2.Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar

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Prevenção e Controle de Infecção Hospit Prof: Joana Darc

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Preveno e Controle de Infeco HospitalarProf: Joana Darc

INFECO HOSPITALAR

O indivduo adquire aps sua hospitalizao ou realizao de procedimento ambulatorial. exemplos de procedimentos ambulatoriais mais comuns esto: cateterismo cardaco,exames radiolgicos com utilizao de contraste, retirada de pequenas leses de pele e retirada de ndulos de mama, etc. Para ser considerada infeco hospitalar, o paciente precisa estar internado a pelo menos 72 horas. A manifestao da infeco hospitalar pode ocorrer aps a alta, desde que esteja relacionada com algum procedimento realizado durante a internao.

FATORES PREDISPONENTES

Pacientes imunodeprimidos; Lavagem incorreta das mos, dos profissionais, acompanhantes e visitantes. Esterilizao deficiente de instrumental cirrgico. Tcnicas incorretas e procedimentos invasivos. Limpeza deficiente de ambientes, materiais e roupas. Alimentos trazidos de fora do hospital. Flores e objetos trazidos de fora do hospital

PRINCIPAIS MEDIDAS DE PREVENCAO E CONTROLE DE INFECO:A)Lavagem das Mos. A lavagem das mos com antissptico recomendada em: realizao de procedimentos invasivos, prestao de cuidados a pacientes crticos, contato direto com feridas e/ou dispositivos invasivos, tais como cateteres e drenos.

B) PREVENO DE INFECO DE STIO CIRRGICO Tempo de internao abreviado. Banho completo antes da cirurgia. Tricotomia restrita ao local de inciso, quando necessrio, imediatamente antes da cirurgia. Fluxo adequado do Bloco Cirrgico, com circulao mnima. Equipe cirrgica restrita. Montagem correta das salas de cirurgia. Paramentao completa (avental, gorro, luvas, mscara e props) Lavagem e antissepsia das mos e ante braos da equipe cirurgica. Secagem das mos com toalhas estreis. Antissepsia do campo operatrio. Instrumental cirrgico esterilizado.

C) PREVENO DE INFECO RESPIRATRIA Educao do corpo clnico e vigilncia das infeces. Esterilizao, desinfeco e manuteno de equipamentos e artigos. Interrupo da transmisso pessoa para pessoa precaues de barreira. Lavagem das mos. Vacinao de pacientes de alto risco para complicaes de infeces pneumoccicas

D) PREVENO DE INFECO URINRIA EM PACIENTES CATETERIZADOS

Evitar o uso de cateterismo vesical quando desnecessrio. Lavar as mos antes e depois de manipular o sistema. Empregar tcnica assptica e equipamento estril. Utilizar cateter de calibre adequado. Fixar a sonda para evitar movimentao. Usar exclusivamente COLETOR FECHADO. Evitar desconexo do sistema fechado. Manter a bolsa coletora de urina em nvel inferior bexiga. Esvaziar a bolsa coletora a intervalos de oito horas, no mximo, ou quando preenchidos 2/3 da sua capacidade. Higienizar a regio perineal, com gua e sabo, trs vezes ao dia, ou quando necessrio.

E) PREVENO DE INFECCAO DA CORRENTE SANGUINEA - CUIDADOS RELACIONADOS AOS CATETERES PERIFRICOS:

Lavagem e antissepsia das mos antes de colocar as luvas estreis. Preferir veias de membros superiores. Usar tcnica assptica para fazer a puno. Fazer antissepsia do local a ser puncionado. Realizar troca de cateteres e mudar o stio de insero a cada 72 horas, ou intervalo menor se indicado

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CUIDADOS RELACIONADOS AOS CATETERES CENTRAIS:

Selecionar o Cateter. Usar de preferncia a subclvia. Usar tcnica assptica, incluindo avental, luvas e campos estreis e mscara. Utilizar equipamentos com local prprio para infuso de medicamentos. Manter o sistema fechado durante a infuso. Usar o cateter para nutrio parenteral apenas para este fim. Trocar os curativos quando estiverem midos, sujos ou fora do local. Trocar o cateter apenas se houver suspeita de infeco relacionada ao cateter. Trocar todo o sistema em caso de flebite ou bacteremia

E OUTRAS MEDIDAS GERAIS COMO:

Avaliar bem os pacientes internados; Treinar a equipe do hospital, orientando sobre os fatores de risco que podem levar uma infeco; Usar antibiticos , quando necessrio; Comprar material de boa qualidade para a assistncia mdica; Esterilizar corretamente todos os materiais; Ter uma boa limpeza em todo hospital; Uso de equipamento de proteo individual(luvas, culos protetor de culos, protetor de face, avental e outros.) nos procedimentos. Uso de profilaxia antimicrobiana antes da cirurgia.

