28ª Edição - Revista O Empresário

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1 Mercado está em expansão, mas ainda é preciso desatar nós como a burocracia excessiva Licenciamento ambiental Licenciamento ambiental Mercado está em expansão, mas ainda é preciso desatar nós como a burocracia excessiva Empreendedorismo De empregado a patrão: conheça dois exemplos de iniciativas de sucesso Construção civil Beco Castelo investe em projetos de alto padrão comercial e residencial Empreendedorismo De empregado a patrão: conheça dois exemplos de iniciativas de sucesso Construção civil Beco Castelo investe em projetos de alto padrão comercial e residencial

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28ª Edição - Março/Abril 2013 - Revista O Empresário

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Mercado está em expansão, mas ainda é precisodesatar nós como a burocracia excessiva

Licenciamentoambiental

Licenciamentoambiental

Mercado está em expansão, mas ainda é precisodesatar nós como a burocracia excessiva

EmpreendedorismoDe empregado a patrão:conheça dois exemplosde iniciativas de sucesso

Construção civilBeco Castelo investe emprojetos de alto padrãocomercial e residencial

EmpreendedorismoDe empregado a patrão:conheça dois exemplosde iniciativas de sucesso

Construção civilBeco Castelo investe emprojetos de alto padrãocomercial e residencial

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DIREÇÃODIREÇÃODIREÇÃODIREÇÃODIREÇÃO

Andreia Thives Borges

JORNALISTJORNALISTJORNALISTJORNALISTJORNALISTA RESPONSÁVELA RESPONSÁVELA RESPONSÁVELA RESPONSÁVELA RESPONSÁVEL

Carla Pessotto - MTb 21692 - SP

TEXTTEXTTEXTTEXTTEXTOSOSOSOSOS

Carla Pessotto - MTb 21692 - SP

Luciane Zuê - SC 00354 -JP

Mirela Maria Vieira - SC 00215 JP

DESIGN GRÁFICODESIGN GRÁFICODESIGN GRÁFICODESIGN GRÁFICODESIGN GRÁFICO

Luciane Zuê

PLANEJAMENTPLANEJAMENTPLANEJAMENTPLANEJAMENTPLANEJAMENTO EXECUTIVO EXECUTIVO EXECUTIVO EXECUTIVO EXECUTIVOOOOO

Andreia Borges Publicidade Ltda

COMERCIALIZAÇÃOCOMERCIALIZAÇÃOCOMERCIALIZAÇÃOCOMERCIALIZAÇÃOCOMERCIALIZAÇÃO

Andreia Borges Publicidade Ltda

[email protected]

[email protected]

REPRESENTREPRESENTREPRESENTREPRESENTREPRESENTANTEANTEANTEANTEANTE

Virtual Brazil - Paulo Della Pasqua

[email protected]

FONESFONESFONESFONESFONES

(48) 3034 7958 / 7811 1925

TIRATIRATIRATIRATIRAGEMGEMGEMGEMGEM

8.000 exemplares

Expediente

EDITEDITEDITEDITEDITORIALORIALORIALORIALORIAL

Prezadoleitor,

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Andreia Thives BorgesAndreia Thives BorgesAndreia Thives BorgesAndreia Thives BorgesAndreia Thives Borges

Assunto de grande interesse do setor produtivo – afinal, qualquer

tipo de empreendimento necessita enfrentar essa etapa para fun-

cionar –, o licenciamento ambiental é a nossa reportagem especi-

al dessa edição. O tema teve avanços nos últimos anos, mas ain-

da é preciso resolver questões como a burocracia, falta de

infraestrutura dos órgãos públicos e demora nos processos. Aqui, mais

do que abordar os problemas, apresentamos cases de empresas do

segmento, mostrando as estratégias para avançar em um mercado

que, somente em 2009 (último dado disponível) na área de bens e

serviços do País, movimentou US$ 15,9 bilhões e tem potencial de

crescimento exponencial.

Nessa edição abrimos um espaço maior para o segmento de

decoração & designer de interiores, com uma boa novidade para nos-

sos leitores: a partir de agora, em uma parceria com a designer Grasiela

Iris, vamos oferecer um projeto personalizado e gratuito, a partir das

demandas apresentadas e com a proposta de ajudar na funcionalida-

de e na agregação de valor ao negócio. Detalhamos ainda a forma

peculiar de trabalho da dupla de arquitetos Marcelo Martins e Felipe

Schneider e como a Modecol se transformou em referência quando o

assunto é marcenaria sob medida.

Também tem destaque a trajetória de dois personagens, com

histórias recentes na área do empreendedorismo, que souberam usar

a experiência como empregados para se tornarem donos do negócio.

Juliana Sales começou como atendente do Outback e hoje é proprie-

tária do único restaurante da rede em SC e, João Francisco Sobrinho,

ex-office boy da H. Stern, criou sua própria marca de jóias, a Personalité.

Boa leitura.

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índi

ce 101220263640424650586462

entrevistaCecília Häsner, especialista da área ambiental

capaLicenciamento ambiental: mercado em expansão

construção civilBeco Castelo – Concrebras

decoração & interioresProjetos comerciais exigem atenção especial

cases de negócioMarmoraria Biguaçu completa 25 anos projetando expansãoMondo Viagens e Turismo aposta em diferenciais para crescer

coluna mercadoNegócios & tendências

empreendedorismoDe empregado a dono do próprio negócio

créditoBadesc facilita acesso aos financiamentos

automóveisPeugeot 208 chega ao mercado catarinense

gestão públicaOs desafios de Florianópolis e São José

gastronomiaA proposta diferenciada do La Cave

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ENTREVISTENTREVISTENTREVISTENTREVISTENTREVISTA / A / A / A / A / Cecília HäsnerCecília HäsnerCecília HäsnerCecília HäsnerCecília Häsner

O licenciamento ambiental está inserido no mercado de bens e serviços ambientais (BSA), setor daeconomia mundial que movimentou US$ 772 bilhões em 2009. O Brasil lidera na América Latina:movimentou US$ 15,9 bilhões com potencial de expansão exponencial, pelo ciclo de desenvolvimentoeconômico positivo e por liderar a lista dos 17 países mega-diversos. Para isso, precisa romper com adependência das chamadas “tecnologias verdes” estrangeiras, criar um marco regulatório para o se-tor de BSA, instituir políticas de incentivos fiscais e reduzir a carga tributária. Estes os principaispontos apontados pela bióloga capixaba Cecília Häsner. Especialista em gestão ambiental, mestre emPropriedade Intelectual e Inovação, sócia-diretora da Prospective Inovação Tecnológica e Ambiental,pesquisadora e consultora do Instituto Ideias - responsável por estudo inédito deste mercado, realiza-do no Espírito Santo - ela concedeu entrevista exclusiva à Revista O Empresário.

de Propriedade Intelectual (OMPI), onde se percebe queas tecnologias verdes são o principal motor para umamudança global voltada para o desenvolvimento sus-tentável.

OEOEOEOEOE- Quais as projeções em termos de números para- Quais as projeções em termos de números para- Quais as projeções em termos de números para- Quais as projeções em termos de números para- Quais as projeções em termos de números parao mercado de BSA no Brasil e no mundo?o mercado de BSA no Brasil e no mundo?o mercado de BSA no Brasil e no mundo?o mercado de BSA no Brasil e no mundo?o mercado de BSA no Brasil e no mundo?CH - CH - CH - CH - CH - Devido à falta de entendimento do que é ummercado de bens e serviços ambientais, não existe umamensuração sistemática nos países. Nos Estados Uni-dos, a Environmental Business International Inc. gerarelatórios anuais do mercado ambiental e do mercadodo câmbio climático, porém, são fontes de difícil aces-so, pois são pagas e o valor cobrado é bastante alto.No estudo que realizamos no Espírito Santo em 2010,adquirimos estes dados para poder ter uma noção realdo tamanho do mercado ambiental e os dados são bas-tante coerentes com o descrito na literatura. A proje-ção do mercado ambiental mundial em 2009 foi de US$772 bilhões, sendo que 76% estavam concentradosnos EUA, Europa e Japão. A América Latina ficava comuma parcela de 4%, tendo o Brasil na liderança, comum volume de US$ 15,9 bilhões. Já os estudos realiza-dos no Espírito Santo mostraram que a economia deBSA movimentou em 2009, 1,74% do PIB estadual, ouseja, R$ 1,21 bilhões, sendo a gestão de resíduos sóli-dos o principal setor. O mais animador é que as taxasde crescimento deste mercado são muito elevadas em

O Empresário - Existe uma classificação padrão doO Empresário - Existe uma classificação padrão doO Empresário - Existe uma classificação padrão doO Empresário - Existe uma classificação padrão doO Empresário - Existe uma classificação padrão doque sejam bens e serviços ambientais, nos âmbitosque sejam bens e serviços ambientais, nos âmbitosque sejam bens e serviços ambientais, nos âmbitosque sejam bens e serviços ambientais, nos âmbitosque sejam bens e serviços ambientais, nos âmbitosnacional e internacional?nacional e internacional?nacional e internacional?nacional e internacional?nacional e internacional?Cecília Häsner - Cecília Häsner - Cecília Häsner - Cecília Häsner - Cecília Häsner - Não há ainda definição clara dos BSMem nível mundial, mas podemos destacar três aborda-gens. A primeira, imposta pelos países desenvolvidos,os bens e serviços ambientais são conhecidos comotecnologias “fim de tubo”, pois visam remediar os im-pactos gerados pelas indústrias poluidoras e não con-templam a prevenção. Ademais, não inclui produtos eserviços de interesse dos países em desenvolvimentoe mega-diversos (lista de 17 países liderada pelo Brasilque concentram 70% da biodiversidade em menos de10% da superfície do planeta). Já os produtos deriva-dos do manejo e uso sustentável da biodiversidade fa-zem parte dos Produtos Ambientalmente Preferíveis(EPPs), abordagem definida pela Conferência da ONUsobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD). A ter-ceira deriva da sugestão do Banco Mundial em incluiros bens e tecnologias amigáveis com o clima naliberalização comercial de bens e serviços ambientais,com o foco de estimular o uso e o desenvolvimento deprodutos, tecnologias e serviços relacionados com amitigação do efeito estufa. Esta última proposição temmotivado o surgimento iniciativas como a “IniciativaEconomia Verde”, proposta pelo Programa das NaçõesUnidas para o Meio Ambiente (PNUMA), ou pelo movi-mento de “patentes verdes” da Organização Mundial

"O Brasil precisa de ambiental própria”

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ENTREVISTENTREVISTENTREVISTENTREVISTENTREVISTA / A / A / A / A / Cecília HäsnerCecília HäsnerCecília HäsnerCecília HäsnerCecília Häsner

países em desenvolvimento, principalmente na Ásia.O Brasil também possui taxas altas, um crescimentoestimado entre 10% e 12% anual.

OE - O que é preciso para incentivar os negócios “OE - O que é preciso para incentivar os negócios “OE - O que é preciso para incentivar os negócios “OE - O que é preciso para incentivar os negócios “OE - O que é preciso para incentivar os negócios “ververververver-----des” no país? des” no país? des” no país? des” no país? des” no país? CH - CH - CH - CH - CH - Carga tributária elevada, a falta de incentivos fis-cais e de organização do setor são obstáculos a ven-cer. Temos uma economia intensiva em recursos natu-rais, mas somos dependentes da tecnologia verde es-trangeira como tecnologias de energia eólica, equipa-mentos para tratamento de resíduos, entre outros. Épreciso estimular a inovação e a pesquisa, hoje centra-lizadas nas universidades. O foco no desenvolvimentoeconômico do país deve se alinhar às tendências demercado global e não somente aos interesses comer-ciais de um determinado setor, caso do etanol de cana-de-açúcar. O Brasil lutou muito para colocar o etanolde cana-de-açúcar produzido por fermentação no mer-cado global, porém, somente agora está produzindoetanol de 2ª geração (proveniente do bagaço da cana).É importante destacar que o maior estímulo ao merca-do ambiental está nas compras governamentais e naslegislações, que fomentam práticas sustentáveis comoo reuso de água nas indústrias ou a co-geração de ener-gia, estimulando assim a implantação de painéis sola-res ou aerogeradores de energia elétrica.

Para especialista dosetor, país aindanecessita de marcoregulatório no segmentode bens e serviços

OOOOOE - TE - TE - TE - TE - Temos condições de competir com outros paí-emos condições de competir com outros paí-emos condições de competir com outros paí-emos condições de competir com outros paí-emos condições de competir com outros paí-ses e desenvolver nossas soluções?ses e desenvolver nossas soluções?ses e desenvolver nossas soluções?ses e desenvolver nossas soluções?ses e desenvolver nossas soluções?CH -CH -CH -CH -CH - Há esforços que estão sendo realizados paraalavancar a inovação no país, principalmente depoisda promulgação da Lei da Inovação, em dezembro de2004. Dentre as medidas do governo, destaca-se oPrograma Piloto de Patentes Verdes do Instituto Naci-onal da Propriedade Industrial (INPI), destinado a ace-lerar o exame dos pedidos de patentes que se encai-xem nos setores de energias alternativas, transporte,conservação de energia, gerenciamento de resíduose da agricultura. Porém, os incentivos à inovação de-vem estar atrelados a incentivos econômicos para odesenvolvimento industrial do país. Atualmente, existeuma alta concentração de patentes nas universida-des, e não nas empresas. Este é um desafio que opaís deverá superar.

OE - Comparativamente a outros países, é possí-OE - Comparativamente a outros países, é possí-OE - Comparativamente a outros países, é possí-OE - Comparativamente a outros países, é possí-OE - Comparativamente a outros países, é possí-vel avaliar a qualidade dos estudos para licenciamentovel avaliar a qualidade dos estudos para licenciamentovel avaliar a qualidade dos estudos para licenciamentovel avaliar a qualidade dos estudos para licenciamentovel avaliar a qualidade dos estudos para licenciamentorealizados no Brasil e da nossa legislação ambiental?realizados no Brasil e da nossa legislação ambiental?realizados no Brasil e da nossa legislação ambiental?realizados no Brasil e da nossa legislação ambiental?realizados no Brasil e da nossa legislação ambiental?CH - CH - CH - CH - CH - O Brasil tem um arcabouço legal muito bom emtermos ambientais, invejáveis para muitos países vi-zinhos, portanto, não considero que o problema radi-que nas legislações, mas, sim, no cumprimento dasleis que estão em vigor, o que pode ser realizado commais rigor nas fiscalizações. Há falta de qualidade nosrelatórios de estudos de impacto ambiental e, nestesentido, a organização do setor pode melhorar esteprocesso mediante programas de capacitação. A cen-tralização do processo de licenciamento dificulta aagilidade. Em termos de legislação específica sobrebens e serviços ambientais, existe um projeto de leisobre o tema de 2010, mas que irá depender de umadefinição clara dos BSA relevantes para o Brasil. RRRRReportagem: Mirela Maria Vieiraeportagem: Mirela Maria Vieiraeportagem: Mirela Maria Vieiraeportagem: Mirela Maria Vieiraeportagem: Mirela Maria Vieira

Foto

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o

tecnologia

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A demora na liberação do licenciamento

ambiental é alvo de críticas pesadas do

setor produtivo no Brasil. As reclama-

ções vão do excesso de burocracia à insegu-

rança jurídica e falta de estrutura dos órgãos

ambientais. No contraponto, o arcabouço legal

brasileiro para o setor é considerado de bom

nível por especialistas no mercado de bens e

serviços ambientais (BSM), que projeta taxas

de crescimento entre 10% e 12% anuais. Os

problemas centrais, afirmam, são a excessiva

centralização dos processos de licenciamento

nos órgãos federal e estaduais, a falta de rigor

na fiscalização e de qualidade dos estudos apre-

sentados pelos empreendedores. Estes, na ava-

liação de consultorias ambientais consolidadas

há mais de uma década no mercado

catarinense, pecam por não integrar o conceito

de gestão ambiental integral ao planejamento

inicial do empreendimento. Também afirmam

que falta competência e seriedade a algumas

consultorias.

