3. CONTRASTE IODADO(1)

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  • CONTRASTEIODADO

  • HISTRIAIncio em meados de1900 com a descoberta de que o iodeto de sdio IV era excretado pela urina.

    O iodo puro muito txico, mas descobriu-se que ligando-o a um anel de piridina, sua toxicidade diminua muito.

    Em 1929 surgiu o Uroselectan, um meio de contraste iodado hidrossolvel, obtendo-se o primeiro urograma bem sucedido.

    Em 1931 ligou-se o iodo a piridina, criando dois novos meios de contraste melhorados (Dione e Neoiopax, com dois tomos de iodo na molcula e mais solveis em gua, pois acrescentou-se cadeias laterais ao anel central).

    Aps anos, substituiu-se o anel de piridina por um anel de benzeno, criando meios de contraste que serviram como base para os atuais.

  • CARACTERSTICASOs meios de contraste iodados so substncias radiodensas capazes de melhorar a especificidade das imagens obtidas em exames radiolgicos, pois permitem a diferenciao de estruturas e patologias vascularizadas das demais, contrastando-as ou causando defeito de enchimento.

    A estrutura bsica dos meios de contraste iodados atuais formada por um anel benznico ao qual foram agregados tomos de iodo e grupamentos complementares, onde esto cidos e substitutos orgnicos, que influenciam diretamente na sua toxicidade e excreo.

  • PROPRIEDADES

    Hidroflicos.

    Pouco lipossolveis.

    No possuem ao farmacolgica importante.

    No tem muita afinidade com protenas e receptores celulares.

    Podem ser administrados por vrias vias.

  • CONCENTRAO DO MEIO DE CONTRASTEIndica a quantidade de iodo no produto.

    Soluo de meio de contraste a 60% contm 60g de sal tri-iodado em 100ml de soluo.

  • DENSIDADEN de tomos de iodo por mililitro de soluo.

    O iodo a parte contrastante do meio de contraste.

    Meio de contraste mais denso tem mais iodo e contrasta mais.

    Contraste com 282mg/ml tem em cada ml de soluo 282mg de iodo.

  • VISCOSIDADERelativa fluidez do lquido.

    Maior concentrao de iodo (densidade) leva a maior viscosidade.

    Quanto mais viscoso, maior a fora necessria para injetar a substncia atravs da agulha (menos viscoso pode usar agulha mais fina) e menor a velocidade de diluio pelo sangue (nos maiores vasos melhor ser mais viscoso, para demorar mais para diluir no sangue, e nos vasos menores, melhor um menos viscoso para fluir melhor).

    A viscosidade menor quanto maior for a temperatura (por isso que se deve aquecer gradativamente os meios de contraste no inicos temperatura corporal antes de sua administrao: 37C).

    Sais de meglumina so mais viscosos que o de sdio. Sais de sdio muito concentrados so agressivos, mas os de meglumina muito concentrados so muito viscosos (a soluo foi misturar para criar meio de contraste com altas concentraes de iodo e viscosidade aceitveis).

  • OSMOLALIDADEOsmolalidade: concentrao molecular de todas as partculas slidas por quilo de gua.

    Osmolaridade: concentrao de partculas dissolvidas por litro de soluo.

    Meios de contraste de alta osmolalidade: Inicos (dissociam-se em ons, aumentando a osmolalidade do plasma).

    Meios de contraste de baixa osmolalidade: Inicos novos e No inicos (no dissociam-se em ons, logo no aumentam a osmolaridade do plasma, por isso so mais seguros em relao s reaes alrgicas).

    O nmero de partculas em soluo (concentrao) no lquido intracelular e no extracelular deve ser igual. Se houver desequilbrio, como quando o meio de contraste injetado e aumenta a concentrao do lquido extracelular, h uma presso osmtica que fora a passagem de gua intracelular para o extracelular, para restabelecer o equilbrio.

    Presso osmtica normal nos lquidos intra e extra-celular 300mOsm/l.

  • CONCLUSOUma soluo isotnica em relao ao plasma tem osmolalidade (concentrao) igual a 300mOsm/l.

    Uma soluo hipotnica em relao ao plasma tem osmolalidade (concentrao) menor que 300mOsm/l.

    Uma soluo hipertnica em relao ao plasma tem osmolalidade (concentrao) maior que 300mOsm/l.

  • 1) MEIOS DE CONTRASTE IODADOS INICOS DE ALTA OSMOLALIDADESo sais tri-iodados, resultantes da reao entre um cido com anel benznico e uma base que pode conter sdio ou meglumina.

    So compostos muito solveis em gua que podem ser utilizados via IV.

