3. Ciberativismo e a Questão Ambiental o Exerício Da Cidadania Em Rede

9
02, 03, 04 e 05 out /2013-Santa Maria/RS UFSM - Universidade Federal de Santa Maria 25 CIBERATIVISMO E A QUESTÃO AMBIENTAL: O EXERÍCIO DA CIDADANIA EM REDE CYBERACTIVISM AND ENVIRONMENTAL ISSUE: THE CITIZENSHIP NETWORK Leila Cássia Picon 1 Thiago Luiz Rigon de Araujo 2 Solange Antunes 3 Resumo O espirito transformador do homem mitigado com a insatisfação frente as desigualdades e outras dificuldade de cunho social refletem um apanhado de lutas e mobilizações na busca de intervenção no status quo. Neste contexto destaca-se as manifestações sociais que ganharam um novo espaço e também o ativismo a favor de certas causas que ganharam uma nova forma de concretizar a participação democratica em rede. Em tempos de realidade virtual, com o advento da internet, e o turbilhão de possibilidades que se apresentam, busca-se fazer um estudo do ativismo social-ambiental no ciberespaço Ciberativismo, Essas ações são consideradas como um espaço complementar de mobilização e politização pública, ações virtuais que contribuem com assembleias, passeatas e reclamações coletivas. O ciberativismo pode ser praticado por qualquer pessoa ou grupo que possui acesso à Internet. Palavras-Chave: Ciberativismo; meio ambiente; sociedade em rede; ativismo social. Abstract The transforming spirit of man mitigated with dissatisfaction in front of the inequality and others social difficult reflect a bunched of fights and mobilization in search of intervention in the status quo. In this context stands out social manifestations that won a new space and also the activism in favor of certain causes the won a new form of concretize the democratic participation in network. In times of virtual reality, with the coming of internet, and a lot of possibilities presented themselves, seeks to make a study of social and environmental activism in cyberspace Cyberactivism. These actions are considerate as a complementary space of mobilization and politicization of public, virtual actions that contribute with assemblage, marches and collective complaints. The cyber activism may be practiced for anybody or a group that have internet access. Keywords: Cyberactivism, environment, network society, social activism. 1 Acadêmica do curso de Direito da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões/ Campus de Frederico Westphalen-RS. E-mail: [email protected] 2 Mestrando Do Programa De Pós-Graduação Mestrado Em Direito Na Universidade Regional Integrada Do Alto Uruguai e Das Missões- Santo Ângelo/RS. Especialista em Advocacia Pública pela Universidade Luterana do Brasil-Canoas/RS. Professor no Curso de Direito da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- Frederico Westphalen/RS. E-mail: [email protected] 3 . Acadêmica do curso de Direito da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões/ Campus de Frederico Westphalen-RS. E-mail: [email protected]

description

. Ciberativismo e a Questão Ambiental

Transcript of 3. Ciberativismo e a Questão Ambiental o Exerício Da Cidadania Em Rede

  • 02, 03, 04 e 05 out /2013-Santa Maria/RS UFSM - Universidade Federal de Santa Maria

    25

    CCIIBBEERRAATTIIVVIISSMMOO EE AA QQUUEESSTTOO AAMMBBIIEENNTTAALL:: OO EEXXEERRCCIIOO DDAA

    CCIIDDAADDAANNIIAA EEMM RREEDDEE

    CCYYBBEERRAACCTTIIVVIISSMM AANNDD EENNVVIIRROONNMMEENNTTAALL IISSSSUUEE:: TTHHEE CCIITTIIZZEENNSSHHIIPP

    NNEETTWWOORRKK

    Leila Cssia Picon 1

    Thiago Luiz Rigon de Araujo 2

    Solange Antunes 3

    Resumo O espirito transformador do homem mitigado com a insatisfao frente as desigualdades e outras dificuldade de

    cunho social refletem um apanhado de lutas e mobilizaes na busca de interveno no status quo. Neste

    contexto destaca-se as manifestaes sociais que ganharam um novo espao e tambm o ativismo a favor de

    certas causas que ganharam uma nova forma de concretizar a participao democratica em rede. Em tempos de

    realidade virtual, com o advento da internet, e o turbilho de possibilidades que se apresentam, busca-se fazer

    um estudo do ativismo social-ambiental no ciberespao Ciberativismo, Essas aes so consideradas como um espao complementar de mobilizao e politizao pblica, aes virtuais que contribuem com assembleias,

    passeatas e reclamaes coletivas. O ciberativismo pode ser praticado por qualquer pessoa ou grupo que possui

    acesso Internet.