Em fevereiro deste ano, a Fundação de

Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma),

contabilizava sete mil processos de licencia-

mento ambiental, número que varia diariamen-

te pela entrada de novos pedidos nas 14

Coordenadorias Regionais e na central, em

Florianópolis. Do quadro de pessoal de 484

servidores, 110 destes lotados nas regionais,

366 técnicos acumulam a fiscalização e as

análises e pareceres dos processos de licen-

ciamento. Soma-se a isto, o atendimento de

solicitações e consultas do Ministério Públi-

co e da Justiça, decorrentes tanto da com-

plexidade da legislação ambiental quanto do

caráter quase sempre conflituoso das ques-

tões referentes ao meio ambiente, as quais,

Com taxa de crescimentode 10% ao ano, setor ainda

precisa desatar nós comoburocracia excessiva e baixa

qualidade dos estudos

CAPA

Licenciamento mercado

emexpansão

Gean LGean LGean LGean LGean LoureirooureirooureirooureirooureiroPresidente da Fatma

Foto

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o

Licenciamento

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CAPA

legalmente envolvem a participação direta das

comunidades que sofrerão os impactos do

empreendimento. “Mesmo que dobrássemos

hoje o número de técnicos, não conseguiría-

mos dar conta da demanda”, afirma o novo

presidente do órgão estadual, Gean Loureiro.

Neste contexto, os prazos previstos pelo arti-

go 38 do código ambiental catarinense dificil-

mente conseguem ser cumpridos em proces-

sos de maior impacto. Tal complexidade tam-

bém exige maior qualificação do quadro de

técnicos, o que se torna quase impossível

frente à demanda existente.

Além disso, segundo a Associação dos

Servidores do órgão (Afatma), falta estrutura

física e políticas de valorização profissional.

A Fundação tem apenas 115 veículos para

atender todo o estado, frota que a Associa-

ção afirma estar sucateada. Assédio moral e

atrasos no pagamento de diárias aos técni-

cos em trabalho de campo também estão

entre as denúncias frequentes da entidade.

Soma-se a este quadro, a demora do Estado

em chamar os aprovados no concurso de

2008: 50 foram efetivados somente no ano

passado.

Junte-se a este contexto, a demora dos

municípios em assumir as responsabilidades

delegadas pela Lei Complementar Federal

140/2011, a falta de qualidade dos estudos

ambientais encaminhados pelos empreende-

dores ao órgão estadual e as divergências de

interpretação do arcabouço legal do meio

ambiente e está instituído um quadro perma-

nente de conflito e empreendimentos parali-

sados.

RRRRReportagem: Mirela Maria Veportagem: Mirela Maria Veportagem: Mirela Maria Veportagem: Mirela Maria Veportagem: Mirela Maria Vieiraieiraieiraieiraieira

ambiental:

SAIBA MAIS

O licenciamento ambiental é uma obrigação legal prévia à instalação dequalquer empreendimento ou atividade potencialmente poluidora oudegradadora do meio ambiente e possui como uma de suas mais expressi-vas características a participação social na tomada de decisão, por meio darealização de Audiências Públicas.

O artigo 38 do Código Ambiental catarinense estabelece prazos de no máxi-mo três meses para a Fatma emitir a Licença Ambiental Prévia (LAP) e aLicença Ambiental de Instalação (LAI). O prazo para emitir a LicençaAmbiental de Operação (LAO) é de dois meses.

Licença Ambiental Prévia (LAP) - consulta de viabilidade, em que o empreen-

dedor consulta o órgão ambiental sobre a possibilidade de executar o em-preendimento projetado num determinado local. A LAP não autoriza a cons-trução da obra, apenas atesta sua viabilidade naquele local.

Licença Ambiental de Instalação (LAI) - emitida a LAP, o empreendedor deveapresentar em detalhes o projeto físico e operacional da obra e as medidaspara atender às condições e restrições impostas pela LAP. A obra só come-ça com a LAI expedida.

Licença Ambiental de Operação (LAO) - Ao final da obra, o órgão ambientalrealiza a vistoria local para verificar se foi construída de acordo com o proje-to apresentado e licenciado, principalmente em relação ao atendimento dascondições e restrições ambientais. Qualquer desacordo pode causar o seuembargo. Com tudo certo, é expedida a LAO e o empreendimento pode co-meçar a funcionar.

Estudos de Impacto Ambiental (EIA) - diagnóstico detalhado, realizado antesdo início do empreendimento, das condições ambientais da área de influên-cia do projeto. São analisadas as conseqüências de sua implantação, consi-derando-se o solo, o subsolo, o ar, as águas, o clima, as formas de vida, osecossistemas naturais e o meio sócio-econômico, seus impactos positivos enegativos, as medidas amenizadoras desses impactos e as formas de acom-panhamento e monitoramento.

Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente (Rima) - reflete todas as conclu-sões apresentadas no EIA. Deve ser elaborado de forma objetiva e possívelde ser compreendido pela comunidade, ilustrado por mapas, quadros, gráfi-cos, e outros recursos de comunicação visual.

ambiental:

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CAPA

E m plena semana de Carnaval, explo-

diu a crise provocada no Oeste do

Estado pela não renovação de licen-

ças ambientais de 733 suinocultores e avi-

cultores - setor que corresponde a 35% do

total de processos em tramitação na Fatma.

Sem a renovação das licenças, o sistema

financeiro se recusa a conceder créditos de

custeio ou de financiamento aos produto-

res, embora a LC 140/2011 estabeleça a

prorrogação automática da validade destas

licenças até que o órgão responsável emita

uma nova, desde que o pedido de renova-

ção seja feito 120 dias antes do prazo de

validade expirar.

O problema provocou uma reação

pública e a exigência formal de regulariza-

ção por parte dos Sindicatos de Suinoculto-

res, de Avicultores e da Federação das In-

dústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc)

ao governador Raimundo Colombo. A solu-

ção emergencial foi remanejar dois técni-

cos para auxiliar os cinco que atuam na

Coordenadoria da Fatma de Chapecó, res-

Setor é apenas umexemplo das

consequênciasnefastas de

problemas dosórgãos ambientais

com burocracia

14

ponsável pela fiscalização e emissão de li-

cenças no meio rural e urbano em 48 muni-

cípios da região. O paliativo, no entanto, “co-

briu um santo para despir outro”, deixando

a descoberto os procedimentos nos outros

setores, como a construção civil, nas áreas

urbana e rural. Também foi anunciada a con-

vocação de 40 técnicos aprovados no con-

curso realizado no final de 2012, mas sem

data ou locais de lotação dos novos servi-

dores definidas.

Outra medida anunciada por Gean

Loureiro neste caso foi a renovação do con-

vênio com o Sindicato da Indústria da Car-

ne e Derivados no Estado de Santa Catarina

(Sindicarne), nos moldes do que funcionou

até setembro de 2012, disponibilizando téc-

nicos terceirizados para vistoria das propri-

edades.

O novo presidente também pediu a

ajuda do Sindicato para implementar o pro-

cesso de municipalização dos licencia-

mentos ambientais, começando com o se-

tor em foco. (MMV).(MMV).(MMV).(MMV).(MMV).

Agroindústria sofreFoto: Divulgação

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parque industrial catarinense se des-

taca no cenário nacional na aplica-

ção de programas de gestão

ambiental. Segundo levantamento feito pela

Fiesc em 2009, 90% das grandes e 72% das

médias indústrias têm políticas de

gerenciamento de meio ambiente. Atual-

mente, todas as grandes indústrias do esta-

do possuem o Certificado ISO 14000, além

de outras certificações, como o Öko-Tex, do

setor têxtil, e o FSC, das de base florestal.

Este cenário se deve, em grande parte, ao

pioneirismo na oferta de serviços ambientais

pela Rede Senai/SC de Consultoria

Ambiental, por meio do Núcleo de Meio

Ambiente, sediado em Blumenau, que o

credenciou a integrar o Programa Senai de

Apoio à Competitividade da Indústria Brasi-

leira, lançado em abril do ano passado pela

Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Com isto, o Núcleo está em fase de

transição para se tornar Instituto de Tecno-

logia Ambiental e receberá investimentos

de R$ 9 milhões nos próximos cinco anos

para ampliação física e contratação de téc-

nicos. “Estávamos nos preparando para nos

transformar em Centro de Referência

Ambiental. Com o lançamento do Progra-

ma, fomos encaixados como Instituto, que

vai permitir a ampliação e otimização do

trabalho que já vínhamos fazendo”, explica

Senai/SC se prepara

referência nacionalPioneirismo e serviços oferecidoscredenciou unidade para integrar programada Confederação Nacional da Indústria

o coordenador do Núcleo/Instituto, Rodrigo

Bortoli.

As primeiras iniciativas do Senai/SC

na prestação de serviços ambientais remon-

tam ao final da década de 1980, quando

foram realizados estudos de avaliação hídri-

ca no parque dos frigoríficos do Oeste e, na

sequência, do setor têxtil, na região de

Blumenau, que resultou na instalação do pri-

meiro laboratório de análises do Núcleo/Ins-

tituto, o Laboratório de Análises de Águas e

Efluentes (Lanae). “Em meados da década

de 1990 começamos a trabalhar com

consultoria em projetos de implantação de

gestão ambiental, primeiramente nas indús-

trias do setor têxtil da região de Blumenau”,

relata. Hoje, são oferecidos serviços de con-

formidade legal e normativa, ecoeficiência -

um plus para as companhias que desejam

implementar programas ambientais - e ser-

viços complementares como programas de

educação ambiental, garantindo, além da

atuação dentro do que exigem a legislação

e as normas ambientais, otimização de de-

sempenho nos processos. “Isso resulta em

maior rentabilidade e fortalece a compe-

titividade tanto no mercado interno quanto

no externo”, assinala Bortoli.

ONDE ENCONTRAR

www.sc.senai.br

O

para ser centro de

CAPA

Foto

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ivul

gaçã

o

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16

CAPA

Ambiensfoca setores deportos e energia

Empresa nacionalizaatuação de assessoria

e gestão ambiental

om 12 anos de existência e mais de

700 projetos, 90% deles na área

condominial, a Ambiens Consultoria

Ambiental se prepara para disputar

prospecções nos setores de portos, petró-

leo e gás, fora dos limites do estado. Os

passos para nacionalizar sua atuação já

foram dados e, atualmente, a empresa con-

ta com um escritório no Rio de Janeiro,

presta serviços à Brasilinvest, em São Pau-

lo, e à Samarco, empresa de mineração

sediada no Espírito Santo. “Áreas como

petróleo e gás, que causam grandes im-

pactos ambientais, por exemplo, não são

significativas em Santa Catarina. Este será

um ano de grandes apostas da Ambiens”,

afirma o diretor técnico da empresa,

Emerilson Gil Emerim.

A experiência conquistada com um

trabalho profissional em assessoria e ges-

tão ambiental, segundo ele, credencia a

Ambiens a alçar voos mais altos no mer-

cado nacional. Pesa ainda na decisão do

empresário uma postura cultural de em-

preendedores locais ainda em descom-

passo com a expansão da “economia ver-

de”. “O que mais atrapalha o mercado

ambiental é a visão de que estudo

ambiental é formulário e órgão ambiental

é cartório. Este paradigma tem que ser

quebrado”, sintetiza.

CFo

tos:

Div

ulga

ção

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17

CAPA

De acordo com ele, os custos de um

estudo ambiental para licenciamento de

qualidade representam de 1% a 5% do to-

tal a ser investido no empreendimento. “Por

isso, não aceitamos planejamento fecha-

do de empreendimentos, pois o estudo

ambiental deve estar inserido desde o iní-

cio no projeto e é um processo complexo

que implica na mediação de conflitos dos

stakeholders (partes interessadas), com a

participação nas audiências públicas, por

exemplo”, descreve. Neste contexto, sur-

ge um dos principais problemas do mer-

cado ambiental catarinense, de acordo com

Emerim, o ‘facilitador’. “É a figura que faz

um estudo para licenciamento ‘bem bara-

to’, não sei se com a conivência ou não de

técnicos da agência ambiental”, comenta.

O problema, assinala, é reflexo da falta de

normatização para atuação dos profissio-

nais neste setor, decorrente do seu cará-

ter multidisciplinar.

Outro fator que prejudica o merca-

do de serviços ambientais, em sua avalia-

ção, é o tratamento alarmis-

ta dado a empreendimentos

que provocam impactos

ambientais mais visíveis.

“Impacto ambiental é comu-

mente confundido com cri-

me ambiental”, resume o di-

retor técnico da Ambiens,

que tem em seu portfólio,

clientes como o Complexo

Jurerê Internacional, para

quem realizou o Programa

de Recuperação de Degradação Ambiental,

iniciado em 2007, e o condomínio Terra

Nova Palhoça, para o qual realizou o estu-

do e o gerenciamento do licenciamento

ambiental. No setor de geração de ener-

gia, a empresa executa desde 2008 o moni-

toramento da fauna do complexo eólico

localizado no município de Água Doce, no

Oeste de Santa Catarina. (MMV)(MMV)(MMV)(MMV)(MMV)

ONDE ENCONTRAR

www.ambiensconsultoria.com.br

Emerilson Gil EmerimEmerilson Gil EmerimEmerilson Gil EmerimEmerilson Gil EmerimEmerilson Gil EmerimDiretor técnico da Ambiens

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18

CAPA

Empresa é citada em relatóriodo Ibama pela qualidade

do trabalho oferecido

Brasil deve investir cerca de R$ 500

bilhões em infraestrutura nos próxi-

mos dez anos. Portanto, podemos

falar em investimentos em serviços

ambientais neste setor correspondentes a,

no mínimo, R$ 50 bilhões. Já nacionaliza-

mos nossa atuação e queremos apenas li-

derar este mercado”. A afirmação é de

Antonio Odilon Macedo, Diretor de Ener-

gia e Meio Ambiente da Prosul - Projetos,

Supervisão e Planejamento Ltda, pioneira

no alinhamento de projetos de engenharia

de grandes obras de infraestrutura em San-

ta Catarina a aspectos ambientais.

Com uma trajetória que começou no

final da década de 1980, com as obras ro-

doviárias financiadas pelo Banco Intera-

mericano de Desenvolvimento (BID), que

já exigia que os projetos de engenharia con-

siderassem aspectos ambientais, o traba-

lho feito pela Prosul foi citado em entrevis-

ta do coordenador geral de infra-estrutura

de energia elétrica do Ibama, Thomaz

Miazaki de Toledo, em janeiro deste ano,

como prova do argumento da agência de

que os atrasos na liberação dos licencia-

mentos pela agência decorrem, na maio-

ria dos casos, da baixa qualidade dos es-

tudos apresentados pelos empreendedo-

res. O estudo feito pela Prosul, citado por

Toledo, permitiu que a licença prévia das

obras da linha de transmissão de energia

“O

Prosul aposta na

de 525 Kv, Salto Santiago (PR) - Itá (SC) -

Nova Santa Rita (RS), com extensão de

cerca de 500 Km, fosse expedida em tem-

po recorde: apenas 90 dias. A licença de

instalação foi liberada em cinco meses, ao

contrário da média mínima de 18 meses.

“Existem muitos mitos alimentados por

interesses algumas vezes questionáveis

com relação aos licenciamentos”, assina-

la Macedo.

Sem descartar a necessidade de

aparelhamento e fortalecimento das agên-

cias ambientais, ele credencia a maior

parte dos problemas durante os proces-

sos de licenciamento à falta de compro-

misso efetivo dos empreendedores com

a sustentabilidade ambiental e de serie-

dade e competência das consultorias. “Na

maioria dos casos, os investidores têm

uma visão equivocada em relação aos cus-

tos ambientais e fazem economia que gera

“deseconomia”, refletida nos atrasos de

operação e faturamento”, sintetiza. Ele

também refuta as críticas ao arcabouço

legal, usadas como justificativa tanto por

setores públicos quanto privados para os

freqüentes conflitos. “Os serviços estão

sendo demandados por existir uma legis-

lação e uma estrutura burocrática corres-

pondente. Se a legislação pode e deve ser

aprimorada, se a gestão pública ou priva-

da deve ser mais eficiente, não significa

que lei não deva ser seguida e os seus

trâmites respeitados”, ensina. (MMV)(MMV)(MMV)(MMV)(MMV)

ONDE ENCONTRAR

www.prosul.com

liderança de mercadoFo

to:

Div

ulga

ção

Antonio Odilon MacedoAntonio Odilon MacedoAntonio Odilon MacedoAntonio Odilon MacedoAntonio Odilon MacedoDiretor de Energia

e Meio Ambiente da Prosul

Page 19: 28ª Edição - Revista O Empresário

19

Page 20: 28ª Edição - Revista O Empresário

20

CONSTRUÇÃO CIVIL

P rimeiro residencial de alto luxo a ser

construído na Beira Mar Continental, o

Hamilton Araújo Top Residence tem

como proposta se destacar entre os de-

mais empreendimentos do segmento. Para

isso, conta com uma serie de diferenciais

que vão da localização privilegiada – que

garante facilidade de acesso e, sobretudo,

uma vista invejável da Ilha – ao cuidado dis-

pensado a cada detalhe implementado no

projeto arquitetônico, inspirado nos prédi-

os mais inovadores do mundo.

