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3 5 6 Carta de Piracicaba 59ª Semana Luiz de Queiroz ESALQmentoring Ranking confirma ESALQ no top 5 mundial ESALQComunidade Segurança alimentar e nutricional Ano XIII Número 46 dezembro 2016 ISSN 1984-6592 Depto. Agroindústria, Alimentos e Nutrição (19) 3429.4150 Desenvolvimento de projetos em parcerias com instituições públicas e privadas na área de alimentação, nutrição e higiene Gerhard Waller (DvComun) Gerhard Waller (DvComun) USP/ESALQ está entre as cinco melhores do mundo no ensino de Ciências Agrárias Dirigentes da ESALQ e universidade chinesa reuniram-se para programar agenda conjunta A reputação e o alto nível no desenvolvi- mento de pesquisas em ciências agrárias leva- ram a Universidade de São Paulo (USP) a des- pontar mais uma vez em 5º lugar no ranking produzido pela editora U.S. News and World Report, que classifica as melhores facul- dades do mundo em 22 áreas do conhecimento. De acordo com o ranking, publicado em outubro, as atividades consideradas nesta área incluem horticultura, ciências dos alimentos e nutrição, produtos lácteos e agronomia, ou seja, esferas que têm contribuição direta da ESALQ. Em Ciências Agrárias, a ESALQ atingiu 89,6 pontos e, a sua frente, estão apenas a holandesa Wageningen University and Research Center em 1º lugar, com 100 pontos; a norte-americana University of California-Davis em 2º lugar, com 96,3 pontos; a China Agricultural University em 3º com 92,8 pontos e, em 4º a também norte- americana Cornell University, com 91,1 pon- tos. No entanto, os indicadores individuais mos- tram índices ainda melhores da universidade bra- sileira nessa área. Nos quesitos “Publicações” e “Colaboração Internacional” a USP/ESALQ é a líder do ranking. Nas categorias “Total de Ci- tações” e “Número de publicações entre as 10% mais citadas”, a ESALQ ficou classificada como a 4ª melhor do mundo. O U.S. News and World Report contempla instituições dos EUA e de cerca de 60 outros países, com base em 12 indicadores que medem o desempenho da investigação acadêmica e as suas reputações globais e regionais. Top 5 – A ESALQ recebeu, dias 24 e 25/ 10, uma comitiva da China Agricultural University. Durante reunião com a delegação chinesa ficou estabelecida uma agenda entre as instituições e estipulada uma nova data para um reencontro em fevereiro, quando se reunirão as universidades que fazem parte do Top 5 mundi- al, da qual ambas fazem parte segundo o ranking da U.S. News and World Report. RUF – O jornal Folha de São Paulo divul- gou, em setembro, o Ranking Universitário Fo- lha (RUF). A listagem classifica as 195 univer- sidades brasileiras a partir de indicadores de pes- quisa, inovação, internacionalização, ensino e mercado. Trata-se de uma avaliação anual do ensino superior do Brasil feita pela Folha desde 2012 que, na edição de 2016, apresenta dois produtos principais: o ranking de universidades e os rankings de cursos. Cada uma das 40 carreiras com mais ingressantes no país foram avaliadas no ensino e no mercado de trabalho. Dos 40 cursos de graduação avaliados pelo RUF, 4 são ofereci- dos pela ESALQ e todos obtiveram posiciona- mentos de destaque. Engenharia Agronômica conquistou a lide- rança, ficando em 1º nos critérios de avaliação do mercado, professores com dedicação inte- gral e parcial e avaliadores do MEC. Adminis- tração, Biologia e Economia estão classificadas todas em 2º lugar. Administração e Economia figuram na liderança nos critérios avaliação do mercado, professores com dedicação integral e parcial e avaliadores do MEC. Além desses cri- térios apontados nas carreiras de Administração e Economia, o curso de Biologia lidera ainda na categoria Mestrado e Doutorado.

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Carta de Piracicaba

59ª Semana Luiz de Queiroz

ESALQmentoring

Ranking confirma ESALQ no top 5 mundial

ESALQComunidade • Segurança alimentar e nutricional

Ano XIII Número 46 dezembro 2016

ISSN 1984-6592

Depto. Agroindústria, Alimentos e Nutrição

(19) 3429.4150

Desenvolvimento de projetos em parcerias cominstituições públicas e privadas na área dealimentação, nutrição e higiene

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USP/ESALQ está entre as cinco melhoresdo mundo no ensino de Ciências Agrárias

Dirigentes da ESALQ e universidade chinesareuniram-se para programar agenda conjunta

A reputação e o alto nível no desenvolvi-mento de pesquisas em ciências agrárias leva-ram a Universidade de São Paulo (USP) a des-pontar mais uma vez em 5º lugar noranking produzido pela editora U.S. News andWorld Report, que classifica as melhores facul-dades do mundo em 22 áreas do conhecimento.De acordo com o ranking, publicado emoutubro, as atividades consideradas nesta áreaincluem horticultura, ciências dos alimentos enutrição, produtos lácteos e agronomia, ou seja,esferas que têm contribuição direta da ESALQ.Em Ciências Agrárias, a ESALQ atingiu 89,6pontos e, a sua frente, estão apenas a holandesaWageningen University and Research Centerem 1º lugar, com 100 pontos; a norte-americanaUniversity of California-Davis em 2º lugar, com96,3 pontos; a China Agricultural Universityem 3º com 92,8 pontos e, em 4º a também norte-americana Cornell University, com 91,1 pon-tos. No entanto, os indicadores individuais mos-tram índices ainda melhores da universidade bra-sileira nessa área. Nos quesitos “Publicações” e“Colaboração Internacional” a USP/ESALQ éa líder do ranking. Nas categorias “Total de Ci-tações” e “Número de publicações entre as 10%mais citadas”, a ESALQ ficou classificada comoa 4ª melhor do mundo.

