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Não tem como falar-mos da produção agropecuária no Brasil sem citar as questões: agrária e as agrícola.Muitas pessoas acham que as duas retratam o mesmo tema, mas na verdade as duas falam de coisas totalmente opostas.A questão agrária tem como tema a estrutura fundiária do Brasil ,ou seja, a maneira que a terra está organizada,as problemáticas, a distribuição,concentração,número de propriedades,número de produtores e as formas de produção.Já a questão agrícola tem como tema a produção de alimentos e a produtividade,políticas de crédito e financiamento, armazenagem e transporte de mercadorias.

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No Brasil, a agropecuária emprega cerca de 23% da população economicamente ativa (PEA) e participa com menos de 10% na formação do produto interno bruto (PIB) do país. Desde a década de 1930, sua importância no panorama econômico brasileiro vem decaindo constantemente. A urbanização e a industrialização do país não apenas reduziram a importância do setor agrícola. Esse processo de modernização subordinou a agropecuária ás necessidades do capital urbano-industrial, definindo novas funções para a economia rural no universo da economia nacional. Atualmente, a agricultura funciona como retaguarda do crescimento dos setores industrial e financeiro.

A economia rural transformou-se, antes de tudo, em fornecedora de matérias-primas para as indústrias. As culturas agrícolas que conheceram maior desenvolvimento foram justamente aquelas voltadas para a produção de insumos industriais, enquanto as culturas tradicionais de alimentos básicos viviam um longo período de estagnação. A alta lucratividade da produção de insumos de agroindustriais atraiu capitais e investimentos para certas culturas, como a da laranja, a da soja e a da cana-de-açúcar.

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Esse mesmo processo de modernização implicou a crescente mecanização das atividades agrícolas, especialmente no Centro-Sul do país. Em conseqüência, ocorreu intensa liberação de trabalhadores, expelidos da agropecuária e forçados a procurar ocupação na industria e nos serviços. Desse modo, a economia rural comportou-se como fonte de força de trabalho para a economia urbana. Nas décadas de 1970 e 1980, o Brasil empreendeu um esforço exportador, direcionado para a conquista de saldos comerciais positivos e crescentes, em função da necessidade de equilibrar as contas externas.

A economia rural participou desse esforço, ampliando e diversificando as exportações de produtos agrícolas. Na etapa atual, o crescimento das exportações agrícolas adquire importância estratégica na inserção do Brasil na economia globalizada. Essa é uma outra função crucial que o Brasil rural cumpriu: a de gerador de divisas. A riqueza oriunda das exportações acaba revertendo em benefício do setor urbano, tanto no pagamento de juros e serviços da dívida externa, contraídos precisamente para o desenvolvimento industrial, como na importação de equipamentos e maquinaria para as fábricas.

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A produção de laranja é bastante associada á agroindústria, principalmente ás empresas que produzem sucos. A cultura da laranja predomina nas regiões de Limeira, Araraquara e Bebedouro, em São Paulo, de longe, o maior produtor brasileiro que é responsável por 80,2% da produção brasileira. Principal produto do complexo agroindustrial da citricultura brasileira. Embora desfrute de inegável importância econômica, o desempenho da citricultura, assim como de qualquer outra atividade agrícola, também está sujeito às variações de tempo e de espaço.

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DADOS ESTÁTISTICOS ONDE SE PRODUZ MAIS LRANJA NO BRASIL

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A cana-de-açúcar pode se considerada o primeiro grande produto de exportação brasileiro. Seu cultivo iniciou-se no Nordeste, onde se organizou uma “indústria açucareira”, ainda no século XVI. Durante séculos, a região Nordeste foi a maior produtora de açúcar no Brasil, especialmente na Zona da Mata Nordestina, devido á fertilidade dos solos de massapé. Todavia, a produção em São Paulo aumentou bastante a partir da década de 1970, impulsionada pelos investimentos associados ao pró-álcool. Atualmente, a concentração no centro-sul também é evidente, cabendo destacar grande participação de São Paulo (maior produtor nacional). Em São Paulo, as principais regiões produtoras localizam-se nas imediações de Ribeirão Preto, Araraquara, São Carlos e Jaú. Merece destaque a expansão desta cultura também para a região Centro-Oeste (Mato Grosso e Goiás). O destino das lavouras de cana-de-açúcar também é diferenciado: enquanto no Centro-Sul (principalmente em São Paulo) destina-se prioritariamente á produção de álcool, combustível, nos estados do Nordeste destina-se á produção de açúcar.