Recém-lançado pela Beco Cas-

telo, o empreendimento tem caracte-

rísticas marcantes, tanto nas áreas so-

ciais quanto em cada uma das unida-

des, que possuem plantas idealizadas

para atender as necessidades de mo-

radores exigentes e que buscam se-

gurança, sofisticação e conforto.

Em relação à segurança, aos

itens tradicionais o projeto agrega

componentes de última geração, o

que demonstra sintonia com as ten-

dências do mercado. De acordo com

Elídia Franke, geren-

te de vendas da

Beco Castelo, mere-

cem destaque o con-

trole de acesso com

scanner facial na por-

taria do condomínio,

controle remoto de acionamento dos

portões com botão de pânico, monito-

ramento estratégico de todas as áreas, cen-

tral de cadastramento de visitantes e

prestadores de serviço com registro de

acessos e infra estrutura completa para

operação remota da portaria. Além disso, o

condomínio possui gerador próprio de ener-

gia para as áreas comuns e elevadores.

Nas áreas de uso comum, lazer e

comodidade são garantidos com equipa-

mentos como piscina com raia, borda infi-

nita e deck molhado, sala de fitness com

aparelhagem de ponta e ampla sala de jo-

gos. Para os pequenos, espaço infantil de-

corado e mobiliado

Nos apartamentos, a equipe de pro-

jetistas investiu nos detalhes para garantir

a satisfação dos moradores. O Hamilton

Araújo dispõe de plantas com área entre 120

e 167 m2, com três e quatro dormitórios,

sendo duas ou três suítes. As unidades pos-

suem lavabo, áreas íntimas preservadas,

amplas salas de estar com vista total para o

mar, complementadas por sacadas de fren-

te para a Beiramar Continental, com chur-

rasqueira a carvão e o conforto de uma ba-

nheira spa para quatro pessoas.

No acabamento, persianas automa-

tizadas nos dormitórios, piso porcelanato,

infraestrutura para instalação de Split e

água quente, além de alguns confortos

Diferenciaisde luxo

Hamilton Araújo TopResidence, assinado pelaBeco Castelo, é oprimeiro empreendimentodo gênero na Beira MarContinental

Page 21: 28ª Edição - Revista O Empresário

21

CONSTRUÇÃO CIVIL

SAIBA MAIS

Hamilton Araújo Top Residence

Endereço: Rua Fúlvio Aducci, esquina com a ruaDr. Heitor Blum, com acesso tantopela Fúlvio Aducci quanto pela BeiraMar Continental

Número de pavimentos tipo: 17

Área dos apartamentos: 120 a 167 m2 de áreaprivativa

Vagas de garagem: 2 ou 3 vagas, com hobbybox

tecnológicos, como o controle inteligente

de iluminação interna e possibilidade de

controlar por smartphone todos os equi-

pamentos automatizados.

Todas as unidades são equipadas

com medidores individuais de água, e o

morador pode optar por duas ou três va-

gas de garagem, com hobby box individu-

al. “Temos certeza de que todo o cuidado

dedicado ao projeto resultou num empre-

endimento único, e o Hamilton Araújo Top

Residence já é considerado um ícone da

arquitetura contemporânea de Florianó-

polis”, afirma Elídia Franke.

ONDE ENCONTRAR

www.becocastelo.com.br

Page 22: 28ª Edição - Revista O Empresário

22

CONSTRUÇÃO CIVIL

Direcionado para os

negóciosA&A Philippi BusinessCenter, também da BecoCastelo, une versatilidadee funcionalidade

ocada nas pesquisas que colocam

Florianópolis entre as melhores cida-

des para se investir no Brasil, a Beco

Castelo movimenta o mercado imobiliário

comercial da capital com o lançamento do

A&A Philippi Business Center, um centro exe-

cutivo localizado em área privilegiada e com

valorização crescente. O novo empreendi-

mento começa a ser construído no Estreito,

a menos de 50 metros da Beiramar Conti-

nental, próximo a agências bancárias, res-

taurantes, comércio variado e com facilida-

de de acesso e deslocamento, característi-

cas essenciais em um empreendimento vol-

tado ao segmento comercial.

Na concepção do A&A Philippi

Business Center, a Beco Castelo empregou

conceitos que unem funcionalidade e versa-

F

Page 23: 28ª Edição - Revista O Empresário

23

SAIBA MAISSAIBA MAISSAIBA MAISSAIBA MAISSAIBA MAIS

AAAAA&A Philippi Business CenterA Philippi Business CenterA Philippi Business CenterA Philippi Business CenterA Philippi Business Center

Endereço:Endereço:Endereço:Endereço:Endereço: Rua Fúlvio Aducci, esquina com a ruaDr.Heitor Blum, com acesso tanto pelaFúlvio Aducci quanto pela Beira Mar Con-tinental

Área total construída:Área total construída:Área total construída:Área total construída:Área total construída:

Número de pavimentos tipo:Número de pavimentos tipo:Número de pavimentos tipo:Número de pavimentos tipo:Número de pavimentos tipo: 14

Metragem das salas: Metragem das salas: Metragem das salas: Metragem das salas: Metragem das salas: 62,69 a 91,7 m2

tilidade, que o qualificam como uma desta-

cada oportunidade tanto para investimento

quanto para a instalação de negócio próprio.

A fachada tem linhas contemporâneas e, as-

sim como suas características estruturais, foi

inspirada em projetos que representam o que

há de mais atual em tecnologia da constru-

ção de centros de negócio. As salas têm en-

tre 62,69 e 91,7m2, e as unidades contíguas

poderão ser integradas. Isso amplia conside-

ravelmente o leque de combinações de am-

bientes que o proprietário pode fazer.

Característica das construções

residenciais da Beco Castelo, o cuidado com

o acabamento foi incorporado também ao

empreendimento comercial, e as salas rece-

berão piso porcelanato, forros de teto em

gesso, lavabos com azulejo até o teto e pia

com bancada de granito e metais de qualida-

de. Além disso, seguindo o conceito de

disponibilizar ao cliente todas as condições

de incrementar o conforto e as potencia-

lidades de seu imóvel, toda a infraestrutura

para cabeamento estruturado e para instala-

ção individual de ar condicionado tipo Split

será entregue pronta pela construtora.

O projeto do A&A Philippi Business

Center possui uma sala de conferência que

será entregue mobiliada e equipada, gara-

gem privativa, estacionamento rotativo e ge-

rador próprio de energia para áreas comuns

e elevadores. De acordo com as caracterís-

ticas indispensáveis aos empreendimentos

comerciais, o condomínio terá controle de

acesso às áreas comuns, central de cadas-

tramento de visitantes e prestadores de ser-

viço com registro de acesso, monitoramento

estratégico de todas as áreas de acesso e

circulação, com câmeras IP de alta resolu-

ção e gravação inteligente.

“Todo o projeto foi desenvolvido para

converter o A&A Philippi Business Center no

melhor ambiente para a evolução dos negó-

cios de nossos clientes”, conclui Elídia Franke,

gerente de vendas da Beco Castelo.

ONDE ENCONTRAR

www.becocastelo.com.br

CONSTRUÇÃO CIVIL

Page 24: 28ª Edição - Revista O Empresário

24

CONSTRUÇÃO CIVIL

NegóciosConcrebras amplia atuação

Santa Catarina, mercadoestratégico para a empresa

tenta ao promissor mercado da

construção civil, que registra cres-

cimento médio entre 10 e 15% ao

ano, a Concrebras investe na moderniza-

ção de suas instalações e equipamentos

com o objetivo de aumentar a sua capaci-

dade de produção e ampliar o atendimen-

to em suas unidades catarinenses. Atual-

mente a empresa detém a liderança do

mercado local, e segundo o engenheiro

Marcelo Weinert, gerente da Concrebras,

o compromisso de manter essa posição

aliado ao crescimento do mercado gera

uma necessidade de investimento. “Foi

necessário implantar novas estratégias

para atendermos as demandas que se

apresentavam, dando continuidade a um

modelo de atuação focado no cliente e em

sua plena satisfação”, explica Weinert.

Para que todas as unidades se man-

tivessem no patamar de atendimento de-

sejado, diversos procedimentos foram

colocados em prática, com destaque para

o aumento da capacidade produtiva da

empresa. Assim, no segundo semestre de

2012 as unidades de Joinville e Itajaí pas-

saram por ampliações, garantindo uma

relação ainda mais eficiente entre deman-

da e capacidade de atendimento. Em

2013, será a vez das unidades de Floria-

nópolis e São José, sendo que em Flori-

anópolis as obras de ampliação foram

concluídas já no mês de fevereiro.

Em termos percentuais, o incre-

mento na capacidade de produção deve

alcançar uma média de 30%.

Essas modificações resolvem o que,

segundo Weinert, poderia se transformar

em “gargalo” ao longo de 2013. “Sabemos

que no início teremos uma certa ociosida-

de, porque ainda não há demanda para

absorver todo o potencial produtivo gera-

do pelo novos investimentos, mas, consi-

derando a sustentação do crescimento da

construção civil, nossa expectativa é de

estarmos preparados para atender o mer-

cado pelos próximos anos”, justifica.

Uma das pioneiras na produção e

venda de concreto na Grande Florianó-

polis, a Concrebras tem sede no Paraná e

atua no mercado catarinense há mais de

30 anos, e atualmente o concreto vendi-

do no estado corresponde a 50% da pro-

dução total da empresa.

ONDE ENCONTRAR

www.concrebras.com.br

A

em alta

Foto

s: D

ivul

gaçã

o

Marcelo WMarcelo WMarcelo WMarcelo WMarcelo WeinerteinerteinerteinerteinertGerente

Page 25: 28ª Edição - Revista O Empresário

25

CONSTRUÇÃO CIVIL

A expressiva expansão da pro-

dução da Concrebras é resultado de

um processo que se iniciou há cerca

de seis anos, estruturada a partir de

modificações no quadro organizacio-

nal, da criação de um plano de cargos

e salários além de uma série de incen-

tivos na formação e capacitação dos

gestores. Isso possibilitou a criação de

um comando bem estruturado, que se

traduz na baixa rotatividade verificada

nos cargos-chave da empresa.

Além disso, a Concrebras sem-

pre investiu pesado no incremento e

renovação de sua frota, que tem ida-

de média inferior a três anos.

Agora, segundo Weinert, com

investimentos mais efetivos na ampli-

Mudança organizacionaldá novo tom de gestão

ação da capacidade produtiva, a em-

presa aposta nos diferenciais de aten-

dimento e projeta, para 2013, um cres-

cimento sustentável.

De acordo com o Marcelo Wei-

nert, seguindo seu estilo próprio de ges-

tão a Concrebras identificou a demanda

que o mercado geraria e se preparou

para isso. “Nenhuma empresa consegue

adivinhar o futuro. O que fazemos é

montar uma equipe de pessoas com

competência para coletar e elencar in-

formações relevantes. Com isso, plane-

jamos investimentos e ações com me-

nores possibilidades de erro. Esse é o

segredo da gestão eficiente, comprova-

da através de indicadores operacionais

e de qualidade.”, finaliza.

Central JoinvilleCentral JoinvilleCentral JoinvilleCentral JoinvilleCentral Joinville

Page 26: 28ª Edição - Revista O Empresário

26

DECORAÇÃO & INTERIORES

CTrabalhoespecializadogarantefuncionalidade esegurança,transmitindocredibilidade aonegócio

Ambientescorporativos exigematenção especial

Grasiela IrisGrasiela IrisGrasiela IrisGrasiela IrisGrasiela IrisDesign de interiores

onsiderada por muitas pessoas um pas-

so importante na conquista da credi-

bilidade profissional, a abertura de um

escritório próprio é normalmente cercada por

uma série de dúvidas, relacionadas não ape-

nas à localização do espaço, mas também

aos detalhes para criar um ambiente ao

mesmo tempo aconchegante, funcional e

personalizado. Acrescente-se a essas carac-

terísticas, a necessidades de se adaptar aos

espaços cada vez mais reduzidos dispo-

nibilizados nos empreendimentos, e dificil-

mente as soluções surgirão sem que se re-

corra à ajuda profissional.

“Normalmente as pessoas acreditam

que estarão economizando ao fazer tudo por

conta própria, mas algumas vezes detalhes

comprometem o resultado, e isso pode pro-

vocar retrabalho, estender o prazo para a

finalização das tarefas e elevar o custo final,

além de gerar ansiedade e frustração no pro-

prietário”, explica a designer de interiores

Grasiela Iris, habituada a criar ambientes des-

tinados a empreendedores e jovens profis-

sionais.

De acordo com a profissional, defini-

ção de cores e materiais, disposição de

ambientes, projeto de mobiliário e contrata-

ção de mão de obra capacitada são etapas

relativamente simples para quem está acos-

tumado a este tipo de trabalho, mas que

podem ‘tirar o sono’ de quem se aventura a

cuidar de tudo. Para ela, o profissional tem

um olhar mais apurado e está acostumado

a identificar as potencialidades dos espaços,

propondo alternativas que se harmonizam

com o gosto, necessidades e possibilidades

do cliente. “A aparência de um lugar tem in-

fluência direta sobre as opiniões que forma-

mos a respeito de quem trabalha ali: impres-

sões como segurança, estabilidade e até

competência profissional podem ser trans-

mitidas pelas cores, harmonia e organização

do ambiente”, ensina Grasiela, que aponta

painéis e portas de correr como alternativas

para criar privacidade e facilitar a circulação

nas áreas reduzidas da maioria dos escritó-

rios atuais.

Materiais como gesso acartonado, vi-

dro e pisos laminados são materiais de rápi-

da instalação, deixando o ambiente pronto

para receber o mobiliário em pouco tempo.

Os móveis são, segundo Grasiela, os ele-

mentos que levam mais tempo para ficar

prontos, mas a partir do projeto bem elabo-

rado é possível estabelecer um cronograma

que permite finalizar as outras etapas en-

quanto o mobiliário está em produção.

ONDE ENCONTRAR

www.grasielairis.com.br

Page 27: 28ª Edição - Revista O Empresário

27

DECORAÇÃO & INTERIORES

Projeto personalizadoDesigner de interiores, Grasiela Iris irá desenvolver soluçõesespecíficas e gratuitas aos leitores de O Empresário

que parece simples pode se

transformar em problemas

de grandes proporções devi-

do à falta de experiência e de plane-

jamento. O que fazer em um espaço

vazio, de forma que se transforme

um ambiente funcional, onde cada

coisa tem seu lugar, e exista harmo-

nia independente do estilo do clien-

te ou da profissão que exerce?

A partir desta edição a revista

O Empresário desenvolve

A primeira proposta foi elaborada a partir da planta de uma sala com29m2, idealizada para um advogado em início de carreira, parceiro darevista O Empresário.

O

Usando os materiais já mencionados, Grasiela projetou um ambienteque comporta recepção, lavabo, copa e sala principal.

Uma divisória de gesso acartonado esconde a entrada do lavabo e limi-ta o ambiente da copa, que pode ser acessada tanto a partir da recepçãoquanto da sala principal.

Na recepção, projeto delimita espaços para uso da secretária e paraclientes.

A divisória com a sala principal é feita com portas de correr de vidro,ampliando o ambiente e facilitando a circulação. Persianas horizontais cum-prem o papel de garantir a privacidade durante os atendimentos.

Armários baixos atrás da mesa e uma estante emtoda a lateral da sala abrem espaço para guardar livros,arquivos e material de trabalho. No lado oposto da mesado profissional, Grasiela elaborou um “espaço coringa”,e o que foi originalmente concebido como um ambientede leitura, mais tarde, pode se transformar em local detrabalho para dois estagiários.

uma parceria com a designer de inte-

riores Grasiela Iris, e disponibiliza aos

leitores a oportunidade de ter seu

escritório projetado pela profissional.

A cada edição, partindo das

medidas do ambiente fornecidas pelo

leitor - com fotos e um croqui do es-

paço –, Grasiela desenvolverá gratui-

tamente um projeto adequado às ne-

cessidades, criando um ambiente de

bom gosto, com bom aproveitamen-

to de espaço e funcional.

