30/07/2011 - CulturaS - Jornal Semanário

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TURISMO À NOITE Sábado 30 de julho de 2011 B angalô, uma das principais casas noturnas de Bento Gonçalves, irá fechar as portas para reformas. Quan- do voltar a funcionar, em setembro, o local não terá mais uma das suas principais características, a atração de shows nacionais, mas trará novidades. As obras deverão durar cerca de um mês e iniciam a partir do próximo sábado, 6 de agosto, afirma o sócio- -proprietário Leandro Santarossa, que adianta que a casa terá uma nova proposta de entretenimento para o público. O empresário garante que as novidades que serão oferecidas re- compensarão a espera. A despedida será com o espetáculo nacional da próxima terça-feria, 2 de agosto, quando Sérgio Moah subirá ao palco mais uma vez. Nos últimos anos, o Bangalô já trouxe para Ben- to shows como Pouca Vogal, com Humberto Gessinger e Duca Lein- decker, além de Leoni, Negritude Júnior, Viviane Araújo, Tati Portella, Cidadão Quem, Grupo Molejo, Dan- ni Carlos, Nenhum de Nós, Kleiton e Kledir, entre outros. Conforme Santarossa, a nova pro- posta será a transformação do local em um atrativo turístico e oferecer ao pú- blico uma nova alternativa, com dois ambientes – um pub e uma danceteria. Para o empresário, foi difícil tomar a decisão de mudar a característica do local. “Fico triste em não trazer mais shows nacionais, mas a tendência de hoje é outra. A juventude quer ir para a balada, o agito. Por isso, vamos ter a danceteria e o pub, que será voltado para happy hour, com shows acústicos locais”, definiu. Além disso, uma novidade está por vir. “Uma réplica da Maria Fumaça será instalada no bar. O tradicional atrativo turístico de Bento deverá cha- mar a atenção do público e também auxiliar no atendimento”, afirma. Se- gundo ele, a locomotiva automatizada terá um trilho suspenso e estações no interior do pub. “O turista que vem a Bento para passar o dia vai querer ficar para a noite também e vai apre- ciar esta novidade”, adianta Santaros- sa. Além da Maria Fumaça, a casa terá happy hour diário e estacionamento ex- clusivo. Nesta semana, a programação da casa é voltada para o público partici- pante da Casa Brasil. Tomaz dos Santos [email protected] DIVULGAÇÃO

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Jornal Semanário - Edição 2742 - 30/07/2011 - Bento Gonçalves

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Turismo à NoiTe

Sábado30 de julho de 2011

Bangalô, uma das principais casas noturnas de Bento Gonçalves, irá

fechar as portas para reformas. Quan-do voltar a funcionar, em setembro, o local não terá mais uma das suas principais características, a atração de shows nacionais, mas trará novidades.

As obras deverão durar cerca de um mês e iniciam a partir do próximo sábado, 6 de agosto, afirma o sócio--proprietário Leandro Santarossa, que adianta que a casa terá uma nova proposta de entretenimento para o público. O empresário garante que

as novidades que serão oferecidas re-compensarão a espera.

A despedida será com o espetáculo nacional da próxima terça-feria, 2 de agosto, quando Sérgio Moah subirá ao palco mais uma vez. Nos últimos anos, o Bangalô já trouxe para Ben-to shows como Pouca Vogal, com Humberto Gessinger e Duca Lein-decker, além de Leoni, Negritude Júnior, Viviane Araújo, Tati Portella, Cidadão Quem, Grupo Molejo, Dan-ni Carlos, Nenhum de Nós, Kleiton e Kledir, entre outros.

Conforme Santarossa, a nova pro-posta será a transformação do local em

um atrativo turístico e oferecer ao pú-blico uma nova alternativa, com dois ambientes – um pub e uma danceteria.

