272 SEMESTRE 2017 - escoladositio.com.br · Elas chegaram para transformar um a um e todos em um:...

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“A lagarta é um bicho muito inteligente... Imagina que vai virar borboleta E vira mesmo! E sai por aí voando, voando Até encontrar outra borboleta Quase sempre da mesma cor E aí são duas borboletas Voando,voando, voando... Pelo jardim, no campo Encaracolando, soluçando e namorando Revivendo a velha ondulação Do andar da lagarta Até desaparecer novamente No infinito da metamorfose.” Texto de introdução da música: “Bicho da Seda”(João Bá) Nosso ano começou com elas, muitas delas! Visitas inesperadas dentro e fora da sala de aula. As lagartas nos escolheram, nos procuraram, nos cativaram, nos encantaram... Nós também as escolhemos, passamos a procurá-las, decidimos observá-las, de perto, bem de perto, cada vez mais perto... Fomos nos apropriando de suas características, de seus contornos, de seus gostos e desgostos, seus perigos e encantos... Um processo de transformação... Elas chegaram para transformar um a um e todos em um: um unido e concreto grupo de 1º ano, repleto de alunos e professores curiosos, pesquisadores, que se completaram em meio a todo esse processo. Relatório de grupo – 1º semestre/2017 Turma: 1º ano Professora: Mariana Muffato Professora auxiliar: Myriam Wonsik Coordenadora: Lucy Ramos

Transcript of 272 SEMESTRE 2017 - escoladositio.com.br · Elas chegaram para transformar um a um e todos em um:...

“A lagarta é um bicho muito inteligente...

Imagina que vai virar borboleta

E vira mesmo!

E sai por aí voando, voando

Até encontrar outra borboleta

Quase sempre da mesma cor

E aí são duas borboletas

Voando,voando, voando...

Pelo jardim, no campo

Encaracolando, soluçando e namorando

Revivendo a velha ondulação

Do andar da lagarta

Até desaparecer novamente

No infinito da metamorfose.”

Texto de introdução da música: “Bicho da Seda”(João Bá)

Nosso ano começou com elas, muitas delas! Visitas inesperadas dentro e fora da sala de aula. As lagartas nos escolheram, nos procuraram, nos cativaram, nos encantaram... Nós também as escolhemos, passamos a procurá-las, decidimos observá-las, de perto, bem de perto, cada vez

mais perto... Fomos nos apropriando de suas características, de seus contornos, de seus gostos e desgostos, seus perigos e

encantos... Um processo de transformação... Elas chegaram para transformar um a um e todos em um: um unido e

concreto grupo de 1º ano, repleto de alunos e professores curiosos, pesquisadores, que se completaram em meio a todo esse processo.

Relatório de grupo – 1º semestre/2017

Turma: 1º ano

Professora: Mariana Muffato

Professora auxiliar: Myriam Wonsik

Coordenadora: Lucy Ramos

E de lembrar dá saudades! Mas quem disse que saudade é coisa ruim? Se a sentimos é porque a lembrança saudosa no momento em que se fez presente foi boa e trouxe coisas inesquecíveis.

Como foi bom vivenciar este processo com as crianças! As lagartas desde o início do ano estavam tentando gentilmente pedir licença para entrar. Ora cá, ora acolá

víamos uma lagarta pelas paredes da classe, aparecendo na porta.

Borboletas que rodeavam a turma na hora do parque e logo no primeiro dia de aula uma das alunas quis trazer para a classe uma delas que estava secando suas asas para conseguir voar.

Certo dia, no final do período, fomos surpreendidos por uma mariposa enorme, linda, cheia de manchas cor de rosa. Liberte uma borboleta e faça um desejo! Assim a querida professora Myriam nos ensinou.

