2ª tarefa do facegrupo de língua portuguesa.

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Nascida em Divinópolis, Minas Gerais, em 1935 Título:Babagem Logo na abertura do livro, em Com Licença Poética, ela já afirma: "Vai ser coxo na vida é maldição pra homem./ Mulher é desdobrável. Eu sou", em referência ao Poema de Sete Faces (1930), no qual o escritor recebe a intimação do anjo torto para ser gauche na vida. Já em Agora, ó José, a figura criada pelo poeta mineiro recebe uma dose de encorajamento, diante das agruras da vida. Adélia, diferentemente de seu conterrâneo.

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Nascida em Divinópolis, Minas Gerais, em 1935

Título:Babagem

Logo na abertura do livro, em Com Licença

Poética, ela já afirma: "Vai ser coxo na vida

é maldição pra homem./ Mulher é

desdobrável. Eu sou", em referência ao

Poema de Sete Faces (1930), no qual o

escritor recebe a intimação do anjo torto

para ser gauche na vida. Já em Agora, ó

José, a figura criada pelo poeta mineiro

recebe uma dose de encorajamento, diante

das agruras da vida. Adélia,

diferentemente de seu conterrâneo.

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Comentários:

O livro Bagagem, foi a primeira publicação

de Adélia Prado, de 1976, por indicação de

Carlos Drummond de Andrade. Declaração

da autora sobre a obra: "Meu primeiro livro

foi feito num entusiasmo de fundação e

descoberta nesta felicidade. Emoções para

mim inseparáveis da criação, ainda que

nascidas, muitas vezes, do sofrimento”.

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INFORMAÇÕES:

Nascida em Divinópolis, Minas Gerais, em

1935, a poeta e educadora Adélia Prado

lançou seu primeiro livro, Bagagem, já na

maturidade, em 1976. Foi indicada a um

editor por Carlos Drummond de Andrade,

que viu nela um "fenômeno poético".

Tornou-se conhecida e admirada

rapidamente. Tanto que, apenas um ano

depois, voltava à cena com seu segundo

livro, O Coração Disparado (1977), ao qual

se seguiram muitas outras publicações.

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O tronco

Nascido em 1915, morreu em 1997, na sua cidade natal.

O Tronco (1956). Este segundo livro

enfoca a disputa pelo poder numa vila do

extremo norte de Goiás, o Duro, último

reduto da família Melo. Conhecidos pelo

despotismo com que governam a região

que fundaram, os Melos são combatidos

por toda parte.

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Comentários:

O livro o tronco , gostei muito dele , apesar

de não achar comentários nesse tópico ,

eu achei ele muito interessante só pelo

resumo.

Informações:

O idealista Vicente Lemes, parente dos

Melos e nomeado coletor por influência

deles, luta para restabelecer a paz. Mas a

intervenção da Força Estadual precipita

uma luta bárbara que, sem assegurar o

cumprimento das leis, prejudicará ambas

as partes.

Os escravos:

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Nascido em 1847 na cidade de Curralinho,voltou para a báhia , aonde morreu com 24 anos.

À carreira literária e a vida pessoal do

baiano Castro Alves ficaram marcadas

pelo ímpeto e pela enérgica entrega aos

ideais abolicionistas. Passou para a

história como "Poeta dos Escravos", já que

dedicou boa parte de sua produção poética

à temática do negro e dos horrores da

escravidão, reunida postumamente em Os

Escravos (1883)

Comentários:

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No poema O Navio Negreiro, uma das

estrofes mais famosas ilustra esses

procedimentos: "Senhor Deus dos

desgraçados!/ Dizei-me vós, Senhor Deus!/

Se é loucura... se é verdade/ Tanto horror

perante os céus?

Informações:

Sua obra também se fez de uma poesia

lírica à altura dos melhores poetas

românticos. A paixão por Eugênia Câmara

inspirou-lhe versos de alta carga erótico-

sentimental. Essa face da produção do

autor se encontra em Espumas Flutuantes,

único livro que publicou em vida.

Mar Absoluto

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Cecília Meireles (1901-1964)

É Mar Absoluto, que dá título à coletânea

e exemplifica o "fluxo de inspiração

espontâneo e disciplinado" atribuído a ela

pelo crítico Otto Maria Carpeaux.

Estudante de música especializada em voz

e violino, a poeta compunha seus versos

com o uso de abundantes assonâncias,

aliterações e outros recursos sonoros e

rítmicos.

Comentários:

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Nesse poema, o tema do mar, que já

aparecera em Viagem (1939) e Vaga

Música (1942), e as imagens por ele

produzidas transmitem a subjetividade

mutável do eu-lírico: "Foi desde sempre o

mar,/ E multidões passadas me

empurravam/ como o barco esquecido.