Para o empresário, foi difícil tomar a decisão de mudar a característica do local. “Fico triste em não trazer mais shows nacionais, mas a tendência de hoje é outra. A juventude quer ir para a balada, o agito. Por isso, vamos ter a danceteria e o pub, que será voltado para happy hour, com shows acústicos locais”, definiu.

Além disso, uma novidade está por vir. “Uma réplica da Maria Fumaça será instalada no bar. O tradicional atrativo turístico de Bento deverá cha-

mar a atenção do público e também auxiliar no atendimento”, afirma. Se-gundo ele, a locomotiva automatizada terá um trilho suspenso e estações no interior do pub. “O turista que vem a Bento para passar o dia vai querer ficar para a noite também e vai apre-ciar esta novidade”, adianta Santaros-sa. Além da Maria Fumaça, a casa terá happy hour diário e estacionamento ex-clusivo.

Nesta semana, a programação da casa é voltada para o público partici-pante da Casa Brasil.

Tomaz dos Santos

[email protected]

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Enquanto houvEr EspErança

Disse, na mais recente crônica, que retomaria o assunto. E, já retomando, vamos ao mito Pandora, outra figura feminina, assim como Eva, usada como uma espécie de bode expiatório pela disseminação dos males no mundo. Esta, primeira mulher criada por Deus, teria desobedecido ao Senhor pelo desejo de conquistar o dom do conhecimento, mordendo e oferecendo ao companheiro o fruto proibido. Aque-la, primeira mulher criada por Zeus, não resistindo à curiosidade, teria cometido o grave erro de abrir a caixa onde estavam guardadas todas as dores físicas e espirituais, liberando o seu conteúdo maléfico.

Lendas e crenças à parte, desconfio que a eman-cipação da mulher impôs outras interpretações para ambos os casos. Com relação à Pandora, ao seu (des)feito foi atribuída a faculdade de possibilitar ao ho-mem o aperfeiçoamento através de provas e adversi-dades. Aliás, na filosofia pagã, já se dizia que a perso-nagem mitológica era a fonte da força, da dignidade e da beleza humana. E com relação à Eva, a culpa acabou sendo dividida com Adão, que se deixou levar pela companheira, que foi tentada pela serpente.

Mas o que interessa nessa história grega é aquilo que não escapuliu da famosa Caixa. Pandora, arrepen-dida, teria conseguido fechá-la em tempo de guardar o único sentimento bom antes que ele se perdesse junto aos males espalhados pelo mundo: a esperança. Graças a ela, a humanidade segue tentando endireitar o que está cronicamente torto.

Vendo um documentário de uma entidade, não por coincidência chamada Esperança, que trabalha com crianças e adolescentes, proporcionando-lhes educação com oportunidade, percebi como há gente maravilhosa, que se doa, que investe, que acredita no ser humano. Por curiosidade, andei pesquisando na internet o assunto e encontrei milhões de resultados, embora obviamente muitos deles repetidos. Tratam-se de ações nascidas espontaneamente no meio do povo e que descobrem soluções ainda não pensadas ou realizadas pelos poderes públicos.

É uma boa vontade, uma benquerença que brota dos corações e que vai se materializando em projetos solidários; são ações que priorizam o ser vivo – hu-mano ou animal; é um engajamento com o ambiente em sintonia planetária. São corações e mentes que não se deixam dominar pelos males que escaparam da alegórica Caixa de Pandora. Afinal, a esperança é a úl-tima que morre. Ou, conforme poetou Mário Quintana (poemeto abaixo), a esperança não morre nunca: ela sempre se renova.

“Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano/ vive uma louca chamada Esperança/ E ela pensa que quando todas as sirenes/ todas as buzinas/ todos os reco-recos tocarem/ atira-se e/ – ó delicioso vôo!/ Ela será encontrada miraculosamente incólume na cal-çada/ outra vez criança.../ E em torno dela indagará o povo:/ -Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?/ E ela lhes dirá (é preciso dizer-lhes tudo de novo!)/ Ela lhes dirá bem devagarinho/ para que não esqueçam:/ _ O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...