Na semana seguinte, logo cedinho, as crianças brincavam no parque antes do sinal bater para iniciar a aula. Uma das alunas chamou a atenção de todos e mostrou uma lagarta. Ela era bem diferente de tudo o que já tínhamos visto durante aqueles primeiros dias em relação as lagartas. Ela era peluda e logo alguém alertou para não tocar nela porque poderia ser perigoso. Algumas crianças da turma imediatamente pediram se podíamos ficar com ela e a resposta por parte da professora foi sim! No mesmo instante recebeu o nome dado por um aluno e que todos imediatamente concordaram. DONA PELUDONA, assim ela começou a fazer parte da turma do 1º ano.

Dona Peludona (vista de cima) Dona Peludona (de perfil)

Cida, nossa diretora, que também é bióloga, deu as primeiras orientações à turma sobre os cuidados de não

tocar, de só poder ficar com ela se encontrássemos a folha que comia e Cida também nos levou ao laboratório de ciências para nos ajudar a construir uma “casinha” para ela. O “lagartário”da Dona Peludona.

Já havíamos lido em um livro algumas dicas sobre como construir um “berçário de lagartas”. Juntos, a turma e a Cida decidiram que o local seria um aquário de acrílico, forrado com areia, gravetos para

ela brincar de subir e descer e folhas para ela comer.

Pegamos as folhas da árvore mais próxima do local onde ele foi encontrada. Era um teste, não sabíamos ao certo se ela comeria. Para nossa sorte, no mesmo dia ela já abocanhou as folhinhas verdes e frescas, fez vários cocôzinhos e a turma vibrou por tudo estar caminhando tão bem a nosso favor.

Assim passaram-se os dias e novas lagartas foram aparecendo. Trazidas das casas das crianças, encontradas

nas árvores da escola. Desta forma, Dona Peludona foi ganhando companheiras de “lagartário”. Chegou a “PITITICA FUGITIVA”, uma lagarta retirada da árvore de Manacá. Tinha esse nome porque todas as vezes que abríamos o lagartário para fazermos a limpeza e alimentação das lagartas ela dava um jeito de fugir. A Pititica fazia a alegria da

garotada, era um tal de dar gargalhadas a cada tentativa de fuga, mas o destino não foi muito bom com ela. Pititica foi devorada por formigas que atacaram o lagartário uma certa noite. Tinha também a “IRMÔ e a “PRIMA”da Pititica, que na verdade não ganharam um nome específico. Chamavamo-as de “LAGARTAS DO MANACÁ”. Teve também a “VERDINHA” que chegou já bem cansadinha e logo se foi, morar lá no céu das lagartas. Num belo final de período, bem no caminho que leva a nossa classe, uma das alunas encontrou uma lagarta maravilhosa de linda e muito diferente. Era verde, cheia de pintinhas cor de laranja, parecia que tinha vindo do País das Maravilhas, lá do livro da Alice. Quem viu, viu, quem não viu... viu só na foto! A danadinha chegou num dia e na manhã do dia seguinte já estava encasulada, repleta e protegida por fios brancos, parecendo um feltro. Nossa lagarta rapidinho ganhou um nome: “DONA PEPINO”.

Alguns dias depois observamos que no parque de cima havia se formado um casulo semelhante ao da Dona Pepino, o qual os alunos cercaram, orientaram os demais alunos da escola para não mexer nele e deram o nome de Dona Pipoca.

Depois também recebemos as lagartas da árvore de guaraná, que vieram da casa de um dos alunos e elas eram muitas, comilonas que só elas, mas dessa folha não tínhamos na escola, então elas comiam só de vez em quando, quando o Pedro lembrava de trazer as folhas para elas! Para essas demos um nome coletivo “LAGARTAS DO GUARANÁ”. Tivemos a visita de lagartas recém-nascidas, vindas lá do pé de couve da casa de uma das alunas. Mas essas, coitadinhas, eram tão pequeninas que não sobreviveram.