    Estes sais tm carter inico, sendo constitudos uma parte eletricamente negativa (nion anel benznico tri-iodado) e outra eletricamente positiva (ction sdio ou meglumina).

    Quando dissolvidos em gua, separam-se os ons negativos e positivos.

    Os sais com sdio foram os primeiros, opacificando muito bem o sistema urinrio, mas so muito agressivos. Foi substitudo o sdio pela meglumina para dar mais conforto ao paciente em exames mais dolorosos e seguros.

  • COMPOSIO DOS MEIOS DE CONTRASTE INICOS DE ALTA OSMOLALIDADESal de sdio (alta concentrao de iodo)

    Sal de meglumina (conforto)

    Ambos os sais (alta concentrao de iodo com conforto)

  • 2) MEIOS DE CONTRASTE INICOS E NO INICOS DE BAIXA OSMOLALIDADESO MAIS SEGUROS E MAIS CAROS.

    Quando um agente aumenta a osmolalidade dos fluidos do corpo humano (300mOsm), aumenta a possibilidade de reaes adversas, pois leva a gua a se deslocar atravs das membranas celulares de dentro para fora das clulas para restabelecer o equilbrio.

    Quanto maior a diferena de osmolalidade, maior ser a presso, portanto, quanto mais prxima a osmolalidade de um meio de contraste estiver do plasma, menor ser a presso osmtica resultante e mais seguro ser o meio de contraste.

    Os meios de contraste inicos podem ser de alta ou baixa osmolalidade, e os no inicos so todos de baixa osmolalidade.

  • MEIOS DE CONTRASTE NO INICOSEm 1970 foi introduzida no meio de contraste iodado uma molcula no inica, a metrizamida.

    Tambm foram desenvolvidos meios de contraste com dois anis de benzeno.

    Os meios de contraste no inicos no se dissociam em ons quando dissolvidos em gua.

  • RESUMOMeios de contraste de alta osmolalidade tem maior nmero de partculas em soluo e os de alta osmolalidade tem menor.

  • CONSIDERAES importante lembrar que qualquer contraste uma substncia qumica, podendo causar complicaes.

    95% ou mais do meio de contraste iodado injetado eliminado pela urina, devendo haver uma excelente funo renal.

    O contraste tambm nefrotxico (nefropatia auto-limitada em at 2 semanas e permanente em 0,15%). Diabetes, mieloma mltiplo, desidratao e creatinina >1,5mg/dl so fatores de risco.

    No administrado se a creatinina for maior que 1,5, salvo casos especiais (dilise) e urgncias

    Em casos de insufcincia renal, sem falncia declarada, utilizar Mucomyst 600mg VO 24h antes do exame at 72h depois e grande hidratao, para proteo renal.

    O contraste endovenoso pode ser administrado em bolo (grandes doses em tempo curto) ou infuso por gotejamento.

    Podem ser administrados por via oral, retal, endovenosa e intratecal, salvo alergias.

  • CUIDADOSIdentificar os fatores de risco e benefcio potencial de seu uso;

    Avaliar as alternativas de mtodos de imagem que possam oferecer o mesmo diagnstico ou ainda sejam superiores;

    Certificar-se da indicao precisa do meio de contraste;

    Estabelecer procedimentos de informao do paciente;

    Ter previamente determinada a poltica no caso de complicaes.

  • VIAS DE ADMINISTRAOUro-angiogrficos, transheptica percutnea, cirrgica, endoscpica retrgrada: acetrizoato, diatrizoato, iotalamato, metrizoato, ioxitalamato, ametriodinato.

    Via IV: ioglicamato de meglumina e Iodipamida de meglumina.

    Via oral: cidos iocetmico, ipodico, tiropanico e iopanico.

  • QUESTIONRIO01- Voc j utilizou contraste iodado na veia? (Urografia Excretora, Tomografia Computadorizada com Contraste Venoso, Cateterismo Cardaco, Arteriografia, Colangiografia Venosa ) ( ) SIM ( ) NO

    02- Apresentou alguma reao (problema)? ( ) SIM ( ) NO

    03 - Como foi esta reao ao contraste iodado ?