(Mande o croqui de sua sala, com medidas e informações a respeitode suas necessidades para [email protected] [email protected]. Seu e-mail pode ser escolhido eo seu projeto elaborado. Ou entre em contato com a designer paramais informações).

Page 28: 28ª Edição - Revista O Empresário

28

H á cinco anos, os arquitetos Marcelo

Martins e Felipe Schneider começaram

uma parceria que alia projeto arquite-

tônico e de interiores à decoração, criando

ambientes exclusivos e funcionais decorados

aliada aoDupla de arquitetos Marcelo Martins

e Felipe Schneiderdesenvolve peças exclusivas

DECORAÇÃO & INTERIORESDECORAÇÃO & INTERIORES

Praticid

com peças produzidas por eles mesmos. A

união da praticidade com o inusitado marca

dos trabalhos executados pela dupla, conquis-

tou clientes da área comercial como o res-

taurante Yaah Cozinha Oriental, que os cha-

mou recentemente para reformar e redecorar

o ambiente projetado por eles em 2008, quan-

do foi inaugurado.

Um dos elementos da nova decora-

ção é um lustre criado por Schneider, com-

posto por 43 flores de origami protegidas

por verniz e fixadas em uma estrutura de

metal. No centro de cada uma delas, o arqui-

teto instalou uma lâmpada de LED, cujo efei-

to delicado e encantador pode ser visto da

rua onde se localiza, em Florianópolis. "Além

de exclusivo é inusitado. Esta é a nossa mar-

ca desde o princípio", resume Martins.

Sustentabilidade socioambiental e

"gentileza urbana" também são linhas mes-

tras do trabalho que realizam. "Em 2012,

atendemos à loja da Toyota, em Itajaí, tudo

feito sob as normas da ISO 14000. Para se

ter uma idéia, os funcionários da oficina

usam uniforme branco", comenta. Sobre a

"gentileza urbana", dois projetos arquitetô-

nicos no bairro Saco dos Limões, na Capi-

tal, foram aprovados pela prefeitura pelas

contrapartidas de adoção da praça local,

pintura da escola estadual do bairro e cons-

trução de um bicicletário público.

Os diferenciais, conforme Martins,

oneram os custos em cerca de 30% a 35%,

Foto

s: D

ivul

gaçã

o

Page 29: 28ª Edição - Revista O Empresário

29

DECORAÇÃO & INTERIORES

comparativamente aos projetos padrão,

mas agregam valores tangíveis e intangí-

veis para ambas as partes. Um exemplo

disso foi a escolha deles por um grande

grupo de fora do estado para projetarem

um centro empresarial, avaliado em R$ 2

milhões e com previsão de inauguração

para o final deste ano. O empreendimento

será construído na SC-401, em Florianó-

polis, sob concepção de total susten-

tabilidade ambiental. "A estrutura da obra

utilizará metal e vidro e na área externa ha-

verá um labirinto", antecipa Martins, sem

dar detalhes do que estão planejando para

a decoração. Também a nova loja da Harley

Davidson, que funcionará no Estreito, na

capital catarinense, terá a marca deles.

Enquanto estas novidades ainda não

estão concretizadas, vale a pena conferir al-

adeinusitado

guns trabalhos de

ambientação e de-

coração do portfó-

lio destes arquite-

tos, como o balcão

principal da rede

de confeitarias

Chuvisco, para a

qual criaram um forro com cara de confeito

de cupcake, ou a parede de molduras cola-

das no Churrasquim Espetinhos Gourmet,

todos na capital catarinense.

ONDE ENCONTRAR

www.smarq.com.br

DECORAÇÃO & INTERIORES

Page 30: 28ª Edição - Revista O Empresário

30

CASE DE NEGÓCIOS

Q uando adquiriu a então recém-criada

Modecol, há 35 anos, a ideia do empre-

sário Orlíndio da Silva era estruturar a

marcenaria e convertê-la em uma fábrica de

grande porte, distribuidora de móveis para

lojas especializadas. Cinco anos mais tarde,

mudou os planos e passou a investir no ob-

jetivo de se transformar na melhor empre-

sa no segmento de marcenaria de alta clas-

se da Grande Florianópolis, trabalhando ex-

clusivamente com

móveis sob medi-

da. “Observei o

mercado e há 30

anos estabeleci co-

mo meta fazer da

Modecol a melhor

Matéria-prima de primeira linha e acabamentode alto padrão marcam produtos da Modecol

Marcenariade qualidade

entre todas as marcenarias da região, e esse

é um processo que não tem fim. Apesar de

termos uma posição de destaque e reco-

nhecimento junto aos clientes, a evolução

constante é indispensável”, explica Silva,

que credita parte do sucesso de sua em-

presa ao fato de buscar a perfeição em cada

peça produzida.

Para garantir o melhor acabamento

no produto final, o empresário faz questão

de utilizar matéria-prima de alto padrão. Da

madeira de reflorestamento auto-clavada

utilizada na estrutura dos móveis, às tintas

e ferragens, tudo é escolhido levando-se em

consideração a qualidade do produto, mes-

mo que isso signifique um custo mais ele-

vado. Enquanto boa parte das marcenarias

utiliza ferragens de origem chinesa, por

exemplo, a Modecol importa mais de 80%

de suas peças da Áustria, considerada re-

ferência nesse tipo de material.

“O preço é consequência, mas nos-

sos móveis trazem valor agregado e são

direcionados a clientes que dão importân-

cia a isso”, justifica Silva, que faz questão

de que as peças sejam montadas pelo mes-

mo marceneiro que trabalhou em sua fabri-

cação. Essas práticas se traduzem em fide-

lidade por parte dos clientes, e com isso o

percentual de retorno chega a 80%. “A

Modecol tem essa característica, e em nos-

sa carteira temos clientes que estão com a

Orlíndio da Silva entre os filhosOrlíndio da Silva entre os filhosOrlíndio da Silva entre os filhosOrlíndio da Silva entre os filhosOrlíndio da Silva entre os filhos

Anna KAnna KAnna KAnna KAnna Karina, Analy Karina, Analy Karina, Analy Karina, Analy Karina, Analy Karolinearolinearolinearolinearoline

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Page 31: 28ª Edição - Revista O Empresário

31

CASE DE NEGÓCIOS

empresa há mais de 25 anos. Em alguns

casos, já mobiliamos o imóvel da terceira

geração de uma família, e para nós isso é

motivo de muito orgulho”, explica Anna

Karina da Silva Padilha, que, a exemplo de

dois de seus irmãos, trabalha com o pai,

Orlíndio, na condução da empresa.

De acordo com Anna Karina, que é

gerente de vendas e responde também pela

gestão da produção da marcenaria, o início

de 2013 foi atípico, não apenas em relação

à quantidade de peças na linha de produ-

ção, mas também no que diz respeito à

prospecção de vendas. Com isso já é pos-

sível projetar uma movimentação positiva

nos negócios até a metade do ano.

Ao longo de seus 35 anos, a Modecol

se firmou no mercado como uma empresa

familiar e registra um crescimento que Sil-

va classifica como sólido e constante, com-

provado pelas centenas de imóveis da Gran-

de Florianópolis que possuem em seus

móveis a etiqueta com a marca da empre-

sa . “Nunca tive pressa ou urgência em rea-

lizar as coisas. Conheço o mercado e apren-

di a dar importância ao que realmente faz

diferença no segmento dos móveis sob

medida, especialmente os de alta classe”,

justifica o empresário, que lista o cumpri-

mento de prazos, a organização e o atendi-

mento pós-venda, como itens que garantem

os diferenciais em relação à concorrência.

Sob medida paraclientes corporativos

De olho em uma fatia do mercado que procurava móveis sob

medida, mas com preços mais acessíveis, há cinco anos foi criada a

Marcenaria Catarinense, uma extensão da Modecol, destinada a tra-

balhar com uma linha onde qualidade e economia pudessem andar

juntas. “Nossa linha de produção estava sempre repleta, e deixáva-

mos de atender o segmento corporativo, que busca móveis sob me-

dida, com qualidade, mas não necessariamente de alto padrão”, ex-

plica Orlíndio da Silva, que apostou em uma nova empresa para su-

prir essa demanda.

Em pouco tempo, a Marcenaria Catarinense passou a atender

também, a clientes residenciais, e hoje a realidade do mercado colo-

ca lado a lado, em um mesmo imóvel, móveis da Modecol e da Mar-

cenaria Catarinense. “Não é raro que salas, cozinhas e lavabos – pe-

ças que tem alta visibilidade – sejam contratadas junto à Modecol.

Quartos, áreas de serviço e banheiros, são menos visados, e uma

linha mais econômica cabe melhor no orçamento da maioria das pes-

soas”, explica Anna Karina.

Para Orlíndio da Silva, é indispensá-

vel estabelecer metas e manter o foco na

forma de alcançá-las. “Quero ver a Modecol

completar 50 anos, sempre se destacando

no mercado”, finaliza.

ONDE ENCONTRAR

www.modecol.com.br

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Page 32: 28ª Edição - Revista O Empresário

32

CASE DE NEGÓCIOS

A té 2017, a internet, que hoje já é o se-

gundo meio mais utilizado para publici-

dade, vai superar a televisão, atualmen-

te na primeira colocação. Simultaneamente,

segundo estudo realizado pela GSMA

Association, que congrega mais de 800 ope-

radores de dispositivos móveis em 220 paí-

ses, o país terá 135 milhões de conexões

móveis em banda larga em 2014. Atualmen-

te, o Brasil já é o 4º maior mercado mundial

e o primeiro da América Latina em conexões

móveis ativas, conforme a Associação. Além

disso, os negócios em e-

commerce em território na-

cional registraram um cres-

cimento de 25% em relação

a 2011, e os m-commerce,

realizados por meio de dis-

positivos móveis, duplica-

ram, saindo de 5% para

10% do total das compras

feitas via rede virtual, de

acordo com a Câmara Bra-

sileira de Comércio Eletrô-

nico (Câmara-e.net).

É neste contexto que o empresário

Luiz Alberto Ferla, CEO de um grupo de

empresas totalmente digitais (confira os en-

dereços abaixo) prepara o lançamento da

Tech Front, voltada ao mercado de games

educativos e publicitários para dispositivos

móveis. “Os brasileiros são muito

conectados. São 85 milhões de pessoas,

usuários finais, conectados na rede. Só no

Facebook são 60 milhões. E, em menos de

dois ou três anos, estarão fazendo tudo dos

seus smartphones e tablets”, afirma o em-

presário, ancorado na experiência de quem

praticamente desbravou esse nicho e hoje

conhece a fundo os hábitos e a cultura dos

consumidores brasileiros. Este conhecimen-

to, diz ele, aliado à rede de relacionamentos

construída ao longo de 17 anos de atuação

no mercado digital, é um dos fatores decisi-

vos na disputa com as corporações interna-

cionais pelo mercado interno.

A Tech Front está sendo gestada com

base em R$ 15 milhões de investimentos

realizados pelas empresas de Ferla em pes-

quisa, desenvolvimento e inovação, e está

na fase de montagem da equipe, outros dois

ingredientes fundamentais para o sucesso

nesse setor, conforme o empresário. “Para

ter sucesso nos negócios digitais você pre-

cisa de uma equipe multidisciplinar, que in-

tegra várias especialidades, da informática

ao marketing, e capaz de oferecer produtos

inovadores pelo menos uma vez a cada se-

mestre”, resume ele.

Com projeção de faturamento global

do pool de empresas de R$ 70 milhões para

este ano, Ferla anuncia ainda o lançamento

da marca mãe para o grupo até abril. “Será

a primeira no Brasil construída de forma di-

gital, Lançamos um prêmio em fevereiro,

por meio de uma rede internacional, com

os conceitos que queremos para a nossa

marca e teremos propostas de todo o mun-

do”, afirma.

ONDE ENCONTRAR

Talk - www.talk2.com.br

Knowtec - www.knowtec.com

DDBR - www.ddbronline.com

KeepingUp - www.ebakana.com

Expansão do uso de conexões móveis é cenáriopara a criação da Tech Front, voltada aomercado de games educativos e publicitários

Futuro na

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LLLLLuiz Alberto Fuiz Alberto Fuiz Alberto Fuiz Alberto Fuiz Alberto FerlaerlaerlaerlaerlaCEO de grupo deempresas digitais

palma da mão

Page 33: 28ª Edição - Revista O Empresário

33

Page 34: 28ª Edição - Revista O Empresário

34

CASE DE NEGÓCIOS

D epois de fechar o ano de 2012 com

o lançamento de quatro novas

startups e um faturamento 26% mai-

or em relação a 2011, totalizando R$ 50 mi-

lhões, o grupo catarinense Nexxera prepa-

ra-se para descer do topo da pirâmide que

caracteriza sua cartela de clientes e lança,

ainda em março, a Nexxcity, voltada exclusi-

vamente às micro e pequenas empresas.

A nova startup demandará investi-

mentos de R$ 1 milhão em dois anos e ofe-

para o pequeno empreendedorNexxcity vai oferecer soluçõestecnológicas de gestão financeira ecorporativa no ambiente virtual

recerá as soluções tecnológicas de gestão

financeira e corporativa no ambiente virtual

de negócios desenvolvidas pelo grupo em

seus 20 anos de atuação no mercado. “Nos-

so objetivo é promover a inclusão digital do

micro e pequeno empreendedor, que terá

acesso a estas soluções com menos de R$

100,00 mensais. De maneira geral, eles não

têm como desembolsar R$ 100 mil para

montar a estrutura necessária para isso”,

afirma o presidente do Grupo Nexxera, Ed-

son Silva.

Precursora no mercado brasileiro em

tecnologia para integração de instituições

financeiras, o Nexxera tem atualmente mais

de 400 mil pontos de conectividade que in-

CASE DE NEGÓCIOS

Page 35: 28ª Edição - Revista O Empresário

35

CASE DE NEGÓCIOS

terligam em nuvem computacional a rede

de valor (clientes, fornecedores e bancos)

de organizações como Bradesco, Santan-

der, Itaú, Banco do Brasil, Caixa Econômi-

ca Federal, Walmart, GM, Bosch, Cemig,

Sadia e Tim.

A Nexxcity, destaca Silva, resulta de

dois fatores principais: os investimentos em

pesquisa e desenvolvimento de novos pro-

dutos - que foram ampliados em 30% só no

ano passado - e a prospecção de novos ni-

chos de mercado proporcionados pelo cres-

cimento econômico brasileiro. Pesa ainda

nesta equação, segundo o empresário, a res-

ponsabilidade socioambiental que caracte-

riza as ações da corporação que preside des-

de a sua fundação, em 1992.

Sobre esta premissa está ancorada a

outra novidade nos negócios do Grupo para

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o

Edson SilvaEdson SilvaEdson SilvaEdson SilvaEdson SilvaPresidente doGrupo Nexxera

2013, a Nexxpago,

direcionada ao potencial

empreendedor brasileiro

que contabiliza, segundo

Silva, 35% de micro e pe-

quenos empreendedores

sem acesso à conta ban-

cária. “A Nexxpago vai ofe-

recer uma solução basea-

da nos cartões pré-pagos,

tendo o celular como

interface e o cartão de plástico como alter-

nativas em locais onde a telefonia móvel

inexiste ou é ineficiente”, explica Silva, que

projeta para este ano um crescimento supe-

rior a 30% no faturamento do grupo.

ONDE ENCONTRAR

www.nexxera.com/pt/

SAIBA MAIS

O Grupo Nexxera investe cerca de 3% da receita líquida atual em projetos de respon-sabilidade social em comunidades da Grande Florianópolis, por meio do InstitutoNexxera. Cerca de mil pessoas já foram beneficiadas com os programas de inclusãodigital, capacitação e qualificação profissional de moradores em periferias; de inclusãopelo esporte, que desenvolve a prática esportiva para crianças e adolescentes; e peloFloripa Viva Hip Hop, que beneficiou recentemente a primeira turma com 76 alunos emoficinas desse estilo musical ajudando na transformação das comunidades envolvidas.Em 2010, iniciou a publicação dos Relatórios Anuais de Sustentabilidade, consolidan-do seu compromisso com a transparência organizacional preconizada pelas boas prá-ticas de governança corporativa.