Projeto Gráfico: Maiara AlvarezFoto de Capa: Gilmar Gomes - ArquivoSupervisão: Rogério Costa ArantesDireção: Henrique Alfredo [email protected]

Edição: Tomaz dos SantosRevisão: Maiara AlvarezPeriodicidade: QuinzenalDiagramação: Robson B. Oliveira

Caderno

Este caderno faz parte da edição 2742 de sábado, 30 de julho de 2011, do Jornal Semanário

SEDEWolsir A. Antonini,

451 - Bairro Fenavinho/Bento

Gonçalves, RS 54. 3455.4500

Sábado30 de julho de 20112

[email protected]

Patrícia Lima

Desde 2003, a Associação dos Artistas Plásticos da

Serra Gaúcha (Aaplasg) busca promover, entre a comunidade e os 40 artistas plásticos asso-ciados, a realização e divulga-ção de eventos culturais. “Nós, da atual gestão, visamos conso-lidar a união entre os associa-dos, com o objetivo de aprimo-rar a cultura da região, afirma a presidente da entidade Marile-ne Garcia de Oliveira.

Desde a fundação, há oito anos, a Aaplasg vem desenvol-vendo diversas atividades, des-tacando-se a realização anual da “Mostra de Artes”, em co-memoração ao aniversário de sua fundação.

Em outubro, na semana co-memorativa ao aniversário de Bento, a entidade proporciona a integração com a comunida-de, através da atividade “Pin-tura na Praça”, com alunos do ensino fundamental. “A associação encontra-se em um

excelente momento, com o re-conhecimento da comunidade bento-gonçalvense, e, para dar continuidade a esse caminho de sucesso, ainda nos falta via-bilizar um espaço para nossa sede”, destaca Marilene.

Compõem o quadro da as-sociação: pintores, escultores e fotógrafos, que já participaram de exposições nacionais e inter-nacionais em Itália, Inglaterra, Nova Iorque e Paris. “Viagens de estudo, oficinas com artis- [email protected]

Artes Plásticas

associados pEla artE

tas, locais nacionais e interna-cionais fazem parte das muitas atividades oferecidas pela asso-ciação”, conta a presidente.

Marilene registra ainda a im-portância da associada e funda-dora Edla Guindani, que faleceu em junho, bem como das dire-torias anteriores, além do apoio da prefeitura do município e da Fundação Casa das Artes.

GISELE GARCIA, DIVULGAÇÃO

Pintores, escultores e fotógrafos fazem parte da entidade

“Pintura na Praça” promove integração do grupo com a comunidade

twittEr mix volta Em fEvErEiro dE 2012Internet

A terceira edição do Twit-ter Mix, evento que debate a força das redes sociais e reú-ne usuários destas ferramentas na internet, deve acontecer em fevereiro de 2012, durante a vindima. Terra natal da idea-lizadora do evento, Rute Vera Maria Favero, Bento Gonçal-ves já sediou as duas primei-ras edições.

De acordo com Rute – que se diz satisfeita quanto ao cresci-mento que o Twitter Mix mos-trou desde 2010 –, a programa-ção do próximo ano pode até

incluir atividades nos parreirais. “Na segunda edição, tivemos aproximadamente três vezes mais participantes, isso mostra que há credibilidade”, afirma.

Rute Vera Maria Favero

Jorge Bronzato Jr. Rute também destaca que a adesão às redes tem ganha-do cada vez mais intensidade. “Uma forma de fortalecer isso é aculturar as pessoas quanto ao bom uso, a começar pelas escolas”, complementa.

Na visão dela, a vinda de par-ticipantes de outros estados brasileiros mostra que o encon-tro é de grande interesse social. “As pessoas tendem a se des-locar de suas casas somente se tiverem a certeza de que rece-berão algo em troca. Refiro-me a conhecimento, seja trazido pelas palestras ou pelo turismo ou pela gastronomia”, conclui.

JORGE BRONZATO JR.

