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AUDINCIA PBLICA
ANEEL N 026/201
PERDAS TCNICAS 4CRTP
AP ANEEL N 026/2014 Contribuio AES BRASIL 1
Contribuio da AES Brasil Audincia Pblica ANEEL n 026/2014
AP ANEEL N 026/2014 Contribuio AES BRASIL 2
SUMRIO 1. Introduo ............................................................................................................... 3
2. Parmetros para Clculo das Perdas Tcnicas BT/MT ........................................... 3
3. Parmetros para Clculo das Perdas Tcnicas SDAT ......................................... 8
4. Software Open DSS .............................................................................................. 10
5. Particularidades das Redes da AES Eletropaulo................................................... 11
5.1 Sistema Delta com Neutro - 230V/115V .............................................................. 11
5.2 Rede Subterrnea - Reticulado ............................................................................. 12
6. Particularidade da Rede da AES Sul Cargas Atpicas ....................................... 13
7. Concluso.............................................................................................................. 14
AP ANEEL N 026/2014 Contribuio AES BRASIL 3
1. INTRODUO
A AES Brasil apresenta a seguir os seus comentrios e sugestes s proposies quanto
metodologia de clculo das perdas tcnicas para o 4 Ciclo de Revises Tarifrias
Peridicas (4 CRTP), apresentadas na Nota Tcnica n 0057/2014-SRD/ANEEL, objeto
da Audincia Pblica N 026/2014 (AP 026/14).
Inicialmente, o grupo AES Brasil corrobora com a proposta da ANEEL em aprimorar a
metodologia de clculo das perdas tcnicas regulatrias utilizando o modelo
convencional de fluxo de carga. Este modelo, alm de ser aplicado no ambiente
acadmico amplamente utilizado para fins de planejamento e gesto do carregamento
do sistema, tendo como caracterstica a obteno das perdas com significativa preciso.
Neste contexto, destaca-se inclusive que a proposta contida na referida Nota Tcnica,
alm de trazer transparncia atividade da ANEEL, est aderente com a regulao
aplicada na maioria dos pases, cuja presuno seria que modelos simplificados, com
parmetros gerais, s poderiam ser utilizados para definir uma ordem de grandeza, ainda
assim com grandes incertezas e larga margem de impreciso nos resultados, o que os
torna inapropriados para a definio de valores que iro definir uma significativa parcela
das tarifas de energia eltrica.
Entretanto, se por um lado, a aplicao de um clculo detalhado adequada, por outro
lado, h uma srie de consideraes que devem ser observadas para que se obtenha
uma consistncia no resultado, tais como, a especificao de modelos que reflitam a
configurao da rede e equipamentos, templates das informaes necessrias para a
entrada de dados no software, qualidade das informaes do banco de dados, premissas
normativas, entre outras consideraes que sero apresentadas nos tpicos seguintes.
Com este intuito, o grupo AES Brasil avaliou as implicaes para a proposta supracitada
de forma a aprimor-la, sendo que o principal objetivo que ao fim do processo, as
perdas regulatrias estejam aderentes s perdas reais do sistema de distribuio.
Ante todo exposto, os temas desta contribuio foram segregados da seguinte forma:
I. Clculo das perdas tcnicas nos sistemas de baixa e mdia tenso.
II. Clculo das perdas tcnicas no sistema de alta tenso.
III. Aplicao do software Open DSS.
IV. Particularidades das redes de distribuio da AES Brasil.
V. Concluso dos temas abordados.
2. PARMETROS PARA CLCULO DAS PERDAS TCNICAS BT/MT
Ante as contribuies recebidas por meio da Consulta Pblica n 11/2013, a ANEEL
apresentou na referida Nota Tcnica uma proposta de apurao das perdas atravs da
execuo do fluxo de carga nas redes de distribuio de Mdia e Baixa Tenso (SDMT e
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SDBT) e a para o sistema de Alta Tenso (SDAT) a proposta que as perdas deveriam
ser obtidas pelo sistema de medio, sendo apuradas pela diferena entre a energia
injetada na fronteira do sistema da distribuidora com os agentes supridores e a energia
medida nas Subestaes de Distribuio (SED).
Em relao metodologia para definio das perdas nos sistemas SDMT e SDBT, a
ANEEL ainda apresentou vantagens adicionais ao se utilizar o fluxo de carga, tais como:
(i) a preciso dos resultados,(ii) a possibilidade de clculo anual, (iii) as avaliaes do
planejamento da expanso das distribuidoras com foco nos investimentos, (iV) o
acompanhamento dos nveis de tenso precrios e crticos (DRP e DRC) em substituio
do procedimento de medio amostral realizado pelas distribuidoras.