O U.S. News and World Report contemplainstituições dos EUA e de cerca de 60 outrospaíses, com base em 12 indicadores que medemo desempenho da investigação acadêmica e assuas reputações globais e regionais.

Top 5 – A ESALQ recebeu, dias 24 e 25/10, uma comitiva da China AgriculturalUniversity. Durante reunião com a delegaçãochinesa ficou estabelecida uma agenda entre asinstituições e estipulada uma nova data para umreencontro em fevereiro, quando se reunirão asuniversidades que fazem parte do Top 5 mundi-al, da qual ambas fazem parte segundo o rankingda U.S. News and World Report.

RUF – O jornal Folha de São Paulo divul-gou, em setembro, o Ranking Universitário Fo-lha (RUF). A listagem classifica as 195 univer-sidades brasileiras a partir de indicadores de pes-quisa, inovação, internacionalização, ensino emercado. Trata-se de uma avaliação anual doensino superior do Brasil feita pela Folha desde2012 que, na edição de 2016, apresenta doisprodutos principais: o ranking de universidadese os rankings de cursos.

Cada uma das 40 carreiras com maisingressantes no país foram avaliadas no ensinoe no mercado de trabalho. Dos 40 cursos degraduação avaliados pelo RUF, 4 são ofereci-dos pela ESALQ e todos obtiveram posiciona-mentos de destaque.

Engenharia Agronômica conquistou a lide-rança, ficando em 1º nos critérios de avaliaçãodo mercado, professores com dedicação inte-gral e parcial e avaliadores do MEC. Adminis-tração, Biologia e Economia estão classificadastodas em 2º lugar. Administração e Economiafiguram na liderança nos critérios avaliação do

mercado, professores com dedicação integral eparcial e avaliadores do MEC. Além desses cri-térios apontados nas carreiras de Administraçãoe Economia, o curso de Biologia lidera ainda nacategoria Mestrado e Doutorado.

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2 Ano XIII Número 46 dezembro/2016

Expediente/Editorial

Valorizar o empreendedorismo e a inovação

Chefe da Divisão de ComunicaçãoAlicia Nascimento Aguiar (Mtb 32531)Jornalista responsável / EditoraçãoCaio Albuquerque (Mtb 30356)ApoioAna Carolina Brunelli (estagiária), Caio AntunesNogueira (estagiário)FotografiaGerhard WallerRevisãoJosé Djair VendramimProjeto gráfico / EditoraçãoJosé Adilson Milanêz

Produção gráficaServiço de Produções Gráficas - SVPGrafTiragem 3.000 exemplares

Divisão de Comunicação - DvComunAv. Pádua Dias, 11 • Caixa Postal 913418-900 Piracicaba, SP • Telefone: (19) 3429.4485www.esalq.usp.br/acom • [email protected]/esalquspyoutube.com/esalqvideosfacebook.com/comunicaesalq

Publicação trimestral da E. S. A. “Luiz de Queiroz”

Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”

DiretorLuiz Gustavo Nussio

Vice-DiretorDurval Dourado Neto

Universidade de São Paulo

ReitorMarco Antonio ZagoVice-reitorVahan Agopyan

ESALQ notícias

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[email protected]

Natureza morta

Fotografia de Carlos Roberto Macedonio,funcionário do Departamento de Genética

Caio Albuquerquejornalista da Assessoria de Comunicação (Acom) |MTb 30356

Em mais uma das edições do projeto Diá-logos na ESALQ, realizada em outubro naSala da Congregação, o ex-ministro da Agri-cultura, Alisson Paolinelli, falou sobre a uniãoentre ciência, natureza e desenvolvimento nasesferas de governo e na academia. SegundoPaolinelli, a ESALQ demonstrou, desde suacriação, uma liderança natural nas ciênciasagrárias e foi por meio dela que atingimosmuitas das inovações na área.

Das palavras do ex-ministro às páginasdeste boletim, trazemos bons exemplos de quea ciência produzida em nossa escola, de fatoatendem demandas sociais e econômicas, emuma dinâmica que gera conhecimento de ma-neira sustentável.

Na página 4, por exemplo, destacamos aconsistente empreitada de docentes e pesqui-sadores do Departamento de Genética, quetrabalham em um programa de melhoramentodo maracujá-doce e assim contribuem para apopularização de um fruto ainda pouco co-nhecido do consumidor nacional. Aliás, ascontribuições do Departamento de Genéticada ESALQ são incontáveis durante as oitodécadas de existência, completadas em 2016.

Valorizar uma formação sólida, combase no espírito empreendedor, é dever dasnossas instituições.

Iniciativas como o ESALQmentoring e oESALQnovitas, lançados neste último trimes-

tre do ano, durante a programação da 59ª Se-mana Luiz de Queiroz, dão boa medida dasações institucionais que aproximam a forma-ção de profissionais conectados com a socie-dade com a premência do espírito inovadorem inúmeras áreas do saber.

O ESALQmentoring inaugurou uma im-portante via de diálogo entre estudantes eegressos, com apoio fundamental da Asso-ciação dos Ex-alunos da ESALQ (Adealq),enquanto que o ESALQnovitas reconhe-ceu a cultura inovadora de pesquisadoresque empreenderam esforços de pesquisa emprol de uma ciência mais assertiva e ali-nhada com o coletivo.

