3 - Digestão em ruminantes
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06/09/2013
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RUMINANTES JOVENS - GOTEIRA ESOFÁGICA
Invaginação semelhante a calha na parede do retículo
Do cárdia ao orifício reticulomasal
Fechamento reflexo
Receptores na boca e faringe
Estímulo
Contração muscular com encurtamento e torção da goteira com
fechamento das bordas
Leite passa diretamente do esôfago ao canal omasal → abomaso
Desmame e avançar da idade
Reflexo perde a capacidade de resposta
1Goteira
esofágica
DESENVOLVIMENTO RUMENAL
Ruminante
Fases
Não ruminante = nascimento a 3 semanas de idade
Transição = 3-8 semanas de idade
Desenvolvimento das papilas do rúmen
Exposição aos AGV
Aquisição de bactérias e protozoários
Bactérias = independente de inoculação
Protozoários = contato com outros animais – via ar2
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MOTILIDADE RUMINORRETICULAR
Manutenção do ambiente ruminal
Fatores fisiológicos que influenciam a fermentação
Suprimento de substrato fermentável
Temperatura
370C
Força iônica (osmolalidade) do líquido ruminal
300 mosm
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MOTILIDADE RUMINORRETICULAR
Manutenção do ambiente ruminal
Fatores fisiológicos que influenciam a fermentação
Suprimento de substrato fermentável
Temperatura
370C
Força iônica (osmolalidade) do líquido ruminal
300 mosm
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MOTILIDADE RUMINORRETICULAR
Fatores fisiológicos que influenciam a fermentação
Potencial de oxi-redução
-250 a -450 mV
Anaerobiose
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MOTILIDADE RUMINORRETICULAR
Fatores fisiológicos que influenciam a fermentação
Remoção de resíduo indigerível
Remoção de microorganismos
Compatível com regeneração
Tamponamento ou remoção de produtos ácidos da
fermentação anaeróbia
AGV
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MOTILIDADE RUMINORRETICULAR
Retenção seletiva e liberação de resíduos não-fermentáveis
Motilidade ruminorreticular
Paredes musculares
– Prega e pilares ruminais móveis
Sistema nervoso intrínseco
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MOTILIDADE RUMINORRETICULAR
Motilidade ruminorreticular
Contrações primárias ou de mistura
Contração bifásica do retículo
Contrações peristálticas do rúmen
– Saco dorsal
– Saco ventral
Contrações secundárias ou de eructação
Contração do saco dorsal do rúmen8
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MOTILIDADE RUMINORRETICULAR
1-3 contrações/2 minutos
> frequência na ingestão de alimentos
Zero no sono profundo
Ritmo e força de contração
Características da dieta
Alimento mais fibroso → contrações + fortes e +
frequentes
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MOTILIDADE RUMINORRETICULAR
Zonas funcionais geradas pelo movimento
Zona de ejeção
Área dorsal do retículo
Zona de escape potencial
Área ventral do saco cranial
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MOTILIDADE RUMINORRETICULAR
Fluxo seletivo de partículas
Partículas fragmentadas pela mastigação
Gravidade específica menor que 1
Ar aprisionado dentro e entre as partículas
Contração reticular
Rúmen
Estratificação em zonas
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MOTILIDADE RUMINORRETICULAR
Fluxo seletivo
Estratificação e segregação da ingesta
Efeito da gravidade e motilidade
Alimentação com forragem
Formação de zonas ou fases
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MOTILIDADE RUMINORRETICULARFluxo seletivo de partículas
Gravidade e motilidade
Zonas ou fases da ingesta ruminal
– Zona gasosa» Gases de fermentação
– Zona sólida» Partículas trançadas ou entrelaçadas
– Zona pastosa» Limites imprecisos
– Zona líquida» Consistência semelhante à água
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ECOSSISTEMA MICROBIANODIGESTÃO FERMENTATIVA
Bactérias28 espécies funcionalmente diferentes1010 a 1011 células/grama de ingestaAnaeróbias estritas ou facultativasTipos
CelulolíticasHemicelulolíticasPectinolíticasAmilolíticasUreolíticasProdutoras de metanoUtilizadoras de açúcaresUtilizadoras de ácidoProteolíticasProdutoras de amôniaUtilizadoras de lipídeos
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ECOSSISTEMA MICROBIANODIGESTÃO FERMENTATIVA
FungosProtozoários
105 a 106 células/grama de ingestaMassa total aproximadamente igual à de bactérias
Quantidade menor / Tamanho maior
CiliadosIsotricha
Entonodium
FlageladosPrincipalmente em ruminantes jovens
AnaeróbiosIngerem bactériasRetardam a digestão de substratos rapidamente fermentáveis
ECOSSISTEMA MICROBIANODIGESTÃO FERMENTATIVA
Cooperação e interação entre espéciesEcossistema complexo
Resíduos de uma espécie → substrato para outra– Ruminococcus albus e Bacterioides ruminicola
» R. albus: digestão de celulose» B. ruminicola: digestão de proteína
Fatores de crescimento supridos sinergicamente– Vitamina B
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ZONAS RUMINORRETICULARES
Zona sólida
Aderência dos microorganismos
Partículas entrelaçadas em fermentação
Flutuação
Bolhas de ar aprisionadas entre as partículas
Gases de fermentação produzidos pelas bactérias
agregadas ao material particulado
Mistura da ingesta da zona sólida
Sentido anti-horário
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ZONAS RUMINORRETICULARES
Zona sólida
Mistura + fermentação
Dissolução das partículas
– Digestão dos carboidratos estruturais
Diminuição do tamanho das partículas
Escape do ar aprisionado
Diminuição da velocidade de formação de gases
Aumento da gravidade específica
Submersão das partículas 18
