3.1C - Motivação no Trabalho

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PROJETO FUTURO EM NOSSAS MÃOS BLOCO 3 – Mercado e Mundo do Trabalho Tema 3.1 – Requisitos de Inserção PLANO DE AULA 3.1.C - MOTIVAÇÃO NO TRABALHO Objetivo Refletir com os jovens sobre a importância da motivação e entusiasmo no ambiente de trabalho. Tempo previsto de execução 2 horas Materiais necessários Computador, data show, caneta, papel sulfite, cadeiras e cópias dos textos indicados (Anexos I a IV). Conteúdos abordados Motivação Ambiente de trabalho Cooperação Observação As atividades aqui apresentadas foram sugeridas pela Fundação Conscienciarte e revisadas pelo Instituto Votorantim.

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PROJETO FUTURO EM NOSSAS MÃOS

BLOCO 3 – Mercado e Mundo do Trabalho

Tema 3.1 – Requisitos de Inserção

PLANO DE AULA 3.1.C - MOTIVAÇÃO NO TRABALHO

Objetivo

Refletir com os jovens sobre a importância da motivação e entusiasmo no ambiente de trabalho.

Tempo previsto de execução

2 horas

Materiais necessários

Computador, data show, caneta, papel sulfite, cadeiras e cópias dos textos indicados (Anexos I a IV).

Conteúdos abordados

Motivação•

Ambiente de trabalho•

Cooperação•

Observação

As atividades aqui apresentadas foram sugeridas pela Fundação Conscienciarte e revisadas pelo Instituto Votorantim.

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Desenvolvimento da Atividade

Primeira etapa

O educador propõe a dinâmica cooperativa da “dança das cadeiras”, a fim de aquecer e promover a integração entre os participantes do grupo.

A brincadeira é semelhante à tradicional brincadeira da “dança das cadeiras”, com a diferença que, ao invés das pessoas saírem do grupo, a cada interrupção da música, as cadeiras é que vão sendo retiradas, uma a uma. Ao final, todo o grupo deverá sentar-se em apenas uma cadeira.

Segunda etapa

O educador divide a classe em subgrupos para leitura crítica dos textos:

Motivação no trabalho: mitos e realidades (• Anexo I)

Preste atenção na sua rotina (• Anexo II)

Problemas? Troque o técnico! (• Anexo III)

Em conjunto, com a mediação do educador, os subgrupos apresentam suas conclusões.

O educador propõe a seguinte reflexão:

É fácil ficar motivado com o trabalho?•

O que é preciso fazer para contribuir com um ambiente de trabalho motivador?•

Quais as consequências físicas e mentais que o trabalhador pode ter se não estiver motivado para trabalhar?•

Terceira etapa

Cada jovem preenche o questionário “Você está motivado?” (Anexo IV).

No grupo, aqueles que quiserem podem apresentar o resultado.

Comentários / Dicas

O educador pode ampliar a discussão sobre o tema e discutir com os jovens qual a visão deles sobre o trabalho; o que ele representa em sua vida; como fazer a escolha profissional certa para ficar motivado etc. Para isso, utilize as informações da seção Conteúdos Orientadores.

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Para navegar

Ministério do Trabalho•

Programa ProJovem•

Confederação Nacional dos Jovens Empresários•

Rede Unitrabalho•

Referências bibliográficas

ANTUNES, Ricardo. Dialética do Trabalho. Editora Expressão Popular, 2005•

BARBOSA, J. P. Trabalho: história e tendências. Editora Ática, 1996•

BRIDGES, Wiliam. Mudanças nas relações do Trabalho. São Paulo: Atlas, 1999•

FERREIRA, V. Motivação do Homem para o Trabalho. Brasil, 2003•

LANÇAS, José Ney Pereira. O Meu Primeiro Emprego. Editora Campus•

POCHMANN, Márcio. A Batalha do Primeiro Emprego. Editora Publisher Brasil•

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Conteúdos Orientadores

Textos extraídos do Caderno Temático sobre Trabalho, utilizado em preparação à 1ª Conferência Nacional de Políticas Públicas de Juventude, realizada em 2008.

