28ª Edição Nacional – Jornal Chico da Boleia

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Distribuição Gratuita O JORNAL PARA O CAMINHONEIRO AMIGO www.chicodaboleia.com.br Orgulho de ser caminhoneiro EDIÇÃO NACIONAL Aconteceu no dia 16 de abril, a 14ᵃ edição do Seminário Brasileiro do Transporte Rodoviário de Cargas. O evento contou com a participação de autoridades, espe- cialistas e da imprensa especializada. Ano 03 - Edição 28 - Abril de 2014 Seminário Brasileiro do Transporte Rodoviário de Cargas Pág. 03 Pág. 05 Pág. 04 Aconteceu entre os dias 9 e 11 de abril, a Brazil Road Expo, o principal evento voltado às áreas de infraestrutura viária e rodoviária da América-Latina. Brazil Road Expo: o maior evento de infraestrutura viária e rodoviária do país Foto: Automec Pesados Você sabe o que não pode faltar numa eta- pa da Fórmula Truck? Se você respondeu “caminhões”, acertou. Mas não são apenas os Trucks e seus pilotos que estão presentes em cada uma das corrida. Grupo de Amigos do Boqueirão marca presença na Fórmula Truck de Curitiba Automec mostra mercado de auto peças aquecido em 2014

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Distribuição Gratuita

O JORNAL PARA O

CAMINHONEIROAMIGOwww.chicodaboleia.com.br

Orgulho de ser caminhoneiro

EDIÇÃO NACIONAL

Aconteceu no dia 16 de abril, a 14ᵃ edição do Seminário Brasileiro do Transporte Rodoviário de Cargas. O evento contou com a participação de autoridades, espe-cialistas e da imprensa especializada.

Ano 03 - Edição 28 - Abril de 2014

Seminário Brasileiro do

Transporte Rodoviário de Cargas

Pág. 03

Pág. 05

Pág. 04

Aconteceu entre os dias 9 e 11 de abril, a Brazil Road Expo, o principal evento voltado às áreas de infraestrutura viária e rodoviária da América-Latina.

Brazil Road Expo: o maior evento de infraestrutura viária e

rodoviária do país

Foto: Automec Pesados

Você sabe o que não pode faltar numa eta-pa da Fórmula Truck? Se você respondeu “caminhões”, acertou. Mas não são apenas os Trucks e seus pilotos que estão presentes em cada uma das corrida.

Grupo de Amigos do Boqueirão marca presença na Fórmula

Truck de Curitiba

Automec mostra mercado de auto peças aquecido em 2014

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CHICO DA BOLEIA

ABRIL: mês de relembrar o que não se deve esquecer

Abril é um mês muito importante! Por quê? Simples é meu ani-versário! Há exatos 50 anos, no dia 12 de abril de 1964, às 00h45min, eu chega-va ao mundo. Brin-cadeiras à parte, o assunto é sério!

Sem dúvida a importância do mês se dá em função do Golpe Civil-Militar, dado em 1º de abril, que jogou nossa democracia no lixo e junto com ela, inúmeros companhei-ros que foram assassinados pelas torturas sofridas nos porões da policia, exércitos e seus aparelhos paramilitares.

Estamos a 50 anos do início do período mais escuro e triste de nossa História re-cente. As mais abomináveis atrocidades fo-ram cometidas contra aqueles que se opu-nham à mão de ferro do exército, por isso, convido os leitores a lerem e relembrarem desse passado, a partir da nossa matéria na coluna “Cultura e Educação”, na página 18.

Também devemos rememorar o dia 19 de Abril, Dia do Índio. Na descoberta do Bra-sil em 1500, estima-se que os índios brasi-leiros eram entre um e cinco milhões. Os tupis ocupavam a região costeira que se es-tende do Ceará a Cananeia (SP). Os guara-nis espalhavam-se pelo litoral Sul do país e a zona do interior, na bacia dos rios Paraná

e Paraguai. Em outras regiões, encontravam-se outras tribos, genericamente chamados de tapuias, palavra tupi que designa os índios que fa-lam outra língua. Porém os Índios foram massacrados justamente por aqueles que em 22 de Abril de 1500, descobriram o Brasil.

Agora falando do nosso setor, abril é o mês das Auto Peças. Entre os dias 1 e 5 de abril, aconteceu mais uma AUTOMEC PESA-DOS, e o setor, como não poderia deixar de ser, vem cheio de novidades de alta tecno-logia para os brutos, e inúmeras novidades para o reparador. Apesar das entidades re-presentativas do setor estar meio que com o pé atrás, todos os dirigentes apostam em um bom ano para o setor.

E sem dúvida o debate continua sobre a Lei 12.619. No Congresso Nacional os lo-bbys dos dois lados trabalham muito para que seus pontos de vistas prevaleçam, mas a grande verdade é que a base do setor, lá no tapete negro do asfalto, ninguém sabe direito o que está acontecendo.

Por isso no dia 14 de Maio as 19 horas na Comercial Davoli em Jaú, acontecerá o 2ª Encontro com Chico da Boleia para Debate sobre a Lei 12.619 e seus desdobramentos. Por todo lado que eu ando a desinforma-ção é grande, isso chega a assustar, pois o tema é de suma importância e não podemos ignorá-lo.

Mas o fato é que existe uma distância enor-

Sede: Rua José Ravetta, 07 - Itapira-SP, CEP 13977-150 Fone:(19) 3843-5778

Tiragem:

50.000 exemplares Nacional, 10.000 exem-plares Baixa Mogiana e 10.000 exemplares Grande Ribeirão Preto

Diretora-Presidente: Wanda Jacheta

Diretor Editorial: Chico da Boleia

Editor Responsável: Chico da Boleia

Coordenação / Revisão / Fotógrafa

Larissa J. Riberti

Diagramação / Fotógrafa

Pamela Souza

Suporte Técnico / FotógrafoMatheus A. Moraes

Conselho Editorial:Albino Castro (Jornalista) Larissa J. Riberti (Historiadora) Dra. Virgínia Laira (Advogada e coordena-dora do Departamento Jurídico da Fenacat) Roberto Videira (Presidente da APROCAM Brasil) José Araújo “China“ (Presidente da UNICAM Brasil)Responsabilidade social:ViraVidaLigue 100Na mão certa

02 EDITORIAL

Expediente

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CHICO DA BOLEIA

me entre a teoria e a realidade dos trechos. Não adianta certas lideranças afirmarem que falam em nome da categoria, pois a categoria mal sabe que é uma categoria de grande peso. Convido a todas as lideranças, seja patronal ou laboral, para irem a campo, irem lá na estrada onde se encontra de fato nossa categoria, e debater a partir da base, divulgar e orientar a partir da base o que realmente esta acontecendo.

Boa leitura e até a próxima edição.Chico da Boleia sempre com Orgulho de ser Caminhoneiro.

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Nosso telefone é 019 3843 5778 ou 019 3843 6487. Você pode nos enviar um e-mail [email protected] ou escrever em nosso site www.chicodaboleia.com.br

Um abraço e até a próxima ediçãoChico da Boleia Orgulho de ser

Caminhoneiro

O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA

Chico da Boleia responde

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CHICO DA BOLEIAPAPO DE BOLEIA 03

Márcia Moreira: Chico, recebi um multa por evasão de pedágio e isso ocorreu lá na balança de Extrema. O que eu posso fa-zer.?! Eles estão me cobrando R$ 5.000,00 (cinco mil reais) de multa.

Companheira, esta é uma situação difícil e te digo mais, não é só você que está nela. Existem inúmeros companheiros que es-tão tomando tinta por evasão. O primeiro passo é realmente ver se não cometeu tal infração, depois entrar com recurso justi-ficando o quanto é errada tal multa. Mas para isso é bom estar bem calçado, se pos-sível com provas para que não haja erro e com um bom advogado, é claro. O problema é que muito dos companheiros só se dão conta quando chega a cobrança em casa, e aí fica difícil fazer alguma coi-sa. Na nossa próxima edição traremos uma reportagem sobre o problema das balanças e suas conseqüências, pois em inúmeros lugares, os irmãos da estrada têm reclama-do do mesmo problema.

O fato é que nós temos que ficar atentos a tudo e a todos para não sermos pegos desprevenidos. Toda atenção é pouca, por isso não vacile, pois o custo das multas está alto.Se tiver alguma duvida ou sugestão fale com a gente.

Você sabe o que não pode faltar numa etapa da Fórmula Truck? Se você respondeu “caminhões”, acertou. Mas não são apenas os Trucks e seus pilotos que estão presentes em cada uma das corri-das. Nelas, é indispensável a pre-sença dos caminhoneiros e cami-nhoneiras de todo o país que dão um brilho especial à competição.

Durante a segunda etapa do GP Crystal de Fórmula Truck, que aconteceu no Autódromo Inter-nacional de Curitiba no último domingo (14), encontramos o GAB Truck – PR, Grupo de Ami-gos do Boqueirão do Paraná. Quem os localizou foi a nossa fotógrafa, quando, ao andar pelo Autódromo, locali-zou os homens e mulheres que estavam do lado de fora da pista. Cerca de vinte pessoas estavam com seus caminhões parados, a churrasqueira impro-visada e olhos atentos a cada movimenta-ção nas pistas. Ao som de uma boa moda

de viola, os amigos que vestiam a camisa do Grupo jogavam conversa fora e aprovei-tavam para passar bons momentos junto à família. Chico da Boleia, claro, foi conversar com eles para saber quem eram esses persona-gens da Fórmula Truck. De acordo com Luciano Becker, um dos idealizadores do Grupo, o GAB Truck é recente, mas seus membros acompanham as competições da

Truck desde que elas come-çaram. O curitibano motorista do caminhão Scania modelo 112, leva cargas para o nor-deste, mas sempre que pode está presente nas etapas. “A ideia do Grupo partiu da amizade dos colegas da estrada. A gente vê que o caminhoneiro tem pouca união, então resolvemos formar o Grupo para poder nos unir juntamente com amigos, esposas e filhos. O Grupo já tem dois anos

e já possui cerca de 30 mem-bros”, frisou Luciano. Junto ao Grupo estava Marco Aurélio, tam-bém de Curitiba. Para o caminhoneiro, par-ticipar do GAB Truck é uma forma de rever amigos e passar um tempo com a família. “Com tantas horas na estrada, nem sempre a gente consegue se ver. A Fórmula Truck é um evento bom para reunir todo mundo”, afirmou.

Sergio Pickler estava junto de sua esposa, Magda Pickler e de seu fi-lho Junior. Ambos de Joinville, o

casal afirmou que é emocionante poder es-tar com a família e os amigos acompanhan-do o evento. O caminhoneiro, que carrega geladeira para o Nordeste, fica de quinze a vinte dias longe de casa, a depender da dis-ponibilidade de retorno. A esposa, abraçada ao marido, demonstra alegria por estar pró-xima do marido caminhoneiro. “Para mim é maravilhoso poder passar esse tempo com eles. Nosso filho nasceu prati-camente na estrada então sempre fazemos tudo juntos”, afirmou Magda que estava torcendo pelas representantes femininas da categoria, Michelle de Jesus e Debora Rodrigues.

União, diversão e amizade pareciam emba-lar o dia dos membros do GAB Truck -PR, que nos receberam com muita alegria e simpatia. Esperamos poder reencontrá-los na próxima etapa, em São Paulo, e ao lon-go de toda a temporada 2014 da Fórmula Truck.

Redação Chico da Boleia

Grupo de Amigos do Boqueirão marca presença na Fórmula Truck de Curitiba

Grupo de Amigos do Boqueirão e Chico da Boleia durante a Fórmula Truck de Curitiba.

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CHICO DA BOLEIA04 FIQUE POR DENTRO O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA

Brazil Road Expo: o maior evento de infraestrutura viária e rodoviária do paísAconteceu entre os dias 9 e 11 de abril, a Brazil Road Expo, o principal evento volta-do às áreas de infraestrutura viária e rodo-viária da América-Latina, importante palco de discussão do setor no país e de geração de negócios. Realizado no Transamérica Expo Center de São Paulo, a feira reuniu os principais players do mercado nacional e internacional, com o objetivo de promo-ver a troca de informações qualificadas e apresentar as principais novidades dos fa-bricantes.Nos estandes, os presentes puderam confe-rir lançamos em diversos segmentos como máquinas e equipamentos; produtos para construção e manutenção de pontes, via-dutos e túneis; produtos destinados à pavi-mentação em asfalto e concreto; soluções para drenagem; contenção de encostas; sis-temas e produtos para segurança, sinaliza-ção e gestão de vias e rodovias.

