{34F10634-1508-447C-BC5A-3E45DC2D7A01}_biologia
-
Upload
gildete-gois-cunha -
Category
Documents
-
view
11 -
download
0
Transcript of {34F10634-1508-447C-BC5A-3E45DC2D7A01}_biologia
-
PROPOSTA CURRICULAR
BIOL
OGIA
ENSI
NO
MD
IO
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAO
DE MINAS GERAIS
CBC
-
AutorasCarmen M. De Caro Martins
Maria Inez Melo de ToledoMairy Barbosa L. dos Santos
Selma Ambrosina de M. Braga
-
GovernadorAcio Neves da Cunha
Vice-GovernadorAntnio Augusto Junho Anastasia
Secretria de Estado de EducaoVanessa Guimares Pinto
Chefe de GabineteFelipe Estbile Morais
Secretrio Adjunto de Estado de Educao Joo Antnio Filocre Saraiva
Subsecretria de Informaes e Tecnologias EducacionaisSnia Andre Cruz
Subsecretria de Desenvolvimento da Educao BsicaRaquel Elizabete de Souza Santos
Superintendente de Ensino Mdio e FundamentalJoaquim Antnio Gonalves
-
Sumrio
Ensino Mdio
1 - Introduo............................................................................................. 11
2 - Sentido de Ensinar Biologia................................................................... 11
3 - Diretrizes para o Ensino de Biologia...................................................... 13
4 - Critrios para Seleo de Contedos de Biologia................................... 13
5 - Sobre as idias-chaves da Biologia.......................................................... 17
6 - Um Currculo de Biologia Organizado em Temas.................................. 19
7 - Avaliao................................................................................................ 26
8 - Apresentao do CBC 2007...................................................................32
Contedo Bsico Comum (CBC) para o 1 Ano
1 - Eixo Principal: Energia - Eixos Associados: Biodiversidade, Materiais e Modelagem 34
Contedos Complementares de Biologia para o 2 Ano 38
1 - Eixo Principal: Energia - Eixos Associados: Biodiversidades, Materiais e Modelagem 39
2 - Eixo Principal: Biodiversidade - Eixos Associados: Energia, Materiais e Modelagem 40
3 Ano - Sugestes de Contedos
1 - Eixo Temtico: Energia - Eixos Associados: Biodiversidade, Materiais e Modelagem 46
2 - Eixo Temtico: Biodiversidade - Eixos Associados: Energia, Materiais e Modelagem 47
Bibliografi a
Bibliografi a 51
-
Apresentao
Estabelecer os conhecimentos, as habilidades e competncias a serem adquiridos pelos alu-nos na educao bsica, bem como as metas a serem alcanadas pelo professor a cada ano, uma condio indispensvel para o sucesso de todo sistema escolar que pretenda oferecer servios educacionais de qualidade populao. A defi nio dos contedos bsicos comuns (CBC) para os anos fi nais do ensino fundamental e para o ensino mdio constitui um passo importante no sentido de tornar a rede estadual de ensino de Minas num sistema de alto desempenho.
Os CBCs no esgotam todos os contedos a serem abordados na escola, mas expressam os aspectos fundamentais de cada disciplina, que no podem deixar de ser ensinados e que o aluno no pode deixar de aprender. Ao mesmo tempo, esto indicadas as habilidades e competncias que ele no pode deixar de adquirir e desenvolver. No ensino mdio, foram estruturados em dois nveis para permitir uma primeira abordagem mais geral e semiquantitativa no primeiro ano, e um tratamento mais quantitativo e aprofundado no segundo ano.
A importncia dos CBCs justifi ca tom-los como base para a elaborao da avaliao anual do Programa de Avaliao da Educao Bsica (PROEB), para o Programa de Avaliao da Aprendizagem Escolar (PAAE) e para o estabelecimento de um planos de metas para cada escola. O progresso dos alunos, reconhecidos por meio dessas avaliaes, constituem a referncia bsica para o estabelecimento de sistema de responsabilizao e premiao da escola e de seus servidores. Ao mesmo tempo, a constatao de um domnio cada vez mais satisfatrio desses contedos pelos alunos gera conseqncias positivas na carreira docente de todo professor.
Para assegurar a implantao bem sucedida do CBC nas escolas, foi desenvolvido um sis-tema de apoio ao professor, que inclui: cursos de capacitao, que devero ser intensifi cados a partir de 2008, e o Centro de Referncia Virtual do Professor (CRV), o qual pode ser acessado a partir do stio da Secretaria de Educao (http://www.educacao.mg.gov.br). No CRV se encon-tra sempre a verso mais atualizada dos CBCs, orientaes didticas, sugestes de planejamento de aulas, roteiros de atividades e frum de discusses, textos didticos, experincias simuladas, vdeos educacionais, etc; alm de um Banco de Itens. Por meio do CRV os professores de todas as escolas mineiras tm a possibilidade de ter acesso a recursos didticos de qualidade para a organizao do seu trabalho docente, o que possibilitar reduzir as grandes diferenas que existem entre as vrias regies do Estado.
Vanessa Guimares Pinto
-
11
Ensino Mdio
1. Introduo
Este documento apresenta a verso fi nal da proposta de currculo de Biologia para o Ensino Mdio elaborada pelas consultoras da rea, considerando discusses, refl exes e escolhas feitas pelos professores do Projeto Escola-Referncia. Aspectos como o sentido, as razes da incluso da Biologia no currculo escolar, diretrizes e critrios de seleo dos contedos so aqui considerados. As sugestes de contedos fundamentam-se a partir da sua relevncia cientfi ca, tecnolgica, social e educacional. Alm disso, na orientao de desenvolvimento desses contedos so considerados os nveis desejveis de entendimento, situaes de aprendizagem, conhecimen-tos prvios, competncias (incluindo conceitos, procedimentos, atitudes e valores) e avaliao.
Apresenta os Contedos Bsicos Comuns (CBC) que compem a matriz de compe-tncias bsicas para a avaliao dos estudantes das Escolas da Rede Estadual de Ensino de Minas Gerais. Esses Contedos Bsicos Comuns foram elaborados para ocupar metade da carga horria disponvel para a disciplina de Biologia e devem ser desenvolvidos prioritariamente. Outros con-tedos complementares, aqui sugeridos ou includos nos projetos pedaggicos da escola, ocupa-ro o tempo restante.
A Proposta Curricular de Biologia fundamenta-se em algumas proposies dos Parme-tros Curriculares Nacionais (PCN+). Orientaes pedaggicas e sugestes de recursos didticos compatveis com esta proposta so encontradas no endereo eletrnico do Centro de Referncia Virtual do Professor (CRV): http://crv.educacao.mg.gov.br.
2. Sentido de Ensinar Biologia
O aprendizado de Biologia, nessa etapa de escolarizao da educao bsica, deve encon-trar complementao e aprofundamento dos conceitos apresentados aos estudantes no Ensino Fundamental. As diferentes especialidades da Biologia, como a Bioqumica, Ecologia, Gentica, Evoluo, Zoologia, Botnica, entre outras, incorporam um debate fi losfi co sobre origem e signifi cado da vida, assim como fundamenta saberes prticos, prprios da medicina, pecuria, agricultura, engenharia sanitria, industrializao de alimentos. Essas diferentes reas esto relacio-nadas a diferentes competncias do conhecimento cientfi co-tecnolgico como parte essencial da formao cidad e a preparao para o trabalho.
-
12
No mundo atual, de to rpidas transformaes, estar formado para a vida signifi ca mais do que reproduzir dados, dominar classifi caes ou identifi car smbolos.Signifi ca:
Saber informar-se, comunicar-se, argumentar, compreender e agir; Enfrentar problemas de diferentes naturezas; Participar de um convvio social de forma prtica e solidria; Ser capaz de elaborar crticas, fazer escolhas e proposies; Tomar gosto pelo conhecimento e adquirir uma atitude de permanente aprendizado.
O estudante do Nvel Mdio apresenta uma maior maturidade, devendo os objetivos edu-cacionais ter pretenso formativa, tanto na abordagem de fatos e conceitos, quanto em termos dos procedimentos, atitudes e valores envolvidos. Nessa etapa, o estudante est mais integrado vida da comunidade e j apresenta uma maior capacidade de compreender e ter conscincia de suas responsabilidades e direitos. A insero da Biologia na rea de Matemtica, Cincias da Natureza e suas tecnologias sinaliza para alm do conhecimento cientfi co disciplinar, ou seja, busca-se uma integrao dos diferentes saberes que constituem essas disciplinas (Matemtica, Fsica, Qumica e Biologia), de modo a promover no estudante competncias que sirvam para intervenes e julga-mentos.
