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DIMENSÕES COMPETITIVAS DE PORTUGALContributos dos Territórios, Sectores, Empresas e Logística

João Leitão João M. Ferreira Susana Garrido Azevedo

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Dimensões Competitivas de PortugalContributos dos Territórios, Sectores, Empresas e Logística

Colecção: Sociedade da Informação

Coordenador Editorial e Revisão Técnica: Jorge Nascimento Rodrigues

Autores: João Carlos Correia Leitão, João José Matos Ferreira e Susana Garrido Azevedo

Revisão: Catarina Nascimento Rodrigues

Direcção gráfi ca: António José Pedro

Capa: António José Pedro

Imagem da capa: © Photographer: Carlos Caetano / Agency: Dreamstime.com

© Centro Atlântico, Lda., 2008

Av. Dr. Carlos Bacelar, 968 – Esc. 1-A

4764-901 V. N. Famalicão, Portugal

Rua da Misericórdia, 76

1200-273 Lisboa, Portugal

Tel. 808 20 22 21

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www.centroatlantico.pt

Impressão e acabamento: Papelmunde – SMG, Lda

1.ª edição: Abril de 2008

ISBN: 978-989-615-057-0

Depósito legal: /08

Reservados todos os direitos por Centro Atlântico, Lda.Qualquer reprodução, incluindo fotocópia, só pode ser feita com autorização expressa dos editores da obra.

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ÍNDICE

Prefácio por Luís Mira Amaral 9

Introdução 13

PARTE I Sustentabilidade e Posicionamento Competitivo dos Territórios

Capítulo 1Modelos de Desenvolvimento Regional 21

Capitulo 2Competitividade dos Sistemas Territoriais de Produção 49

PARTE IIAbordagens Eclécticas da Competitividade

Capítulo 3Inovação Tecnológica, Competitividade e Desafio do Empreendedorismo 69

PARTE IIIDimensão sectorial da competitividade

Capítulo 4Sector Têxtil e Vestuário 95

Capítulo 5Sector dos Curtumes de Couros e Peles 135

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Capítulo 6Sector Vitivinícola 167

Capítulo 7Sector dos Moldes 190

Capítulo 8Sector do Calçado 206

Capítulo 9Sector da Cortiça 229

PARTE IVAbordagens Estratégicas Empresariais

Capítulo 10Processo de Crescimento das Empresas: O Caso Angolano 261

Capítulo 11Internacionalização como Estratégia de Competitividade 283

Capítulo 12Importância do Empreendedorismo e das Redes no Processo de Crescimento 301

PARTE VO Papel da Logística na Competitividade

Capítulo 13Contribuição da Logística para a Competitividade das Empresas 315

Capítulo 14Logística e Ciclo de Vida das Organizações 332

Capítulo 15Logística, Estratégia e Estratégias de Marketing 347

Capítulo 16Importância da Logística para o Comércio Electrónico 357

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PARTE VIDiagnósticos Estratégicos de dois Casos de Estudo

Capítulo 17Avaliação Multidimensional da Competitividade Regional: o Caso da Beira Interior 381

Capítulo 18Vantagens Competitivas da Beira Interior: uma abordagem TOWS 409

Capítulo 19Competitividade Espacial e Imagem de Marca das Autarquias: A Contribuição dos Produtos Agro-Alimentares 426

Bibliografia 465

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PREFÁCIO

O Conhecimento é o factor mais crítico da competitividade

«Esta obra vem em boa hora fazer uma abordagem completa e sistémica da questão da competitividade nas várias dimensões atrás referidas. Ao recordar a abordagem de Michael Porter, este livro consegue integrar as três dimensões da análise (a territo-rial, a sectorial e a empresarial) para operacionalizar a avalia-ção da competitividade.»

Luís Mira AmaralAdministrador da Sociedade Portuguesa de Inovação S.A.

e Presidente do Fórum para a Competitividade

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10 Dimensões Competitivas de Portugal

A Produtividade, em termos físicos, é o quociente entre duas variáveis físicas: o output e o input.