(...)

Informações:

Cecília tinha muito pouco em comum com

qualquer uma das vertentes modernistas e

outros autores que lhe eram

contemporâneos.

Zero

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Nascido em 1936,morreu no ano 2006

Concluído em 1969, foi recusado por

quatro editoras e lançado inicialmente na

Itália em 1974. Publicado no Brasil no ano

seguinte, foi proibido em 1976 pelo

Ministério da Justiça, do então presidente

Ernesto Geisel. A obra só seria liberada

em 1979, com o abrandamento do regime.

Verdadeiro pastiche urbano com altas

doses de humor, política e erotismo, o livro

espantou a crítica. Em seguida encantou o

público por sua forma desabusada e

irreverente.

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Comentários:

O romance Zero, do jornalista paulista de

Araraquara Ignácio de Loyola Lopes

Brandão, foi um dos muitos que sofreram

as conseqüências da censura imposta pela

ditadura militar. Recomendo ler..

Informações:

Nascido em 1936, autor de mais de 20 livros, entre

romances, coletânea de contos e crônicas, Brandão

é um dos escritores contemporâneos brasileiros

mais difundidos no exterior, com obras publicadas

na Itália, nos Estados Unidos, na França, em

Portugal. Seu primeiro romance, Bebel que a Cidade

Comeu, saiu em 1968. Também lançou Não Verás

País Nenhum (1981) e A Veia Bailarina (1997).

O Analista de Bagé

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Nascido em 1936 ,morreu no ano 2000

Poucos personagens, em toda a história da

literatura brasileira, alcançaram a

repercussão e a admiração popular como o

analista de Bagé, que se declara

"freudiano de colá decalco” e "mais

ortodoxo do que rótulo de Maizena”.

Apenas oito meses depois que Luis

Fernando Verissimo lançou O Analista de

Bagé, em 1981, a obra atingiu a marca da

50a edição e de 160 mil exemplares

vendidos.

Comentários:

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Gigolô das Palavras (1982). O autor se

tornou ainda mais conhecido pelo público

quando passou a assinar uma página na

revista Veja, em 1982. Seus livros estão

entre os mais vendidos do Brasil.

Muito bom.

Informações:

Nascido em 1936, filho do escritor Erico

Verissimo, Luis Fernando é gaúcho de

Porto Alegre e um dos mais conhecidos

cronistas contemporâneos do país. Cursou

o Instituto Porto Alegre e a Theodore

Roosevelt High School, em Washington.

Começou a carreira na imprensa em 1966,

trabalhando no jornal Zero Hora. Foi

tradutor, redator publicitário e quase se

dedicou a tocar saxofone.

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Tremor de Terra

Nascido em Ituiutaba, em 1942 , morreu no ano de 2007

Escrever diálogos é, talvez, o maior

desafio de qualquer pessoa que resolva

seguir os caminhos da literatura.

Aparentemente simples, o diálogo exige do

autor uma precisão de cirurgião, pois, ao

menor descuido, pode cair na banalidade

ou no rebuscamento inverossímil.

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Comentários:Livro relativamente bom, um

mestre na arte de criar diálogos em contos

curtos de fabulosa eficiência narrativa.

Informações:

Nascido em Ituiutaba, em 1942, Vilela

formou-se em filosofia em Belo Horizonte.

Trabalhou como redator e repórter do

Jornal da Tarde. Lançou-se na literatura

em 1967 com o livro Tremor de Terra e, de

lá para cá, tornou-se referência na prosa

contemporânea. Enquanto alguns autores

levam tempo para aprimorar a escrita,

Vilela conseguiu esse feito quando tinha

apenas 24 anos.

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Memórias Póstumas de Brás Cubas

Brás Cubas nasceu no dia 20 de outubro de 1805

O romance Memórias Póstumas de Brás

Cubas (de 1881), de Machado de Assis, foi

o texto que inaugurou o padrão moderno

nas letras nacionais. Bebendo nas águas

tanto do Realismo quanto do Romantismo,

com influência de prosadores ingleses e

franceses do século 18, mas, sobretudo,

escrevendo com grande independência e

originalidade, Machado de Assis criou com

este livro a ponte que uniu o passado ao

futuro na nossa literatura.

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Comentários:

A infância de Brás Cubas, como a de todo

membro da sociedade patriarcal brasileira

da época, é marcada por privilégios e

caprichos patrocinados pelos pais. O

garoto tinha como “brinquedo” de

estimação o negrinho Prudêncio, que lhe

servia de montaria e para maus-tratos em

geral. Na escola, Brás era amigo de

traquinagem de Quincas Borbas, que

aparecerá no futuro defendendo o

humanitismo, misto da teoria darwinista

com o borbismo: “Aos vencedores, as

batatas”, ou seja: só os mais fortes e

aptos devem sobreviver.

