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B O L E T I M 28/11/2014 148 NÚMERO DO DIA R$ 44,4 mi pagou a marca de relógios Magnum no leilão do estádio do Guarani, de Campinas OFERECIMENTO Copa do Brasil vê recorde na TV, mas estádio “vazio” POR DUDA LOPES A final da Copa Sadia do Brasil entre Atlético-MG e Cruzeiro foi um enorme su- cesso em Belo Horizonte. Pelo menos para a televisão. A partida teve recorde de Ibope da Globo, em números que superaram até mesmo o pico da novela das 21 horas. Foram 48,5 pontos de mé- dia na audiência na partida decisiva realizada quarta-feira, com participação de 77% das televisões ligadas. Em 2014, o recorde da Globo na capital mineira era da novela “Amor à Vida”, com 48,2 pontos. Nem mesmo a Copa do Mun- do foi páreo para a final entre os rivais de Minas Gerais. Quem viu essa comoção na cidade pela partida certamente estranhou o enorme espaço sem público que pôde ser visto no Mineirão durante a final. Apesar da alta renda de R$ 7,8 milhões, o público este- ve distante da capacidade máxima da arena mineira; estiveram presentes 39,7 mil pagantes entre os 60 mil in- gressos colocados à venda. O tíquete médio do bilhete foi de R$ 197, um dos maiores na temporada. Se houvesse uma redução de R$ 50 no valor médio, mas o estádio lotasse, o clube arrecadaria R$ 1 mi- lhão a mais com os bilhetes. O grande “vilão” foi a área em que a renda é destinada à concessionária do Mineirão, a Minas Arena. Pelo acordo com o Cruzeiro, o local, que é o mais nobre do estádio, fica sob o controle da empresa, mas quem determina o preço é o clube. E o valor que exi- giu R$ 1 mil por torcedor. Na renda, a partida alcan- çou a terceira posição entre as maiores bilheterias da história do país, perdendo apenas para a final da Copa do Brasil de 2013 e a final da Libertadores do mesmo ano. Para a multidão que viu as cadeiras vazias pela televisão, certamente sobrou frustração.

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B O L E T I M

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148 N Ú M E R O D O D I A

R$ 44,4 mipagou a marca de relógios

Magnum no leilão do estádio do Guarani, de Campinas

O F E R E C I M E N T O

Copa do Brasil vê recorde na TV, mas estádio “vazio”

POR DUDA LOPES

A final da Copa Sadia do Brasil entre Atlético-MG e Cruzeiro foi um enorme su-cesso em Belo Horizonte. Pelo menos para a televisão. A partida teve recorde de Ibope da Globo, em números que superaram até mesmo o pico da novela das 21 horas.

Foram 48,5 pontos de mé-dia na audiência na partida decisiva realizada quarta-feira, com participação de 77% das televisões ligadas. Em 2014, o recorde da Globo na capital mineira era da novela “Amor à Vida”, com 48,2 pontos. Nem mesmo a Copa do Mun-do foi páreo para a final entre os rivais de Minas Gerais.

Quem viu essa comoção na cidade pela partida certamente estranhou o enorme espaço sem público que pôde ser visto no Mineirão durante a final.

Apesar da alta renda de R$ 7,8 milhões, o público este-ve distante da capacidade máxima da arena mineira;

estiveram presentes 39,7 mil pagantes entre os 60 mil in-gressos colocados à venda.

O tíquete médio do bilhete foi de R$ 197, um dos maiores na temporada. Se houvesse uma redução de R$ 50 no valor médio, mas o estádio lotasse, o clube arrecadaria R$ 1 mi-lhão a mais com os bilhetes.

O grande “vilão” foi a área em que a renda é destinada à concessionária do Mineirão, a Minas Arena. Pelo acordo com o Cruzeiro, o local, que é

o mais nobre do estádio, fica sob o controle da empresa, mas quem determina o preço é o clube. E o valor que exi-giu R$ 1 mil por torcedor.