Fechamos o ano convictos de que nossascompetências estão certamente favorecendoo posicionamento de liderança do Brasil noagronegócio mundial a partir do ensino deciências agrárias, ambientais e sociais aplica-das em um patamar de excelência. A coloca-ção destacada da ESALQ em rankings naci-onais e internacionais ratifica o êxito consti-tuído desde a fundação da Escola, em 1901,na mesma medidaque pavimenta as vias deum futuro igualmente promissor.

Boa leitura e um feliz 2017!

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ESALQHoje

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Semana dolivro

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Oficina de fabricação de instrumentos musicaiscom resíduos madeireiros da arborização urbana

Paolinelli defendeu o conceito que integra Ciência, Naturezae Desenvolvimento no ambiente governamental e na academia

Ciência e desenvolvimento

Aconteceu em 3/10 mais uma edição doprojeto Diálogos na ESALQ. Dessa feita, oengenheiro agrônomo e ex-ministro da Agri-cultura, Alysson Paolinelli abordou o tema“Brasil/2040 – Player Central da Oferta deAlimentos - A Agricultura Tropical Sustentá-vel e a Integração Ciência, Natureza, Desen-volvimento na Trajetória Brasileira”. Em suafala, defendeu a integração entre Ciência,Natureza e Desenvolvimento no ambiente

governamental e na academia. “O país tem sedesenvolvido graças ao esforço da ciência,manejando de forma adequada os recursosnaturais em um clima tropical. Foi a partir doembate da ciência com a natureza tropical queconseguimos promover inovações fundamen-tais. A fala de Paolinelli foi precedida pelojornalista Fernando Barros, que abriu o eventotraçando um resumo histórico de questõescentrais na agricultura tropical.

Para celebrar a 19ª Semana do Livro eda Biblioteca, ocorreu na ESALQ, entre24 e 27 /10, atividades com foco no tema“os autores e suas obras”. Foram realiza-das quatro palestras de autores reno-mados, visando promover o encontro comseus públicos e atender a missão da Divi-são de Biblioteca, a responsável pela or-ganização das atividades.

Os palestrantes foram Luiz MarinsFilho (livro “Tudo o que é fácil já foi fei-to”); Harri Lorenzi (livro “Plantas alimen-tícias não convencionais - PANC - noBrasil”); Gilson Luiz Volpato (livro “Di-cas para redação científica”) e IgoFernando Lepsch (livro “19 Lições dePedologia”). Todas as palestras foram se-guidas de sessão de autógrafos.

Carta dePiracicaba

Para debater e encontrar saídas às di-versas propostas legislativas que ameaçama segurança ambiental, o Ministério Públi-co do Estado de São Paulo, a Escola Supe-rior do Ministério Público de São Paulo ea USP promoveram, em 15 e 16/9 o Semi-nário “Propostas de Alterações na Legis-lação Ambiental e seus Potenciais Impac-tos: Desregulamentação?”. O semináriopromoveu um debate técnico, jurídico esocial, sobre as propostas de modificaçãona legislação de licenciamento ambiental eos seus impactos ambientais.

Ao final de evento foi lida a “Carta dePiracicaba”, produzida de forma coletiva,que identificou as interfaces políticas, eco-nômicas e sociais das propostas legislativasreferentes ao licenciamento ambiental e seusimpactos. Foram inseridos no documento10 não e 10 sim às alterações legislativassobre Licenciamento Ambiental.

Com o objetivo de estreitar as rela-ções entre instituições, em 1º/11, umacomitiva da University of Arizona visitoua ESALQ. Os visitantes foram recebidospelo diretor da ESALQ, Luiz GustavoNussio, pelo professor Carlos Guilher-me Silveira Pedreira, vice-presidente daComissão de Pesquisa da ESALQ, e pelaprofessora Silvia Helena Galvão deMiranda, do Departamento de Economia,Administração e Sociologia.

Arizona

Virada CientíficaA ESALQ realizou, em 13/10, a 2ª Virada

Científica. O evento, promovido pela Comis-são (CCEx) e Serviço (SVCEx) de Cultura eExtensão Universitária, proporcionou aosestudantes e à população o contato com a ciên-cia e o universo acadêmico a partir de dife-rentes atividades. A Virada Científica integroua programação da 59ª Semana “Luiz deQueiroz” e, durante o dia inteiro, pessoas detodas as idades permaneceram envolvidas compalestras, oficinas, feiras, exposições e ativi-dades científicas e culturais. “Nosso objetivoé apresentar à sociedade os trabalhos e pes-quisas desenvolvidos dentro da universidade

e abordar, de forma simples, temas que fa-zem parte do cotidiano”, ressaltou o Presi-dente da CCEx, Pedro Valentin Marques.

A população participou também de tourspelo campus da universidade, conhecendoos departamentos e seus laboratórios, alémde conferir as linhas de pesquisa desenvol-vidas em cada instalação. “A Virada Cientí-fica é uma oportunidade de aproximarmosa sociedade do meio acadêmico, além deapresentarmos as diferentes vertentes daciência e de todas as possibilidades que elanos oferece”, comentou o diretor daESALQ, Luiz Gustavo Nussio.

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O Brasil é o maior produtor mundialde maracujá e as espécies mais cultivadassão o maracujá-amarelo, que ocupa a mai-oria dos pomares comerciais, e o maracu-já-doce, que tem alcançado o triplo dovalor do maracujá-amarelo nos mercados.“O sabor exótico dos frutos do maracujá-doce é atrativo para o consumo humano,seja in natura, seja na forma de produtosprocessados, e devido ao seu alto valorcomercial, é desejável cultivá-lo em maiorescala”, comenta a agrônoma LourdesChavarria Pérez, doutoranda no programade Pós-graduação em Genética e Melho-ramento de Plantas da ESALQ.

