27/02/2014 · vírus da caxumba vírus do sarampo vírus da rubéola 27/02/2014 6 Trato...

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27/02/2014 1 Danielly Cantarelli UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE MEDICINA TROPICAL Patógenos Agentes infecciosos capazes de causar doença Patogenicidade Capacidade do agente de infectar o hospedeiro e causar doença Patogênese ou Patogenia Etapas ou mecanismos envolvidos no desenvolvimento de uma doença Virulência capacidade patogênica de um microorganismo, medida pela gravidade da doença que ele produz e/ou por seu poder de invadir tecidos do hospedeiro

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Danielly Cantarelli

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE MEDICINA TROPICAL

Patógenos → Agentes infecciosos capazes de causar doença

Patogenicidade → Capacidade do agente de infectar o hospedeiro e causar doença

Patogênese ou Patogenia → Etapas ou mecanismos envolvidos no desenvolvimento de uma doença

Virulência → capacidade patogênica de um microorganismo, medida pela gravidade da doença que ele produz e/ou por seu

poder de invadir tecidos do hospedeiro

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Os vírus só são mantidos na natureza se puderem ser transmitidos de um hospedeiro

para outro, da mesma espécie ou não.

Formas de transmissão

Horizontal

Vertical

Contato: pode ocorrer

diretamente de um indivíduo infectado para um hospedeiro susceptível, ou indiretamente através de fômites (objetos) ou perdigotos (aerossóis de secreções respiratórias ou saliva)

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Veículo: Água ou

alimentos contaminados

Vetores: Animais vertebrados

ou invertebrados

Transmissão da mãe para o

embrião/feto

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1) O inóculo viral deve ser suficiente para iniciar a infecção

2) As células no sítio inicial da infecção devem ser acessíveis, susceptíveis e permissivas ao vírus

3) Os mecanismos de defesa local do hospedeiro devem estar ausentes ou ser ineficientes

• Trato Respiratório

• Trato Alimentar

• Trato Urogenital

• Conjuntiva

• Pele

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Trato Respiratório

Rota mais comum de entrada dos vírus no organismo

Mecanismos de defesa: –Muco,Células epiteliais, células fagocitárias nos alvéolos (macrófagos), anticorpos IgA

Transmissão : –Contato com perdigotos provenientes da tosse e espirro –Saliva de indivíduos infectados

A infecção pode ser restrita ao epitélio do TR ou pode ser disseminada pelo organismo

Trato Respiratório

Vírus que causam infecção localizada : ▪ vírus da influenza ▪ vírus parainfluenza ▪ Rinovírus ▪ vírus respiratório sincicial ▪ adenovírus

Vírus que causam infecção disseminada : ▪ vírus da caxumba

▪ vírus do sarampo

▪ vírus da rubéola

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Trato Respiratório

Caxumba

Rubéola

Sarampo

Morbili vírus Togavírus

paramyxovirus

Trato Alimentar

Virus que penetram e se multiplicam no trato alimentar precisam ser resistentes a variações de pH, ação de enzimas digestivas e a condições ambientais extremas

TGI - Ambiente hostil: acidez do estômago,

alcalinidade do intestino, presença de sais biliares, enzimas proteolíticas, camadas de muco,

anticorpos da classe IgA

Infecção localizada ( enterites ) ▫ rotavírus , norovírus, astrovírus.

Infecção disseminada :

▫ vírus da hepatite A (VHA), vírus da hepatite E (VHE), poliovírus.

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Trato Urogenital

Rota de entrada para os vírus transmitidos por via sexual

Protegido: Barreiras fisiológicas, incluindo muco e pH ácido

Vírus que causam infecção localizada

▫ vírus herpes simplex (HSV-2)

▫ Papilomavírus (HPV)

Vírus que que infectam através do TGU e causam infecção sistêmica : ▫ vírus da hepatite B (VHB)

▫ vírus da hepatite C (VHC)

▫ citomegalovírus (CMVH)

▫ Vírus da imunodeficiência humana(HIV)

▫ Vírus linfotrópico de Células T humana(HTLV-1)

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Conjuntiva

A conjuntiva é constantemente lavada pela secreção ocular e pelo movimento das pálpebras. Dessa forma, a possibilidade de infecção viral através do olho é

muito pequena, a menos que haja abrasão da mucosa.

