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32 sport: 29 de Junho de 2011 motores pub A cidade do Porto recebeu no pas- sado fim-de-semana prova de cor- rida, no conceituado Circuito da Boavista, onde a Amob Racing mar- cou presença com os pilotos Luís Barros, em Porsche 3.0 Turbo, e César Machado, em Ford Escort MKI. Foi um fim-de-semana em cheio para a formação de Famali- cão, uma vez que Luís Barros sai da invicta como o grande vencedor e o jovem César como piloto revelação principalmente na primeira corrida. Começando por Luís Barros, nos treinos cronometrados, o Pors- che não foi além do quarto posto, obrigando o piloto a largar para a primeira corrida da segunda fila da grelha de partida. A experiência de Luís Barros neste tipo de corridas veio ao de cima logo na largada, e com um arranque audaz, o líder da Amob Racing chega a fim da pri- meira curva do circuito logo na li- derança da prova, cimentando esse lugar até final da prova. Na segunda corrida, Luís arran- cou da primeira fila e foi só acender a luz verde para que o Porsche 3.0 Turbo levasse o piloto a mais uma vitória na ANPAC Cup. “Esta é uma prova ao meu estilo, sempre gostei de correr em circuitos citadinos e infelizmente em Portugal estão a desaparecer. O Circuito da Boavista tem a particularidade de ter partes muito técnicas que se misturam com zonas muito rápidas, o que para nós pilotos nos dá um gozo na condução muito grande”, confes- sava Luís Barros que em relação à prova acrescentou, “apesar de ter saído de quarto, sabia que tinha uma palavra a dizer na discussão pela vitória, e depois de alcançar a liderança apenas tive que gerir os acontecimentos até ao final para cortar a linha da meta em pri- meiro”. Já César Machado não teve um bom início, uma vez que no decor- rer dos treinos cronometrados um toque com o Escort MKI devido a óleo derramado na pista, não deixa o piloto realizar um bom crono, lar- gando para a primeira corrida do 15º posto da grelha. A má qualificação do jovem fa- malicense obrigou-o a uma con- centração extra, pois tinha a tarefa de realizar uma corrida de trás para a frente. E assim foi, o campeão jú- nior da temporada passada puxa dos galões e deliciou o muito pú- blico presente em redor do circuito com momentos de grande condu- ção e bonitas ultrapassagens que os deixou por diversas vezes ao rubro. César Machado recupera até à quarta posição da geral, sendo segundo da sua categoria. Na segunda corrida, o piloto da Amob Racing arrancou da quarta posição, mas na largada cai para 6º. Sem nunca perder o contacto com os homens da frente, César vê os dois adversários que o antece- diam em pista desentenderem e aproveita para recuperar a quarta posição, lugar que manteve até final da corrida. “Esta foi a primeira vez que corri neste circuito e estou muito satis- feito com o meu desempenho. Foi pena ter arrancado muito de traz na primeira corrida mas são corridas, e tenho que estar preparado para tudo”, disse o jovem famalicense que foi considerado a grande reve- lação deste circuito. A Amob Racing regressa com os seus pilotos ao mesmo circuito dentro de duas semanas, com a realização do Circuito da Boavista, inseridos na Taça de Portugal de Clássicos, no fim-de-semana de 1, 2 e 3 de Julho. Equipa Amob Racing Luís Barros, em Porsche 3.0 Turbo Numa corrida em Albacete (Espanha) Azar condiciona prestação da Rodrive Não foi uma jornada fácil aquela que a Ro- drive Competições teve no Circuito de Alba- cete, em Espanha, onde no