Desde meados da década de 1990, a pro-fessora Maria Lucia Carneiro Vieira, do De-partamento de Genética, desenvolve pesqui-sas com maracujás. “Temos conduzido estu-dos moleculares visando à construção demapas de ligação e o mapeamento de genes,tanto de maracujá azedo como doce”.

Segundo a docente, várias publicaçõestêm sido geradas e estudantes vêm se for-mando no âmbito dessa linha de pesquisa,gerando conhecimento sobre genética egenômica dessas espécies e fornecendo sub-sídios para o seu melhoramento.

Um desses estudos foi desenvolvido pelaagrônoma Lourdes, natural da Costa Rica,que chegou no Brasil em 2012 para fazer omestrado sob orientação da professora MariaLucia. No Laboratório de Genética Molecularde Plantas Cultivadas, a costarriquenha con-duziu uma pesquisa para gerar uma varieda-de comercial de maracujá-doce. “A partir de200 genótipos de uma família de plantas ir-mãs, selecionamos 100 para levarmos ao cam-

po. Após a avaliação desses 100 indivíduos,durante dois anos e em dois locais, selecio-namos 30”. Na bancada, a pesquisadora ana-lisou as seguintes características: peso e diâ-metro dos frutos, peso, comprimento e es-pessura da casca, teor de sólidos solúveis,peso e porcentagem de polpa.

O experimento foi conduzido, inicialmen-te, na área experimental do Departamento deGenética em Anhumas-SP, no período de ja-neiro de 2013 a abril de 2014, em um sistemade espaldeiras verticais. “O clima frio e secodaquele local exigiu que a pesquisa se pro-longasse e, então, decidi pelo doutorado dire-to, quando avaliamos novamente os 30genótipos, em 2015, em uma área aqui nocampus em Piracicaba”.

Em termos logísticos cuidar de mais umasafra deu mais trabalho devido aos desloca-mentos e ao manejo das lavouras, mas as ad-versidades climáticas nos ajudaram a obterinformações mais seguras. “O clima e o solode Anhumas e de Piracicaba são diferentes eaqueles genótipos que se destacaram em ambasos locais nos permitiram afirmar com maissegurança quais se adaptam bem no sudestedo estado de São Paulo, ou seja, nossas reco-mendações sobre o comportamento dos 30indivíduos se tornaram mais confiáveis”.

Melhoramento – A pesquisadora apontaque, apesar da importância evidente da plantae do seu potencial para a exploração comofruta tropical, são raros os estudos genéticosdirecionados a melhorar a cultura. “Não háprogramas de melhoramento em andamentono país, já que os custos são altos para oestabelecimento de populações em condiçõesde campo, além de existir pouco conhecimento

sobre os tratos culturais gerais para o desen-volvimento dos pomares de maracujá-doce”.Segundo a agrônoma, a escassez de conheci-mento aliada à indisponibilidade de materialselecionado é traduzido para o agricultor comoum investimento de risco. “A carência de va-riedades melhoradas é responsável pela evi-dente variação dentro dos pomares, tanto emprodutividade como em qualidade do fruto,no que tange ao formato, tamanho, peso econteúdo de polpa”.

“Entre as doenças de difícil controle de-vido à severidade da infeção e aos poucosprodutos para o controle químico registradosno país, está a mancha bacteriana causada porXanthomonas axonopodis. Essa doença, dadaà dificuldade de controle e à facilidade de dis-persão, causa perdas extensivas nos planti-os, atingindo, em alguns casos, significativasperdas”. Assim o grupo liderado pela profes-sora Maria Lucia continua trabalhando, in-cluindo estudos sobre a defesa das plantas àbactéria.

A etapa seguinte apontou para uma aná-lise dos dados apoiada pelo Laboratório deGenética e Estatística, coordenado pelo pro-fessor Antonio Augusto Franco Garcia. “As-sim chegamos a 5 genótipos promissores queapresentaram comportamento de campo, qua-lidade de fruto, produtividade e capacidadede adaptação muito positivas”, explicaLourdes, certa de que contribuiu na emprei-tada iniciada ainda na década de 1990. “Hápotencial para chegarmos a uma variedade,há interesse dos produtores e recebemos, in-clusive a visita de uma empresa de sementesinteressada em patentear e pagar royalties paraa ESALQ”, finaliza.

Programa de melhoramento desenvolvido na ESALQ avalia características do maracujá-doce que apontam para a popularização do fruto ainda pouco conhecido pelos brasileiros

Do pomar à mesaDo pomar à mesa

InovaçãoTecnológica

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EmDestaque

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Em 14/10, ocorreu o lançamento do “Pro-grama ESALQnovitas – Reconhecer para em-preender”. Na ocasião, foram reconhecidos pes-quisadores vinculados à USP/ESALQ e de enti-dades parceiras que realizaram solicitação de pe-didos de patente, de registros de software e decultivar no Brasil por meio da Agência USP deInovação nos últimos trinta anos.

“Trata-se do reconhecimento de atitudesproativas de docentes, pesquisadores e estudan-tes com a finalidade de proporcionar que novasideias sejam desenvolvidas na Universidade deSão Paulo”, comentou o diretor da instituição,professor Luiz Gustavo Nussio. Antes das ho-menagens, a professora Maria Aparecida de Sou-

za, diretora técnica de Propriedade Intelectual daAgência USP de Inovação, proferiu a palestra“Proteção da Propriedade Intelectual: importân-cia e procedimentos USP”.