Na renda, a partida alcan-çou a terceira posição entre as maiores bilheterias da história do país, perdendo apenas para a final da Copa do Brasil de 2013 e a final da Libertadores do mesmo ano.

Para a multidão que viu as cadeiras vazias pela televisão, certamente sobrou frustração.

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POR ADALBERTO LEISTER FILHO

O atacante Ibrahimovic é mais uma baixa na equipe de atletas Nike. O sueco, que chegou a es-conder o logotipo de suas chutei-ras da marca, não renovou contra-to com a multinacional americana.

O fim do acordo de 11 anos se dá meses após a empresa ter apostado com força no jogador durante a Copa do Mundo. Mes-mo fora do torneio, Ibrahimovic foi protagonista da comunicação da empresa durante a compe-tição. Sua versão animada, por exemplo, ganhou episódios espe-cíficos para diversos países. Com o slogan “Dare to Zlatan”, o sue-co ganhou até linhas de produtos.

“Ele terminou seu vínculo com a Nike. A relação foi difícil,

não era a ideal. Sem a Nike, o Ibra está feliz. Ao contrário da Nike, que perdeu um jogador desse nível. Atualmen-te estamos discutindo com patrocinadores. Mas não temos nada confirmado ainda”, afirmou Mino Raiola, agente do atacante.

Na terça-feira, no confronto contra o Ajax, pela Liga dos Cam-peões, Ibrahimovic utilizou um par de chuteiras da Adidas, mas escondeu o logotipo. Segundo seu agente, foi em consideração a outras marcas, que também podem assinar com o jogador.

“Ele é um homem livre. Estamos encantados que ele tenha escolhi-

do a Adidas. Mas não é a primeira vez que um jogador usa nossos produtos sem estar sob contrato. Foi o que aconteceu com Anelka e Bem Arfa, por exemplo. Nossa regra é muito clara. Nunca co-mentamos sobre conversas com atletas”, afirmou, já para afastar os rumores, Emmanuelle Gaye, porta-voz da marca alemã.

Protagonista da Nike no Mundial, Ibrahimovic não renova com a marca

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Duda Lopes é gerente de novos negócios da Máquina do Esporte

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Este 2014 foi o ano em que muitos clubes brasileiros tomaram uma po-lêmica decisão: proibir a entrada de torcedores em seus estádios. A deci-são não foi aberta ao público, mas é a única explicação para a precificação dos ingressos de jogos de futebol ser tão fora da realidade nacional.

A final da Copa do Brasil na últi-ma quarta-feira deu o melhor exem-plo dessa situação. Ao colocar um ingresso totalmente irreal, o Cru-zeiro proibiu que 20 mil pessoas assistissem a uma das finais mais

importantes da história do clube, contra o seu principal rival.

O termo “proibição” não é usado com exagero. Quando se limita a oferta a uma demanda inexistente, não há outra explicação.

O argumento sempre encosta na bilheteria mais alta. Mas, ao ver um setor inteiro vazio, será que alguém tirou algum dinheiro de lá? Além, claro, do tamanho da frustração do cliente, o torcedor, impedido de en-trar e que certamente carregará esse peso ao se relacionar com o time.

Isso acontece porque os clubes brasileiros não têm a menor ideia de como precificar o seu produto. Nes-te ano, foram vários exemplos. Até o Flamengo, time de maior torcida no país, chegou a jogar para 2 mil pessoas no Maracanã contra o Ma-dureira no insosso Estadual do Rio; o ingresso mais barato era R$ 60.

Se quiserem realmente arrecadar mais e tornar o negócio do futebol mais sustentável, acertar a precifi-cação do produto é algo que exige urgência no futebol brasileiro.

Cadeiras vazias escancaram a crise na precificação do futebol nacional

POR REDAÇÃO

A Samsung fez de uma ativação do patrocínio ao surfista Gabriel Medina e ao skatista Bob Bur-nquist uma promoção da nova campanha publici-tária do smartphone Samsung Galaxy Note 4.