No primeiro dia aconteceu o III Fórum Nacional de Investimentos em Rodovias, sessão plenária que faz parte da abertura oficial do evento. Na ocasião estiveram presentes o diretor do evento, Guilherme Ramos, além dos participantes do Fórum e executivos das empresas expositoras que receberam membros da imprensa. Além deles, compareceram o General Jor-ge Fraxe, diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT); General Brandão, diretor do De-partamento de Engenharia e Construção (DEC-Exército Brasileiro); Francisco Luiz Costa, diretor do Departamento de Planeja-mento e Transportes (Ministério dos Trans-portes); Clodoaldo Pelissioni, superin-tendente do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo (DER--SP), entre outros especialistas em infraes-trutura no Brasil e no mundo. Em entrevista concedida exclusivamente para Chico da Boleia, o General Roberto Jungthon, do Departamento de Engenha-ria e Construção do Exército, frisou que a presença de representantes do Exército na feira é importante porque ele participa de decisões e obras que interferem na vida dos cidadãos. “Temos duas vertentes de trabalho. A pri-meira é aquele que realizamos para suprir as necessidades da própria corporação. A segunda é a partir da qual direcionamos nosso trabalho para desempenhar ativida-des que colaborem para o desenvolvimento da infraestrutura viária e rodoviária brasi-leira. Justamente por essa razão, a presença do DEC do Exército Brasileiro é tão impor-tante em eventos como esse”, explicou. Sobre os trabalhos nos quais o Exército

participa em parceria com o Ministério dos Transportes e o DNIT, General Roberto ci-tou, por exemplo, a presença de membros da corporação em locais onde o acesso não é fácil. “Nós temos a possibilidade de atuar em lugares mais inóspitos como a Amazô-nia. Também somos os primeiros a oferecer a população desses locais vários serviços que não chegam até lá”, frisou Jungthon.De acordo com o General, a obra realiza-da mais recentemente a partir do trabalho desenvolvido pelo Departamento de Enge-

nharia e Construção do Exército, é a dupli-cação da BR-101. “Nós somos atores que temos uma parcela importante a oferecer no que diz respeito a boas práticas, tanto na inovação como nos processos de gestão como estamos apresentando em nosso es-tande aqui na Feira”, frisou Roberto. Chico da Boleia também conversou com Francisco Luís Costa, diretor do Departa-mento de Planejamento e Transportes do Ministério dos Transportes. Costa ressaltou que o setor vem vivendo “novos dias”. Em primeiro lugar houve um inicio de recupe-ração neste ano, dos investimentos feitos pelo Ministério dos Transportes. Agora, retoma-se a parceria com o setor privado com as concessões de rodovias. “Essa parceria exige um alto nível de recur-sos para a implementação dos projetos, ou seja, fornecedores de equipamentos e maté-ria-prima. Tendo vista essas necessidades, a Brazil Road Expo é uma excelente oportu-

nidade para que os for-necedores se encontrem com os clientes e com quem vai desenvolver esses projetos a nível nacional”, afirmou o Diretor, destacando a necessidade de apre-sentar os lançamentos para um setor que tem uma necessidade de se desenvolver cada vez mais.

Sobre a participação do Departamento de Engenharia e Construção do Exército Bra-sileiro nas ações de melhoria de infraes-trutura desenvolvidas pelo Ministério do Transporte, Costa afirmou que essa parce-ria é histórica. “Desde o planejamento atu-amos em conjunto, já que o Plano Nacio-nal de Logística e Transporte foi feito em parceria com o Ministério da Defesa. Além disso, os Batalhões de Engenharia Rodovi-ária e Ferroviária atuam em parceria com o DNIT na construção, na recuperação e na conservação de rodovias.”, explicou.

Nos três dias, estiveram presentes no even-to 11.042 profissionais, entre visitantes e congressistas, que puderam conhecer as principais novidades dos fabricantes, dis-tribuidores de máquinas e equipamentos, novos produtos para construção e manu-tenção de pontes, viadutos e túneis, produ-tos destinados à pavimentação em asfalto e concreto, soluções para drenagem, conten-ção de encostas, sistemas e produtos para segurança, sinalização e gestão de vias e rodovias.

De acordo com levantamento feito junto a empresas expositores, a perspectiva de ge-ração de negócios a partir de contatos rea-lizados durante a feira é de pelo menos R$ 600 milhões. Para Guilherme Ramos, diretor da Brazil Road Expo, o sucesso dessa edição se deu em função de vários fatores. “O anúncio das concessões de rodovias previstas para o segundo semestre, juntamente com eventos esportivos importantes que se aproximam, aqueceram o mercado. E a Brazil Road Expo foi fundamental para oferecer aos empresários as melhores soluções, tanto em produtos quanto em conteúdo técnico qualificado, elementos fundamentais para o crescimento do setor”, afirma Ramos.O diretor presidente da Ciber, Luiz Mar-celo Tegon, falou sobre a participação da empresa no evento deste ano. “A Brazil Road Expo já é um marco na agenda anual do setor de pavimentação. Reúne clientes

de todo o Brasil, e foi uma oportunidade de apresentarmos aos clientes nossos lan-çamentos, como a nova geração traço 3, da Vögele, além de novas e avançadas tecno-logias e equipamentos do Grupo Wirtgen”, declarou.

Assim como nas edições passadas, a Bra-zil Road Expo contou com a presença de visitantes qualificados. “Participamos pela primeira vez no ano passado. Nesta edição tivemos a oportunidades de fazer novos contatos para a geração de negócios futu-ros. Certamente estaremos por aqui no ano que vem”, relata Edivaldo Espenchitt, dire-

tor da Energitec Combustão Industrial.pro-cesso de pavimentação eficiente, mesmo sobre bases com baixa capacidade de carga.O coordenador de marketing da Maccaferri para América Latina, Paulo Ferreti, tam-bém comentou a participação da empresa no evento desse ano. “A Brazil Road Expo 2014 destaca-se pela melhoria constante de sua organização e pela maturidade do evento. Nessa edição, o congresso Brazil Road Summit teve uma parte de sua programação dedicada à pauta de geotecnia, que é essencial para estabili-zação e contenção do solo e para segurança da infraestrutura rodoviária. Também per-cebemos mais espaço para soluções susten-táveis, já que diversos engenheiros estão em busca insumos capazes de minimizar os impactos no meio ambiente”, comentou.

O evento contou ainda com extenso progra-ma de conferências paralelamente à expo-sição. Os visitantes puderam participar de workshops e seminários sobre temas como máquinas e equipamentos, pavimentação, obras em pontes, viadutos e túneis, con-tenção de encostas, drenagem de rodovias, entre outros temas.

A próxima edição da Brazil Road Summit já tem data marcada e será realizada entre os dias 24 e 26 de março de 2015 também no Transamérica Expo Center em São Pau-lo.

Redação Chico da Boleia

Stand Volvo Construction - Foto: Pamela Souza

Francisco Luíz Costa - Foto: Pamela Souza

General Roberto Jungthon - Foto: Pamela Souza

Foto: Ntc&Logistica

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O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIAO JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIAFIQUE POR DENTRO 05

de todo o Brasil, e foi uma oportunidade de apresentarmos aos clientes nossos lan-çamentos, como a nova geração traço 3, da Vögele, além de novas e avançadas tecno-logias e equipamentos do Grupo Wirtgen”, declarou.

Assim como nas edições passadas, a Bra-zil Road Expo contou com a presença de visitantes qualificados. “Participamos pela primeira vez no ano passado. Nesta edição tivemos a oportunidades de fazer novos contatos para a geração de negócios futu-ros. Certamente estaremos por aqui no ano que vem”, relata Edivaldo Espenchitt, dire-

tor da Energitec Combustão Industrial.pro-cesso de pavimentação eficiente, mesmo sobre bases com baixa capacidade de carga.O coordenador de marketing da Maccaferri para América Latina, Paulo Ferreti, tam-bém comentou a participação da empresa no evento desse ano. “A Brazil Road Expo 2014 destaca-se pela melhoria constante de sua organização e pela maturidade do evento. Nessa edição, o congresso Brazil Road Summit teve uma parte de sua programação dedicada à pauta de geotecnia, que é essencial para estabili-zação e contenção do solo e para segurança da infraestrutura rodoviária. Também per-cebemos mais espaço para soluções susten-táveis, já que diversos engenheiros estão em busca insumos capazes de minimizar os impactos no meio ambiente”, comentou.

O evento contou ainda com extenso progra-ma de conferências paralelamente à expo-sição. Os visitantes puderam participar de workshops e seminários sobre temas como máquinas e equipamentos, pavimentação, obras em pontes, viadutos e túneis, con-tenção de encostas, drenagem de rodovias, entre outros temas.

A próxima edição da Brazil Road Summit já tem data marcada e será realizada entre os dias 24 e 26 de março de 2015 também no Transamérica Expo Center em São Pau-lo.

Redação Chico da Boleia

Francisco Luíz Costa - Foto: Pamela Souza

Seminário Brasileiro do Transporte Rodoviário de Cargas expôs problemas e soluções para a logística no país

Aconteceu no dia 16 de abril, a 14ᵃ edição do Seminário Brasileiro do Transporte Ro-doviário de Cargas. O evento foi realiza-do no Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, em Brasília e contou com a participação de autoridades, especialistas e da imprensa especializada. Entre os pre-sentes, Chico da Boleia conferiu as discus-sões levantadas pelos membros das mesas de debate.

A mesa de abertura teve a composição de José Hélio Fernandes, presidente da NTC, Arnaldo Faria de Sá, presidente da CVT (Comissão de Viação e Transportes), Jor-ge Luiz Macedo Bastos, diretor geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Omar José Gomes, presidente da CNTTT (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres), os deputados Marinha Raupp, Wellington Fagundes, presidente da Frenlog (Frente Parlamentar de Logística de Transporte e Armazenagem) e Gonzaga Patriota.

O deputado Arnaldo Faria de Sá abriu a mesa lamentando as ausências dos mi-nistros do Trabalho, Manoel Dias, e dos Transportes, César Borges. Em seguida, o deputado Gonzaga Patriota aproveitou para mencionar a ausência do também mi-nistro José Eduardo Cardozo, da Justiça, e mencionou a importância da união do setor que possibilitou que a Lei nº 12.619, co-nhecida como Lei do Descanso, que está sendo concluída, ficasse ainda melhor com as contribuições de todos os envolvidos.

“Gostaria de, um dia, ser autoridade de transporte no Brasil, pois esse é um setor fortíssimo, responsável por movimentar o país. Se a área de transportes para, o Brasil

também para”, finalizou Patriota. A deputada Marinha Raupp parabenizou Arnaldo Faria de Sá, Gonzaga Patriota e Wellington Fagundes, e afirmou que a CVT favorece a discussão e aprovação de inte-resses do setor, assim como o Seminário Brasileiro. “O evento traz a oportunidade de discutir temas fundamentais com os lí-deres do setor e membros da Câmara”.

A parlamentar citou ainda os problemas enfrentados nos estados de Rondônia e Acre, que sofrem com as cheias e que im-pedem o transporte, inclusive de alimentos. “Vivemos uma idiossincrasia, pois como vamos debater logística do transporte se não é possível garantir a chegada dos ali-mentos?”, questionou Raupp.

O deputado Wellington Fagundes, presi-dente da Frenlog, destacou a importância do transporte e logística para o crescimento do país e a incapacidade da nação de escoar a safra. “No país perdemos em um dos que-sitos mais importantes: competitividade. O custo do transporte na China custa US$ 190, enquanto nos Estados Unidos esse va-lor é quase três vezes mais barato”, afirmou Fagundes.

Na contramão desse crescimento, produ-tores ainda sofrem para escoar a produção, como empecilhos para caminhoneiros em toda região Centro-Oeste. José Hélio Fernandes, presidente da NTC & Logística, cumprimentou todos os de-putados, presidentes de sindicatos, fede-rações, empresários e demais presentes. Lembrou que essa é a primeira vez que participa do Seminário como presidente da entidade e, assim como em seu discurso de posse da NTC, assumiu compromissos com

o setor, com foco na melhoria das margens de transporte de cargas e logística. “As empresas precisam ter lucro para con-tinuar existindo e manterem a qualidade de seus serviços e, para isso, precisam cobrar o frete adequadamente para manter a saúde financeira da empresa, esse é o meu com-promisso”, afirmou o presidente.Painéis de debateAo longo de todo o dia foram tratadas ques-tões fundamentais para o desenvolvimento do Brasil, como Custo Brasil, falta de se-gurança, falta de mão de obra, legislação e abastecimento.

Ainda pela manhã, teve início o primeiro painel chamado “O Custo Brasil como Ini-bidor do Desenvolvimento Econômico”, que debateu os entraves logísticos agravan-tes do Custo Brasil, a falta de segurança, roubo de cargas, gerenciamento de riscos, combate à receptação e aos desmanches e o impacto da insegurança nos custos do transporte.

Para palestrar sobre o assunto foram con-vidados o Coronel Paulo Roberto de Souza, assessor de segurança da NTC&Logística, Neuto Gonçalves dos Reis, diretor técnico da entidade, Roberto Mira, diretor adjunto também da NTC, e Alex Agostini, econo-mista-chefe da Austin Rating.

Após o almoço, a pauta foi “Restrições de Trânsito e Abastecimento”, que abordou o abastecimento e restrições na circulação das grandes cidades, escoamento e possí-veis soluções, e contou com a presença Thiago Menegon, diretor adjunto de Abas-tecimento e Distribuição do SETCESP, Epitácio Antônio dos Santos, coordenador--executivo do Fórum Nacional em De-fesa da Lei 12.619/12 - Lei do Motorista (FNDL), Marcos Aurélio Ribeiro, diretor jurídico da NTC, Neuto dos Reis, e os de-batedores convidados deputado Mauro Lo-pes (PMDB/RJ) e o deputado Milton Monti (PR/SP).