Identidade e trabalho

Maria Fátima Olivier Sudbrack / Fonte: Revista Onda Jovem

Quando trabalhamos, não somos apenas profissionais vendendo serviços, mas pessoas que se dedicam a algo, investindo sua energia, sua força, sua competência; neste processo, aprendemos e nos transformamos - e transformamos o mundo.

O trabalho, então, está diretamente relacionado à nossa identidade, pessoal e social, pois por meio dele nos desenvolvemos e construímos nossa imagem como cidadãos produtivos e, portanto, úteis para a sociedade.

Ouvimos constantemente esses jovens dizendo que querem trabalhar, seus pais pedem o tempo todo trabalho para os filhos, tudo gira em torno de demandas de trabalho. Isso não passa, no entanto, de tentativas de ocupação e não de uma verdadeira inserção produtiva a partir do desenvolvimento dos potenciais desses meninos, em um processo educativo e de formação profissional para uma atividade com a qual estejam realmente envolvidos e preparados para desempenhar.

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Maria Fátima Olivier Sudbrack é doutora, professora titular do Departamento de Psicologia Clínica da Universidade de Brasília, pesquisadora do CNPq sobre adolescentes e famílias em situação de risco.

Escolha Profissional

Silvio Bock / Fonte: revista Onda Jovem

Toda escolha profissional é uma escolha feita por um indivíduo; todo sujeito, por mais restritas que sejam as condições sócio-econômicas, é sempre um sujeito que pode escolher. Lutamos para que todas as pessoas, sem distinção, tenham possibilidades de escolher, isto é, de refletir sobre si mesmas, sobre o mundo em que vivem e sobre as profissões, tornando possível a construção de projetos de futuro.

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Silvio Bock é pedagogo, doutorando em Educação pela Unicamp e diretor do Nace – Orientação Vocacional.

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Dados

45,5% dos desempregados das seis maiores regiões metropolitanas do Brasil têm entre 16 e 24 anos (DIEESE, •2006).

Entre os jovens de 15 a 17 anos, 60,9% apenas estudam; 21,4% estudam e trabalham; e 7,7% somente trabalham. •Os números se alteram quando se trata dos jovens de 18 a 24 anos: 30,4% dedicam-se integralmente aos estudos; 31,3% trabalham e estudam; e 26,9% são exclusivamente trabalhadores (IBGE, 2002).

Em nível mundial, a taxa de desemprego juvenil é de 13,5%, o que equivale a 85 milhões de pessoas entre 15 e •24 anos. Os jovens representam 44% do total de desempregados no mundo, apesar de serem apenas 25% das pessoas em idade para trabalhar (Organização Internacional do Trabalho, 2006).

Entre janeiro de 2003 e julho de 2007, foram gerados 7,1 milhões de postos de trabalho com carteira assinada. •Deste total, 94% foram ocupados por pessoas entre 15 e 29 anos (Ministério do Trabalho, 2007).

Atualmente, 1,25 milhão de pessoas trabalham em atividades de produção de bens e prestação de serviços, •consumo e crédito solidário, dos quais 35% são mulheres. São em torno de 15 mil empreendimentos econômicos solidários no Brasil. Dos empreendimentos, predominam as associações, com 54% do total, seguida dos grupos ainda sem formalização, com 32%; e das cooperativas, com 10% do total (Atlas da Economia Solidária, Ministério do Trabalho e Emprego, 2006).

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PLANO DE AULA 3.1.C - MOTIVAÇÃO NO TRABALHO

ANEXO I

Motivação no trabalho: mitos e realidades

Jairo Siqueira / Fonte: blog Criatividade e Inovação

O que realmente motiva as pessoas e as leva a se dedicar ao trabalho com energia e entusiasmo?

Qual a importância da remuneração e dos benefícios para se ter um trabalho bem feito?

O ambiente do trabalho e as cabeças dos gerentes são dominados por crenças a respeito de como obter o máximo dos trabalhadores. Algumas não passam de mitos e preconceitos.

Vejamos algumas destas crenças que merecem ser mais bem analisadas:

A maioria das pessoas detesta trabalhar, seja qual for a natureza da tarefa. 1.

Se você não controlar minuciosamente cada tarefa, o trabalhador vai se esquivar de suas responsabilidades. 2.

