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  • Clculo dos Esforos em Vigas

    RESISTNCIA DOS MATERIAIS

  • Conceitos gerais

    Conceito de momento

    importante lembrar que momento um esforo que provoca giro.

    primeira vista a palavra momento no apresenta qualquer relao com a palavra giro. No entanto, elas esto ligadas por um fato histrico: na antiguidade, o tempo (momento) era medido com relgios de sol, instrumento constitudo por uma haste vertical que, projetando sua sombra num plano, indica a altura do Sol e as horas do dia. Assim o tempo (momento) era medido pelo giro aparente do Sol em tomo da Terra.

  • Conceitos gerais

    Para ocorrer um giro ou momento fsico necessrio

    que existam duas foras iguais, de mesma direo, de

    sentidos contrrios e no colineares, o que se

    denomina binrio.

  • Conceitos gerais

    Quanto mais afastadas estiverem as foras maior ser a

    intensidade de giro. Isso fcil perceber quando se tira

    o parafuso da roda do carro. Quanto maior for o brao

    da ferramenta menor ser a fora necessria para

    provocar o giro do parafuso.

  • Conceitos gerais

  • Conceitos gerais

    Matematicamente, pode-se traduzir esse fenmeno

    pela relao:

    Exemplo: Seja determinar

    o valor do momento da

    fora F1=2,0 tf em

    relao ao ponto P1.

  • Conceitos gerais

    Denomina-se distncia da fora ao ponto menor

    distncia entre a linha de ao da fora e o ponto.

    Suponha o valor de d = 4m, logo o

    momento de F1 em relao a P1 ser:

  • Esforos nas vigas isostticas

    Quando carregadas por uma ou mais foras, as vigas

    isostticas deformam-se de maneira que suas sees,

    antes paralelas, giram umas em relao s outras, de

    forma que se afastam em uma das faces e se

    aproximam em outra.

  • Esforos nas vigas isostticas

  • Esforos nas vigas isostticas

  • Esforos nas vigas isostticas

    Em todas essas situaes, as vigas se deformam de

    maneira que em relao ao eixo reto original aparecem

    flechas.

  • Esforos nas vigas isostticas

    Este fenmeno por isso denominado de flexo e o

    esforo que provoca o giro das sees e o

    aparecimento de flechas ao longo da viga, de momento

    fletor. Sempre que o momento fletor varia de uma

    seo para outra, o que mais frequente, aparece na

    viga a tendncia de escorregamentos transversal e

    longitudinal entre as sees verticais e horizontais da

    viga.

  • Esforos nas vigas isostticas

    Ao esforo que tende a provocar o escorregarnento das fatias

    longitudinais e transversais d-se o nome de fora cortante.

  • Esforos nas vigas isostticas

    Para comprovar que a fora cortante sempre aparece

    quando h variao do momento fletor, tome-se nas

    mos um mao de folhas de papel (umas 50 folhas).

    Aplique-se em uma das extremidades um giro

    (momento), deixando livre o outro extremo.

  • Esforos nas vigas isostticas

    Observe como as folhas escorregam.

  • Esforos nas vigas isostticas

    Esse fenmeno pode tambm ser observado na

    ilustrao:

  • Esforos nas vigas isostticas

    Em seguida, provoque concomitantemente giros de

    mesma intensidade nas duas extremidades.

    Observe que neste caso no h mais escorregamento das

    tiras, pois o momento no varia de uma extremidade

    outra.

  • Esforos nas vigas isostticas

    Para dimensionar uma viga a flexo deve-se determinar os

    valores de momento fletor e da fora cortante de maneira

    que se determine a largura e altura de sua seo, para que o

    material do qual feita possa resistir s tenses de trao e

    de compresso provocadas pelo momento fletor e s

    tenses tangenciais ou de cisalhamento provocadas pelas

    foras cortantes.

    Como se ver mais adiante, as tenses de cisalhamento

    provocam tambm tenses de trao e de compresso em

    planos inclinados em relao a seo transversal da viga.

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    Vigas bi apoiadas sem balanos

    O equilbrio externo das vigas depende das cargas que

    atuam sobre as vigas e das reaes a essas cargas

    provocadas pelos vnculos, denominadas reaes de apoio.

    As primeiras cargas so denominadas cargas externas

    ativas e as segundas, reativas.