Debates sobre a Lei 12.619

Durante a realização deste painel, a gran-de discussão foi em torno da Lei 12.619, também conhecida como Lei do Descanso. Vale lembrar que existe uma Comissão de Deputados, chamada CEOMOTOR, que atua em caráter de urgência para alterar alguns pontos da Lei. Um dos dispositivos mais comentados no encontro foi o que tra-ta da jornada de trabalho dos motoristas, incluindo os profissionais que trabalham

no transporte coletivo de passageiros e no transporte de cargas.Pela lei em vigor, a carga horária é de oito horas diárias mais duas horas extras, o con-dutor precisa fazer uma parada de pelo me-nos meia hora a cada quatro de direção e o intervalo entre as jornadas é de 11 horas. O período de descanso semanal é de 36 horas. O projeto da comissão especial também prevê jornada de trabalho de oito horas, mas admite sua prorrogação por até quatro horas extraordinárias. Dentro do período de 24 horas, o projeto de lei assegura o mínimo de onze horas de descanso, sendo facultado o seu fracionamento e a coincidência com os períodos de refeição e de parada obriga-tória na condução do veículo estabelecida pela Lei de Trânsito, garantindo-se o inter-valo mínimo de oito horas ininterruptas.

Para o coordenador-executivo do Fórum Nacional em Defesa da Lei do Motorista (FNDL), Epitácio Antônio dos Santos, esse projeto flexibiliza a Lei do Motorista e é preciso ter cuidado para que não sejam reti-rados direitos conquistados pela categoria, como o intervalo de 11 horas entre as jor-nadas de trabalho. "Ela (a mudança na lei) é, lógico, uma pressão das empresas. Fle-xibilizar, mas nunca reduzir. Até que flexi-bilizar, deixar oito horas e mais três é um costume na nossa categoria. Nessa parte concordamos, mas nunca reduzir para me-nos de 11 como foi inicialmente aventado." O diretor jurídico da NTC, Marcos Auré-lio Ribeiro, defendeu o fracionamento do intervalo de 11 horas entre as jornadas. "Esse intervalo de 11 horas de descanso faz sentido para o trabalhador que está na sua cidade, que está na sua cidade, que vai ficar com sua família. Para aquele motorista lon-ge de casa e quer voltar para ficar com a fa-mília, é importante possibilitar a ele rodar mais, ter um intervalo de descanso que seja suficiente para repor suas energias."

O terceiro painel teve como foco os entra-ves da falta de mão de obra, recebendo para discutir os pontos, Narciso Figueiroa Jú-nior, assessor jurídico da NTC&Logística, o deputado Sandro Mabel (PMDB/GO), autor do PL, Renato Bignami, represen-tante do Sindicato Nacional dos Audito-res Fiscais do Trabalho, Manoel Messias Nascimento Melo, secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, Jaime Bueno Aguiar, secretário geral da CNTT e Paulo Douglas Almeida de Morais, representante do Ministério Pú-blico do Trabalho (MPT).

Fonte: NTC

Foto: Ntc&Logistica

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CHICO DA BOLEIA06 FIQUE POR DENTRO

ETEC João Maria Stevanatto de Itapira abre curso técnico em Farmácia

Foi inaugurado o novo curso técnico de Farmácia da Etec João Maria Stevanatto de Itapira. A nova modalidade de ensino será ministrada a partir do 2º Semestre de 2014. De acordo com Daniela Trani, responsável pelas relações institucionais da ETEC com outras empresas e canais de comunicação, a realização deste curso só foi possível graças à parceria da ETEC com a empresa Cristá-lia Produtos Químicos Farmacêuticos. A oferta educacional se fez necessária dian-te da demanda de vagas na área do setor farmacêutico e da falta de mão de obra qualificada. A empresa forneceu todos os equipamentos do laboratório para que a Etec possa ministrar o conteúdo do curso

e contribuir com a formação de novos profissionais da área.

Daniela Trani, disse ainda em en-trevista a Chico da Boleia que a parceria com a empresa Cristália representa um ganho para os alu-nos. “Conseguiremos fazer com que a mão de obra da cidade seja mais capacitada e preencha uma demanda do município porque ele já é conhecido como um polo químico-farmacêutico”, expres-

sou. O curso oferece 40 novas vagas para preenchimento da primeira turma do perío-do noturno. Trani afirmou que o curso será ministrado de segunda a sexta das 19 ás 23 horas. Representando a Empresa Cristália, a vice--presidente Kátia Stevanatto esteve presen-te durante a cerimônia de abertura e afirmou que os investimentos feitos pela empresa não são apenas para suprir uma demanda de mercado. “Queremos que esses jovens tenham outra perspectiva de vida através de uma formação profissional de qualidade”, afirmou. Vale lembrar que, no ano passado, a Cristá-

lia iniciou, também em Itapira, a construção de uma nova ala de produção de medica-mentos. Ainda em fase de implementação, o projeto deve iniciar suas atividades em breve. “Acreditamos que dentro de dois anos já consigamos colocar essa nova ala em funcionamento”, frisou Kátia que es-pera que essa mão de obra qualificada pela ETEC possa ser alocada para trabalhar den-tro do Laboratório Cristália.

A Secretária Municipal de Educação, Fla-via Rossi, frisou que o novo curso é um motivo de orgulho para o município, pois com a junção entre o setor público e o pri-vado os ganhos são dobrados. “O curso vai fortalecer a demanda das em-presas e também o nosso setor público. É uma somatória de esforços que deve ser muito positiva. A ETEC de Itapira tem o mérito do trabalho dos seus professores, da equipe técnica daqui que vai unir esforços com a do Cristália.”, afirmou Flávia. Segundo dados da Secretaria Municipal de Educação, Itapira tem hoje cerca de 5 mil alunos na rede pública municipal e 6 mil alunos na rede pública estadual. Além disso, existem cerca de 350 que estão mi-

grando do Ensino Básico para o Ensino Técnico. No Ensino Superior, os cursos oferecidos pelo Instituto de Ensino Supe-rior de Itapira (IESI), de caráter privado, estão sendo complementados pela FATEC, recentemente instalada na cidade. A grande parte dos jovens que buscam cursar o Ensi-no Superior encontra nas cidades da região maiores ofertas de cursos. No entanto, tal realidade vem se alterando. As inscrições para o vestibulinho já come-çaram e serão encerradas em 7 de maio. Para se inscrever basta entrar no site www.vestibulinhoetec.com.br ou comparecer no posto de inscrição dentro de nossa unidade escolar.Além do curso de Farmácia a Etec oferece formação em Administração, Informática, Logística, Química e Segurança do Traba-lho. Lembramos ainda que existem outras unidades da ETEC espalhadas por vários cantos do Brasil.

Os projetos realizados na Etec e notícias estão disponíveis no site da instituição no endereço: www.etecitapira.com.br. Infor-mações pelos telefones: (19) 3813 4548 / 3843 1171

Redação Chico da Boleia

Cristália forneceu novos equipamentos para a Etec | Foto: Divulgação

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O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIAO JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA 07GALERIA

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Abertura | Foto: Pamela Souza Stand BorgWarner | Foto: Pamela Souza Stand Suporte Rei | Foto: Pamela Souza

Stand Schulz | Foto: Pamela Souza Foto: Pamela Souza Foto: Pamela Souza

Paulo Butori, Presidente do Sindipeças | Foto: Pamela Souza Mario Morelli, Diretor de aftermarket da Meritor | Foto: Pamela Souza João Constancio, Presidente da Suporte Rei | Foto: Pamela Souza

Stand Bosch | Foto: Pamela Souza Foto: Pamela Souza Foto: Pamela Souza

Page 8: 28ª Edição Nacional – Jornal Chico da Boleia

O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA08 REPORTAGEM

rios para Veículos no Estado de São Paulo (SINCOPEÇAS), Francisco de La Torre; o presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Associados do Es-tado de São Paulo (SINDIREPA/SP), Anto-nio Carlos Fiola, entre outras autoridades.Para o presidente do SINDIREPA/SP, An-tonio Carlos Fiola, a Automec Pesados & Comerciais não só traz as novidades do setor, mas também é um grande gerador de negócios. “Tudo no Brasil é transporta-do por veículos pesados; a economia do país passa pelas estradas. A Feira é um grande espaço onde compradores e re-presentantes do setor se reúnem para conhecerem as novidades, mas, prin-cipalmente, para fechar negócios. O evento já se consolidou como uma referência para todos os envolvidos no mercado de autopeças”, destacou. Paulo Butori, presidente do SINDI-PEÇAS, endossou as palavras de Fiola. “Desde 2008, quando aconteceu a primei-ra edição da Feira, muitos desafios foram superados. Hoje estamos na quarta edição e só podemos festejar os resultados que te-mos alcançados”. Durante a coletiva de imprensa, que abriu as atividades da Automec 2014, falou-se não só do mercado de autopeças, mas dis-cutiu-se, sobretudo, a questão da segurança. Em uma das falas, foi levantada a questão sobre a necessidade de uma maior atenção e políticas para a redução de acidentes de trânsito que muitas vezes são causados por veículos, leves ou pesados, que rodam irre-gulares e sem a devida inspeção dos órgãos competentes. As opiniões sobre o assunto se dividiram

Automec mostra mercado de auto peças aquecido em 2014Tudo indica que no ano de 2014 a partici-pação percentual no faturamento das indús-trias de autopeças para o segmento de repo-sição, deverá ter um crescimento de 15%. Esses dados são do Sindipeças, Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores.

Embalada por esta projeção, 4ª Automec Pesados & Comerciais (Feira Internacional Especializada em Peças, Equipamentos e Serviços para Veículos Pesados & Comer-ciais), organizada pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, foi aberta oficialmente no primeiro dia do mês. O evento, realiza-do no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, contou com a presença de representantes dos setores de autopeças de São Paulo e do Brasil.

Com cinco dias de duração, a Feira abrigou mais de 500 marcas nacionais e internacio-nais distribuídas num área de 36 mil m². Dos cerca de 30 mil visitantes recebidos pela edição deste ano estão compradores internacionais de 51 países. Chico da Boleia e sua equipe participaram dos dois primeiros dias do evento. A grande movimentação de curiosos, fornecedores e clientes, revelou um pouco do cenário atual do mercado de autopeças. Na abertura ofi-cial, o vice-presidente da Reed Exhibitions Alcantara Machado, Paulo Octávio Pereira de Almeida; destacou o papel relevante do setor de autopeças no Brasil. “O número de veículos pesados tem cres-cido muito no Brasil e isso tem impulsio-nado o setor de autopeças. Acompanhando o desenvolvimento do segmento, estamos trazendo uma Feira que atenda às necessi-dades do mercado. Ampliamos o tamanho – hoje contamos com uma área de 36 mil m² -, onde mais de 500 marcas nacionais e internacionais irão apresentar inovações e gerar negócios. Como novidade, temos a Oficina Modelo, um espaço onde oito em-presas farão demonstrações técnicas e prá-ticas de seus produtos.”, declarou. Além dele, estavam presentes o diretor da Feira, Rodrigo Rumi; o representante do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Paulo Butori; o presi-dente do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (SINDIPEÇAS), Paulo Butori; o presidente da Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças (ANDAP) e do Sindicato do Comércio Atacadista de Peças e Acessórios para Veículos de São Paulo (SICAP), Re-nato Gianinni; o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessó-

durante o debate. Chico da Boleia fez sua intervenção e questionou a ideia de que a culpa dos acidentes é sempre do motorista de um veículo pesado. Para ele, é preciso que a averiguação dos acidentes leve em conta outros fatores, como as condições

das vias em que esses veículos pesados trafegam e o próprio comportamento dos outros motoristas. “Nem sempre podemos partir do pressuposto de que o motorista do veículo pesado foi o principal culpado do acidente, é preciso levar em conta fatores como a estrada na qual o acidente aconte-ceu e se existiu participação de outros ato-res naquele evento”, defendeu. À organização do evento, Chico da Boleia perguntou ainda sobre os dados e números de crescimento da Automec Pesados. Sobre

essa questão, o diretor da Feira, Rodrigo Rumi, respondeu que na última edição o número de expositores foi de 500 marcas. Já em 2014, esse número subiu para 619 marcas expositoras. “O crescimento é visível e ele se dá mui-to em virtude desse momento que o after market vive. Com relação ao volume de negócios, é muito difícil medirmos isso, mas para nós organizadores volume de ne-gócios é visto como relacionamento. Ou seja, troca de cartões, número de visitantes, conversas. Então o nosso objetivo é qua-lificar o público comprador. Nessa edição em especial a gente tem um público com-prador bastante qualificado, inclusive com a ajuda técnica das entidades. Trouxemos caravanas de diversos locais, ou seja, é um público bastante interessado em fechar ne-gócios”, respondeu. Chico da Boleia ainda citou o número de caminhoneiros autônomos existentes no Brasil. De acordo com dados, existem atualmente cerca de 1 milhão de caminho-neiros autônomos em todo o país. “Minha pergunta é: sabemos que a maioria desses caminhoneiros roda ainda com uma frota muito antiga, o que acarreta um alto custo de manutenção. Como alterar essa realida-de e fazer com que o caminhoneiro rode com um caminhão mais seguro, reduzindo assim os acidentes que possam ser acarre-

tados por problemas de manutenção nos veículos?”, perguntou Chico.

