperfeito e perfeitamente instruídopara toda boa obra.

2 Pedro l20- sabendo primeiramente isto:que nenhuma profecia da Escrituraé de particular interpretação;21 - porque a profecia nunca foi pro-duzida por vontade de homem algum,mas os homens santos de Deus falaraminspirados pelo Espírito Santo.

NTO DE GONTATO

Prezado professor, o ministériodocente não é mera repetição de in-formação. Informar não significa en-sinar. Enquanto docente da ED, vocêtem uma tríplice missão: salvação,crescimento e serviço. Como educa-dores cristãos, a nossa missão podeser traduzida da seguinte forma:

1. Compreender as situações difí-ceis e embaraçosas as quais o homemcontemporâneo e a sociedade, naqual está inserido, têm enfrentado.

2. Analisar os desafios da pós-modcrnidade.

3. Saber interpretar as mensa-gens subliminares, sutis e malévolastransmitidas aos alunos, seja pormeio da mídia, seja mediante o en-sino académico.

4. Examinar, à luz da Bíblia, es-sas informações na sala de aula, afim de que os alunos possam ad-quirir capacidade autocrítica.

Após esta aula, seu aluno deve-rá estar apto a:

Re fu t a r os pressupostos da te-ologia liberal.

Expl icar as razões que deramorigem à teologia liberal no sécu-lo XIX.

Def in i r o significado de inspi-ração e inerrância das Sagradas Es-crituras.

SÍNTESE TEXTUAL

O liberalismo teológico não é algonovo. Começou a florescer de formasistematizada devido à influência doracionalismo de Descartes e Spinoza,nos séculos XVII e XVIII, que redun-dou no iluminismo. O liberalismoopunha-se ao racionalismo extrema-do do iluminismo. Segundo MichaelD. Palmer, "o Iluminismo é um mo-vimento filosófico do século XVIII,com ênfase no livre uso da razão, nométodo empírico da ciência e noquestionamento das doutrinas e va-lores tradicionais."

A teologia liberal opõe-se a teo-rias fixas sobre a inspiração das Es-crituras, favorecendo o uso da crí-tica histórica. Não obstante a Bíbliaser escrita por homens, sua inspi-ração é plenamente divina. Cânon,quer dizer "medida exata1', ou seja,esta é uma palavra inspirada porDeus e cheia de autoridade.

Estamos vivendo uma época ondeestão em evidência várias doutrinascontrárias à Palavra de Deus. É pre-

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ciso estar atento! O liberalismo teo-lógico tem se infiltrado na ortodoxiacristã de modo sorrateiro, com umaroupagem moderna c sutil, tendoaparência de verdade. A igreja do Se-nhor não pode abrir espaço ou bre-chas para o liberalismo, pois acaba-rá perdendo sua autoridade, deixan-do de ser "sal e luz". A história podeprovar que aonde o liberalismo teo-lógico chega, a Igreja perde a comu-nhão com o Pai. A Palavra de Deusalerta: "Quem tem ouvidos ouça oque o Espírito diz às igrejas".

ORIENTAÇÃO D10ATICA

Por meio desta lição, você teráuma oportunidade ímpar de cons-cientizar seus alunos de que orelativismo pós-moderno tem pro-porcionado o avanço da teologia li-beral, que reúne as mais diferentestendências. Então, explique o signi-ficado da palavra teologia (do gr.Theos "Deus" e logos "estudo"),que, é a ciência da religião e dascoisas divinas. Para que seus alunostenham uma melhor compreensãoda teologia liberal, é imprescindí-

vel conhecer outras correntes outendências teológicas. Reproduza oquadro abaixo de acordo com osrecursos de que você dispõe.

INTRODUÇÃO

Os falsos ensinos e o relativismodo movimento filosófico pós-moder-nista ensejam um ambiente extrema-mente propício para o avanço da teo-logia liberal, com suas muitas ramifi-cações e tendências, cujo alvo princi-pal é a perversão da santa fé evangé-lica. No Salmo n_.3, a palavra de Deuspara Davi, assim se expressa; "Na ver-dade que já os fundamentos se trans-tornam: que pode fazer < 'usto?"

Nesse" dias < e ataqv-.-s constan-tes à Pai; vra da Verdade ^Ef 1.13;Cl 1.5j_2 Tm_2.15; TgJJ_8), mais "êmais os nossos apologistas cristãose defensores da fé, tais quais nosprimeiros séculos da história daIgreja, devem levantar com ousadiasuas vozes para reafirmar os postu-lados da nossa santíssima fé emCristo, seguindo o exemplo do após-tolo Paulo, que assim escreveu;

CORRENTES TEOLÓGICAS

TEOLOGIA BÍBLICA

TEOLOGIA CATÓLICA

TEOLOGIA PROTESTANTE

TEOLOGIA NATURAL

Estuda as Doutrinas do Velho e Novo Testamentos.Considera a Palavra de Deus inerrante.

Estuda as teologias moral, bíblica e patrística de acordocom a interpretação dos pais da Igreja.

Enfatiza o retorno às origens e a reinterpretação dasEscrituras. Seus temas principais são: somente asEscrituras, Cristo, a f é e a graça.Busca o conhecimento de Deus baseada na criação ena razão humana.

s?

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"...sabendo que fui posto para de-fesa do evangelho" (Fp 1.16).

O propósito desta lição é tam-bém a defesa do evangelho contraos néscios da atualidade que foramenganados pelo "espírito de men-tira" (l Rs 22.22; l Tm 4.1,2).

T PRESSUPOSTOSDA TEOLOGIA LIBERAL

X

x

i yA Bíblia como livro mito-lógico. Para os cristãos nascidos denovo, mediante a fé em nosso SenhorJesus Cristo (EfjZ.8; Rm 1.16), a Bí-blia Sagrada é a base de sustentaçãoda fé. Contudo, quanto à Bíblia Sa-grada, os mentores da teologia libe-ral, que se diz cristã, a) deixam claroque ela não é a revelação de Deus aohomem; b) não reconhecem a suainspiração divina, colocando-a nomesmo nível de qualquer outro livroreligioso, e c) não admitem a fé cris-tã, segundo o evangelho, como o úni-co meio de acesso ao Pai mediante aobra vicária de Cristo no Calvário.

Uma das heresias da teologia li-beral é tratar a Bíblia como um li-vro mitológico. Eles consideram asnarrativas bíblicas, inclusive a daCriação de todas as coisas, comomitos, fábulas, apenas contendoalguma verdade moral e não fatosliterais, verídicos, insuspeitos e his-tóricos. É como se fossem fruto daimaginação de alguém.

As sagradas letras que Timóteoaprendeu, na sua infância, não erammitos, mas a verdade divina, fide-digna e salvífica (_2_Tm_J^14,15). Afidelidade, a autenticidade, a uni-dade, a precisão e a inerrância da

Bíblia como a Palavra de Deus sãoperfeitas e assombrosas. Comparar,por exemplo, Is 7.14; 9.6 com MtL22^23; Lc 7.20-22.

(2y A negação dos milagresbíblicos. Outro pressuposto dateologia liberal é negar a autentici-dade dos milagres bíblicos, como seseus promotores tivessem permis-são para se intrometerem nas coi-sas de Deus. Quem é o homem paraassim fazer? Ver SI 104.29. Os teó-logos modernistas, juntamente comseus estudantes e admiradores, re-jeitam os feitos sobrenaturais deDeus por não terem fé em Deus ede Deus; negam a própria Bíblia eaté o Criador. Quanto a nós, tran-quila e alegremente, cremos queDeus existe e criou o Universo, comseus inumeráveis sistemas funcio-nando numa sintonia lógica e per-feita que nenhum homem jamaispoderia conceber. Além disso, Elesustenta o Universo criado e inter-fere no mesmo produzindo os even-tos sobrenaturais e miraculososdescritos na Bíblia.

Os milagres divinos, tal comoregistrados nas Escrituras, cum-prem os desígnios de Deus atravésda história e são o testemunho elo-quente e revelador de que nadaacontece por acaso, evidenciandoao mesmo tempo a soberania divi-na como um dos infinitos atribu-tos do Criador. Tudo obedece aoseu querer e aos seus propósitos (SI119.91), inclusive o universo hu-mano (Mt 10.29,30).

Q) A crença no Jesus histó-rico. Ateologia liberai também não

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crê no propósito redentor e expiadorda obra de Cristo concernente aohomem perdido que está vivendo nopecado, sem Deus, sem salvação.

Esses tais teólogos não aceitama realidade do nascimento virginalde Cristo, mas aceitam em parte oque chamam de Jesus histórico(como se Deus, o soberano Senhor

de todos e detudo, dependesseda opinião do ho-mem, que por Elefoi criado e quedEle depende emtudo, como vemosem At 17). Na ver-dade, trata-se deuma falsa teolo-gia, uma vez queos principais pila-res das verdades

bíblicas da fé cristã são retirados.Ora, como chegar a Deus sem

aceitar sua revelação como está naBíblia? Como invocá-lo sem que seaceitem todos os seus atributos, in-clusive as suas intervenções sobre-naturais na história? Como crer queEle é galardoador dos que o bus-cam, se não for através de Jesuscomo o Filho de Deus, divino emsua essência e humano (mas sempecado) em sua miraculosa concep-ção física, e que se ofereceu comoo único e perfeito sacrifício em fa-vor do homem para salvá-lo? Poroutro lado, se esses pilares da sãdoutrina são mitos, então o após-tolo Paulo se equivocou ao lembrara Timóteo que a sua salvação de-pendia da sua fé no Senhor (v.15).

JesusHistórico

Enfoquehumanísticoda teologialiberal que

admite apenasas palavras e a

identidadeterrena deJesus comorelevantes.

A DEFESA DA TEOLOGIAORTODOXA

(T) O desenvolvimento dateologia liberal. As ideias, dedu-ções e princípios teológicos liberais,humanistas e corrompidos tiveramseu início na primeira parte do sé-culo XIX. Possuíam como objetivo aracionalização da fé sob a influênciado movimento filosófico e igualmen-te humanista denominado ilumi-nismo. Foi uma tentativa de adaptara fé cristã às correntes do pensamen-to moderno à parte de Deus.

Mas a verdadeira teologia bíbli-ca proveniente da doutrina do Se-nhor não perdeu o seu espaço. Aocontrário, ela continua firme e cres-cente através do empenho de ho-mens comprometidos com Deus ecom a defesa da fé mediante a expo-sição correta e ungida das Escritu-ras. Ainda há, em nossos dias, cris-tãos que, graças a Deus, procedemcomo a mãe e a avó de Timóteo, in-culcando nos mais jovens os verda-deiros fundamentos da fé cristã(w.14,15; 2 Tm 1.3-5), os quais, porsua vez, só podem ser compreendi-dos mediante o correto conhecimen-to e observância da Bíblia.

(2) A inspiração e a iner-râncla da Bíblia. Assim, ao con-trário da teologia liberal, reafirma-mos como verdade teológica a ins-piração divina e completa da Bíblia(2 Tm 3.16; 2 Pé 1.21). Ela foi pro-duzida pela vontade expressa deDeus para tornar-se conhecida en-tre os homens e encerra em si mes-ma toda a autoridade como revela-ção divina. Apesar de ter sido es-

Liçóes Bíblicas 45

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crita ao longo de 1600 anos, porcerca de 40 escritores, muitos dosquais não se conheceram e viveramem épocas distantes entre si, ne-nhum outro livro é capaz de com-parar-se à Bíblia em autoridade, co-erência, harmonia, unidade e atu-alidade. Só há uma explicação paraisso: o "sopro" de Deus - a inspira-ção única e especial - na mente deseus escritores através da atuaçãopoderosa do Espírito Santo.

Reafirmamos também a iner-rância da Bíblia Sagrada. Ela nãocontém erros, nem qualquer con-tradição. As verdades do AntigoTestamento se comple tam noNovo Testamento e os possíveispontos obscuros ou não bem com-preendidos, como escreveu Antó-nio Gilberto em seu Manual da Es-cola Dominical, publ icado pelaCPAD, podem ser fruto de má tra-dução, má compreensão, interpre-tação equivocada ou falta de co-nhecimento. Convém ressaltar, in-clusive, que na Bíblia não há lu-gar para interpretações particula-res, distintas, como deixou claroo apóstolo Pedro (v.20). Se algu-ma interpretação pessoal estiverdestoando do pensamento geralda ortodoxia bíblica, o leitor deveseguir a recomendação de umgrande erudito bíblico: acenda aluz de advertência - você podeestar errado; jamais o EspíritoSanto. Ver l Co 2.4-16.

(Q O papel dos apologistascristãos. Aqui entra um pontoextremamente vital para a defesada fé: os apologistas cristãos. Fo-

ram eles que, nos primeiros sécu-los da história da Igreja, atravésde formulações teológicas devida-mente procedentes e fundamenta-das, preservaram intactos os en-sinos apostólicos diante das here-sias que surgiram no cenário dosprimeiros séculos do Cristianismo,e compendiaram e documentarama chamada ortodoxia bíblica. É bí-blico fa/er a defesa da fé. Pauloassim se posicionou (Fp 1.16) e oapóstolo Pedro recomendou pre-paro para explicar as razões denossa esperança cristã (l Pé 3.13-15). Ler também Jd w. 3,4; 2 Tm4.7b.

Não é diferente nos dias atuais.Diante de tantas correntes de pen-samento humano e diabólico, emmeio à proliferação de tantas he-resias e, sobretudo, tendo em vis-ta a teologia liberal, é a hora e avez de os apologistas cristãos as-sumirem com mais ousadia seupapel de preservar intacta a dou-trina bíblica tal qual recebemos daIgreja Apostólica, e mostrar as ra-zões pelas quais vale a pena crerem toda a Bíblia como a Palavra deDeus.

CONCLUSÃO

Por fim, cabe seguir a orienta-ção do apóstolo Paulo (2 Tm2.25,26) para que possamos ins-truir com mansidão aos resistentes,a fim de conhecerem a verdade,tornarem a despertar e a despren-derem-se dos laços do Diabo, o qualdeturpa as Escrituras para tentaraprisionar o homem (Mt 4.1-11).

46 Lições Bíblicas

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Subsidio Teológico"O liberalismo teológico não é uma

religião ou uma organi/ação ideoló-gica possuidora de templos, funcioná-rios ou sociedade. Ele é, simplesmen-te, uma tendência de ajustar o Cristi-anismo aos conceitos da Alta Críticada Bíblia, da ciência e das filosofiasmodernas. Esta tendência apresenta-se hoje sob diversos outros títulos,como modernismo, racionalismo,nova teologia etc. Os fundamentos his-tóricos dessa tendência remontam, deacordo com a maioria dos autores, aoano de 1753, quando Jean Astruc(1684-1766), francês incrédulo e pro-fessor de medicina em Paris, publicouanonimamente, em Bruxelas, em fran-cês, o livro 'Conjecturas Sobre as Me-mórias Originais que Parece TeremSido Usadas por Moisés na Composi-ção do Génesis'. Nesse livro, Astruc,que foi médico do rei da Palónia e deLuís XV, da França, duvida da origemmosaica dos cinco primeiros livros doAntigo Testamento e aventa a hipóte-se de existirem duas fontes literárias— javista e eloísta — partindo-se dosnomes usados para se referirem aDeus. Antes dessa data, muito rara-mente alguém ousava criticar assim aPalavra de Deus, lançando dúvidas so-bre sua historicidade tradicionalmen-te aceita.

A entrada do liberalismo no Bra-sil remonta ao segundo decénio des-te século, quando a ImprensaMetodista editou Pontos Principais daFé Cristã, livro que nega a doutrina

da expiação. As primeiras vítimas dateologia liberal em nossa pátria, se-gundo o falecido reverendo RaphaelCamacho, apareceram por volta de1930; na Faculdade Evangélica deTeologia, no Rio de Janeiro. Muitoslivros adotados nesse estabelecimen-to de ensino religioso eram moder-nistas, como também eram quase to-dos os professores (...)". (ALMEIDA,Abraão de. Teologia Contemporânea.RJ:CPAD, 2002, p.Ul e 123.)

Leia maisRevista Ensinador Cristão

\, n° 24, pág 39.

Apologista: Admirador e de-fensor da fé cristã.

Mitológico: O conjunto dos mi-tos (ideias falsas, sem corresponden-te na realidade) próprios de um povo,de uma civilização, de uma religião.

Inerrância: Propriedade pelaqual a Bíblia ê isenta de erro e infa-lível.

Teologia Liberal: Movimentoque não crê nos eventos sobrenatu-rais da Bíblia. Nele não há lugar paraos milagres e a divindade de Jesus.

i/ALMEIDA, Abraão de. Teologiacontemporânea. CPAD, 2002.i/ANDRADE, Claudionor C. de. Di-cionário teológico. CPAD, 2003.t/PALMER, Michael D. Panorama dopensamento cristão. CPAD, 2001.