  • 04- Voc tem ou j teve chieira de peito (Bronquite asmtica, Asma ) ? ( ) SIM TENHO ( ) SIM J TIVE ( ) NO

    05 - Voc tem alergia a alimentos como camaro, peixe ou outros frutos do mar? ( ) SIM ( ) NO

    06- Voc j apresentou placas vermelhas e elevadas na pele? Essas placas coavam (Urticrias) ? ( ) SIM ( ) NO

    07- Voc j fez uso de algum medicamento que "empolou" o corpo ou inchou os seus olhos (reao a medicamento / Edema de Quincke)? ( ) SIM ( ) NO

  • 08- Voc tem feridas que so difceis de sarar na parte de trs dos joelhos ou cotovelos (eczema ) ? ( ) SIM ( ) NO

    09- Voc tem algum na famlia com alergia a algum tipo de medicamento (Histria familiar)? ( ) SIM ( ) NO

    10- Voc apresenta, com freqncia, entupimento ou coceira no nariz ou, ento, crises de espirros (Rinite alrgica) ? ( ) SIM ( ) NO

    11- Voc j comeu algum tipo de alimento, repetidas vezes, e em todas elas apresentou vmitos, diarria ou urticrias no corpo ? ( ) SIM ( ) NO Qual alimento ?

  • 12- Voc diabtico ? ( ) SIM ( ) NO Se for diabtico, qual o medicamento usado ?

    13 - Voc usa algum medicamento com o nome de Glucophage, Glucoformin, Glifage ou Metformina? ( ) SIM ( ) NO

    14 - Voc portador de Mieloma Mltiplo ou Miastenia Gravis ? ( ) SIM ( ) NO

    15- Voc tem "presso alta"? ( ) SIM ( ) NO

    16- Voc tem alguma doena no corao, fgado ou rins ? ( ) SIM ( ) NO Qual ?

  • 17- Voc usa regularmente algum medicamento? ( ) SIM ( ) NO Qual ? 18 - Voc tem algum comentrio ou informao que julga importante ? ( ) SIM ( ) NO Qual ?

  • CASOS ESPECIAISAlergias, reao prvia ao contraste, doenas cardacas, diabetes, asma, dentre outros, aconselha-se utilizar corticides e anti-histamnicos como profilaxia e administrar contraste no inico.

    Mieloma mltiplo: hiperproteinemia e excesso de clcio, tendem a causar insuficincia renal, que piora com o contraste.

    Diabtico em uso de metformina pode resultar em acidose ltica fatal (suspender 3 dias antes).

  • REAES ADVERSAS - CAUSAS Efeitos fisiolgicos: esto relacionados osmolaridade, quimiotaxidade e dose utilizada.

    Reaes vagais: podem resultar do medo e da ansiedade do paciente.

    Reaes anafilactides: alrgicas.

  • REAES ADVERSAS - GRAVIDADELeve: geralmente no requer tratamento medicamentoso (auto-limitada), sendo necessria apenas observao. Incidncia de 5 a 30%.

    Moderada: clinicamente mais evidente do que a reao leve requer observao cuidadosa e freqentemente tratamento medicamentoso. Incidncia de 0,5 a 2% com inicos e disto para no inicos.

    Severa (grave): necessita atendimento imediato, pois apresenta maior morbiletalidade, e requer hospitalizao. Pode ter como precursoras reaes leves/ moderadas. Incidncia 0,1% para contrastes inicos e 0,02% para no inicos.

    Fatais: As causas mais comuns de bitos incluem colapso cardiorespiratrio, edema pulmonar, coma, broncoespasmo intratvel e obstruo da via area (edema de glote). bito tem incidncia 1/40.000 a 1/100.000.

  • Reaes adversas leves:

    Nusea/vmitoAlterao do paladarSudorese/leve palidezCalorPruridoExantemaCefalia discretaRuborCongesto nasalTonturaCalafriosEspirrosAnsiedadeTremoresInchaos em olhos e boca

  • Reaes adversas moderadas:

    Vmitos intensosLaringoespasmoDor trax e abdome Edema facialRigidezUrticria intensaHipertensoDispnia sibilosBroncoespasmoHipotensoCefalia intensaMudana na freqncia Cardaca

  • Reaes adversas graves:

    InconscinciaArritmias com repercusso clnicaConvulsoParada cardiorespiratriaEdema agudo de pulmoColapso vascular severo

  • REAES ADVERSAS - TEMPOReaes adversas agudas: so aquelas que ocorrem no perodo que o paciente est em observao no servio de radiologia. A grande maioria delas imediata ou ocorre nos primeiros 5 a 20 minutos aps a administrao do agente.

    Reaes tardias: ocorrem aps o paciente deixar o servio de radiologia, de modo que sintomas e sinais variados podem se manifestar, tais como trombose venosa e necrose de pele, quadro clnico semelhante ao resfriado comum por iodo ou mesmo problemas cardacos como insuficincia e arritmias.

  • EXAMESUrografia, uretrocistografia, angiografia, histerossalpingografia, dacriocistografia, sialografia,TC, etc.