De acordo com as Diretrizes Nacionais do Ensino Mdio, A concepo da preparao para o trabalho que fundamenta o Artigo 35 da LDB aponta para a superao da dualidade do Ensino Mdio: essa preparao ser bsica, ou seja, aquela que deve ser base para a formao de todos os tipos de trabalho.
A lei sinaliza assim que, mesmo a preparao para o prosseguimento de estudos, ter como contedo no o acmulo de informaes, mas a continuao do desenvolvimento da capacidade de aprender e a compreenso do mundo fsico, social e cultural.
H de se destacar que, nas sociedades modernas, todos os indivduos, independentemente de suas origens e escolhas profi ssionais, devem ter oportunidades, na escola, de serem preparados para escolha profi ssional e para o exerccio da cidadania.
Nesse sentido, consideramos que a disciplina Biologia, em suas diferentes especialidades e relacionadas s diferentes habilidades, contribui juntamente com as demais no desenvolvimento dos contedos, na preparao para o trabalho e para o exerccio da cidadania. O trabalho um importante contexto para desenvolver contedos de Biologia como, por exemplo, a produo de servios de sade, especialmente, aqueles relacionados s ocupaes nessa rea. Ainda, os fun-
-
13
damentos cientfi cos tecnolgicos dos processos produtivos, oriundos das cincias da natureza, podem ser facilmente entendidos de forma signifi cativa se contextualizados no trabalho. funda-mental que o estudante do ensino mdio tenha oportunidades de conhecer as diferentes profi s-ses relacionadas s tecnologias que envolvam questes da Biologia. Como exemplo, biofbricas implantadas no Brasil empregam profi ssionais que desenvolvem tcnicas para o controle de alguns tipos de pragas em fruticulturas.
3. Diretrizes para o Ensino de Biologia
As diretrizes estabelecidas nos PCN/99 e PCN+/02 orientam para a produo de um
conhecimento interdisciplinar e contextualizado. Sugerem estratgias diversifi cadas que mobili-
zam menos a memria e mais o raciocnio, centrado nas interaes estudante-professor e estu-
dante-estudante na construo de conhecimentos coletivos. H de se considerar o interesse dos
estudantes pelos temas e a problematizao de situaes para o desenvolvimento dos contedos.
A contextualizao um recurso importante para retirar o aluno da condio de espectador
passivo, permitindo uma aprendizagem signifi cativa. Estudar o corpo humano, por exemplo, no
signifi ca apenas saber como funcionam diferentes sistemas, mas entender como funciona todo o
corpo e as conseqncias de fazer dieta, usar drogas, consumir gorduras ou exercer a sexualidade.
A adolescente que aprende aspectos do sistema reprodutivo, sem entender o que se passa com seu
corpo a cada ciclo menstrual, no constri um conhecimento signifi cativo.
Ao planejar atividades, necessrio partir do princpio de que os fatos e conceitos no
so apenas os contedos a serem ensinados em sala de aula. necessrio desenvolver outros tipos
de contedos: os procedimentos, as atitudes e os valores, sem os quais os conceitos e os fatos
no sero signifi cativos. Para tanto preciso considerar alguns aspectos como, por exemplo, a
escolha dos contedos, o reconhecimento do papel das idias prvias dos estudantes, como objeto
de trabalho pedaggico e do entendimento do carter social da construo do conhecimento
cientfi co. A tarefa do professor de articular uma metodologia de ensino que se caracterize pela
variedade de atividades estimuladoras da criatividade dos alunos.
4. Critrios para Seleo de Contedos de Biologia
A deciso sobre o que, e como, ensinar Biologia no Ensino Mdio, a partir de alguns eixos in-tegradores entre as disciplinas que constituem a rea das Cincias da Natureza e Matemtica, possibilita um planejamento de ensino desde uma perspectiva a um s tempo disciplinar e interdisciplinar.
-
14
Os eixos integradores Energia, Materiais, Biodiversidade e Modelagem articulam habi-lidades que podem ser desenvolvidas na disciplina Biologia e no conjunto das disciplinas das Cincias da Natureza.
Cincias da Natureza e Matemtica Eixos Integradores
. Biologia . Energia
. Fsica . Biodiversidade
. Qumica . Materiais
. Matemtica . Modelagem
Uma compreenso atualizada de vida no se restringe apenas a interesse e importncia para Biologia, , igualmente signifi cativo, para a Qumica e a Fsica. Por sua vez, os temas Energia e os Materiais no esto restritos Fsica ou Qumica. Essas idias so essenciais para a Biologia. O prin-cpio de conservao da energia fundamental na interpretao de fenmenos naturais e tecnolgi-cos, mas tambm pode ser verifi cado em processos biolgicos, como a fermentao, ou em processos qumicos, como a combusto. Nesses e em outros exemplos possvel contar com a quantifi cao matemtica. So exemplos de idias que transitam entre as disciplinas, no carter interdisciplinar, numa viso mais sistmica, sem perder o carter especfi co do conhecimento cientfi co, mas completando-o, de modo a estimular uma percepo da inter-relao entre os diferentes fenmenos.
A Biologia busca a compreenso do funcionamento dos ambientes e dos seres vivos que os constituem: a Biodiversidade. Os processos que possibilitam que a vida acontea, desde a sn-tese de carboidratos, realizada pelos fotossintetizadores, aos decompositores, que transformam os materiais orgnicos em inorgnicos, completando o ciclo biolgico da vida, so mediados pelo metabolismo. As descries metablicas das transformaes de materiais e de energia inerentes vida so, portanto, um dos eixos primrios que integram a Fsica, a Qumica e a Biologia.
A Biologia contempornea incorpora, ainda, os modelos e as formulaes que imitam os fenmenos do mundo real e por meio do qual podemos fazer previses. Para que as previses sejam razoavelmente boas, os modelos devem ser estatsticos e matemticos. As leis de Mendel so exemplos dessas previses, assim como a dinmica das populaes de pragas na agricultura, consideradas modelos teis e economicamente importantes.
Apesar da complexidade de relaes existentes na natureza, informaes sobre variveis so, muitas vezes, bases efi cientes de modelos efi cazes que podem ser compreendidos e utilizados por es-tudantes do ensino mdio de educao formal.
-
15
A Biologia Descritiva obteve grandes progressos no sculo XVII at o fi nal do sculo XVIII, quando a nfase das pesquisas era o estudo das diferenas existentes entre os seres vivos. Embora ainda haja necessidade dessa tarefa na pesquisa biolgica atual, ela de interesse circuns-crito das atividades de especialistas.
No entanto, o ensino de Biologia, ainda hoje, incorpora nveis de detalhamento e perde o foco do entendimento dos processos bsicos, que aliceram a maioria das explicaes dos fe-nmenos biolgicos e as vivncias prticas desse conhecimento. O desenvolvimento do conheci-mento biolgico nos tempos atuais tem revelado notveis semelhanas entre os sistemas vivos, o que nos permite ver uma ordem na diversidade. Sobre esse ponto de vista, a aquisio do conhe-cimento, nessa rea, sofre uma reorientao com novos signifi cados. Desta forma, torna-se mais signifi cativo o entendimento dos princpios bsicos dos processos vitais, como a compreenso das semelhanas e no as diferenas. Por exemplo, quais so as bases biolgicas comuns nos ambientes e quais so os modos de viver de uma rvore, de um rato, de um homem, de um cachorro e de uma bactria?
Pode-se tomar como base a compreenso dos princpios gerais de funcionamento dos sistemas vivos, a partir das semelhanas:
O funcionamento dos ambientes, do deserto ao oceano, passando pelas fl orestas, cam- pos e montanhas, observa-se semelhanas como a estrutura da comunidade - produto-res, consumidores e decompositores -, o fl uxo de energia, a regulao das populaes e a interao da comunidade com os componentes abiticos.A transformao de qualquer espcie de ser vivo ao longo do tempo feita por seleo natural e adaptao.Os processos que promovem a diversidade so os mesmos que atuam em todos os seres vivos (mutao, reproduo sexuada, recombinao gnica).Todos os seres possuem metabolismo muito semelhante: os compostos existentes nas clulas, que funcionam na transformao de energia, de modo a disponibiliz-la rapi-damente, so comuns em todos os seres vivos. As propores relativas de substncias energticas (carboidratos, gorduras e protenas) e de outras substncias, como as vita-minas e sais minerais, so, tambm, muito prximas na maioria das clulas e guardam as mesmas funes.Embora existam especifi cidades em relao aos mecanismos de reproduo nos or- ganismos, os processos bsicos so os mesmos nos nveis moleculares (duplicao do DNA) e celulares (mitose e meiose). Em relao reproduo, as variaes tambm no so muito grandes, pois a produo de gametas especializados e formao de zi-goto ocorrem tanto no reino animal quanto vegetal.