Na sequência, foi exibido um vídeo produzi-do pela Divisão de Comunicação da ESALQ, emhomenagem ao professor aposentado do Depar-tamento de Genética, Flavio Cesar de AlmeidaTavares. Em 1989, o professor encaminhou doispedidos de patente à Agencia USP de Inovação.Os pesquisadores/empreendedores envolvidosnessas ações de incentivo à cultura empreende-dora também receberam certificados de reconhe-cimento pela pró-atividade na proteção de propri-edade intelectual.

DesafioEm 11/10, foram anunciados os vencedo-

res do “Desafio Aedes aegypti”, iniciativa queintegra o projeto temático anual da USP emPiracicaba. A competição foi dividida nas ca-tegorias Frases; Iniciativas Educativas e Práti-cas e Tecnologias e Publicações.

Em Frases, venceu Fábio Torrezan Corrêa,funcionário da Divisão de Comunicação daESALQ, premiado com um smartphone, pelaUnimed Piracicaba. Em 2º lugar Vivian Puxian,estudante de graduação do Instituto de Mate-mática e Estatística (IME/USP) e em 3º lugarJowesley Wolff, cidadão piracicabano, ambosreceberam cupom de vale-livros, da Edusp.Em Iniciativas Educativas e Práticas, a pro-posta “Monitoramento do mosquito Aedesaegypti e ação educativa na ESALQ”, ganha-ram como prêmio um tablete. A iniciativa tevecomo parceiro a Oxitec do Brasil. Já na cate-goria Tecnologias, a vencedora foi a equipeque propôs um estudo prático comparativo desubstâncias naturais ativas no combate à larvade Aedes aegypti. O parceiro foi agência Mon-te Alegre por meio de seu sócio-proprietárioAldano Benetton.

Além das premiações pelas classificações,todos os ganhadores das três categorias rece-beram um pen-drive do Sindicato das Indús-trias Metalúrgicas, Mecânicas, de MaterialElétrico, Eletrônico, Siderúrgicas e Fundiçõesde Piracicaba, Saltinho e Rio das Pedras(Simespi), e um kit institucional da ESALQ.

Iniciativa reconheceu a busca pela inovação e propriedade intelectual de docentes e pesquisadores

Reunião de confraternização de egressos da ESALQ

Na manhã de 11/10, ocorreram naESALQ os atos solenes que integraram aprogramação da 59ª Semana Luiz deQueiroz, evento realizado pela ESALQ,Associação dos Ex-alunos da ESALQ(Adealq) e Prefeitura do Campus USP“Luiz de Queiroz”.

A Secretaria de Agricultura e Abasteci-mento do Estado de São Paulo transferiu,o Gabinete para a ESALQ e o secretárioArnaldo Jardim esteve presente desde ohasteamento das bandeiras, em frente aoEdifício Central. Em sua fala, Jardim para-

benizou a temática da Semana Luiz deQueiroz. “Se pudermos resumir toda essaprogramação, eu diria inovação. Essa pala-vra será o diferencial, da economia e donosso setor e a ESALQ está antenada epreparada para fazer isso”.

Também esteve presente durante as ativi-dades da manhã o vice-reitor da USP, profes-sor Vahan Agopyan. Na ocasião, o vice-reitorda USP falou sobre a importância da ESALQno desenvolvimento do agronegócio brasilei-ro. “O Brasil é um país competente e competi-tivo no setor agro e isso só é possível a partir

de instituições como a ESALQ. Se a USP temdestaque nos rankings internacionais, a parteagrícola da Universidade de São Paulo e, prin-cipalmente, a de ciências agrárias tem um des-taque ainda maior. Isso demonstra que de fatoa USP e a ESALQ tem feito um esforço muitogrande para que o país continue na vanguardado agronegócio”.

O diretor da ESALQ, professor LuizGustavo Nussio, reforçou a necessidade deformar profissionais qualificados. “Temosreiteradamente trabalhado com o propósitode passar aos nossos alunos, valores quetranscendam no tempo, valores que possamser utilizados daqui a trinta anos para queesse profissional possa se reinventar e qual-quer que seja o pacote tecnológico que ve-nha a se aproximar que tenhamos condiçõescom sensatez e compromisso social de ir-mos à frente”.

Ainda pela manhã, a 59ª Semana Luiz deQueiroz teve a palestra “Empreendedorismo eInovação na USP”, os lançamentos daESALQshow 2017 (Feira Tecnológica de Ino-vação do Agronegócio da ESALQ) e doAgTech Valley (Vale do Piracicaba); a entregade Moção de Aplausos pelos 10 anos daESALQTec; e as premiações do “Desafio Aedesaegypti” e do “Simpósio Internacional de Ini-ciação Científica” (Siicusp).