Em cima: a prima e a irmã da Pititica Pititica Casulo da prima Casulo da irmã

Embaixo: Pititica – a lagarta fugitiva da Pititica da Pititica

Dona Pepino Dona Pepino no lagartário Casulo da Dona Pepino

Lagartas do Guaraná Lagarta do Guaraná se retorcendo Casulos das Lagartas do Guaraná

Fizeram entre as folhas e por baixo da areia

Casulo da Dona Pipoca Verdinha Diferentes lagartas encontradas na escola

Estudamos, pesquisamos e observamos... Ahhh... se pudéssemos passávamos o dia em frente ao lagartário. Era um “convercê”que só vendo. “Fulano, você viu que por baixo delas parece que tem uma ventosa igual aquelas que gruda bichinhos de pelúcia no vidro da janela do carro?” e também “Que nojo do cocô delas, por que será que fazem tanto cocô”? , “Posso buscar folhas hoje para alimentá-las?”, “ Olha só Mari, a Dona peludona tem um topete quando fica assustada” entre tantas e inúmeras perguntas, questionamentos e conversas sobre lagartas, a pergunta que não queria se calar era “Mari, Myriam... quando é que elas vão virar borboletas?”. No fundo era o que nós mais esperávamos, mas não sabíamos ao certo como seria esse processo. Imaginamos que por termos tirado as lagartas de seu habitat natural e a movimentação que elas estavam sendo sujeitadas pudesse alterar algo em seu ciclo de vida, mas deixamos a coisa acontecer. Teve um dia inclusive, que uma das tarefas de casa era votar se as crianças gostariam de libertar a Dona Peludona para a natureza ou se a mantínhamos no lagartário. A opção de mantê-la no lagartário foi a que venceu.

Com tantos por ques, por ques, por ques na cabeça pensamos que seria muito interessante proporcionar a

turma um estudo do meio à Mata Santa Genebra, a qual dentro dela possui um borboletário. Conseguimos contato, agendamos a data, preparamos coletivamente as mais de 30 perguntas, mas na semana do estudo recebemos a triste notícia que a Mata seria interditada por motivo de segurança devido o surto de febre amarela que estava acontecendo na cidade. Ficamos tristes, mas não desistimos de continuar nossas buscas por mais saberes e conhecimentos. Descobrimos que não se pode passar a mão em um casulo, caso isso aconteça, a chance dele se transformar em uma borboleta é muito pequena, descobrimos também as diferenças entre mariposas e borboletas, as curiosidades dessas espécies e a cada dia tínhamos um novo conhecimento. De novo, ai que saudades!!

A vivência com as lagartas nos fortaleceu enquanto turma. Nos trouxe um sentimento de cuidar uns dos outros, assim como cuidadosamente cuidávamos das lagartas todos os dias. Um belo dia o grande espetáculo da vida e o auge da metamorfose aconteceu. Joaquim foi até a sala da Cida para buscar o lagartário que passava a noite lá (para evitar que as formigas o atacassem novamente) e voltou afônico, com brilho nos olhos, só falava: “Mari, Mari, Mariiii....”e não saía disso! Joaquim já havia visto que a prima ou a irmã da pititica que já há umas duas semanas estava no formato de crisálida havia se transformado em uma linda borboleta dourada e preta.

Estávamos terminando o lanche e a gritaria e comemoração foram inevitáveis. Todos falavam, se abraçavam, comemoravam e queriam ver lá dentro do lagartário aquela linda borboleta batendo as asas pela primeira vez.

Fomos nós ao laguinho e antigo borboletário da escola. Soltamos a borboleta e fizemos outro pedido! Voe

longe, seja feliz “Dona Borboleta do Manacá”.

O tempo foi passando, uma lagarta virou borboleta, outras por outros motivos não sobreviveram... e lá estava

ELA, a Dona Peludona. Firme e não tão forte mais como antes. Percebemos que com os dias ela parecia estar encolhendo e estávamos acreditando que este poderia ser um processo pelo qual ela passaria para se transformar em casulo, mas estava demorando.