Sobre essa questão, a mesa respon-deu que existem mais de 40 mil pontos de vendas de autopeças espalhados por todo o Brasil para suprir a necessidade de manuten-ção das frotas. “Esses veículos que ainda rodam sem manutenção devida, não é por uma ausência

do nosso trabalho ou porque nós estamos distantes das necessidades

deles. Nós estamos muito próximos deles. Podemos garantir que a produção

das autopeças no Brasil não é cara, o pro-blema é quando essas peças saem da porta pra fora. Lembrando que só no estado de São Paulo a margem de valor agregado será de 71%, então sabemos exatamente onde está o problema do custo de manutenção das autopeças”, afirmou-se. Durante o debate, ainda se falou sobre o valor do frete. “Sabemos que não é a ma-nutenção que está cara e sim o frete que está muito barato. O caminhoneiro perdeu a possibilidade de fazer a manutenção ade-quada do seu caminhão porque o frente tem rendido muito pouco para suas neces-sidades. Era comum, antigamente, estocar

" Com cinco dias de duração, a Feira abrigou mais de 500 mar-

cas nacionais e internacionais dis-tribuídas num área de 36 mil m². Dos cerca de 30 mil visitantes recebidos pela edição deste ano estão compra-

dores internacionais de 51 países."

Presidente dos sindicatos inauguram Automec Pesados 2014 | Foto: Pamela Souza

Page 9: 28ª Edição Nacional – Jornal Chico da Boleia

O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIAO JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA 09REPORTAGEM

"A Feira é um grande espa-ço onde compradores e repre-

sentantes do setor se reúnem para conhecerem as novidades, mas, prin-cipalmente, para fechar negócios."

- Antonio Carlos Fiola,

Presidente do Sindirepa/SP

peças que o caminhoneiro sabia que pre-cisaria usar com frequência, como lonas e tambor de óleo. Atualmente, ele perdeu essa capacidade de compra”.

Rodadas de entrevistas

Ao longo dos dois dias em que esteve rea-lizando a cobertura da Automec, Chico da Boleia e sua equipe realizaram uma série de entrevistas com autoridades, represen-tantes sindicais e de empresas nacionais e internacionais.

Mercado de peças e manu-tenção de frota.

Em sua entrevista, Paulo Butori, Presidente do Sindipeças, fez um balanço do merca-do de peças nos últimos anos. Segundo ele, houve um momento de muito crescimento em 2011, no qual se antecipou a venda do Euro III para a troca de modelo para o Euro V. Posteriormente, em 2012, houve uma queda acentuada seguida de uma retoma-da em 2013. “Se considerarmos todo esse período, o nível de crescimento do nosso segmento foi de 25% a 30%”, avaliou. Não é novidade que no ano passado o mer-cado de caminhões bateu altos índices de venda. Prova disso foi o grande número de negócios fechados não só na Fenatran, realizada em novembro de 2013, mas a quantidade de emplacamentos de novos caminhões registrados pelo Denatran (De-partamento Nacional de Trânsito) em todo território nacional. Para Butori, esse crescimento não só das vendas, mas do número de montadoras que chegam ao país, como as chinesas, é sem-pre muito positivo, tendo em vista que ge-ram mais negócios para o mercado de auto-peças e também empregos. “Esse país vive sobre rodas, para nós é de suma importân-cia que sejamos os parceiros dessas novas montadoras e que elas sejam incentivadas a vir para o Brasil”, avaliou.Durante a conversa, Chico da Boleia levan-tou a questão sobre a renovação de frota e a necessidade de inspecionar os veículos mais antigos que rodam pelo país. “Sabe-mos que existem muitos caminhoneiros au-tônomos que não conseguem renovar seus veículos, como o Sindicato pode pensar em auxiliar o caminhoneiro a começar a dar uma manutenção adequada ao seu cami-nhão?”, indagou Chico da Boleia.Como resposta, Paulo Bedran ressaltou que o Sindicato, através do GMA (Grupo de Manutenção Automotiva), tem se es-forçado para criar programas para medir a performance de cada veículo pesado e com isso auxiliar quem dirige e/ou proprietário.

“A análise é feita nas próprias estradas e temos o compromisso de informar o cami-nhoneiro sobre o que está gravemente afe-tado no produto que ele maneja. Dentro das nossas possibilidades vamos investir mais e mais para ajudar esses caminhoneiros”, respondeu. Ainda com relação ao financiamento de veículos para a renovação de frota, o Pre-sidente do Sindipeças frisou que há um esforço constante para que os caminhonei-ros possam trocar seus caminhões antigos. “Desenvolvemos um trabalho juntamente com o BNDES e o Governo Federal para que se possa criar um fundo que ajude esse caminhoneiro a trocar o veículo e para que se tire de circulação os veículos com mais de trinta anos que já estão extremamente defasados”, concluiu.

Expositores

Durante os cinco dias de feira, centenas de expositores tiveram a oportunidade de mostrar suas novidades, serviços e peças, além de estabelecerem relações de negó-cios com potenciais clientes do Brasil e de outros países do mundo.

Mario Morelli, Diretor de aftermarket da Meritor América do Sul, ressaltou que a Automec representa maiores oportunidades de negócios para a marca, já que a essência do evento tem muito a ver com o DNA da empresa, que trabalha exclusivamente com pesados.

O Diretor ainda falou sobre o Inovar--Auto, o Programa de Incentivo à Ino-vação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores. A medida adotada pelo Governo Federal tem como objetivo estimular o investimento na indústria automobilística nacio-nal. As medidas introduzidas pelo Programa Inovar-Auto fazem parte da política industrial, tecnológica e de comércio exterior chamado “Plano Brasil Maior”, e concede benefícios em relação ao Imposto sobre Produtos Indus-trializados (IPI) para as empresas que es-timularem e investirem na inovação e em pesquisa e desenvolvimento dentro do Bra-sil (mais informações em http://inovarauto.com.br/o-inovar-auto/)

Para Morelli, o Programa exige conteú-do local para que se tenha uma equaliza-ção fiscal mais vantajosa. “Segundo esse conteúdo local as tecnologias devem ser desenvolvidas para suprir as necessidades do nosso contexto, nesse ponto a Meritor sai na frente, porque já nos preocupávamos

com essas questões antes mesmo do pro-grama”, explicou. Chico da Boleia também perguntou sobre os projetos da Meritor que possam benefi-ciar os caminhoneiros autônomos do país que tenham um caminhão mais antigo e que precisam fazer uma reposição de peças adequadamente.

“Temos algumas iniciativas nesse sentido. Por exemplo, nosso novo slogan é “Me-ritor novos caminhos”. Ele expressa um projeto estratégico de reposicionamento de preços. Então, o produto Meritor hoje é muito mais competitivo do que antes. Continuamos sendo Premium, mas sem dúvida, mais competitivo. Outra coisa foi a criação de um programa de frotas chama-do Frota Parceira, onde nós visitamos não só o frotista, mas também o aplicador e o varejista, para treiná-los sobre as vantagens técnicas do produto Meritor, que justifica qualquer alta de preços que a gente venha ter. Outra medida que facilita a acessibili-dade dos autônomos, é que nós entramos com linhas novas como de amortecedores, embuchamentos, rolamentos, e elas entram numa marca chamada All Fit. Uma marca mundial da Meritor, que tem uma competi-tividade de preço muito interessante com a mesma qualidade”, respondeu.

Quem também esteve presente na Automec

de 2014 foi João Constancio, Presidente da Suporte Rei, empresa especializada em peças de reposição de marcas como Iveco, Toyota, Ford, Scania, entre outras. De acor-do com ele, a Feira deste ano já começou aquecendo os negócios da marca. “A Rei hoje vende para mais de 75 países e hoje aqui no nosso estande já passaram pelo menos 10 pessoas de diferentes lugares do

mundo”, frisou Constancio.

Durante a entrevista, João ainda ressaltou que o mercado de 2014 promete ser posi-tivo, no entanto, por conta dos eventos que acontecerão como a Copa do Mundo e as eleições, é natural que a produção e o con-sumo retraiam em algum período do ano. “Esse ano exige cautela tanto dos fabrican-tes como dos compradores, mas esperamos que ele nos dê resultados ainda melhores”, finalizou. Um dos estandes mais visitados da Auto-mec foi o da BorgWarner, multinacional fabricante de sistemas de acionamento de motores por correntes, turbo alimenta-dores, ventilador e embreagem viscosa. Representante da marca, Sidney Aguillar, gerente nacional de vendas aftermarket, afirmou que como novidade, a BorgWarner apresentou um bi turbo para aplicação em Mercedes-Benz e MAN, turbos para veícu-los de passeio e para máquinas agrícolas. Para os caminhoneiros, Aguillar frisou que uma das prioridades da marca é aumentar cada vez mais a linha de produtos remanu-faturados, seguindo uma tendência global. “O objetivo é levar para o caminhoneiro, para o dono do veículo, um produto origi-nal da montadora com a mesma garantia de um produto novo, com a mesma perfor-mance e com um preço até 50% mais bara-to”, ressaltou.Chico da Boleia ainda bateu um papo com a companheira Neusa Navarro. Presente nos eventos relacionados ao setor, a Pre-sidente da Fórmula Truck afirmou que a

participação da categoria em feiras é fun-damental para a relação entra a Truck,

seus patrocinadores e também seu público.Neusa destacou que a rela-ção com marcas de peças é necessá-ria por conta das exigências que a própria categoria tem em termos de segurança para seus pilotos e para todos os envolvidos em cada uma das corridas. Isso exige sempre boas

peças de freios, amortecedores, tur-bos, radiadores, etc.

“Na nossa categoria a segurança é fun-damental. É preciso uma série de equipa-

mentos para garantir a segurança do piloto e de todos que estão em volta, assistindo ou trabalhando na competição. Existem corri-das da Truck há 19 anos, tivemos alguns acidentes muito graves, mas os pilotos sempre se salvaram. Prezamos por isso”, declarou.

A próxima edição da Automec Pesados & Comerciais acontecerá entre os dias 12 e 16 de abril também no Pavilhão de Exposições do Anhembi. Redação Chico da Boleia

Page 10: 28ª Edição Nacional – Jornal Chico da Boleia

O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA10 ESPORTES

F-Truck. Leandro Totti leva mais uma e ABF Santos Team tem dois no pódio

O final de semana foi de muitas emoções no Autódromo Internacional de Curitiba. Desde sexta-feira (11) as atividades foram iniciadas com os treinos livres, que tam-bém aconteceram no sábado, seguidos do treino classificatório que definiu o grid de largada por causa da chuva. Na corrida do domingo (13), largaram na frente Felipe Giaffone, Wellington Ciri-no, Geraldo Piquet, Leandro Totti e An-dré Marques. Nas arquibancadas, o públi-co pode testemunhar uma nova marca da Fórmula Truck: em 18 anos, a diferença de tempo entre Leandro Totti, da RM Compe-tições e Wellington Cirino, da ABF Santos Team, foi a menor da história da categoria.

Com apenas 62 milésimos de segundo a frente de seu conterrâneo, Totti levou a me-lhor sobre Cirino e conquistou seu segundo título nesta temporada. O paranaense soma agora 61 pontos e lidera o Campeonato Brasileiro.

Logo na primeira volta, a corrida já mos-trou suas características. Renato Martins,

que estava substituindo Adalberto Jardim por conta de uma penalização por doping, subiu na traseira do caminhão de Valmir Benavides, da Scuderia Iveco. O choque entre os pilotos causou um derramamento de água, deixando a pista bastante escorre-gadia.

A primeira intervenção do Pace Truck acon-teceu devido a rodagens dos caminhões de Debora Rodrigues, da RM Competições e de Pedro Muffato, da Muffatão Racing. Neste momento, o pole position Felipe Giaffone perdeu posições e foi questão de tempo até que Leandro Totti assumisse a liderança. Há poucas voltas do final, Totti abriu uma vantagem considerável sobre a segunda posição, ocupada por Cirino. Este, por sua vez, também tinha uma boa distân-cia sobre Giaffone.

No final, no entanto, uma nova intervenção do Pace Truck aproximou os pilotos e eli-minou as diferenças de tempo. Para o delí-rio do público, Leandro Totti e Wellington Cirino disputaram lado a lado a liderança da prova na reta principal, até que o piloto da RM Competições levou a melhor.

Durante a coletiva de im-prensa que aconteceu após a corrida, Leandro Totti afirmou que a equipe vem desenvolvendo um trabalho muito importante para o êxi-to do piloto. Mais rápido em três dos quatro treinos livres, Totti também venceu em Ca-ruaru e vem se destacando nesse início de campeonato. “No final da corrida tive alguns problemas no cami-nhão e o Cirino apertou bas-

Foto: Larissa Jacheta Riberti

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MAI

AGO

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ABR

JUL

OUT

JUN

SET

DEZ

16 / Etapa Caruaru

18 / Etapa São Paulo

17 / Etapa Rio Grande do Sul

02 / Etapa Londrina

13 / Etapa Curitiba

20 / Etapa Cascavel

12 / Etapa Guaporé

08 / Etapa Goiânia

14 / Etapa Argentina

07 / Etapa Brasília

2014 Calendáriode Corridas

Fórmula Truck

Numa disputa que levantou o público, o piloto da RM Competições levou a melhor sobre Wellington Cirino

tante na reta final. Isso mostra o quanto as etapas estão equilibradas e os pilotos estão competitivos”, afirmou. Wellington Cirino, que tem 29 pontos no campeonato brasileiro e aparece em tercei-ro lugar na tabela, ressaltou o alto nível dos pilotos e da competição. “Eu acho que vol-tar ao pódio é essencial, é sempre um bom resultado. Correr ao lado de um caminhão do nível da MAN e conseguir uma boa co-locação mostra que somos competitivos e estamos no caminho certo”, afirmou o pi-loto. Apesar de ter largado na pole position, Fe-lipe Giaffone acabou ficando em terceiro lugar. Durante sua fala na coletiva de im-prensa o piloto alegou que sempre foi difí-cil conseguir um bom resultado em Curiti-ba. “Eu sabia que meu caminhão não tinha condições de manter a primeira colocação, fico satisfeito de ter chegado em terceiro”, comemorou.

