2ªs Jornadas PSD
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2ªs Jornadas de “Consolidação, Crescimento e Coesão”
23 de Fevereiro de 2013
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Foi uma sala cheia a mostrar uma forte mobilização que esteve no dia 23 de fevereiro
no IPJ a ouvir o Ministro da Saúde falar sobre “ Consolidação, Crescimento e Coesão."
O ambiente era de grande expectativa e marcaram presença entre outros, convidados
independentes, militantes, autarcas, médicos, professores, professores universitários e
responsáveis da cidade e da região.
Num dos momentos mais difíceis da nossa história, em que Portugal enfrenta uma
situação de emergência nacional, com uma crise profundíssima económica e
financeira e em que se iniciou um debate na sociedade civil sobre o Estado Social,
Coimbra recebeu o Ministro Paulo Macedo, responsável por uma das pastas mais
difíceis do atual Governo.
O Serviço Nacional de Saúde, pilar da democracia, da justiça social e da solidariedade
entre portugueses, representa também uma responsabilidade do Estado perante os
cidadãos.
O Ministro Paulo Macedo é reconhecido por todos, como uma figura incontornável na
defesa do Serviço Nacional de Saúde, sobretudo nas suas políticas da procura da sua
sustentabilidade longo prazo e na preocupação por mais qualidade e melhor acesso.
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Intervenção Ministro da Saúde
Sobre o tema genérico de “Estado Social
como garantia da coesão social”, o Ministro
Paulo Macedo começou por relembrar o artº
64º da Constituição da Republica Portuguesa
“Todos têm direito à proteção da saúde (…)
através de um serviço nacional de saúde
universal, geral e, tendo em conta as
condições económicas e sociais dos cidadãos,
tendencialmente gratuito”. No entanto, referiu,
parafraseando Nabais, J. C., que “todos os
direitos têm custos públicos (são liberdades
privadas com custos públicos) dado que os
Direitos sociais têm por suporte fundamentalmente custos financeiros públicos diretos
e os Direitos e liberdades assentam em custos financeiros públicos indiretos”.
Logo, as liberdades e os direitos como responsabilidade do estado, e os deveres, o
seu custo como responsabilidade dos cidadãos, através do pagamento dos impostos.
Ainda não se pode dizer que a sustentabilidade do SNS esteja garantida, dado que
esta assenta no binómio responsabilidade do Estado/ suporte financiamento publico
conseguido através dos impostos que nem sempre gera o equilíbrio necessário. Por
isso necessitamos de um enorme esforço de eficiência e de ajustamento, para que tal
equilíbrio seja conseguido.
A sua produção assistencial do SNS demonstra, como se pode ver através dos
números de 2012, que este continua a desempenhar um papel importantíssimo:
140 Milhões de embalagens de medicamentos comparticipadas pelo SNS.
40 Milhões de consultas
6 Milhões de urgências
1 Milhão de chamadas de urgências atendidas pelo INEM
500 Mil intervenções cirúrgicas
800 Mil episódios de internamento
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Como refere o Boletim Económico de Inverno 2012, no capítulo da despesa pública:
“Mesmo no cenário mais otimista para a evolução da economia portuguesa não será
possível voltar ao padrão de crescimento da despesa pública que, com uma ou outra
interrupção precária, se verificou até 2010. A necessidade de contenção e cortes da
despesa é incontornável dada a indispensabilidade de adequar o nível de despesa
pública à capacidade produtiva da economia e à carga fiscal que os agentes
económicos no seu conjunto estão dispostos a suportar.”
Numa análise sobre a relação receita/despesa nos últimos 4 anos, só em 2012 foi
conseguido um equilíbrio, mesmo assim com um saldo negativo de 53 M€ .
O SNS vinha a produzir défices e os hospitais produziam dividas, que no final de 2012
atingiram cerca de 1.700 M€.
É importante não nos esquecermos que a divida (acumulação de déficites) apenas
adia os impostos para o futuro.
Por outro lado há a destacar que mesmo numa conjuntura de dificuldades e ao
contrário do que se quer fazer crer a Investigação portuguesa tem tido um
reconhecimento internacional crescente e o ministro Paulo Macedo não deixou de o
sublinhar. Eu chamaria também a atenção, sem esquecer que muitos deles são jovens
investigadores.
Rui Costa Janeiro 2013
Objeto: Human Brain Project (80 instituições e 200 investigadores), estabelecer
relação entre ações, comportamentos e os circuitos neurais
Instituição: Comissão Europeia
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Bolsa: 2013-2023: financiamento estimado de 1,19 MMEUR.
Gonçalo Bernardes Novembro 2012
Objeto: desenvolver terapêuticas para serem usadas no cancro ou no
desenvolvimento de vacinas
Instituição: Universidade de Cambridge
Bolsa: 1 MEUR
Helder Maiato Novembro 2012
Objeto: controlo de reação química numa proteína teve como consequência a morte
de células cancerosas Instituição: Instituto de Biologia Molecular e Celular da
Universidade do Porto Prémio: divulgado na revista Journal of Cell Biology, editada
pela Universidade Rockefeller.
11 Investigadores portugueses Setembro 2012
Prémio: 11 cientistas portugueses - cinco de instituições nacionais e seis de
estrangeiras - ganharam bolsas (Starting Grants) de 1,5 a 2 MEUR do Conselho
Europeu de Investigação.