Nesse meio tempo a turma brincava e se divertia com ela, sempre com muita cautela e cuidado, porque em nossas pesquisas descobrimos que a Dona Peludona era uma “lagarta rato”, muito perigosa e venenosa. Só eu que chegava mais perto e a retirava do lagartário. A Myriam tinha medo e as crianças por precaução estavam proibidas de chegar com as mãos perto.

Quem já passou uma manhã com a gente sabe que para essa turma, tudo vira festa, piada e risada. Teve um dia que inventamos de tirar “selfies”com a lagarta Peludona. Quem quis deitou no tapete, deu aquela olhadinha pro celular e click! Boa lembrança ficou desta amigona que a turma ganhou!!

Eis que um dia, após 28 dias de convivência com ela, Dona Peludona se foi, se foi também para o céu das lagartas. Pegamos o lagartário para cuidar e lá estava ela, durinha, pequeninha e deitadinha na areia do aquário que transformamos em casa para ela.

No início, as crianças não entenderam bem o que estava acontecendo, pediram para eu acordá-la, mexer com um graveto pra ver se ela se movimentava e só quando a Cida deu a notícia de que ela tinha morrido mesmo, foi que caiu a ficha de todos. Dona Peludona coube em uma caixinha de fósforo e todos da turma decidiram enterrá-la no laguinho da escola. Antes de enterrarmos fizemos uma roda de sentimentos e cada um pôde dizer aquilo que queria para Dona Peludona. Enquanto professoras, eu e Myriam nos surpreendemos com a fala das crianças. Imaginávamos que seria uma despedida mais formal, com um “seja feliz no céu das lagartas, Dona Peludona”, mas não, a despedida foi filosófica, as palavras saíram do fundo do coração. Um dizia algo e segurava o choro, outro abaixava a cabeça e chorava de soluçar, a professora silenciosamente chorava, as lágrimas escorriam e o sentimento por aquela lagarta, que era muito mais que uma simples lagarta cobria o momento de luz e amor.

Uma das falas que mais me marcou foi: “Ela era tão perigosa e nunca fez mal algum para nós, pelo contrário, só trouxe amor”(Christian – 6 anos).

Para alguns foi difícil entender que ela havia cumprido sua missão e que nem todas as lagartas se transformam em borboletas, como a gente está acostumado a ver nas histórias por aí.

Trabalhar com a perda é uma questão dolorosa e triste, mas muito importante para todos nós, adultos e crianças.

Fizemos todo o ritual de sepultamento da lagarta e cada um colocou uma flor em sua homenagem por cima do local onde ela foi enterrada. De uma coisa temos certeza, ela será a lagarta mais viva e querida que carregaremos em nossos corações!

Logo após este acontecimento todas as outras lagartas que chegaram, ficaram, se transformaram em casulos

e o processo parou, findou... Foi-se o tempo das lagartas, foi-se o tempo das borboletas e devagar, conforme deve ser, outros interesses

foram tomando conta da turma. Mas não há quem ainda não lembre ou não fale com brilho nos olhos e felicidade estampada no rosto desta

linda e encantadora experiência de transformação que a turma do 1º ano se envolveu neste semestre. Para complementar esse projeto, recebemos na manhã de uma sexta feira em nossa sala, com muita alegria,

a visita da Laís (aluna da turma do jardim 1) e sua mãe Renata que vieram gentilmente apresentar para nossa turma uma performance artística sobre o ciclo de vida das borboletas. Convidamos todos os alunos da turma do jardim 1 para participarem também deste momento especial. A apresentação contou com a trilha musical “Mãe e Filha” (Zizi Possi). Deixamos aqui mais uma vez o nosso agradecimento a essa querida família.