II PREVENO DE INFECES EM PROFISSIONAIS DA REA DA SADE

AES DO SERVIO DE SADE OCUPACIONAL AVALIACOES MEDICAS: Admissional, com histrico de sade, estado vacinal, condies que possam predispor o profissional a adquirir ou transmitir infeces no ambiente de trabalho; Exames peridicos para avaliao de problemas relacionados ao trabalho ou seguimento de exposio de risco (p. ex. triagem para tuberculose, exposio a fluidos biolgicos).

ATIVIDADES EDUCATIVAS:Todo pessoal precisa ser treinado acerca da poltica e procedimentos de controle de infeco da instituio. A elaborao de manuais para procedimentos garante uniformidade e eficincia. O material deve ser direcionado em linguagem e contedo para o nvel educacional de cada categoria de profissional. Grande parte dos esforos deve estar dirigida para a conscientizao sobre o uso do equipamento de proteo individual (EPI).

PROGRAMAS DE VACINACAO: Garantir que esteja protegido contra as doenas prevenveis por vacinas parte essencial do programa de sade ocupacional. Os programas de vacinao devem incluir tanto os recm-contratados quanto os funcionrios antigos.

MANEJO DE DOENCAS E EXPOSICOES RELACIONADAS AO TRABALHO: Fornecer profilaxia ps exposio apropriada nos casos aplicveis (p. ex.:exposio ocupacional ao HIV), alm de providenciar o diagnstico e o tratamento adequados das doenas relacionadas ao trabalho. Estabelecer medidas para evitar a ocorrncia da transmisso de infeco para outros profissionais, atravs do afastamento do profissional doente (p. ex.: pacientes com tuberculose bacilfera ou varicela).

MANUTENCAO DE REGISTRO, CONTROLE DE DADOS E SIGILO: A manuteno de registros de avaliaes mdicas, exames, imunizaes e profilaxias obrigatria e permite a monitorizao do estado de sade do PAS. Devem ser mantidos registros individuais, em condies que garantam a confidencialidade das informaes, que no podem ser abertas ou divulgadas, exceto se requerido por lei.

O que INFECO HOSPITALAR? Quais fatores predispem a infeco hospitalar? Que medidas podem ser tomadas para evitar a infeco hospitalar? Quais os cuidados que devemos ter com as punes perifrica e centrais? Como posso promover sade ocupacional aos trabalhadores?

Tipos de Infeco

INFECCAO CRUZADA:

a infeco ocasionada pela transmisso de um microrganismo de um paciente para outro, geralmente pelo pessoal, ambiente ou um instrumento contaminado.

INFECCAO ENDOGENA:

um processo infeccioso decorrente da ao de microrganismos j existentes, naquela regio ou tecido, de um paciente. Medidas teraputicas que reduzem a resistncia do indivduo facilitam a multiplicao de bactria em seu interior, por isso muito importante, a anti-sepsia prcirrgica.

INFECCAO EXOGENA:

aquela causada por microrganismos estranhos a paciente. Para impedir essa infeco, que pode ser gravssima, os instrumentos e demais elementos que so colocados na boca do paciente, devem estar estreis. A infeco exgena significa um rompimento da cadeia assptica, o que muito grave, pois, dependendo da natureza dos microrganismos envolvidos, a infeco exgena pode ser fatal, como o caso da AIDS, Hepatite B e C.

PROCEDIMENTO CRTICO: todo procedimento em que existe a presena de sangue, pus ou matria contaminada pela perda de continuidade. PROCEDIMENTO SEMI-CRTICO: Todo procedimento em que existe a presena de secreo orgnica (saliva) sem perda de continuidade do tecido. PROCEDIMENTO NO-CRTICO: Todo procedimento onde no h presena de sangue, pus ou outra secreo orgnica (saliva)..

A transmisso de microorganismos em hospitais pode se dar por diferentes vias. OS PRINCIPAIS MECANISMOS DE TRANSMISSO SO:

TRANSMISSO AREA POR GOTCULAS: Ocorre pela disseminao por gotculas maiores do que 5um. Podem ser geradas durante tosse, espirro, conversao ou realizao de diversos procedimentos (broncoscopia, inalao, etc.). TRANSMISSO POR CONTATO: o modo mais comum de transmisso de infeces hospitalares. Envolve o contato direto (pessoa-pessoa) ou indireto (objetos contaminados, superfcies ambientais, itens de uso do paciente, roupas, etc.)

LOCAL DE INTERNACAO DO PACIENTE: A alocao do paciente um componente importante da precauo de isolamento. Quando possvel, pacientes com microorganismos altamente transmissveis e/ou epidemiologicamente importantes devem ser colocados em quartos privativos com banheiro e pia prprios. * OBS: Quando um quarto privativo no estiver disponvel, pacientes infectados devem ser alocados com companheiros de quarto infectados com o mesmo microorganismo e com possibilidade mnima de infeco

Defina infeco cruzada. Diferencie infeco exgena de infeco endgena. Explique como pode se dar a transmisso de microorganismos.