    Palavras-Chave: Ciberativismo; meio ambiente; sociedade em rede; ativismo social.

    Abstract The transforming spirit of man mitigated with dissatisfaction in front of the inequality and others social difficult

    reflect a bunched of fights and mobilization in search of intervention in the status quo. In this context stands out

    social manifestations that won a new space and also the activism in favor of certain causes the won a new form

    of concretize the democratic participation in network. In times of virtual reality, with the coming of internet, and

    a lot of possibilities presented themselves, seeks to make a study of social and environmental activism in

    cyberspace Cyberactivism. These actions are considerate as a complementary space of mobilization and politicization of public, virtual actions that contribute with assemblage, marches and collective complaints. The

    cyber activism may be practiced for anybody or a group that have internet access.

    Keywords: Cyberactivism, environment, network society, social activism.

    1 Acadmica do curso de Direito da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Misses/Campus de

    Frederico Westphalen-RS. E-mail: [email protected] 2 Mestrando Do Programa De Ps-Graduao Mestrado Em Direito Na Universidade Regional Integrada Do Alto Uruguai e Das Misses- Santo ngelo/RS. Especialista em Advocacia Pblica pela Universidade Luterana

    do Brasil-Canoas/RS. Professor no Curso de Direito da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das

    Misses- Frederico Westphalen/RS. E-mail: [email protected] 3. Acadmica do curso de Direito da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Misses/Campus de

    Frederico Westphalen-RS. E-mail: [email protected]

  • 02, 03, 04 e 05 out /2013-Santa Maria/RS UFSM - Universidade Federal de Santa Maria

    26

    INTRODUO

    Nos tempos de realidade virtual, o ciberativismo concentrou-se em temas ambientais,

    polticos e sociais, apresentando-se embasado na acessibilidade crescente das pessoas

    Internet e telefonia mvel.

    No decorrer do tempo em constante transformao, ocorreram mudanas na esfera

    tecnolgica da comunicao, todavia destacando-se o mbito das necessidades sociais, nas

    suas lutas e na forma de lutar, em especial a maneira de utilizao da mdia por ativistas de

    movimentos sociais, do qual incluso o movimento ambiental.

    As novas mdias apresentam-se de modo privilegiado principalmente no que se refere

    aos movimentos ambientalistas, que emergem dos anos 60, buscando estabelecer-se na

    influncia de novos rumos para a democracia do sculo XXI no que tange a proteo ao meio

    ambiente.

    Portanto o presente artigo destaca-se com a finalidade de tratar sobre os movimentos

    sociais em rede, ou ciberativismo, que surge em um contexto de expanso, de busca

    democrtica, de transmisso da informao. Com a internet, a comunicao em rede,

    apresenta-se como uma das possibilidades de participao e cidadania, a propagao das

    novas tecnologias (internetredes sociaisciberativismo) podem ser possibilidades para os

    cidados encontrar-se em uma constante busca por uma sociedade democraticamente mais

    igualitria e justa.

    1 CIBERATIVISMO AMBIENTAL

    O desenvolvimento exponencial das redes leva por conformar um novo desgnio do

    espao digital, que vai alm da produo de conhecimento, proporcionando o exerccio da

    democracia participativa atravs da formao e representao de movimentos sociais. O

    ciberativismo , sobretudo, um meio essencial de promover o exerccio da cidadania na rede e

    de pressionar governos e corporaes a motivarem aes a partir de vozes atomizadas que se

  • 02, 03, 04 e 05 out /2013-Santa Maria/RS UFSM - Universidade Federal de Santa Maria

    27

    somam acerca de um interesse comum, geralmente causas de cunho social, poltico ou

    ambiental.

    Manuel Castells (2003, p. 115) define ciberativismo como movimentos sociais que

    configuram em:

    [...] aes coletivas deliberadas que visam a transformao de valores e instituies

    da sociedade, [que] manifestam-se na e pela Internet. O mesmo pode ser dito do

    movimento ambiental, o movimento das mulheres, vrios movimentos pelos direitos

    humanos, movimentos de identidade tnica, movimentos religiosos, movimentos

    nacionalistas e dos defensores/proponentes de uma lista infindvel de projetos

    culturais e causas polticas. O ciberespao tornou-se uma gora eletrnica global em

    que a diversidade da divergncia humana explode numa cacofonia de sotaques.