Os trabalhadores somente se interessam pelos seus salários e pelos benefícios que recebem. 3.

A maioria dos trabalhadores jamais ficará satisfeita com seu salário, seja qual for seu valor. 4.

Quando alguém reclama do salário, ele está, na realidade, infeliz com outra coisa. 5.

Um programa de participação nos lucros é a melhor solução para a desmotivação. 6.

Para sobreviver nos dias atuais, a empresa tem de manter os salários baixos. 7.

Se você elogiar um trabalho bem feito, as pessoas se tornam acomodadas. 8.

Os trabalhadores sempre resistirão às mudanças, seja qual forem às mudanças propostas. 9.

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Jairo Siqueira é consultor empresarial e sócio diretor da Siqueira Consultoria Empresarial.

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ANEXO II

PRESTE ATENÇÃO NA SUA ROTINA

Luis Almeida Marins Filho / Fonte: site Mensagens

Preste atenção na sua rotina. Você acorda e encara a perspectiva de um novo dia com alegria? Quando recebe uma nova tarefa, você a inicia com espírito renovado? Quando finaliza um trabalho, experimenta aquela sensação maravilhosa de dever cumprido? Agora, cheque o seu vocabulário.

Quais são suas expressões favoritas? Você reclama muito? Se a resposta a essas perguntas não for nada positiva, você está precisando de uma boa injeção de motivação. Livre-se de uma vez por todas da síndrome da hiena Hardy. Oh! Isso não vai dar certo! Oh! Dia. Oh! Azar.

A motivação é fundamental para o seu sucesso pessoal e profissional e principalmente para a sua felicidade. Comece hoje mesmo a mudar isso. Faça uma auto-análise, veja os pontos que você precisa mudar ou revitalizar. Mude seu humor, suas atitudes e colha os resultados.

O professor Luiz Almeida Marins Filho, Ph.D., autor do livro “Socorro! Preciso de motivação” e conferencista muito requisitado, defende que muitas pessoas perdem oportunidades – profissionais e pessoais - por causa de atitudes e comportamentos negativos. Veja os principais pontos que levam a motivação e ao sucesso.

Entusiasme-se! A palavra entusiasmo vem do grego e significa ter um deus dentro de si. Na Antigüidade, era o nome do estado de exaltação ou arrebatamento extraordinário daqueles que estavam sob inspiração divina. Estes podiam transformar a natureza e fazer as coisas acontecerem. Há pessoas que esperam que as coisas aconteçam para se entusiasmar e passam anos esperando uma novidade que nunca vem. É justamente o inverso. É a partir daí que tudo acontece. Quando você está entusiasmado, você vê um sentido maior no sol, na chuva, no seu trabalho, na sua vida e uma imensa força empurra tudo o que você faz. O sucesso é a conseqüência natural – e inevitável - desse estado.

O prof. Marins ressalta a diferença entre entusiasmo e otimismo. O otimista é movido pelas condições externas, é reativo. “Vendi bem hoje, estou otimista. Li notícias negativas sobre o futuro do país, estou pessimista. O otimista está sempre sujeito ao tempo lá fora. O entusiasmado nada o abala, ele está acima dos acontecimentos. Como não se deixa abater – apesar das adversidades – ele não perde a força e é capaz de transformar a realidade. É por isso que há pessoas vencendo nas crises”, conclui Marins.

Cultive o desejo ardente

Neste disputadíssimo mundo, as pessoas desejam muitas coisas o tempo todo e ao mesmo tempo. Para sair na frente da concorrência, você precisa de um diferencial. Qual é? Hoje não basta o desejo; você precisa do desejo ardente. Quer um exemplo dessa intensidade? Um cão persegue um gato. Fim do beco. O gato, sem alternativa, arranha o cão e consegue se salvar. Que força fez o gato enfrentar o cão? O desejo ardente de sobreviver. Hoje, mais do que nunca, para vencer no mundo, é preciso desejar ardentemente.

“Vejo lojistas reclamando da crise. Aí você percebe que ele está desanimado, não participa mais das reuniões no Shopping, não dá a devida atenção ao cliente. Onde está aquele entusiasmo, a disposição do início, quando ele inaugurou a loja? Deixou morrer. É preciso voltar a querer, despertar, lutar contra esse lado cínico e desistente que existe dentro de nós”, ensina Marins.

