2Trimestre 2015_L9_ - as limitações dos discipulosrecife

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as limitações dos discipulos - EBD

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  • Igreja Evanglica Assembleia de Deus Recife / PE Superintendncia das Escolas Bblicas Dominicais

    Pastor Presidente: Alton Jos Alves

    Av. Cruz Cabug, 29 Santo Amaro CEP. 50040 000 Fone: 3084 1524

    LIO 09 AS LIMITAES DOS DISCPULOS- 2 TRIMESTRE 2015 (Lc 9.38-42,46-50)

    INTRODUO

    O registro de Lucas nos informa que aps Jesus ter passado a noite em orao, chamou para si os seus discpulos

    e, escolheu dentre eles doze, nomeando-os, por sua vez, de apstolos (Lc 6.12-16), e Marcos ainda acrescenta, que Cristo

    os nomeou para que estivessem com Ele, (Mc 3.14). Esta lio tem como objetivo mostrar que a limitao humana, um

    princpio que nos torna humanos, e que no colegiado dos apstolos suas limitaes foram percebidas, mas Jesus, o Mestre

    por excelncia, os discipulando, capacitou-os para Sua grande Obra.

    I DEFININDO A PALAVRA-CHAVE A palavra-chave que nortear o nosso estudo a palavra limitao, que segundo Aurlio, aponta para a insuficincia, a finitude e a dependncia de outrem (FERREIRA, 2004, p. 1208). A lista que elenca os nomes dos doze apstolos deixa bem claro que Jesus no os nomeou com base em critrios sobre-humanos ou divinos, pelo

    contrrio, suas nomeaes se deram exclusivamente pela graa de Deus que lida com as limitao humana (2 Co 4.7). Na

    tabela abaixo, veremos que os apstolos eram homens simples, limitados, imperfeitos, finitos e totalmente dependentes do

    seu Mestre. Eles eram homens, no super-homens! (Lc 6.12-16).

    NOMES LIMITAES HUMANAS REFERNCIAS

    Pedro Um pescador cheio de dvidas, impulsivo, inseguro, de temperamento

    fortssimo

    Mt 4.18; 14.31; 26.33,35,69-75; Jo

    18.10

    Andr Um pescador cuja viso do Cristo era limitadssima Mt 4.18; Jo 6.8,9

    Tiago Um pescador de temperamento instvel, explosivo e egosta Mt 4.21; Mc 10.37; Lc 9.54

    Joo Um pescador de natureza explosiva, enrgica e imprevisvel Mc 9.38; Lc 9.49,54

    Filipe Um homem descrente no campo dos milagres Jo 6.5-7

    Bartolomeu Um homem cuja f era oscilante Mt 10.3; Lc 6.14; 8.22-25

    Mateus Um cobrador de impostos com uma vida fragilizada Mt 9.9-11; Mt 26.56

    Tom Um homem ansioso, ctico (incrdulo) Jo 20.27

    Tiago filho

    de Alfeu Filho de Maria, conhecido como o Menor Mc 15.40; Lc 8.22-25

    Simo

    zelote

    Um homem movido pelo zelo do partido poltico do qual era membro

    Mt 10.4; Mc 3.18; Lc 6.15

    Judas filho

    de Tiago Um homem dominado pelo medo Lc 8.22-25; Mt 26.56

    Judas

    Iscariotes Um tesoureiro ambicioso e infiel Mt 26.14-16; Mc 14.10,11; Jo 12.6

    II AS LIMITAES NOS PORMENORES O captulo nove de Lucas mostra os discpulos de Jesus sendo lapidados pelo Mestre, no que diz respeito, a

    algumas finitudes que tinham acerca das virtudes do Reino dos Cus. Vejamos: (1) Grandeza (Lc 22.24-30). O texto diz

    que houve uma discusso, uma disputa, uma contenda entre os discpulos em querer saber quem era o maior entre eles. O Homem limitado v a grandeza na posio, no cargo, na liderana, no poder, na influncia, nos diplomas de nvel

    superior... Jesus os ensinou que quem quiser ser grande que seja o menor. (2) Exclusivismo (Lc 18.15-17). O exclusivista

    quer tudo s para si, para seu uso ou gozo pessoal, os discpulos eram to exclusivistas que quiseram impedir at as

    criancinhas de ir ter com Jesus e serem abenoadas por Ele. (3) Valores empobrecidos. Avareza, ansiedade, dio e

    ressentimento e outros comportamentos dos discpulos revelam o quanto eles estavam aqum da realidade do ministrio

    de Jesus Cristo (Lc 9.49,50; 12.13,14,22-34; 17.3,4). Mas nem por tais limitaes, eles deixaram de ser escolhidos. Nos

    dias atuais, o ciclo no diferente (Jesus identifica as limitaes, faz as devidas transformaes e, capacita para sua

    Obra), Jesus continua escolhendo homens e mulheres limitados.

    III O PICE DA LIMITAO HUMANA

  • O registro Lucano (Lc 9.38-42) revela o ponto mais alto da limitao dos discpulos, a falta de f, isto , a

    desconfiana em Deus. No dia em que Jesus viajou na companhia dos seus discpulos Gadara, o Mestre fez algumas

    consideraes quanto a ausncia deste elemento indispensvel na vida dos apstolos. "... Onde est a vossa f?" (Lc

    8.25); "Ainda no tendes f?" (Mc 4.40). Jesus estava lhes ensinando que a f verdadeira manifesta em todos os

    momentos da vida, inclusive nos momentos mais adversos. A palavra "f" possui vrios significados e, s podem ser

    definidos dentro do contexto onde ela est inserida. O dicionrio Aurlio define esta palavra como crena religiosa, confiana (FERREIRA, 2004, p. 880). J no hebraico "f" "heemim" e no grego "pisteu" que aludem para a confiana que depositamos em todas as providncias de Deus (ANDRADE, 2006, p. 188 acrscimo nosso). A f faz com que vejamos o invisvel e acreditemos no inacreditvel.