59ª Semana Luiz de Queiroz

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ESALQmentoring aproximaestudantes e egressos

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Estudantes do último anoreceberam orientações so-bre carreiras, de profissi-onais egressos da ESALQ

Alimentos

Como parte da programação da 59ª SemanaLuiz de Queiroz, o Escritório de Desenvolvimentode Carreiras da USP (ECAR) apoiou a 1ª ediçãodo ESALQmentoring. O evento fortaleceu a re-lação de ex-alunos com os atuais acadêmicos daUniversidade, ajudando-os no planejamento desua carreira. Realizado no Edifício Central, oESALQmentoring foi criado devido à estreitarelação entre a ESALQ e a Associação dos Ex-alunos da ESALQ (Adealq). Os ex-alunos, de-nominados Mentores, compartilharam experiên-cias e conhecimentos afim de inspirar e orientaros atuais alunos, os Mentees. “Um dos aspectosque sabemos, por meio de pesquisas, é que afigura de um mentor pode ajudar muito, comoalguém em quem o aluno se inspira”, destacou aprofessora da Faculdade de Economia, Adminis-tração e Contabilidade (FEA/USP), Tania Casa-do. A iniciativa foi vista pelo diretor da ESALQ,professor Luiz Gustavo Nussio, como uma ati-vidade positiva. “Essa é a primeira vez que, for-

malmente, ex-alunos da ESALQ têm a chance deinteragir com nossos alunos de graduação e con-tribui no processo de treinamento deles”, afir-mou.

O Mentee Rodrigo Venâncio Simão da Ro-cha, do curso de Gestão Ambiental, destacou aimportância do ESALQmentoring e o contatocom os Mentores. “Apesar de ser uma atividadepioneira dentro da ESALQ, é muito importante egera essa troca de experiência com profissionaisque são qualificados na área. Isso acrescenta emnosso currículo pessoal e acadêmico”, disse Ro-cha. Para o Mentor José Amauri Dimarzio, ex-ministro interino da Agricultura nos anos de 2003e 2004, da turma de 1967 de Engenharia Agronô-mica, foi enriquecedor poder contribuir para oencaminhamento dos alunos. “É um fato de ex-trema importância. Lembro-me quando eu estu-dava, o aluno tinha muita dificuldade em definirsua carreira e não tinha onde buscar esse tipo decompartilhamento de informações e experiência”.

Prêmio Capes de Tese 2016A Coordenação de Aperfeiçoamento de

Pessoal de Nível Superior (Capes) divulgou,em 10/10, o resultado do Prêmio Capes deTese 2016. Entre os homenageados, destaca-ram-se Miriam Mabel Selani, Gabriel MouraMascarin e Rafael Eduardo Chiodi, estudan-tes de Pós-graduação da ESALQ, que rece-beram menção honrosa pela Capes nas áreasde Ciências dos Alimentos, Ciências Agrári-as e Ciências Ambientais.

Miriam, orientada pela professora SolangeGuidolin Canniatti Brazaca, do Departamentode Agroindústria, Alimentos e Nutrição daESALQ, foi premiada pela tese “Caracteriza-ção e aplicação de subprodutos de frutas nodesenvolvimento de hambúrguer bovino eextrusado de milho”. O estudo foi realizadono Programa de Pós-graduação em Ciência eTecnologia de Alimentos.

Mascarin, estudante do programa emEntomologia, recebeu menção honrosa pelapesquisa “Production by solid-state and liquidfermentation and formulation of virulent strainsof the fungal entomopathogens Beauveriabassiana and Isaria fumosorosea againstwhiteflies”, orientada pelo professor ItaloDelalibera Junior, do Departamento deEntomologia e Acarologia.

Na área de Ciências Ambientais, RafaelChiodi, do programa interunidades (ESALQ/CENA) em Ecologia Aplicada, foi homenage-ado pelo estudo “Pagamento por serviçosambientais: a produção de água como uma novafunção da agricultura familiar na Mata Atlânti-ca do Sudeste brasileiro”, orientado pelo do-cente Paulo Eduardo Moruzzi Marques, doDepartamento de Economia, Administração eSociologia da ESALQ.

Teses

Solos

O cientista de alimentos Adriano Costade Camargo teve sua trajetória acadêmicaconsiderada de excelência pelaInternational Society for Nutraceuticalsand Functional Foods (ISNFF). O pes-quisador viajou a Orlando, Flórida, ondeparticipou da conferência anual da enti-dade e recebeu a premiação em 11/10.De volta ao Brasil, defendeu o doutora-do em Ciência e Tecnologia de Alimen-tos. Esta é a primeira vez que a ISNFFreconhece a atuação de um pesquisadorda América Latina. O prêmio tem o nomede Fereidoon Shahidi Fellowship Award,em referência ao pesquisador que élistado entre os 10 mais influentes domundo na área de ciências agrárias. Cri-ada em 2009, a honraria é concedida acada ano em razão dos resultados dostrabalhos e da trajetória acadêmica.

No primeiro semestre de 2016,Saulo Augusto Quassi de Castro, alu-no de mestrado no programa de Solose Nutrição de Plantas, se inscreveu paraparticipar do prêmio IPNI 2016(International Plant Nutrition InstituteScholar Award), o qual avalia o currí-culo e o plano de pesquisa dos partici-pantes. Neste segundo semestre, o es-tudante recebeu a notícia de que ficouentre os 36 melhores trabalhos domundo e entre os quatro do Brasil re-lacionados à área. O mestrando rece-berá um certificado e terá o projeto dedissertação divulgado na revista IPNI.

O trabalho “A paisagem antrópica sobavaliação: a avifauna em remanescentesflorestais, matrizes agrícolas e as impli-cações para a conservação”, de autoriade Eduardo Roberto Alexandrino, desen-volvido no programa de pós-graduaçãoInterunidades em Ecologia Aplicada(ESALQ/CENA), recebeu menção hon-rosa no Prêmio Tese Destaque USP. Aorientação foi do professor Hilton ThadeuZarate do Couto, co-orientação da pro-fessora Katia Maria Paschoaletto Micchide Barros Ferraz, com colaboração doprofessor Silvio Frosini de Barros Ferraz,todos do Departamento de Ciências Flo-restais da ESALQ, e dos pós-graduandosYuri Forte e Carla Cassiano. O trabalhoderivado do capítulo 4 da tese recebeu oprêmio destaque de melhor trabalho notema “uso do solo e gestão ambiental”,durante a Student Conference onConservation Science, realizada em ou-tubro, em Nova York.