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Sábado30 de julho de 2011 3

O fim da escrita à mãO...

Pois, meu prezadíssimo leitor, estou escrevendo esta crônica à mão. Somente após estar inteiramente escrita e revisada, transcreverei o texto para o meio digital, ou seja, para o processador de texto do computador.

Normalmente, vinha escrevendo quatro ou cinco linhas no papel – a ideia central, e depois corria para o computador. A razão disso? Continue lendo e logo descobrirá.

Nós que ainda mantemos um leve traço de romantismo estamos indo de mal a pior.

As últimas referências que tínhamos das memórias afetivas caminham para o fim.

A fotocopiadora ou a máquina de “xerox” como todos nós a conhecemos, praticamente se foi. Caso você não lembre ou não saiba, a operação se inicia quando acende uma lâmpada com a função de varrer todo o documento copiado. A imagem é projetada por meio de lentes e espelhos para a superfície de um tambor fotossensível.

Logo não ficará nem uma cópia da máquina de Xerox para contar a história. O mesmo aconteceu com a velha máquina de escrever e com o aparelho de fax. Há quem diga que o livro físico também está com os dias contados, dando lugar aos e-books - os livros eletrônicos.

O golpe de misericórdia contra nós, os últimos românticos, é o anúncio da morte da escrita cursiva, em que as palavras são formadas com letras emendadas pelas pontas. Os americanos estão tornando opcional o ensino da escrita de mão. O argumento para a decisão é que a letra cursvia não é mais útil ao computador.

Então é isso: adeus lápis e caneta.Não demorará muito tempo para o lápis e a caneta caírem

no ostracismo. Em algumas dezenas de anos, esses fabulosos instrumentos da escrita à mão só serão encontrados em museus e nas mãos de colecionadores.

Imagine, espantadíssimo leitor, que daqui há alguns anos, quase ninguém mais saberá escrever em uma folha branca de papel, mas tão somente digitar no teclado do computador. Os alunos levarão para a sala de aula notebooks ou coisa que se assemelhe para anotarem as tarefas e estudarem. Em casa usarão a internet e ficarão twittando com os amigos, numa novilíngua que aboliu as vogais.

Para nós, que amamos as canetas quase tanto quanto as nossas mães, será uma dor imensa ter que aceitar o abandono do ensino da escrita em cursivo.

Lembra da caneta-tinteiro? Levei surras homéricas para aprender a manejá-la corretamente de forma que não saísse distribuindo borões no papel. Lembra dos cursos de caligrafia? Menina que tinha uma letra bonita era cobiçada pelos meninos e invejada pelas meninas.

Nas relações médico-paciente, a velha caneta e o velho papel também sumirão. Nas consultas, o profissional olhará apenas para o teclado e a tela computador, enquanto o paciente lhe informa o seu histórico da saúde.

É claro que deixei intecionalmente para o epílogo o assunto das cartas. Adeus a missiva escrita à mão com direito a beijo de batom junto da assinatura.

Espero que não me bote a pecha de brega, mas uma boa carta de amor é irresistível, mesmo que o velho Pessoa tenha dito que todas as cartas de amor são ridículas.

Escrevo-te essas mal-traçadas linhas, meu amor...

[email protected]

O elixir dO rOckand rOll gaúchO

Som Daqui

Depois de passar por várias formações desde 2000, a Elixir lança, em agosto, seu primeiro CD autoral

TAINER POLETTO, DIVULGAÇÃO

Com repertório próprio e cover, Maurício, Della, Marcos, Vinnie e Giovanni ficam até três horas no palco

Patrícia Lima

Com mais de 10 anos de carreira, a Elixir é uma das

mais promissoras bandas de rock da Serra Gaúcha. No re-pértório, músicas próprias em inglês e de bandas como AC/DC, Bon Jovi, Guns n’ Roses, Skid Row e Stell Dragon.