Page 36: 28ª Edição - Revista O Empresário

36

CASE DE NEGÓCIOS

No ano em que completa 25 anos de

fundação, a Marmoraria Biguaçu co-

memora não apenas a conquista de

uma posição de destaque no mercado de

mármores e granitos na Grande Florianó-

polis, mas também o sucesso de um es-

tilo de administrar com foco na evolução

constante, nos investimentos em mão-

de-obra e equipamentos, no trabalho sé-

rio e na proximidade com o cliente. Tra-

ta-se de um modo de condução dos ne-

Empresa projeta dobrar estrutura eprodução nos próximos cinco anos

gócios implantado desde o início, quan-

do os irmãos Juvenal e Anselmo da Silva

criaram a empresa, e que é utilizado até

hoje.

Nesse intervalo de tempo, duas mu-

danças na sociedade modificaram a estru-

tura gerencial da empresa, que desde 2005

tem como diretor-presidente Valério da Sil-

va, filho mais velho de Juvenal. Para ele,

apesar de ter passado por momentos difí-

ceis, a empresa conseguiu prosperar, ex-

perimentando um crescimento considerá-

vel ao longo de sua história. “Consegui-

mos estruturar a empresa, torná-la compe-

titiva e, com simplicidade, muito trabalho

MarmorariaBiguaçu:25Anos

Page 37: 28ª Edição - Revista O Empresário

37

CASE DE NEGÓCIOS

Satisfação ao clienteorienta trabalho

e honestidade fomos conquistando nosso

espaço no mercado”, afirma.

Nos últimos sete anos, por exemplo,

a Marmoraria Biguaçu registrou um cres-

cimento de 130%, e hoje tem produção

média de 21,6 mil m2 por ano. Para ala-

vancar esse desempenho, especialmente

nos últimos dois anos, Valério da Silva in-

vestiu forte tanto na compra de equipamen-

tos quanto em treinamento e capacitação

de mão-de-obra. “Além da renovação da

frota, importamos da Espanha uma máqui-

na de corte totalmente automatizada e

completamos as aquisições para a linha de

produção com a instalação de uma ponte

rolante para manuseio das chapas. Para

operar as máquinas, tivemos que capaci-

tar nosso pessoal e com tudo isso tivemos

um salto na produção, passando de 600

m2/mês para 2,5 mil m2”, afirma o empre-

sário, que calcula ter investido cerca de

R$ 1 milhão nesse processo. (R(R(R(R(Reportagem:eportagem:eportagem:eportagem:eportagem:

LLLLLuciane Zuê)uciane Zuê)uciane Zuê)uciane Zuê)uciane Zuê)

ONDE ENCONTRAR

www.marmorariabiguacu.com.br

Mas é na relação com os clientes que a

Marmoraria quer deixar cada vez mais evidente seu

amadurecimento. A empresa contabiliza seis mil cli-

entes, com cerca de dois mil em atividade constan-

te, e investe na qualidade do acabamento de suas

peças como diferencial para ampliar ainda mais o

leque de atendimento. “Desde que a empresa foi

criada, meu pai sempre foi exigente com o acaba-

mento e me ensinou que o atendimento é a base de

tudo. Se um dos maiores desafios é manter ativa

nossa carteira de clientes, então temos que trabalhar para isso, com mão de

obra capacitada, variedade de materiais e custo coerente com o mercado”,

justifica Valério, que para aumentar a proximidade com o mercado consumidor

planeja, a médio prazo, a criação de um show room.

Concentrado no objetivo de manter o ritmo de crescimento da empresa,

Valério da Silva tem projetos ousados para os próximos anos, todos embasados

na qualidade e eficiência que, segundo afirma, marcam o desempenho da em-

presa. “Em cinco anos quero dobrar a estrutura e a produção da Marmoraria, e

melhorar ainda mais nosso desempenho no que diz respeito à pontualidade.

Não tenho pressa para fazer as coisas. Sei que é indispensável trabalhar sério e

saber aproveitar as oportunidades que o mercado oferece, e as consequências

aparecem”, conclui.

VVVVValério da Silvaalério da Silvaalério da Silvaalério da Silvaalério da SilvaDiretor presidente

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Page 38: 28ª Edição - Revista O Empresário

38

CASE DE NEGÓCIOS

esde que foi criada, em 1993, a Mon-

do Viagens e Turismo tem como pro-

posta se distinguir em um mercado

competitivo, a partir da oferta de serviços

especializados e personalizados, sempre

no sentido de suprir as necessidades e de-

mandas apresentadas pelo setor em des-

tinos como Nova Iorque, Miami, Londres

e Paris, justamente os preferidos dos bra-

sileiros. “Temos como objetivo garantir

conforto, comodidade e segurança a quem

procura nossa agência, e para isso

estamos sempre inovando, tanto na forma

de atendimento quanto na gama de servi-

ços oferecidos”, explica Marco Aurélio

Mondo, diretor da Mondo.

E foi com essa preocupação que

Marco criou na agência um setor exclusi-

vo para atendimento a empresas, com

plantão 24 horas e atendimento emergen-

cial via rádio e celular. Além de gerenciar a

compra de passagens aéreas, reservas em

hotéis no Brasil e no exterior, locação de

carro também na-

cional e internaci-

onal e traslados, a

Mondo oferece

uma alternativa de

autonomia às em-

presas que aten-

de. “Acredito que

no ambiente

corporativo nosso

grande diferencial

está possibilidade

de as pessoas credenciadas pela empresa

poderem, diretamente em nossa página na

internet, emitir suas próprias passagens

aéreas bem como efetuar reservas de hos-

pedagem, com faturamento ou por meio

de cartão de crédito”, afirma Marco, que

reúne no site da agência as principais em-

presas aéreas. Com essas iniciativas, a

agência firmou contratos com empresas de

Florianópolis, Joinville, São Paulo e Rio de

Janeiro e ampliou sua área de abrangência.

Para dar mais segurança ao sistema

de vendas online, que nos últimos dois

anos se destacou nos negócios da agên-

cia, a Mondo implantou um sistema de se-

gurança contra a clonagem de cartões de

crédito, aumentando confiabilidade desta

modalidade. “Com o atendimento pós-ven-

da, damos todo o suporte para solucionar

dúvidas, efetuar alterações de programa-

ção e solucionar eventuais problemas,

atendendo o que se hoje configura como

a maior fonte de reclamação de quem com-

pra pela internet, que é a falta de retorno”,

explica Marco.

Segundo ele, entre os produtos mais

procurados pelos clientes estão os paco-

tes de compra nos Estados Unidos, de

degustação de vinhos na Argentina e as tra-

dicionais viagens de férias para a Disney,

mas a observação do mercado fez com que

a equipe passasse também a investir na

organização e logística de feiras e eventos

e na formação de grupos para shows naci-

onais e internacionais.

De olho nas demandas e focado na

qualidade do atendimento, Marco Mondo

justifica a projeção de crescimento da agên-

cia para o ano de 2013 (entre 15 e 20%): “Tra-

balhamos pensando em diversidade, quali-

dade e competência, itens indispensáveis para

conquistar o mercado”, diz.

ONDE ENCONTRAR

www.mondoviagens.com.br

De SCpara o mundo

Mondo viagensinveste emdiferenciais paracrescer até 20%esse ano

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Page 39: 28ª Edição - Revista O Empresário

39

Page 40: 28ª Edição - Revista O Empresário

40

MERCADOMERCADOMERCADOMERCADOMERCADO

A startup Beercrew, um clube para amantes

de cervejas especiais, de Joinville, acaba de rece-

ber aporte de capital da HFPX Participações, tam-

bém da cidade. A

startup promove,

por meio de um

serviço de entre-

ga em domicílio,

degustação peri-

ódica de cervejas

de qualidade,

mas pouco en-

contradas no Bra-

Setor de vestuárioprecisa investir

Alimentaçãofast and fresh

A primeira unidade da rede norte americana Quiznos,

de alimentação fast and fresh, acaba de ser inaugurada no

Floripa Shopping, na Capital. Além de mais de 20 variações de

sanduíches (montados na hora) que têm entre 300 e 450 kcal e

são livres de gorduras transgênicas e conservantes, o estabe-

lecimento também possui saladas, sopas, sobremesas e bebi-

das. O franqueado é Evandro Cezar Santos, empresário

com experiência no ramo de alimentação e entretenimento

e proprietário, ainda, das casas Cervejaria Original e Duun

African Bar. Hoje são mais de três mil lojas em 30 países e, no

Brasil, a Quiznos também possui lojas no Distrito Federal, Goiás,

Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro. Em

www.floripashopping.com.br.

Para oferecer informações estra-

tégicas do setor de vestuário aos empre-

sários catarinenses, o Sistema de Inteli-

gência Setorial (SIS), um projeto do

Sebrae/SC, preparou um relatório de

análise com perspectivas do mercado

interno e externo. Os analistas recomen-

dam investimento no aumento da pro-

dutividade, que vai resultar em moderni-

zação de maquinários e sistemas, novos

processos produtivos e mão de obra

qualificada. Enquanto a China apresenta

uma perspectiva de redução no ritmo de

crescimento em 2013, e a economia da

Europa e dos Estados Unidos está em

fase de atenção, o Brasil deve ter um

crescimento econômico de 4%. “O País

apresenta, historicamente, uma taxa de

desemprego baixa, a renda do trabalha-

dor brasileiro está em crescimento e há

expansão de crédito no País. A conjuga-

ção destes fatores permite maior aces-

so da população ao consumo”, explica o

gestor do SIS, Douglas Luis Três. Em

www.sebrae-sc.com.br/sis.

Amantes de cervejasil. Além disso, na plataforma são compartilhadas

histórias, dicas de harmonização e degustação, mo-

dos e maneiras que tornem ainda mais prazerosa a

apreciação de uma boa cerveja. Além do aporte, a

HFPX participa com know-how e networking para

aprimoramento do sistema. Para o segundo semes-

tre, a Beercrew prepara o lançamento de um e-

commerce para a venda de cervejas especiais, com

rótulos exclusivos importados de diversos países.

O e-commerce estará disponível também para ce-

lular. Na foto, os sócios da Beercrew Rafael Couto

(E), Evandro Dutra, Gustavo Cardoso. Em

www.beercrew.com.br e www.hfpx.com.br.

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Page 41: 28ª Edição - Revista O Empresário

41

MERCADOMERCADOMERCADOMERCADOMERCADO

Casa Cor Santa Catarinaem dose dupla

Em 2013, a Casa Cor Santa Catarina terá ação inédita

no país, com a realização do evento em duas cidades, si-

multaneamente na avenida Beiramar, em Florianópolis, e

na Praia Brava, em Itajaí. Um único ingresso dará o direito

de visitar as duas sedes, independente da dada de compra.

Realizada de 18 de maio a 30 de junho, a edição desse ano,

terá, ao total, cerca de 45 ambientes, distribuídos em 3,5

mil metros quadrados. Empresas como Deca e Todeschini

(patrocinadores nacionais) e WOA Empreendimentos Imo-

biliários, Balaroti e Unilux (patrocinadores locais), estão en-

tre os expositores. Na foto, o Hotel Boutique, dos arquite-

tos Moacir Schmitt Jr. e Salvio Moraes Jr., eleito o Melhor

Projeto da edição 2012. Em www.casacor.com.br/

santacatarina.

Mercado de livros

O Florianópolis e Região

Convention & Visitors Bureau

(FC&VB) fechou o ano de 2012 com

resultado além do projetado. Foram

27 eventos conquistados no perío-

do, cinco a mais do número esti-

pulado no planejamento estratégi-

co. Na agenda, 17 deles serão dis-

tribuídos na alta temporada e dez

nos meses considerados mais cal-

mos para o turismo da cidade. Jun-

tos, vão garantir o desembarque de

mais de 59 mil pessoas na região.

O calendário de eventos é resulta-

do do trabalho realizado pela enti-

dade, que atua na projeção do des-

tino, na participação em feiras de

negócios e turismo – só em 2012

foram 11 Brasil afora e no exterior

também -, na disputa por grandes

eventos e na ampliação e organi-

zação do trade. A representação

das prestadoras de serviços para

o setor ganhou mais adesões. O

ano encerrou com o ingresso de 47

novas empresas integradas à rede

Florianópolis Convention. Em

www.florianopoliscvb.com.br.

Eventosem alta

Prestes a completar 50 anos, em outubro, Gru-

po Livrarias Curitiba – que reúne as redes Catarinense

e Curitiba – comemora o incremento de 22% na ven-

da de livros no varejo em 2012. Um dos destaques foi

trilogia erótica Cinquenta Tons de Cinza, da autora E.L.

James, com a comercialização de mais de 80 mil uni-

dades nas 21 lojas, enquanto a média de vendas naci-

onal de um bestseller gira em torno de 30 mil. No ano

passado, o montante de livros vendidos em toda rede

– que atua no atacado e varejo - chegou a 5,2 milhões

de exemplares, quantia 19,93% superior a 2011. Para

2013, a previsão é de chegar aos 5,7 milhões de uni-

dades. O grupo também investiu R$ 5,5 milhões na

abertura de duas novas megastores, uma no Conti-

nente ParkShopping, em São José, outra em Maringá

(PR). Para 2013, R$ 5 milhões serão investidos em outra

unidade, em Sorocaba (SP), e R$ 6,8 milhões na aqui-

sição de um terreno com 20,4 mil metros quadrados

em Curitiba, para sediar nova distribuidora e sede ad-

ministrativa. Em www.livrariascatarinense.com.br.

Page 42: 28ª Edição - Revista O Empresário

42

A rte pouco conhecida e raramente difundida

no Brasil, a ourivesaria fascinou o proprietá-

rio da Personalité, João Francisco Sobrinho,

aos 15 anos, quando conseguiu uma vaga de

office boy da joalheria H. Stern da capital paulista.

Cinco anos antes, ele havia realizado um dos seus

mais acalentados sonhos de infância, quando,

pela primeira vez na vida, sentou num banco es-

colar, depois que seus pais - um marceneiro e

uma dona de casa - decidiram pegar os sete fi-

lhos e deixar a pacata São João do Paraíso (MG)

para tentar a vida em São Paulo.

O fascínio do adolescente não passou

despercebido aos proprietários da joalheria e,

aos 19 anos, ele foi promovido a auxiliar de ou-

rives. Logo foi desafiado a criar e construir uma

peça, um pingente, que conquistou um cliente

e o alçou ao cargo de meio oficial de ourives.

Fez os cursos técnicos de cravação (corte de

pedras), gemologia (estudo de pedras precio-

sas) e de torneiro mecânico, que lhe permitiu

criar alianças torneadas. Em 1993, com 25 anos,

aceitou uma proposta de emprego em

Florianópolis, onde se graduou em História e

em Artes Visuais para aperfeiçoar sua arte.

Trinta anos depois do seu primeiro con-

tato com a ourivesaria, reuniu os irmãos, en-

tre eles um administrador de empresas e ou-

tro ourives como ele, e abriu uma pequena

oficina de prestação de serviços, criando e

Ex-office boy da H. Stern,João Francisco Sobrinho criou suaprópria marca de jóias, a Personalité

EMPREENDEDORISMO

A arte da

42

Page 43: 28ª Edição - Revista O Empresário

43

EMPREENDEDORISMO

“esculpindo” peças únicas e peças padrão,

como anéis de noivado e de formatura,

comercializadas por diversas joalherias em

todo o estado. “Eu estava bem feliz sendo

funcionário. Ganhava bem e não tinha dores

de cabeça, mas surgiu a vontade e a oportu-

nidade com a vinda dos meus irmãos para

cá”, diz. Em pouco tempo, negócio familiar

saiu dos limites da oficina e se transformou

em uma nova marca.

As peças são criadas e concretizadas

na pequena fábrica que funciona no centro da

capital catarinense e dali saem tanto para a

Personalité quanto para outras joalherias do

estado. Peças exclusivas podem variar de R$

600 a R$ 600 mil. A grande diferença é que

quem entra na joalheria do ourives mineiro terá

todas as informações sobre as jóias que lhe

despertem o interesse: do material aos pro-

cessos e técnicas utilizados. “Hoje, numa joa-

lheria comum, o máximo que os vendedores

conseguem informar aos clientes é o nome da

pedra ou se é de ouro ou prata”, lamenta.

E é por isso que o próximo sonho deste

ourives nascido na “terra do doce de marme-

lo”, é criar um curso de pós-graduação na área.

“A ourivesaria não é uma produção em série.

Exige conhecimento profundo sobre os mate-

riais, de onde vêm, e tem processos específi-

cos para cada material ser transformado numa

peça”, ensina.