Informações:

Não é de hoje que a crítica internacional se

debruça sobre a obra de Machado. Os

estudos da americana Helen Caldwell,

Machado de Assis e O Otelo Brasileiro de

Machado de Assis, este último sobre Dom

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Casmurro, publicados nos anos de 1960,

são referência para os estudiosos. Antes

dela, o historiador das letras Samuel

Putnam estabelecera, já em 1948, a

semelhança entre o escritor e o romancista

americano Henry James. O problema é

que, até mais recentemente, a língua

constituíra um entrave à "descoberta"

internacional de Machado. A estudiosa

Caldwell mostra que, em 1960, havia

apenas três traduções em inglês, em

edições modestas da década anterior, de

romances do autor. Conforme indica o

subtítulo de uma estudiosa atual de

Machado, a professora Daphne Patai, da

Universidade de Massachussets, o escritor

sofreu a sina de ser "um mestre

escrevendo numa língua ‘ menor’ ".

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Memórias de um Sargento de Milícias

Manuel Antônio de Almeida (1831-1861)

Passada em sua cidade natal, na época de

d. João 6o, a história se concentra em

Leonardo, o enjeitado "filho de uma

pisadela e de um beliscão" entre Leonardo

Pataca ("algibebe em Lisboa") e Maria da

Hortaliça ("rechonchuda e bonitona") e

criado por uma parteira e um barbeiro.

Segundo o crítico Antonio Candido,

Leonardo é "o primeiro grande malandro

que entra na novelística brasileira, vindo de

uma tradição folclórica e correspondendo,

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mais do que se costuma dizer, a certa

atmosfera cômica e popularesca de seu

tempo". O coloquialismo, o humor, os tipos

humanos que Almeida recria do "tempo do

rei", os costumes, as festas (folias,

procissões, batizados), as peripécias do

protagonista para livrar-se das punições de

seu superior, o Major Vidigal, o

compromisso dele com Luisinha e o caso

com outra mulher, Vidinha, tudo se

apresenta de modo dinâmico e ágil. Suas

descrições são preciosas: "Chegou o dia

de batizar-se o rapaz: foi madrinha a

parteira; sobre o padrinho houve suas

dúvidas: o Leonardo queria que fosse o Sr.

juiz; porém teve de ceder a instâncias da

Maria e da comadre, que queriam que

fosse o barbeiro de defronte, que afinal foi

adotado

Comentários:

Obra comumente aproximada por

estudiosos ao Realismo-Naturalismo,

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Memórias de um Sargento de Milícias tem,

de fato, elementos coincidentes com a

escola literária que anos mais tarde se

firmaria no Brasil

Informações:

A marca que Manuel Antônio de Almeida

(1831-1861) deixaria na literatura brasileira

se deve a um romance singular. Publicado

entre 1852 e 1853 como folhetim do

Correio Mercantil e em livro de dois

volumes nos anos de 1854 e 1855

(assinado por "Um Brasileiro"), Memórias

de um Sargento de Milícias parece situar-

se mais temporal do que estruturalmente

no Romantismo. Nascido no Rio de Janeiro

e falecido em um naufrágio, esse médico

de formação, sem pretensões literárias,

deve ter encontrado na falta de

compromisso com as letras a

espontaneidade que marcou esta obra.

Além disso, biógrafos de Almeida e

análises sociológicas do seu romance

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sugerem que a infância pobre expôs-lhe

um universo que a literatura poderia

explorar com mais precisão.

Galvez, Imperador do Acre

Márcio Souza nasceu em 1946

Galvez, Imperador do Acre (1976) foi

concebido inicialmente como roteiro de

cinema. Dada a impossibilidade financeira

de levá-lo às telas, o amazonense Márcio

Souza resolveu publicá-lo em folhetim. A

dinâmica cinematográfica da narrativa,

contudo, não se perdeu. Construída em

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capítulos diminutos que poderiam muito

bem ser cenas justapostas, a história do

espanhol Luiz Galvez Rodrigues de Aria

seria comédia histórica.

Comentários:

Personagem caricatural e burlesco, Galvez

é um espanhol aventureiro que se mete no

Norte brasileiro a fim de fazer fortuna

rápida.

Informações:

Márcio Souza nasceu em 1946. Regionalista,

utilizou fatos e personagem históricos reais

para conferir veracidade à história. O próprio

Galvez existiu de fato, ainda que seus

excessos na personalidade sejam fruto da

imaginação do autor. Anos depois, o romance

Mad Maria (1980) daria continuação à saga

histórica do Estado acreano.