Das vantagens elencadas, a AES Brasil corrobora com todos os argumentos
apresentados pela agncia, entretanto, as seguintes ponderaes so destacadas:
I. De fato, h uma preciso significativa nos clculos pela metodologia de fluxo de
carga, uma vez que a convergncia dos fluxos decorre se os resultados das
equaes das potncias nodais forem inferiores aos mismatches (ou resduos) de
potncia ativa e reativa. Entretanto, embora exista consistncia no mtodo,
ressalva-se que (i) a anlise da qualidade da base de dados, (ii) a execuo do
fluxo de carga e (iii) a validao dos resultados, so necessrias para
consolidao dos resultados, e demandaro esforos da ANEEL.
Desta forma, sugere-se que quando da realizao da segunda audincia pblica,
para aprimoramento das informaes contidas no BDGD, um programa validador,
que verifique todos os parmetros necessrios para o clculo das perdas tcnicas,
seja disponibilizado para prvia anlise das concessionrias, antes do envio das
informaes definitivas ANEEL.
II. O acompanhamento dos nveis de tenso em todas as unidades consumidoras
para identificao dos nveis precrios e crticos (DRP e DRC) adequado para
mapear as possveis reas crticas da rede, porm, o modelo no contar com a
variao da tenso proporcionada pelo regulador de tenso dos transformadores
nas subestaes. Ento, dificilmente ser possvel predizer os nveis de tenso
efetivos em uma instalao somente com a base de dados do alimentador.
Adicionalmente, vale destacar que o fluxo de carga representa o estado de
operao da rede em regime permanente, no capturando o comportamento
dinmico do sinal eltrico. Portanto, sugere-se que a medio amostral continue
sendo aplicada e que no seja discutida nesta audincia pblica, pois este tema
no o foco principal deste trabalho.
Em continuidade, o grupo AES Brasil destaca a seguir, alguns pontos adicionais que
deveriam ser considerados em prol da adequao do modelo de fluxo de carga:
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I. Para os barramentos que contemplam gerao distribuda, sugere-se que as
barras sejam classificadas como PV, nas quais se conhece a potncia ativa
gerada e a magnitude da tenso terminal, devendo-se calcular o ngulo da
tenso e a potncia reativa gerada.
II. Para os barramentos que contemplam cogeradores, deve-se observar se a
predominncia no sistema caracterizada como carga (injeo de energia) ou
gerao (exportao de energia). Quando a predominncia for de carga, o
barramento dever ser classificado como PQ, na qual se conhece as demandas
ativas e reativas consumidas e se calcula a magnitude de tenso e ngulo de
fase. Quando a predominncia for de gerao, a classificao das barras dever
ser PV vide item anterior.
III. As curvas de carga a serem utilizadas para fins da execuo do fluxo de carga
sero aquelas obtidas na campanha de medidas conforme dispe o Mdulo 2 do
PRODIST. Alm da diferenciao dos trs dias tpicos (dia til, sbado e
domingo), deveria haver tambm uma diferenciao sazonal ao longo do ano,
desde que a concessionria tenha feito campanha de medidas em dois
perodos. Nos sistemas da AES Sul e AES Eletropaulo notrio perceber que a
curva de carga de uma instalao muda sensivelmente nos diversos meses do
ano.
IV. Os valores de resistncia e reatncia de sequncia positiva, propostos para
composio da impedncia dos condutores, no so adequados porque seu
clculo feito por meio de redes trifsicas equilibradas, no refletindo a realidade
das redes de distribuio em operao.
V. Para fins do clculo das perdas na distribuio, a ANEEL prope que a carga seja
representada pelo modelo ZIP com 50% de potncia constante e 50% de
impedncia constante para a parte ativa e como 100% de impedncia constante
para a parte reativa. Sugere-se que o perfil de carga seja analisado
individualmente para cada alimentador, pois esta proposta, contida tambm no
manual do OpenDSS, foi fundamentada para ganho de eficincia iterativa na
convergncia do fluxo de carga, no refletindo a realidade das cargas das
distribuidoras. Alm do exposto, a modelagem de carga apresentada na proposta
da ANEEL implica em uma reduo de perdas em relao s cargas de potncia
constante.
VI. O item III.2.7 da Nota Tcnica 057/2014 destaca que, no caso de haver mais de
uma tipologia de carga para um mesmo tipo de consumidor, ser realizado um
sorteio considerando o percentual de tipologia verificada na campanha de
medidas. Sobre este procedimento, a AES Brasil ressalta que carece de mais
estudos, pois, ser necessrio garantir que os resulta