A marca associa os atletas, que se destacam por criar novos e radicais movimentos no esporte, com seu novo smartphone.

“Assim como Gabriel Medina e Bob Burnquist, que são atletas de vanguarda, sempre inovando com manobras jamais imaginadas, na Samsung também questionamos de forma permanente o ‘status quo’”, diz Guilherme Mortensen, gerente sênior de marketing da área de dispositivos mó-veis da Samsung para América Latina.

Intitulada de “The Next Big Move”, a campanha é composta por um desafio entre os dois atletas, que usarão as funções do novo smartphones em

seus processos criativos para compor uma manobra iné-dita. Medina criará uma ma-nobra de skate para Bob tentar fazer, enquanto o skatista fará o mesmo para o surfista realizar na prancha. Os vídeos mostrarão esses desafios.

A ação publicitária é composta por dois filmes, sendo o primeiro um teaser do desafio, que já está no canal da marca no YouTube. O segundo vídeo entrará no ar em 2 de dezembro, na mesma plataforma, contando o desfecho do desafio. A campanha foi concebida e produzida apenas para os mercados da Samsung na América Latina.

DA REDAÇÃO

Samsung usa astros radicais para promover telefone celular

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POR REDAÇÃO

A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) celebra neste fim de semana o seu “ano de eventos”.

Com três dias de atrações, a entidade inaugura, a partir desta sexta-feira, o Centro Panameri-cano de Judô (CPJ), complexo que levou um ano para ficar pronto e custou R$ 43,2 milhões.

Localizado em Lauro de Freitas (BA), o CPJ é a aposta da moda-lidade para melhorar ainda mais a formação de atletas no país.

“O CT vem para complementar o trabalho desenvolvido pelos clubes. Os atletas vão continuar treinando nos clubes, mas as fases de lapidação, concentração e intercâmbio serão realizadas no centro. Também vamos fazer o aperfeiçoamento e a capacita-ção dos profissionais que traba-lham no judô”, afirmou Mauricio Santos, diretor de marketing da CBJ e que conduziu o pro-jeto do CPJ.

A ideia do centro é também formar novos atletas a partir de projetos sociais. O CT receberá jovens do pro-grama social “Avança Judô”, que abriga crianças carentes. A expectativa,

segundo Santos, é de que 4 mil jovens passem pelo CPJ ao longo de quatro anos.

Com capacidade para abri-gar 72 atletas e quatro áreas de competição, o centro recebe, no domingo, uma disputa en-tre judocas de Brasil e Itália.

O evento faz parte da série

de disputas que a CBJ fez ao longo do ano para promover o judô e massificar o acesso dos torcedores à modalidade.

As lutas serão transmitidas pelo Sportv e pela TV Globo, no sexto evento de exibição feito pela entidade este ano que teve a transmissão da TV.

A nova casa do Judô

R$ 43 miFOI O CUSTO PARA

LEVANTAR O CENTRO;

FORAM R$ 18,3 MI

DA SECRETARIA DE

ESPORTE DA BAHIA,

R$ 19,8 MI DA UNIÃO

E R$ 5,1 MI DA CBJ.

20 mil m²É A ÁREA CONSTRUÍDA

DO TERRENO, QUE TEM

QUATRO ÁREAS DE

COMPETIÇÃO, QUADRA

POLIESPORTIVA E

AINDA UM PRÉDIO

ADMINISTRATIVO.

1.900PESSOAS É A

CAPACIDADE DA

ARQUIBANCADA

CONSTRUÍDA NO

CENTRO, CAPAZ DE

ABRIGAR TORNEIOS

OFICIAIS DO JUDÔ.

200PESSOAS É A

CAPACIDADE DO

AUDITÓRIO QUE

FICA NO CENTRO

ADMINISTRATIVO, QUE

PODERÁ SER USADO

PARA PALESTRAS.

Judô finaliza ano de eventos com inauguração de CT na Bahia