30 Agosto 2012

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Ano II Número 126 Data 30/09/2012

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AnoII

Número126

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ESTADO DE MINAS - Mg - p.08 - 30.08.2012

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HOJE EM DIA - Mg - p. 25 - 30.08.2012

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Sete meses antes do início da construção do Trecho Nor-te do Rodoanel Mário Covas, a Empresa Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa) con-tratou o Instituto de Botânica de São Paulo (IBt) para asse-gurar a compensação ambien-tal nos 43,8 quilômetros da úl-tima e mais complicada parte dessa obra. O IBt vai prestar assessoria especializada para a execução dos Programas de Gerenciamento de Plantios Compensatórios, de Conser-vação, Monitoramento e Res-gate da Flora nas margens das pistas que interligarão a Ro-dovia Fernão Dias e a Avenida Inajar de Souza aos Trechos Leste e Oeste. O Trecho Nor-te cruzará os municípios de Guarulhos, Mairiporã, Fran-co da Rocha, Caieiras e São Paulo e atravessará o Parque Estadual da Serra da Cantarei-ra, a maior floresta urbana do mundo e patrimônio da huma-nidade.

Há um inegável avanço na construção desse último tre-cho do Rodoanel, tanto na tec-nologia empregada nas obras como na gestão dos projetos e na sustentabilidade ambiental. Há 14 anos, quando o Trecho Oeste começou a ser constru-ído, ambientalistas criticaram duramente a falta de atenção ao impacto ambiental. Não sem razão. Em 2005, três anos depois de inauguradas as pis-tas que interligaram as Rodo-vias Anhanguera, Bandeiran-tes, Castelo Branco, Raposo Tavares e Régis Bittencourt, um relatório elaborado pelo Instituto Socioambiental, em parceria com a Secretaria Mu-

nicipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo, de-nunciou o não cumprimento das ações de reflorestamento previstas.

Isso aumentou o risco de deslizamento de terras na faixa de domínio da estrada, o acú-mulo de entulho nas redonde-zas, as ocupações irregulares, o assoreamento de córregos e o aterramento de nascen-tes, entre outros prejuízos. A falta de medidas compensa-tórias facilitou a instalação de favelas nas proximidades do Rodoanel, com aumento da poluição dos cursos de água e destruição da vegetação. Nas vizinhanças do Tamboré, onde condomínios de luxo sofreram desvalorização por causa do barulho provocado pelo corre-dor, somente há pouco tempo placas antirruído foram insta-ladas ao longo das pistas.

A má condução do projeto dificultou a obtenção pelo go-verno estadual de autorização para a construção do Trecho Sul. A discussão sobre o impac-to ambiental que a obra provo-caria, principalmente nas áreas de mananciais, atrasou consi-deravelmente a sua conclusão. Para conseguir a liberação, o governo foi obrigado a incluir no plano a maior contraparti-da ambiental já registrada no País. Mas faltou eficiência na execução. Somente depois de as obras terem começado, o Instituto de Botânica foi con-tratado para desenvolver es-tudos florísticos, resgate de plantas, restauração ecológica e reflorestamentos compensa-tórios, exigidos pelos estudos

de impacto e licenciamento ambiental. Graças à dedicação dos especialistas do Instituto o atraso foi compensado e foram criadas técnicas e metodologia de monitoramento, tanto para a vegetação afetada quanto para a reprodução da floresta nativa. O IBt coletou mais de 2,7 mil espécies - destas, 37 apresentaram algum grau de ameaça e 6 eram raras. Apro-ximadamente 11,5 mil plantas foram replantadas em áreas próximas às pistas ou em lotes de conservação nas vizinhan-ças.

A lição foi aprendida e para a construção do Trecho Norte a Dersa firmou, com bastante antecedência, con-trato de R$ 2,5 milhões com o Instituto para que a vege-tação da Serra da Cantareira seja pesquisada o quanto an-tes e, assim, sejam reduzidos os impactos ambientais pro-vocados pelas novas pistas. O conhecimento da vegetação permite o replantio de mudas que vão se desenvolver e sus-tentar, compensando o impac-to provocado pelas obras. As árvores de pequeno porte da floresta natural atingida pelo traçado serão removidas para as laterais da estrada. E as que não puderem ser removidas e tiverem de ser cortadas serão reproduzidas em viveiros e re-plantadas.

Todas essas providências parecem indicar que o gover-no estadual está agora real-mente empenhado em reduzir os impactos provocados pelas obras públicas em geral.

O ESTADO DE Sp - Sp - ON LINE - 30.08.2012

Cuidados ambientais