Geraldo Piquet também da ABF Santos Team, subiu ao pódio mais uma vez, mas desta vez em quarto lugar. O bom desem-penho do piloto tem mostrado a qualidade do seu equipamento e o trabalho exitoso desenvolvido pela equipe. Atualmente ele é vice-líder do campeonato com 33 pontos.

Completando o pódio esteve Diogo Pa-chenki que neste ano corre pela equipe Copacol Clay Truck e cujos membros co-memoraram muito a conquista do piloto. Chico da Boleia esteve presente na coletiva de imprensa e perguntou ao piloto Diogo Pachenki se em algum momento da corri-da ele pensou que seu caminhão não fosse aguentar.

“No meio da corrida a temperatura do meu caminhão estava muito elevada, quase no limite. Mas depois de algumas voltas, eu vi que a temperatura caiu para 100 graus e, mesmo com os pilotos de trás me pres-sionando eu consegui acelerar o caminhão. Neste momento eu percebi que tinha con-dições de terminar a prova”, respondeu Pa-chenki.

A próxima etapa da Fórmula Truck está marcada para o dia 18 de maio e será re-alizada no Autódromo de Interlagos. Não perca nossa cobertura através do site: www.chicodaboleia.com.br e da nossa rede social www.facebook.com/chicodaboleia

Redação Chico da Boleia

Confira como ficou o resultado final do GP Crystal após 21 voltas.

Page 11: 28ª Edição Nacional – Jornal Chico da Boleia

O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIAO JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA 11ESPORTESConfira como ficou o resultado final

do GP Crystal após 21 voltas.

FÓRMULA TRUCK 2014 - CURITIBAGALERIA DE FOTOS

Foto: Larissa J. Riberti Foto: Larissa J. Riberti

Foto: Larissa J. RibertiFoto: Larissa J. Riberti

Foto: Larissa J. Riberti Foto: Larissa J. Riberti

Page 12: 28ª Edição Nacional – Jornal Chico da Boleia

O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA12 DE BOA NA BOLEIA

Evento acontecerá em parceria com a Irmãos Davoli no dia 14 de maio em Jaú.

Scania abre inscrições para a competição de Melhor Motorista de Caminhão do Brasil.Estão abertas desde o dia 4 de abril as inscrições digitais para a quinta edição da competição Melhor Motorista de Cami-nhão do Brasil (MMCB), que tem por ob-jetivo avaliar as habilidades dos condutores brasileiros, contribuir com a segurança nas estradas, valorizar o profissional e promo-ver uma condução que alie eficiência à re-dução de emissão de poluentes. A expecta-tiva da marca para esta edição é alcançar 50 mil inscrições. A grande final contará com 28 campeões regionais e será realizada de 4 a 7 de dezembro, em São Paulo.

Os interessados têm até 27 de julho para efetuar o cadastro pelo site www.melhor-motorista.com.br. Para se inscrever pesso-almente é só comparecer nos pontos: con-cessionárias da Rede Scania, Rede Noma, Rede Bridgestone/Bandag, Rede Graal e unidades do Sest Senat.

A lista completa de locais está no site da ação. Para se inscrever, é preciso apresen-tar a Carteira Nacional de Habilitação e o condutor apontará dentre os locais preesta-belecidos onde pretende realizar a final re-gional, caso seja aprovado na primeira fase.

A edição de 2014 da competição está divi-dida em quatro fases. Na inscrição, o par-ticipante já será testado, e só passará para a segunda etapa se for aprovado no ques-tionário obrigatório do cadastro. A segunda fase será uma prova teórica online; a ter-ceira consistirá nas provas práticas das 28

etapas regionais, e a grande final ocorrerá no período de 4 a 7 de dezembro, em São Paulo.

Caso o participante seja aprovado na pri-meira fase, poderá fazer a prova teórica on-line no período de 1º de maio a 30 de julho.

Ela será formada por 20 questões de múlti-pla escolha e uma dissertativa, que aborda-rão temas como direção, segurança, equi-pamentos e legislação. No ato da inscrição, o participante receberá um folheto educa-cional de conteúdo (digital ou impresso, dependendo da forma do cadastro) que reforça os temas da prova, além de conter

dicas para uma condução eficaz, economia de combustível, manutenção preventiva e preservação do meio ambiente.

As finais regionais serão organizadas de 2 de agosto a 16 de novembro, em 14 cidades diferentes e nos fins de semana, com uma prova por dia (sábado e domingo) e um total de 28 motoristas finalistas. Portanto, estarão classificados o primeiro colocado do sábado e o campeão do domingo. Cada desafio regional avaliará os condutores por provas teóricas e práticas (checklist e se-gurança de carga, percurso – direção eco-nômica, manobra e combate a incêndio e resgate).

Todos os inscritos na com-petição ganharão um cur-so online com o tema

“Atendimento Eficaz”, totalmente gratuito. Aqueles que passarem pela prova teórica online, segunda fase, ganharão o curso Sé-rie de Logística – Conceitos e Aplicações, do Sest Senat. Todos os 28 campeões regio-nais ainda recebem o curso de Treinamento de Motoristas Scania “Master Driver”, de 40 horas.

Na grande final, o vencedor da competição receberá um pacote de prêmios no valor de R$ 40 mil, uma viagem com acompanhante para conhecer a matriz da Scania, na Sué-cia, um jogo de seis pneus da Bridgestone e um curso de 40 horas do Sest Senat. O se-gundo e o terceiro colocados ganham uma série de prêmios, entre eles uma viagem com acompanhante para um resort no Bra-sil, um jogo de seis pneus da Bridgestone, kits promocionais e um curso de 40 horas do Sest Senat.

Na última edição, realizada em 2012, o grande vencedor foi Vinícius de Moraes, de 35 anos e natural de Sertão, no Rio Gran-de do Sul. Em segundo ficou o paranaen-se Fabiano Medeiros da Silva, de 32 anos, seguido do terceiro colocado, Jorge Pereira de Araújo, de 39 anos e natural do Rio de Janeiro.

Mais informações em: www.scania.com.br ou pelo telefone 0800 772 9822

Pódio da edição 2012 do MMCB. Foto: Arquivo Chico da Boleia

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O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIAO JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA 13DEBATENDO A LEI DO MOTORISTA

2º Encontro com Chico da Boleia para debate sobre a Lei 12.619 já tem data marcada

A Lei 12.619, também conhecida como Lei do Motorista, foi aprovada em 2012 e está em vigor. O objetivo da regulamentação é melhorar a qualidade de vida do caminho-neiro e conceder mais cidadania trabalhista aos profissionais, além de garantir a saúde dos mesmos. No entanto, ainda hoje a Lei carece de maior fiscalização para que seus pontos sejam implementados de fato e para que ela funcione na prática. Além disso, o pa-norama atual nos apresenta as propostas da CEOMOTOR, uma Comissão que preten-de votar modificações na Lei 12.619 e que atua na Câmara dos Deputados em caráter de urgência neste tema. A CEOMOTOR tenta alterar justamente os pontos mais necessários para esta classe de trabalhadores como a parada obrigatória, o limite máximo de horas de direção e o tempo de descanso. Um dos argumentos dos críticos é que não há infraestrutura na-cional para que o motorista cumpra todas as determinações da Lei e que o tempo de descanso semanal possa ser cumulativo. Na visão de Chico da Boleia, no entanto, estes são os pontos mais importantes para a categoria que deve ser consultada antes que se aprove qualquer alteração. “Em função desta Comissão que está discutin-do possíveis alterações na Lei, tem gente achando que ela não está em vigor. Então há certa confusão sobre o que está sendo questionado e de que forma esta discussão está sendo feita lá em Brasília”, explicou Chico, defendendo a importância de existir um debate que envolva toda a categoria.

Muitas lideranças sindicais enxergam a CEOMOTOR como representante dos in-teresses dos produtores rurais que alegam aumento de custos no transporte ro-doviário de suas cargas. Por isso, os defensores da Lei estão empenhados em não permitir que as modificações causem impactos trabalhistas para os caminhoneiros. Tendo em vista esse contexto de dis-cussão acerca da Lei 12.619, seus pon-tos, as modificações propostas a ela e a falta de fiscalização de sua aplicação, a Concessionária Irmãos Davoli em parceria com Chico da Boleia, promo-verão o “2º Encontro com Chico da Boleia para debate sobre a Lei 12619”.

Marcado para acontecer no dia 14 de maio de 2014 na nova empresa da Irmãos Davoli em Jaú, interior paulista, o evento busca reunir autoridades, representantes e especialistas no tema para debaterem junto ao público todas essas questões.

Evento acontecerá em parceria com a Irmãos Davoli no dia 14 de maio em Jaú.

1º Encontro com Chico da Boleia

para debate sobre a Lei 12619

O primeiro encontro para debater a Lei do Motorista foi realizado em julho do ano passado. A iniciativa, que também foi fru-to da parceria entre Irmãos Davoli e Chico da Boleia, atraiu cerca de setenta pessoas à sede do Grupo, na cidade de Mogi Mirim, interior de São Paulo. Na ocasião estiveram presentes a Dra. Vir-

gínia Laira, representante da Federação Na-cional das Associações de Caminhoneiros e Transportadores (FENACAT); Mateus Sil-va Paula, Secretário Executivo da Associa-ção do Transporte Rodoviário de Cargas do Brasil (ATR Brasil); Edson Amarildo Silva, representante da Confederação dos Traba-lhadores em Transportes Terrestres e Dr. Marcos Aurélio Ribeiro, Assessor da Juri-dico da NTC&Logística e um dos maiores

conhecedores da Lei 12619.Logo no início da sua fala, Marcos Auré-lio opinou que é necessário haver mais conhecimento sobre a Lei 12.619 entre os caminhoneiros e empresários. “Essa Lei surgiu pra resolver um problema sério, um problema social que ainda existe no Bra-sil. Um promotor de Rondonópolis entrou com uma ação civil pública, porque desco-briu que os caminhoneiros daquela região estavam dirigindo há muito tempo sem pa-rar, há 14, 16, até 36 horas sem dormir”, explicou o consultor da NTC&Logística. Para o jurista, a Lei cumpre um papel im-portante no sentido de salvaguardar tanto o cumprimento dos direitos trabalhistas dos motoristas, mas também o respeito à saúde do trabalhador.

Outra necessidade que motivou a redação da Lei é justamente a “segurança jurídica” que envolve o trabalho do motorista. De acordo com o Dr. Marcos Aurélio, a Lei de-fende tanto o salário do empregado, quanto o controle do trabalho por parte do empre-sário.

“A partir da Lei 12.619 é obrigatório con-trolar a jornada de trabalho do funcionário.

E, sendo assim, as empresas vão pagar as 8 horas de jornada normal e mais 2 horas extraordinárias, caso o funcio-nário as cumpra. Então a grande mu-dança veio justamente com este ponto, passou-se de nenhum controle da jor-nada, para um controle total da jornada de trabalho do empregado”, justificou Dr. Marcos Aurélio.

Na ocasião do I Encontro, Marcos Au-rélio também se posicionou contra a proposta da CEOMOTOR de incluir

mais 2 horas no limite máximo de tem-po que o motorista pode dirigir ininter-

ruptamente (a lei determina que esse máxi-mo é de 4 horas).

“Eu sou contra 6 horas ininterruptas, jus-tamente porque a Constituição prevê uma jornada única para quem trabalha 6 horas ininterruptas por dia. Se um empregado trabalha 6 horas direto, segundo a Consti-tuição, ele não pode mais trabalhar durante aquele dia.”, explicou.

Esta necessidade de conhecer e aplicar a Lei ainda se faz presente. Por isso, para este ano, as discussões seguirão a mesma ideia de reunir interessados, esclarecer dúvidas e apresentar as diversas opiniões sobre o assunto. Redação Chico da Boleia

Da esquerda para direita: João Davoli, Chico da Boleia, Marcos

Aurélio, Virginia Laira, Mateus Silva e Edson Amarildo.

Todos os inscritos na com-petição ganharão um cur-so online com o tema

“Atendimento Eficaz”, totalmente gratuito. Aqueles que passarem pela prova teórica online, segunda fase, ganharão o curso Sé-rie de Logística – Conceitos e Aplicações, do Sest Senat. Todos os 28 campeões regio-nais ainda recebem o curso de Treinamento de Motoristas Scania “Master Driver”, de 40 horas.