    Com a propagao das novas tecnologias de informao, principalmente a Internet,

    eclodiram, no ciberespao, novos formatos de movimentos e aes polticas, que articulam-se

    na organizao estratgicas de associaes pela formao de um coletivo social:

    O ativismo digital trata-se de uma nova forma de ao poltica; uma maneira de

    fazer poltica atravs de suportes cibernticos; buscando a veiculao de um ideal

    atravs de uma mdia de grande alcance, o ativismo contemporneo praticado em

    rede, atravs da internet (STRESSER, 2010, p. 2).

    O ativismo digital um mecanismo de ao democrtica no ambiente virtual, pois h

    a possibilidade de difundir informaes e reivindicaes sem mediao, pode-se observar o

    mesmo de uma forma alternativa ao privilgio praticado pelos meios de comunicao de

    massa.

    importante ressaltar a influncia que esses meios de comunicao em massa

    representam para a sociedade, a informao chega muitas vezes de forma distorcida para a

    populao, destaca-se como dever cada individuo saber filtrar essas informaes, em

    contrapartida a essa idia, momentos de ineficaz interpretao trazem subordinao as

    ferramentas dispostas pela mdia para possvel manipulao da opinio pblica.

    Ferreira e Vizer ( 2007, p. 26) comentam a respeito da influncia da comunicao

    midiatizada:

    A influncia social, cultural e psicolgica da comunicao midiatizada cresceu em

    forma permanente e acelerada com o surgimento dos meios de comunicao

  • 02, 03, 04 e 05 out /2013-Santa Maria/RS UFSM - Universidade Federal de Santa Maria

    28

    audiovisuais, paralelamente aos processos de massificao dos pblicos

    telespectadores em escala global.

    A mdia em outros tempos encontrava-se com utilizao na materializao de

    ferramenta de contradio e transformao da ordem vigente, bem como na ruptura do status

    quo, mas muitas foram s mudanas no decorrer da histria, a internet tornou-se um

    importante espao onde pessoas de todo o mundo podem articular-se com outras pessoas,

    atravs de campos de interesses em comum. A internet possibilita a reconfigurao de

    pensamentos, contribuindo para o aprimoramento da pratica democrtica em rede, pois os

    indivduos possuem as mesmas condies de agir de forma global.

    No estado democrtico brasileiro com incio em meados de 2010, encontram-se

    diversos movimento sociais expressivos na esfera virtual, mas o ciberativismo ambiental foi o

    que deteve maior destaque, isso porque a sociedade atravs das redes sociais buscou/busca

    tanto transmitir informaes, quanto reivindicar por melhorias na qualidade de vida no meio

    ambiente, o ciberativismo mais do que um meio de informao e organizao, um

    instrumento de democracia e participao popular.

    2 ATIVISMO DIGITAL FRENTE AO EXCESSO DE INFORMAO EM REDE

    O surgimento da internet por si s j representa uma enorme mudana social, a

    informao, antes escravizada, passou a ser quase que onipresente graas revoluo

    tecnolgica, onde a globalizao da informao destaca-se como uma ferramenta de grande

    valia no exerccio de cidadania e expresso de deveres e direitos.

    As novas tecnologias da informao confirmam-se com antigas previses de que

    novos espaos foram criados e transformaram o mundo em uma aldeia global, ainda que, para

    muitos, apenas sob o ponto de vista virtual (McLUHAN, 1999).

    A internet apresenta-se como uma fonte de poder e no mais como uma simples

    ferramenta, pois ela influencia a sociedade na maneira pensar, ela cria conceitos e remodela

    certas atividades essenciais que envolvem o conhecimento, produz-se cada vez mais

    informao, isso gera certa desateno por parte do receptor.

  • 02, 03, 04 e 05 out /2013-Santa Maria/RS UFSM - Universidade Federal de Santa Maria

    29

    Esse excesso de informao obtida pode vir a confundir o usurio receptor, que devido

    ao grande numero dirio de informao pr-ditas torna-se um reflexo de muitos dos seus

    prprios questionamentos a respeito do mundo, em interferncia do ciberativismo.

    Joseph Nye (2002, p.121) aponta que o paradoxo da abundncia uma das formas

    mais interessantes do poder, diante desse continuo fluxo de informao, que ao mesmo tempo

    faz brotar uma escasses de ateno. Quando confrontados com um volume excessivo de

    informaes, difcil saber ao que devemos nos conectar. A ateno, no a informao, passa

    a ser o recurso escasso e que adquire o poder so os mais capazes de distinguir os sinais

    valiosos em meio celeuma.

    A alternativa para lidar com um mundo carregado de informaes, acreditar em

    quem consegue filtrar tais informaes e apresentar apenas aquelas que destacam-se como

    merecedoras da devida ateno do pblico (NYE, 2002).

