3 Lc 15 O Pai

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«Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. 32Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; estava perdido e foi encontrado.» (Lc 15,31-32)

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«Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. 32Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; estava perdido e foi encontrado.» (Lc 15,31-32)

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O PAI: UM AMOR QUE NÃO FAZ COMPARAÇÕES

O nosso Deus, que é Pai e Mãe, não faz comparações!

Tenho muita dificuldade em aceitar esta verdade com todo o meu ser. Penso que se um filho for predilecto, os outros serão menos estimados, menos queridos.

Mas, mesmo que não consiga compreender agora, acredito: para Deus todos os filhos são predilectos!

Não é fácil compreender e acreditar neste amor totalmente gratuito que não faz nenhuma comparação.

Se ouço elogiar alguém, logo começo a pensar porque é que eu não mereço que me louvem ou porque eu não sou tão bom como ele…

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DEUS NÃO é UM gUARDA: é UM PAI Se penso em Deus como um guarda que marca tudo no seu livro, então tenho sempre receio de não atingir a pontuação necessária.

Mas, Deus me ama com amor divino.

Um amor que dá a cada homem e a cada mulher, na sua unicidade, sem nunca fazer comparações.

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Nunca pensei que o dono queria que os trabalhadores das primeiras Nunca pensei que o dono queria que os trabalhadores das primeiras horas ficassem contentes ao ver a sua generosidade para com os horas ficassem contentes ao ver a sua generosidade para com os últimos a chegar. últimos a chegar.

Nunca me passou pela cabeça que os que trabalharam todo o dia Nunca me passou pela cabeça que os que trabalharam todo o dia haviam de ficar contentes por terem podido trabalhar para aquele haviam de ficar contentes por terem podido trabalhar para aquele patrão tão generosopatrão tão generoso.

Na parábola dos trabalhadores, Deus não faz comparações: dá o mesmo salário a todos, quer aos trabalhadores da primeira hora, que suportaram o peso do dia, quer aos que chegaram por últimos.

A PARábOlA DOS tRAbAlhADORES (Mt 20,1-6)

Também aqui surge, no meu coração, um sentimento de indignação.

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Portanto, é necessária uma mudança de mentalidade que me leve a não fazer nenhuma comparação.

MUDAR MENTE E CORAÇÃOMUDAR MENTE E CORAÇÃO

Por isso Ele diz, com o desapontamento de um amante incompreendido: «Porque estás com ciúme por eu ser tão generoso?».

É o mesmo desapontamento que brota do Seu coração diante desse filho ciumento: «Filho, tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu!».

Essa é a mentalidade de Deus. Deus considera a todos como filhos, pois pertencemos a mesma família, e fica feliz por cada um dos seus filhos, quer que fizeram pouco, quer que fizeram muito!

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Prefiro ficar preso na rede dos meus pecados, não consigo chegar a um verdadeiro arrependimento.

Tenho dificuldade a receber o perdão de Deus. Ás vezes parece que quero demonstrar a mim mesmo e a Deus que a minha obscuridade é tão grande que não pode ser superada. Não consigo perdoar-me … Enquanto Deus quer devolver-me a minha dignidade filial, eu continuo a afirmar que me contentaria em ser simplesmente um empregado.

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Será que quero realmente aceitar a minha identidade de filho amado do Pai?

Será que desejo ser perdoado?

Confio tanto nEle que desejo uma verdadeira conversão?

Desejo realmente acabar com a minha rebelião e render-me, sem condições ao Seu amor?

Como empregado posso continuar a manter a distância, a ser rebelde ou queixar-me do salário.

Mas, se reclamar a minha dignidade de filho amado, tenho que assumir a minha verdadeira vocação.

Filho ou empregado?

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Jesus revelou que Deus ama também o filho mais velho:

"Filho tu estas sempre comigo e tudo o que é meu é teu".

Esta declaração de amor incondicional anula qualquer possibilidade de pensar que o filho mais novo é mais querido do que o filho mais velho.

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CONVERtE-SE AO AMOR DE DEUS

Mas, se olhar o mundo com os olhos do amor de Deus, que é um Pai que tudo dá e tudo perdoa, então sinto-me feliz e confiante.

Eis, então, o grande chamamento à conversão:

deixar de ver-me com os olhos da minha baixa auto-estima pessoal,

começar a ver-me com os olhos do amor de Deus.

Se olhar para Deus como um dono que quer tirar de mim o máximo proveito a baixo custo, não posso deixar de sentir ciúmes, amargura e ressentimentos.

Deus não mede o seu amor pelos filhos segundo o seu bom comportamento, por isso é que a minha única resposta tem de ser uma profunda e imensa gratidão.

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Como será o olhar dele quando ficar livre da ira, do ressentimento e do ciúme?

Não conhecemos qual foi a sua resposta, pertence a cada um optar: ou escolher o Pai, ou continuar presos nas malhas da auto-rejeição.

O regresso do filho mais velho é um facto importante, não menos importante do que o regresso do filho mais novo.

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Jesus contou esta parábola para eu conhecer quanto Deus me ama e solicitar a minha conversão.

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O filho mais velho escolhe a auto-esclusãoMas Deus está com Ele

O Pai diz-me: «Eu amo-te, estou contigo, o que é meu é teu, estás em tua casa, sejas feliz, quero dar-te um coração novo e um espírito novo!»

Quero escutar a Sua voz, mas nem sempre é fácil, porque dou ouvido a outras vozes … mas agora sei que posso escolher Deus e ter paz no meu coração, pois não estou só, Deus continua a chamar-me «filho amado»