RRRRReportagem: Mirela Maria Veportagem: Mirela Maria Veportagem: Mirela Maria Veportagem: Mirela Maria Veportagem: Mirela Maria Vieiraieiraieiraieiraieira

ONDE ENCONTRAR

[email protected]

Foto

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João FJoão FJoão FJoão FJoão Francisco Sobrinhorancisco Sobrinhorancisco Sobrinhorancisco Sobrinhorancisco Sobrinho

Page 44: 28ª Edição - Revista O Empresário

44

EMPREENDEDORISMO

Talento

Juliana Sales começou comoatendente do Outback e hoje

é proprietária do únicorestaurante da rede em SC

uem chega ao restaurante Outback

no Beiramar Shopping, em Flori-

anópolis, se depara com a placa aci-

ma da porta identificando nominalmente o

“proprietor”. A tradução literal da palavra

inglesa, no entanto, não comporta seu sig-

nificado real para a mulher morena clara

que recebe os clientes e cujo sorriso con-

vida a entrar e dar uma pausa no estresse

cotidiano tomando um copo de chopp ou

uma taça de vinho, acompanhado de um

delicioso steak ou um prato de massas,

com molhos especiais, tudo elaborado com

o mesmo cuidado e carinho da cozinha ca-

seira. “Ter um negócio próprio era um so-

nho meu e da minha mãe. Porém, devido a

problemas de saúde dela, não consegui-

mos realizar juntas. Dei continuidade aos

planos e o Outback é a realização desse

sonho”, traduz Juliana Sales, sócia-propri-

etária do único restaurante da rede em

Santa Catarina.

Paulista, já na adolescência vivida na

região do Grande ABC, Juliana demonstra-

va uma capacidade nata de liderança em

ambientes competitivos, com objetivos

definidos e muita determinação para

alcançá-los. “Nunca esperei soluções pron-

tas. Aos 16 anos precisava de dinheiro para

os estudos e comecei a trabalhar como

instrutora de informática”, diz ela. Quando

começou a cursar a faculdade de Adminis-

tração em Comércio Exterior, percebeu que

era essencial ter fluência em outra língua e

Qpara comandar

Juliana SalesJuliana SalesJuliana SalesJuliana SalesJuliana Sales

Page 45: 28ª Edição - Revista O Empresário

45

EMPREENDEDORISMO

decidiu viajar para Londres para

estudar inglês. Apesar da sur-

presa ao ver a jovem de 19 anos

com a bagagem pronta para par-

tir, a atitude encheu a mãe de

orgulho e de alegria. “Mesmo

quando não aprovava as minhas

decisões, ela nunca me impe-

diu de nada e sempre soube me

mostrar as dificuldades de cada

caminho”, relembra Juliana. O

ano vivido fora do país, com fa-

ses ruins e muitas dificuldades,

ensinou a menina-mulher a “va-

lorizar o trabalho que tinha”.

De volta ao Brasil, foi mo-

rar sozinha na capital paulista,

voltou a trabalhar como instru-

tora de informática e ainda con-

seguiu ingressar na Itautec,

como vendedora. Aos 22 anos,

foi promovida à gerente comer-

cial da empresa e simultanea-

mente iniciou sua trajetória no

Outback, trabalhando nos finais

de semana como atendente.

Durante um ano, aliou as duas

atividades, até que decidiu ficar

só no restaurante.

Em 2005, foi convidada

pelo sócio-proprietário do

Outback de Porto Alegre a par-

tir para novos desafios. Lá, as-

cendeu rapidamente e, em 2011, foi avali-

ada como opção para operar o restaurante

em Florianópolis. No dia 8 de maio de 2012,

Juliana Sales e seu sorriso cativante

recepcionaram, pela primeira vez, os clien-

tes do seu restaurante na capital cata-

rinense.

RRRRReportagem: Mirela Maria Veportagem: Mirela Maria Veportagem: Mirela Maria Veportagem: Mirela Maria Veportagem: Mirela Maria Vieiraieiraieiraieiraieira

ONDE ENCONTRAR

http://www.outback.com.br

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SAIBA MAIS

O Outback no Brasil é resultado de joint venture entre umgrupo de brasileiros e os controladores do OutbackSteakhouse International. Até o final de 2012, totalizava 41lojas em todo o país, em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília,Porto Alegre, Goiânia, Belo Horizonte, Salvador, Curitiba,Vitória, Florianópolis e Recife. Os restaurantes não são fran-quias, pertencem à própria companhia que admite um únicosócio como empreendedor para operar o negócio, com to-das as responsabilidades inerentes à sua posição. Emcontrapartida, o operador selecionado recebe um pró-laborefixo e uma porcentagem dos resultados. 60% dos sócios pro-prietários são ex-funcionários da rede.

Page 46: 28ª Edição - Revista O Empresário

46

CRÉDITO

A mais nova modalidade de financiamen-

tos oferecida pela Agência de Fomento

de Santa Catarina (Badesc) é considera-

da uma linha de crédito diferenciada, não

apenas pelo acesso via internet dos clientes,

mas também pela redução do número de

documentos necessários para a contratação

do financiamento. O Badesc Fácil, que ofere-

ce créditos entre R$ 15 mil e R$ 100 mil, en-

trou em operação em janeiro e, antes ainda

de completar dois meses já registrava sete

mil visitas ao site, das quais 698 se converte-

ram em propostas de financiamento.

“Como agência de fomento, nosso

objetivo é estimular a economia em todas

as regiões do Estado. Com essa modalida-

de de crédito queremos chegar também aos

municípios que não conseguimos acessar,

e que talvez sejam os que mais precisam

dessa ajuda”, explica Luiz Antônio Ramos,

vice-presidente e diretor de Operações do

Badesc. “Por meio do site, disponibilizamos

ao empresário uma linha de crédito 24 ho-

ras por dia, sete dias por semana”, comple-

ta Ricardo Moriguti, gerente de Operações

Especiais do Badesc.

A proposta é feita via internet. No site

específico da linha de financiamentos, o in-

teressado preenche um formulário e faz uma

simulação da proposta. O próprio sistema já

faz uma análise de crédito e lista os docu-

mentos necessários para a comprovação das

informações. Moriguti calcula que com to-

dos os dados em mãos, o preenchimento

da proposta demora cerca de 20 minutos, e

desconsiderando o prazo de trânsito de do-

cumentos, o processo se completa em qua-

tro ou cinco dias.

O processo de implantação do

Badesc Fácil teve início em abril de 2012, e

no seu desenvolvimento a agência

catarinense utilizou a experiência do Banco

de Desenvolvimento de Minas Gerais

(BDMG), que pratica essa modalidade há al-

gum tempo. “Trata-se de uma economia três

vezes maior do que a catarinense, e eles fe-

charam o ano de 2012 com três mil proces-

sos. Nossa meta para este primeiro ano é

chegar a mil operações, com valor médio de

R$ 50 mil por financiamento efetuado”, com-

para Ramos.

Pelos valores oferecidos, a nova linha

disponibilizada deve atender basicamente a

microempresário, mas não há restrição de

setor ou porte de empresa contratante. Para

Moriguti, o Badesc Fácil vai ajudar, inclusi-

ve, a quebrar o conceito de que o Badesc se

destina apenas a grandes empresas ou que

o acesso às suas linhas de crédito é muito

complicado. “O ‘Fácil’ é um conceito. E é re-

volucionário não apenas na forma de aces-

so e na agilidade, mas também na proposta

de desburocratização, e isso passa por uma

mudança de cultura, interna inclusive. Base-

ados nas dúvidas e questionamentos que

chegam à nossa central de atendimento já

temos uma demanda para fazer algumas

modificações e facilitar ainda mais o proces-

so”, explica.

Para aumentar a capilaridade da linha

de crédito, o Badesc vai credenciar contado-

res que atuarão como correspondentes, re-

cebendo remuneração de 0,75% do valor da

operação contratada. “Acreditamos que com

a entrada dos contadores no processo, alcan-

çaremos maior eficácia, atingindo aproxima-

damente 30% de propostas efetivadas em

relação às consultas. Hoje esse percentual é

de 10%”, afirma Ramos.

ONDE ENCONTRAR

www.badescfacil.com.br

Badesc tem linhade financiamentocom propostafeita pela internete com menosdocumentosexigidos

Dinheiromais fácil

Foto

: D

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gaçã

o

LLLLLuiz Antônio Ramosuiz Antônio Ramosuiz Antônio Ramosuiz Antônio Ramosuiz Antônio RamosVice-presidente e diretor

de Operações do Badesc

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47

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48

ARTIGOARTIGOARTIGOARTIGOARTIGO

Depois de muito tempo sen-do almejado especialmente por em-presários, o Brasil finalmente realizouem 2012 um processo de reduçãoda taxa de juros. Isso trouxe muitasvantagens, especialmente paraquem precisa tomar dinheiro em-prestado para por em prática seusprojetos. Mas o rendimento dos in-vestimentos nunca foi tão baixo.

O brasileiro está acostumadocom apostas tradicionais, normal-mente disponíveis no banco em quetem relacionamento. A maioria utili-za caderneta de poupança e fundos com rentabili-dade atrelada ao CDI. Com a taxa de juros em pata-mares elevados, os investidores viam seu dinheirocrescer, sem muito esforço ou grandes oscilações.

Entretanto, com a queda da taxa de juros arentabilidade de investimentos tradicionais deixoua desejar. Muitos ficaram, inclusive, abaixo da infla-ção. Como o cenário de juros altos ficou para trás,as tradicionais modalidades conservadoras perde-ram espaço para as de maior risco na preferênciados investidores. Obrigatoriamente, quem quiserganhar mais vai ter de assumir risco.

Assim se destacam os fundos multimercadosque, diferente dos investimentos tradicionais, po-dem investir de várias formas, optando pela melhorestratégia de acordo com o panorama econômico.Os multimercados conseguem aplicar no que é maisvantajoso no momento, tornando-se alternativasinteressantes em cenários econômicos incertos oucom poucas opções rentáveis.

Investimentos no Brasil dos juros baixosApesar de mais arriscados, os

multimercados fazem operações protegi-das, criando e mantendo limites de perdabem definidos. São esses limites que de-terminam a rentabilidade dos fundos:quem assume mais risco normalmente vaiobter melhores retornos. Mas, por nãorenderem de maneira linear, o investidordeve estar preparado para oscilações aolongo do tempo.

Portanto, o investidor deve conhe-cer muito bem o próprio perfil, os objeti-vos e o horizonte de tempo dos investi-mentos. Isso é muito importante para evi-

tar desconforto e resgates na hora errada. O segundodesafio é escolher bons gestores, que não estão embancos. Apesar de normalmente iniciarem a carreiraem banco, os gestores que se destacam optam porgerir seus próprios fundos.

Como isto exige conhecimento e tempo, o ide-al é o aconselhamento de um profissional especializa-do, credenciado para o exercício da função de consul-tor e que atue de forma isenta, sem vínculo com insti-tuições financeiras. A atuação desses profissionais émuito comum em mercados mais maduros e, semdúvidas, o ganho de rentabilidade com o investimentodos recursos da forma correta vai pagar com folga acontratação desse profissional.

Alexandre Amorim Alexandre Amorim Alexandre Amorim Alexandre Amorim Alexandre Amorim Analista de Investimentos CNPI, consultor de valores

Mobiliários credenciado pela CVM e sócio da Par MaisPlanejamento Financeiro

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49

Entre as diversas medidasinstituídas pelo Plano Brasil Maior,foi editada a Lei 12.546/2011, quevisa uma maior desoneração sobrea folha de salários e demais rendi-mentos pagos a autônomos, admi-nistradores, trabalhadores avulsose individuais. A legislação altera abase de cálculo e alíquota das con-tribuições destinadas à seguridadesocial. Até 31 de dezembro de2014, empresas de segmentosespecíficos passarão a recolheraté 2,5% sobre a receita bruta a tí-tulo de contribuição à seguridadesocial (patronal), ao contrário dos usuais 20% sobrea folha de pagamento. Dentre os setores, desta-camos: autopeças, ônibus, naval, aéreo, “designhouses” (chips), móveis, plásticos, materiais elétri-cos, bens de capital - mecânico, hotéis, têxtil, con-fecções, couro e calçados, tecnologia da informa-ção e call center.

A lei diz que, até 2014, as empresas contri-buirão com 2% sobre o valor da receita bruta, excluí-das as vendas canceladas e os descontos incondi-cionais concedidos em substituição à contribuiçãoanterior. Da mesma forma, lei também determinaque a contribuição será de 1% sobre o valor dareceita bruta, excluídas as vendas canceladas e osdescontos incondicionais concedidos, para as em-presas que fabricam os produtos classificados naTipi, aprovada pelo Decreto no 7.660.

Tendo em conta as características do “novo”tributo, que possui incidência similar a outros tribu-tos conhecidos, podemos concluir pela existên-

Contribuição previdenciáriacia de outras verbas que, muito embo-ra não reconhecidas pela legislação,poderiam ser excluídas da base de cál-culo da contribuição, via medida judici-al própria, tais como tributos inseridosno “preço” da mercadoria ou serviço(ICMS, ISS, IPI, PIS e COFINS),

Devoluções de mercadorias,bonificações, operações de circulaçãode mercadorias para a Zona Franca deManaus e Operações de circulação demercadorias realizadas dentro da ZonaFranca de Manaus.

Nos casos em que a empresa,contrariamente ao pretendido pelo Go-

verno Federal, tenha sofrido um incremento nos seusrecolhimentos da Contribuição Previdenciária, é pos-sível pleitear-se, judicialmente, o retorno ao regime an-terior.

Por fim, destacamos que a redução no valor dearrecadação previdenciária é de 46,4% para os seg-mentos econômicos incluídos no art. 7º e de 35% paraos abrangidos pelo art. 8º da Lei nº 12.546/2011. Essaperda corresponde, em valores atualizados para 2012,a R$ 1,68 bilhão para os segmentos desonerados peloart. 7º e a R$ 5,38 bilhões para os desonerados peloart. 8º, totalizando R$ 7,06 bilhões para o conjuntodessas empresas, em valores correntes de 2012, con-forme dados da ANFIP - Associação Nacional dos Au-ditores Fiscais da Receita Federal do Brasil.

André Eduardo DantasAndré Eduardo DantasAndré Eduardo DantasAndré Eduardo DantasAndré Eduardo DantasAdvogado tributarista e sócio do escritório Gasparino

Advogados

ARTIGOARTIGOARTIGOARTIGOARTIGO

Page 50: 28ª Edição - Revista O Empresário

50

AUTOMÓVEIS

Omês de abril marca o lançamento nacio-

nal do Peugeot 208, novo modelo com-

pacto da marca, que chega ao mercado

nacional menos de um ano após seu lança-

mento mundial, e evidencia, mais uma vez,

o cuidado característico que a montadora

dispensa ao acabamento de seus veículos.

O Peugeot 208 tem design moderno

e atraente, totalmente sintonizado com o

estilo contemporâneo que a montadora tem

utilizado em seus modelos mais recentes,

e se destaca muito dos demais modelos de

seu segmento. O 208 tem uma aparência

mais robusta, mas os detalhes formam um

conjunto harmônico que fez sucesso junto

ao público durante o Salão Internacional do

Automóvel, que aconteceu no final de 2012,

em São Paulo. A lateral do carro tem um

desenho limpo e as lanternas traseiras pos-

suem um diferenciado formato de bume-

rangue.

Mas é no interior que o 208 deve sur-

preender. De acordo com Gilmar Fachini,

diretor comercial da Florence, concessioná-

ria Peugeot em Florianópolis, o modelo par-

te de uma proposta totalmente inovadora,

com painel elevado, volante com posição,

tamanho e formato diferenciados, além de

itens de conectividade nunca antes encon-

trados em um modelo compacto. “Trata-se

de uma proposta totalmente inovadora em

termos de interior, considerando-se tanto os

materiais de acabamento quanto a ergono-

metria, A Peugeot segue o conceito de cons-

truir o carro de dentro para fora, pensando

primeiramente no bem estar do motorista

Novo modelocompacto émais robusto,com interiorinovador

chega ao mercadocatarinense

Peugeot 208

Page 51: 28ª Edição - Revista O Empresário

51

AUTOMÓVEIS

e passageiros”, explica ele. Com a eleva-

ção do painel, instrumentos e informações

são visualizadas sobre e não mais por en-

tre o volante, significando segurança e fa-

cilidade de acesso.