-
16
Os organismos so constitudos por clulas e possuem DNA, que pode duplicar-se e responsvel pela manuteno das caractersticas da espcie, controlando a formao de novas protenas.
Considerando esses princpios gerais de funcionamento dos seres vivos, alguns temas so propostos: Teia da Vida, Histria da Vida na Terra, Linguagens da Vida e Corpo Humano e Sade. Os elementos assinalados no quadro possibilitam, ainda, uma viso dinmica dos nveis de orga-nizao da Biologia. Cada elemento ser detalhado a seguir:
Temas de BiologiaNveis de
Organizao
Teia da Vida Ecossistema
Histria da Vida na Terra Populao
Linguagem da Vida Organismo
Corpo Humano e Sade Clula
Os critrios para escolha dos temas se justifi cam por:
Possibilitarem a integrao da Biologia, Fsica, Qumica e Matemtica, propiciando um tratamento integrado dos temas das cincias da natureza e matemtica.Ponderarem as idias que organizam o pensamento biolgico; Instrumentalizarem o estudante no estabelecimento de relaes mais complexas entre as diversas reas do conhecimento biolgico, principalmente ao incorporar os nveis de organizao dos sistemas vivos, como ecossistemas, populaes, organismos e clulas;Possibilitarem o tratamento recursivo de algumas idias-chaves da Biologia.
-
17
5. Sobre as Idias-Chave da BiologiaIdias-Chave
Ciclo
Transformao
Conservao
Metabolismo
Diversidade
Adaptao
Regulao
Diversas idias contribuem para organizar o pensamento biolgico moderno. Foram se-lecionadas algumas idias considerando a sua abrangncia e a possibilidade de integrao com outras disciplinas. A abordagem dessas idias no ensino mdio facilita o desenvolvimento de con-ceitos, atitudes, procedimentos e valores.
As idias de ciclo, transformao e conservao so essenciais no pensar e interpretar pro-cessos biolgicos. A conservao pode signifi car, na linguagem da Biologia, tanto a manuteno dos genomas da espcie ao longo do tempo, numa dada populao, atravs do mecanismo de reprodu-o, quanto a conservao da biodiversidade nos ambientes naturais. O ciclo pode ser visto como fases ou etapas de vida, ou como sucesso de acontecimentos que se repetem; ou, ainda, como transformao em que ocorre mudana, mas que mantm a essncia do ser ou acontecimento.
No corpo humano, em especial o corpo do adolescente, h de se considerarem as trans-formaes e a integrao dos sistemas que o compem, integrando outras idias como nutrio, regulao e reproduo. Considerando os diferentes nveis de organizao: clula, organismo, po-pulao e ecossistemas, as transformaes e alguns processos cclicos podem ser objetos de estudo. Por exemplo, uma clula nas diferentes etapas de seu processo de vida, incluindo a diviso, passa por transformaes. O mesmo acontece com o organismo. As fl utuaes estacionais de populaes e aquelas reguladas por fatores biticos tambm so transformaes cclicas. Outros aspectos dizem respeito interferncia das populaes e de outros agentes na dinmica dos ecossistemas, de modo a promover transformaes fi sionmicas.
-
18
O conceito de metabolismo inerente vida, ou seja, trata-se de um conjunto de proces-sos qumicos que garante a atividade vital de qualquer organismo. Apesar da imensa diversidade de seres vivos existentes neste planeta, as principais etapas do metabolismo - tanto as de construo (sntese biolgica) quanto as de degradao (fermentao e oxidao) - guardam muitas seme-lhanas. Conhecer o metabolismo dos seres vivos - humanos e organismos uni e pluricelulares - procura de mecanismos comuns a esses grupos e na expectativa de descobrir como esse processo mantm a vida, ajuda entender como os seres vivos interagem e se relacionam com o ambiente. Desse modo, o metabolismo, tratado sob o olhar evolutivo e ecolgico, conceito de extrema importncia no ensino de Biologia. Os aspectos evolutivos dos seres vivos so argumentos pode-rosos, que auxiliam na estruturao do pensamento biolgico moderno. Conhec-los, contribui para responder a certas questes relacionadas diversidade de formas de seres vivos e para explicar porque os organismos sofreram e sofrem modifi caes ao longo do tempo.
A idia de diversidade , tambm, estruturante do pensamento biolgico moderno. Do ponto de vista da biologia, muito difcil, em qualquer manifestao de vida, em populaes sexualmente reproduzveis, dois indivduos idnticos. A singularidade uma caracterstica do mundo vivo, e isso ocasiona a diversidade. A diversidade est presente em cada nvel hierrquico de classifi cao dos seres vivos. Cada indivduo sexualmente reproduzvel diferente, no apenas porque geneticamente nico, mas tambm porque diferente em virtude da idade e do sexo, e porque tem acumulado diferentes tipos de informaes pela ao de fatores ambientais. Para sobreviver, um organismo depende de um reconhecimento da diversidade, das possibilidades e da habilidade de competir em um dado ambiente. Difi cilmente h processo biolgico ou fenmeno em que a diversidade no esteja implicada. Ela acontece desde a diversidade de genes de uma espcie diversidade de relaes estabelecidas pelos seres em cada ecossistema.
As espcies no se encontram espalhadas no planeta de uma forma casual. H boas razes para no encontrarmos castanheiras no deserto ou elefantes perambulando pela fl oresta Amazni-ca. Os organismos esto adaptados a viver em certos tipos de ambiente. Adaptao como processo signifi ca a capacidade de um grupo de organismos sobreviver e reproduzir em um ambiente par-ticular. Aspectos estruturais e funcionais desses organismos foram ajustados ao longo do tempo, no processo de seleo natural. Os fsseis nos contam que um grande nmero de espcies se extin-guiu ao longo dos tempos. O nmero de espcies de animais vivos parece ser de apenas 1/10 das espcies de fsseis. A extino, portanto, parece ser a regra e no a exceo. A idia de adaptao e a seleo natural so amplas e explicativas o sufi ciente para merecerem destaque como idias chave.
-
19
Outra idia que merece destaque na Biologia o de regulao. No uma idia fcil de ser abor-dada com alunos do Ensino Mdio, porque se relaciona com as explicaes de funcionamento dos sistemas complexos. Em qualquer nvel de abordagem, de clula a ecossistemas, ocorre uma auto-organizao que no acontece ao acaso. Os elementos que compem o sistema interagem de diversas maneiras atravs de trocas de informaes entre seus elementos. A comunicao entre esses elementos aumenta, aperfeioa e diversifi ca-se medida que se torna mais complexa. No ensino mdio, possvel uma abordagem relacionada com a regulao feita pelo sistema nervoso e hormonal no corpo humano. O importante no o aluno aprender a seqncia das reaes qumicas, mas que tenha idia da dinmica dos processos e da incrvel organizao que nos cons-titui.
6. Um Currculo de Biologia Organizado em Temas
Tema I: A Teia da Vida
Os contedos propostos nesse tema nos possibilitam interpretar grande nmero das infor-maes disponibilizadas diariamente. A idia de sistema como estrutura organizada resultante da interao entre seres vivos e meio fsico fornece a compreenso necessria para prever as conse-qncias das intervenes humanas no ambiente. Ao estudar os processos que mantm o funcio-namento dos ecossistemas, as inter-relaes existentes na natureza e como cada parte se encaixa no todo, torna-se possvel entender por que a dinmica dos sistemas naturais pode ser interrom-
pida sobre o efeito de certos estresses. Alm disso, oferece linhas argumentativas para a preservao
da biodiversidade e de administrao adequada do ambiente. As discusses desse tema permitem,
tambm, que os estudantes percebam que o desenvolvimento de sociedades consoantes com os
princpios de funcionamento da natureza s possvel com a reduo da desigualdade social. As
habilidades bsicas a serem construdas so, principalmente, de: elaborar e avaliar aes de inter-
veno no ambiente e apresentar argumentaes consistentes ao propor solues dos problemas
ambientais, com base nos conhecimentos cientfi cos.
Os estudantes j trazem do ensino fundamental noes bsicas das formas de obteno de
energia, como fotossntese e respirao, e conhecimentos sobre os grandes grupos de seres vivos. Essas
noes devem ser ampliadas para a compreenso e aprofundamento das idias sobre o funcionamento
dos sistemas, do ponto de vista ecolgico, alm de dar signifi cado e contexto a esses conhecimentos.