passado fim-de-semana se desenrolou mais uma etapa do Campeonato de Espanha de GT. Rui Lapa e o estreante David Saraiva não tiveram a sorte pelo seu lado, com o Ginetta G50 GT4 a não colaborar por inteiro. Um problema com a caixa de velocidades do protótipo inglês impediu os pilotos de fazer mais do que algumas voltas nos treinos livres, forçando mesmo a sua ausência nos treinos cronometrados. A equipa técnica da Rodrive conseguiu recuperar a caixa de velo- cidades para a corrida de domingo, permi- tindo a presença dos dois pilotos na última posição da grelha de partida. “Apesar de todos os azares que tivemos aqui em Albacete, saio desta prova com uma impressão muito positiva, valeu a pena todo o esforço da equipa para nos conseguir ar- ranjar o carro, de forma a podermos fazer a prova, ou no caso, parte dela”, começou por dizer o piloto. “Em relação à corrida, conse- gui fazer uma boa largada e fui ganhando lu- gares na primeira parte da prova, entreguei o carro ao David na terceira posição, mas como tínhamos um handicap alto perdemos uma posição nas boxes. Depois fomos forçados a desistir devido a um princípio de incêndio quando paramos para trocar de pneus”, acrescentou. Quanto ao estreante David Saraiva, con- siderou a estreia “muito positiva”, referindo que “foi pena termos tido algum azar, mas as corridas são assim e não há nada a fazer”. “Na primeira parte da corrida, ainda poderia ter chegado ao terceiro lugar, mas para além do handicap muito grande tive de parar em pista por causa de um acidente entre outros concorrente e perdi algum tempo com isso”, afirmou David Saraiva. Classificação corrida – 1ª hora: 1º Miguel Castro/Manuel Gião (Porsche 911); 2º Celso Miguez/Hugo Godinho (Ferrari 430); 3º Brain Lavio/Alan Sicart (Ferrari 430); 13º Rui Lapa/David Saraiva (Ginetta G50); classifica- ção corrida – final: 1º Miguel Castro/Manuel Gião (Porsche 911); 2º César Campaniço/João Figueiredo (Audi R8); 3º Celso Miguez/Hugo Godinho (Ferrari 430); N.C. - Rui Lapa/David Saraiva (Ginetta G50). Luís Barros e César Machado em bom nível no Circuito da Boavista António Areal subiu ao pódio da jornada transmontana do Nacional de Montanha e pontuável para a Copa Ibérica, numa or- ganização do Nordeste Automóvel Clube, conservando a liderança no Campeonato Portugal de Montanha (Grupo 1). A Rampa de Bragança/MCoutinho disputada no sentido ascendente da Es- trada Nacional 206 que liga Bragança a Torre de D. Chama, numa extensão de 5 km, ficou um pouco aquém das expecta- tivas de António Areal, mesmo cum- prindo com a presença no pódio. A terceira posição entre os participantes do Grupo 1 foi suficiente para manter a lide- rança do campeonato, ainda assim “à partida para esta jornada pensei que fosse possível fazer um pouco melhor, sem querer tirar o mérito aos meus ad- versários que são de facto muito fortes e possuem excelentes viaturas”, começou por adiantar António Areal que não fez para esta jornada a melhor escolha dos pneumáticos utilizados no BMW M3, as- sistido e preparado pelos irmãos Mon- teiro. “O BMW, a exemplo das provas an- teriores, esteve impecável, o principal handicap foi mesmo a menos acertada escolha dos pneumáticos que nos fez perder alguns preciosos segundos, re- flectindo-se no final do somatório das duas melhores subidas”, confidenciou o piloto. A próxima jornada do Campeonato Portugal Montanha será a “Rampa Capi- tal do Móvel” disputada a 23 e 24 de Julho, em Paços de Ferreira. Areal foi terceiro na Rampa de Bragança