O modelo de série vem com motor

1.5, que proporciona maior economia e re-

gistra baixa emissão de poluentes. Essas

características seguem um conceito vol-

tado ao cuidado com o meio ambiente, e

atendem inclusive às exigências do mer-

cado europeu, que é muito mais exigente

que o brasileiro nessa área. Entre os itens

de segurança, air bag duplo e freios ABS,

além de três anos de garantia.

Em relação aos itens opcionais, o

208 oferece teto panorâmico, central

multimídia touch screen, GPS e bluetooth.

Fotos: Divulgação

Page 52: 28ª Edição - Revista O Empresário

52

A versão top de linha apresenta câmbio au-

tomático e motor 1.6.

Segundo Fachini, as primeiras unida-

des do 208 estarão à venda a partir de 13

de abril, mas a partir da segunda quinzena

de março a concessionária já estará rece-

bendo reservas dos clientes interessados.

A expectativa de vendas do modelo é bas-

tante promissora, uma vez que Florianópolis

tem um comportamento diferenciado da

média do mercado, justificado principalmen-

te pelo nível de escolaridade, periodicidade

de viagens para o exterior e conectividade

com as novidades. “O comportamento da

marca na capital normalmente corresponde

ao dobro do número de vendas do merca-

do nacional. Com o 208 não deve ser dife-

rente”, finaliza Fachini.

ONDE ENCONTRAR

www.peugeotflorence.com.br

Premier:para poucos

Para comemorar o lançamen-

to do 208, a Peugeot lançou a serie

Premier, limitada a 208 unidades dis-

ponibilizadas a clientes selecionados

pela própria montadora, e que rece-

berão o veiculo um mês antes do lan-

çamento oficial.

A serie é personalizada e entre

os itens exclusivos estão uma cor es-

pecial fosca e rodas de 16 polegadas.

No interior, bancos que mesclam teci-

do e couro, pedais em alumínio e a

numeração da unidade no painel. O

número cinco já pertence ao procura-

dor de Justiça Basílio Elias De Caro,

único cliente Peugeot de Florianópolis

escolhido para adquirir o modelo.

O 208 é o quinto veículo da

Peugeot comprado por De Caro, que

afirma ter levado em consideração a

relação custo-benefício no momento

em que decidiu se candidatar para a

compra. "Acredito que nesse segmen-

to a Peugeot possui os carros mais

bem acabados e com a maior quanti-

dade de itens de fábrica. São veículos

com materiais de qualidade diferenci-

ada. Nunca tive queixas em relação a

consumo, manutenção e motor, e

classifico o conforto do carro como

um diferencial que merece destaque",

explicou De Caro, que vai presentear

o filho mais novo com o 208 Premier.

AUTOMÓVEIS

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OPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃO

Certa vez me pergunta-ram se a sociedade merece oJudiciário que tem. Eu res-pondi que sim. O Judiciário éa própria sociedade em mo-vimento, nua e crua. Talvez,por isso, ele inspire no brasi-leiro um sentimento ambíguode amor e ódio. Por um lado,o brasileiro aprecia ouvir efalar de tudo o que diz respei-to ao universo do Judiciário.Por outro, é severo e duro aocriticá-lo. O Judiciário é o pró-prio espelho da sociedade, por isso, às ve-zes, exerce um forte magnetismo sobre obrasileiro e, outras, o incomoda tanto.

O brasileiro, ao criticar tanto o Judiciá-rio, fala de si próprio. Revela de um ladoquanto lhe angustia tanta injustiça no meiosocial e, de outro, toda a sua frustração, asua sensação de impotência frente à perpe-tuação deste quadro. Há tanta coisa a ser“consertada”: pobreza, saúde, habitação,saneamento, educação, segurança, abusoseconômicos etc. Alguém tem que fazer al-guma coisa! Ora, isso tudo a lei não diz quesão direitos? O Judiciário que os assegure...

Poder Judiciário: o espelho da sociedadeInfelizmente não é possí-

vel acabar com esses proble-mas por decreto e nem pelasentença de nenhum juiz, pormais que também esse o de-sejasse. Só com o trabalho,com o dinamismo e acriatividade da coesão socialesse cenário pode mudar. OJudiciário, sem dúvida, é umgrande aliado da sociedade,mas jamais poderá substituir oprotagonismo indispensáveldaquela. Enfim, a inquietação,

demonstrada paradoxalmente pela busca e, aomesmo tempo, pela repulsa ao Judiciário, lon-ge de trazer preocupação deve nos servir dealento. É sinal de que já houve o despertar dasociedade para os seus graves problemas esobre a necessidade inadiável de enfrentá-los.Esse é o primeiro passo para superá-los. Equando isso acontecer, não haverá cidadão al-gum que não se orgulhe do Judiciário que teme da sociedade em que vive.

Juiz Sérgio LJuiz Sérgio LJuiz Sérgio LJuiz Sérgio LJuiz Sérgio Luiz Junkuiz Junkuiz Junkuiz Junkuiz JunkesesesesesPresidente da Associação dos Magistrados

Catarinenses (AMC)

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OPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃO

Com quase 25 anos de atraso, San-ta Catarina vai instituir a Defensoria Públi-ca Estatual, em cumprimento ao art. 134da Constituição Federal de 1988. Não es-pontaneamente, mas em obediência àdecisão do Supremo Tribunal Federal,prolatada no início de 2012.

Criada pela Lei Complementar Es-tadual nº 575, de 2 de agosto de 2012, aDefensoria Pública operará, inicialmente,com 60 defensores públicos e 90 servi-dores, números que se mostram, de an-temão, irrisórios para atender toda a po-pulação vulnerável catarinense. Para quea instituição desempenhe sua função constitucional, éurgente a criação, por lei, de novos cargos de defenso-res e servidores.

Conforme preceitua a Constituição Federal, aDefensoria Pública constitui uma instituição essencial àfunção jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orienta-ção e defesa jurídicas em todos os graus dos necessita-dos, assim definidos como aqueles cuja situação econô-mica não lhes permita pagar as custas processuais e oshonorários de advogado, sem prejuízo do sustento pró-prio ou da família.

Em verdade, trata-se de um eficaz instrumentode ampliação e democratização do acesso à Justiça,indispensável ao Estado Democrático de Direito, so-bretudo num país marcado pela desigualdade social.É por isso que a Carta da República erigiu ao status de

Defensoria Pública em Santa Catarinagarantia fundamental a assistência ju-rídica integral e gratuita aoshipossuficientes, a ser prestada pelasdefensorias públicas.

No entanto, em descumprimentoà Constituição, ela vinha sendo presta-da, em Santa Catarina, por meio de con-vênio com a OAB, em sistema de no-meação, por sorteio, de advogadosdativos para atuarem nos litígios judici-ais. Não havia, assim, assistência jurídi-ca integral, mas mera assistência judici-ária (em processos judiciais), ficando oshipossuficientes despidos de assistên-cia extrajudicial, como na celebração de

acordos e em processos administrativos, e de orientaçãojurídica em geral, incluindo na celebração de contratos, oque vem a ser suprido pela Defensoria Pública.

Por fim, cumpre advertir que a instituição de umaDefensoria forte beneficia não apenas a população caren-te, mas a sociedade como um todo. A propósito, se jáestivesse operante com eficiência a Defensoria, que temtambém por atribuição atuar permanentemente nos presí-dios, é de se questionar se Santa Catarina seria manchetena mídia nacional pela crise em seu sistema carcerário ena segurança pública.

Edson TEdson TEdson TEdson TEdson Telê Camposelê Camposelê Camposelê Camposelê CamposAdvogado, professor e doutor em

Desenvolvimento Regional e Urbano.

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Segundo pesquisas recentes,são sacrificadas anualmente grandesextensões de florestas nativas no pla-neta terra, e cujas respectivas práticasagrícolas destroem milhões de tonela-das de solo fértil e arável. E isso é mui-to grave, pois é a flor da terra que vaiembora para as bacias hidrográficas domundo, atingindo os oceanos e mares.

Essa matriz nutriz que vai embo-ra causa miséria e fome em nossas vi-das, destruindo a ca-deia alimentar. A recu-peração dessa cama-da superior da terraem torno de 15,25cm rica em húmus esais minerais requerum período aproxi-mado de 10 mil anosde reciclagem. Esti-ma-se que a regiãoamazônica será umdeserto semelhanteao deserto do Saarase continuarmos a agredir suas terras de maneirairracional e irresponsável.

Mas não é só no Brasil que as florestas nomundo estão desaparecendo com uma rapidez alar-mante; pois cerca de um terço de total de florestasdo planeta estarão destruídos nos próximos 15 anose a cada ano desaparece uma extensão de florestas

Desmatamento e vidaequivalente a metade do Estado de San-ta Catarina. Grande parte dessa destrui-ção ocorre nos países do Terceiro Mun-do, para saciar o apetite de alimentos“fastfood” das populações de países dePrimeiro Mundo, bem como outros arti-gos valorizados como açúcar, café, chá ecacau.

Por outro lado, há necessidade dese afirmar que nessas florestas são en-contradas essências que poderiam aju-

dar os seres humanos acontrolar enfermidadesde maneira natural, comonos ensinam os estudio-sos médicos orientais.As florestas tambémreciclam o ar que respi-ramos conservando abiodiversidade natural,cuja ausência provocamaior aporte de CO2 à at-mosfera. Como vemos,há necessidade urgenteda tomada de responsa-

bilidades de governos e sociedade na conservação eproteção da própria vida na Terra.

Ivani Zechini BuenoIvani Zechini BuenoIvani Zechini BuenoIvani Zechini BuenoIvani Zechini BuenoProfessor da UFSC,

mestre em Engenharia, agrônomo e gestor ambiental.

OPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃO

Page 58: 28ª Edição - Revista O Empresário

58

lorianópolis é uma cidade de contras-

tes. Enquanto seu Índice de Desen-

volvimento Humano (IDH, segundo

relatório divulgado pela Organização das

Nações Unidas em 2000) é de 0,875, o que

a coloca entre as cidades brasileiras com

melhor qualidade de vida, ao mesmo tem-

po, a capital recebe cerca de 10 mil novos

moradores por ano, além de dobrar sua po-

pulação durante a temporada de verão.

Esse crescimento incontestável, desorde-

nado até, chega a gerar transtornos para a

população, que tem no trânsito habitual-

mente caótico e na falta de planejamento

urbano seus problemas mais evidentes.

Fundada em 23 de março de 1726, a capi-

tal de Santa Catarina chega aos 287 anos

carecendo de ações efetivas que orientem

seu crescimento econômico com equilíbrio

ambiental e social, como forma de contra-

balançar alguns destes índices contras-

tantes que as pesquisas mostram. “É no

município que as pessoas moram e é de

seus governos que a população espera a

solução para seus problemas mais presen-

tes”, explica o prefeito Cesar Souza Junior,

em uma afirmação que reforça a respon-

sabilidade da administração municipal em

apresentar alternativas nesse sentido. E,

segundo, acrescenta, há muito o que se

fazer para resgatar, por exemplo, a capaci-

FApesar do alto índice de qualidadede vida, cidade enfrenta consequênciasda falta de planejamento

GESTÃO PÚBLICA

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Setor de TI já respondepor 45% do PIB

Fundado pelos bandeirantes, que chegaram às belas terras inicial-

mente ocupadas pelos índios tupi-guaranis, o povoado de Nossa Senhora

do Desterro foi elevado à categoria de Vila em 1726, quando não passava

de um aglomerado com pouco mais de 30 casas. Só cerca de 20 anos

mais tarde, com a chegada dos colonizadores açorianos é que esse qua-

dro começou a se alterar de forma marcante. Desterro passou a ser

Florianópolis, e com o passar dos anos a cidade cresceu muito, mas conti-

nuou sendo referência por suas belezas naturais.

Uma das três ilhas-capitais do Brasil, em 2011 Florianópolis, pos-

suía, segundo estimativa do IBGE, uma população de 427.298 habitantes,

número que a coloca como a segunda cidade mais populosa do estado,

superada apenas por Joinville.

A economia de Florianópolis é alicerçada nos segmentos da cons-

trução civil, turismo, comércio e prestação de serviços, e nos últimos anos

também o setor da tecnologia ganhou destaque, sendo responsável por

mais de 45% do Produto Interno Bruto (PIB) do município.

dade de investimentos da prefeitura – “hoje

em torno de 4%, para pelo menos 12% já

no primeiro ano” - , e para isso prevê, ain-

da nos primeiros meses de governo, ações

relacionadas à modernização administrati-

va, controle de gastos, ética pública e

desburocratização.

Conforme demandas apontadas ain-

da durante a campanha à Prefeitura, as

ações mais contundentes serão referen-

tes às áreas de planejamento urbano, edu-

cação, saúde e infraestrutura. Foi em rela-

ção ao planejamento urbano, por exemplo,

a determinação mais polêmica do início de

mandato do prefeito, a suspensão, por três

meses, da emissão de alvarás para gran-

des empreendimentos.

Na área da educação, conforme pro-

messa de campanha, César Souza Junior

aponta como prioridade zerar as filas de es-

pera nas creches. “Atualmente 11,2 mil cri-

anças são atendidas nas creches do municí-

pio e estamos colocando em prática iniciati-

vas que nos darão condições de disponibilizar

mais quatro mil vagas”, destaca. Além disso,

a prefeitura assinou convênio com 53 entida-

des, destinando R$ 11,7 milhões para a edu-

cação de quase 6 mil crianças, adolescentes

e jovens atendidos por ONGs.

Na saúde, na primeira semana de

março a administração municipal deu iní-

cio ao Mutirão de Exames, viabilizado pelo

investimento de cerca de R$ 1 milhão. Com

isso, a expectativa é de que os 23.210 exa-

mes na fila de espera sejam zerados em

até seis meses. E ainda este ano o prefeito

pretende entregar à cidade a entregar a Uni-

dade de Pronto Atendimento (UPA) do Jar-

dim Atlântico, através de ação conjunta das

secretarias municipais do Continente, de

Obras e da Saúde.

ONDE ENCONTRAR

www.pmf.sc.gov.br

GESTÃO PÚBLICA

Foto: Mauro Goulart

Page 60: 28ª Edição - Revista O Empresário

60

GESTÃO PÚBLICA

Q uarta cidade mais populosa do esta-

do, (atrás apenas de Joinvi l le,

Florianópolis e Blumenau), São José

chega, em março, aos 263 anos em meio

aos desafios para assegurar seu cresci-

mento e ao mesmo tempo, garantir o

bem-estar dos cidadãos. Para isso, tem

dedicado especial atenção às áreas da

saúde e educação, consideradas prioritá-

rias pela administração municipal, sem

deixar de investir na infraestrutura e no

desenvolvimento econômico.

Pela primeira vez em sua história, o

No ano em que comemora 263 anos,município precisa avançar nas áreas dasaúde, educação e infraestrutura

município tem à frente do poder executivo

uma mulher – Adeliana Dal Pont, eleita no

pleito de 2012 com mais de 60% dos votos

válidos – que ainda em campanha afirmava

que sua administração seria planejada,

transparente e marcada por grandes ações.

Em ritmo intenso de trabalho, a ad-

ministração municipal colocou em prática

um plano de governo que estabelece me-

tas para 100, 180 dias e um ano de gover-

no, nas quais se encaixam ações de todas

as secretarias, que tiveram seus titulares

escolhidos a partir de critérios técnicos.

Para garantir recursos, a prefeita reforça a

necessidade de implantar um novo estilo

na administração do município. “Vamos

reduzir os gastos e utilizar o dinheiro públi-

co de forma eficiente, com condutas que

vão do controle da conta de luz à diminui-

desafios marcam aniversário

Page 61: 28ª Edição - Revista O Empresário

61

GESTÃO PÚBLICA

ção de custos com telefonia e frota

de veículos”, explica Adeliana.

Tanto nas áreas da saúde

quanto da educação, o plano para os

próximos meses prevê a melhoria da

qualidade do atendimento aos cida-

dãos, com algumas mudanças im-

plantadas desde os primeiros dias de

governo. Na área da Educação, por

exemplo, a administração municipal

ampliou o atendimento a crianças a

partir de quatro meses de idade e,

de acordo com a prefeita, estão pro-

gramadas reformas nas escolas mu-

nicipais além da abertura de novas

unidades.