Iniciar o programa de Biologia pelos aspectos macroscpicos dos sistemas vivos uma alternativa
que apresenta grandes chances de proporcionar ao estudante o entendimento do signifi cado de estudar
os processos biolgicos e de despertar e manter o interesse pela disciplina.
-
20
Prioridades de aprendizagem
importante que os estudantes entendam alguns dos princpios gerais de funcionamento
dos sistemas ecolgicos, como os fatos de:
Apresentar a sua produtividade regulada pelo ambiente fsico;
Ter a estrutura das comunidades regulada pela dinmica das populaes;
Apresentar correspondncia com as leis da termodinmica; ou seja, que a energia pode
ser transformada de uma forma para outra, mas no pode ser criada ou destruda, e que
os processos que envolvem transformao de energia no ocorrem espontaneamente, a
menos que haja uma degradao da energia de uma forma organizada para uma forma
no-organizada (como a produo de calor).
Idias prvias
Pesquisas realizadas na rea de ensino de Biologia tm identifi cado que, geralmente, os
estudantes possuem as seguintes idias: tendem a pensar que os alimentos das plantas so: a terra,
a gua e os fertilizantes que entram pelas razes, e a ignorar o papel dos gases, da luz e das folhas.
Tendem a pensar que um gs e um lquido, ao reagirem, no podem originar um slido. Dizem
que a gua e a terra reagem para fazer o corpo da planta. Tendem a associar energia a movimento,
e ignoram-na quando este no se manifesta.
Apresentam as difi culdades em relacionar
O aumento de biomassa dos vegetais com o processo de absoro de CO2;
A transformao da energia luminosa em energia qumica;
A produtividade com a quantidade de energia solar e as condies fsico-qumicas do
ambiente;
A circulao dos nutrientes com a atividade dos organismos decompositores.
Linguagem da Biologia
Aps a abordagem deste tema, os estudantes devero compreender e usar corretamente:
Frases que descrevem modifi caes ambientais como: palavras e frases prprias da ci-
ncia como, por exemplo: sistema, hiptese, diagnstico, previso, modelo;
Palavras e frases que descrevem a estrutura dos ecossistemas como, por exemplo: pro-
-
21
dutores, consumidores, decompositores, estrutura populacional, biodiversidade, clima
e microclima, espcie, populao, comunidade, fatores abiticos;
Palavras ou frases que descrevem o funcionamento dos ecossistemas: regulao, aclima-
tao, ciclagem de nutrientes, fl uxo de energia, biomassa, os diversos tipos de interaes
entre espcies (predao, competio, parasitismo), sucesso ecolgica, produtividade;
Palavras poluio, desequilbrio, manejo, sustentabilidade, saneamento, eutrofi zao,
eroso, efeito estufa, funes e causas de reduo da camada de oznio.
Tema 2: Histria da Vida na Terra
Esse tema aborda de modo evolutivo e comparado as caractersticas gerais de cada um dos cinco reinos dos seres vivos. Funes vitais e ciclo de vida dos animais, das plantas e suas adapta-es em diferentes ambientes. Regies de maior diversidade no planeta e fatores que favorecem a diversidade. Biogeografi a e biomas brasileiros. Causas de extino nos biomas brasileiros.
Os modelos explicativos dos estudantes sobre evoluo so decorrentes de uma viso simplista e antropomrfi ca dos processos e fenmenos naturais. Simplistas, porque se fi xam em aspectos da percepo sensorial ao interpretarem esses processos e fenmenos. Antropomrfi ca, porque constroem uma concepo humanizada da natureza.
A palavra evoluo pode signifi car progresso, melhoria, aprimoramento, porm, o concei-to de evoluo biolgica no corresponde literalmente ao sentido comumente dado palavra.
Para explicar a evoluo necessrio entender o signifi cado da adaptao e, para isso, os alunos precisam estabelecer relaes entre os conceitos de reproduo, sobrevivncia, variabilida-de gentica, seleo natural, etc.
Outra idia importante de ser trabalhada a de tempo geolgico, pois contribui para compreender melhor o papel do ambiente na seleo e as rvores fi logenticas.
Este tema rico tambm para entender o modo de construo das idias cientfi cas atra-vs de evidncias, de modelos e de reinterpretao de fatos.
Prioridades de aprendizagem
importante que os estudantes entendam que as explicaes a respeito do processo evolutivo se fundamentam na Teoria sinttica da evoluo, cujos princpios se resumem em:
A evoluo atua sobre a populao e no sobre o indivduo;
A evoluo produto da interao ambiente-ser em um determinado perodo de tempo; A evoluo um processo de transformaes contnuas, que podem ser transmitidas
-
22
hereditariamente; transformaes ocorrem tanto na Terra quanto nos seres vivos ao longo do tempo; que o ambiente atua na seleo dos indivduos mais adaptados, cujo processo conhecido por seleo natural.
Idias prvias
Pesquisas realizadas na rea de ensino de Biologia tm identifi cado que os estudantes entendem o processo de evoluo e adaptao como: progresso, crescimento, multiplicao e melhoramento; resposta mudana do ambiente; necessidade de se modifi car para se adaptar ao ambiente; noo de que animais ou plantas se modifi cam como resposta ao meio.
Neste contexto surge tambm a palavra adaptao como aclimatao ou adequao a novos ambientes, correspondendo adaptao fi siolgica e individual. Por exemplo: a adaptao do organismo de uma pessoa condio de exposio aos raios solares. Uma pessoa de pele clara aumenta a produo de melanina e, por isso, fi ca com a pele mais escura quando se expe siste-maticamente ao Sol.
O signifi cado de adaptao relacionada aos processos evolutivos tem um signifi cado di-ferente. So consideradas caractersticas adaptativas aquelas que possibilitam a reproduo e, nesse sentido, todas aquelas que permitem a sobrevivncia do indivduo at a idade reprodutiva. Estas caractersticas so herdveis, isto , passam dos pais para os fi lhos.
Linguagem da Biologia
Aps as atividades desse tema, os estudantes devero compreender e usar corretamente:
Palavras e frases prprias da cincia como, por exemplo, teoria, teste de hiptese, evi- dncias, etc;Palavras e frases que descrevem o processo de transformao dos seres vivos, como, por exemplo, seleo natural, mutao, adaptao, recombinao gnica, deriva gentica, gene, hereditariedade; Palavras ou frases que descrevem a modifi cao dos seres vivos ao longo do tempo, como, por exemplo: adaptaes que possibilitaram a vida na gua e na terra.
Tema 3: Corpo Humano e Sade
O tema Corpo Humano e Sade aborda a localizao dos rgos e funes vitais do organismo humano, enfatizando algumas idias, como metabolismo, nutrio, reproduo e sa-de. Ao longo do Ensino Mdio desejvel retomar e ampliar noes bsicas desse tema que sero desenvolvidas no Ensino Fundamental. Por exemplo, a idia de metabolismo, que pode
-
23
ser trabalhada integrando os conceitos de nutrio, regulao, coordenao e reproduo. Essas idias abrem caminho para o aprofundamento e entendimento, pelo estudante, da integrao e complexidade dos diferentes sistemas e suas funes. A idia de metabolismo inerente vida, ou seja, trata-se de um conjunto de processos qumicos que garante a atividade vital de qualquer organismo. Tanto as etapas do metabolismo de construo (biossntese) como as de degradao (fermentao e oxidao) guardam semelhanas. Conhecer o metabolismo dos seres vivos - hu-manos e organismos uni e pluricelulares -, procura de mecanismos comuns a esses grupos e na expectativa de descobrir como esse processo mantm a vida, ajuda a entender como os seres vi-vos interagem e se relacionam com o ambiente. Desse modo, o metabolismo tratado sob o olhar evolutivo e ecolgico, conceito de extrema importncia no ensino mdio.
Prioridades de aprendizagem
importante que os estudantes entendam que estudar o corpo humano e sua complexi-dade ajuda a entender a organizao dos diferentes seres vivos. Contribui, tambm, para responder a certas questes relacionadas diversidade de formas de seres vivos e para explicar por que esses organismos sofreram - e sofrem - transformaes ao longo do tempo. Desse modo, esse tema est integrado aos demais e a nfase deve ser:
A clula e os diferentes processos metablicos de sntese, degradao e regulao, inte- grando os diferentes sistemas do organismo;O corpo em uma perspectiva social, cultural e biolgica bem como os aspectos de sade e qualidade de vida (populao);A populao humana nos diferentes ambientes e os processos de aclimatao/ajustamento.