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teiro. “O BMW, a exemplo das provas an- teriores, esteve impecável, o principal handicap foi mesmo a menos acertada escolha dos pneumáticos que nos fez perder alguns preciosos segundos, re- flectindo-se no final do somatório das duas melhores subidas”, confidenciou o piloto. A próxima jornada do Campeonato Portugal Montanha será a “Rampa Capi- tal do Móvel” disputada a 23 e 24 de Julho, em Paços de Ferreira. 32 mmoottoorreess Luís Barros, em Porsche 3.0 Turbo pub

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32 sport: 29 de Junho de 2011 mmoottoorreess

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A cidade do Porto recebeu no pas-sado fim-de-semana prova de cor-rida, no conceituado Circuito daBoavista, onde a Amob Racing mar-cou presença com os pilotos LuísBarros, em Porsche 3.0 Turbo, eCésar Machado, em Ford EscortMKI. Foi um fim-de-semana emcheio para a formação de Famali-cão, uma vez que Luís Barros sai dainvicta como o grande vencedor e ojovem César como piloto revelaçãoprincipalmente na primeira corrida.

Começando por Luís Barros,nos treinos cronometrados, o Pors-che não foi além do quarto posto,obrigando o piloto a largar para aprimeira corrida da segunda fila dagrelha de partida. A experiência deLuís Barros neste tipo de corridasveio ao de cima logo na largada, ecom um arranque audaz, o líder daAmob Racing chega a fim da pri-meira curva do circuito logo na li-derança da prova, cimentando esselugar até final da prova.

Na segunda corrida, Luís arran-cou da primeira fila e foi só acendera luz verde para que o Porsche 3.0Turbo levasse o piloto a mais umavitória na ANPAC Cup. “Esta é umaprova ao meu estilo, sempre gosteide correr em circuitos citadinos einfelizmente em Portugal estão adesaparecer. O Circuito da Boavista

tem a particularidade de ter partesmuito técnicas que se misturamcom zonas muito rápidas, o quepara nós pilotos nos dá um gozo nacondução muito grande”, confes-sava Luís Barros que em relação àprova acrescentou, “apesar de tersaído de quarto, sabia que tinhauma palavra a dizer na discussãopela vitória, e depois de alcançar aliderança apenas tive que gerir osacontecimentos até ao final paracortar a linha da meta em pri-meiro”.

Já César Machado não teve umbom início, uma vez que no decor-rer dos treinos cronometrados umtoque com o Escort MKI devido aóleo derramado na pista, não deixao piloto realizar um bom crono, lar-gando para a primeira corrida do15º posto da grelha.

A má qualificação do jovem fa-malicense obrigou-o a uma con-centração extra, pois tinha a tarefade realizar uma corrida de trás paraa frente. E assim foi, o campeão jú-nior da temporada passada puxados galões e deliciou o muito pú-blico presente em redor do circuitocom momentos de grande condu-ção e bonitas ultrapassagens queos deixou por diversas vezes aorubro. César Machado recupera atéà quarta posição da geral, sendo

segundo da sua categoria.Na segunda corrida, o piloto da

Amob Racing arrancou da quartaposição, mas na largada cai para6º. Sem nunca perder o contactocom os homens da frente, César vêos dois adversários que o antece-diam em pista desentenderem eaproveita para recuperar a quarta

posição, lugar que manteve atéfinal da corrida.

“Esta foi a primeira vez que corrineste circuito e estou muito satis-feito com o meu desempenho. Foipena ter arrancado muito de traz naprimeira corrida mas são corridas,e tenho que estar preparado paratudo”, disse o jovem famalicense

que foi considerado a grande reve-lação deste circuito.

A Amob Racing regressa com osseus pilotos ao mesmo circuitodentro de duas semanas, com arealização do Circuito da Boavista,inseridos na Taça de Portugal deClássicos, no fim-de-semana de 1,2 e 3 de Julho.

Equipa Amob Racing

Luís Barros, em Porsche 3.0 Turbo

Numa corrida em Albacete (Espanha)

Azar condicionaprestação da Rodrive

Não foi uma jornada fácil aquela que a Ro-drive Competições teve no Circuito de Alba-cete, em Espanha, onde no passadofim-de-semana se desenrolou mais umaetapa do Campeonato de Espanha de GT. RuiLapa e o estreante David Saraiva não tiverama sorte pelo seu lado, com o Ginetta G50 GT4a não colaborar por inteiro.