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QUESTIONÁRIO1. Cite os pressupostos da teologia liberal.R. A Bíblia como livro mitológico; a negação dos milagres bíblicos;

e a crença no Jesus histórico.

2. Quanto à Bíblia Sagrada, o que afirmam os teólogos liberais?R. A Bíblia não é a revelação de Deus, nem e de inspiração divina;

não admitem a te cristã segundo o evangelho.

3. Explique os ensinos da falsa teologia referentes à crença no Jesushistórico.

R. A crença no Jesus histórico é um enfoque humanístico queignora as narrativas dos evangelhos a respeito da divindade deCristo, e admite apenas a identidade e a.s palavras de Jesus comoum homem da história.

4. De que maneira podemos refutar a teologia liberal;1

R. Reafirmando a doutrina da inspiração e inerrància da Bíblia, epreservando intacta a doutrina bíblica tal qual a recebemos daIgreja Apostólica.

5, Qual o papel dos apologistas cristãos?R. Defender e preservar a doutrina bíblica.

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Lição?A CORRUPÇÃO DA DOUTRINA

DA RBOERACÃO13 de novembro de 2OO5

TEXTO ÁUREO

"Não pelas obras de justiça quehouvéssemos feito, mas, segundo

a .stia misericórdia, nos salvoupela lavagem da regeneração e da

renovação do Espírito Santo" *m 3.5,.

ERDAOE PRATICA

u revestimento do novo homem-'em Cristo só é possível mediante a

obra transformadora e vivificantedo Espírito Santo, a partir da rege-^neração do pecador.

HINOS SUGERIDOSCl) Harpa Cristã 277 (vol.6 - f.4),

231 e 205.

li1 1 : h ,_•-,jj

ROMâNM 3.23-2S

23- Porque todos pecaram e desti-tuídos estão da glória de Deus,

24- sendo justificados gratuitamen-te pela sua graça, pela redenção quehá em Cristo Jesus,

25-ao qual Deus propôs parapropiciação pela fé no seu sangue,para demonstrar a sua justiça pela

Segunda -1 Io 3.13,14Regeneração; vida renovada

Terça - Rm 12.2Regeneração: mente renovada

Quarta - 2 Co 5.17Regeneração: propósitosrenovados

Quinta - Io 1.12,13Regeneração: a vontade de Deusem nossa vida

Sexta - Rm 8.7-11Regeneração: uma obra do Espírito

Sábado -1 Co 6.20Regeneração: o despir-se dovelho homem

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remissão dos pecados dantes come-tidos, sob a paciência de Deus;26- para demonstração da sua justi-ça neste tempo presente, para queele seja justo e justificador daqueleque tem fé em Jesus.

PONTO DE CONTATO

Através da lição de hoje, vocêpoderá, por meio das Escrituras Sa-gradas, refutar os argumentos lan-çados pelo humanismo pós-moder-no relativos a doutrina da regene-ração. Vivemos um tempo onde asinformações circulam com muitafacilidade por meio da mídia, prin-cipalmente da internet. Esta temcontribuído, e muito, para a disse-minação cie dou t r inas filosóficascontrárias aos princípios bíblicos,por exemplo, a teologia liberal, ohumanismo etc. O humanismo pós-moderno apresenta o homem comoo centro de todas as coisas e comoum ser que está sempre melhoran-do por si próprio. Tal heresia temcorrompido os alicerces e os pila-res da doutrina da regeneração.

Após esta aula, seu aluno deve-rá estar apu> a:

Ident i f icar os principais argu-mentos que corrompem a doutri-na da regeneração.

Definir o homem segundo ohumanismo.

Expl icar os fundamentos dadoutrina da regeneração.

SÍNTESE TEXTUAL

Por intermédio da Epístola aosRomanos, aprendemos que todospecaram. Não obstante o homem tersido criado em perfeição, cm vir tu-de do pecado de Adão, toda a hu-manidade foi afetada pelo pecado.

As consequências do pecado fo-ram tão sérias que, sem a regenera-ção, o homem jamais poderia teracesso à presença de Deus. Portan-to, a regeneração é imprescindívelao homem que anela estar em comu-nhão com o seu Criador. Mediante acrença na graça salvífica de Jesus,tornamo-nos uma nova criatura. Esteé o evangelho puro c genuíno, no en-tanto, nestes últimos dias, um ema-ranhado de ideias e conceitos con-trários à Palavra de Deus têm surgi-do na sociedade com o intuito deafastar para sempre a criatura de seuCriador. No humanismo pós-moder-no, o homem é indu/ido a não ad-mitir o pecado, tampouco a sentirnecessidade do perdão de Deus e daregeneração.

ORIENTAÇÃO DIDATICA

Para auxiliá-lo na aplicação doconteúdo, desenhe numa cartolinaum alvo. Fixe o mesmo em um lugarque todos possam vê-lo. O "alvo"representa a vontade de Deus parao homem. Explique à turma que nos-so alvo deve ser acertar o centro davontade do Senhor. Quando erramoso alvo, significa que pecamos. Pecaré errar o alvo. A Bíblia declara que"todos pecaram". Então, como pode-

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ríamos nos livrar dos nossos peca-dos? Pergunte à classe. Promova umpequeno debate sobre regeneraçãoe pecado, a fim de introdu/ir o as-sunto. É bom lembrar que o métodode discussão pode ser um poderosoaliado das aulas expositivas. Umadiscussão bem conduzida fornece aoprofessor um valioso feedback (res-posta) sobre o aprendizado e evita acomunicação unilateral. É preciso,por sua vez, formular questõesinstigadoras. Elabore explicaçõesmais detalhadas e avalie a profun-didade da compreensão da classe.

INTRODUÇÃOÀ medida que avançamos no es-

tudo do enganoso movimento dopós-modernismo, fica bem claro queum de seus principais fundamentos— o homem como a medida de to-das as coisas — ignora o estado pe-caminoso deste e exclui a sua ne-cessidade da regeneração. Esta é agrande falácia do Diabo através dosseus instrumentos, para assim agirlivremente sobre a consciência, que,cauterizada por essa ideia, leva o serhumano a não admitir o pecado, aculpa e a necessidade de revestir-se do novo homem regenerado emCristo (Ef 4.12-24).

I) A NEGAÇÃO DAPECAMINOSIDADE DOHOMEM

(l) Não há t r a n s g r e s s ã oonde não houve propósito. Este

insano enunciado é deles. Isto equi-vale dizer que o homem surgiu poracaso, sem qualquer propósito nemdisposição intencional de uma men-te superior — a mente de Deus —em criá-lo. Noutras palavras; nãoexiste pecado ou transgressão do ho-mem contra Deus e contra seu se-melhante. É o mesmo pensamentomaligno que permeou a história deIsrael e que caracteriza o ímpio emtodas as suas cogitações: não há Deus(SI 10.4), não há pecado (Pv. 14.9; 7Jr 16.10; l Jo 1.8) e a vida consiste -*meramente no prazer mundano, nosbens terrenos, no dia em queestamos vivendo, sem qualquer es-perança de vida eterna e feliz comDeus. Esse povo distanciado de Deustem antecessores de longa data. Oprofeta Isaías cita-os em seu livro(22.^3) e o apóstolo Paulo, altamen-te versado em refutação e falsas dou-trinas, também combate o mesmofalso enunciado em l_Co 15.32.

(2?i O pecado é produto damanipulação religiosa. Este éoutro ensino deles. O pós-modernis-mo, portanto, não é apenas umacorrente filosófica; é lambem umareligião que avassala o ser humano.

O pecado é uma realidade; é umaafronta contra o Deus santo e ver-dadeiro. Não é invencionice huma-na nem manipulação religiosa. Porconseguinte, quando as Escriturasensinam sobre a necessidade da re-generação, o seu propósito não é es-cravizar o homem, mas, sim, libertá-lo do poder do pecado e levá-lo àverdadeira liberdade em Cristo (w.23,34; Rm 6.12-14; Jo 8.32,36).

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HumanismoConsoante esta

doutrina, ohomem é ocentro doUniverso e

Deus, alguémtotalmente

dispensável.

II. O HOMEM SEGONDO OHUMANISMO

(r. É um ser que está sempremelhorando por si mesmo. Ohumanismo ao contrário do que en-sina a doutrina bíblica da regenera-ção, apregoa que o homem está sem-

pre melhorandopor si mesmo emtodos os sentidos, oque equivale a di-zer que ele nãoprecisa, nem de-pende de Deus. Apsicologia quehoje, infelizmente,em muitos dos

'seus postulados acata o humanismo,ensina que a formação do caráter idealna criança depende tão somente dainteracão do indivíduo com o meioambiente, descartando todo o ensino,evidências e exemplos das SagradasEscrituras neste particular. Ela tam-bém rejeita a realidade do pecadocomo estigma universal da raça hu-mana, herdado de Adão, como ensi-na a Bíblia (Rm 3.10, 23; 5.12-14).

(2j O aperfeiçoamento máxi-mo do ser humano. O humanismopós-modernista afirma isto aberta-mente. Até uma pessoa simples e co-mum do povo, e destituída de ideiaspré-concebidas, sabe, observa e sen-te que isso é tolice. Isso nunca ocor-reu na história do mundo. Se, por umlado, testemunhamos por toda parteo aprimoramento do conhecimentoe dos feitos científicos, por outro, ahumanidade continua cada vez maisdecadente, moralmente apodrecida eviolenta, porque prefere fechar os

olhos ao ensino bíblico sobre o peca-do e a necessidade da regeneração(vv. 25,26; Mt 24.12; Rm 5.17-19),

lIJA REGENERAÇÃO DO SERHUMANO NAS SAGRADASESCRITURAS

m O homem foi criado porDeus em perfeição. Esta verda-de bíblica permanece intacta atra-vés dos séculos e ninguém jamaispode alterá-la. O homem não sur-giu do acaso, como ensinam oshumanistas, mas foi criado à ima-gem e semelhança de Deus (Gn1,26,11). Deus é a causa primáriade todas as coisas, inclusive o serhumano, que veio à existência emestado de perfeição espiritual, mo-ral, psíquica e física. O acaso jamaisproduziria o ser humano com seujfcomplexo aparelho psíquico consci-ente e perfeito, capaz de pensar eagir por vontade própria, que o re-veste de responsabilidade moral porseus feitos e de característica sin-gular, acima de todos os seres daCriação (Gn 1.28-31). O acaso tam-bém não poderia criar um corpocompleto, funcional e com uma ana-tomia perfeita, como dispõe o serhumano. Nem teria o acaso poderde soprar-lhe o espírito (Gn 2.7) afim de propiciar-lhe comunhão comDeus, pois o acaso é aleatório,imprevisível e impessoal. Só o DeusAltíssimo, Pessoal e Onipotente, aquem rendemos toda honra e gló-ria, seria capaz disso!

[2) O homem pecou e foi afe-tactò pelo pecado. Infelizmente,porém, o Inimigo de Deus e de nossas

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almas, interagindo enganosamentecom o livre-arbítrio do homem, sedu-ziu-o e por meio dele (o homem), in-troduziu o pecado e a morte no mun-do (Rm 5.12). Um dos principais sig-nificados do vocábulo pecado é erraro alvo. Em outras palavras, o propósi-to de Deus para a raça humana foi des-virtuado pela desobediência de nos-sos primeiros pais (Gn 2.1_5-17). O pe-cado passou a contaminar todo ho-mem que vem ao mundo, tornando-opresa fácil de Satanás, que, mediantea disseminação de ideologias materi-alistas, como a que estamos estudan-do hoje, afasta a humanidade cada vezmais.^ie Deus.

(jj) O homem necessita daregeneração. No próprio juízo deDeus ao primeiro casal, extensivoa toda raça humana, veio tambémimplícita a promessa de sua reden-ção (Gn 3.15), cuja trilha perpas-sou toda a história bíblica até che-gar à plenitude dos tempos_ (Gl 4.4).Na época exata, o Filho Unigénitode Deus tomou a forma de homempara, através de sua obra vicária,redimir o ser humano de seus pe-cados e das mãos de Satanás (w.24-26; j^2.5-11). A parte de Deusestá perfeitamente consumada,como claramente expõe reitera-damente a Epístola aos Hebreus.Basta ao homem crer na providên-cia divina e pela fé salvifíca emCristo, aceitá-la, ao invés de darouvidos ao pós-modernismo huma-nista, que o leva cada vez mais parao abismo.

Cristo veio para restaurar todas ascoisas, a partir do homem (Mt 19.28;

jQj$.2l). No tempo de Deus, essa res-tauração e renovação abrangerão todaa criação, a natureza, o Universo (2 7Pé 3.13; RmJU9:21; Ap 21.1,5). É'õ"retorno do mundo ao" seu estado ori-ginal. "Mas Deus, não tendo em contaos tempos da ignorância, anuncia ago-ra a todos os homens, e em todo lu-gar, que se arrependam" (At_17.30)_.Quando o pecador se arrepende deseus pecados e aceita a Jesus como seuSalvador, ele experimenta a nova vidaem Cristo, gerada pelo poder do Espí-rito Santo, que nele passa a habitarapós receber a salvação.

CONCLUSÃOs&

Assim, enquanto o mundo conti-nua em busca da nova humanidadeatravés dos caminhos do pós-moder-nismo humanista, negando a neces-sidade da regeneração bíblica, nós,os cristãos redimidos pelo sangue deCristo, reafirmamos com ousadia osfundamentos da sua doutrina, sema qual o revestir-se do novo homemjamais poderá ser alcançado, x^-'

AUXÍLIOS SUPLEMENTARESSubsídio Teológico

"Sob a influência do raciona-lismo e da teoria evolucionista, adoutrina da queda do homem e deseus efeitos fatais sobre a raça hu-mana, foi descartando-se gradual-mente. Começou a difundir-se aideia de que, se realmente houve oque a Bíblia chama "queda" do ho-mem, essa queda foi para o alto. Aideia do pecado odioso aos olhossantos de Deus foi substituída pelo

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mal, e este mal se aplicou de dife-rentes maneiras. Por exemplo,Emmanuel Kant o considerou comoparte inseparável do que há demais profundo no ser humano, eque não se pode explicar. O evolu-cionismo chama esse "mal" de opo-sição das baixas inclinações ao de-senvolvimento gradual da consci-ência moral. Karl Barth, teólogo su-íço (1886-1968), fala da origem dopecado como um mis té r io dapredestinação.

Em suma: O que muitas corren-tes da teologia racionalista errada-mente ensinam é que Adão foi, naverdade, o primeiro pecador, porémsua desobediência não pode ser con-siderada como causa do pecado nomundo." (OLIVEIRA, Raimundo de.As grandes doutrinas da bíblia. RJ:CPAD, 1995, p.192.)

Evolucionismo: Designaçãocomum às doutrinas que ensinama mutabilidade das espécies.

Redenção: Livramento do pe-cado e de seu poder; perdão dospecados.

Refutação: Contestação, obje-ção, réplica.

Regeneração: Alo que se dána vida de quem aceita a Cristo,tornando-o partícipe da vida e danatureza divina.

j 1 t- 1 [- > 1 l

• MENZIES, William W e HORTONStanley M. Doutrinas bíblicas,uma perspectiva pentecostal.CPAD, 1995.

QUESTIONÁRIO1. Como os pós-modcrnistas definem o pecado?R. Uma invendonice humana, um produto da manipulaçãoreligiosa.

2. De que maneira o humanismo descreve o homem?R. C.omo um ser que está sempre melhorando por si mesmo.

3. Cite um dos principais significados do vocábulo pecado.R. Errar o alvo.

4. Porque o homem precisa da regeneração?R. Porque o homem pecou e foi afetado pelo pecado.

5. O que é a regeneração bíblica?R. É a nova vida em Cristo, gerada pelo poder do Espírito Santo,que passa a habitar no crente após este ter recebido a salvação.

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Lição 8O ABORTO E A EUTANÁSIA

2O de novembro de 2OO5

TEXTO ÁUREO

"Antes que eu te formasse noventre, eu te conheci; e, antes quesaísses da madre, te santifiquei c

às nações te dei por profeta"(Jrl.5).

ERDADE PRATICA

O aborto e a eutanásia são prá-ticas condenáveis e pecaminosas,porque vão de encontro à vontadesoberana de Deus.

HINOS SUGERIDOSCD Harpa Cristã 151(vol.4-f.2),61 e 75.