E não só sobre lagartas e borboletas a turma do 1º ano trabalhou. Espera-se que o objeto disparador da turma, escolhido no começo do ano pela professora traga muitos

caminhos para o trabalho do grupo durante o ano. Confesso que este ano tivemos um caminhar diferente. Como o encantamento e a vontade de falar e vivenciar

as experiências com as borboletas eram tanto, eu e Myriam precisamos chegar apitando na Estação do 1º ano com o trenzinho escolhido, para disparar alguns conhecimentos.

A ideia das cartas com dicas foi muito legal. Envolveu a turma e os conectou com um novo momento. A primeira carta trouxe a notícia de que um “presente”iria chegar, as demais vinham com dicas sobre o que poderia ser o “presente”. Algo estava prestes a acontecer e com o toque do suspense sempre se torna mais interessante.

A cada dia uma nova dica aparecia, até que numa manhã o tão esperado “presente” chegou e foi entregue

pelo carro do Sedex por um carteiro de verdade.

O TREM foi entregue para a turma e aos poucos foram se apropriando de ideias. No começo, percebi que a

vontade deles era brincar, brincar e brincar com o trem e assim puderam fazer.

Entre uma brincadeira e outra apresentávamos ao grupo alguma proposta, uma música, um texto, trazíamos

histórias sobre viagens de trem, começamos a falar sobre os diferentes meios de transporte, os lugares que cada um gostaria de visitar se pudesse embarcar em um trem.

Exploramos o mapa mundi, as possibilidades e impossibilidades de linhas férreas pelo mundo. Escolhemos como livro de leitura monitorada o título “Tem Trem na Linha”(Rita Nasser). O livro nos trouxe

grandes possibilidades de estudo e é a partir dos disparadores que o livro trouxe para a turma que pretendemos no próximo semestre realizar as viagens tão esperadas com o nosso trem, construído coletivamente, vagão por vagão, pelos alunos e seus familiares.

A ideia é concretizarmos os espaços desejados por eles através do conhecimento, dentro das possibilidades,

claro! Mas embarcar no trem e ir para à praia. Construindo uma praia com todos os elementos possíveis no tanque de areia da escola, por exemplo. Passar um dia no sítio, embarcando no trem e descer a rua da escola fazendo um delicioso piquenique no quintal da chácara do Mario, nosso vizinho, rodeado pelas galinhas, cachorros e cavalos. Passarmos pelas estações do ano com atividades de experimentações, climatização, percepções sensoriais. Chegar o mais próximo possível de uma outra localidade através de experiências gastronômicas com atividades de culinária.

Reprodução artística feita pelos alunos em grupo inspirados na ilustração do livro “Tem Trem na Linha”(Rita Nasser) representando os lugares que o trem passa

Neste semestre o trem nos levou por um trilho mágico que chegou a um lugar chamado “Planeta Alfabeto”,

lá pudemos além de conhecer a história que este planeta carrega, trazer em cada um dos 26 vagões as letras do alfabeto para nos auxiliarem no processo de letramento e alfabetização da turma.

A cada semana uma criança leva o “Vagão Surpresa”para casa com uma das letras do alfabeto que foi sorteada

para aquele dia e dentro dele deve trazer um objeto que comece com determinada letra. Em roda, no dia seguinte a brincadeira começa. Na primeira rodada todos pegam o vagão na mão, balançam, escutam o som que produz, percebem o peso, cheiram e passam para o colega seguinte. Na segunda rodada todos fazem uma pergunta ao “dono do vagão”, neste momento a ideia é conquistar dicas para a próxima rodada que é a terceira e nela todos devem associar as dicas, mais a letra indicada que começa o objeto e dizer o que acha que é que tem dentro da caixa. Na penúltima rodada, o “dono do vagão” diz se alguém acertou ou não e daí caso a resposta seja positiva, fazemos o caminho de exclusão a partir da conferência das hipóteses com as dicas. Quando descobrimos o que é, na última rodada, todos podem abrir o vagão e ver o objeto.