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Pare de reclamar!

Parece incrível, mas tem gente que só consegue ver o que falta. Para alguns profissionais a reclamação é quase um vício. Reclamam da sua função, da empresa, falam mal do chefe, dos subordinados, dos colegas de trabalho. Muitos só valorizam o emprego quando são dispensados.

Reclamar só piora as coisas, envenena o ambiente de trabalho e contamina colegas, criando um clima de insatisfação coletiva. Fuja do espírito do eterno insatisfeito e quando se deparar com um colega com o mal, reverta o quadro: elogie o que ele criticar, ressalte pontos positivos, encha-se de orgulho e parafraseie Machado de Assis: “Tudo está para melhor, no melhor dos mundos possíveis”.

Para se livrar desse mal, a única maneira é a conscientização: reclamar não resolve o problema! Se você está insatisfeito, vá à luta. Mude. Há pessoas que insistem em brigar com o tema. É o vigia noturno que reclama que não dorme com a mulher, o executivo que reclama que o clima de Brasília é seco. Se você está insatisfeito, tome providencias. Ou mude, ou pare de reclamar.

“Temos que assumir que o problema, na maioria das vezes, é nosso. Se você tem funcionários ineficientes, treine ou mande embora. Professores de uma conhecida universidade vieram reclamar do salário. Eu pergunto? Alguém foi condenado a trabalhar aqui? – Não. Então por que não arruma outro emprego? - Mas é a crise? Lá fora está pior. – Então fiquem e parem de reclamar. É preciso resistir a esse vício do querer ser coitado”.

Estabeleça metas, escreva-as e cumpra-as

Quantas vezes fazemos planejamentos maravilhosos, damos início a um projeto ou a uma boa idéia e eles morrem por falta de acompanhamento? Dificilmente vemos o resultado de nossas idéias, simplesmente porque elas não sobrevivem à fase da implantação. E isso serve para tudo: desde um pedido para um colega de trabalho até o planejamento de uma poupança para uma viagem. Dica: faça uma grande planilha, coloque metas, datas, cole fotos e a deixe em local bem visível. Além de evitar que você perca o foco, mantém seu entusiasmo renovado.

Não deixe para amanhã

O tempo é a única vantagem estratégica que não pode ser comprada, vendida e nem fazer leasing. O tempo não tem valor. E nos dias de hoje, administrá-lo com eficiência é decisivo para o manter o entusiasmo. Não existe nada mais desestimulante do que ser surpreendido por lapsos daquilo que não se fez, que não se cumpriu.

Faz um mês que você prometeu um almoço para o seu cliente? Três semanas que ficou de agendar uma visita a um contato importante? A procrastinação é uma praga. Você não resolve e nem esquece. Então, assim que se lembrar de uma tarefa a ser cumprida, ligue, agende e assuma o compromisso.

Você vai se sentir muito mais profissional e aumentar pontos na sua auto-estima. Sem contar, que administração correta do seu tempo é fundamental para o sucesso. Não há mais espaço para o hábito de empurrar com a barriga.

Tenha um projeto pessoal

O primeiro passo é definir o que você quer para você. Quer ganhar muito dinheiro, ser reconhecido pela sociedade, ter uma família bem estruturada? Faça essa auto-análise, trace metas de desenvolvimento, estabeleça aonde quer chegar e coloque em prática o que precisa ser feito para alcançar seus objetivos. Foi-se o tempo em que as empresas tinham um plano de carreira documentado. Hoje, esse compromisso é seu. Você é quem deve se preocupar com o seu crescimento. Quem não investe em si próprio perde espaço e direito de reclamar de estagnação. E isso vale para todos os setores da sua vida, não apenas a profissional. Se você não tiver um projeto pessoal em longo prazo, você não consegue concentrar recursos para agir. É como um ciclista que vive pedalando e não sabe aonde vai chegar.