SALMO 139.13-16;ECLESIASTES 3.2

Salmo 13913- Pois possuíste o meu interior;entreteceste-me no ventre de mi-nha mãe.14- Eutelouvarei,porquedeummodoterrível e tão maravilhoso fui formado;

Segunda - SI 127Os filhos são herança do Senhor

Quinta - At 20.24; Fp 1.21A vida no propósito de Deus

Terça - l Sm 1.1-28 Sexta - Mt 6.25-34Os filhos devem ser consagrados A vida e o cuidado de Deusa Deus

Sábado - l Co 15.1-23Quarta - 2 Rs 4.8-37 A vida e a esperança em DeusOs filhos precisam de proteção

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maravilhosas são as tuas obras, e aminha alma o sabe muito bem.15-Os meus ossos não te foramencobertos, quando no oculto fuiformado e entretecido como nasprofundezas da terra.16- Os teus olhos viram o meu cor-po ainda informe, e no teu livrotodas estas coisas foram escritas, asquais iam sendo dia a dia formadas,quando nem ainda uma delas havia.Eclesiastes 32 - Há tempo de nascer e tempo demorrer; tempo de plantar e tempode arrancar o que se plantou.

PONTO DE CONTATO

Recentemente, através da mídia,as pessoas de todo o mundo pude-ram acompanhar o caso de umaamericana que v iv ia em estadovegetat ivo há IS anos e morreuapós longa batalha judicial entreseu marido e sua família. Median-te este caso, o tema da eutanásiavoltou a ser discutido no mundointeiro. Além disso, projctos de leia favor da legalização do abortotêm sido levados ao Congresso Na-cional. Para debater os temas pro-postos na lição de hoje, c precisorever com atenção o que a Bíbliadeclara a respeito deste assunto:

l . A vida c um dom precioso deDeus (Gn 1.20-25). 2. Deus fé/ ohomem à sua imagem e semelhan-ça, logo, a importância do ser hu-mano deve ser refletida. Devemoslutar pela preservação da vida (Gn1.26 e 9.5-6). 3. A morte física não

é o fim e nem urna fuga do sofri-mento. É o resultado do pecado(Rm. 6.23). 4. Se o homem experi-mentar a presença restauradora deJesus e o seu poder, nada, nem amorte poderá provocar a derrotadele. (2 Co 4.8-11). 5. Muitas vexesos sofrimentos ocorrem para queDeus seja glorificado (Jo 11.4). 6.A intrcpide/ perante a morte é umacaracterística do servo de Deus (Fp1.21) . 7. Não podemos negar queos servos de Deus algumas vexes ex-pressaram o desejo de morrer an-tes do tempo apontado pelo Se-nhor, buscando encontrá- lo ( l ;p1.23), mas submeteram-se à von-tade do Pai em suas vidas, sendo oexemplo maior disso o Senhor Je-sus Cristo (Ml 26.39). 8. O ser hu-mano, embora seja a coroa da cria-ção de Deus, tem seu conhecimen-to limitado, não podendo definir osseus passos pelos resultados queespera (pragmatismo). Somentepara Deus nada é difícil ou impos-sível (Jr 32.17). 9. Somente o au-tor da vida possui o d i re i to deconcedê-la e tirá-la: "O Senhor é oque tira a vida e a dá; fa/ descer àsepultura e a fa/ tornar a subirdela" (l Sm 2.6).

Após esta aula, seu aluno deve-rá estar apto a:

Relacionar os principais argu-mentos dos que defendem o abor-to e a eutanásia.

Refu ta r cada um desses argu-mentos à lu/ dos princípios bíblicos.

56 Lições Bíblicas

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Expl icar que o nascimento e avida são atos da vontade soberanade Deus.

Os temas da lição de hoje sãobem i lolcmicos para os que não co-nhecem as Escrituras. Todavia,aqueles que servem a Deus c com-preendem os ensinos bíblicos têma convicção de que tais práticas sãocondenadas pelo Criador.

Embora a eutanásia e o abortosejam questões complexas, na ver-dade, estas práticas são uma tenta-tiva de descartar uma vida. A vidaé um dom de Deus. O ser humanofoi criado de modo especial, à ima-gem e semelhança de seu Criador.O homem é a coroa da criação (Gn1.6). Através das Escrituras Sagra-das, podemos observar o Senhortratando com o ser humano antesde sua concepção: "Antes que eu teformasse no ventre eu te conheci..."(Jr 1.5). Nesta passagem, podemosconstatar a presciência divina quecontempla cada pessoa em sua in-dividualidade. Os humanis tas ematerialistas defendem o aborto,porquanto desvalori/am o ser emgestação, encarando-o apenascomo uma questão meramente téc-nica e funcional. Logo, eles nãovêem qualquer problema moral naprática do aborto.

Em relação ã eutanásia, segun-do a visão secular e maligna des-ses homens, o sofrimento diminuia "qualidade" da vida, por isso, lu-tam para legitimar o término da

mesma, quer vo lun t a r i amen te ,quer pelo arbítrio ou determinaçãode outro. Jó passou por momentosmuilo difíceis. Parecia não haversaída para ele. Sua mulher o incen-tivava a buscar a morte, entretan-to, confiante no Todo-Poderoso, eledeclarava: "...como fala qualquerdoida, assim falas tu; receberemoso bem de Deus e não receberíamoso mal? (Jó 2.7-10). O sofrimentopara o cristão é momentâneo e pro-picia o seu aperfeiçoamento.

('orno você pode perceber, taisassuntos são complexos, portanto,devemos estudá-los com toda a se-riedade e a f i n c o , mostrando oquanto Deus ama o ser humano.Ademais, enquanto "sal" e "luz"deste mundo, precisamos alçar abandeira do evangelho de Cristo eproclamar as verdades bíblicas comcoragem. Lutar contra o aborto e aeutanásia é dever de todo crenteque ama a Deus, a sua Palavra e a\.

ORIENTAÇÃO DIDATIGA

Divida a classe em 2 grupos.Depois que já estiverem formados,entregue a cada grupo uma dasquestões da página seguinte. Cadagrupo terá três minutos no máximopara discutir seu tema e dois minu-tos para expor sua opinião à classe.Conclua o debate à lu/ da Bíblia.Aproveite o subsídio do ponto decontato. Se for possível, escreva ostópicos lá contidos em uma folha decartolina ou reprodu/a-os em trans-parências.

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1. Qual deve ser o posiciona-mento do cristão em relação aoaborto e a eutanásia?

2. O que diz a Bíblia sobre oaborto e a eutanásia?

INTRODUÇÃOO pós-modernismo defende a le-

galização do aborto e da eutaná-sia, ignorando o que diz a Palavrade Deus no tocante à defesa da vidahumana. Diversos países já altera-ram a sua legislação para legalizaressas práticas criminosas. No Brasil,o legislativo federal enfrenta pres-são de indivíduos e grupos repre-sentativos, a fim de que aprove tan-to um quanto o outro.

Defendendo a ideia do aperfei-çoamento humano pela eliminaçãodas pessoas tidas como menos qua-lificadas física e mentalmente, opós-modernismo em nada difere donazismo que, durante a SegundaGuerra Mundial , apregoava aeugenia — a tentativa de se criaruma raça perfeita a partir da enge-nharia genética.

I. O QUE DIZEM 05DEFENSORES DO ABORTO1. Não reconhecem a dig-

nidade e o valor do ser emgestação. O salmo 139 enaltece acriação humana como obra de Deuse retrata a gestação numa lingua-gem extremamente rica e sem dei-xar qualquer dúvida: o ser em de-senvolvimento na madre precisaser tratado com a mesma dignida-

de e proteção que as leis determi-nam para os indivíduos já nascidos.

Os defensores do aborto, porém,não vêem o nascituro como viu Davi.O salmista identifica a mão de Deus,tal qual um artista, entretecendo demaneira maravilhosa o ser humanoainda no ventre materno (w. 13,14).Os defensores do aborto encaram aprocriação como uma questão me-ramente técnica e funcional, nãovendo qualquer problema moral naprática do aborto.

2. D e f e n d e m o que eleschamam direito de escolha. Nadefesa da vida humana, devemossempre fundamentar-nos nos prin-cípios, verdades e doutrinas da Pa-lavra de Deus, e nunca em nossaspróprias ideias, deduções e leis. Ospós-modernistas pugnam por umfalso direito de escolha, menospre-zando o que Deus exige em sua Pa-lavra. Afinal, Ele criou e sustentatodas as coisas (Hb 1.2,3). Por con-seguinte, todo o direito e toda au-toridade têm a Deus como fonte.

A mulher , alegam os taishumanistas, tem o direito de deci-dir sobre o próprio corpo e de es-colher entre dar à luz ao novo serou abortá-lo — principalmente selhe for constatado alguma anoma-lia. Eles apregoam que o ser huma-no, nessa fase da vida, em nada di-fere de um objeto que pode ser des-cartado a qualquer momento. Nãopassam eles, pois, de adoradores deMoloque; repetem em seu materia-lismo perverso e criminoso, os mes-mos pecados de Israel (Lv 18.21;Jr32.35).

58 Lições Bíblicas

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3. Não reconhecem o ser emgestação como indivíduo. Ar-gumentam eles que o ser em gesta-ção não é uma pessoa por não dis-por ainda, de maneira plena, dosmecanismos da razão — pensamen-to, raciocínio, consciência (inclusivedo bem e do mal) e livre-arbítrio.

Vejamos o que a Bíblia mostra emJuizes 13.2-25. Leia esta passagemcom a mente aberta para Deus. Nov. 8, a criança prometida a Manoá eà sua esposa é apresentada em seudesenvolvimento inicial. No v.12,embora ainda não houvesse nasci-do, era considerada um ser humanopleno. No v. 24, dá-se o seu nasci-mento. O interessante é que, nas trêsocasiões, a criança, que viria a serum dos maiores heróis de Israel, étratada como um ser humano com-pleto e não como algo descartável.

Há diversos outros textos bíbli-cos correlates que ensinam os fu-turos pais a se resguardarem dosensinos do pós-modernismo.

H. OS PRINCÍPIOS QUEPROÍBEM O ABORTO

1. A vida humana tem seuinício na concepção. À luz daética e da moral, o aborto é um cri-me, pois a vida humana tem iníciono exato momento da concepção.Sempre que a Bíblia descreve o nas-cimento de alguém, deixa claro quea vida humana está presente desdea concepção até o nascimento. Con-cepção, gestação e parto não sedesvinculam (Gn 4.1). Davi, por suavez, se reconhece no ventre mater-no como um indivíduo completo que

ia sendo formado pelo próprio Deus(w.15,16).

2. Os direitos do nasciturocomo um ser humano. A prá-tica do aborto não deve ser vistacomo um direito de escolha da mu-lher. Pois não leva em conta os di-reitos do ser em gestação que, ali-ás, não pode sequer alçar a vozpara defender-se. Quando a Bíbliase reporta a algumas pessoas cha-madas por Deus desde o ventre (Gn25.20-23; Is 49.1; Lc 1.15,41; Gl1.15,16) está implicitamente afir-mando não só o direito de o ser emgestação nascer, mas de cumpririgualmente os propósitos para osquais vem ao mundo.

3. A transcendência divinana geração de filhos. Os princí-pios bíblicos apontam para a sobe-rania divina em cada concepção. Poistoda criatura nasce sob permissão deDeus, e só Ele, o doador da vida, temo direito absoluto sobre ela (Is 45.12;Mt 10.28). Como afirmou Davi, re-ferindo-se à própria concepção: "Osteus olhos viram o meu corpo aindainforme, e no teu livro todas estascoisas foram escritas, as quais iamsendo dia a dia formadas, quandonem ainda uma delas havia" (v.16).

Como se vê, em nenhum momen-to os defensores do aborto tratam dopropósito e da soberania de Deusconcernente à vida humana. Os pla-nos de Deus, contudo, são inegociáveiscomo Ele próprio declara ao profetaJeremias: "Antes que eu te formasseno ventre, eu te conheci; e, antes quesaísses da madre, te santifiquei e àsnações te dei por profeta" (Jr 1.5).

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III. OS DEFENSORES DAEUTANÁSIA1. A abreviação do sofrimen-

to. O termo eutanásia é de origemgrega e significa literalmente "boamorte". Empregado pela primeira vezpor Francis Bacon em 1623 com o sen-tido de antecipação da morte, temcomo justificativa abreviar o sofrimen-to de pacientes terminais e daquelesque sofrem de doenças irreversíveis.Os seus defensores advogam: da mes-ma forma que o indivíduo já nascidotem o direito inalienável à vida, nãose pode negar-lhe o direito à morte.Apesar das aparências, a eutanásia éuma afronta a Deus que no princípioordenou quanto à vida humana: "Nãomatarás".

2. Um ato de arnor pelopac ien te . É outra justificativaapresentada na defesa da eutaná-sia. Ora, que tipo de amor é este?É limitado e egoísta. Na verdade,procura descartar um enfermo,para que este não lhes sirva deenfado. Precisamos todos estarpossuídos do amor de Deus (Jo15.12; Rm 13.10; 2 Pé 1.7). Aliviaro sofrimento de um enfermo nãoimplica em matá-lo; implica emassisti-lo devidamente para que,mesmo no leito da morte, tenha elequalidade de vida.

IV. PRINCÍPIOS BÍBLICOSCONTRA A EUTANÁSIA1. A eutanásia não leva em

conta os desígnios de Deus. Amorte passou a fazer parte da his-tória do homem somente a partir dasua queda no Éden. Portanto, Deus

não criou o homem para a morte;criou-o para a vida. A luta pela vidaé algo inato no ser humano. Dese-jar a morte é algo que somente semanifesta em tempos de profundacrise. É exceção; contraria a vonta-de divina. Quando o profeta Elias foitomado por esse cruel sentimento,Deus não lhe ofereceu a eutanásiacomo saída, mas reconfortou-lhe ocoração, confiando-lhe algumas ta-refas até que se cumprissem os seusdias (IRs 19.1-21). Aqui, meditaratentamente no v. 7. A morte, naverdade, é o resultado do juízo deDeus sobre os nossos primeiros pais,em virtude de sua desobediência,estendendo-se também a toda raçahumana (Gn 3.19; Rm 5.12; 6.23).

Na sentença dada por Deus aAdão (ver Gn 3.17), vemos claramen-te a menção à vida: "com dor come-rás dela [a terra] todos os dias datua vida". O texto pressupõe um tem-po para viver que só seria dado porconcluído quando chegasse a horada morte, segundo os desígnios deDeus, e não conforme a vontade dohomem (Ec 3.2). Assim, qualquer atoque implique na abreviação da vida,tenha o nome que tiver, vai de en-contro ao que Deus planejou para oser humano (2 Tm 4.6-8; At 18.9-11).

2. A eutanásia é uma formade egoísmo. A eutanásia, ao invésde ser um gesto de amor para com opaciente, é uma forma cruel de ego-ísmo. Na verdade, o que os familia-res e outros responsáveis desejam, édescartar-se do paciente já inválido- como nos abortos de fetos deficien-tes - para se verem livres do proble-

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ma. O que não querem é trabalho. To-davia, o amor, proveniente de Deus,vai até o fim, sempre lutando em fa-vor da vida, como demonstram nãosó os exemplos bíblicos (ver Lc 8.40-56), mas tantos outros à nossa volta.Ler l Jo 3.16.

CONCLUSÃO

O aborto e a eutanásia são, por-tanto, fruto da mente doentia doshumanistas, cuja consciência, cau-terizada que está pelo pecado, jánão reconhece as demandas deDeus em favor da vida. A raça hu-mana, para os humanistas, é cons-tituída de seres meramente orgâ-nicos, que devem ser eliminadossem qualquer subordinação ao de-sígnio divino. Mas, como vimos, onascer e o viver são atos da vonta-de soberana de Deus.

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

Subsidio Teológico"Mesmo sem ser uma pessoa

completa, o embrião, ou feto, não ésubumano; é uma pessoa em forma-ção, em potencial. Da primeira à oi-tava semana (2 meses), completa-se a formação de todos os órgãosapresentados, inclusive, as impres-sões digitais. Aos três meses, no úte-ro, o bebé já está formado esperan-do crescer e sair à luz. Mesmo comoo ovo, ou feto, desde a concepção,cremos que o bebé não só tem vida,mas também alma e espírito den-tro dele (Zc 12.1). O homem, nessetexto, não é um ser humano adul-to, mas um ser criado, com todas

as características genéticas, sem dú-vida. Assim, Deus não dá o espírito(e a alma) a um amontoado de cé-lulas ou a uma coisa, como enten-dem os materialistas, mas Ele o dáa um ser grande, com potencia-lidades para nascer.

Há quem defenda a eutanásiaativa, sob o argumento de que 'nãose deve manter artificialmente avida subumana ou pós-humanavegetativa', e que se deve evitar osofrimento dos pacientes desenga-nados, com moléstias prolongadas{câncer, AIDS etc). Somos de pa-recer que o cristão não deve apoi-ar essa prática, pois consiste emuma ação deliberada e conscien-te, normalmente por parte do mé-dico, a pedido do paciente, ou defamiliares (ou sem consentimen-to), através da aplicação de algumtipo de agente (substâncias, medi-camentos, etc) que leve o pacien-te à morte, evitando o seu sofri-mento. A Bíblia diz: "Não mata-rás..." (Êx 20.13). O verbo matar,aí, é rasab, que tem o sentido deassassinar intencionalmente (nãose aplica ao caso de matar na guer-ra, em defesa própria etc). A açãodo médico, tirando a vida do pa-ciente, é vista como um assassina-to, segundo a maioria dos estudi-osos da ética cristã. Tradicional-mente, se reconhece que a euta-násia é um crime contra a vonta-de de Deus, expressa no decálogo,e contra o direito de vida de to-dos os seres humanos." (LIMA,Elinaldo Renovato. Ética cristã,confrontando as questões do nos-

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só tempo. Rio de Janeiro: CPAD,2002, p. 46, 138,139.)