O quinteto é formado pelo vocalista Vinnie, 25 anos, o gui-tarrista Giovanni, 28, o baixista Della, 24, o tecladista Marcos, 23, e o baterista Maurício, 35.

Os jovens roqueiros de Ben-to fazem mais de 10 shows por mês nas principais casas da serra. “Nos apresentamos com dois tipos de show, um acústico, para ambientes mais tranquilos ,e outro com rock mais pesado” explica o bate-rista Maurício Meinert.

O nome Elixir surgiu das lembranças da época de es-cola, quando Vinnie estuda-va química no ensino médio. “Eu e o Della é que coloca-mos esse nome na banda, pois éramos colegas de sala e gos-távamos da disciplina”, expli-ca o vocalista [email protected]

recOnhecimentOEm 2008, a Elixir foi uma

das quatro bandas gaúchas se-lecionadas, através de votação popular, para o concurso fes-tival de bandas do canal MTV Brasil. Na oportunidade, os músicos gravaram um quadro com a banda porto-alegrense Cachorro Grande.

PrimeirO cdEste ano, depois de passar

alguns meses em São Paulo, A Elixir lança, em agosto, Get Out, seu primeiro CD, que traz 10 faixas com composi-ções próprias.

A produção ficou por con-ta do multi-instrumentista ca-liforniano Brendan Duffey e do músico paulista Adriano Daga, indicado três vezes ao prêmio Grammy Award. “O lançamento do CD será aqui em Bento e, em setembro, fa-remos uma turnê de um mês, por São Paulo”, conta Vinnie, que além de vocalista é o com-positor da banda. “As letras podem surgir a qualquer mo-

mento, eu pego o violão e co-meço a pensar na melodia. A música pode demorar 10 mi-nutos ou até uma semana para ficar pronta”, comenta.

Maurício destaca que a maio-ria das bandas em que tocou, o vocalista não compunha mas Vinnie faz letra, melodia e voz, o restante da banda trabalha a parte instrumental. “Todos nós colaboramos com o re-pertório da banda. A música começa simples e vai se trans-formando. Quando chega na gravação, acontece e explo-de”, destaca o baterista.

indePendentesDepois de passar por várias

formações durante essa déca-da, a Elixir não tem empresário, nem gravadora. “Fazemos um trabalho independente, pois hoje em dia, além de ser difícil entrar em uma grande gravado-ra, não é lucrável. Preferimos correr atrás dos nossos shows, através dos nossos próprios contatos”, enfatiza Maurício.

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Com a perda de Geraldo em janeiro deste ano, Victor dá continuidade ao que vinham fazendo, mantendo os arranjos originais de Flach, uma forma de homenagear o parceiro e o próprio Gonzaguinha - no dia 29 de abril fizeram 20 anos de sua morte. O show incentiva a participação do público tra-zendo à tona canções sensivel-mente guardadas na memória. As músicas escolhidas para o repertório moldam um pano-rama da visão sócio-política e existencial de Gonzaguinha.

TOMAZ DOS SANTOS

Sábado30 de julho de 20114

Agricultor, fAmíliA e terrA

O Brasil é um país em desenvolvimento, a formação de conhecimento e a cultura se fazem necessárias, pois a au-sência destas gera conflitos sociais.

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), a edu-cação é um direito de todos e dever do Estado e esta deve ser de todos os indivíduos, independentes da sua profissão. No momento em que vivemos um mundo globalizado, uma reflexão sobre a educação do campo se mostra uma ne-cessidade para a melhoria da qualidade de vida do homem camponês, bem como incentivo à diversidade de produ-tividade e qualidade das atividades realizadas no campo: sua permanência, prática e desenvolvimento das ativida-des agrícolas juntamente com seus familiares. De acordo com pesquisas realizadas sobre a educação do campo, no estado do Paraná há um projeto em desenvolvimento que visa favorecer a permanência das famílias camponesas nas atividades do campo, tendo como iniciativa um piloto acompanhado por técnicos, objetivando melhorar a quali-dade de vida do agricultor. Compreendeu-se que o projeto em desenvolvimento promove melhorias na propriedade, em todos os setores. Incentiva o jovem camponês a buscar instruções que facilitem seu trabalho, e consequentemen-te, melhorem a qualidade de vida.