É rara a disseminação sistêmica do vírus a partir do olho, embora possa acontecer.

É rara a disseminação sistêmica do vírus a partir do olho, embora possa acontecer.

Na maioria dos casos, a replicação é localizada e resulta na inflamação da conjuntiva. É

rara a disseminação sistêmica do vírus a partir do olho, embora

possa acontecer.

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CONJUNTIVITE POR ADENOVIRUS

Pele

Os vírus só podem penetrar no organismo pelo rompimento da integridade da pele, produzindo lesões locais após penetração através de pequenas abrasões.

É rara a disseminação sistêmica do vírus a partir do olho, embora possa acontecer.

É rara a disseminação sistêmica do vírus a partir do olho, embora possa acontecer.

Vírus que causam lesões locais :

▫ papilomavírus (HPV)

▫ poxvírus

Vírus que penetram na pele através de picada de insetos e causam doença sistêmica :

▫ Vírus da dengue

▫ Vírus da febre amarela

Vírus que causa doença através de mordida de animal vertebrado :

▫ Vírus da raiva

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VERRUGAS PLANTARES VERRUGAS PALMARES

VERRUGAS PLANAS

VERRUGAS GENITAIS

Via iatrogênica

Entrada de vírus através de agulhas contaminadas, transfusão sanguínea ou transplante de órgãos.

É rara a disseminação sistêmica do vírus a partir do olho, embora possa acontecer.

É rara a disseminação sistêmica do vírus a partir do olho, embora possa acontecer.

▫ vírus da imunodeficiência adquirida (HIV)

▫ vírus da hepatite B

▫ vírus da hepatite C

▫ citomegalovírus

▫ vírus Epstein-Barr

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É rara a disseminação sistêmica do vírus a partir do olho, embora possa acontecer.

É rara a disseminação sistêmica do vírus a partir do olho, embora possa acontecer.

HTLV

Adenovírus, HSV, Enterovírus, vírus por transplantes de córneas

VHB, VHC,

HIV, HTLV.....

v. da catapora,v.da gripe, v. da sarampo, v. da rubéola, v. da caxumba,rinovirus, enterovirus, adenovirus, coronavirus,v. respiratório sincicial(VSR)...

V. Epstein-Barr, adenovirus, enterovirus, rotavirus, v.da caxumba, herpes simplex.

VHB, VHC, HIV, HTLV, CMV e Papilomavirus

v. da raiva, papilomavirus, VHB, VHC, VSV, HIV..

É rara a disseminação sistêmica do vírus a partir do olho, embora possa acontecer.

É rara a disseminação sistêmica do vírus a partir do olho, embora possa acontecer.

Predileção do vírus para infectar alguns tecidos do hospedeiro e não outros

Tropismo

Permissividade

Susceptibilidade

Acessibilidade

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É rara a disseminação sistêmica do vírus a partir do olho, embora possa acontecer.

É rara a disseminação sistêmica do vírus a partir do olho, embora possa acontecer.

É rara a disseminação sistêmica do vírus a partir do olho, embora possa acontecer.

É rara a disseminação sistêmica do vírus a partir do olho, embora possa acontecer.

Disseminação Local pela superfície do Epitélio

Após penetração dos vírus nas células do epitélio, ocorre a replicação, com invasão das células vizinhas pelos novos vírus formados

Disseminação Através de Nervos periféricos

Ex. vírus da raiva, vírus varicela e vírus herpes simples

Os vírus que entram no corpo via trato alimentar ou respiratório podem ser disseminados rapidamente pela superfície epitelial, com o auxilio do movimento mucociliar local.

Muitos vírus se espalham do sitio primário da infecção através das terminações nervosas locais

É uma rota importante de infecção do SNC

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Disseminação Linfática

Os vírus penetram nos vasos linfáticos que formam uma rede sob a pele e mucosa epitelial, após atravessarem a superfície epitelial e atingir os tecidos subepiteliais.