Em termos económicos, é fácil de perceber que se aumentarmos a produtividade num processo que crie um produto que não se vende, au-mentaremos o número de produtos produzidos, mas não a competitivida-de… Assim sendo, a produtividade é condição necessária para a competi-tividade, mas não é suficiente.

Em termos económicos, podemos dizer que a produtividade é um rá-cio entre o valor acrescentado gerado num processo e o valor dos inputs.

Como só há valor acrescentado se houver utilidade social e valor de mercado (preço) para aquilo que produzimos, ao introduzir a noção de valor acrescentado aproximamos a noção de produtividade da de com-petitividade.

A competitividade é, no fundo, a capacidade das empresas produzi-rem bens e serviços, numa base sustentável, de forma mais eficiente que as suas competidoras, quer em termos dos factores-preço, quer dos não--preço (factores de ordem qualitativa).

A competitividade consiste, pois, em transformar ideias em produtos de uma forma melhor, mais rápida (time-to-market) e mais barata do que os concorrentes.

Ou seja: Competitividade = Produtividade x Qualidade x Serviços Produtividade = Tecnologia x Organização x Motivação

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11Prefácio – O Conhecimento é o factor mais crítico da competitividade

Em termos de um território ou de um país:a noção de competitividade descreve, de forma genérica, o desem-penho da economia e a capacidade de um país ou região segurar ou aumentar a sua cota de mercado num sector particular (Krug-man, 1996; Porter 1998);para medir a competitividade, recorre-se a vários indicadores de desempenho, entre os quais o mais importante é a produtividade;a produtividade é um conceito e, como tal, pode-se medir. A com-petitividade, por seu lado, é mais uma noção. Por isso, muitas ve-zes, as discussões sobre a competitividade de um país ou de um território acabam por se reduzir à discussão sobre produtividade.

Numa economia moderna, os países e as regiões não competem ape-nas na produção de bens e serviços; competem também com os cérebros. A capacidade de uma nação de desenvolver um sistema de educação de excelência e de melhorar as competências da força de trabalho, através da formação, constitui um aspecto vital da competitividade. Neste senti-do, o conhecimento é talvez o factor mais crítico da competitividade.

Actualmente, as infra-estruturas ultrapassam a visão tradicional das estradas, dos caminhos de ferros, portos e aeroportos. As infra-estruturas tecnológicas estão a transformar-se num recurso-chave para a competiti-vidade presente e futura de uma nação. De facto, a disponibilidade de sis-temas de telecomunicações e de ligações à Internet eficientes e de baixo custo são, justamente, algumas das novas prioridades tecnológicas que as sociedades globalizadas apresentam. Consequentemente, a prioridade de um país ou de uma região que se encontre em concorrência global de-verá passar pelo desenvolvimento de novas infra-estruturas tecnológicas na proximidade da fronteira tecnológica.

A competitividade apresenta-se, cada vez mais, como um conceito dinâ-mico. Uma vez que a competição é global, esta força cada actor económico, num país ou num território, a repensar o seu papel e as suas responsabili-dades. Provavelmente, o obstáculo mais difícil de superar consistirá na ten-dência para a aproximação clássica aos casos económicos, que tradicional-mente enfatizam as exportações, bens tangíveis, e infra-estruturas básicas.

A competitividade, nos dias de hoje, no modelo da Economia do Co-nhecimento (knowledge-based economy) e da Sociedade da Aprendiza-gem (learning society), destaca também a importância da educação, da

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12 Dimensões Competitivas de Portugal

formação contínua ao longo da vida, do conhecimento (obtido nas orga-nizações através da aprendizagem), dos bens intangíveis e da infra-estru-tura tecnológica.

Estes breves conceitos ilustram a importância do tema da competiti-vidade das empresas, sectores, regiões e países no mundo global em que hoje vivemos.