Idias prvias
A literatura em ensino de Cincias tem apontado as idias e concepes que os estudantes apresentam sobre o corpo humano, mas, especifi camente, sobre temticas relacionadas a processos de nutrio. De modo geral, as pesquisas revelam que os estudantes no so capazes de inter-relacionar os diferentes fenmenos envolvidos no processo de nutrio (respirao, circulao e digesto). Respirao entendida apenas como troca de gases, sem que atinja o nvel celular; o oxignio o gs inspirado em maior quantidade; e o gs carbnico como o nico componente do ar expirado. A digesto no entendida como processo de quebra de molculas grandes em pequenas; e alguns estudantes de ensino mdio no percebem o papel do sangue no transporte de gases e nutrientes.
Quanto idia de reproduo e os diferentes conceitos nesse assunto, as pesquisas reve-
lam que os estudantes, desde muito cedo, tm conscincia da presena obrigatria dos gametas
-
24
(originados do pai e da me) na concepo do embrio. Do mesmo modo, entendem que o feto
produto de uma fecundao e de um desenvolvimento. Entretanto, essas pesquisas indicam que,
em estudantes de ensino mdio, essas idias escondem concepes erradas sobre o ser vivo e os
mecanismos que o regulam. Por exemplo, a idia de espermatozide pode estar relacionada a dar
vida a algo j prexistente na clula. Nessas idias, esconde, na verdade, concepes que podem
agrupar-se em torno de trs princpios distintos e que se aproximam de algumas explicaes en-
contradas na histria das cincias. As duas primeiras idias referem-se concepo do estudante
de que o indivduo j preexiste dentro das clulas sexuais. E, conforme o exemplo, a importncia
maior conferida me ou ao pai. Enquanto o espermatozide contm o futuro indivduo, o
papel do vulo o de proteo. Trata-se de preformismo macho. Por outro lado, h aqueles que
pensam que o germe j existe no vulo, antes mesmo do desenvolvimento comear. Isso defi -
nido como preformismo fmeo. E a terceira idia a de que ocorre mistura de duas sementes, e
desenvolvimento do embrio a partir dessa mistura. Essa explicao se aproxima do mecanismo
de epignese. Para os epigenistas, o germe do ovo (vulo) um lquido indiferenciado que se
conserva tal qual, mesmo aps a mistura com a semente masculina. Muitos estudantes mantm es-
sas explicaes tanto para a reproduo humana quanto para a reproduo de outros animais. H,
entretanto, quanto ao tipo de desenvolvimento do ovo (vivparo e ovparo), certa diferenciao.
Muitos estudantes consideram que, no caso dos ovparos, a fmea mais importante, reforando
a idia de preformismo fmeo.
Quanto aos aspectos de sade do corpo humano, comum os estudantes do ensino
mdio apresentarem alguma familiaridade com medidas de preveno de doenas, o nome de
mtodos contraceptivos, as drogas legais e ilegais, suas causas e conseqncias no seu uso e abuso.
No entanto, quase sempre no colocam essas medidas em prtica e desconhecem o conceito de
sade segundo a Organizao Mundial de Sade (OMS).
Linguagem da Biologia
Aps as atividades desse tema, os estudantes devero compreender e usar corretamente:Palavras e frases prprias desse eixo, como metabolismo, regulao, nutrio, respirao, dentre outros; Com relao sexualidade humana, usar os termos reproduo sexuada, fecundao, gameta, transmisso da informao gentica, desenvolvimento do embrio: ovo, hormnios; Palavras e frases relacionadas com a sade humana, como preveno, transmisso, ciclo das doenas parasitrias, defesa do organismo, vacina, mtodos contraceptivos, drogas lcitas e ilcitas, modo de ao das drogas, etc.
-
25
Tema 4: Linguagens da Vida
A descoberta de inmeros mecanismos moleculares vem revolucionando o estudo da ge-ntica e suas aplicaes, nos ltimos tempos. necessrio, pois, a compreenso das propriedades do material gentico e seu papel na organizao celular e metabolismo. O modo de replicao e a capacidade de sofrer alterao nos ajudam a entender a identidade de cada ser vivo como espcie e a biodiversidade de nosso planeta. importante tratar o fenmeno da hereditariedade de modo que o conhecimento apren-dido seja instrumental e possa subsidiar o posicionamento das questes que envolvam precon-ceitos raciais, utilizao de organismo geneticamente modifi cado ou o emprego de tecnologias resultantes de manipulao e mapeamento do DNA, tais como vacinas e produo de variedades altamente produtivas. essencial uma abordagem histrica ligada evoluo biolgica, diver-sidade e adaptao, com uma perspectiva de investigao e interpretao dos conhecimentos sobre fenmenos naturais e tecnolgicos. O tema retoma e amplia noes bsicas desenvolvidas no ensino fundamental, como os conceitos de herana gentica, da ao do meio sobre algumas caractersticas pessoais e de doen-as hereditrias. Estas noes abrem caminho para o entendimento e aprofundamento das idias sobre mecanismos de perpetuao, diferenciao e diversifi cao das espcies, da importncia da biodiversidade - para a vida no planeta - e a utilizao de tecnologias que implicam a interveno do homem e a compreenso do contedo cientfi co (ou conhecimento cientfi co), dos mtodos da investigao e da cincia como um empreendimento social.
Prioridades da aprendizagem
importante que os estudantes entendam alguns princpios gerais que estruturam a ge-ntica, como:
As leis de transmisso e a importncia do ambiente na expresso das caractersticas herdadas; As novas combinaes de genes produzidas a cada gerao em virtude da reproduo sexuada e mutaes;Indivduos com melhores combinaes gnicas apresentam maiores possibilidades de sobrevivncia e de reproduo, e transmitem seus genes para as geraes sucessivas;Genes com caracteres favorveis para a sobrevivncia, com o tempo, tornam-se mais comuns, e as espcies fi cam mais bem adaptadas.
Idias prvias
Pesquisas realizadas no ensino de gentica mostram que os estudantes no compreendem o papel do material gentico e tambm tm difi culdade de estabelecer relaes entre o DNA e os cromossomos. Dizem, por exemplo, que:
-
26
O DNA um componente importante elemento bsico, clula bsica; O DNA est no sangue; uma clula que transmite os caracteres hereditrios, uma molcula bsica que serve de suporte s enzimas; O DNA freia o envelhecimento; Os genes se encaixam dentro dos cromossomos; Na clula fecundada esto os olhos azuis e o cabelo louro do pai e a alegria da me, e no relacionam o DNA a cromossomos e genes.
Linguagem da Biologia
Aps o estudo deste tema ao longo do Ensino Mdio, os alunos devero compreender e usar corretamente:
Palavras e frases prprias da cincia, como teoria, leis, histria, princpios, evidncias, registros; Palavras e frases que descrevem mecanismos da hereditariedade como: probabilidade, segregao de alelos, diviso celular, variabilidade, mutaes, seleo, germoplasma;Palavras e frases que descrevem as bases qumicas da herana como: composio mole- cular do DNA e do RNA, cdigo gentico, sntese de protenas, enzimas, aminocidos, genes, alelos, genoma;Palavras e frases que descrevem biotecnologia: engenharia gentica, clonagem, trans- gnicos, terapia gnica, plasmdeos, clulas-tronco.
7. Avaliao
O erro deve ser visto como uma revelao da lgica de quem aprende. Avaliar buscar compreender essa lgica, explicit-la para quem est aprendendo, possibilitando seu avano. As-sim, a avaliao deve ser concebida como um instrumento que informa ao professor o que foi aprendido pelo estudante, a efi ccia de sua prtica educativa e os ajustes necessrios nas interven-es pedaggicas. Informa, tambm, ao estudante quais foram os seus avanos e difi culdades. Por isso, a avaliao deve ser feita em diversas situaes e com critrios explcitos e claros. Deve uti-lizar diferentes instrumentos, como observaes sistemticas durante as aulas, pesquisas, desenhos, comunicaes de experimentos, relatrios de leituras, provas dissertativas ou de mltipla escolha, portiflio, auto-avaliao, entre outros.
So pressupostos da avaliao
Comparar o progresso da aprendizagem - O diagnstico de entrada, utilizado na identi- fi cao das explicaes prvias dos estudantes sobre o tema, pode ser um parmetro a ser comparado com os nveis de progresso de construo de conceitos e de relaes. Por exemplo, no tema Teia da Vida, a descrio de uma fi gura de aqurio, sobre o funcionamento de ambientes, feita pelos estudantes no incio do desenvolvimento do tema, po-der no s orientar o professor sobre as difi culdades dos alunos nesse contedo; pode
-
27
ainda, ser comparada com a descrio de um outro ambiente, em outros momentos, ao longo do tema para identifi cao do progresso alcanado pelos estudantes. possvel que, no diagnstico inicial, sobre o funcionamento dos ambientes, os estudantes no identifi quem a luz como fonte primria de energia no sistema, as transformaes e o fl uxo de energia, e no dem muita importncia decomposio e circulao dos nu-trientes. Em avaliaes subseqentes, os estudantes devero ser capazes de focar esses aspectos nas suas descries.