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A China é o principal produtor mundial1 de arroz, com 184.070 mil toneladas, ou seja 29% do total produzido, seguida pela Índia com 21,5%. A produção brasileira corresponde a apenas 1,8% da produção mundial e tem se mantido próxima a 10 milhões de toneladas, alcançando em 2006  11.526.685 toneladas. A produção média do país cresceu apenas 138.506 toneladas do período 1998 a 2001, para o período 2001 a  2003. De 2001 a 2003 para 2004 a 2006, entretanto, o acréscimo na produção foi significativo: 2.340.225 toneladas. O  Rio Grande do Sul é o maior produtor nacional e sua participação na produção nacional vem aumentando passando de 46,5% para 49,8% e de 49,8% para 50,6% do total produzido nos períodos, chegando a  6.408.555 toneladas.A lavoura de arroz tem se destacado principalmente pela modernização por que passou nos últimos tempos em aspectos como a introdução de novas variedades com maior potencial produtivo, manejo, sistemas produtivos e gerenciamento, que acrescentaram rentabilidade a esta lavoura. Dentre os demais produtos da lavoura do Estado a lavoura arrozeira representou 14,8% do Valor Bruto da Produção Agropecuária. Os municípios que mais se destacam na produção de arroz localizam-se nas regiões da Fronteira Oeste e Sul do Estado, principalmente junto ao rio Uruguai e na região das lagoas. No período 2004 a 2006, a Fronteira Oeste destaca-se como a maior região produtora com 2.341.228 toneladas, seguida da região Sul com 1.047.468 toneladas. Essas 2 regiões representam 52,9% do total da produção gaúcha.

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Produção de arroz no Brasil – 2004 a 2006

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Produção média de arroz do Brasil e dos principais estados produtores - 1998 a 2000, 2001 a 2003 e 2004 a 2006

Fonte: IBGE

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O Estado possui a oitava produção de feijão do país, com 109.624 toneladas. Sua participação na produção nacional baixou de 5,2% para 4,8% e de 4,8 para 3,5%, considerando a média dos períodos 1998 a 2000, 2001 a 2003 e 2004 a 2006.A produção de feijão no Estado está normalmente associada às áreas de pequena propriedade e a produção aparece diluída em vários municípios. Os que apresentam maior produção são: Vicente Dutra com 5.046 toneladas, Canguçu com 3.480 toneladas, Planalto com 3.223 toneladas e Caiçara com 3.141 toneladas.Do ponto de vista da distribuição regional, a produção se concentra nas regiões do Médio Alto Uruguai com 24.234 toneladas, Norte com 10.594 toneladas, Vale do Rio Pardo com 10.339 toneladas, Central com 9.655 toneladas, Sul com 8.111 toneladas. Estas regiões respondem por 57,4% da produção de feijão do Estado. O feijão é outro produto destinado prioritariamente ao mercado interno, uma vez que é base na alimentação brasileira, daí sua dispersão pelo Brasil. As maiores produtividades de feijão são encontradas em Goiás e São Paulo, respectivamente, e a maior área ocupada com a produção dessa leguminosa é a Bahia.

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A produção brasileira de trigo diminuiu significativamente nas últimas décadas e, mesmo que tenha apresentado uma pequena recuperação recente, representa apenas 0,4% da produção mundial. O Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor nacional  e sua produção passou de 716.186 toneladas no período 1998 a 2000, para 1.532.659 toneladas no período de 2001 a 2003, média semelhante ao período 2004 a 2006, que conta com uma produção de 1.424.734 toneladas. A produção de trigo no Estado, que teve seu auge na década de 70, decresceu significativamente tanto em área plantada, quanto na quantidade produzida. As áreas que cultivam trigo mantêm associação com a soja, concentrando-se, principalmente, no norte do Estado, nas regiões do Alto Jacuí com 140.098 toneladas (9,83%), das Missões com 137.522 toneladas (9,65%), Nordeste com 133.620 toneladas (9,37%) e Produção com 120.794 toneladas (8,48%). Essas regiões produzem 37,34% do total de trigo produzido no Estado, destacando-se os municípios de Palmeira das Missões com 54.067 toneladas, Muitos Capões com 41.510 toneladas e Giruá com 31.500 toneladas.

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A PRODUÇÃO DE TRIGO NO BRASIL 2004-2006

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A produção mundial de milho em 2006 foi de 695.228 mil toneladas, sendo que os maiores produtores são os Estados Unidos com 38,5% e a China com 20,9%. O Brasil é o terceiro maior produtor de milho e sua produção corresponde a 6,1% da produção mundial.Embora considerado um dos produtos mais tradicionais de nossa agricultura, apresenta baixa produtividade, sendo cultivado praticamente em todo o Estado. O milho destaca-se nas áreas de pequena propriedade, aparecendo normalmente integrado a atividades criatórias de aves e suínos. Por isso, os maiores produtores encontram-se em municípios com estrutura fundiária assentada na pequena propriedade e a produção é bem distribuída pelo estado com muitos municípios produtores. O milho é cultivado em praticamente todas as regiões brasileiras, geralmente de forma tradicional. Tanto é utilizado para a alimentação humana quanto como componente para rações de animais. A cultura do milho também se encontra concentrada nos estados do Centro-Sul, e a grande produtividade em Goiás.