    Em uma viga, as cargas externas ativas so: cargas

    distribudas decorrentes do peso prprio da viga; as cargas

    aplicadas pelas lajes e alvenarias; e as cargas concentradas

    devidas a outras vigas que nela se apoiam.

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    Para determinao das cargas externas reativas,

    necessrio conhecer-se as foras de reao que cada

    vnculo capaz de admitir.

    Assim, um apoio articulado mvel, que permite giro e

    deslocamento horizontal, s reage a foras verticais.

    Portanto, esse vnculo s admite reao vertical. O vnculo

    articulado fixo, por impedir deslocamento vertical e

    horizontal, admite reaes vertical e horizontal. O vnculo

    engastado, que impede rotao e deslocamentos, admite

    reao vertical, horizontal e momento.

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    Se, sob a ao das cargas externas ativas e reativas, a viga

    estiver em equilbrio esttico valem as condies de

    estabilidade j enunciadas, ou seja, no anda na horizontal,

    no anda na vertical e no gira. Essas condies podem ser

    traduzidas matematicamente pelas chamadas equaes da

    esttica, ou seja:

    - no anda na horizontal = 0

    - no anda na vertical = 0

    - no gira = 0

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    No andar na horizontal significa que a soma de todas as

    foras na horizontal (incluindo as projees horizontais

    das foras inclinadas) deve resultar nula.

    O mesmo para as foras verticais. No girar significa que

    os giros (momentos) que as foras ativas e reativas tendem

    a provocar em relao a um ponto qualquer,

    preestabelecido, so nulos.

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    Exemplo: determinar as reaes de apoio da viga da figura

    abaixo.

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    Denominem-se de A e B os apoios. Colocando a seguir as

    reaes possveis em cada tipo de vnculo, tem-se:

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    Em seguida apliquem-se as trs equaes da esttica:

    = 0, = 0 e = 0

    Usando a primeira equao e convencionando um sinal

    para as foras, ou seja, se a fora horizontal tiver o sentido

    da esquerda pra a direita ser positiva, caso contrrio

    negativa. Essa conveno pode ser oposta a esta sem que

    os resultados sofram qualquer alterao. Assim:

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    Como no existe nenhuma fora horizontal atuando na

    viga, a equao resulta no bvio, ou seja, a reao

    horizontal no apoio B zero, no existe.

    Aplicando a segunda

    equao e tambm

    convencionando que as

    foras com sentido de

    baixo para cima so

    positivas e as de sentido

    contrrio negativas, tem-se:

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    Deve-se aplicar, ainda, a terceira equao, a que se refere

    ao giro, convencionando-se que se a fora tender a fazer a

    viga girar no sentido horrio, em relao a um ponto

    qualquer escolhido, ela ser positiva, caso contrrio

    negativa. Antes de aplicar essa terceira equao

    necessrio escolher um ponto qualquer, mas qualquer

    mesmo, para se tomar os momentos das foras ativas e

    reativas que atuam na viga.

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    Para tomar o resultado mais rpido, recomenda-se que o

    ponto escolhido (tambm denominado polo de momento)

    para considerar os momentos das foras, seja um dos

    apoios.

    Seja, neste exemplo, o ponto B0 polo dos momentos.

    Assim:

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    Considere-se o momento de

    cada fora, desconsiderando,

    em princpio, as demais, ou

    seja:

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    Portanto, tem-se:

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    Como M = F x d, no primeiro caso tem-se como fora a

    reao VA, cuja distncia ao polo B 5m. Sua tendncia

    de giro em relao a B no sentido horrio. Soma-se a esse

    momento o momento da fora de 2,0 tf, cuja distncia ao

    polo B de 2 m e cujo sentido de giro em relao a B

    anti-horrio.

    No terceiro caso, a linha de ao da reao VB passa pelo

    ponto B, logo sua distncia a B zero, o que resulta em um

    momento nulo.

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    Completando-se a equao

    2, tem-se:

    Para determinar VB,

    substitui-se o valor de VA

    na equao 1:

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    Exerccio: Calcular as reaes de apoio para a viga da figura a

    seguir.

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    Para simplificar o clculo, pode-se generalizar os

    resultados, usando uma fora P qualquer atuando sobre a

    viga de vo l qualquer e distante a e b dos apoios A e B,

    respectivamente.