Em uma situao de avaliao, os alunos podero analisar uma fi gura de um ambiente de jardim e responder s seguintes perguntas:
1 - Explique por que, nesse jardim, as plantas so a base da pirmide de energia.
2 - Argumente sobre a importncia de misturar no solo as folhas que caram.
Acompanhar o desenvolvimento dos estudantes em relao aprendizagem do con- tedo sendo, portanto contnua ao longo do processo de aprendizagem. Por exemplo, no tema Histria da Vida na Terra, as atividades, como levantamento de informaes, leituras de grfi cos, interpretaes de experimentos e aplicao de conhecimentos, necessitam de avaliaes especfi cas, pois envolvem a sistematizao de informaes que esto sendo gradativamente acumuladas e carecem de organizao.
Por exemplo, com um exerccio durante a aula de interpretao de um climatograma de uma dada regio, e as dedues que podem ser feitas a partir desses dados, possvel acompanhar a compreenso que os estudantes esto tendo do contedo que est sendo trabalhado e das relaes que eles conseguem estabelecer: cm Floresta Fluvial C.
Analise o climatograma e responda:
Nessa regio, inverno e vero so bem defi nidos?
A regio est no hemisfrio Norte, Sul ou no Equador?
Que tipo de vegetao se desenvolve nessa regio?
E que tipo de animal pode ser a encontrado?
As snteses e concluses elaboradas pelos estudantes so tambm formas de avaliao. importante que os alunos saibam retirar dos textos as idias-chave, os conceitos, os exemplos e aplicaes.
-
28
Uma situao de avaliao pode ser a apresentao dos resultados de uma pesquisa orientada do seguinte tipo:
Escolha um dos tipos de ecossistemas brasileiros e organize as seguintes informaes: as caractersticas desse ecossistema, a variedade de animais e plantas, a importncia de preserv-lo e
as aes humanas de degradao e conservao nele existentes.
Nesse tipo de atividade importante uma orienta-
o bibliogrfi ca ou recomendaes de sites.
Abranger a compreenso de fatos, conceitos e ha-
bilidades ao avaliar o contedo. Por exemplo, no tema
Histria da Vida na Terra, a situao de aprendizagem,
como uso de fi lmes e de debates, desenvolvem com-
petncias de falar e ouvir, argumentar e estabelecer di-
ferenas entre idias. Essas atividades incrementam o ra-
ciocnio e a habilidade de compreender e explicar os
fenmenos. Assim, merece uma avaliao sistemtica, no s pelo aprendizado dos fatos, mas, tam-
bm, pelas competncias desenvolvidas pelos estudantes de como contribuir com novas idias
durante a discusso, saber coordenar grupos, saber estimular a participao de outros colegas, fazer
snteses e tirar concluses, entre outras.
Uma situao de avaliao pode ser uma discusso, realizada por um grupo de seis alunos de-
batedores, durante 15 minutos. Os demais colegas observaro a discusso, anotando as melhores idias
geradas durante a discusso, a participao dos debatedores e faro a sntese das concluses do grupo.
Sugesto de problema a ser debatido
A comunidade cientfi ca se pronunciou a favor da clonagem humana com objetivos tera-
puticos, mas contra a clonagem com fi ns reprodutivos - para replicao de indivduos comple-
tamente formados. Alguns cientistas tambm defendem a clonagem humana para casos especiais
de infertilidade e doenas genticas.
Em que situaes voc aprovaria a clonagem e em que situaes voc considera que de-veria ser evitada?
-
29
Ser diversifi cada como individual e coletiva, oral e escrita, provas, debates, entrevistas, questionrios, portiflio. Por exemplo, no tema Histria Natural da Sexualidade, a situao de aprendizagem proposta, como uso de diferentes meios de comunicao (revistas, jornais, fi lmes, TV e rdio), para a compreenso da diversidade sexual, pode ser avaliada individualmente em questes de provas abertas ou fechadas.
Uma situao de avaliao pode ser questes de mltipla escolha como:
Questo 1
Nas fl oriculturas, tem crescido a venda de hmus de minhoca para o preparo de solos de jardins. Esse hmus favorece o crescimento das plantas de forma rpida e saudvel, pois contm ovos de minhocas e grande quantidade de matria orgnica. Considerando-se essa informao, INCORRETO afi rmar que a matria orgnica e a minhoca so fatores de melhoria do solo porque:
a) A primeira d estabilidade aos agregados do solo, e a segunda aumenta a circulao do ar.b) A primeira alimento das plantas, e a segunda favorece a entrada de luz no solo.c) A primeira alimento de bactrias decompositoras, e a segunda permeabiliza o solo.d) A primeira retm a umidade, e a segunda acelera a circulao de nutrientes.
Questo 2
Ao sentir os primeiros sinais de que a terra est esquentando e a gua escasseando, a jia-de-parede se enfi a de costas num estreito buraco de rvore e se fecha usando como tampa sua cabea chata e ossuda. Essa perereca pode fi car alojada ali dentro durante meses ou anos, at a chuva voltar. Passa os dias imvel e s acorda noite, caso detecte algum inseto por perto. (Revista Fapesp, agosto de 2005.) Com base nas informaes do texto, CORRETO afi rmar que o bioma em que encon-traremos a jia-de-parede :
a) Caatingab) Cerradoc) Floresta Amaznicad) Mata Atlntica
-
30
Questo 3
H 135 milhes de anos os seres vivos apareceram e se extinguiram da face da Terra e ela
tornou-se um imenso depsito de cadveres, porque os nutrientes no foram devolvidos natu-
reza para serem reutilizados.
Este fato s faz parte da fi co devido ao de:
a) algas
b) bactrias
c) protozorios
d) vrus
Ser formativa para indicar os avanos e as difi culdades que vo se manifestando ao lon-
go do processo, atravs de situaes problemticas interessantes em que os estudantes
produzam textos argumentativos em grupo, apresentem painis contendo dados sobre
o tema e/ou entrevistas com especialistas.
Por exemplo, no tema Linguagens da Vida, as atividades como leitura e produo de textos
sobre clonagem, transgnicos, clulas tronco.
Uma situao de avaliao pode ser a realizao de entrevistas com especialistas sobre
alguns pontos como: animais transgnicos como fornecedores de rgos e tecidos, incluindo as-
pectos de biotica e terapia de clula-tronco, complementada com a elaborao de reportagem
relatando, analisando a entrevista.
A elaborao das perguntas para a entrevista exige a organizao dos conhecimentos e
priorizao de idias e dvidas do grupo. Requer tambm discernimento dos estudantes para
comparar o posicionamento dos cientistas sobre biotecnologia, avaliando os contrapontos, a con-
sistncia das argumentaes e os fundamentos que sustentam suas teorias.
A auto-avaliao uma oportunidade para o estudante fazer uma apreciao de seu com-
portamento, como tambm relatar suas difi culdades.
-
31
So questes que podem ser usadas nos processos de auto-avaliao:
Como voc realiza suas tarefa?
Voc fez estudos complementares em casa? Quais?
Que difi culdades voc teve durante o estudo da unidade?
O que voc ainda no compreendeu do assunto estudado?
Como voc avalia as tarefas realizadas em sala?
Em outros tipos de questionrio que orientam o comportamento e a auto-avaliao, os
estudantes devem responder sim ou no para as questes do tipo:
Em relao freqncia s aulas:
Freqentou as aulas regularmente?
Chegou atrasado nas aulas?
Participou das atividades em sala?
Contribuiu com os trabalhos do grupo?
Distraiu-se durante as aulas com outras brincadeiras?
Entrou em atrito com os colegas?
Em relao organizao do material:
Compareceu s aulas com caderno e livro?
Anotou as aulas e as tarefas para casa?
Copiou as tarefas dos colegas?
Em relao aos hbitos de estudo:
Estudou em casa os temas de biologia tratados em sala?
Pesquisou em outros livros, jornais e revistas?
Em relao ao desenvolvimento da aula voc:
Esteve interessado no assunto?
Gostou das atividades propostas?
Interagiu com o professor e os colegas?
-
32
8. Apresentao do CBC 2007
Esta a mais nova verso da Proposta Curricular de Biologia adaptada s normas dispostas pela Resoluo SEE-MG, N 833, de 24 de novembro de 2006.