Numa intervenção que durou cerca de 45 minutos, o ministro da Saúde destacou
ainda o Programa de Internacionalização da Saúde que tem em vista Crescer no
exterior, Atrair investimento e Conquistar novos mercados.
De salientar que Coimbra, através dos CHUC tem conquistado espaço internacional
dados os seus centros de excelência.
O Programa de Internacionalização da Saúde desenvolve-se em 7 vetores
estratégicos:
1. Intensificar a cooperação entre as instituições nacionais e a CPLP
2. Promover o intercâmbio de profissionais do SNS com os serviços de saúde da
CPLP
3. Programa de apoio aos jovens licenciados
4. Apoiar o Health Cluster na criação de um programa de venture capital que atraia a
vinda de parceiros internacionais para áreas de inovação
5. Apoiar os investigadores e inovadores portugueses a estabelecer parcerias
internacionais e a localizar novos investimentos em Portugal
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6. Identificar e incentivar os operadores portugueses na criação de novas unidades e
novas atividades nos países CPLP
7. Desenvolver uma rede de Centros de Referência para atrair os doentes europeus
Sobre as reformas estruturais que estão em curso o ministro destacou o envolvimento
da sociedade civil (Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação Francisco Manuel dos
Santos, Fundação Serviço Nacional de Saúde, Health Cluster Portugal, Plataforma
para o Crescimento Sustentável, Associação Portuguesa Economia Saúde, Órgãos de
Comunicação Social (TSF, Antena 1, Diário Económico, Expresso) através de debates
e reflexões, assim como os estudos técnicos que têm vindo a suportar a definição de
metas para o SNS e as próprias reformas.
O Ministro da Saúde enumerou um conjunto de medidas a curto, a médio prazo e a
longo prazo com vista à sustentabilidade do SNS
A Curto Prazo
Procurar garantir que:
•todos os cuidados de saúde prestados são efetivamente necessários e não existe
desperdício nas decisões de tratamentos realizados
•parte das margens na cadeia de valor são transferidas para os utentes e
contribuintes.
A Médio Prazo
Prosseguir a Reforma dos Cuidados de Saúde Primários, Reforma Hospitalar e
Reforma da Política do Medicamento de forma a controlar a oferta e a procura de
cuidados de saúde bem como os preços demasiado elevados.
A Longo Prazo
Promover a adopção de estilos de vida saudáveis.
Entretanto um conjunto de medidas e reformas estruturais foram já implementadas, ao
longo destes 18 meses de governo, sendo que os objetivos se consolidaram em mais
qualidade, melhor acesso e procura de sustentabilidade.
A. Política do Medicamento:
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•Prescrição por DCI
•Remoção das barreiras à entrada de genéricos
•Revisão internacional de preços
B. Recursos Humanos
•Reorganização do trabalho médico
•Redução do volume e valor do trabalho extraordinário
•Maior mobilidade/descanso compensatório
C. Acesso
•Aumento de taxas moderadoras e do universo de isentos
•Melhoria do acesso ao medicamento
D. Aumento da eficiência e transparência
•Aproveitamento da capacidade hospitalar
•Plataforma de Dados em Saúde
•Prescrição electrónica de medicamentos e MCDT
•Emissão de nota informativa de custos
•Combate à fraude
•Sistema de Informação dos Certificados de Óbito (SICO)
E. Cuidados de Saúde Primários
•Aumento do número de utentes por médicos de família
•Revisão do Registo Nacional de Utentes
Outras reformas estão em curso, como é o caso de:
A. Política do Medicamento:
•Formulários nacionais de medicamentos (hospitalar e ambulatório)
B. Recursos Humanos
•Estruturação e desenvolvimento das Carreiras Médicas
•Abertura de concurso para os lugares do topo da carreira médica
•Contratação de profissionais de saúde para o quadro
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C. Acesso
•Médicos de família para todos os portugueses
•Criação do enfermeiro de família
•Sistema Nacional de Notificação de Incidentes e Eventos Adversos
D. Reforma Hospitalar
•Reformulação da oferta de obstetrícia, psiquiatria e cuidados continuados
•Sistema de registo e codificação dos dispositivos médicos
•Plano de Racionalização da Ocupação do Espaço
•Centralização das compras e serviços partilhados
•Publicação e utilização de NOC na prescrição médica
•Prosseguir o objetivo de lançar o Hospital Lisboa Oriental
A equidade, outro vetor do Governo tem sido objecto de inúmeras medidas, tais
como:
•Melhoria significativa do acesso ao medicamento
•Aumento das condições de isenção de pagamento de taxas moderadoras
•Combate à fraude
•Continuação da diminuição de margens excessivas
•Indução da baixa de preços no sector privado
•Melhor pagamento do trabalho normal/ menor pagamento do trabalho extraordinário
•Utilização da capacidade pública instalada
•Maior dotação orçamental de sempre para a Saúde em 2012
•SNS gerador de coesão social
Princípios da política de saúde
Como nota final o Ministro deixou bem claro que a equipa da saúde está a trabalhar
para continuar a assegurar um SNS sustentável, assente em prestadores públicos, e
do sector privado e social, como até aqui e que o modelo de financiamento do SNS,
deve continuar como está: baseado em impostos.
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Sobre os números da mortalidade (todas as causas), os últimos indicadores apontam
para uma diminuição em 2012 em relação a 2011
MORTALIDADE DE TODAS AS CAUSAS
Conclui-se que há uma ligeira diminuição em relação aos valores de 2011.
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