Já na Saúde, Adeliana come-

mora a redução das filas para a reali-

zação de exames laboratoriais como

uma das primeiras conquistas da pas-

ta. “A marcação de um simples exa-

me de sangue, por exemplo, chegava

a demorar 90 dias. Reduzimos este

tempo de espera para uma semana e

em breve estes exames de laborató-

rio serão realizados no dia seguinte ao

agendamento”, diz a prefeita, que des-

taca também a contratação de profis-

sionais, a retomada das obras da Uni-

dade de Pronto Atendimento (UPA) em

Forquilhinhas como ações efetivas para re-

solver os problemas na área.

Secretária da Saúde de São José por

quase dez anos, Adeliana dal Pont acredita

que estão nessa área as maiores carênci-

as do município. “O presente que gostaria

de dar para São José, e estamos trabalhan-

do muito para isso, é melhorar os serviços

de saúde para que todos tenham o atendi-

mento que merecem, com dignidade. Acho

que em breve poderemos assoprar esta

vela e comemorar”, finaliza.

ONDE ENCONTRAR

www.pmsj.sc.gov.br

Fotos: Glaicon Covre

Setor industrial fortalecido

Fundada pelos açorianos em 1750, a cidade nasceu como

São José da Terra Firme, e ainda conserva em seu Centro Histórico

os casarios tradicionais construídos pelos seus primeiros morado-

res. Sua história é diretamente ligada à da capital de Santa Catarina,

Florianópolis, município com o qual faz divisa a leste. Ao norte,

seus limites encontram os de Biguaçu e Antônio Carlos, e, ao sul

Palhoça e Santo Amaro da Imperatriz.

O rápido crescimento da região tornou as fronteiras entre

esses municípios quase imperceptíveis em alguns pontos, forman-

do a região metropolitana da Grande Florianópolis, que concentra

mais de um milhão de moradores. Segundo dados do Censo 2010

do IBGE, naquele ano a população de São José era de 209.804

habitantes, com renda per capita de R$ 20.786,92 mil.

Com pouca vocação turística, o município é atraente para

pequenas indústrias e para o comércio em geral, ocupando o quin-

to lugar no ranking da economia dos municípios catarinenses, gra-

ças, sobretudo, ao grande número de empreendimentos localiza-

dos na área industrial que se formou ao sul de São José.

Em função do crescimento populacional dos últimos 15 anos,

o município vem vivenciando um boom imobiliário, e devido às

suas características demográficas, São José é considerada uma

das dez cidades mais verticalizadas do país.

AAAAAdeliana Dal Pdeliana Dal Pdeliana Dal Pdeliana Dal Pdeliana Dal PontontontontontPrefeita

Page 62: 28ª Edição - Revista O Empresário

62

SAÚDESAÚDESAÚDESAÚDESAÚDE

O atendimento domiciliar (homecare) é um conceito de prestação de ser-viço na área de saúde, enfocando obinômio paciente/família. Este serviço desaúde, capaz de romper os limites dainternação hospitalar, permite que suaestrutura convencional seja transferidapara um ambiente no qual o pacienteprovavelmente se sentirá melhor: suaprópria residência.

O termo home care é de origeminglesa. A palavra home significa lar, ea care traduz-se por cuidados. Portanto,a expressão designa literalmen-te: cuidados no lar.

Em home care, a condição clínica ou enfermi-dade do paciente torna-se parte de um plano de trata-mento global integrado, cuja finalidade é a ação pre-ventiva, curativa e reabilitadora.

Por mais de um século, o home care tem sidoconsiderado uma prática muito natural nos EstadosUnidos, sinônimo de família e associado à noção deconforto, compaixão e segurança. Com isto, os famili-ares e amigos procuraram cada vez mais esse serviço,para obterem o apoio necessário.

Dentro do conceito de que a saúde deve ser sem-pre prioridade, a expansão do mercado de home careno Brasil é uma forma de reduzir os gastos com a saú-de, ampliando a possibilidade de assistência aliada aoconforto dos pacientes.

A fisioterapia possui papel importante na

Home care, uma clínica, dentro de casamelhoria da qualidade de vida de paci-entes e familiares. A fisioterapia homecare tem o tratamento semelhante aode uma clínica fisioterápica. Os mes-mos recursos são aplicados e a maiorafinidade com o fisioterapeuta garan-te uma recuperação mais eficiente,prazerosa e segura.

O objetivo desses atendimentossão de diminuir os números de inter-nações, prevenir futuras internações,manter os cuidados necessários, darcontinuidade nas rotinas de pacientese familiares e controlar situações que

possam prejudicar a saúde e recuperação dos pacien-tes, ser tratado nas acomodações e no conforto do seular; ter maior privacidade, ter maior controle e segurançafísica; ter maior dignidade em um ambiente que não ali-menta a ideia de enfermidade; estar em um ambientede maior socialização; poder contar com o apoio, aten-ção e carinho da família; recuperar a saúde no menorprazo possível (já foi comprovado que a recuperação, comtratamento na própria casa, é mais eficiente e mais rápi-da); evitar riscos de infecções cruzadas e receber trata-mento e cuidados com qualidade superior à do hospital.Evite hospitais. Trate em sua própria casa.

Adriano TAdriano TAdriano TAdriano TAdriano TiezeriniiezeriniiezeriniiezeriniiezeriniFisioterapeuta, especialista em Ortopedia e

Traumatologia Desportiva -Registro Crefito n0 5735 - LTT - F - PR

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SAÚDESAÚDESAÚDESAÚDESAÚDE

Derivado do prefixo “chloros” (verde) e do sufixo “ella”(pequeno), a chlorella é uma alga unicelular de água doce,referindo-se ao extraordinário conteúdo de clorofila que lhedá a característica cor de esmeralda verde. Durante seu cres-cimento, a chlorella consegue acumular uma enorme quan-tidade de nutrientes essenciais ao bom desempenho dasfunções biológicas do organismo, podendo servir tambémcomo uma fonte de alimento, devido a sua eficiênciafotossintética, compondo alta proporção de proteínas e nu-trientes na sua composição.

O alto teor em fósforo proporciona uma melhor emaior atividade cerebral. Seus principais componentes são:vitaminas A, B1, B2, B6, C, E, K, ácido patogênico, ácidofólico, proteínas (18 aminoácidos essenciais) e sais mine-rais (cálcio, ferro, fósforo, potássio, magnésio, zinco, iodo).

As principais indicações são para ajudar na reduçãode peso; repor nutrientes, vitaminas e sais minerais; dimi-nuir o apetite, melhorar o sistema imunológico e as funçõesintestinais, para anemia, fraqueza, azia, gastrite, regenera-ção celular; normalizar a digestão e a função intestinal; esti-mular o crescimento e a recuperação de tecidos; reduzir oenvelhecimento precoce, promover a desintoxicação orgâni-ca, auxilia no restabelecimento da saúde e da pele; ajuda nahipertensão, distúrbios digestivos e cardiovasculares.

A chlorella pode ainda ajudar:Nas refeições: para iniciar o dia com maior disposi-

ção. Como fonte nutricional extra, principalmente quandolegumes e verduras não integram a alimentação cotidiana;

Chlorella, o superalimentoCrianças e adolescentes: Por

necessitarem de uma nutrição ade-quada para garantir um completo de-senvolvimento biológico. Ajuda a su-prir e aproveitar melhor a absorçãodos minerais e outros nutrientes;

Fumantes e consumidoresde bebidas alcoólicas: Para compen-sar as falhas na absorção dos nutrientes não assimilados daalimentação diária e na desintoxicação;

Idosos: Permite uma melhor ação e absorção de nutri-entes e seleção enzimática. Na terceira idade ocorre uma ten-dência natural de eliminação dos nutrientes ingeridos. O ido-so terá um auxilio na regularização da função intestinal;

Atletas e desportistas: Fornecimento de agentesantioxidantes e nutrientes necessários, cooperando com mai-or vigor e ajudando a evitar fadiga. Para aqueles que buscammais massa muscular e melhora do peso magro associar aoColágeno hidrolisado.

Em nosso dia-a-dia procuramos selecionar melhor osgrupos de alimentos, porém, muitas vezes o moderno ritmode vida faz com que nos privemos dos alimentos verdes emnossa mesa, sendo, portanto, uma ótima opção parasuplementarmos a nossa alimentação.

Márcia RMárcia RMárcia RMárcia RMárcia ReiseiseiseiseisTerapeuta holística e naturopata – Sint/SC 051

[email protected]

A paralisia cerebral, também chamada encefalopatiacrônica, não progressiva, é uma lesão de uma ou mais par-tes do cérebro, provocada pela falta de oxigênio em suascélulas. Esta lesão pode ocorrer antes, durante ou após oparto, podendo ocorrer através da prematuridade, hemorra-gia cerebral, má formação do cérebro ou infecção contraídapela mãe durante as primeiras semanas de gestação (rubéo-la ou citomegalovírus). De acordo com o grau de comprome-timento que afeta o tônus muscular, a postura e alteraçõesdo desenvolvimento da criança, esta pode vir a apresentarconvulsões, distúrbios de comportamento, da cognição, dapercepção, distúrbio sensorial e de comunicação.

A atuação do fonoaudiólogo no processo terapêuticoem crianças portadoras de paralisia cerebral irá intervir nosaspectos da linguagem, fala, deglutição, sucção, mastigaçãoe respiração, além das hipotonias e/ou hipertonias de lábios,língua e bochechas, levando-se em conta a forma, o grau daparalisia cerebral e o nível de locomoção da criança.

Paralisia cerebral e fonoaudiologiaOs recém-nascidos apresen-

tam dificuldades na alimentação eincoordenação na sucção-deglutição-respiração.

Cabe ao fonoaudiólogo orien-tar pais e/ou os que cuidam da criançaportadora de paralisia cerebral sobrea postura, manuseio com a criança, posicionamentosfacilitadores, maneiras adequadas de higienizar e alimentara mesma, além das formas de interagir e estimular esta,através de atividades diárias.

Qualquer duvida, com relação a paralisia cerebral,procure um fonoaudiólogo.

Dra. Suani BuenoDra. Suani BuenoDra. Suani BuenoDra. Suani BuenoDra. Suani BuenoCRFa 8047-SC/Audiologia 5601/2011

Fonoaudióloga e Especialista em Audiologia Clínicae Ocupacional. / [email protected]

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GASTRONOMIA

Uma casa de vinhos que traz o conceito

de gastrobar, oferecendo a possibilida-

de de degustar novidades da alta gas-

tronomia e bons vinhos, em um ambiente

aconchegante e informal. Essa é a propos-

ta do La Cave, aberto recentemente em

Florianópolis. A idéia foi inspirada no Cave

35, bar à vin da famosa cidade francesa de

Nice, do qual Ludovic Boudouin, um dos

proprietários do La Cave, também é sócio,

em parceria com os amigos Gustavo Este-

ves de Alcântara, Isadora Gomes Rubim e

Priscila Moreira da Silva.

Um dos diferenciais da casa é a ofer-

ta, em taça, de rótulos de diversas regiões

da França, entre eles espumantes, cham-

panhes, tintos, brancos e rosés. A WineSta-

tion, um moderno equipamento, permite

servir vinho em taça, preservando a quali-

dade e as condições originais da bebida,

mesmo depois de a garrafa aberta, e man-

tendo o vinho na temperatura ideal e em

excelente estado por até 60 dias.

Assim, o enófilo pode ter acesso

às bebidas mais refinadas – e com

preços mais elevados -, pois pode

degustar apenas uma taça.

Os vinhos selecionados

pelo La Cave são resultado de

uma parceria com a importadora

Empório Mundo, do francês

Didier Simon. Os produtos são

escolhidos cuidadosamente e diretamen-

te com os produtores na França.

Para acompanhar os vinhos, há as

tapas elaboradas pelo Chef Nelson Valbue-

na, que tem formação em casas da França

e Espanha. Aqui, os aperitivos ganham um

perfil da culinária francesa, preparados com

ingredientes locais e importados, mas sem-

pre preservando um tom informal. Em mar-

ço, estreia o novo cardápio que terá, entre

outras receitas, o Atum vermelho com aba-

caxi caramelizado, camarão confitado e

vieiras.

O projeto arquitetônico, desenvolvido

Propostadiferenciada

Atum vermelho com abacaxicaramelizado, camarão confitadoe vieiras

Ingredientes

150g de atum vermelho100 g de abacaxi2 unidades de camarão2 unidades de vieiraManteigaAçúcar mascavoChampanhe roséCointreauAzeite de oliva

Para a redução das frutas vermelhas

Variedade de frutas vermelhasManteigaAçúcarCointreauCognacVinho tinto

FAÇA TAMBÉM

Propostadiferenciada

Nelson VNelson VNelson VNelson VNelson ValbuenaalbuenaalbuenaalbuenaalbuenaChef do La Cave

Fotos: Divulgação

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GASTRONOMIA

Degustação de vinhosnobres franceses emtaças e tapaspreparadascuidadosamente sãoas atrações do La Cave

por Henrique Pimont, se inspira em mode-

los europeus. O ambiente combina materi-

ais naturais, rústicos e tecnológicos. Pre-

dominam o preto do alumínio e o cinza do

concreto. No terraço foi utilizado mobiliá-

rio de madeira de demolição e de alumínio,

valorizando cada peça pelo contraste.

O La Cave funciona de segunda a

sábado das 14h às 03h e todos os vinhos

oferecidos no menu estão também à ven-

da na boutique anexa ao bar.

ONDE ENCONTRAR

www.lacavebar.com.br

Para a decoração

Flores comestíveisSal negro do HavaíSal persa azul

Preparo

Descascar o abacaxi e cortar em 2pedaços retangulares idênticos.Envolvê-los de açúcar e manteiga,caramelizá-los numa frigideira atéque adquiram uma coloração dou-rada. Cortar o atum em 2 pedaçosretangulares, dourar e flambar com Cointreau ereduzir com champanhe.

Dar volta e volta no camarão e vieiras numa frigi-deira bem quente, com pouco azeite, 20 segun-dos cada lado.

Redução das frutas vermelhas: Numa frigideira,colocar as frutas, o açúcar e a manteiga por 5minutos, mexendo delicadamente algumas vezes.

Flamear com Cointreau, Cognac e acrescentar o vi-nho com o champanhe rosé até que reduza o liquidoe reservar.

MontagemPincelar o prato com o molho, seguir com o atum comoponto focal do prato. Guarnecer com o abacaxicaramelizado com os camarões e vieiras.Decorar o prato com as flores, o sal do Havaí e salpersa.

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Imagine-se sozinha contra um passado opressi-vo, de histórias quase sempre tristes, temendo as in-congruências do presente, mas com a consciência ne-cessária para acreditar em mudanças futuras. Pode serdessa forma que uma empresária recém-chegada aomercado enxergue um mundo que se diz economica-mente estabilizado. E, se for o caso, nada mais apropri-ado que conhecer a história da costureira Rosa Parks,mulher símbolo da determinação para mudar.

Nascida no Estado do Alabama, nos EstadosUnidos, Rosa Louise McCauley, ou apenas Rosa Parks,como viria a ser internacionalmente conhecida, decidiuque não era diferente das demais pessoas por causa dacor de sua pele. E assim, num dia comum, mais preci-samente em 01/12/1955, a costureira negra não concor-dou em ceder seu lugar no ônibus para uma pessoa decor branca, num tempo em que isso era a lei.

Desde 1932, Rosa estava casada com RaymondParks, membro da Associação Nacional para o Progres-so de Pessoas de Cor (NAACP). Com sua determinação,a costureira tornou-se militante pelos direitos civis dosnegros – o que culminou com a sua inequívoca recusadentro do ônibus.

A determinação de Rosa ParksAquele foi, então, o esto-

pim para uma forte onda antisse-gregacionista. Martin Luther KingJr, o pastor que pregava o comba-te à desigualdade racial através danão violência e ganhador do Prê-mio Nobel da Paz, apoiava a atitude de Rosa e ainda in-centivava que as outras pessoas também fizessem omesmo. O pequeno gesto mostrava a sua real grandeza.

Os tempos são outros. Aqui como lá fora, as pos-sibilidades para pessoas de todas as cores são maio-res, apesar de que o equilíbrio ainda está distante. Eco-nômica e socialmente a sociedade sempre precisarádaquele tipo de líder que enxerga no outro sua própriaidentidade. De tal modo, a empresária que adquire adeterminação para mudar pode ir até mesmo além doque imagina, superando não só os obstáculos (e os pre-conceitos) do passado e do presente, mas transforman-do o universo ao seu redor porque o futuro promissor éconstruído, também, com pequenos gestos.

Evandro DuarteEvandro DuarteEvandro DuarteEvandro DuarteEvandro DuarteJornalista - [email protected]

OPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃO

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