Na grande final, o vencedor da competição receberá um pacote de prêmios no valor de R$ 40 mil, uma viagem com acompanhante para conhecer a matriz da Scania, na Sué-cia, um jogo de seis pneus da Bridgestone e um curso de 40 horas do Sest Senat. O se-gundo e o terceiro colocados ganham uma série de prêmios, entre eles uma viagem com acompanhante para um resort no Bra-sil, um jogo de seis pneus da Bridgestone, kits promocionais e um curso de 40 horas do Sest Senat.

Na última edição, realizada em 2012, o grande vencedor foi Vinícius de Moraes, de 35 anos e natural de Sertão, no Rio Gran-de do Sul. Em segundo ficou o paranaen-se Fabiano Medeiros da Silva, de 32 anos, seguido do terceiro colocado, Jorge Pereira de Araújo, de 39 anos e natural do Rio de Janeiro.

Mais informações em: www.scania.com.br ou pelo telefone 0800 772 9822

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CHICO DA BOLEIA14 DEBATENDO A LEI DO MOTORISTA

Como todos sabemos as discussões sobre a Lei 12.619 não param. A Comissão Es-pecial (CEOMOTOR) que atua na Câmara dos Deputados em caráter de urgência para votar medidas que podem modificar a Lei do Motorista tem trabalhado para derrotar a oposição, composta por representantes sindicais, grupos específicos e alguns líde-res parlamentares.

Nas últimas edições do Jornal Chico da Boleia Informa, demos enfoque ao trabalho desenvolvido pelo Fórum Nacional em De-fesa da Lei 12.619/2012 que recentemente lançou seus trabalhos também no estado de São Paulo. Atualmente, o FNDL, cujo se-cretário executivo é Hamilton Dias, conta com o apoio de entidades como a Federa-ção dos Trabalhadores em Transportes Ro-doviários do Estado do Paraná (Fetropar) e a Federação dos Trabalhadores Rodoviá-rios do Estado São Paulo (FTTRESP).

O organismo é também o maior esforço de oposição para que as medidas propos-tas pela CEOMOTOR não impliquem no retrocesso das conquistas trabalhistas tão duramente conquistas pelos caminhonei-ros. Em apoio ao trabalho realizado pelo grupo e por repudiarmos qualquer altera-ção na Lei 12.619 que possa desfavorecer os trabalhadores, reproduzimos na íntegra o último informe divulgado pelo FNDL.

Apesar da importante intervenção do de-putado Hugo Leal PROS-RJ e da deputada Jô Morais PCdoB-MG, com apoio dos de-putados Ademir Camilo PROS-MG, Pauli-nho da Força-SDD-SP, nestas duas sema-nas foi intensa a batalha dos integrantes do Fórum Nacional em Defesa da Lei

12.619-2012, a lei do descanso em Brasília, na Câmara dos Depu-tados.

Na semana de 14 a 18 de abril, membros da coordenação exe-cutiva, membros do conselho deliberativo do FNDL, junto com presidentes e diretores das federações dos tra-balhadores em trans-portes rodoviários dos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catari-

na, Rio Grande do Sul, Goiás, Minas Ge-rais, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul, convocados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terres-tre CNTTT, fizeram uma importante mobi-lização em Brasília.

A mobilização foi de extrema importância, considerando que a CNTTT e as federa-ções representam juntas, mais de 8 milhões de trabalhadores, sendo que dentre eles 5 milhões são motoristas profissionais. Além disto, a CNTA e a UNICAM representam mais de 3 milhões de motoristas autôno-mos.

Com esta mobilização e a importante par-ticipação dos deputados acima, os parla-mentares representantes dos setores que querem acabar com a lei decidiram recuar e ouvir os trabalhadores, através da in-terlocução dos deputados Hugo Leal e Jô Morais.

Na semana de 14 a 18 de abril de 2014, após varias iniciativas do FNDL, foi rea-lizada reunião na liderança do PTB, com o deputado Jovair Arantes PTB-GO, com a participação dos deputados Arnaldo Farias de Sá PTB-SP, presidente da CVT, Valdir Collato PMDB-SC, relator da CE-MOTOR, Paulinho da Força SDD-SP, Die-go Andrade PSD-MG, de onde saiu pela primeira vez um texto sobre as pretensas mudanças na lei 12.619. Considerando a falta de quórum e intervenção da deputada Jô Morais, não foi possível votar.

Assim nesta semana, dias 22 e 23 de abril, os coordenadores do FNDL Valdir de Sou-za Pestana da FTTRESP, Epitácio Antônio dos Santos da FETROPAR, Omar José

Gomes da CNTTT, o secretario executivo do FNDL Hamilton Dias e os membros do conselho deliberativo, Dr. Paulo Douglas MPT, Jacqueline Carrijo SINAIT, Luiz An-tônio Festino NCST e Rodolfo Randolfo re-presentando a ABROT, estiveram reunidos com o deputado Hugo Leal, onde debate-ram a possiblidade de apresentar propostas de emendas, tanto adesivas, como supressi-vas ao texto que esta sendo construído pelo relator deputado Jovair Arantes.

É importante esclarecer que a posição do Fórum foi e continuará sendo pela manu-tenção da lei 12.619, pois é o entendimento do FNDL que uma lei que vem sendo apli-cada de forma precária há dois anos e que neste período salvou mais de 1500 vidas nas estradas, jamais deveria ser alvo de ataque com mudanças que a piore, mas sim ser debatida propostas de aprimoramen-tos, sem açodamento.

Neste sentido os membros do FNDL, parla-mentares comprometidos com a vida, com a saúde e condições digna de trabalho dos motoristas, empregados e autônomos, re-solveram assentar e buscar uma solução que seja menos prejudicial a desconfigura-ção da lei.

Para o presidente da Federação dos Tra-balhadores em Transportes Rodoviários de São Paulo (FTTRESP), Valdir Pestana, “resolvemos sentar e debater as mudanças que querem fazer na lei, por dois motivos, primeiro que não queremos nos omitir, apesar da posição insensata destes parla-mentares e do governo, que querem acabar com uma lei que salva vidas, somente pelo lucro”.

“Em segundo lugar, queremos deixar cla-ro; se aprovarem um projeto que descon-figurem a lei a ponto dela não garantir as conquistas dos trabalhadores e da socieda-de, pode ter a certeza que vamos parar o país durante a Copa, assim estamos deba-tendo, mas não aceitaremos trocar vidas e saúde dos trabalhadores, pela ganância”.

Para Epitácio, o Brasil está cheio de po-líticos e governantes que não têm respeito aos trabalhadores e ao povo. “Eles discur-sam democracia, mas não praticam, não podemos conceber a ideia de que uma lei construída entre patrão e empregados, com a participação do Ministério Publico do Trabalho, e votada e aprovada pelo Con-gresso Nacional (Câmara dos Deputados

Parlamentares ligados ao Agronegócio e da base governista resolvem ouvir o FNDL, mas ainda

insistem em acabar com a lei 12.619

Foto: Divulgação

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CHICO DA BOLEIAO JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA 15DEBATENDO A LEI DO MOTORISTA

e Senado da República) e sancionada pela Presidente da República, possa sofrer tan-to ataque em tão pouco tempo e ainda com a participação do governo. Este não pode ser um país sério e democrático, onde as pessoas honestas têm seus diretos respei-tados.”.

Para Omar José Gomes, presidente da CNTTT, uma luta de mais de 40 anos não pode simplesmente ser ignorada pelos po-líticos e pelos governantes. “Defendemos a manutenção e aplicação da lei e se aca-barem com ela como querem fazer, não te-remos alternativa, vamos convocar as fe-derações e sindicatos para se mobilizarem, só assim vamos ser respeitados, infelizmen-te.”, concluiu Omar.

Para o representante do Ministério Público do Trabalho, Dr. Paulo Douglas, a situa-ção chegou a tão absurda, que a partici-pação do MPT em defesa da lei ultrapassa a precarização das relações de trabalho. “Estamos preocupados com o caos e com as muitas vidas que voltarão a serem ceifa-das nas rodovias deste país, as autoridades e a imprensa não podem mais se omitirem, somos um país que matamos mais do que todas as piores guerras no mundo, temos a esperança que ainda convenceremos a

maioria dos parlamentares que olhem com sensatez as mudanças propostas”. Rodolfo Randolfo do SOS Estrada, repre-sentante da ABROT, disse que as entidades que defendem a segurança nas estradas e um trânsito seguro, não calarão diante deste atentado que querem cometer contra a sociedade, “não estamos nesta luta por ideologia, por interesses pessoais, por in-teresses sindicais e muito menos por inte-resses políticos, por isso temos a obrigação

de debater e defender a lei 12.619, pois ela salva vidas e faremos questão de diferen-ciar os parlamentares do nosso congresso nacional, entre a bancada da vida e a ban-cada da morte, a sociedade brasileira terá que acompanhar em seus estados, cidades e bairros cada parlamentar e seu voto, concluiu”.

De acordo com o secretário executivo do FNDL, Hamilton Dias, a votação do texto final está marcada para a próxima terça dia 29 de abril. “Até lá esperamos conver-

sar com muitos parlamentares e caso vá à votação, trabalharemos para reduzir os es-tragos. Entendemos que a lei da forma que esta é disparadamente melhor de que qual-quer mudança que queiram fazer. Somente o fato de querer acabar com o controle de jornada dos motoristas, acabar com o tem-po de direção, onde o motorista é obriga-do a parar e descansar por no mínimo 30 minutos a cada 4 horas efetiva na direção, entre outros aspectos importantes que ga-rante a segurança no transito, demonstra que há um grande desprezo destes deputa-dos pela vida”.

No dia (29) uma comissão do FNDL esta-rá em Brasília para acompanhar os anda-mentos e as conversas feitas pelo deputado Hugo Leal que ficou como interlocutor do Fórum.

Hamilton Dias Secretário Executivo do FNDL. FNDL 2012 – Fórum Nacional em Defesa da Lei 12.6192012 – São Paulo – SP.

Contatos:[email protected] / 011 – 3437.7320 [email protected] / 041-3244.2523 –[email protected].

Foto: Divulgação

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CHICO DA BOLEIA16

Chico da Boleia é do tipo que corre atrás da informação e durante as atividades da segunda etapa do GP Crystal de Fórmula Truck, realizadas entre os dias 12 e 14 no Autódromo Internacional de Curitiba, ele esteve atento à todas as novidades. Depois do término da corrida da corrida, vencida pelo piloto Leandro Totti, da RM Compe-tições, Chico da Boleia conversou com a estreante na categoria Michelle de Jesus e seu treinador, Renato Marlia. Ambos fize-ram um balanço do desempenho da piloto nesta primeira etapa.

Michelle, paulista natural de Jundiaí, co-meçou a ter contato com carros aos 14 anos de idade, quando começou a ajudar seu pai em uma ofici-na mecânica. A partir do iní-cio dos anos 2000 começou a acompanhar algumas corridas de Stock Car e foi então que decidiu entrar para o mundo das competições automobolís-ticas.

Sua primeira categoria foi o Campeonato Paulista de Mar-cas e Pilotos, em 2006. Após um tempo longe das pistas, Michelle voltou a correr em 2009, quando conseguiu o sé-timo lugar na temporada entre mais de 30 inscritos. No ano seguinte, obteve o vice-cam-peonato na categoria Light pela equipe Arias, o que lhe rendeu uma vaga na categoria.

Michelle foi vice-campeã paulista do Cam-peonato Marcas e Pilotos de 2010. Dois anos depois, a piloto disputou toda a tem-porada do Mercedes-Benz Grand Chal-

lenge, terminando em sexto lugar. Em 2013, correu pela Mitsubishi Lancer Cup e no ano passado teve a primei-ra experiência interna-cional disputando uma etapa da Euro Nascar em Dijon-Prenois, na França. Agora, com o caminhão de número 33, Michelle espera ganhar experiência e desenvolver um bom trabalho juntamente com sua nova equipe, a ABF Motorsport.

A piloto é a quinta mulher a correr na Fór-mula Truck. As anteriores foram Márcia “Furacão” Arcade, que correu de 1998 a 1999, a pernambucana Danusa Moura que atuou em sete corridas de 2004 pela Scu-deria Iveco, e a gaúcha Cristina Rosito que participou da temporada 2011 pela DF Ra-cing Fans. O primeiro contato de Michelle com um caminhão da Truck aconteceu em novembro de 2013, num breve teste na pis-ta de Pinhais.

Ao lado de Debora Rodrigues, que estreou em 1998, Michelle representa um universo feminino ainda pequeno, mas importante e crescente na Fórmula Truck. Sobre elas re-

cai, muitas vezes, uma imensa ex-pectativa do público e da própria categoria. Vestindo um macacão preto e rosa, a piloto forma dupla com seu companheiro de equi-pe, Fabiano Brito, que já tem experiência na categoria. Os desafios para a estreante foram muitos durante o final de semana de atividades da

Fórmula Truck em Curitiba. Após ter realizado todos os treinos livres na pista seca,

Michelle fez seu primeiro classificatório debaixo de uma chuva que começou a cair minutos antes do treino começar. Justa-mente por esse motivo e, segundo o regula-mento, o treino classificatório reuniu todos os pilotos para que, de uma vez, fosse defi-nido o grid de largada do domingo. “Foi o meu primeiro treino classificatório, eu esperava andar no seco e, de repente, veio a chuva. Não foi nada fácil, toda ace-lerada na reta ou qualquer possibilidade do caminhão aquaplanar na pista gera uma tensão. Espero poder aprender a dominar esse “monstrinho”, que eu carinhosamen-te apelidei de “Baby Truck”, ao longo do ano”, comentou Michelle depois de ter conseguido a 22a posição no grid.