Como os vasos linfáticos terminam por se juntar ao sistema venoso, as partículas virais na linfa têm livre acesso à circulação sanguínea

Os vírus que entram nos capilares são transportados para os linfonodos, onde são apresentados aos linfócitos. Essas células vão destruir os vírus e iniciar a resposta imune. Entretanto, alguns vírus são replicados no interior de outras células de defesa como os macrófagos e, como essas células estão em constante circulação entre os sistemas vasculares linfático e sanguíneo, esses vírus podem ser transportados passivamente pelo organismo.

Disseminação Através do sangue

Os Vírus podem entrar na corrente sanguínea através dos capilares, após replicação em células endoteliais, por inoculação através da picada de um vetor ou por via iatrogênica. Uma vez atingido o sangue, o vírus ganha acesso a todos os tecidos do hospedeiro

No sangue, os vírus podem circular livres no plasma ou podem estar associados a leucócitos, plaquetas ou eritrócitos

Viremia → Presença de patículas virais infecciosas no sangue

Viremia ativa → é produzida pela replicação do vírus.

Viremia passiva → é resultado da introdução das partículas virais no sangue sem que ocorra replicação no sítio de entrada.

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Muitos vírus desenvolvem mecanismos ativos para suplantar as defesas do hospedeiro. Por. Exemplo alguns vírus expressam proteínas que bloqueiam o programa de suicídio celular (apoptose) que é ativada em muitos células infectadas por vírus.

Os elevados índices de mutações da maioria dos vírus de RNA resultam na produção de proteínas alteradas que permitem os vírus evadir-se das defesas imunológicas.

Alguns vírus produzem proteínas antagonistas para contra-atacar as defesas do hospedeiro incluindo receptores solúveis que se ligam as citocinas do hospedeiro, impedindo que elas possam atuar sobre os vírus.

Infecção Aguda/Inaparente

► produção rápida de vírus, seguida da resolução e eliminação rápida da infecção pelo hospedeiro

► Relativamente passageiras, e, num hospedeiro saudável, as partículas virais e as células infectadas são completamente eliminadas pelo sistema imunológico em poucos dias

► As infecções agudas não irão necessariamente resultar em doença, podendo ocorrer de forma inaparente ou assintomática

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Infecção Persistente

► As infecções persistentes não são eliminadas rapidamente pela resposta imunológica e as partículas virais ou produtos virais continuam sendo produzido (contínua ou intermitente) por longos períodos (meses ou anos)

► Existem 3 tipos de infecções persistentes: ▫ Infecção crônica

▫ Infecção lenta ▫ Infecção latente

Infecção Abortiva

► O vírus infecta o hospedeiro ou uma célula susceptível, mas a replicação não se completa, geralmente porque um gene viral ou celular essencial não é expresso. Dessa forma, a infecção abortiva não é produtiva

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Período de Incubação: período compreendido entre o início da infecção e

o aparecimento dos primeiros sintomas característicos da doença.

Período Prodrômico: período da infecção em que o indivíduo apresenta sintomas clínicos generalizados e inespecíficos da doença (p.ex. febre, mal-estar, dor de cabeça etc.) e que antecede os sintomas característicos da doença.

Período da doença: Período durante o qual o indivíduo apresenta os sintomas característicos associados à doenca.

Período de Infecciosidade: Período durante o qual o indivíduo infectado permanece excretando e produzindo o vírus

Período de convalescença: período durante o qual o paciente se recupera

Necessária para a manutenção da infecção na população

Normalmente ocorre por uma das superfícies do corpo envolvidas na entrada do vírus

Em infecções localizadas, a mesma superfície está envolvida na entrada e saída do vírus

Em infecções generalizadas, uma variedade de formas de excreção está envolvida:

▫ Secreções Respiratórias

▫ Fezes

▫ Pele

▫ Trato Genitourinário

▫ Leite Materno

▫ Sangue

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