Leia maisRevista Ensinador Cristão

\, n° 24, pág 40.

Concepção: O ato ou efeito deconceber ou de gerar (no útero).

Gestação: Fenómeno de de-senvolvimento do produto da fe-cundação no útero, que compreen-de as fases ovular, embrionária efetal, até que, finda a última, ocor-re o nascimento.

Inalienável: Intransferível.Madre: Útero.Nascituro: Aquele que há de

nascer.Procriar: Gerar.Pugna r : Tomar a defesa de;

combater; lutar.

L j i í- | i1

\- U 1

S LIMA, Elinaido Renovato de. Éti-ca cristã, confrontando as questõesmorais do nosso tempo. CPAD,2002.*/ ANDRADE, Claudionor Corrêade. Dicionário teológico. CPAD,2001.

QUESTIONÁRIO7. Qual a posição dos pós-modernistas em relação ao aborto e u

eutanásia?R. Eles defendem a legalização do aborto e da eutanásia, ignorando

o que diz as Escrituras.

2. Qual o argumento usado pelos pós-modernistas para justificar oaborto?

R. Defendem a ideia do aperfeiçoamento humano pela eliminaçãodas pessoas tidas como menos qualificadas física e mentalmen-te.

3. Cite dois princípios que proíbem o aborto.R. A vida humana tem seu início na concepção; os direitos do

nascituro como um ser humano.

4. O que é eutanásia?R. É a antecipação da morte, O termo significa literalmente "boa

morte".

5. Cite dois princípios bíblicos contra a eutanásia.R. A eutanásia não leva em conta os desígnios de Deus; é uma forma

de egoísmo.

i A â AMBHl

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Lição 9A PERMISSIVIDADEPESSOAL E SOCIAL27 de novei 2OO5

"Mas, como é santo aquele quevos chamou, sede vós também

santos em toda a vossa maneirade viver, porquanto escrito está:

Sede santos, porque eu sou santo(l Pé 1.15,16).

Se os fundamentos de nossasantíssima fé cristã estiverem bemfirmes e consolidados, os ventos dapcrmissividade não terão meiospara estragar e destruir a nossa vida,pessoal e social.

HINOS SUGERIDOSCD Harpa Cristã 131

(vol. 3 -f. 10), 422 e 432.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

HEBREUS 3.12-19; 13.4

Hebreus 312- Vede, irmãos, que nunca haja emqualquer de vós um coração mau einfiel, para se apartar do Deus vivo,

13-Antes, exortai-vos uns aos ou-tros todos os dias, durante o tempoque se chama Hoje, para que ne-nhum de vós se endureça pelo enga-no do pecado.

Segunda - Rm 6.19Santificação: as vestes contraa permissividade

Terça - 2 Co 7.1 x

Santificação: o meio para o seuaperfeiçoamento

Quarta - l Ts 4.3-8 "'Santificação: uma forma dehonrar a Deus

Quinta - Hb 12.14Santificação: o caminho paravermos a Deus

Sexta - I Pé 1.2 -^Santificação: dela procede aobediência

Sábado - l Pé 1.15,16 'Santificação: um mandamentodivino

Lições Bíbíícas 63

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14- Porque nos tornamos partici-pantes de Cristo, se retivermos fir-memente o princípio da nossa con-fiança até ao fim.15-Enquanto se diz: Hoje, seouvirdes a sua voz, não endureçais ovosso coração, como na provocação.16 - Porque, havendo-a alguns ouvido,o provocaram; mas não todos os quesaíram do Egíto por meio de Moisés.17- Mas com quem se indignou porquarenta anos? Não foi, porventura,com os que pecaram, cujos corposcaíram no deserto?18- E a quem jurou que não entrari-am no seu repouso, senão aos queforam desobedientes?19 E vemos que não puderam entrarpor causa da sua incredulidade.Hebreus 134 - Venerado seja entre todos o matri-mónio e o leito sem mácula; porémaos que se dão à prostituição e aosadúlteros. Deus os julgará.

NTO DE GONTATO

Você já parou para pensar comoã falta de princípios bíblicos tem le-vado a sociedade a um afrouxo mo-ral de grandes proporções? Basta abriros jornais pela manhã para nos depa-rarmos com as manchetes sobrecorrupção, desigualdade social, se-questros, mortes... Sabemos que a cau-sa de tudo isso é o pecado, visto pelosujeito pós-moderno como algo co-mum. Nesta lição, estudaremos acer-ca da permissividade moral pessoal esocial que assola a humanidade.

Após esta aula, seu aluno deve-rá estar apto a:

Expl icar as causas que condu-zem as pessoas à permissividade.

Conhecer os meios emprega-dos pelo inimigo para disseminara permissividade.

Praticar os princípios bíblicoscontrários à permissividade.

SÍNTESE TEXTUA

Todo o crente compromissado^com o Senhor deseja viver em san-tidade. A santificação é um proces-so, logo, é realizada paulatinamen-te por meio do Espirito Santo na-queles que a buscam com um cora-ção sincero e puro. Não podemosser complacentes com o pecado,pois fomos chamados para a santi-dade (HblZ-LQ^ Todavia, muitosestão sendo influenciados pelosveículos de comunicação, em espe-1 fy1

ciai pela televisão. Criada com o ob-Ajetivo de entreter as pessoas, rapi-damente tornou-se um instrumen-to disseminador de ideologias, cos-tumcs, moda e, so_i>reiuiic>, de y a-jo ré s contrários às Escrituras, ' y

As consequências da permissi-vidade são o caos moral da socie-dade. O mundo está mergulhado nopecado, por isso, ser "sal" e "lu/"não é tarefa fácil, mas é nossa obri-gação. É imprescindível a pregaçãodo evangelho santo e o ensino dadoutrina ortodoxa cristã na igreja,a fim de que a família seja preser-vada dessa devassidão.

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ORIENTAÇÃO DIDATICA

Já foi comprovado, através depesquisas, que o excesso de expo-sição à televisão causa graves e ad-versas consequências.

Amplie em uma cartolina o qua-dro abaixo e discuta com a classe talfato. Em seguida, pergunte: "Comopodemos viver como "sal" e "luz"neste mundo"/ Após discutir com aturma, mostre o gráfico abaixo.

INTRODUÇÃO

A permissividadc pessoal e soci-al é outra característica dos tempospós-modernos. O padrão de com-portamento justo e correio, comseus limites, à luz dos ensinos bí-.blicos, tem sido removido, nestesdias que antecedem a volta de Je-sus, resultando na falência moral dasociedade e comprometendo seria-mente a vida de muitos crentes.Termos como liberdade, direitos, to-lerância, prazer, auto-suficiência,

\, entre outros, destaca-

dos nos meios de comunicação, têmesgarçado o tecido social e estimu-lado os cidadãos a concluírem quepodem em todo tempo proceder efazer como bem quiserem.

Para a sociedade secular não hámais limites quanto a comporta-mento, procedimento, traje, vidarelacional, etc. As consequênciasdisso revelam-se nas atitudes e fa-tos dos mais absurdos, ilícitos e pe-caminosos que se possa imaginar,quando vistos à luz da Palavra deDeus. Este é o quadro descrito naBíblia, em Efcsios 4.17-19^A devas-sidão toma conta do mundo, em to-das as camadas da sociedade e, in-felizmente, tem afctado a Igreja. Esteé_p tema de nossa lição.

U AS CAOSAS DAPERMISSIVIDADE

rn A d e s o b e d i ê n c i a aosprincípios bíblicos. A principalcausa da permissividade moral é a j £/yinobservância dos princírMps bjjblj-cos. A travessia do povo de Israelpelo deserto, referida no texto daleitura bíblica em classe e as normascomunicadas por Deus a Moisés, no

CONSEQUÊNCIAS NOCIVAS DO EXCESSO DE EXPOSIÇÃO À MÍDIA

- Aumento do comportamento violento, agressividade- Diminuição de atividades físicas- Lesões por esforço repetitivo (vídeo, jogos de computador) ^- Insónia '- Convulsões óticas em indivíduos vulneráveis- Desempenho escolar prejudicado ^- Aumento da atividade sexual precoce e fora do casamento '- Diminuição do diálogo familiar '- Consumismo (resultando em inveja, ambição etc.) '

Lições Bíblicas 65

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Sinai, não eram caprichos de um serabsolutista. Tinham como propósi-to preservar de problemas e males anação, durante a longa viagem etorná-la um povo santo e forte, sobtodos os aspectos. Mas aquele povotornou-se rebelde, desobediente e decoração duro (vy. 12-15). Não cum-priram os mandamentos de Deus. OSalmo 106 descreve isso. Para ten-tar destruir o povo de Deus, o Ini-migo ataca em três frentes: mina a

_fé_ em Deus; induz as pessoas àcarnalidade e ao desvirtuamentojnoral; perverte a sã^doutrirja, me-diante incrvac(\es e ensinos

"ãritibíblicos na igreja. Foi assim queBalaão levou os filhos de Israel a pre-varicarem contra o Senhor, caindonas ciladas do tsj^icretismo religiosoe da prostituição (Nm. 25^JL;_

,31.9,1J?,16; l Pé 2,945; ArTíf 14). Portrás da imoralidade vêm a perda dotemor a Deus, a .Incredulidade, a_peimissivicla.de e a jyaostasia. Abrirmão dos padrões morais estabeleci-dos na Bíblia é ferir de modo letal avida de fé em Cristo (vy.!6J.§). Ora,"o justo viverá da fé" (Rm 1.17).

(T.) A extinção da moral nasociedade. Estamos vendo istoacontecer por toda parte, em públicoe em particular. Caso surja uma re-clamação, protesto, ou medida inibi-tória, logo apelam para o relativismo.É a síndrome de Sodoma e Gomorraa nortear o comportamento da mas-sa (Gn_iSJ_7-33; Gn_i9JdLl; -liyZ).Entre os crentes, a frouxidão moralestende os seus tentáculos através demestres segundo a própria concupis-cência (l Tm_63z5; 2 Tm 3.6-9). Para

esses pecados, similares aos descritosem l O^6. l Q, a degradação moral étida como algo normal. Anormal, paraeles é alguém viver segundo a retajustiça, pregada na Bíblia.

IIJ 05 INSTRUMENTOSDA PERMISSIVIDADE

IJA má formação familiar.•~-iS

A constituição da família vem diver-gindo muito do padrão bíblico quecompreende — em seu núcleo básico— marido, mulher e filhos (Gn_2JL4;SI 127.3). Nesse núcleo, aumenta semtrégua o jugo desigual, a falta decompanheirismo, a infidelidade en-tre os cônjuges, o desleixo na priori-dade dos valores espirituais, a faltade autoridade no lar e o comprome-timento pecaminoso dos filhos. Tudoisso significa brechas abertas para apermissividade. Ver pt 7.26; 22-5-

r?AA má formação bíblica.A ma formação do lar é o resultadoda falta de um dinâmico, competen-te e amoroso discipulado cristão.Por que os israelitas rebeldes mor-reram durante a travessia do deser-to e não entraram na Terra Prome-tida (vy^LKlâ)? Porque foram re-beldes aos princípios que Deus es-tabeleceu. Não quiseram dar valoraos ensinos transmitidos através deMoisés. A falta da Palavra de Deusleva a remoção dos marcos antigos,dando lugar a conceitos deturpadosque conduzem ao desregramento (§L119.11; Ç_y_3J-3;_2<U81~(3j O mau uso da mídia se-cular. A mídia secular, por sua vez,exalta e promove os valores que le-vam a permissividade, ao materialis-

66 Lições Bíblicas

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mo e ao ocultismo. Satanás e seusagentes estão por trás desse tipo demídia. Enquanto dispomos de pou-cas horas semanais para a devoção eo estudo da Bíblia, tanto em casaquanto na igreja (Pt 6.6-9), os meiosde comunicação bombardeiam nos-sos lares com mensagens repulsivase pecaminosas. E estas são adotadascomo modelo pela geração atual.

(4yO caráter dos formado-res de opinião. Outra área de for-te influência é a dos formadores deopinião em virtude da posição queocupam. O exemplo, negativo ou po-sitivo, dessas pessoas, pode motivardecisivamente os outros a repetiremo seu comportamento (l .To 5.19).É óbvio que há ainda formadores deopinião semelhantes a Paulo, santi-ficados e plenamente comprometi-dos com Deus, os quais podem afir-mar: "Sede meus imitadores, comotambém eu, de Cristo" íj_Co 11.1).

Infelizmente, entre os formado-res de opinião, a libertinagem pre-valece; são mestres em enganar osque neles se espelham. >^j

líh O COMBATE /^ A PERMISSIVIDADE

1. Pela disseminação inces-sante do conteúdo bíblico. Oconteúdo bíblico pode ser dissemi-nado por meio dos seguintes mé-todos: evangelização pessoal e co-ietiya; pregação expositiva e ungidada palavra de Deus; distribuição deBíblias. Novos Testaiuan.tos, folhe-

_tos ej/angelísticos; yisitacão pasto-jal e ac o ns e l tiamento s por pessoasespirituais maduras e sábias. Todos

esses recursos têm como resulta-do: a conversão de pecadores aDeus; o fortalecimento de crentes;o retorno de desviados; a operaçãode milagres genuínos.

Os princípios bíblicos são a fon-te dos bons hábitos que mantêm apureza de coração. É certo que oInimigo se oporá e resistirá de mui-tas maneiras, inclusive disfarçada-mente, mas a vitória é da Igreja porintermédio do Senhor Jesus. Sabe-mos que "o mundo jaz no malig-no" (Jo_5J_9). Cuidemos para quenão haja enfraquecimento em nos-sas fileiras com desertores como omencionado no v._12. Tal desvio co-meçou no coração ("um coraçãomau"); a seguir perdeu a fé ("infi-el"), e abandonou a Deus ("se apar-tar do Deus vivo"). A Bíblia conti-nua sendo e sempre será o recursoexato para o combate aos males epecados da permissividade. Ela éútil para a formação de bons hábi-tos e bons costumes; mantém-noso coração puro.

(_2jPela boa formação bíbli-ca e familiar. A doutrina bíblicadevidamente ensinada e aplicadaproduz a formação familiar cristã ide-al. Se os fundamentos da fé estão bemconsolidados e o Espírito Santo templena liberdade de ação e controletotal do crente — espírito, alma e cor-p o — a permissividade moral não en-contrará lugar em sua vida moral.

No que tange à vida sexual, aBíblia faz referência ao matrimó-nio em Hebreus JJL4, O vocábuloleito, no original, não se refereapenas ao leito como mobília, mas

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principalmente ao ato conjugalque tem lugar ali. Portanto, sexo épara ser desfrutado nos limites docasamento, entre marido e mulher— macho e fêmea — e não da for-ma como a sociedade pratica e en-sina a praticar.

(?) Pela ocupação e usocom sabedoria dos espaçosestratégicos. É preciso pensartambém na ocupação, com pru-dência, dos lugares estratégicos dasociedade. A área educacional, porexemplo, é hoje um campo fértilpara atuação de pedagogos cris-tãos, comprometidos com os prin-cípios bíblicos, os quais, com gra-ça e sabedoria, serão como umabarreira para conter os avanços dapermissividade.

A vida cristã não deve jamaisse limitar às quatro paredes do larou do templo. As figuras bíblicasdo sal e da luz, empregadas porCristo no Sermão do Monte (Mt

J>.13-lj5j, demonstram com clare-za que a ação do crente se carac-teriza pela relevância e afeta todaa sociedade.

CONCLUSÃO// Enquanto estamos no mundo,

Deus espera que nosso comporta-mento não seja semelhante ao dopovo de Israel no deserto, com umcoração endurecido, carnal e pro-penso ao pecado e à permissi-vidade. Ao contrário, Ele quer queem tudo nos submetamos ao senho-rio de Cristo e possamos ser refe-rência e exemplo para aqueles queestão à nossa volta (2 Rs 4.9). ,//

AUXÍLIOS SUPLEMENTARESSUBSIDIO DEVOCIONAL

Mesmo dentro de nossa casa,verificamos que as devoções fami-liares são suplantadas pelos deusesdomésticos eletronicos. A televisãopode funcionar como santuário pri-vado ao deus das imagens — umdeus do lar grego ou olímpico daESPM, um Buda pessoal da Televi-são Pública ou um deus Dionísio daTV a cabo. Cada um oferece suaprópria visão da vida boa. E fre-quentemente jazemos prostradosdiante de nosso deus, ficando atépreguiçosos e indolentes.