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Painel

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Personalidades

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Criado em 2014, o grupo Entomologia como Ferramenta de Integração Uni-versidade-Sociedade tem por objetivo demonstrar uma visão mais ampla daentomologia a estudantes do ensino fundamental e médio. A proposta das ativi-dades, que inclui visitas guiadas e demonstrações das áreas ligadas à Entomologia,valoriza a importância de despertar a curiosidade e o senso crítico das futurasgerações quanto ao estudo dos insetos, outras áreas da ciência e principalmenteda participação da universidade na formação de profissionais, realização de pes-quisas e transferência de tecnologia. A ação do grupo está focada em enfatizar opapel da ESALQ como universidade aberta a todos os setores da sociedade e queexiste a possibilidade de esses estudantes futuramente ingressarem em um oscursos de graduação. A coordenação é do professor Alberto Soares Corrêa. Maisinformações: [email protected]  ou (19) 3429-4199  r. 235

Entre 19 e 23/9, ocorreu a 21ª Semana de Arte e Cultura e 26ª SemanaCultural, com realização da Comissão (CCEx) e Serviço (SVCEx) de Cul-tura e Extensão Universitária; na foto, apresentação da Walking Jazz Band

A revista Dinheiro Rural divulgou, emsua edição 141, de outubro de 2016, a listacom as 100 personalidades mais influen-tes do agronegócio. Entre as lideranças dosetor, estão 11 egressos da ESALQ. Sãoeles: Antonio Roque Dechen (engenheiroagrônomo formado em 1973); CarlosAlberto Paulino da Costa (engenheiro agrô-nomo formado em 1960); Fernando Pen-teado Cardoso (engenheiro agrônomo for-mado em 1936); Francisco Beduschi Neto(engenheiro agrônomo formado em 1996);José Graziano da Silva (engenheiro agrô-nomo formado em 1972); Luiz CarlosCorrêa Carvalho (engenheiro agrônomoformado em 1973); Luiz Gustavo Nussio(engenheiro agrônomo formado em 1987);Maria Priscila Rondino Vansetti (enge-nheira agrônoma formada em 1980); Mau-ricio Palma Nogueira (engenheiro agrôno-mo formado em 1997); Roberto Rodrigues(engenheiro agrônomo formado em1965) e Rodrigo Peixoto dos Santos (en-genheiro agrônomo formado em 1995).

Em 13/10, a ESALQTec celebrou os 10anos da criação da incubadora com uma ceri-mônia no Parque Tecnológico de Piracicaba.Durante a solenidade, foram entregues home-nagens a personalidades e empresas que fize-ram parte da história da incubadora tecnológica,ao prefeito da cidade, Gabriel Ferrato, e a trêsempresas recentemente graduadas. Um dosidealizadores da ESALQTec, o professor JoséRoberto Postali Parra, relatou o orgulho dessahistória. “Quando iniciamos lá atrás, não sefalava em inovação tecnológica, estar hoje ce-lebrando esta marca é gratificante”, comentou.A ESALQTec também recebeu homenagenspela marca, entregues pela Gênica e pelaMérieux NutriScience, empresas associadasda incubadora e da ACIPI (Associação Co-mercial Industrial de Piracicaba). 

Com o objetivo de estimular uma re-flexão sobre o uso excessivo do automó-vel, além de incentivar as pessoas paraque experimentem formas alternativas demobilidade, ocorreu entre 20 e 24/9, aSemana da Mobilidade do Campus “Luizde Queiroz”. Na programação, foramcontempladas atividades como oficinas,vagas vivas, interdição de trechos docampus para veículos motorizados, in-centivo ao transporte coletivo, bem comodemais intervenções educativas. Cerca de70% dos veículos que acessam o cam-pus estão somente com os motoristas; 5%dos veículos que acessam o campus temmais de três passageiros e apenas 6% dacomunidade utilizam bicicleta.

Em 24/9, a Casa do Produtor Rural lan-çou o livro “Cultivo e Produção de Banana”.A publicação tem linguagem simples e didá-tica, 84 páginas de texto, além de tabelas,ilustração e diversas imagens exclusivas.Oferece também um DVD, no qual são apre-sentadas as principais técnicas utilizadas nobananal. A autoria é dos docentes João AlexioScarpare Filho e Simone Rodrigues da Silva,do Departamento de Produção Vegetal e dosalunos de graduação em Engenharia Agro-nômica, Carlos Bernardo da Cruz Santos eGabriel Novoletti. A versão digital do livro edo vídeo técnico está disponível para leitura,impressão, download e visualização no siteda Casa do Produtor Rural. Acesse:

www.esalq.usp.br/cprural

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DetalhesdaESALQ

ProjetoMemória

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Prédio da Guarda Universitária

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Um apaixonado pela Biologia

Fabio Poggiani“Quando estou pintando uma paisagem,

eu me sinto dentro dessa paisagem”

Fabio Poggiani nasceu em Verona (Itá-lia), em dezembro de 1939, início da 2ª Guer-ra Mundial. “Lá cursei primário e ginásio.Em 1954 minha família transferiu-se para oBrasil, em Santos. Em 1956 prestei o examede adaptação na E. E. Presidente Rooseveltde São Paulo para continuar os estudos noBrasil. Consegui vaga para o colegial notur-no no Instituto de Educação Canadá. De diatrabalhava como correspondente de italianonuma firma exportadora de café. Já no se-cundário me apaixonei pela Biologia”.