    O excesso de informao que deveria embasar o conhecimento e facilitar a tomada de

    decises acaba por dispersar o contedo informacional que pode gerar concluses mal

    fundamentadas e equivocadas.

    Todavia, destaca-se que um exagerado nmero de informao presente pode estar a

    influenciar nos usurios uma concepo humana condizente ao conformismo, devido ao fato

    de exageradas informaes inviabilizam a hierarquia de valores do respectivo receptor,

    impossibilitando-o de avaliar os valores fundamentais e o que vem a ser sensacionalismo. Em

    alguns nobres momentos os canais de comunicao destacam futilidades e detrimento a

    questes de inestimada valia, como segurana pblica e questes humanitrias, formar uma

    opinio centrada e fundamentada pelos usurios de distintos meios de comunicao, vem a ser

    um grande desafio para a era do conhecimento.

    Nesse nterim, observa-se que devido as novas tecnologias informacionais que

    incrementaram novas prticas do ativismo, em especial pelas emergentes novas mdias, que

    na rede social que muitos dos movimentos sociais passam a ter voz ativa e demonstrar-se ao

    mundo como uma realidade. Passaram assim a agir como selecionadores de informaes

    importantes para suas causas e pouco a pouco passaram a dispor de maior legitimidade social

    e reconhecimento.

  • 02, 03, 04 e 05 out /2013-Santa Maria/RS UFSM - Universidade Federal de Santa Maria

    30

    3 A IMPORTNCIA DAS NOVAS MDIAS PARA A PROTEO JURDICA DO

    MEIO AMBIENTE.

    A modernidade revelou uma falcia no que diz respeito a empregar primeiramente o

    desenvolvimento econmico para em momento posterior depositar juridicamente despertar o

    real interesse do meio em degradao (RUSCHEINSKY, 2002).

    A Constituio Federal, conforme caput do artigo 225, dispe sobre o direito ao meio

    ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial sadia

    qualidade de vida, impondo-se ao Poder Pblico e coletividade o dever de defend-lo e

    preserv-la.

    A Constituio Federal aponta no artigo 225, VI a promoo da Educao Ambiental

    em todos os nveis de ensino e a conscientizao pblica. De acordo com o art.3 da

    mencionada Lei, incumbe ao Poder Pblico promover a educao ambiental em todos os

    nveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservao, recuperao e melhoria do

    meio ambiente. Destacando-se aos meios de comunicao de massa, incumbem colaborar de

    maneira ativa e permanente na disseminao de informaes e prticas educativas sobre o

    meio ambiente, e s empresas, entidades de classe, instituies pblicas e privadas, promover

    programas destinados capacitao dos trabalhadores, visando melhoria e controle efetivo

    sobre o ambiente de trabalho, bem como sobre as repercusses do processo produtivo no meio

    ambiente para as presentes e futuras geraes.

    O desenvolvimento da era da informao fez com que a internet passa-se a se destacar

    como um importante papel e ferramenta em prol da conscientizao e debates sobre assuntos

    antes esquecidos pelas mdias, como por exemplo, as mobilizaes em torno do meio

    ambiente. A internet passou a ser uma ferramenta de proteo a esse meio.

    Com o desenvolvimento das novas mdias, o ciberativismo ambiental passou a

    desenvolver-se com aes neste ambiente, a internet possibilitou os meios, para obter uma

    maior participao, nas palavras de John Palfrey e Urs Gaser (2011, p. 288):

    A internet proporciona as ferramentas que capacitam as pessoas, jovens e velhas, a

    ter um maior nvel de participao direta e pessoal no processo formal da poltica se elas assim o quiserem. Nenhuma tecnologia nova vai fazer algum ter experincia

  • 02, 03, 04 e 05 out /2013-Santa Maria/RS UFSM - Universidade Federal de Santa Maria

    31

    de converso. O que a rede proporciona uma plataforma cada vez mais til e

    atrativa para aqueles que esto predispostos a serem ativos na vida cvica.

    Destacam-se assim diversos movimentos de proteo do meio ambiente, bem como

    ambientalistas passaram a utilizar dessa nova forma de divulgao de suas aes e para

    mobilizar um numero cada vez maior de internautas para participarem da cidadania em rede.

    A reflexo sobre meio ambiente faz parte da formao do Ser humano-cidado, no

    sentido de escolher um projeto poltico que contemple seus anseios e da sociedade

    que est inserido, e que atue na busca de solues voltadas a sustentabilidade da

    Vida, e no s numa concepo utilitarista, de preservao e conservao dos

    recursos naturais, para benefcio do homem(GUERRA e TAGLIEBER, 2002).