A transformação de uma cultu-ra oral, centrada na palavra, parauma cultura eletrônica, centrada naimagem, apresenta desafio especialpara estudiosos e estudantes cris-tãos, sobretudo levando-se em con-ta o poder hoje reconhecido dasimagens. Os valores promovidos nacultura popular da televisão e docinema raramente são os da fé cris-tã. O egoísmo, o hedonismo, a cobi-ça, a vingança, a luxúria, o orgulhoe uma legião de outros vícios sãomuito bem-sucedidos em competircom o fruto do Espírito Santo deamor, alegria, paz, longanimidade,benignidade, bondade, fé, mansidãoe temperança (Gl 5.22,23).

Para os cristãos, todas as coisas,inclusive interagir com a mídia deentretenimento, são lícitas, masnem tudo é necessariamente pro-veitoso ou edificante (l Co 10.23;16.12). Assim, enquanto Deus dá

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permissão para o espiritualmentemaduro explorar e desfrutar nossomundo, a sabedoria prescreve queexerçamos prudência e discrimina-ção." (PALMER. Michael D. (ed.)Panorama do pensamento cristão.RJ: CPAD, 2001, p. 394, 398, 399.)

GLOSSÁRIO

Antibíblico: Que se opõe oué contrário a Bíblia.

Permissividade: Qualidadede permissivo, ou seja, que dá per-missão; tolerante; indulgente.

BIBLIOGRAFIA SUGEBIDA

S PALMER. Michael D. (ed.) Pano-rama do pensamento cristão. RJ:CPAD, 2001.• HOLLOMAN, Henry. O poder dasantificação. CPAD, 2003.

QUESTIONÁRIO1. Quais são as causas da permissividade?R. A desobediência aos princípios bíblicos e a extinção da moral na

sociedade.

2. Cite dois instrumentos da permissividade.R. A má formação familiar e bíblica e o mau uso da mídia secular.

3. Como os formadores de opinião influenciam a sociedade?R. Em virtude da posição que ocupam, podem motivar decisiva-

mente os outros a repetiremo seu comportamento.

4. De que maneira podemos combater a permissividade?R. Pela disseminação do conteúdo bíblico; boa formação bíblica e

familiar; ocupação e uso sábio dos espaços estratégicos.

5. Como deve ser o nosso comportamento diante de Deus?R. Submetido ao senhorio de Cristo e diferente do comportamento

de Israel no deserto.

i lilllLições Bíblicas 69

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Lição 10O MATERIALISMO E O ATEÍSMO

4 de dezembro de 2OO5

TEXTO ÁUREO

"A minha alma tem sede de Deus,do Deus vivo; quando entrareie me apresentarei ante a face

de Deus" (SI 42.2).

VERDADE PRATICA

A escala de valores e priorida-des do crente precisa sempre terDeus em primeiro lugar, para queos homens possam ver, pelo nossotestemunho, Cristo em nossa vida,e ver Deus como Criador e Senhordo mundo.

HINOS SUGERIDOSCD Harpa Cristã 231

(vol.6 - f . l) , 306 {vol.7 - f.5) e 354.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

ROMANOS 1.18-2418- Porque do céu se manifesta a irade Deus sobre toda a impiedade einjustiça dos homens que detêm averdade em injustiça;19- porquanto o que de Deus sepode conhecer neles se manifesta,porque Deus lho manifestou.20- Porque as suas coisas invisíveis,desde a criação do mundo, tanto o

Segunda - l Co 1.9A fidelidade de Deus e seuresultado em nós

Terça - 2 Co 5.18-21A graça da reconciliação com Deus

Quarta - 2 Co 7.1A santificação no temor de Deus

Quinta - Gl S.22O fruto dos que herdam o Reinode Deus

Sexta - Ef 3.9,10A Igreja como o mistério de Deus

Sábado - Ef 5.1,2Aprendendo a imitar a Deus

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seu eterno poder como a sua divin-dade, se entendem e claramente sevêem pelas coisas que estão criadas,para que eles fiquem inescusáveis;21-porquanto, tendo conhecido aDeus, não o glorificaram como Deus,nem lhe deram graças; antes, em seusdiscursos se desvaneceram, e o seucoração insensato se obscureceu.22- Dizendo-se sábios, tornaram-seloucos.23- E mudaram a glória do Deusincorruptível em semelhança daimagem de homem corruptível, ede aves, e de quadrúpedes, e derépteis.24- Pelo que também Deus os en-tregou às concupiscências do seucoração, para desonrarem o seu cor-po entre si.

ONTO DE CONTATO

Diante de uma sociedade secu-lar e globalizada, precisamos estaratentos ao materialismo, ateísmo etodos os "ísmos" contrários à teo-logia bíblica.

Ante o perigo do materialismoe do ateísmo, os líderes devem ins-truir os crentes não apenas a res-peito de Deus como Criador e Se-nhor do mundo, mas também so-bre a primazia que Ele tem de pos-suir em nossa vida.

OBJETIVOSO

Após esta aula, seu aluno deve-rá estar apto a:

Definir materialismo e ateísmo.

Dis t inguir as diversas manei-ras de o materialismo e o ateísmoatuarem na sociedade.

Refutar o materialismo e o ate-ísmo à luz da Palavra de Deus.

SÍNTESE TEXTUAL

No texto da Leitura Bíblica em("lasse, o apóstolo Paulo versa sobrea impiedade. Fato semelhante ocor-re em nossos dias, quando o homemdeseja ser o centro de todas as coi-sas.

Os gentios recusaram-se a re-conhecer o Criador como a fontede toda a sabedoria. Porquanto,num ambiente ateísta e materialis-ta, o homem sente orgulho de seupróprio conhecimento, ainda quelimitado, fazendo-se sábio a seuspróprios olhos. No v. 23, Paulo re-traia um quadro muito sombrio.Ele mostra o que o homem semDeus é capa/ de realixar. Os quecometem tais práticas não poderãoherdar o Reino dos céus (l Co 6.9,Gl S.19). Além disso, aprendemosneste texto que a ira do Senhor é areação da sua santidade contra aimpiedade e que ninguém podeescapar dela. No passado, Ele a ma-nifestou por meio do Dilúvio (Gn6.17; 7.17-24). Já em Sodoma eGomora enviou enxofre e fogo (Gn19.24-26; Lc 17.28-30). Ele tam-bém a manifestará no Juízo Final(Ap 20.1-15). Busquemos o Reinode Deus e a sua justiça em primei-ro lugar, pois, se assim fizermos,todas as nossas necessidades serãosupridas.

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ORIENTAÇÃO DIDATICA

Ao chegar a classe, reproduza noquadro-de-gi/ os esquemas abaixo. Aseguir, oriente os alunos para forma-rem quatro grupos. Dois deles deve-rão discutir as crenças do ateísmo erefutá-las à luz dos textos bíblicos. Osdois grupos restantes reali/arão omesmo com o materialismo. Depois,um representante de cada deverá ex-por os argumentos bíblicos contrári-os à teoria discutida. Eles terão cercade três minutos para a exposição.

INTRODUÇÃO

Como já vimos, o pós-modernis-mo é como um imenso guarda-chuvaque, utilizando as insinuações dorelativismo, reúne em si muitas cor-rentes de pensamento humano. Hánele muita sutileza c astúcia. O pontode partida de seu raciocínio é a afir-mativa que Deus não existe. A Bíbliadeclara que os tais são "homens quedetêm a verdade em injustiça" (v.18).Materialismo é ateísmo camuflado;ateísmo é materialismo requintado.

I. O MATERIALISMOE O ATEÍSMO

1. O materialismo. O mate-rialismo, como o termo deixa en-trever, parte do falso princípio deque tudo no Universo se reduz àmatéria, e que nada existe alémdesta. Não admite o sobrenatural,como os saduceus faziam no pas-sado (At 23.8). Segundo os materi-alistas, o Universo com todos osseus infini tos componentes, asinimagináveis complexidades, a as-sombrosa precisão e detalhes, éincriado; sem nenhuma causaoriginadora.

A Palavra de Deus, repetidasvezes, expõe com clareza comoDeus criou e sustentou todas ascoisas, como em Gn 1.1; Cl 1.13-17; Hb 11.3; Ap 4.11. Ora, de acor-do com a Palavra de Deus, a Cria-ção é um meio à disposição doshomens para que as coisas invisí-veis de Deus, bem como o seu eter-no poder e a sua divindade, sejamcompreendidas e aceitas como tes-temunho da sua existência (v.20).Os materialistas e ateus, por esta-rem vivendo na cegueira espiritu-

0 QUE Q ATEÍSMO AFIRMA SOBRE:DEUS

PECADO

Quem? Onde encontrá-10? Não se deve perder tempotentando achá-10.

Equívoco. Sem consequências espirituais. Se Deus nãoexiste, então o pecado c invencionice humana.

0 QUE o MATERIALISMO AFIRMA SOBRE:

REALIDADE ESPIRITUAL

MATÉRIA

Não existe.

É incriada e indestrutível.

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ai, não conseguem enxergar nadaalém do mundo físico, apesar de to-das as coisas criadas apontarem

-para sua causa primária, que é Deus(Jó 12.7-9; SI 19.1-6; Jo 1.3). Alémdisso, a mente humana quando sin-cera, sequiosa e partindo de princí-pios lógicos, requer uma razão daexistência do Universo, uma vez quedo nada sem Deus, nada surge, nadacomeça, nada existe (Rm 4.17).

Em sua infinita graça, Deus quersalvar o materialista e o ateu paraque ambos o glorifiquem; este é odever de todo homem. Toda a na-tureza louva incessantemente aoseu Criador. Já o homem, que pen-sa ser alguma coisa, não enaltece aDeus. E, assim, vai descendo abai-xo do nível dos irracionais. Só lheresta uma esperança: que conheçaa Deus, converta-se a Ele e alegre-mente o sirva.

2. O ateísmo. O ateísmo é aoutra fachada do materialismo. Di-versas são as correntes ateístas,mas todas correm na mesma valada descrença. Enquanto alguns afir-mam radicalmente que Deus jamaisexistiu, outros o vêem apenas comoum mito que perdeu o seu signifi-cado graças ao progresso do conhe-cimento humano.

Os ateus vivem em constanteconflito, pois a negação teórica deDeus não condiz com o que pen-sam ao se defrontarem com a ne-cessidade racional de se crer naexistência de Deus, apesar de a ne-garem verbalmente. Segundo a Pa-lavra de Deus, as consequênciasdessa incredulidade virão (v.24).

Muitas pessoas aderem ao ateís-mo, mas diante do perigo, e das cri-ses e da própria morte, o seu ateís-mo confesso desaparece como ates-ta a história e os depoimentos indi-viduais.

Os ateus e agnósticos questio-nam: "Se Deus é o criador de todasas coisas; se Ele é perfeito, justo ebom, como explicar a existência dosofrimento e do mal?" O sofrimen-to e o mal decorrem da queda dohomem, que afetou toda a raça hu-mana. Como escreve MathewHenry, isto acontece sob a permis-são de Deus em virtude da obsti-nada apostasia de suas criaturas.Mas ao fim acaba sendo um instru-mento para a realização do seu san-to propósito, embora não saibamoscomo, a exemplo do que aconteceucom Jó (Jó 1.1-22).

II. O MATERIALISMO E OATEÍSMO NA SOCIEDADE

1. Imposições ideológicas.A igreja vive em meio a uma socie-dade puramente secularista e semDeus. Os governantes de maneirageral tratam o mundo como se estese resumisse à matéria e não hou-vesse nada além disso, inclusive opróprio Criador. Em seus discursosvãos, obscurecem o próprio enten-dimento (v. 21; SI 10.1-11).

2. Imposições sócio-econô-micas. Quanto à questão econômi-co-financeira, prevalece no ateísmoo princípio de que os bens materiaissimbolizados pelo dinheiro são acoisa mais importante em detrimen-to da busca de Deus (SI 14.1-4).

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3. Imposições espirituais.Muitos crentes esquecem-se do queafirmou Jesus: "Não podeis servira Deus e a Mamom" (Mt 6.24). Éinteressante notar que o vocábuloempregado por Cristo, aqui, parareferir-se à idolatria do materialis-mo - Mamom - significa "riquezas",personificando tudo aquilo que seopõe a Deus. A colocação dos bensmateriais como prioridade pessoal,ou coletiva, contribui para a perdados verdadeiros valores da vida ealimenta a expansão do materialis-mo ateu.

III. REFUTANDO OMATERIALISMO E OATEÍSMO

1. O combate pela nossa vi-vência da Palavra. Não é por-que o mundo está aprisionado nasteias do materialismo ateu (v.24),que vamos, agora, ficar indiferen-tes ao erro. Este combate se dá pelanossa vivência da Palavra, tendoDeus como o centro da nossa vidae como o Criador e Senhor do Uni-verso.

A perspectiva correia da relaçãodo crente com os bens materiais foidefinida por Jesus: "Mas buscai pri-meiro o Reino de Deus, e a sua jus-tiça, e todas essas coisas vos serãoacrescentadas" (Mt 6.33).

Devemos sempre ter Deus emprimeiro lugar em nossa escala devalores, para que, pelo nosso tes-temunho, os homens possam ver aação do Criador no mundo. Poroutro lado, quando os ateus argu-mentam que o sofrimento, o mal e

as injustiças depõem contra a exis-tência de um Deus perfeito, santo,bom e justo, em que padrão moraleles se baseiam para fazer seme-lhante alegação? Essa afirmaçãodeixa absolutamente implícita aseguinte verdade: para se chegar àconclusão do que é justo ou injus-to, do que é bom ou mal, o homemprecisa dispor de um padrão mai-or que permita esse raciocínio. Essepadrão é Deus revelado na Bíblia.

CONCLUSÃOConcluindo, declaramos emba-

sados na Bíblia que o Universo nãoé auto-existente, mas veio à existên-cia mediante a ação criadora deDeus. Isso lança por terra as teori-as fantasiosas que sustentam o ma-terialismo ateu. Mais do que nun-ca, fica evidente a veracidade dasEscrituras acerca de Deus e domundo, bem como do anseio ma-nifesto da alma do homem pelo seuCriador, como bem expressou Davi:"A minha alma tem sede de Deus,do Deus vivo" (SI 42.2).

Subsídio Teológico"Se os ateístas não acreditam em

um deus, logo, eles não têm uma re-ligião, não é mesmo? Bem, isso nãoquer dizer que não sejam religiososapenas porque não acreditam emDeus. Eles têm uma religião, a do'não-Deus'. Há muitas ramificaçõesbem interessantes dessa crença do'não-Deus' e essas ramificações sãoa essência das religiões ateístas (em-

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bora algumas delas não admitamisso prontamente). (...) No entanto,as teorias de Darwin foram adotadascomo um sistema de crenças pormuitas pessoas. Esse é um sistemade crenças em que encontramos adoutrina do 'não-Deus'. Sem som-bra de dúvida, há religião no natu-ralismo (embora seus adeptos ja-mais caracterizam suas crençascomo uma "religião", pois este ter-mo tem traços muito próximos de'deus', que é negado por eles). Vocêjamais lerá uma placa com os se-guintes dizeres: 'Primeira Igreja doAteísmo'. Tampouco encontrará umtemplo dedicado a Darwin, o Divi-no. Contudo, não deixe que isso o

ludibrie" (BICKEL, Bruce & STAN,Jantz. Guia de seitas c religiões.RJ:CPAD, 2005,p.282.)

GLOSSÁRIO

Ateísmo: Doutrina que nega aexistência de Deus.

Materialismo: Segundo estesistema filosófico, tudo é matéria enada existe além dela; as realida-des espirituais são negadas demodo sistemático.

^BICKEL, Bruce & STAN, Jantz. Guiade seitas e religiões. CPAD, 2005.

QUESTIONÁRIO

1. Defina o materialismo.R. O materialismo é a teoria que parte do princípio de que tudo no

Universo se reduz à matéria, e que nada existe além desta.

2. O que pensam os ateístas a respeito de Deus?R. Que Deus não existe ou que é apenas um mito que perdeu o seu

significado graças ao progresso do conhecimento humano.

3. Mencione as imposições ideológicas, sócio-econômicas e espiri-tuais.

R. A supervalorização da matéria e dos bens materiais, colocando-os como prioridade pessoal ou coletiva.

4. Como podemos refutar o materialismo ateu?R. Combatendo pela nossa vivência da Palavra, priorizando Deus e

reconhecendo-o como o Criador e Senhor do Universo.