Um problema com a caixa de velocidadesdo protótipo inglês impediu os pilotos defazer mais do que algumas voltas nos treinoslivres, forçando mesmo a sua ausência nostreinos cronometrados. A equipa técnica daRodrive conseguiu recuperar a caixa de velo-cidades para a corrida de domingo, permi-tindo a presença dos dois pilotos na últimaposição da grelha de partida.

“Apesar de todos os azares que tivemosaqui em Albacete, saio desta prova com umaimpressão muito positiva, valeu a pena todoo esforço da equipa para nos conseguir ar-ranjar o carro, de forma a podermos fazer aprova, ou no caso, parte dela”, começou pordizer o piloto. “Em relação à corrida, conse-gui fazer uma boa largada e fui ganhando lu-gares na primeira parte da prova, entreguei o

carro ao David na terceira posição, mas comotínhamos um handicap alto perdemos umaposição nas boxes. Depois fomos forçados adesistir devido a um princípio de incêndioquando paramos para trocar de pneus”,acrescentou.

Quanto ao estreante David Saraiva, con-siderou a estreia “muito positiva”, referindoque “foi pena termos tido algum azar, mas ascorridas são assim e não há nada a fazer”.“Na primeira parte da corrida, ainda poderiater chegado ao terceiro lugar, mas para alémdo handicap muito grande tive de parar empista por causa de um acidente entre outrosconcorrente e perdi algum tempo com isso”,afirmou David Saraiva.

Classificação corrida – 1ª hora: 1º MiguelCastro/Manuel Gião (Porsche 911); 2º CelsoMiguez/Hugo Godinho (Ferrari 430); 3º BrainLavio/Alan Sicart (Ferrari 430); 13º RuiLapa/David Saraiva (Ginetta G50); classifica-ção corrida – final: 1º Miguel Castro/ManuelGião (Porsche 911); 2º César Campaniço/JoãoFigueiredo (Audi R8); 3º Celso Miguez/HugoGodinho (Ferrari 430); N.C. - Rui Lapa/DavidSaraiva (Ginetta G50).

Luís Barros e César Machado embom nível no Circuito da Boavista

António Areal subiu ao pódio da jornadatransmontana do Nacional de Montanhae pontuável para a Copa Ibérica, numa or-ganização do Nordeste Automóvel Clube,conservando a liderança no CampeonatoPortugal de Montanha (Grupo 1).

A Rampa de Bragança/MCoutinhodisputada no sentido ascendente da Es-trada Nacional 206 que liga Bragança aTorre de D. Chama, numa extensão de 5km, ficou um pouco aquém das expecta-tivas de António Areal, mesmo cum-prindo com a presença no pódio. Aterceira posição entre os participantes doGrupo 1 foi suficiente para manter a lide-rança do campeonato, ainda assim “àpartida para esta jornada pensei quefosse possível fazer um pouco melhor,sem querer tirar o mérito aos meus ad-versários que são de facto muito fortes epossuem excelentes viaturas”, começoupor adiantar António Areal que não fezpara esta jornada a melhor escolha dospneumáticos utilizados no BMW M3, as-sistido e preparado pelos irmãos Mon-

teiro. “O BMW, a exemplo das provas an-teriores, esteve impecável, o principalhandicap foi mesmo a menos acertadaescolha dos pneumáticos que nos fezperder alguns preciosos segundos, re-flectindo-se no final do somatório dasduas melhores subidas”, confidenciou opiloto.

A próxima jornada do CampeonatoPortugal Montanha será a “Rampa Capi-tal do Móvel” disputada a 23 e 24 deJulho, em Paços de Ferreira.

Areal foi terceiro na Rampa de Bragança