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    Desta maneira, basta aplicar diretamente essas relaes

    genricas, sem necessidade de se determinar os valores das

    reaes usando, toda vez, as equaes da esttica.

    Se houver mais de uma carga na viga, faz-se o clculo das

    reaes parciais para cada carga, somando-se ao final esses

    valores parciais para obter a reao total em cada apoio.

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    Exemplo:

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    A viga deste exemplo pode ser decomposta em trs vigas, carregada cada uma com uma carga concentrada. Calculam-se os valores das reaes para cada viga e somam-se esses valores parciais para obter o valor final.

    Exemplo:

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    Somando-se os valores parciais,

    tem-se:

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    No caso de cargas uniformemente distribudas sobre a

    viga, tais como seu peso prprio, laje e alvenaria, usa-se o

    artifcio de substituir a carga distribuda pela sua resultante.

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    Como a carga distribuda de 2,0 tf/m e o seu

    comprimento de 4 m, sua resultante de P = 2,0 tf/m

    x 4 m = 8,0 tf, aplicada no meio, ou seja:

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    Usando as equaes da esttica, desconsiderando a que

    se refere a foras horizontais, j que s existem cargas

    verticais atuando sobre a viga, tem-se:

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    Resultados que eram de se esperar: j que a carga

    uniformemente distribuda sobre toda a extenso da viga,

    metade de seu valor vai para cada apoio. Generalizando,

    considerando a carga distribuda q e o vo l, tem-se:

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    Exemplo: Calcular as reaes de apoio da viga da figura.

    Carga distribuda:

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    1 carga concentrada:

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    2 carga concentrada:

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    Vigas em balano

    Como foi visto, uma viga em balano aquela em que uma

    das extremidades totalmente livre de apoio e a outra

    apresenta um apoio engastado.

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    Como o vnculo engastado no admite deslocamentos

    horizontal e vertical e nem o giro da barra, ele capaz de

    absorver reaes horizontais, verticais e momento.

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    Lembrar que a linha de ao da reao

    VA passa pelo ponto A, escolhido como

    polo dos momentos. J o momento

    reativo MA, apesar de estar atuando no

    polo A, no se anula, porque ele j um

    momento e no uma fora, por isso no

    multiplicado por qualquer distncia.

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    O resultado esperado, pois o momento de P em relao ao apoio o seu

    valor P multiplicado pela sua distncia ao apoio, bo, portanto P x bo .

    Esse resultado pode ser generalizado para qualquer quantidade de cargas

    concentradas.

    Assim:

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    Exemplo: Calcular as reaes de apoio para o balano da figura.

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    A viga da figura da pgina anterior pode ser decomposta em

    trs outras:

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    Somando todas as reaes intermedirias, tem-se:

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    No caso de carga distribuda, usa-se o mesmo artifcio j usado

    anteriormente: substitui-se a carga distribuda pela sua resultante. Assim:

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    As vigas biapoiadas, j estudadas, tambm podem

    apresentar balanos, o que no altera os procedimentos

    vistos.

    Suponha-se a situao da figura, onde s existe a carga

    P concentrada aplicada no extremo do balano:

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    O resultado negativo para a reao VA indica que est ocorrendo um

    arrancamento no apoio. Esse efeito que o momento do balano causa nas

    reaes de apoio, aliviando o apoio oposto e sobrecarregando o apoio do

    balano denominado efeito de alavanca. Pois, nessa situao, a viga se

    comporta como uma alavanca, usada para levantar pesos.

    Uma outra maneira de encaminhar a soluo e que pode agilizar os

    clculos considerar o vo independente do balano, calcular o balano

    independentemente e aplicar o resultado ao vo.

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    Assim:

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    Repare que os resultados so os mesmos. Prestando mais

    ateno aos valores obtidos, pode-se notar que:

    Sendo P x bo o momento devido ao balano, tem-se que a

    reao VA o momento do balano dividido pelo vo, ou seja:

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    Como P a carga no balano, tem-se que a reao VB igual

    s cargas existentes no balano somadas ao momento do

    balano (P x bo), dividido pelo vo central, ou seja:

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

    Considere-se a situao apresentada na figura a seguir:

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio

  • Equilbrio externo das vigas -

    Clculo das reaes de apoio