5. Cite uma referência bíblica que comprove o anelo do homempelo seu Criador.

R. Si 42.2.

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Lição II

11 de dezembro de 2OO5

Dia da Bíblia

TEXTO ÁUREO

"Todavia, o fundamento de Deusfica firme, tendo este selo: O

Senhor conhece os que são seus, equalquer que profere o nome deCristo aparte-se da iniquidade"

(2 Tm 2.19).

> j l 1 j 1 1

Viver em permanente vigilânciaé uma exigência bíblica a fim deque as sutilezas malignas da secu-larização não destruam a nossa fé.

HINOS SUGERIDOSCD Harpa Cristã 306

(vol.7-f.5), 375 e 144.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

2 TIMÓTEO 2.14-21, 23-2614-Traze estas coisas à memória,ordenando-lhes diante do Senhorque não tenham contendas de pala-vras, que para nada aproveitam esão para perversão dos ouvintes.

15-Procura apresentar-te a Deusaprovado, como obreiro que não

Segunda - I Io 2.15-17As consequências do amorao mundo

Terça - Mt 7.21-23As consequências da fé mercenária

Quarta - Mt 7.26,27As consequências do falsofundamento

Quinta - 61 5.19-21As consequências da carnalidade

Sexta - Tg 1.12-15As consequências de cederao pecado

Sábado - I Ts 4.1-8As consequências de viver semDeus

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tem de que se envergonhar, quemaneja bem a palavra da verdade.

16-Mas evita os falatórios profa-nos, porque produzirão maior im-piedade.17- E a palavra desses roerá comogangrena; entre os quais são Himeneue Fileto;18- os quais se desviaram da verda-de, dizendo que a ressurreição era jáfeita, e perverteram a fé de alguns.19- Todavia, o fundamento de Deusfica firme, tendo este selo: O Senhorconhece os que são seus, e qualquerque profere o nome de Cristo apar-te-se da iniquidade.20- Ora, numa grande casa não so-mente há vasos de ouro e de prata,mas também de pau e de barro; unspara honra, outros, porém, para de-sonra,21 - De sorte que, se alguém se puri-ficar destas coisas, será vaso parahonra, santificado e idóneo parauso do Senhor e preparado paratoda boa obra.23- E rejeita as questões loucas esem instrução, sabendo que produ-zem contendas.24- E ao servo do Senhor não con-vém contender, mas, sim, ser man-so para com todos, apto para ensi-nar, sofredor;25- instruindo com mansidão os queresistem, a ver se, porventura, Deuslhes dará arrependimento para co-nhecerem a verdade26- e tornarem a despertar, despren-dendo-se dos laços do diabo, emcuja vontade estão presos.

PONTO DE CONTATO

Professor, após cumprimentar aclasse, comente que o cenário reli-gioso brasileiro está passando porprofundas transformações. Atual-mente podem ser detectados trêsfortes movimentos que convivem,disputam e dialogam entre si nocontexto da religião brasileira: aexplosão do fenómeno religioso, adesconfiança na instituição religio-sa e a secularização da igreja. O pri-meiro é consequência da difusão dosagrado. O aumento das denomina-ções evangélicas, das seitas, das re-ligiões orientais e da ufologia mís-tica comprova o fato. O sagrado estátão badalado que o cidadão comumnão consegue diferençar a verdadei-ra religiosidade da falsa. O segun-do movimento trata de uma respos-ta racionalista às contradições do fe-nómeno neligioso. Os adeptos des-se movimento argumentam que aspessoas acreditam mais nos carto-mantes, nos duendes e nas benze-deiras do que nos cientistas. O ter-ceiro consiste na vulgarização da fé,na dessacralização do sagrado e nouso da indústria cultural como veí-culo de propagação de um evange-lho sem Cristo e um cristianismosem a ética bíblica.

Após esta aula, seu aluno deve-rá estar apto a:

Definir os termos seculariza-ção e contextualizaçào.

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Explicar as causas da secula-rização.

Descrever como se combate asecularizacão.

SÍNTESE TEXTUAL

O secularismo atual é uma con-sequência do humanismo pós-mo-derno. O termo secularismo proce-de do latim "saeculum" e significa"pertencente a uma época". Emsentido religioso, o vocábulo é em-pregado para designar o compor-tamento e o pensamento do mun-do de nosso tempo, que são inver-sos ao sagrado ou espiritual. Por-tanto, "secular" representa o modode viver deste mundo, aquilo quese opõe ou que não comunga comos interesses espirituais do Reinode Deus.

Na igreja, o secularismo trans-parece quando o sagrado começa aceder ao profano. Nas igrejas secu-larizadas, o Calvário não é mais pre-gado, o sangue de Cristo é descar-tado, o sofrimento e a cruz de Cris-to são rejeitados porque ofendemo gosto estético dos secularizados.A cruz é substituída pelo trono e aconfissão de pecados, pela procla-mação das bênçãos terrenas.

ORIENTAÇÃO DIDATICA

Professor, quem estuda o rela-cionamento da Igreja com Cristo,expresso no simbolismo do matri-mónio, sabe que uma igreja secu-larizada é uma noiva infiel ao seunoivo (Ef 5.22-32). Portanto, nesta

lição, ressalte as diferenças entre aIgreja Secularizada e a Noiva doCordeiro. Divida a turma em trêsgrupos e distribua uma folha depapel para cada um. Solicite queum grupo enumere algumas carac-terísticas da Igreja Secularizada; ooutro, da Noiva do Cordeiro; e oterceiro proponha medidas que evi-tem a secularizacão na igreja.

INTRODUÇÃOO grande desafio que a Igreja

enfrenta, nestes dias que precedema volta de Cristo, é a pressão e o en-godo do secularismo sobre ela. Ainfluência do mundanismo que semanifesta em forma de apelo, fascí-nio, mistura, pra/er e imitação, re-sulta em perda dos valores e virtu-des cristãs, no enfraquecimento eestagnação da Igreja. Nesse estado,a igreja torna-se uma mera organi-zação eclesiástica, sem vida e sem opoder do Espírito Santo. Os funda-mentos da fé se abalam e por fimdesabam. Nos mais diferentes luga-res, percebe-se a sutil e crescente in-filtração do mundanismo na Igrejasob a forma de conceitos, compor-tamentos e práticas anticristãs.

Esta lição trata dessas manifes-tações cada vez mais evidentes, co-nhecidas como secularizacão oumundanização da igreja. Entretan-to, nada mais são do que um des-vio da verdade, como advertiu Pau-lo a Timóteo sobre aqueles quecontendem para perverter a fé dosouvintes (v.14).

78 Lições Bíblicas

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I. A SECULARIZAÇÃONA IGREJA

1. O que é secularização. Asecularização da igreja é o modo comoesta vive, age e acomoda-se aos pa-drões do mundo. Daí, pervertem-se osensinos bíblicos, abandona-se o que ésanto, utiliza-se a fé com fins escusose se adotam ideias contrárias à dou-trina cristã. E, de repente, a santida-de do espírito, alma e corpo não têmmais tanta importância; assim dizemos desviados secularistas: "o que im-porta na pessoa é o coração".

A expressão "falatórios profa-nos", da leitura bíblica em classe,identifica esse comportamento comofonte da impiedade no meio da Igreja(v.16). Pelo contexto da referida pas-sagem, vê-se que os falsos mestrestinham pervertido a doutrina da res-surreição, como se esta fosse um fatojá consumado (v. 18), e não uma es-perança que se concretizará no diado arrebatamento da Igreja. Muitosse declaram cristãos, mas não são deCristo (Mt 7.21-23; Fp 3.18,19). Istoé secularismo.

O secularismo torce ardilosamen-te a verdade de Deus c busca tornara Igreja uma instituição corrompidae secularizada, adotando os costu-mes e modos de viver do inundo emtodas as suas esferas: na família, noemprego, na escola, no lazer e emmuitíssimas outras atividades e em-preendimentos da massa humana.

II. AS CONSEQUÊNCIAS DASECULARIZAÇÃO NA IGREJA

1. A perda de identidade. Aprimeira consequência da seculariza-

ção da Igreja é a perda da identidadedo crente, uma vez que a Igreja so-mos eu e você, resgatados que fomospor Cristo para sermos um povo pe-culiar. Como escrevi em meu livro, ATransparência da Vida Cristã: "Osemissários do Diabo transvestidos debons religiosos seguem a mesma li-nha e não se furtam de usar lingua-gem astuciosa — ecuménica, para sermais preciso — buscando defender amultiplicidade religiosa, a qual nadamais é do que a repetição da velhaideia de que todos os caminhos le-vam a Deus". Nesse emaranhado, aidentidade cristocêntrica é prejudi-cada (Mt 7.21-23).

2. Valorização da forma aoinvés do conteúdo. Alegando "ati-vidade cultural" e "folclórica", hátemplos evangélicos em cujos pátiosvê-se roda de capoeira e ensaio debloco carnavalesco, enquanto no san-tuário, no chamado "louvorxão", en-tram em cena os "trenzínhos" e ou-tras abominações. A linguagemmântrica está sendo empregada pe-los "animadores de culto" c até ele-mentos do judaísmo aparecem emconjunto com a liturgia cristã. É a se-cularização do culto evangélico paraagradar os que rejeitam os preceitosnormativos de vida, revelados pelasEscrituras. Isto significa valorizar aforma em detrimento do conteúdo.

3. Inexis tência de com-promisso bíblico. É a terceiralastimável consequência. Enquan-to a Reforma Protestante recolo-cou as Sagradas Escrituras no seulugar de autoridade e honra, osecularismo na igreja faz da Pala-

LiçÕes Bíblicas 79

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vra um mero acessório. A melhorpregação, hoje, em certos auditórios(o termo "igreja" está sendo evitadopor eles), não é a expositiva, que pri-ma pela exegese no desenvolvimen-to da mensagem da parte do Senhor.O que mais se ouve são frases de efei-to, mas sem conteúdo para a alma.Podem causar até emoção, no entan-to, não falam à razão e ao entendi-mento do ouvinte. Ver l Co 14.20.São palavrórios incoerentes, a respei-to dos quais a Bíblia nos advertecomo nos versículos 14, 16, 17, 23 e24 da lição de hoje. É pregaçãodescartável. O certo é jogá-la fora.São muitos os que, nestes tempos deconformação da igreja com o mun-do, de modernismo eclesiástico, deentrosamento da carne entre oscrentes e de esfriamento espiritual,saem do culto decepcionados e cla-mando cm espírito, "Aviva, ó SE-NHOR, a tua obra" (He 3.2). Esse avi-vamento espiritual deve começar pornós individualmente, como clamouDavi no Salmo 119.107: "Estouaflitíssimo; vivifica-me, ó Senhor,segundo a tua Palavra."

III. O COMBATE ASECULAR1ZAÇÃO NAIGREJA

1. Pôr em prática o prima-do da Palavra. Primazia total daPalavra, em tudo, na igreja. Todosos crentes devem pelejar por isso. Otexto bíblico da leitura em classe éincisivo: o obreiro precisa manejarbem a palavra da verdade (v. 15). Aexpressão "manejar bem" é no ori-ginal: cortar em linha reta; correta-

mente, no sentido de ensinar a ver-dade bíblica de forma direta e cor-reta. A Palavra deve ser ministradaao povo a tempo e fora de tempo (At6.4; 8.25; 11.1; 12.24; 2 Ts 3.1). Só aprima/ia da Palavra em tudo, e igual-mente a sua valorização no púlpito,na congregação e na vida particularde cada um, pode conter o avançoda secularização da Igreja.

2. Priorizar e manter sem-pre o fundamento do evange-lho. Não podemos perder de vistaa grande verdade da fé: o funda-mento do evangelho é inalterável.Paulo ressalta na segunda carta aTimóteo três características destealicerce: n) o Senhor conhece osque são seus; b) aqueles que lhepertencem confessam o nome deCristo, e c) os servos fiéis apartam-se da iniquidade (2. 19). Esses sãoconsiderados vasos de honra paraa glória de Deus (vv. 20,21). Toda-via, mesmo aqueles que têm sidoinstrumentos para a desonra, des-critos corno vasos de madeira e ciebarro, são chamados ao arrependi-mento, a fim de que não sirvammais ao mundo, desprendam-se doslaços do Diabo e voltem à verdadedo evangelho (vv. 24-26).

CONCLUSÃOObreiros em geral, pastores, di-

rigentes, líderes da Igreja, e todosos crentes: fechemos as portas à ma-léfica e traiçoeira secularização.Priorizemos o primado da Palavrana Igreja. Estejamos vigilantes con-tra as sutilezas malignas que tentamintroduzir-se no meio dos fiéis e

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valorizemos os princípios bíblicosem nossa vida como uma forma deconter o mundanismo.

Subsídio HistóricoHistória e SecularizaçãoEmbora o termo "secularização "

seja empregado em diversos sentidos,interessa-nos duas abordagens espe-cíficas. A primeira, de caráter histó-rico e cultural, é iniciada no final doséculo XIX e início do século XX quan-do a sociedade exige a ruptura defi-nitiva com a instituição eclesiástica.Era um movimento de ruptura emprol da emancipação da cultura, po-lítica e filosofia da tutela da religiãocristã. Alguns filósofos chamaramesse período de "desencanto do mun-do". Nesse contexto, a secularizaçãoera entendida como um rompimen-to entre a sociedade c a igreja, entreo secular e o sagrado. Estava, portan-to, reafirmado o distanciamento en-tre o Estado e a Igreja.

A segunda abordagem está rela-cionada ao movimento dos CristãosAlemães, fundado na Turíngia em1927. A fim de secularizar a igreja epopularizar o cristianismo na Alema-nha, a Igreja Evangélica Alemã aliou-se ao nacional-socialismo (na/ismo),vindo apoiar Adolf Hitler em sua as-censão ao poder em 30 de janeiro de1933. Nesse período, as suásticascompartilhavam do altar ao lado dacruz, e os cristãos seculares viamHitler como um profeta restauradordo cristianismo e da religiosidade dosalemães. Os cânticos cristãos faziam

referências ao "Chanceler (Hitler) quevela pela Alemanha, noite e dia, sem-pre a pensar em nós". Um dos líde-res do movimento, Dr. ReinholdKrause, propôs a eliminação do An-tigo Testamento, da moral judaica ea exclusão dos ensinos do rabino Pau-lo do Novo Testamento, pois não es-tavam de acordo com os novos pa-drões culturais e políticos da época.Contudo, um dos opositores ao na-zismo e ao movimento iniciado pelaIgreja Evangélica Alemã, pastorDietrich Bonhoeffer, antes de ser en-forcado, exortou as igrejas a não serenderem aos ídolos do mundo mo-derno.

Nesta conjuntura, podemos en-tender a "secularização" como ummovimento cristão que procuravacristianizar a sociedade mediantea união entre a igreja e o Estado,valendo-se, para isto, dos princípi-os éticos e morais da sociedade.Enquanto o movimento do séculoXIX procurava afastar a igreja doEstado, a Igreja Alemã tencionavaincorporar o Estado à religião, to-davia, seguindo os fundamentos dasociedade ao invés dos preceitos eprincípios bíblicos.

Ident idade Cristã: A identi-dade cristã é um c o n j u n t o decaracteres próprios e exclusivosfundamentados nas Escrituras enos bons costumes que identificamo cristão como discípulo de Cristoe fiel membro da comunidade dossantos (Gl 5.22).

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Identidade Cristocêntrica:Conjunto de caracteres fundamen-tados no caráter de Cristo que iden-tificam o cristão como fiel discípu-lo de Jesus.

Linguagem mântrica: Nohinduísmo, refere-se às fórmulasencantatórias que buscam, por meioda invocação, materializar uma di-vindade. No texto, corresponde àsexpressões, chavões, e linguagens deteor psicológico e espiritual que pro-

curam emocionar a audiência ecolocá-la em estado de transe.

Palavrório: Conjunto de pala-vras com pouco ou nenhum nexo eimportância; palavreado.

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S LUTZER, Erwin E. Cristo entreoutros deuses: uma defesa da fécristã numa era de tolerância.CPAD, 2000.

QUESTIONÁRIOl. Qual o grande desafio enfrentado pela Igreja nestes últimos ciias/R. É a pressão e o engodo do secularismo sobre a igreja.

2. O que é a secularização da igreja?R. A secularização da igreja é o modo como esta vive, age e

acomoda-se aos padrões do mundo.

3. Quais as consequências da secularização na igreja?R. Perda da identidade; valorização da forma ao invés do conteúdo;

inexistência de compromisso bíblico.

4. Como podemos combater a secularização na igreja?R. Pondo em prática o primado da Palavra;priorizando e mantendo

o fundamento do evangelho.

5. Mencione as três características do evangelho apontadas porPaulo que selam o fundamento de Deus (2 Tm 2.19).

R. a) O senhor conhece os que são seus; b) aqueles que lhepertencem confessam o nome de ('rísto; c) os servos fiéisapartam-se da iniquidade.