Ela apresenta os Contedos Bsicos Comuns (CBC) de Biologia, organizados em dois Ei-xos e cinco Temas contendo Tpicos e Habilidades, que devem ser ensinados para todos os alunos do 1 ano do Ensino Mdio numa carga horria total de 80 horas.
Para os estudantes que optarem pela rea biolgica no 2 Ano, apresentamos um aprofun-damento dos mesmos temas trabalhados no primeiro ano.
Diferentemente dos contedos obrigatrios apresentados para o 1 e 2 Anos, a equipe de consultores entendeu ser interessante apresentar, como sugestes para o 3 Ano, a ampliao e o aprofundamento de outros temas. Alm disso, os professores podem, no 3 Ano, fazer uma reviso dos contedos trabalhados anteriormente, ou ainda, escolher outros temas que atendam demanda dos estudantes e a realidade de cada escola.
Esta verso faz uma reorganizao dos tpicos de contedo das verses anteriores, mas mantm as orientaes relativas aos objetivos e aos aspectos metodolgicos do ensino de Biolo-gia, organizando os contedos em torno dos conceitos de Energia e Biodiversidade. A Energia um conceito integrador importante nos campos das cincias naturais, permitindo aos estudantes o entendimento de uma ampla gama de fenmenos, alguns dos quais fazem parte do cotidiano das pessoas, ligados a problemas sociais e econmicos. E o conceito Biodiversidade, uma vez que caracterizar de forma mais particular, a Biologia como objeto de estudo.
A orientao metodolgica sugerida partir da observao e discusso dos fenmenos mais simples e avanar gradualmente na direo dos modelos explicativos, que vo se sofi sticando medida que o tema vai sendo trabalhado. Espera-se que os modelos mais complexos de expli-cao dos fenmenos se complementem com o ensino dos tpicos complementares e mediante a interao com o ensino das demais disciplinas cientfi cas do currculo.
As autoras
-
33
Os tpicos obrigatrios so numerados em algarismos arbicos Os tpicos complementares so numerados em algarismos romanos
Contedo Bsico Comum (CBC) para o 1 Ano
-
34
Eixo Temtico Principal: EnergiaEixos Associados: Biodiversidade, Materiais e Modelagem
Tema 1: Teia da Vida
TPICOS / HABILIDADESDETALHAMENTO DAS
HABILIDADES
1. Fotossntese como fonte primria de bio-massa
(Nmero de aulas sugeridas: 07)
1.1. Reconhecer que a fotossntese um processo de transformao de energia lu-minosa em energia qumica a partir de gs carbnico e gua, na presena de luz.
1.1. Identi car o Sol como fonte primria de energia.
(Nmero de aulas sugeridas: 07)1.2. Relacionar os fatores ambientais que interferem na fotossntese.
1.1.1. Reconhecer que a biomassa dos ve-getais est diretamente relacionada com a
absoro de gs carbnico e transformao da energia luminosa em energia qumica.1.2.1. Veri car que gua, luz, gs carbni-co e temperatura so fatores que interfe-rem na fotossntese.
-
35
2. Relaes alimentares como forma de transferncia de energia e materiais(Nmero de aulas sugeridas: 14)
2.1. Analisar cadeias e teias alimentares e reconhecer a existncia de uxo energia e ciclo dos materiais.
2.1.1. Que ocorre transferncia de energia e materiais de um organismo para outro ao
longo de uma cadeia alimentar.
2.1.2. Que a energia dissipada ao longo
da cadeia alimentar em forma de calor;
2.1.3. Que os alimentos so fonte de ener-gia para todos os processos fi siolgicos.
2.1.4. Que a glicose o principal combust-vel utilizado pelo organismo humano.
3. Ciclo do carbono, nitrognio e gua e o papel dos decompositores no reaproveita-mento dos materiais.
(Nmero de aulas sugeridas: 7) 3.1. Reconhecer que os elementos qumi-cos tais como carbono, oxignio e nitrog-nio ciclam nos sistemas vivos.
3.1.1. Identi car que os materiais consti-tuintes do corpo dos seres vivos retornam
ao ambiente pelo processo de decomposi-o e voltam a fazer parte dos seres vivos atravs dos processos de fotossntese e nu-trio.
3.1.2. Identi car a origem do gs carbnico liberado na respirao e fermentao.
TPICOS / HABILIDADESDETALHAMENTO DAS
HABILIDADES
-
36
Tema 2: Histria da Vida na Terra
TPICOS / HABILIDADESDETALHAMENTO DAS
HABILIDADES
4. Caractersticas gerais dos cinco reinos de seres vivos.
(Nmero de aulas sugeridas: 8) 4.1. Identi car as caractersticas que dife-renciam os organismos dos cinco reinos de
seres vivos.
4.1.1. Identi car a diversidade biolgica or-ganizada hierarquicamente.4.1.2. Reconhecer os representantes dos reinos a partir de representaes gurati-vas.
5. Evidncias e explicaes sobre evoluo dos seres vivos.
(Nmero de aulas sugeridas: 7) 5.1. Comparar as explicaes utilizadas por Darwin e por Lamarck sobre as transforma-es dos seres vivos.5.2. Reconhecer que os seres vivos se trans-formam ao longo do tempo evolutivo.
5.1.1. Identi car as semelhanas e diferen-as entre as teorias evolucionistas.
5.2.1. Identi car que a diversidade da vida e das paisagens da Terra mudou ao longo
do tempo.
5.2.2. Elaborar explicaes sobre a evolu-o dos seres vivos a partir de evidncias, tais como registros fsseis e caractersticas anatmicas, siolgicas e embriolgicas.
Tema 3: Corpo Humano e Sade
TPICOS / HABILIDADESDETALHAMENTO DAS
HABILIDADES
6. Funes vitais do corpo humano.(Nmero de aulas sugeridas: 8) 6.1. Estabelecer relaes entre as vrias fun-es do organismo humano.
6.1.1. Compreender o corpo humano como um todo integrado, considerando seus nveis de organizao: clulas, tecidos, rgos e sistemas.
-
37
Tema 4: Linguagem da Vida
TPICOS / HABILIDADESDETALHAMENTO DAS
HABILIDADES
7. Reproduo assexuada, sexuada e a va-riabilidade gentica.(Nmero de aulas sugeridas: 6)7.1. Reconhecer a reproduo sexuada como fonte de variabilidade gentica.7.2. Reconhecer a reproduo assexuada como aquela que produz organismos idn-ticos entre si.
(Nmero de aulas sugeridas: 4)
7.1.1. Reconhecer que a reproduo sexua-da envolve troca de material gentico entre
indivduos, processo articulado com a here-ditariedade, com a identidade e a diversida-de dos organismos.
7.2.1. Reconhecer que a reproduo asse-xuada um processo que produz um n-mero maior de indivduos em curto espao
de tempo e que ocorre com a participao de apenas um indivduo.
8. Teoria celular: a clula como unidade constitutiva dos seres vivos.
(Nmero de aulas sugeridas: 6) 8.1. Reconhecer que todos os seres vivos so constitudos de clulas
8.1.1. Identi car na estrutura de diferentes seres vivos a organizao celular como ca-racterstica fundamental de todas as formas vivas.
8.1.2. Reconhecer que diferentes clulas exercem funes diversas.
9. Bases da herana: leis de Mendel(Nmero de aulas sugeridas: 6) 9.1. Identifi car os princpios das leis de
Mendel resolvendo problemas de herana como albinismo, ABO e Rh
9.1.1. Entender como as leis de transmis-so e a importncia do ambiente so fun-damentais na expresso das caractersticas herdadas.9.1.2. Identi car as caractersticas fenti-picas e evidncias de hereditariedade, uti-lizando os princpios bsicos da herana mendeliana aplicados em exerccios de ge-nealogias humanas e em situaes - pro-blema que envolvam caractersticas domi-nantes, recessivas, em relao a algumas heranas.
-
38
Os tpicos obrigatrios so numerados em algarismos arbicos Os tpicos complementares so numerados em algarismos romanos
Contedos Complementares de Biologia para o 2 Ano
-
39
Eixo Temtico Principal: EnergiaEixos associados: Biodiversidade, Materiais e Modelagem
Tema 1: Teia da vida
TPICOS / HABILIDADESDETALHAMENTO DAS
HABILIDADES
10. Processos biolgicos de obteno de energia: fotossntese e respirao e fermen-tao (Nmero de aulas sugeridas: 12) 10.1. Analisar os processos de obteno de energia pelos sistemas vivos - fotossntese, respirao celular e fermentao10.2. Identi car os fatores ambientais que interferem nos processos de obteno de energia
10.3. Traar o percurso dos produtos da fo-tossntese em uma cadeia alimentar
10.1.1. Reconhecer nas equaes da fotos-
sntese da respirao e da fermentao, a
transformao dos materiais.