Nas várias entrevistas que deu no final de semana, Michelle de Jesus afirmou repeti-das vezes que seu maior objetivo era cruzar a linha de chegada. No entanto, há oito vol-tas do final da sua primeira corrida na cate-goria, a piloto teve que abandonar a prova por problemas mecânicos. Após o término da segunda etapa da 19a temporada da Fór-mula Truck, Michelle conversou com Chi-co da Boleia mais uma vez.

Ao contrário da chuva que no sábado atra-palhou os seus planos durante o treino classificatório, a piloto disse que, apesar de andar no seco na corrida de domingo, ainda não se acostumou com o radar na pis-

ta que limita a velocidade na reta principal em 160 km. Vale lembrar que toda vez que um piloto ultrapassa o limite de velocidade no radar, é preciso que ele passe pelos boxes para cumprir a penalidade pela in-fração.

“Eu ainda não peguei o jeito desse radar. Passei duas vezes a 161 km pra tentar aprovei-tar ao máximo a velocidade do caminhão e tive que pagar as penalizações. Mas acabei voltando para a corrida e dava para brigar, porque eu estava em 15o, mas o turbo acabou estourando e eu encostei o ca-

minhão”, explicou.

Além de Michelle, mais sete pilotos não conseguiram concluir a prova. Para a pi-loto, no entanto, a quebra não é motivo para se lamentar. “O importante é que eu consegui acompanhar o ritmo. Eu fui ver o tempo, volta a volta, e virei o tempo jun-

to com outros pilotos do pelotão do meio”, afirmou Michelle que concluiu várias vol-tas com tempos regulares que ficaram na casa do 1m44s00, tendo baixado o tempo para, aproximadamente, 1m42s00 em uma de suas voltas. “Eu estou feliz e gostei mui-to. Acredito que consigo melhorar se o ca-minhão não quebrar e se eu não queimar o radar”, concluiu.Quem esteve ao lado de Michelle durante todo o final de semana foi seu treinador – a quem ela chama de coach – Renato Marlia. O piloto já foi chefe de equipe na Stock Car e tem grande bagagem no automobilístico brasileiro e internacional. Para ele, o de-sempenho da estreante apresentou pontos bastante positivos.

“A Michelle fez uma ótima largada, ela se posicionou muito bem. Ela está tendo um pouquinho de deficiência no radar, visto que passou acima da velocidade duas ve-zes durante a corrida. Radar é uma coisa muito difícil de você acertar a velocidade e isso compromete o desempenho. Mas isso acontece com os melhores pilotos da Fór-mula Truck, então é natural que ela sinta essa dificuldade inicial”, comentou.

Marlia ainda frisou que um trabalho cons-tante e atento a esses pequenos detalhes pode favorecer a melhora da piloto e o au-mento da sua qualidade na pista. “Ela teve algumas disputas durante a corrida, inclu-sive com a Débora. Foi muito interessante. Daqui pra frente ela vai se sentir mais segu-ra com o caminhão, é um processo que leva algum tempo”, ressaltou.

Sobre a quebra de turbina que fez com que Michelle abandonasse a prova, Marlia ain-da não tem a resposta exata para identificar e corrigir o problema. “É difícil apontar uma causa. O nosso outro caminhão, por exemplo, não quebrou nenhuma turbina. Pode ter sido sujeira, uma pedra que en-roscou. Eu ainda não sei exatamente o que aconteceu, mas nós vamos analisar isso na oficina e corrigir o problema para a próxi-ma corrida”, analisou Renato.

A terceira etapa do GP Crystal de Fórmula Truck, está marcada para o dia 18 de maio e será realizada em São Paulo, no Autódro-mo de Interlagos. Para o próximo mês, Mi-chelle de Jesus espera conseguir se preparar para uma pista que exige muito motor e du-rabilidade do equipamento. “Espero fazer uma prova constante e tentar ficar na pista. Tomara que eu consiga terminar a corrida, esse é meu maior objetivo”, concluiu.

Entrevistas realizadas por Chico da BoleiaRedação Chico da Boleia

ONDE ESTÁ O CHICO DA BOLEIA

Michelle de Jesus | Foto: Larissa J. Riberti

Foto: Larissa J. Riberti

Chico da Boleia entrevista a piloto Michelle de Jesus

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CHICO DA BOLEIAO JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA 17SAÚDE NO TRECHO

Deixar de ir às consultas de rotina pode levar ao diagnóstico tardio

de doenças que poderiam ser facilmente tratadas

Por : Instituto Lado a Lado pela Vida

A maioria dos homens foge do médico como o diabo da cruz. Não é à toa que, se-gundo dados do Instituto Brasileiro de Ge-ografia e Estatística (IBGE), as mulheres vivem, em média, sete anos a mais do que os homens. Além disso, uma pesquisa do Ministério da Saúde mostra que, do total de pessoas entre 20 e 59 anos que morrem no País, 68% são homens.

Mas na opinião de Carlos Eduardo Corradi Fonseca, presidente da Sociedade Brasi-leira de Urologia (SBU), esse índice tem motivos culturais. “As mulheres são leva-das desde a adolescência pela mãe ao gi-necologista. Aos 15 anos elas já sabem que precisam fazer exames preventivos. Já os rapazes, depois das consultas no pediatra, só vão ao médico quando ficam doentes”.

O estereótipo de que os homens são os pro-vedores da família e não podem demonstrar fragilidade também é um impeditivo para as idas ao médico. “Sentem-se como super--heróis e não admitem a doença. Daí dão a desculpa de que não têm tempo, acham que nunca vão adoecer e por isso não se cuidam”, comenta Corradi.

Tabu pode levar a diagnóstico tardio

O câncer de próstata é o mais prevalente em homens no mundo, segundo o Institu-to Nacional do Câncer (INCA). Por ano,

segundo o Instituto, 70 mil novos casos surgem no Brasil. Os médicos afirmam que a detecção precoce dele através do toque retal e do exame de sangue PSA (antígeno prostático específico) aumenta em 90% as chances de cura. Por isso, o exame de toque retal não pode ser um tabu.

A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. É ela que produz 70% do esper-ma. O câncer ocorre quando as células da região começam a se multiplicar de forma desordenada. A próstata fica, então, mais endurecida.

Segundo uma pesquisa do Centro de Refe-rência em Saúde do Homem mais de 50% dos homens já chegam aos consultórios com doenças em estágio avançado, quando há necessidade de intervenções cirúrgicas.

“É um problema de saúde masculina que precisa ser levado a sério. A recomendação para quem tem histórico familiar e raça ne-gra é que faça a primeira consulta ao uro-logista aos 40 anos. Quem não se encaixa nesse perfil deve começar a fazer o exame de toque retal e PSA aos 45 anos”, aconse-lha Gustavo Franco Carvalhal, urologista.

Novembro Azul

Preocupado com a saúde do homem, o Instituto Lado a Lado pela Vida criou em 2008 a campanha Um Toque, Um Drible, que tem o objetivo de promover uma mu-

dança de paradig-mas em relação à ida do homem ao

médico para a realização de exames pre-ventivos. A campanha permanece ativa du-rante o ano todo e, em novembro de 2012, o Instituto foi pioneiro de trazer para o Brasil o Novembro Azul, que se tornou referência na missão de orientar a população masculi-na a cuidar melhor da saúde.

“Em 2013, o Novembro Azul superou todas as expectativas. Foram mais de 260 ações realizadas em 23 estados, com mais de 30 milhões de pessoas. Tivemos a adesão dos Governos Federal, Estadual e Municipal”, comenta Marlene Oliveira, presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida.

Saiba mais sobre a campanha e sobre o cân-cer de próstata em:

www.movimentonovembroazul.com.br

Consulta ao médico: porque os homens tem mania de evitar?

Instituto Lado a Lado pela Vida

Desenvolve conceitos e projetos, além de apoiar e implantar ações voltadas ao campo da humanização da saúde e da at-enção integral ao cidadão em diferentes fases da vida.

A nossa missão é levar ao cidadão con-hecimento sobre saúde em diversas áreas: informação, apoio, conscientiza-ção, prevenção, inclusão social, quebra de paradigmas e preconceitos.

Acreditamos que a saúde deve ser trata-da como uma construção cotidiana, e nossa meta é transmitir ao cidadão o acesso a informações privilegiadas, para que homens e mulheres tenham partici-pação ativa no bem-estar do corpo e da mente.

Foto: Divulgação

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CHICO DA BOLEIA18 CULTURA E EDUCAÇÃO

Abril e os 50 anos do Golpe Civil - Militar de 1964

Os acontecimentos de 31 de março e de 1o de abril de 1964 marcaram a história do Brasil. Naquele contexto, a deposição do presidente democraticamente eleito João Goulart por um grupo militar, financiado por empresários e apoiado por parte da po-pulação, da imprensa e do clero abririam as portas para mais de vinte anos de regime civil- militar no país. Mas, o que os caminhoneiros têm a ver com tudo isso? Ora, se partimos do pres-suposto de que todos nós, independente de nossa escolha profissional, somos cida-dãos, o Golpe de 1964 e seus mecanismos de censura, repressão e tortura, nos afetam igualmente. Além disso, a herança autori-tária e a má formação da nossa democracia impõem obstáculos diários para os traba-lhadores ainda nos dias de hoje. A queda de Jango – que defendia as Refor-mas de Base, a Reforma Agrária e manti-nha relações com os governos comunistas de Cuba e da China – foi acompanhada de uma intensa propaganda anticomunista que se expressava nos jornais impressos, revis-tas, folhetos e pronunciamentos. Em tem-pos de Guerra Fria, no qual o mundo era conhecido por sua ordem “bipolar” de dis-puta ideológica entre os Estados Unidos e a União das Repúblicas Socialistas Soviéti-cas (URSS), todos os mecanismos repressi-vos e de perseguição foram utilizados para minar a suposta “ameaça comunista” não só no Brasil, mas em toda América Latina. Na prática, essa ameaça comunista era ape-nas um pretexto utilizado pelos Estados Unidos não só para justificar as arbitrarie-dades impostas aos seus países vizinhos, como para ampliar sua influência capitalis-ta num mundo dividido ideologicamente. Logo nos primeiros meses, o regime mili-tar já mostrava seu modus operandi. Fecha-

mento de partidos, cassação de mandatos, perseguição a militantes de esquerda e vigi-lância de espaços de atuação, como os sindicatos, agremia-ções e universidades.

E que os leitores caminho-neiros e caminhoneiras desse artigo não se enganem achan-do que apenas os filiados aos partidos políticos de oposi-ção, representantes de sindi-catos operários e estudantes

foram os alvos do regime mi-litar. A ditadura também foi

cruel com lideranças do transporte rodo-viário de cargas. Em artigo, o professor de Ciência Política da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Milton Pinheiro, cita a morte de Elson Costa, membro do PCB e líder da greve dos caminhoneiros em Minas Gerais. O militante foi preso e assassinado em 15 de janeiro de 1975 e até hoje seu cor-po continua desaparecido

Ao longo dos anos, as práticas já impostas em 1964 passaram não só por um incre-mento da repressão e da violência, como também por um respaldo legal. Os chama-dos Atos Institucionais davam aos governos militares capacidade cada vez mais ampla de atuação. O Ato Institucional n. 5 (AI-5) de 1968, por exemplo, concedia ao Presi-dente da República, plena autonomia para governar o país sem as limitações previstas na Constituição. Sendo assim, o presidente poderia atuar de acordo com os interesses dos grupos que o apoiavam e de forma ar-bitrária sem ser impedido. As atividades do Congresso Nacional, das Assembleias Le-gislativas e das Câmaras de Vereadores fo-ram suspensas. Ou seja, todo nosso sistema legislativo foi impedido de atuar.

O Art. 4 do AI-5 ainda previa a suspensão do direito de votar e ser votado nas eleições sindicais, proibição de atividades ou mani-festação sobre assunto de natureza política; liberdade vigiada; além de determinações que endureciam a censura. Neste contexto, o país viveu também a ra-dicalização da esquerda. Diversas foram as organizações que optaram pela luta arma-da. Dentre elas, podemos citar a Guerrilha do Araguaia, a Var-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária Palmares), o Mo-vimento Revolucionário 8 de outubro (MR-8) e a Ação Libertadora Nacional (ALN).