Tenha um visão global

Hoje em dia você precisa ter a capacidade de pensar globalmente e agir localmente. Enxergue o mundo como um todo sem perder de vista o seu quintal. Isso quer dizer que ao mesmo tempo em que temos que pensar em estratégias totais, devemos pensar – na mesma proporção – em quem trabalha do seu lado, em um cliente que pede esclarecimentos. É

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um pé no globo e outro na calçada. Como conseguir essa visão global? Participe do mundo, leia cada vez mais, vá a congressos, palestras, faça cursos, invista em você.

Mas, cuidado! O equilíbrio entre o global e local exige muita cautela. Há pessoas que perderam anos preciosos atendo-se a pequenos detalhes. Adquira o hábito de estabelecer prioridades por grau de importância e urgência. Peça ajuda de pessoas mais experientes. Muitas vezes, pela proximidade, precisamos de uma opinião externa para enxergar o que realmente é fundamental. Você conhece a história do homem que pensou estar morrendo porque em toda parte do corpo que tocava sentia uma dor atroz? Quase agonizando, procurou ajuda e se queixou. “Socorro! Estou morrendo. Toco o meu joelho e dói, toco meu rosto e dói.” Pois bem, diagnóstico do médico: ele estava com o dedo quebrado.

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Leia mais sobre o professor Luis Almeida Marins Filho, clicando aqui.

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ANEXO III

Problemas? Troque o técnico!

Renato Gallo / Fonte: site Possibilidades

Você sabe por que os times de futebol trocam tanto de técnico?

Porque precisam obter resultados, pois os resultados são o combustível de um time de futebol. E a exigência de resultados, no futebol, é cruel: não basta ser bom, é necessário ser o melhor. A torcida não deixa por menos.

Nas empresas modernas, há a cobrança cada vez maior pela obtenção de resultados, e de forma cada vez mais rápida. A área de tecnologia em informática, a minha, de uma forma geral tem dificuldade de atender a essas novas exigências.

O empacotamento de processos operacionais das empresas em sistemas corporativos, com a alocação de recursos humanos organizados como equipes mistas de desenvolvimento/manutenção são, de certa forma, responsáveis por essa dificuldade que temos de ser ágeis no atendimento às demandas. Valorizamos a estabilidade da equipe, o acúmulo de conhecimentos quanto ao aspecto negocial, e normalmente elegemos como líderes pessoas com um grande conhecimento da área de negócios.

Em nosso modelo, com o passar do tempo, começamos a ficar excessivamente comprometidos com a necessidade de manutenção de programas (diga-se conserto) e melhorias (diga-se adaptação), e não temos como investir em um aprimoramento maior. Nossos sistemas começam a se tornar “Frankensteins” tecnológicos, o tempo se torna cada vez mais insuficiente, os resultados mais lentos e insatisfatórios, a qualidade insuficiente, e assim vamos precisando de mais e mais recursos, e com isso tudo, a relação custo-benefício vai para o espaço.

Mas e daí? A solução então é trocar o “técnico”?

Não existem receitas milagrosas, daquelas que curam todos os males. Cada caso é um caso, mas um fato é único: precisamos parar, de vez em quando, para nos conscientizarmos da realidade, questionar paradigmas, e analisar alternativas. De minha parte, costumo usar uma estratégia mental que normalmente me leva a provocar mudanças e a conseguir obter resultados rápidos. Isto se torna ainda mais interessante em um contexto em que estes resultados não estão sendo esperados pela Empresa, neste momento. Podem estar sendo cobrados, mas dificilmente esperados. Trata-se, realmente, de trocar o técnico, só que há um aspecto interessante: o técnico sou eu mesmo.

Recentemente, passei por uma situação em que me sentia muito pressionado pelos problemas, demandas reprimidas e cobranças. Percebia que a equipe estava no “gargalo”, sem ter como produzir mais, e ainda por cima, havia perdido para o mercado dois dos melhores recursos da equipe.

Aparentemente, o caos estava instalado. Então, resolvi trocar o técnico. Foi até simples, pois afinal, dependia mais era de mim mesmo. E como isso custa muito pouco, e traz resultados bastante positivos, resolvi compartilhar com vocês o método que uso, para que o experimentem e sintam os resultados que podem obter. Uso de um artifício simples. Abstraio-me da realidade, e gasto algum tempo observando a situação (a equipe trabalhando, o comportamento individual, o contexto, a lista de pendências...) como se eu estivesse chegando agora, e fosse liderar este grupo. Procuro, então, visualizar o atual líder (que sou eu mesmo), analisar seus erros e acertos, tentando entender porque ele (uma pessoa tão inteligente!) se comporta como um cachorro correndo atrás do rabo.