Esta obra vem, pois, em boa hora fazer uma abordagem completa e sistémica da questão da competitividade nas várias dimensões atrás referi-das. Ao recordar a abordagem de Michael Porter – que chamava a atenção para a importância da base doméstica na competitividade das empresas (as empresas é que competem, mas os ingredientes para a inovação e com-petitividade das empresas existem nesse ecossistema doméstico) –, este livro consegue integrar as três dimensões da análise (a territorial, a secto-rial e a empresarial) para operacionalizar a avaliação da competitividade.

Ao fazer a abordagem da competitividade, esta obra chama a atenção que, para se ser competitivo no mercado global e no modelo da economia do conhecimento, precisamos de conjugar as três vertentes: Inovação, Tec-nologia e Internacionalização. Aqui o livro, à luz deste modelo, lança de novo a questão candente de quais as vantagens competitivas do nosso país.

Também é muito interessante a abordagem da dimensão logística na competitividade. No mundo global de hoje e na era da informação, com a desintegração das cadeias de valor (e o consequente recurso ao outsourcing e ao offshoring) e a crescente importância das modernas formas de distri-buição e dos novos canais electrónicos, a logística (ao permitir que os flu-xos de informação optimizem a gestão dos fluxos físicos) assume um papel crucial, tantas vezes esquecido, para a competitividade das organizações.

Por último, o livro não fica cingido a uma abordagem teórica, pois ter-mina com exemplos da Beira Interior, em termos de região, e do Fundão e Vidigueira, em termos micro-espaciais, os quais nos dão uma ideia de como a capacidade concorrencial pode ser alterada, e substancialmente melho-rada, a partir da relação entre os vários intervenientes/actores do processo e do desenvolvimento de um marketing estratégico para o território.

Em suma, esta obra, ao reunir um conjunto notável de especialistas, é um excelente contributo e uma referência indispensável para todos os que se interessam pelas candentes e actuais questões da competitividade.

Lisboa 10 de Outubro de 2007

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A partir de 1980, na literatura de gestão estratégica surgem conceitos como a competitividade nacional/regional e a competitividade empresa-rial. A competitividade, apesar de ser um conceito extremamente com-plexo e abrangente, e por vezes discutível, é com ele, no entanto, que as empresas têm de saber lidar, no sentido de garantirem a sua sobrevivên-cia e desenvolverem a sua capacidade concorrencial.

O conceito de competitividade deve ser encarado como um fenóme-no sistémico, em que o desempenho da empresa no mercado e a efici-ência produtiva dependem das estratégias competitivas adoptadas face à percepção da concorrência e do meio envolvente no qual a empresa está inserida. Assim, a competitividade de uma empresa é definida como a sua capacidade em ser bem sucedida em mercados concorrenciais. O cenário de economia global exige que as empresas sejam extremamente competi-tivas implicando, por sua vez, que uma determinada região ou nação seja igualmente competitiva.

O desenvolvimento crescente das Tecnologias de Informação e Comu-nicação (TIC), a crescente globalização dos sistemas económicos, a clari-ficação do ideal europeu e a análise de estatísticas recentes respeitantes à evolução do Investimento Directo Estrangeiro, fazem com que o novo pa-radigma de competitividade se baseie numa aposta tripartida: Inovação,

Introdução

O contributo desta obra é tornar operacional a avaliação da competi-tividade, através da reunião e conjunção de três dimensões de análise: a territorial, a sectorial e a empresarial.

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14 Dimensões Competitivas de Portugal

Tecnologia e Internacionalização. A necessidade de um novo paradigma baseado em estratégias transversais a toda a sociedade e a identificação de vantagens competitivas para Portugal volta a estar na agenda de polí-ticos, empresários e académicos.