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A Produção de milho no Brasil-2004 a 2006

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Produção média de milho do Brasil e dos principais estados produtores – 1998 a 2000, 2001 a 2003 e 2004 a 2006

Fonte IBGE

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O café, produto de origem africana, teve sua cultura introduzida inicialmente na Amazônia, porém com poucos resultados. No princípio do século XIX, inicia-se seu cultivo no Vale do Paraíba e, a partir dessa região, sua cultura avança em direção ao oeste de São Paulo, encontrando na fertilidade da “terra roxa” os elementos para a sua rápida expansão e elevada produtividade. Até meados do século XX, o café foi o principal produto de exportação brasileiro, tendo sido bastante afetado pela Crise 1929. Quanto á produção de café, os estados que, no passado, figuraram como maiores produtores nacionais (São Paulo e Paraná) ocupam, atualmente, o terceiro e o quinto lugares, respectivamente. Minas Gerais é não apenas o maior produtor nacional, mas produz, sobretudo variedades de maior valor internacional. É expressiva a participação de Rondônia e, atualmente, observa-se também o incremento da produção de café no Pará, que já é o oitavo maior produtor brasileiro.

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O cultivo da soja em larga escala iniciou-se na região Sul, expandindo-se, a partir de meados da década de 1970, para os estados da região Centro-Oeste. Em relação á produção de soja a região Centro-Oeste é dominante, seguida pela região Sul. É preciso destacar que a expansão da soja sobre o cerrado foi possível graças ás pesquisas sobre melhoramento de solos e de sementes. Como os solos dos cerrados são muito ácidos, é preciso corretivos agrícolas para fazer a adequação do pH. Além disso, pesquisas sobre melhoramento das sementes de soja e sua adequação ao clima tropical foram capazes de produzir sementes e de maior rendimento. Todos esses processos ocorreram principalmente a partir da década de 1970, associados ainda á facilidade para a mecanização, oferecida pelo relevo regional, constituído de chapadas de topos de planos facilitando a utilização de máquinas e equipamentos. . Ainda em relação á cultura da soja é preciso destacar a ação do Estado, fornecendo créditos ao agricultores, facilitando a aquisição de terras na região Centro-Oeste, ampliando a rede de transportes e os portos especializados em sua exportação. E por fim, á expansão de frentes pioneiras gaúchas em direção ao Centro-Oeste, atraídos por essas facilidades. A cultura da soja, na região Sul, acarretou um processo de concentração de terras, expulsando os pequenos produtores, que se deslocaram para a região Centro-Oeste, assistimos a formação de empresas rurais, utilizando mão-de-obra mais qualificada, tratores colheitadeiras, sementes melhoradas, corretivo para os solos, em paralelo ao aumento da degradação ambiental dos cerrados.

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A produção pecuária de bovinos é maior no Centro –Oeste,Sudeste e Sul, cabendo ao Nordeste o predomínio sobre as criações de caprinos e muares(são normalmente chamados de bestas ).

A pecuária é um atividade muito importante para nossa economia, tendo sido historicamente um dos fatores responsáveis pelo processo de interiorização da população pelo território brasileiro.

Nas ultimas decadas as atividades pecuárias tem tido importante participação na composição do PIB

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Mapa 1: Distribuição espacial do rebanho de bovinos, com destaque para os dez principais municípios – Brasil – 2004                                                                                           

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A gripe suína afeta a produção de suínos ?

Logo quando surgiu a doença da Gripe Suína as pessoas achavam que poderiam ser contaminas com o consumo da carne suína ou contatos imediatos com o animal (o porco), porém com grande índice de mortalidade no México e em outras regiões os pesquisadores concluíram que não há um contagio pelo consumo do animal, com isso o consumo desse animal se estabilizou, mas muitas pessoas deixaram de comprar essa carne com medo de ser contaminado por essa gripe que não tem cura.

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Conclusão

O campo brasileiro é considerado como conservador.Observamos também que as principais culturas brasileiras consistem em produtos considerados como “sobremesas”.Em geral, são as culturas mecanizadas,fertilizantes e defensivos químicos.Em contrapartida, culturas como o arroz e o feijão destinadas ao mercado interno ocupam, em geral, grandes áreas e apresentam baixo rendimento por hectare.