No século19, o nosso município era uma colônia, com o nome de Dona Isabel. A população era de colonizadores; Pessoas simples, mas com muita fé esperança de colher frutos da terra prometida. Hoje, podemos dizer que a realidade é outra. Podemos chamar de empresário rural, e não colono. Por tanto, a educação do campo se faz neces-sária devido à crença de que o camponês, homem simples, não necessita de formação acadêmica. Acredita-se que não é necessário ao homem do campo, que lida com a roça, aprender conhecimentos complexos que desenvolvam sua capacidade intelectual. Ao contrário, nossos jovens devem estudar para serem agricultores com formação. A finalidade desta educação é transformar o agricultor em empresário rural. Tais reflexões são necessárias para que se afaste o perigo da evasão dos pequenos agricultores de suas proprie-dades, principalmente dos jovens para os grandes centros, ocorrendo o chamado inchaço urbano, esvaziando o espaço agrícola no qual nossos jovens sentem-se envergonhados e desmotivados em participar dessa classe social.

Faz-se necessário uma luta coletiva no meio rural, que res-peite as necessidades do homem campesino, mantendo uma política própria, com características peculiares, em prol do agente primeiro da produção: o agricultor. Precisamos formar cidadãos conscientes, responsáveis e críticos sobre o futuro do seu trabalho, que é a alimentação do mundo.

Neste 25 de julho - Dia do Agricultor - parabéns a todos que trabalham a terra para produzir alimentos. Sejam sempre abençoados por Deus. Ser agricultor é uma vocação. É saber preparar, semear em terra escolhida e finalmente saber esperar a colheita.

(54) 9974.2037

Grupo é considerado a Melhor Banda Beatle do Mundo e resgata a história dos garotos de Liverpool

Gaúcho interpreta clássicos

Feliz o ser humano que semeia e sabe esperar pela colheita

Na sua segunda apresentação na Casa das Artes, no sá-

bado, 23, a banda argentina The Beats , considerada a melhor ban-da Beatle do mundo, fez mais um espetáculo memorável, numa ver-dadeira jornada pela carreira dos quatro cabeludos de Liverpool. O show foi marcado por vários mo-mentos da história da banda, com trocas de figurino, caracterização dos músicos e cenário.

Neste novo show Universais, o destaque foi a influência da

O Teatro do Sesc recebeu, na quarta-feira, 27, o espetácu-lo Victor Hugo Canta Gonza-guinha. Conhecido por cantar músicas regionais e participar de festivais nativistas, Victor interpreta clássicos como De-senredo, Diga lá meu coração, O que é, o que é? e Começaria tudo outra vez.

O intérprete iniciou este proje-to com Geraldo Flach em agosto de 2007, contando com a partici-pação especial de Fernando Do Ó, com inúmeras apresentações no interior do estado e na capital.

música indiana na música dos Beatles. O clima mais intimista e a presença da cítara (guitarra indiana) ilustraram o lado esoté-rico da banda.

O espetáculo cênico e musical deixou o público com olhos e ouvidos aguçados. A semelhan-ça dos músicos argentinos com os verdadeiros Beatles também chama muito atenção do públi-co. No palco, eles imitam inclu-sive as características mais mar-cantes de cada um.

A banda

Patrício Pérezcomo Geroge Harrison

Diego Pérezcomo John Lennon

Eloy Fernándezcomo Paul McCartney

Martí Pizzocomo Ringo Starr

Esteban Zanardi Pianista e tecladista

the BeAts impressionAe resgAtA históriA

Shows

Pela segunda vez em Bento Gonçalves, banda argentinalota Casa das Artes e apresenta o show Universais

Vitor hugo cAntA gonzAguinhADIVULGAÇÃO