Vagão Surpresa do Gustavo – letra B – teve bolo de brinquedo no vagão e bolo de verdade após a adivinhação!

Após esse momento de brincadeira, há um estudo da letra em questão. Falamos o nome da letra, o som que

ela faz, o formato que tem, trabalhamos com a família silábica caso seja uma consoante e fazemos um jogo de palavras, o qual todos participam ativamente falando nomes de coisas que começam com aquela letra. Também aproveitamos para registrar todo esse processo no caderno individual no espaço reservado para cada letra na parte que separamos para o “Planeta Alfabeto”. Para saber um pouco mais sobre o processo de letramento da turma do 1º ano acesse o link https://www.youtube.com/watch?v=Tm-hK9CKdK4&t=39s e veja um vídeo que retrata a fase de apropriação da leitura.

O trem e o estudo dos meios de transporte nos deu a ideia de conhecermos mais de perto a história de um “primo do trem”, o bonde. Estudamos sobre sua criação e utilização no passado e também pudemos fazer um estudo do meio à Lagoa do Taquaral para andarmos de bondinho e aproveitar uma manhã deliciosa passeando pelos trilhos do bonde a admirando a natureza. A concretização de alguns estudos é sempre mais significativo para todos.

Acesso o link https://www.youtube.com/watch?v=9aGou0ezgZ0 e assista o vídeo do nosso Estudo do Meio.

Estamos buscando a possibilidade de viabilizar para o próximo semestre um passeio na Maria Fumaça. Se der

certo será bem legal! Entre tantos passeios, desejos, conhecimentos, subidas e descidas desses vagões que estamos embarcados,

passamos pelo sertão do nosso país e com o auxílio da turma do 2º ano aprendemos um pouco mais sobre a vida do sertanejo, as maravilhas da caatinga, o belissimo trabalho das rendeiras e a disputa entre os cangaceiros e as volantes. Conhecer a história de Lampião e Maria Bonita foi bastante interessante e representar na Festa Junina através de encenações que retrataram desde o sofrimento daqueles que têm que viver com a terra rachada de tanto sol, impossibilitando a plantação, até as festividades no Forró, uma festa que abrange todas as pessoas, foi muito gostoso. As crianças do ciclo I (1º, 2º e 3º anos) se apropriaram desta história e representaram lindamente para todos que lá estavam presentes um pouquinho desta vista que tivemos pelas janelas de nossos vagões ao passarmos pelo sertão nordestino do nosso Brasil.

Assim se fez o nosso semestre. Não da pra contar tudo, mas um bocadinho está aqui!

Entre tantos encontros, desencontros e reencontros. Entre tantas novidades e conhecimentos. Entre ganhos e perdas. Entre o céu e a terra. Entre a Educação Infantil e o Ensino Fundamental. Entre as rodas de música e rodas de brincadeiras. Entre as broncas e os beijinhos. Entre o brincar e o aprender. Entre o sim e o não. Entre as conquistas e os desafios. Entre os momentos bons e os não tão bons assim. Entre massinhas e pinturas. Entre o novo ritmo de sala de aula e as brincadeiras no parque. Entre as escritas e a matemática. Entre os livros e a natureza. Entre o faz de conta e a vida real. Entre a necessidade de amadurecer e o colinho das professoras.

Registrando Ditado explosivo Escrevendo na lousa

Carnaval Faz de conta e fantasias

Lanchando Chá com letras ☺

Medindo e comparando a altura de cada um

Pintando

Fazendo experiências

Fazendo e brincando com massinha

Brincando Montando

Recebendo a visita e reencontrando o amigo Antônio

Entre estar com vocês, nossos queridos alunos e nos sentirmos tão bem, tão acolhidas, tão protegidas, tão amadas e tão queridas!

Obrigada a todos pela confiança em nosso trabalho. Desejamos ótimas férias e um recomeço de semestre

cheio de aprendizados e novas descobertas.

Mari e Myriam