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Lição 12O QUE A BÍBLIA DIZ SOBBE OS

FATOS SOCIAIS DOS ÚLTIMOS DIAS18 de dezembro de 2OO5

TEXTO ÁUREO

"E, por se multiplicar a iniquida-de, o amor de muitos se esfriará.

Mas aquele que perseveraraté ao fim será salvo"

(Mi 24.12,13).

> i 1 j 1 1

Nestes tempos espiritualmentetrabalhosos, Deus conta com mi-lhões de fiéis que não se curvamaos deuses desta época.

HINOS SUGEBIDOSCD Harpa Cristã 225

(vol.5 - f.9), 397 e 57.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

l TIMÓTEO 4.1,2;ATOS 2.17,18

l Timóteo 4

l - Mas o Espírito expressamente dizque, nos últimos tempos, apostataráoalguns da fé, dando ouvidos a espíritosenganadores e a doutrina de demónios,

LEITORA DIÁRIA

Segunda - Ap 3.14-22O perigo da neutralidade

Terça - Mt 24.12; Ap 2.1-7O perigo da perda do amor

Quarta - Mt 10,33O perigo da apostasia

Quinta - Lc 12.1-3O perigo da hipocrisia

Sexta - Hb 3.14-19O perigo da incredulidade

Sábado - l Tm 1.3-7O perigo do falso ensino

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2 - pela hipocrisia de homens quefalam mentiras, tendo cauterizada asua própria consciência.

Atos217- E nos últimos dias acontecerá,diz Deus, que do meu Espírito derra-marei sobre toda a carne; e os vossosfilhos e as vossas filhas profetizarão,os vossos jovens terão visões, e osvossos vemos sonharão sonhos;18 - e também do meu Espírito derra-marei sobre os meus servos e minhasservas, naqueles dias, e profetizarão.

NTO DE CONTATO

Através do estudo desta lição,você terá a oportunidade de refor-çar e recapitular as lições anterio-res, mostrando que não podemosignorar a influência dos fenómenosmaléficos da pós-modernidade.Estamos vivendo uma época de sig-nificativos avanços tecnológicos. Éa era da informação e do conheci-mento, mas também da apostasia.O vocábulo apostasia significa oabandono consciente e público dafé. Não é o que estamos vendo nomundo atual? Falso cristianismo,frieza espiritual, destruição mo-ral... O Diabo vem trabalhando demodo incansável com o intuito deminar a perseverança e a fé doscrentes, induzindo-os a despreza-rem os princípios bíblicos e tor-nando-os apenas religiosos. Contu-do, Deus pela sua infinita miseri-córdia, prometeu um tempo de avi-vamento para o seu povo (He 3.2).Portanto, ao final da aula, reúna

seus alunos e clame a Deus por esteavivamento.

OBIET1VOS

Após esta aula, seu aluno deve-rá estar apto a:

Definir biblicamente tempostrabalhosos.

E x p l i c a r o signif icado deapostasia.

Identificar os últimos diascomo um período de genuíno avi-vamento espiritual.

SÍNTESE TEXTUA

O apóstolo Paulo, na primeiracarta a Timóteo, alerta os crentes arespeito de uma apostasia da fé emJesus. Esta apostasia ocorreria noperíodo denominado final dos tem-pos. Estes serão tempos difíceis,marcados pela frieza espiritual, emque muitos darão ouvidos a enga-nos, aceitando novas revelações einovações doutrinárias. Atualmen-te alguns não se preocupam em ob-servar os valores morais. Ações ile-gais e imorais como pagar propina,difamar, enganar e mentir parecemnão causar mais nenhum tipo de in-dignação em certas pessoas. Atémesmo alguns crentes estão de cer-ta forma se conformando com o pe-cado. A mídia, neste particular, tam-bém contribui para banalizar a ini-quidade. Os jovens, em especial, es-tão ficando sem referenciais, e asconsequências são as piores possí-veis. Somente o poder de Deus, ma-nifesto na vida da Igreja, poderá

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transformar o caos em que o mun-do está mergulhado.

O Senhor tem prometido um tem-po de avivamento espiritual (At 2.17).Sabemos que o avivamento começacom a total submissão do crente aosmandamentos de Deus. O avivamen-to genuíno é precedido pelo arrepen-dimento, contrição e abandono dopecado. É preciso clamar a Deus paraque um grande avivamento venhaurgentemente sobre a Igreja. Por-quanto, c premente que os crentesfiéis, que não se curvam aos deusesdesta época, proclamem o evangelhode poder e testemunhem, como sal eluz deste mundo, em todas as áreasde nossa sociedade.

ORIENTAÇÃO DIDATICA

Amplie e reproduza o quadroabaixo em folha de papel pardo. Fixeos mesmos em um local que seja defácil visibilidade para seus alunos.Depois, oriente-os a formarem doisgrupos. Um grupo deverá ler os te-mas e o texto de l Tm 4, fazer umresumo geral sobre os "Tempos Tra-balhosos" e apresentar a definiçãobíblica para o termo. O outro grupodeverá realizar o mesmo com "Tem-pos de Avivamento". Em seguida,

ambos deverão apresentar uma sín-tese do trabalho à turma.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃOSe o homem tivesse permaneci-

do como Deus o criou, seus pensa-mentos estariam para sempre volta-dos para o Criador. Porém, com aentrada do pecado no mundo, todasas faculdades humanas foram afeta-das. Só mediante a conversão a Cris-to, há solução para esse estado decoisas que afetam o homem. Ler Gn6.5; SI 94.11; Is 59.7; l Co 3.20. Opreceito divino para o seu povo notocante a este assunto é o que estáem Fp 4.8 e Cl 3.2. A igreja, por es-tar em meio à sociedade, enfrenta apressão dos fenómenos maléficos dosecularismo, necessitando estar empermanente estado de alerta contraas astutas ciladas do Diabo.

I. O AVISO BÍBLICO DOS"TEMPOS TRABALHOSOS"

1. Um tempo de declínioespiritual. É deste modo que aBíblia define os últimos dias (2 Tm3.1). Trata-se de uma época espiri-tualmente crítica, imoral e insu-

TRABALHOSOS

Lfesestruturação espiriiual

Desestruturação moral

] ;ulso cristianismo

Desestruturação social

TEMPOS DE AVIVAME1»

Perseverança

Espiritualidade

Esperança renovada

Compromisso

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portável. O Espírito revelou estetempo a Paulo: "O Espírito expres-samente diz que nos últimos tem-pos (...)" (v.l). No aludido texto,"expressamente", equivale à cla-ramente; sem dúvida alguma. Umdos males destes dias é a confu-são reinante no meio religiosocausada pelo gene ra l i / adorelativismo. Tudo isso provém daforte atuação de espíritos engana-dores e doutrinas demoníacasatravés de falsos cristãos (vv.1,2;2 Jov.7).

2. Um tempo de degene-ração moral. Quando Jesus ad-vertia os seus quanto aos malesda atualidade, comparou essesdias aos de Noé: "comiam, bebi-am, casavam e davam-se em ca-samento" (Mt 24.38). Tais coisasnão são erradas em si mesmasquando usadas com bom senso,sobriedade e temor de Deus. En-tretanto, na referida passagem,Deus não é mencionado. Trata-se,pois, de materialismo explícito. Éo retrato da sociedade moderna,que leva tais coisas a um extre-mo pecaminoso.

Não nos contaminemos com taiscoisas. "Mas, agora, sois luz no Senhor;andai como filhos da luz? (Ef 5.8).

3. Um tempo de decadên-cia social. A partir do momentoem que o pilar dos valores moraisestabelecidos por Deus na Bíblia éremovido, não restam outras con-sequências senão a desestrutura-cão, a decadência e a degeneraçãosocial. É o alarmante e crescentenúmero de divórcios, o interesse e

o aumento das uniões "conjugais"informais e ilícitas, o envolvimentodos jovens com as drogas, a degra-dação da autoridade em todos osníveis, desde o lar, passando pelasescolas, e alcançando todas as es-feras da administração pública.Que o mundo inteiro volte-se paraDeus e que sirvamos todos ao Se-nhor, com amoroso, reverente esanto temor e tremor.

II. OS TEMPOS ATUAIS SÃODE APOSTASIA

1. Um tempo de subversãoda fé. Está predito nas Escrituras,como aviso aos santos, esta conjun-tura do final dos tempos. O povocristão enfrenta o desafio da aposta-sia, como advertiu Paulo a Timóteo,referindo-se aos últimos tempos(w. 1,2). Apostatar significa renegara fé, voltar atrás, com o sentido dese descrer de tudo quanto se creuconvictamente no passado. Infeliz-mente, não são poucos os cristãosque se enquadram nessa advertên-cia. Inchados em seu conhecimento(l Co 5.1,2), manipulam a seu gos-to a Palavra de Deus e preferem se-guir as suas vãs filosofias (Cl 2.8).Os dirigentes, homens e mulheres,que lideram esses grupos, por esta-rem seduzidos, mentem sob a influ-ência de espíritos malignos a fim deintroduzir no meio do povo as suasheresias.

2. Um tempo de falso cris-tianismo. Este nada mais é do queo resultado do avanço do liberalis-mo teológico em muitas cátedras decursos e instituições teológicas, e em

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muitos púlpitos espalhados pelomundo. Além disso, muita literatu-ra (dita cristã e evangélica) em cir-culação no mundo é de conteúdoduvidoso, confuso c contaminadode falsos ensinos. Nesta, ideias pu-ramente humanas são expostascomo se fossem a verdade de Deus.Há também líderes afirmando aber-tamente que estão em contato comespíritos de pessoas já mortas. Istoé apostasia envolta no espiritismo.É o tempo dos falsos profetas pre-visto por Jesus (Mt 24.10,11).

III. TEMPOS DE AVIVAMENTOESPIRITUAL

1. O derramamento do Es-pírito Santo nos últimos dias.É a bendita promessa do Pai atra-vés do profeta Joel (2.28-32).

A Bíblia revela um grandioso epoderoso avivamento espiritualpara esta época que estamos ven-do acontecer (Mt 3.11; Lc 3.16;24.49; At 1.4,5,8). Â semelhança daépoca do profeta Elias {l Rs 19.18),milhões de crentes ao redor domundo não adotatn o culto do pós-modernismo, e muito menos a suamaneira de viver, seus ídolos, eseus pecados, mas permanecem fi-éis ao Deus do céu c da terra. Sãoaqueles aos quais Jesus se referecomo perseverantes até ao fim (Mt24.13). Não se dobram à iniquida-de, nem se deixam levar pelos es-píritos enganadores. Eles são teste-munhas vivas do poder do Evange-lho onde quer que estejam aqui nomundo trabalhando, estudando, vi-ajando, descansando, etc.

Agora mesmo, em todas as par-tes do planeta, multidões de sal-vos estão recebendo o batismo com0 Espírito Santo prometido por Je-sus (Lc 24.49; At 1.4,5). É o glori-oso batismo de poder do Espíritoem profusão a fim de que o crentetestemunhe de Cristo e sua salva-ção para todos e por toda a parte(At 1.8).

2. Um tempo de certeira erenovada esperança. Outra ca-racterística positiva é que este é,por sua vez, um tempo de garanti-da esperança em Deus. O quadroaqui esboçado, sombrio, incómodoe revoltante não deve ser motivode dúvida, desespero e increduli-dade, como se tudo estivesse per-dido. Ler 2 Pé 2.7,8. Jesus Cristoressurrcto é o soberano Senhor; Eleestá no controle de tudo (Rm 14.9;Ap 1.18). Em esperança fomos sal-vos, em esperança vivemos e em es-perança aguardamos o dia glorio-so da vinda de Cristo (Tt 2.11-15;1 Pé 1.3-9).

3. Um tempo de solenecompromisso do crente. Esteé também um tempo de compro-misso do crente com Deus, com suaPalavra e com sua vontade para anossa vida, como seus filhos e seusservos. Quanto mais o mundo nospressiona, mais precisamos da es-pada do Espírito afiada com o pro-pósito de delimitar o campo denossa ação e não permitir que asheresias e as vãs filosofias destesmaus tempos abalem a nossa fé.Carecemos sempre de ter em men-te o nosso compromisso com Deus

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(l Jo 4.15), com sua Palavra (Jo5.24; Hb 4.12) e com nosso teste-munho diante dos homens. Este éum tempo que não admite a neu-tralidade do crente, como fica su-bentendido na carta à igreja deLaodicéia (Ap 3.14-16).

CONCLUSÃOÉ assim que a Igreja subsiste e

vence nestes maus tempos, cha-mados pós-modernos, de multipli-cação da iniquidade. A Igreja estáfundamentada na Palavra e napromessa de que as portas do in-ferno não lhe poderão resistir. AIgreja é a nau onde estamos na-vegando, guardados sob o docemanto do poder do Espírito, nooceano tempestuoso que nos cer-ca. Com plena certeza, a verdadede Deus há de prevalecer sobre assutilezas do mal disfarçado na fi-losofia humana.

Subsidio Bibliológico"O avivamento mundial vin-

douro resultará, naturalmente, emmultidões clamando o nome do Se-nhor, pedindo salvação (Jl 2.32; At2.21; Rm l (J. l 3). E o mesmo avi-vamento também prepara obreirospara a grande colheita de almas.Pessoas cheias do Espírito Santoestão comprometidas com o traba-lho de Deus. Elas querem estaronde o trabalho pesado é mais ne-cessário, e não há necessidademais premente do que a de levar

o evangelho a homens e mulherespresos ao inferno.

É significativo que Jesus tenhadito que o cumprimento de suamissão de proclamação precede-ria seu retorno: 'Este evangelho doreino será pregado cm todo omundo, em testemunho a todas asgentes, c então virá o f i m ' (Mt24.14; Lc 12.36,37; 14 .15-23) .Sem dúvida, a paixão de levar oevangelho aumentará com o avi-vamento, ao mesmo tempo que astestemunhas se multiplicarão. Ofato de que, por fim, o evangelhoalcançará 'todas as nações, e t r i -bos, c povos, e línguas' c eviden-te na descrição das inumeráveismultidões de santos vestidos deroupas brancas reunidos no céu,em torno do trono de Deus (Ap7.9; 5.9). A Grande ("omissão fi-nalmente será cumprida.

A conversão maciça de pesso-as dos quatro cantos da terra pre-parará o caminho para a volta doRei. ( . . . ) Enquanto aguardamos oavivamento mundial vindouro, onosso grande recurso é a oração.O profeta nos lembra: 'Pedi ao Se-nhor chuva no tempo da chuvaserôdia' (Zc 10.1). Quando a lín-gua se secar de sede, diz Deus:'Abrirei os rios em lugares altos,e fontes no meio dos vales' (Is41.18; 44.3). Com certeza 'é tem-po de buscar ao Senhor, até quevenha e chova a j u s t i ç a ' (Os10.12; Jl 2.17; At 1.14). Não háoutra maneira de levar v ida àIgreja e esperança para os cam-pos r e s s e q u i d o s do mundo ."

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(COLEMAN, Robert. A chegada doavivamento mundial. RJ': CPAD,1996, p. 138-9.)

Bal izar : Demarcar, delimitar,limitar, restringir.

Secularismo: Doutrinahuma-nística que ignora os princípios es-pirituais na condução dos negóci-os humanos; materialismo; huma-nismo; secularização.

Sociedade hodierna: Socie-dade atual.

Subversão: Insubordinação àsleis de Deus ou às autoridades cons-tituídas.

: 1 [• 1 j :- > i i

*/COLEMAN, Robert. A chegada doavivamento mundial. CPAD, 1996.^ ARRINGTON, F. L. Comentáriobíblico pentecostâl: Novo Testa-mento. CPAD, 2003.

QUESTIONÁRIO1. caracterize os últimos dias de acordo com a definição bíblica.R: Tempo de declínio espiritual; tempo de degeneração moral;

tempo de cadência social; tempo de subversão; tempo de falsocristianismo.

2. O que significa apostatar?R: Significa regenegara fé, voltar atrás, com o sentido de se descrer

de tudo quanto se creu convictamente no passado.

3. Como o falso cristianismo se faz presente na igreja?R. Através do avanço do liberalismo teológico em muitas cátedras

de cursos teológicos, e em muitos púlpitos espalhados pelomundo. E também por meio da literatura de conteúdo duvidoso,confuso e contaminado de falsos ensinos.

4. Mencione algumas referências bíblicas relacionadas à promessado batismo com o Espírito Santo.

R. J! 2.28-32; Lc 24.49; At 1.4,5.

5. Caracterize o avivamento espiritual desfrutado pela igreja dehoje.

R. Um tempo de certeira e renovada esperança; um tempo de solenecompromisso do crente com Deus e sua Palavra.

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Lição 13COMO ESCAPAR DOS MALES

IDEOLÓGICOS DOS ÚLTIMOS DIAS25 de dezembro de 2OO5

TEXTO ÁUREO

"Por cuja causa padeço tambémisto, mas não me envergonho,

porque eu sei em quem tenho cridoe estou certo de que é poderoso

para guardar o meu depósito atéàquele Dia" (2 Tm 1.12).