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ZONAS RUMINORRETICULARES
Zona pastosa
Fermentação e redução do tamanho das partículas
Motilidade do saco ventral
Sentido horário
Partículas com gravidade funcional baixa
Suspensão na zona pastosa
Retenção na massa circulante
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ZONAS RUMINORRETICULARES
Zona líquida
Partículas fermentadas
Material denso
Zona de escape funcional
Contração do saco dorsal
Partículas de 2-3 mm
– Retículo → orifício reticulomasal → omaso
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RITMO DE PASSAGEM DAS PARTÍCULAS E TAXA DE INGESTÃO
DE ALIMENTOS
Fibras de pouca digestibilidade
Maior tempo para fragmentação
Maior tempo de permanência no rúmen
Menor ingestão de alimentos
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RITMO DE PASSAGEM DAS PARTÍCULAS E TAXA DE INGESTÃO
DE ALIMENTOS
Tempo de permanência no rúmen
Alta digestibilidade
30 horas
Baixa digestibilidade
Superior a 50 horas
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RUMINAÇÃO
Remastigação da ingesta ruminal
Etapas
Regurgitação
Antes da contração primária do rúmen
Contração extra do retículo
Relaxamento do cárdia
Inspiração com glote fechada
Pressão negativa no tórax
Alimento entra no esôfago
– Contração peristáltica reversa
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RUMINAÇÃO
Etapas
Deglutição do líquido
Remastigação
Alimento fibroso x concentrado
Material regurgitado
Região dorsal do retículo
Partículas de tamanho e gravidade características
da zona pastosa
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RUMINAÇÃO
Função
Fragmentação adicional
Exposição dos substratos fermentáveis à ação microbiana
Separação das partículas
Água e pequenas partículas reingeridas
Grandes partículas remastigadas
Redeglutição
Zona pastosa
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RUMINAÇÃO
Tempo de ruminação
Quase zero para dietas ricas em grãos
±10h para dietas ricas em forragem
↑ ingestão = > ruminação
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ÁGUA
Fluxo constante através da massa de material sólido
Velocidade de trânsito
Maior da água do que material particulado do rúmen
Retenção do material particulado em fermentação
Água flui através do material
Água retira material solúvel e pequenas partículas
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TAXA DE DILUIÇÃO
Origem da água
Ingestão
Salivação
Mastigação / Ruminação
Alimentos
Alimentos suculentos
Alimentos fibrosos
– Maior ruminação → > salivação → > taxa de diluição
Alimentos concentrados
– Menor ruminação → < salivação → < taxa de diluição28
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TAXA DE DILUIÇÃO
Influência sobre a fermentação e produção de microorganismos
Altas taxas de diluição
Rápida remoção microbiana
– Redução da concentração
Estímulo à divisão celular
– Crescimento estimulado
Maior porção de energia dirigida para crescimento
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TAXA DE DILUIÇÃO
Influência sobre a fermentação e produção de microorganismos
Altas taxas de diluição
Seleção de microorganismos
– Crescimento rápido
– Microorganismos de crescimento lento
» Aderidos às partículas da zona sólida e pastosa
» Deixam o rúmen de acordo com a cinética da
redução de tamanho das partículas
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TAXA DE DILUIÇÃO
Produção de AGV
– Favorecimento da produção de ácido acético
– Aumento da relação ácido acético/ácido propiônico
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CONTROLE DA MOTILIDADE RUMINORRETICULAR
Sistema nervoso central
Centro de controle
Núcleo dorsal do vago no tronco cerebral
Sinais aferentes
Da luz do lúmen-retículo
Monitoram distensão, consistência da ingesta, pH,
concentração de AGV e força iônica
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CONTROLE DA MOTILIDADE RUMINORRETICULAR
Sistema nervoso central
Fibras eferentes
Nervo vago
– Coordena os padrões de motilidade
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CONTROLE DA MOTILIDADE RUMINORRETICULAR
Sistema nervoso entérico
Condições intraluminais
Distensão
– Receptor de estiramento
» Moderada → ↑motilidade
» Severa → inibição
Consistência da ingesta
Sólida → ↑motilidade
Líquida → ↓motilidade 34
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CONTROLE DA MOTILIDADE RUMINORRETICULAR
Condições intraluminais
pH
– 5,5 – 6,8
– ↓5,0 → quimiorreceptores → inibição da motilidade
Concentração de AGV
– ↑AGV → ↓motilidade para ↑absorção
Força iônica
– ↑osmolalidade → ↓motilidade
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OMASO
Folhas
Canal
Retículo ao omaso
Ingesta entra no omaso na contração reticular
Dilatação do orifício na 2ª fase da contração reticular
Contração corpo e folhas
Material para abomaso
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SUBSTRATOS E PRODUTOSDIGESTÃO FERMENTATIVA
Eficiência digestiva dos ruminantesEfeito suprimento de nutrientes sobre a taxa de crescimento microbiano
Disponibilidade de proteína e carboidrato bem equilibrada
Peptídeo Glicose↓ ↓
Aminoácido Energia
Síntese de proteínae crescimento celular
Manutenção celular37
SUBSTRATOS E PRODUTOSDIGESTÃO FERMENTATIVA
Excesso de carboidrato em relação à proteína
Peptídeo Glicose↓ ↓
AminoácidoEnergia
Síntese de proteínae crescimento celular
Manutenção celular
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SUBSTRATOS E PRODUTOSDIGESTÃO FERMENTATIVA
Excesso de proteína em relação ao carboidrato
Peptídeo Glicose↓ ↓
Aminoácido Energia
Síntese de proteínae crescimento celular
Manutenção celular
NH3
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