Em 1964, ingressou no curso noturnode Ciências Biológicas da USP em São Pau-lo. “Gostei do campus da capital, das aulas elaboratórios”. Passou a morar no CRUSP-Conjunto Residencial da USP e, para se sus-tentar, concluiu o curso técnico de laborató-rio no Instituto Adolpho Lutz e conseguiuestágios remunerados no Butantã e InstitutoBiológico. “Ao longo da graduação me iden-tifiquei com as matérias de Botânica e prin-cipalmente de Ecologia Vegetal”. Além doBacharelado em Ciências Biológicas, con-cluiu o Curso de Licenciatura em Ciências.“Depois de graduado, consegui uma bolsada Fapesp para obter o Doutorado em botâ-nica na USP. Foi quando o professorHelládio do Amaral Mello me convidou paraministrar as aulas de Ecologia Florestal norecém-criado Curso de Engenharia Flores-tal em Piracicaba, visto que ainda não haviadocente para essa matéria na ESALQ. Eunão conhecia Piracicaba, mas essa oportu-nidade caiu do céu!”.

Durante a vida acadêmica teve proble-mas com DOPS. “Em 1972, o Prof. Helládiodeu início ao meu processo de contrataçãocomo auxiliar de ensino. Mas, como em de-zembro de 1968 havia sido preso e fichadopelo DOPS, durante a ocupação do CRUSPpelos militares, o Reitor vetou minhacontratação. Até provar às autoridades quenaquele período eu estava morando noCRUSP, como aluno regular, passarem-seseis longos meses, mas finalmente minhacontração foi deferida”.

Uma vez empossado, o professorPoggiani contribuiu para expandir o Cursode Engenharia Florestal. “ Nisso fui incenti-vado pelo professor Helládio, visto que aformação que havia adquirido, a partir daLicenciatura em Ciências, facilitou meu de-sempenho didático. Mais tarde, em 1995,também integrei a 1ª Comissão constituídapara criar o curso de Licenciatura em Ciên-cias Agrárias da ESALQ”.

Entre 1976 e 1977 fez o pós-doutoradona Michigan State University (MSU). “Issomarcou minha vida acadêmica, pois além daspesquisas realizadas focando a ciclagem denutrientes em florestas, pude também me fa-miliarizar com a metodologia de ensino naMSU. Essa vivência contribuiu parareformular o lecionamento das minhas dis-ciplinas na ESALQ”.

Entre 1979 e 1985, representou o De-partamento de Ciências Florestais junto àComissão de Graduação da ESALQ (CG).Em 1997 foi eleito presidente da CG e,consequentemente, passou a integrar Con-selho de Graduação da USP, até 2001. Du-rante a gestão do reitor Jacques Marcovitch,assumiu o cargo de vice pró-reitor de Gra-duação “Esse foi um período muito profí-cuo, principalmente no propósito de conso-lidar as áreas de concentração no currículoda Engenharia Agronômica, visando apri-morar a escolha profissional dos forman-dos”. Como presidente da CG, teve atuaçãorelevante na criação de novos cursos naESALQ. “Incentivado pelos diretoresEvaristo Marzabal Neves e Júlio Marcos Fi-lho, procurei agilizar junto ao Conselho deGraduação e à reitoria da USP a implemen-tação do curso de Ciências dos Alimentos,cuja proposta já estava em tramitação, e tam-bém coordenei a elaboração dos programaspara a criação dos cursos noturnos de Ciên-cias Biológicas e Gestão Ambiental, ampli-ando a oferta de vagas no Campus dePiracicaba”.

Quanto à pesquisa, envolveu-se inici-almente com a tarefa de estabelecer uma

metodologia de enraizamento de estacasde eucalipto. “Foi um trabalho pioneiro eos primeiros resultados foram prontamen-te utilizados por empresas do setor flo-restal, antes mesmo de sua publicação naRevista IPEF. Posteriormente me dediqueiao estudo dos impactos ambientais emecossistemas agroflorestais, revegetaçãode áreas degradadas, ciclagem de nutrien-tes e sustentabilidade das plantações flo-restais. Tenho saudade dos momentos comalunos e pós-graduandos nas estações ex-perimentais de Itatinga e Anhembi, patri-mônios da ESALQ”.

Ocupou a chefia do Departamento deCiências Florestais da ESALQ de 2006 a2008. Aposentou-se em 2009, mas conti-nuou atuando por mais quatro anos comoProfessor Sênior. “Ainda faço a revisõespara alguns periódicos e, fora do univer-so acadêmico, gosto de pintar..., mas ape-nas por diversão. Quando estou pintandouma paisagem, eu me sinto dentro dessapaisagem”. O professor Poggiani tambémé membro da Associação dos DocentesAposentados da ESALQ (ADAE).

A atual Sede da Vigilância do Campus está abrigada em umprédio de 1914 que, originalmente, abrigava duas residênciasde funcionários da prefeitura do campus. Seu estilo arquitetônicoé o eclético, e sua área original era de 160 m2. Em 2001, foiconstruído nos fundos do terreno um abrigo para as viaturasda vigilância, com 41,95 m2. Em 2009, o prédio foi reformadointernamente e ampliado na parte de trás, mantendo ascaracterísticas originais de sua fachada, para se adequar àsnecessidades da guarda, ficando com um total de 205,45 m2,área que permanece até hoje.