HINOS SUGERIDOSCD Harpa Cristã 306

(vol.7 - f.5), 322 (vol.7 - f.7) c 600.

1 ; H í i s

> ;l i i i i

O que nos garante escapar dasinsanas correntes ideológicas do pós-modernismo é o aprofundamentodas nossas convicções através doconhecimento da Palavra e a firme-za inabalável da nossa fé em Cristo.

2 TIMÓTEO 1.6-126 - Por este motivo, te lembro quedesperte o dom de Deus, que existeem ti pela imposição das minhasmãos.7 - Porque Deus não nos deu o espí-rito de temor, mas de fortaleza, e deamor, e de moderação.8 - Portanto, não te envergonhes dotestemunho de nosso Senhor, nem

Segunda - Fp 1.7,15 'Chamados para a defesa doEvangelho

Terça - 2 Co 4.13 Chamados para falar acerca danossa féQuarta - 1 Pé 3.15Chamados para expor a nossaesperança

Quinta - Ef 4.11-16Chamados para oaperfeiçoamentoSexta - 1 Ts 5.23 /Chamados para a vida desantidadeSábado • l Co 5.7,8 ^Chamados para o caminho daverdade

90 Lições Bíblicas

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de mim, que sou prisioneiro seu;antes, participa das aflições do evan-gelho, segundo o poder de Deus,9 - que nos salvou e chamou comuma santa vocação; não segundo oseu próprio propósito e graça quenos foi dada em Cristo Jesus, antesdos tempos dos séculos,

10- e que é manifesta, agora, pelaaparição de nosso Salvador JesusCristo, o qual aboliu a morte e trou-xe à luz a vida e a incorrupção, peloevangelho,

11 - para o que fui constituído pre-gador e apóstolo, e doutor dosgentios;

12 - por cuja causa padeço tambémisto, mas não me envergonho, porqueeu sei em quem tenho crido e estoucerto de que é poderoso para guardaro meu depósito até àquele Dia.

ONTO DE CONTATO

Professor, pela graça do SenhorJesus Cristo, chegamos ao final demais um trimestre. Comentamos arespeito dos perigos da pós-mo-dernidade e de como o cristão devecomportar-se na atual geração. Nes-ta última lição, ressaltaremos a ne-cessidade de uma postura crítica emrelação à atual sociedade e a impor-tância do discernimento espiritualnesses tempos pós-modernos.

Após esta aula, seu aluno deve-rá estar apto a:

Descrever a importância dodiscernimento espiritual.

Distinguir as verdades bíblicasdas vãs filosofias.

A r g u m e n t a r a favor da fécristã.

SÍNTESE TEXTUA

O cristão deve fundamentar eenraizar a sua fé nas Sagradas Es-crituras. Por diversas vezes, a Bíbliaexorta o crente a estar "arraigadoe fundado" no amor, na fé c no co-nhecimento de Cristo (Ef 3.17-19).A expressão "arraigado e fundado"significa literalmente "enraizado ealicerçado" — metáfora que desig-na a segurança e firmeza do crenteem Cristo.

O crente fiel é comparado tan-to a uma árvore frondosa, cujasraízes se estendem (SI 1; Jr 17.7,8;Os 14.6), quanto a uma palmeiraque cresce como o cedro no Líba-no (SI 92.12). As fortes e longasraízes das árvores preservam-nasdurante as intempéries. Assim tam-bém o crente, "arraigado e funda-do" na Rocha Inabalável, é preser-vado e sustentado pelo Senhor (lCo 3.11; Ef 2.20).

Contudo, é imprescindível odiscernimento de espíritos no atu-al contexto pós-moderno. Visto queo crente santo e fervoroso aspira aalgo eterno e incorruptível e rejei-ta a mediocridade espiritual tão co-mum nos últimos dias, é indispen-sável a este o discernimento espi-ritual.

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ORIENTAÇÃO DIDATICA

>x Professor, nesta lição, estabele-ça um paralelo entre a história dosquatros jovens judeus deportados àBabilónia (Daniel, Hananias, Misaele Azarias) e a igreja na atual socie-dade. Discorra sobre os desafios de-frontados pelos jovens hebreus. Porfim, comente que a fidelidade ao Se-nhor não implica alienação cultural,porquanto é possível ser fiel em ummundo pagão e secularizado. Estegráfico pode ser apresentado no tó-ípico "Desenvolvendo uma visãoapologética".

INTRODUÇÃO

Com esta lição estamos ven-cendo mais uma etapa na buscado conhecimento da Palavra deDeus para a edificação de nossafé. Estudamos, ao longo do trimes-tre, acerca do grande desafio queas danosas correntes de pensa-

mento abrigadas sob o pós-moder-nismo representam para a vidacristã. Neste combate, tenhamossempre em mente o v. 7 da leiturabíblica da lição: "Deus não nosdeu um espírito de temor, mas defortaleza" (v.7), a fim de lutarmoscom ousadia contra tudo quantose opõe a Deus e escaparmos dassutilezas da vã filosofia, manten-do firmes a esperança de nossa vo-cação. Ver Cl 2.8.

l APROFUNDANDO ASCONVICÇÕES CRISTAS

(Jp O perigo da superficia- 'lidade. A melhor forma de nãosermos presos pelas correntes dopós-modernismo é aprofundarmosnossas convicções cristãs, criarmosraízes, porquanto aqueles que semantêm na superficialidade resva-lam e caem. O vento tempestuosonão encontra nenhuma dificulda-de para derrubar a árvore semraízes. Daí, a gradação negativa nosalmo primeiro, na advertência

C U L T U R AB A B I L Ó N I C A

a) I m a g é t i c a : imagens deouro, esculturas fantásticas.

d) P a g ã : politeísta, sincrética.

e) C i e n t í f i c a : estavam sem-pre em busca do conheci-mento.

f ) H u m a n i s t a : o r e i era o sím-bolo da humanidade deifi-cada.

C O N T R A C U L T U R ADOS H E B R E U S

F I D E L I D A D EAO SENHOR

mundo pagão.

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contra o ouvir o conselho dosímpios, o deter-se no caminho dospecadores e o assentar-se na rodados escarnecedores. Essa linguagemé utilizada pelo salmista com o in-tuito de descrever a diferença en-tre os ímpios e os justos. Não se tra-ta, aqui, da convivência profissio-nal e respeitosa entre as pessoas,mas de participar deliberadamentede suas práticas mundanas e valo-rizar a sua vida pecaminosa. Quemassim procede tornar-se-á espiritu-almente como a moinha, uma es-pécie de resíduo de cereal tritura-do, sem utilidade alguma, sendo es-palhado pelo vento. Tais pessoasvão de um lado para o outro porlhes faltar a firmeza do evangelho(££.24). rfí(?i~4«

(2.JAs riquezas da profun-didade. A vida cristã profunda re-sulta em grandes riquezas espiritu-ais e também em segurança para ocrente contra as doutrinas estra-nhas e as vãs f i losofias do pós-

modernismo (Ef46). No sal-

mo mencionado,o justo é simboli-zado pela viçosaárvore plantadajunto aos ribei-ros. Os benefíciosdisso são a pro-fund idade dasraízes, a capaci-

dade de produzir frutos no tempopróprio e a seiva abundante quetorna a árvore frondosa. Assim é ocrente instruído nos ensinos das Es-crituras nestes tempos de transi-

Vãs filosofiasNo original"filosofias

vazias". Expres-são bíblica

concernente aosfalsos ensinos

das religiões demistério em

Colossos.

gência e confusão doutrinária. Talcrente em nenhum momento fugi-rá de suas responsabilidades departicipar das aflições do evange-lho, imbuído da santa vocação paraa qual foi chamado pelo Senhoriyv.S^lp). Quanto mais junto aos ri-beiros das Escri turas, mais seaprofundarão as suas raízes, tor-nando-o capaz de resistir à forcadas ideologias contrárias aos prin-cípios da Palavra de Deus (MC4.4;

; l Jo 4J-6J.

DISCERNINDO O QUE ESTÁPOR TRÁS DO POS-MODERNISMO

(T). A capacidade de discer-nir. A partir de convicções bí-blicas adquiridas com o auxílio doEspírito Santo, o crente desenvol-ve a capacidade de discernir o fal-so ensino e as vãs filosofias que ne-gam a verdade de Deus (l^Co^J.^-16}. Esta é uma necessidade vitalporquanto muitas vezes o erro vemtransvestido não só de religiosida-de, mas aparenta ser também umaverdade bíblica. Vale lembrar, in-clusive, que o Diabo na tentaçãode Cristo usou de meias-verdades,lançando mão da Palavra de Deus.A diferença é que para o Senhor,as Escrituras não eram mera fontede pesquisas, mas o seu pão decada dia (Mt 4.1-1JJ.

(2) A írrrportância de dis-cernir. Deus valoriza o discerni-mento espiritual ao alistá-lo entreos dons espirituais outorgados peloEspírito Santo ao crente (l Co 12.7-11). Tem sido muito comum, sem

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cair no terreno da generalização,valorizar os dons de elocução —profecia, variedade de línguas e in-terpretação — em detrimento dosque operam no domínio do conhe-cimento. À medida que se aproxi-ma o fim dos tempos, o dom dediscernimento de espíritos precisaser buscado com afinco, sobretudopela liderança, a fim de que não ve-nhamos a sucumbir diante das su-tilezas de Satanás.

{^3y A necessidade de dis-cernir. O discernimento espiritu-al é vital, mormente quando se tra-ta de sua manifestação como umdom do Espírito, para identificarnão só se o que está sendo dito,égenuíno, mas também se as moti-vações e os meios estão corretos ese procedem de uma fonte legíti-ma. Um caso exemplar foi o quePaulo enfrentou em Filipos. Emprincípio, a mensagem daquelamulher com espírito de adivinha-ção nada tinha de equivocada.Paulo e Silas eram de fato servosdo Deus Altíssimo. Contudo, asmotivações erarn erradas, pois ti-nham como propósito ganhá-lospela soberba, e a fonte da mensa-gem era o próprio SatanásJA^l^H -18). Assim, existem errosidentificados com clareza, pois tra-zem em si mesmos a marca da con-tradição à Palavra de Deus. Há ou-tros, no entanto, tão camufladosque não basta apenas o conheci-mento bíblico e o discernimentonatural. É preciso a manifestaçãodo dom sobrenatural de discerniros espíritos.

\/Í\Í( DESENVOLVENDO UMAVISÃO APOLOGÉTICA

1. Conhecer para crer. Nes-tes tempos de pós-modernismo, ocristão, mais do que nunca, preci-sa aprofundar-se em apologética^—sagrada, isto é, na defesa biblica-mente fundamentada e racional dafé cristã. Ver l__PeJU5; 2 Co 7.1.Além destas duas passagens, o ter-mo original equivalente à apolo-gética (substantivo e verbo) apare-ce em dezesseis outras passagensdo Novo Testamento. O apóstoloPaulo empregou o vocábulo não sóquando fez a sua defesa diante dostribunais de RomatCAt_2^íj:; 25.16;2 Tm_4J_6J, ou na justificação deseu apostolado jJ^CpJO), mas tam-bém ao referir-se ao seu papel dedefensor do evangelho (Frj_lJU_5).O mesmo fez o apóstolo Pedro,quando instou-nos a respondercom mansidão àqueles que nos pe-direm a razão de nossa esperança(l PéJU£).

Em primeiro lugar, isto implicao conhecimento da Palavra deDeus. Ninguém pode falar de algoque não conhece. Por conseguinte,o conhecimento da Palavra gera fé,que por sua vez produz convicçõesjRm 10.16JJ7). Esta certeza levouPaulo a combater de forma articu-lada as heresias de sua época, a nãotemer a morte e a aguardar comalegria a bem-aventurada esperan-ça à luz do que disse a Timóteo: "eusei em quem tenho crido" (v.12).Conhecer para crer, eis a primeiranecessidade do homem em relaçãoa Deus (Os 6.3; J

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(2) Crer para argumentar.Apenas o conhecimento bíblicocomo simples saber humano, qualbanco de dados, não basta. Isso se-ria lidar com a teologia como sefosse unicamente mais um campodo saber humano. É preciso ir além,como demonstrou o apóstolo Joãona proclamação das boas-novas. Oque ele anunciava não era uma sim-ples probabilidade ou hipótese,pelo contrário, era o resultado deterem visto, ouvido e tocado naPalavra da vida HJoJ_J_dJ-

Quem argumenta motivado pe-las suas convicções espirituais —em virtude de crer naquilo que ex-põe — difere daqueles que defen-dem uma causa na qual não acre-ditam. Falamos do que cremos —esse é o ponto de partida — e nãocumprimos simplesmente um deverde ofício (2 Co 4.13). O verdadeiroapologista da fé cristã possui comometa a preservação da ortodoxiabíblica ante os falsos ensinos, por-que crê no que prega.

' , m

CONCLUSÃO ' r

Diante da impiedade dos temposchamados secularmente de pós-mo-dernos, há uma luz do céu no cami-nho — a voz profética da Igreja.Através de seus pregadores e dou-tores, usando a linguagem de Paulo(v.ll). ela faz soarem todos os can-..——--tos da Terra a verdade de Deus, cujotriunfo final está próximo, a fim deque os homens escapem, e depres-sa, das garras do pecado camufla-do nas vãs filosofias desta era. Con-cluo citando as palavras menciona-

das pelo apóstolo Paulo: "Cri, porisso, falei" (2 Co 4.13).

AUXÍLIOS SUPLEMENTARESSubsídio Bibliológico

"O Modelo Discernente deDaniel

[...] A cultura da Babilónia acen-tuava a beleza, a excelência, a ino-vação, a vaidade e a intemperança.Facilmente poderia ter seduzido umjovem religioso que caísse em seuregaço de luxúria. Contudo, Danielcriou uma contracultura consisten-te, que transcendeu a opulênciababilónica. Num país de paganismosubjugante e atraente, o jovemisraelita recusou firmemente a co-mida e os favores reais. Sua recusaera algo mais que o ascetismo de umpurista. Era uma afirmação clarasobre coisas que realmente impor-tavam — sua fé e herança hebraica.

Dois princípios chaves podemser extraídos do exemplo de Daniel.Primeiro, ele estava firme em sua fé.Ele conhecia a lei de Deus intima-mente. Depois de anos no cativei-ro, Daniel e seus companheiros per-maneceram solidamente fiéis à Pa-lavra de Deus, não só quando a obe-diência deles significava correr con-tra a maré da cultura dominante,mas também quando significavaque poderiam morrer por ela.

O segundo princípio, até maisdigno de nota, era que Daniel viu ecompreendeu a cultura babilónicacom mais clareza do que a maioriailuminada dos seus contemporâne-os babilónicos. Ele era um homem

Lições Bíblicas 95

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que possuía 'o espírito dos deusessantos', como a rainha, esposa deBelsazar, o descreveu. Era conheci-do por estar cheio de 'lu/, e inteli-gência, e sabedoria'. Deus tinha dadoa ele e a seus amigos conhecimentoe inteligência cm todo ramo da lite-ratura e sabedoria; Daniel até enten-dia todos os tipos de visões e sonhos(Dn 1.17)." (PALMER, Michael D.(ed.) Panorama do pensamento cris-tão. RJ: CPAD, 2001, p.404-5.)

Apologético: Que ia/ apolo-gia, ou seja, discurso, tratado em

defesa de alguém ou alguma coisa.Ideologia: Sistema de ideias de

um grupo dogmaticamente organi-zado.

I m b u i r : Infundir; insinuar;incutir; impregnar.

Sucumbir : Não resistir; ceder;cair sob o peso de.

Transigência: Ato ou efeitode transigir; condescendência; to-lerância.

; 1 h 1 jIJ. i- > i iJi/PALMER, Michael D. (ed.). Pano-rama do pensamento cristão, CPAD,2001.

QUESTIONÁRIO1. como escapar dos males ideológicos dos últimos dias?R. Aprofundando nossas convicções cristãs; discernindo o que está

por trás do pós-modernismo; e desenvolvendo uma visãoapologética.

2. Quais são os resultados da vida cristã profunda?R. Riquezas espirituais e segurança conira as doutrinas estranhas

e as vãs filosofias do pós-modernismo.

3. Por que o discernimento espiritual é indispensável para ocrente?

R. Para identificar não só se o que está sendo dito e genuíno, mastambém se as motivações e os meios estão correios e se proce-dem de uma fonte legítima.

4. O que significa apologética sagrada?R. A defesa biblicamente fundamentada e racional da fé cristã.

5. Quais são os resultados que o conhecimento da Palavra podegerar no crente?

R. I-é, que por sua vez produz convicções (Rm 10.16,] 7).

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