    Em trabalho desenvolvido por Manuel Castells (1999) aborda o movimento

    ambientalista como [...] uma atitude de vigilncia capaz de restaurar a confiana e dar novo

    nimo a valores ticos em tempos de cinismo generalizado. Declara que os temas levantados

    pelo movimento, interligados com valores humanitrios, despertam-se com devida ateno

    das pessoas e autoridades no somente pela seriedade do assunto, como tambm por imagens

    que dizem mais do que mil palavras.

    Entende-se que a proteo do meio ambiente um dever de todos, em consonncia

    com o preceito constitucional, visto que as obrigaes legais so incumbentes a todo cidado,

    pois em suas completas atividades mentais ningum se escusa a lei. Visto aspectos vigentes

    cabe ao estado e todas as pessoas com influencia para a transformao do mesmo, ajudar em

    campanhas apoiadas na ferramenta do ciberativismo a conscientizao condizente a

    preservao ambiental, levando por princpio que o melhor controle de danos ambientais a

    preveno.

    CONCLUSO

    Conclui-se que o espao oferecido pela Internet constitui-se em uma ferramenta de

    suma importncia de debate pblico, permitindo uma participao democrtica, ainda que

    incipiente, porem no totalmente efetiva, uma vez que est restrita a uma minoritaria parcela

  • 02, 03, 04 e 05 out /2013-Santa Maria/RS UFSM - Universidade Federal de Santa Maria

    32

    da populao que possui recursos financeiros para participar neste meio. Com isso, a

    participao democrtica est ocorrendo com o impulso da Internet em pontos diversos na

    rede e sobre temas localizados.

    Essa midiatizao tende a ser positiva, desde que no vise a lanar moda, mas de

    trazer ao conhecimento pblico conceitos que ajudem-nos como sociedade a plena

    conscientizao dos deveres e direitos, para encontrar-se com devida importncia na

    construo de um planeta sustentvel, com crescente qualidade de vida para as sucessivas

    geraes.

    A guisa de concluso, possvel afirmar que, mais que provocar alarde com notcias

    de catstrofes ambientais, faz-se necessrio uma comunicao que no apenas apresente

    solues e informaes condizentes com uma linguagem acessvel ao seu pblico, mas ajustar

    o devido equilbrio entre a comunicao e os diversos setores da sociedade na questo da

    sustentabilidade. O mesmo deve, em princpio, ser uma comunicao, acima de tudo,

    integrada e educativa, possibilitando a incorporao das mdias tradicionais s novas mdias.

    Construindo uma comunicao que evidencie bons exemplos, aplicveis pelo cidado comum

    e pela comunidade, que denuncie as prticas que vo de encontro ao desenvolvimento

    sustentvel e estimule o cidado a denunciar e a reivindicar providncias para garantir sua

    qualidade de vida, numa busca constante da conscientizao pela preveno de riquezas

    ecolgicas.

    REFERNCIAS

    CASTELLS, Manuel. A galxia da internet: reflexes sobre a internet, os negcios e a sociedade. Rio de

    Janeiro: Jorge Zahar, 2003.

    FERREIRA, Jairo e VIZER, Eduardo (orgs.), Mdias e movimentos sociais: Linguagem e coletivos em ao.

    Coleo Comunicao. So Paulo: Paulus, 2007.

    GUERRA, Antonio Fernando Silveira & TAGLIEBER, Jos Erno. A insero da educao ambiental no

    currculo: o olhar dos pesquisadores de um programa de mestrado em educao. GE: Educao Ambiental

    /n.22, Itaja: UNIVALI, 2002.

    PALFREY, John. GASSER, Urs. Nascidos na era digital: entendendo a primeira gerao de nativos digitais.

    Trad. Magda Frana Lopes. Porto Alegre: Artmed, 2011.

    McLUHAN, Marshall. Os meios de informao como extenses do homem. So Paulo: Cultrix, 1999.

  • 02, 03, 04 e 05 out /2013-Santa Maria/RS UFSM - Universidade Federal de Santa Maria

    33

    RUSCHEINSKY, A. (Org.). Educao Ambiental: abordagens mltiplas. Porto Algere: Artmed, 2002.

    STRESSER, Ronald. Ciberativismo A poltica 2.0. Dissertao Ps Graduao em Mdias Digitais da Universidade Estcio de S, Rio de Janeiro, 2010.