Em 1990, a lição de Michael Porter foi clara, há que apostar nas compe-tências centrais do país, desenvolver uma cultura de qualidade e rigor com efeito de escala, na produtividade empresarial sustentada na excelência dos recursos humanos e na boa articulação com os centros de competências.

A competitividade constitui uma variável multidimensional, cuja for-mação resulta da interacção de processos de natureza económica, social, política e institucional, que se revestem de grande complexidade.

O contributo da presente obra é tornar operacional a avaliação da competitividade, através da reunião e conjunção de três dimensões de análise: a territorial, a sectorial e a empresarial. A realização da presente obra só foi possível dado o trabalho e o empenhamento dos especialistas convidados: Mira Amaral, Rui Baptista e Alcibíades Paulo Guedes, bem como dos alunos de licenciatura, de mestrado e de doutoramento da Uni-versidade da Beira Interior, para os quais se deixam palavras de profundo agradecimento pelas suas contribuições – Deolinda Alberto; Luís Amaro; Hugo Proença; Rita Isabel Fragoso; Maria Rosa da Cruz; David da Silva; Carlos Deodato; José Filipe da Silva; Dina Marques; Manuel Gomes Maia-to; Simão Vide; Andreia Abreu; Diogo Caetano e João Carneiro.

Na primeira parte da obra, é explorada a dimensão territorial da com-petitividade, tendo por referência o paradigma do desenvolvimento en-dógeno, o qual preconiza a articulação dos recursos existentes com as inovações de carácter local, ao nível do produto e do processo, no sentido de criar as condições competitivas para o surgimento e desenvolvimento de novas especializações produtivas altamente competitivas.

A competitividade regional assenta na capacidade do seu sistema pro-dutivo em manter e renovar as suas especificidades, sobretudo através dos seus factores intangíveis e dos chamados laços invisíveis. Deste modo, o conhecimento, por vezes ancestral ligado ao saber-fazer e à percepção e compreensão dos mecanismos territoriais de coordenação e relaciona-mento, assume uma importância fundamental na (re)organização dos re-cursos, em prol do aumento da capacidade concorrencial dos territórios.

Na segunda parte da obra, a conjunção das abordagens da inovação tecnológica e da competitividade permite revelar o carácter ecléctico do

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15Introdução

conceito de competitividade, em face dos desafios colocados pelo Em-preendedorismo.

Na terceira parte da obra, é feita uma análise da competitividade dos principais sectores de actividade económica portuguesa, nomeadamen-te: Têxtil e Vestuário, Curtumes de Couros e Peles, Vitivinícola, Moldes, Calçado e Cortiça. Visa-se, fundamentalmente, conferir uma visão sisté-mica e integradora de diversos sectores de actividade económica, tendo por base análises estratégicas dos factores externos (ameaças e oportu-nidades) e dos factores internos (forças e fraquezas) que determinam a competitividade.

Na quarta parte da obra, é explorada a dimensão empresarial da com-petitividade das empresas, as quais enfrentam mudanças radicais provo-cadas pela abertura dos mercados e pela autêntica revolução gerada pe-las TIC. Neste entorno competitivo de base digital, geraram-se ameaças e oportunidades únicas para as empresas, especialmente para as de peque-na e média dimensão.

Neste contexto, torna-se imperioso que as empresas melhorem o seu posicionamento competitivo face aos concorrentes. Assim sendo, o pro-cesso de crescimento das empresas é desenvolvido com um enfoque espe-cial, quer sobre os factores determinantes do crescimento, quer sobre as formas de crescimento que podem ser adoptadas pelas empresas.

O processo de internacionalização das empresas é, também, contem-plado. No contexto actual da economia global e de crescente abertura das economias nacionais, a internacionalização das empresas deixou de ser uma questão de opção ou de crescimento para se tornar numa ques-tão de sobrevivência.