Visualizo, então, o que a empresa espera desta área, e imagino o que eu, como futuro líder, exigiria para aceitar entrar nessa fria (de administrar essa área). E qual será minha proposta de trabalho e quais os erros que devo evitar, para que eu consiga obter os resultados que a empresa espera, e saia do outro lado com a imagem de líder super competente, e reconhecido por todos.

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Pronto: agora, é colocar a idéia no papel, gastar um pouco de energia revisando-a e planejando exaustivamente os detalhes, e virar a mesa. Quer dizer, trocar o técnico. E que significa, na realidade, mudar completamente a minha postura e minha forma de administrar a área.

A grande vantagem deste processo é que depende exclusivamente de mim mesmo, e se baseia exclusivamente na quebra de paradigmas e de vícios de trabalho. Além disso, como se trata de mudança radical, e visando um objetivo nobre e corporativo, que é a obtenção de melhores resultados com um menor custo, torna-se fácil negociar uma trégua e até um período de carência com as áreas demandantes.

E se, de qualquer forma, este método não puder ser aplicado integralmente no seu caso, pelo menos lhe trará uma maior consciência do ambiente e da estrutura de trabalho, e lhe permitirá planejar melhor seus próximos passos. E o que é mais importante: conhecer melhor a forma como a empresa e os outros vêem o seu trabalho.

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ANEXO IV

Você está motivado?

Massaro Ogata / Fonte: site Palestras de Motivação.

Responda as perguntas abaixo e saiba como anda sua motivação.

1) Quando pensa nos seus deveres do dia, você...

a.( ) Sente-se feliz e energizado(a)

b.( ) Fica infeliz e desiludido(a)

c.( ) Prefere nem pensar

2) Quanto tempo você precisa para se lembrar de coisas inspiradoras?

a.( ) 3 minutos

b.( ) 30 minutos

c.( ) 3 dias

3) Em relação à questão anterior, quantas vezes você se lembra de situações ou ensinamentos que lhe inspiram?

a.( ) Uma vez por semana

b.( ) Pelo menos uma vez por mês

c.( ) Nunca

4) Quanto do seu potencial você coloca em prática no seu dia-a-dia quando tenta atingir uma meta ou objetivo?

a.( )100%, pois quanto mais eu uso, mais eu tenho para investir

b.( ) 50%, pois é preciso estar sempre guardando um pouco para o dia de amanhã

c.( ) 20%, pois devagar e sempre chegamos lá

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5) Quando começa algo, na maioria das vezes, você...

a.( ) Segue acreditando e permanece até o fim, independentemente das dificuldades

b.( ) Depende da opinião dos outros

c.( ) Depende da evolução e dos problemas

6) Como você se sente em relação à própria vida?

a.( ) Acredita ser responsável pelo que dá certo e pelo que dá errado

b.( ) Acredita ser responsável apenas pelo que dá certo

c.( ) Aceita as coisas como elas são

7) Como você lida com o “não”?

a.( ) Cada “não” que recebo me motiva ainda mais

b.( ) Fico inseguro(a)

c.( ) Desisto no primeiro “não”

Saiba como anda sua motivação

Conte quantas alternativas “a” você respondeu. Agora, multiplique o resultado por 3.

Conte quantas alternativas “b” você respondeu. Multiplique por 2.

Conte quantas alternativas “c” você respondeu. Multiplique por 1.

Some o total de pontos.

Entre 7 e 11 pontos

Com todo esse ânimo você seria um ótimo narrador de uma corrida de minhocas. Falta-lhe vitalidade e entusiasmo. Procure descobrir o que está acontecendo.

Entre 12 e 16 pontos

Você é uma pessoa motivada muito mais pela necessidade do que pela possibilidade. Continue, só falta um pouquinho de prática, e logo você será um campeão.

Entre 17 e 21 pontos

Parabéns, você é uma pessoa muito motivada! Por onde você passa contagia com as usa idéias. Com toda essa energia você pode substituir uma usina de energia elétrica.