    III DISCPULOS SENDO DISCIPULADOS A vida uma escola que no camufla a limitao ou a incapacidade humana. Os discpulos de Cristo, deparam-se

    com uma situao que lhes exigia demonstrao de f (Lc 9.37-43), mas eles estavam limitados quanto a ela, pois a f

    fruto de uma vida plena em comunho com Deus (Hb 11.6) e eles em alguns momentos, por no desfrutarem desta

    comunho plena, no a externaram (Lc 22.45,46). Contudo, foram discipulados por Cristo.

    3.1. Pobres de f. O evangelista Lucas, discorre a narrativa de um jovem luntico que desde a infncia sofria possesso

    demonaca. O pai recorreu aos discpulos para eles expulsarem o esprito maligno do seu filho, mas eles no puderam

    (Lc 9.37-40). A pergunta deles a Jesus foi: Por que no podemos expuls-lo? (Mt 17.19). Jesus lhes apresenta duas razes pelas quais suas limitaes humanas inibiu a autoridade espiritual de expulsar o esprito imundo:

    3.1.1. ... pequena f (Mt 17.20; 21.21). Na narrativa de Mateus (Mt 17.14-21) A expresso grega para pequena f apresentada no texto apistia que aponta para a incredulidade, a descrena ou a dvida dos discpulos (PALAVRAS-CHAVES, 2009, p. 570). O insucesso ou a falta de autoridade dos discpulos se deu por causa da dvida, a

    incredulidade fruto de um corao ausente de f.

    3.1.2. ... Mas, esta casta de demnios no se expulsa seno pela orao e jejum (Mt 17.21). A expresso adversativa mas apresentada no texto significa alm disso, ou seja, os discpulos no puderam expulsar a casta de demnios do jovem, primeiro, porque eram incrdulos para expulsar e, alm disso, eles precisavam de ter uma vida plena

    de comunho com o Pai, por meio dos caminhos da orao e jejum.

    3.1.3. A grande lio. Jesus estava lhes ensinado que se eles buscassem uma comunho profunda com Deus como

    tambm o conhecimento das Escrituras (Lc 24.25), seus coraes se encheriam de f, o que lhes daria autoridade

    espiritual, de expulsar no s a casta de demnio, como tambm, confiana em Deus de remover montanhas, operar

    milagres e curas, e realizar grandes coisas para Deus (Jo 14.12).

    IV HOMENS LIMITADOS MAS CAPACITADOS PELO ESPRITO SANTO Os evangelhos, como tambm, o livro dos Atos dos Apstolos, registram que os discpulos se aplicaram nos

    ensinos de Cristo (At 1.1), a saber, a orao, o jejum e a leitura das Escrituras (conhecimento escriturstico).

    4.1. Orao. A orao nos coloca a disposio do Pai. Jesus nos deixou grandes exemplos de orao (Mt 14.23; 26.36,44;

    Mc 6.46; 14.32; Lc 3.21; 5.16; 6.12; 9.18, 28; 22.41). Certa vez os discpulos pediram: Senhor, ensina-nos a orar... (Lc 11.1); e eles colocaram em prtica ... todos estes perseveraram unanimemente em orao e splicas.. (At 1.12-14), Pedro e Joo subiam juntos ao templo hora da orao a nona (At 3.1), E, tendo eles orado... (At 4.31).

    4.2. Jejum. O jejum amigo da orao. Ele um dos elementos de adorao de valor inigualvel que prepara a alma da

    pessoa para o desempenho de tarefas elevadas (CHAMPLIN, 2004, p. 442 acrscimo nosso). Jesus observava esta prtica. ... E naqueles dias, no comeu coisa alguma... (Lc 4.2), a pratica do jejum tambm foi aplicada pelos discpuos Na igreja de Antioquia... E, servindo eles ao Senhor e jejuando... (At 13.1,2).

    4.3. Conhecimento Escriturstico. Lucas registra o conhecimento escriturstico de Jesus Est escrito... (Lc 4.4,8,12); No tendes lido... (Mt 19.4); ... nunca leste... (Mt 21.16), etc. Os discpulos se dedicaram as escrituras: Pedro... levantou a voz... foi dito pelo profeta Joel... Porque dele disse Davi... Porque Moiss disse... (At 2.14-16,25,34; 3.22).

    CONCLUSO

    Nesta lio, vimos que o poder de Deus se aperfeioa na fraqueza, isto , nas limitaes (1 Co 12.9). O princpio

    que nos torna humano, pode sim ser lapidado por Cristo. Nossas imperfeies podem ser trabalhadas, a partir da iniciativa

    de buscarmos a Deus por meio da orao, do jejum, da meditao da Palavra... Consequentemente, seremos capacitados

    pelo Esprito Santo, nossos coraes sero cheios de f e, assim, estaremos cooperando com o Reino de Deus, com a

    mesma ousadia e intrepidez dos apstolos.

    REFERNCIAS GREGO E HEBRAICO. Bblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. CPAD.

    CHAMPLIN, R.N. Enciclopdia de Bblia Teologia e Filosofia. HAGNOS.

    STAMPS, Donald C. Bblia de Estudo Pentecostal. CPAD.