Não tiveram, no entanto, um destino promissor, apesar de atuarem pres-sionando o regime e expondo suas

deficiências. Com a Doutrina de Segurança Nacional sendo aplicada através dos sistemas de vi-gilância e da atuação de organismos como o Destacamento de Operações de Informa-ções - Centro de Operações de Defesa In-terna (DOI-CODI), o Dops (Departamento de Ordem Política e Social), o SNI (Serviço Nacional de Informações) e os operativos das Forças Armadas, os militantes de es-querda foram caindo pouco a pouco. Exercitando a memória, relembremos dois casos desta repressão. O primeiro é a morte de Carlos Marighella, baiano, nascido em Salvador, que foi militante do Partido Co-munista Brasileiro, pelo qual foi deputado. Sua trajetória, no entanto, foi encerrada em 4 de novembro de 1969, quando uma em-boscada organizada por agentes de segu-rança do estado resultou no seu assassinato. Fundador do grupo armado Ação Liberta-dora Nacional (ALN), Marighella atuava na clandestinidade ao lado de seus com-panheiros e contra as repressões impostas pelo regime militar. Em setembro de 1969, a ALN participou do sequestro do embai-xador norte-americano Charles Elbrick, em uma ação conjunta com o Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8). Em troca da liberação do embaixador, pedia-se a libertação de presos políticos o exílio dos mesmos em outros países.

Outro caso bastante emblemático sobre esse período é o de Vladimir Herzog. Jor-nalista da TV Cultura, o também militante do Partido Comunista Brasileiro foi cha-mado para depor no DOI-CODI sobre suas relações com o Partido em 24 de outubro de 1975. Vladimir foi preso com mais dois jornalistas, George Duque Estrada e Rodol-fo Oswaldo Konder.Herzog morre em decorrência das torturas que sofreu. No dia seguinte, porém, a gran-de imprensa noticiou que o jornalista da Tv Cultura havia se suicidado nas instalações do DOI-CODI. Para corroborar essa ver-são, uma foto na qual ele aparece com um cinto em volta do pescoço foi amplamente divulgada pelos veículos de comunicação. Foi preciso o final do regime militar para que se soubesse que a imagem tinha sido manipulada e que Herzog fora assassina-do. Entre os companheiros de Herzog e os que lutaram contra a ditadura sabia-se, no entanto, que a manipulação da imagem era apenas uma das estratégias do governo contra a militância de esquerda.Marighella e Herzog são dois dos inúmeros casos de assassinato, tortura e desapareci-mento forçado, registrados durante o perí-

odo militar. Atualmente, a Comissão Nacional da Ver-dade, criada em 2012 e que desempenhará atividades até o final deste ano, busca re-construir a história de muitos casos ainda não esclarecidos. Além da CNV, Comis-sões Estaduais também trabalham para esclarecer esse passado de autoritarismo e repressão. Em recente audiência, a CNV declarou que conseguiu fazer um levantamento sobre as operações que eram realizadas na chamada “Casa da Morte de Petrópolis”, Centro de Informações do Exército, que funcionou no início dos anos 1970. Na ocasião, o co-ronel reformado do Exército, Paulo Ma-lhães, que foi chamado para depor, contou em detalhes como o corpo dos presos era mutilado para que eles não fossem identifi-cados. O coronel afirmou ter desaparecido com o corpo do ex-deputado Rubens Paiva. "Quantos morreram?”, perguntou a Comis-são. “Tantos quanto foram necessários.", declarou Malhães. No final de abril, Paulo Malhães foi encon-trado morto na sua residência, localizada na baixada fluminense. Acredita-se que o assassinato tenha sido motivado por causa do depoimento prestado por Malhães à Co-missão Nacional da Verdade e no qual ele revelou vários detalhes ainda desconheci-dos sobre a Casa da Morte de Petrópolis. Fala-se que a morte do Coronel pode ter sido uma "queima de arquivo" que, com certeza, irá dificultar os trabalhos ainda em andamento da Comissão.O regime militar acabou em 1985 e todo o processo de transição para o regime de-mocrático envolveu inúmeras disputas po-líticas e pressões de movimentos como os pela “Anistia Ampla, Geral e Irrestrita” do Comitê Brasileiro pela Anistia do final da década de 1970. Na prática, a transição foi um processo pactuado. A chamada abertura “lenta, gradual e segura” iniciada ainda no governo de Ernesto Geisel, da década de 1970, envolveu concessões e negociações entre o setor militar e os progressistas que, naquele momento, representavam o inte-resse dos que pediam pela abertura. As punições para os crimes cometidos pe-los agentes da ditadura também continu-aram sem acontecer. A Lei da Anistia de 1979, considerada por juristas como Celso Lafer como uma “auto anistia” dos milita-res, impede que processos jurídicos sejam levados a cabo para investigar as acusações que recaem sobre membros das Forças Ar-madas e dos sistemas de vigilância do Re-gime militar. Vale lembrar que o Supremo Tribunal Federal declarou como válida a Lei da Anistia Brasileira em 2010 após a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), colocada por par-

Regime militar também eliminou lideranças do transporte rodoviário de cargas e restringiu direito dos trabalhadores.

Larissa Jacheta Riberti

Carlos Marighella, fundador da Ação Libertadora Nacional e morto pelos

agentes da repressão em 1969. Fonte: Arquivo Nacional

Page 19: 28ª Edição Nacional – Jornal Chico da Boleia

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dos ventos

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Tomar (?):prestartoda a

atenção

Saudaçãocomumentre osjovens

Cantorcomo

LucianoPavarotti

Calçadoideal paraatividades

físicas

Qualidadede um

guerreiro

(?) Kalil, consultorabrasileirade moda

(?) Ciata,ícone dacultura

negra (RJ)Crustáceo considera-do alimento

de luxo

Parte, eminglês

De (?)lavada:

sem ma-quiagem

PauloJosé, ator

de "OPalhaço"

Ferramentaque abre

cavidades na madeira

O caipira,em Minas

Gerais

Efeito damá gestão

de umaempresa

Letra que representaa moedabrasileira

RobertoDinamite, ex-jogadorde futebol

Intérprete do Ruçoem "Pé na Cova" (TV)

Vacina (?): age contra várias doenças

Índole da vilã

Kim Jong-(?), ditador norte-coreano

A "tela" datatuagem

Vitamina da cenouraAcessório recarre-gável docelular

Respostanegativa

Alienígena,em inglês

Vantagens nascompras coletivasNesselugar

Distritode PortoSeguro, é um badala-do destinoturístico

Cervídeo-símbolo do

Canadá

Pensa-mento re-corrente

de presos(pl.)

"Lesão",em LER Louco, em

inglêsQualquernúmeroprimo,

exceto o 2

3/mad. 4/part. 5/alien — legra. 6/glória

odo militar. Atualmente, a Comissão Nacional da Ver-dade, criada em 2012 e que desempenhará atividades até o final deste ano, busca re-construir a história de muitos casos ainda não esclarecidos. Além da CNV, Comis-sões Estaduais também trabalham para esclarecer esse passado de autoritarismo e repressão. Em recente audiência, a CNV declarou que conseguiu fazer um levantamento sobre as operações que eram realizadas na chamada “Casa da Morte de Petrópolis”, Centro de Informações do Exército, que funcionou no início dos anos 1970. Na ocasião, o co-ronel reformado do Exército, Paulo Ma-lhães, que foi chamado para depor, contou em detalhes como o corpo dos presos era mutilado para que eles não fossem identifi-cados. O coronel afirmou ter desaparecido com o corpo do ex-deputado Rubens Paiva. "Quantos morreram?”, perguntou a Comis-são. “Tantos quanto foram necessários.", declarou Malhães. No final de abril, Paulo Malhães foi encon-trado morto na sua residência, localizada na baixada fluminense. Acredita-se que o assassinato tenha sido motivado por causa do depoimento prestado por Malhães à Co-missão Nacional da Verdade e no qual ele revelou vários detalhes ainda desconheci-dos sobre a Casa da Morte de Petrópolis. Fala-se que a morte do Coronel pode ter sido uma "queima de arquivo" que, com certeza, irá dificultar os trabalhos ainda em andamento da Comissão.O regime militar acabou em 1985 e todo o processo de transição para o regime de-mocrático envolveu inúmeras disputas po-líticas e pressões de movimentos como os pela “Anistia Ampla, Geral e Irrestrita” do Comitê Brasileiro pela Anistia do final da década de 1970. Na prática, a transição foi um processo pactuado. A chamada abertura “lenta, gradual e segura” iniciada ainda no governo de Ernesto Geisel, da década de 1970, envolveu concessões e negociações entre o setor militar e os progressistas que, naquele momento, representavam o inte-resse dos que pediam pela abertura. As punições para os crimes cometidos pe-los agentes da ditadura também continu-aram sem acontecer. A Lei da Anistia de 1979, considerada por juristas como Celso Lafer como uma “auto anistia” dos milita-res, impede que processos jurídicos sejam levados a cabo para investigar as acusações que recaem sobre membros das Forças Ar-madas e dos sistemas de vigilância do Re-gime militar. Vale lembrar que o Supremo Tribunal Federal declarou como válida a Lei da Anistia Brasileira em 2010 após a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), colocada por par-

te da Ordem dos Advogados do Brasil em 2008 e pedindo a revisão da Lei. Em seu artigo “Justiça, História e Memó-ria: reflexões sobre a Comissão da Verda-de”, Lafer acredita que a Lei da Anistia foi responsável por impor um esquecimento das atrocidades cometidas pelo regime. O processo de abertura política iniciado no fim do regime não foi, como já citado aci-ma, uma ruptura com as antigas bases po-líticas, se não uma reforma gradualista que não impediu que antigos militares continu-assem atuando, mesmo após o fim da dita-dura, em questões fundamentais da nossa sociedade.

Por outro lado, Celso Lafer acredita que a Comissão Nacional da Verdade tem justa-mente a função de se contrapor a esse es-quecimento comandado pela Anistia. “Re-presenta uma afirmação de um direito de titularidade coletiva da cidadania brasileira à memória da verdade factual de graves violações dos direitos humanos”, afirma o jurista.

O período militar também deixou marcas na economia. Ao contrário da memória equivocada de boa parte da população bra-sileira que insiste em crer no “milagre eco-nômico”, a ditadura resultou num aumento expressivo da inflação que, em 1983, che-gou a ser de 239%. Somou-se a isso um endividamento externo de quase U$100 bilhões de dólares no final do regime. Os trabalhos da Comissão Nacional da Ver-dade e das Comissões Estaduais tem busca-do expor o passado autoritário da ditadura militar brasileira – é verdade que nem sem-pre com sucesso. Além disso, alguns orga-nismos de direitos humanos e grupos de familiares de mortos e desaparecidos têm atuado em conjunto para auxiliar os traba-lhos das Comissões. Em meio a todo esse contexto no qual as reivindicações por memória, verdade e jus-tiça, vêm a tona para esclarecer os crimes e violações dos agentes da ditadura militar, o Deputado Jair Bolsonaro (PP) apresentou um pedido junto à Câmara para que uma solenidade comemorasse o Golpe Militar. Conhecido por seu reacionarismo, por sua campanha de apoio à volta da ditadura e por suas declarações racistas, homofóbicas e preconceituosas, Jair Bolsonaro teve que se contentar com a não aceitação de seu pe-dido. O Presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), anunciou a rejeição do pedido de Bolsona-ro e a aceitação do pedido de Luiza Erundi-na (PSB-SP) para que houvesse uma cele-bração de “civis e militares que resistiram à ditadura”.

Para Jair Bolsonaro, seus seguidores e uma parcela dos membros do Exército, o Gol-pe de 1964 deve ser chamado de “revolu-ção”. Historiadores, boa parte da imprensa e os militantes que resistiram àquela época, acreditam que tal colocação é antiética e desrespeita a dor de familiares de vítimas e dos sobreviventes daquele regime. É equi-vocado chamar de “revolução” um golpe militar que impôs o autoritarismo, a censu-ra, e que violou os mais diversos direitos humanos e sociais da população brasilei-ra. Por outro lado, é preciso rememorar a luta de diversas pessoas que morreram em nome da redemocratização do país. Na comunidade acadêmica e entre os mais interessados neste assunto, espera-se que os trabalhos da Comissão possam não somen-te expor um passado ainda obscurecido na memória de muitos, mas também promo-ver ações para que se relembre a resistência de grupos que lutaram contra a repressão e ajudaram a construção de uma nova ordem democrática. Além disso, o que se espera desses 50 anos do Golpe é que eles possam suscitar discussões e tocar a consciência dos mais reacionários, como Jair Bolsonaro e seus seguidores, para que eles entendam a luta contra o regime militar como algo legí-timo e necessário para a derrocada daquele governo tão opressor. É preciso celebrar a trajetória de militantes e organizações que resistiram ao Golpe de 1964, bem como relembrar e punir as ar-bitrariedades cometidas naquele contexto através da verdade, da memória e da jus-tiça.

Leia mais sobre o assunto: TELES, Edson. “Democracia de efeito moral”. Artigo disponível no link: http://blogdaboitem-po.com.br/category/colunas/edson-teles/ARAÚJO, Maria Paula [et ali]. Ditadura militar e democracia no Brasil: história, imagem e tes-temunho. Rio de Janeiro: Ponteio, 2012. O livro pode ser baixado através do link: http://www.historia.ufrj.br/pdfs/2013/livro_di-tadura_militar.pdfDocumentário:“Hércules 56”, disponível em:https://www.youtube.com/watch?v=xxPNQfNpkOo

Filme: “Batismo de Sangue” (2007), direção de Helvécio Ratton.

Larissa Jacheta Riberti é mestra pelo Pro-grama de Pós Graduação em História So-cial da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente é aluna do curso de doutorado no mesmo programa pesquisan-do temas como justiça de transição, direi-tos humanos, movimento armado e demo-cracia no México.

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