As diferentes teorias de suporte à abordagem empreendedora são contempladas nesta parte. O empreendedorismo e as networks são apre-sentadas como factores essenciais ao desenvolvimento económico e or-ganizacional. As empresas empreendedoras conseguem mais facilmente não apenas identificar novas oportunidades de negócio, mas também me-lhorar os seus processos internos de gestão (intrapreneurship) e, assim, obter um posicionamento mais favorável no mercado em que operam.

Na quinta parte da obra, é dado um especial destaque à logística como forma de suporte/criação de vantagens competitivas para as empresas, assentes sobretudo na melhoria dos níveis de serviço ao cliente, na dimi-nuição dos tempos dos processos e, também, na diminuição dos custos

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16 Dimensões Competitivas de Portugal

e no aumento da eficiência. Assim sendo, a logística é abordada numa perspectiva do ciclo de vida das organizações, apresentando-se como um factor impulsionador do processo de transição entre as diferentes etapas de crescimento das empresas.

É realçada, ainda, a ligação complementar e de colaboração entre a logística, a estratégia e as estratégias de marketing, sob o argumento de que através destas ligações as organizações conseguem, de um modo mais eficiente, colocar o produto certo, no local certo, ao preço mais indi-cado e da forma mais correcta, contribuindo assim para uma maior satis-fação dos clientes. A importância da logística é ainda realçada num con-texto de comércio electrónico, sob o fundamento de que, através de uma boa gestão logística, os processos mais sensíveis neste cenário, ou seja, o processamento das encomendas e a sua entrega, podem ser melhorados, resultando numa maior satisfação dos clientes.

Finalmente, na sexta parte, são apresentados dois diagnósticos: só-cio-económico e estratégico, tendo como unidade espacial de análise a Beira Interior, que, dadas as suas especificidades diferenciadoras, é um excelente laboratório para mostrar como a melhoria substancial da capa-cidade concorrencial dos territórios pode assentar, basicamente, na alte-ração da estrutura relacional dos produtores industriais e agrícolas e dos operadores turísticos, de pequena e grande dimensão.

A grande oportunidade associada à criação de vantagens competi-tivas baseadas em factores intangíveis só será aproveitada desde que se desenvolva a imagem de marca dos territórios, nomeadamente dos muni-cípios que estão na sua base constitutiva. Para melhor ilustrar o argumen-to, apresentam-se dois exemplos nacionais: Fundão e Vidigueira, os quais são exemplares na forma como se pode alavancar a capacidade compe-titiva dos territórios, a partir de uma unidade micro-espacial, mediante o desenvolvimento de marketing estratégico orientado para a criação de uma imagem de marca dos municípios, em associação directa com as suas especializações agro-alimentares.

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João Carlos Correia Leitão é professor auxiliar na Universidade da Beira Interior (UBI), Covilhã, Portugal. É Doutor em Economia pela UBI e membro de diversos corpos editoriais: Revista Portuguesa e Brasileira de Gestão, Revista de Gestão e Economia, International Review on Public and Non Profit Marketing, South African Journal of Information Management e New Economics Papers. É in-vestigador do Núcleo de Estudos em Gestão (NEGE), da Universidade do Minho, e as suas áreas de investigação são: Empreendorismo e Inovação, Finanças Internacionais e Finanças Empresariais.

João Ferreira é professor auxiliar do Departamento de Gestão e Economia da Universi-dade da Beira Interior (UBI). Frequentou o programa de doutoramento europeu Entrepreneurship and Small Business Management (EDP), Barce-lona (Espanha), em 1999, e doutorou-se em Gestão pela UBI em 2004. É investigador do Núcleo de Estudos em Ciências Empresariais (NECE) e as suas áreas de investigação são Estratégia e Empreendedorismo.

Susana Garrido Azevedo é Doutora em Gestão, com especialização em Logística. Actualmente lec-ciona na Universidade da Beira Interior, onde é investigadora do Núcleo de Estudos em Ciências Empresariais (NECE). As suas áreas de investiga-ção são Logística e Supply Chain Management.

OS AUTORES

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