10.2.1. Interpretar o papel da gua, luz e
gs carbnico na fotossntese e na respira-
o em situaes - problema.
10.3.1 Reconhecer que a matria orgni-
ca produzida pela planta utilizada como
fonte de energia por todos os seres hete-
rtrofos.
11. Interferncia humana nos ciclos dos materiais (Nmero de aulas sugeridas: 8)
11.1. Analisar a interferncia humana no ciclo dos materiais, tais como gs carb-nico, nitrognio e oxignio, provocando a degradao dos ambientes
11.1.1. Traar o circuito de determinados
elementos qumicos como o carbono, o oxignio e o nitrognio, colocando em evi-dncia o deslocamento desses elementos entre o mundo inorgnico (solo, gua, ar) e o mundo orgnico (tecidos, uidos e estru-turas animais e vegetais.
11.1.2. Analisar em situaes-problemas a interferncia do ser humano nos ciclos dos materiais.
-
40
Eixo Temtico Principal BiodiversidadeEixos Associados: Energia, Materiais e Modelagem
Tema 2: Histria da Vida na Terra
TPICOS / HABILIDADESDETALHAMENTO DAS
HABILIDADES
12. Biomas e biodiversidade(Nmero de aulas sugeridas: 10)
12.1.1. Relacionar o crescimento popula-cional do ser humano com a velocidade de extino de espcies.
12.1. Identi car as principais causas da des-truio dos ecossistemas brasileiros12.2.Reconhecer em situao problema os motivos que levam extino de espcies, tais como: interferncia humana, erupo vulcnica, terremotos, migrao de popula-es de um ambiente para outro.12.3. Identi car algumas espcies ameaa-das em ecossistemas brasileiros
13. Ciclo de vida dos seres vivos e suas
adaptaes em diferentes ambientes
(Nmero de aulas sugeridas: 12)
13.1. Reconhecer a diversidade das adap-
taes que propiciam a vida nos diferentes
ambientes
13.1.1. Identi car em situaes-problema que a diversidade das adaptaes propi-ciam a vida em diferentes ambientes.
-
41
14. Caractersticas siolgicas e adaptaes dos seres vivos nos diferentes ambientes da Terra (Nmero de aulas sugeridas: 40) 14.1. Reconhecer caractersticas adaptati-vas dos animais nos ambientes aquticos e terrestres
14.2. Reconhecer caractersticas adaptati-vas das plantas em diferentes ambientes14.3. Reconhecer a importncia de alguns representantes do grupo Protista no am-biente e na sade14.4. Reconhecer a importncia de alguns representantes do grupo Fungi no ambien-te e na sade
14.5. Reconhecer a importncia de alguns representantes do grupo Monera no am-biente e na sade
14.1.1. Identi car caractersticas morfol-gicas e siolgicas dos animais, tais como: alimentao, digesto, circulao, excreo e trocas gasosas, relacionando-as com o modo de vida terrestre ou aqutico.14.2.1. Identi car caractersticas morfolgi-cas e fi siolgicas das plantas relacionadas
a: sustentao, economia de gua, repro-duo, transporte e trocas gasosas, relacio-nando-as com o habitat.14.3.1. Reconhecer a importncia das al-gas como organismos produtores de ma-tria orgnica e oxignio nos ecossistemas aquticos e da utilizao das algas na in-dstria alimentcia e cosmtica. Reconhecer a importncia dos protozorios no funcio-namento dos ambientes aquticos e como indicadores de poluio e as condies am-bientais que favorecem as principais pro-tozooses humanas brasileiras e formas de contaminao.
14.4.1. Reconhecer a importncia dos fun-gos como organismos decompositores de
matria orgnica nos ecossistemas e seu
papel na indstria e sade
14.5.1. Reconhecer a importncia das bactrias como organismos decomposito-res de matria orgnica e seu papel na in-dstria e sade.
15 . Mecanismos da evoluo
(Nmero de aulas sugeridas: 8) 15.1. Reconhecer o papel das mutaes e da recombinao como fonte de diversida-de
15.1.1. Identi car em situaes-problema os mecanismos evolutivos que propiciam a biodiversidade.
-
42
Tema 3: Corpo Humano e Sade
TPICOS / HABILIDADESDETALHAMENTO DAS
HABILIDADES
16. Reproduo Humana (Nmero de aulas sugeridas: 8) 16.1. Reconhecer a sexualidade humana em seus aspectos culturais e biolgicos
16.1.1. Compreender como as transforma-es orgnicas e comportamentais do ado-lescente so in uenciadas por processos biolgicos e pela cultura.
17 . Mtodos contraceptivos (Nmero de aulas sugeridas: 8) 17.1. Identi car os diferentes mtodos con-traceptivos e seu modo de ao.
17.1.1. Avaliar a e cincia, a adequao e a pertinncia do uso de mtodos de contra-cepo e sua aplicao no controle de DST.17.1.2. Elaborar explicaes para os dados o ciais a respeito da evoluo, em particu-lar no Brasil, da incidncia das DST, particu-larmente a AIDS, entre homens e mulheres de diferentes faixas etrias.
-
43
TPICOS / HABILIDADESDETALHAMENTO DAS
HABILIDADES
18. Funes vitais do organismo(Nmero de aulas sugeridas: 34)
18.1. Estabelecer relaes entre os sistemas do corpo humano
18.2. Localizar os rgos do aparelho re-produtor humano em um esquema
18.1.1. Reconhecer que a digesto, a cir-culao, a respirao e a excreo so fun-es de nutrio. O metabolismo deve ser entendido como um conjunto de processos
qumicos que garante a atividade vital do ser vivo e que todos os organismos esto sujeitos aos mesmos processos, como re-cepo de estmulos do meio, integrao e resposta, obteno, transformao e dis-tribuio de energia, trocas gasosas, equil-brio de gua e sais em seu corpo, remoo e produtos nais do metabolismo e perpe-tuao da espcie.
18.2.1 Associar a percepo sensorial pele e seus anexos: a locomoo e sustentao s funes de interao do organismo com o meio.
18.2.2. Reconhecer que o organismo pos-sui diferentes mecanismos de defesas: bar-reiras mecnicas e barreiras imunolgicas.18.2.3. Localizar os rgos do aparelho re-produtor humano em um esquema.18.2.4. Compreender as diferenas na sio-logia da reproduo masculina e feminina, identifi cando o papel do sistema nervoso e
endcrino na reproduo.
-
44
Tema 4: Linguagens da vida
TPICOS / HABILIDADESDETALHAMENTO DAS
HABILIDADES
19. Organizao celular (Nmero de aulas
sugeridas: 8)
19.1. Comparar a organizao e o funcio-
namento de diferentes tipos de clulas es-
tabelecendo identidade entre elas.
19.2. Identi car a natureza do material he-
reditrio em todos seres vivos, analisando
sua estrutura qumica para avaliar a univer-
salidade dessa molcula no mundo vivo.
19.1.1. Conhecer o modelo da molcula do
DNA, de modo a explicar como se d o pro-
cesso de autoduplicao desta molcula e
o signifi cado desse processo na transmisso
de caracteres.
19.2.1. Interpretar a tabela do cdigo ge-
ntico com a ocorrncia dos mesmos ami-
nocidos em protenas de diferentes seres
vivos.
19.3. Estabelecer relao entre DNA, c-
digo gentico, fabricao de protenas e
determinao das caractersticas dos orga-
nismos.
19.3.1. Reconhecer que todos os seres vivos
so constitudos por clulas; as clulas pos-
suem estrutura tridimensional; toda clula
se origina de outra clula; todas as clulas
so constitudas das mesmas substncias
qumicas; todas as clulas possuem meta-
bolismo semelhante; as clulas contm as
informaes genticas dos seres vivos.
20. Diviso celular (Nmero de aulas suge-ridas: 8) 20.1. Identi car a mitose como processo de produo de clulas idnticas20.2. Identi car a meiose como processo de produo de gametas nos animais e es-poros nos vegetais
20.1.1 Reconhecer a importncia da mitose nos processos de reposio das clulas do
corpo, no desenvolvimento embrionrio e na reproduo dos seres unicelulares.
20.2.1. Reconhecer a importncia da meio-se no processo de formao de clulas re-produtivas (gametas nos animais e esporos
nos vegetais).
-
45
Os tpicos obrigatrios so numerados em algarismos arbicos Os tpicos complementares so numerados em algarismos romanos
3 Ano - Sugestes de Contedos
-
46
Eixo Temtico: EnergiaEixos Associados: Biodiversidade, Materiais e Modelagem
Tema 1: Teia da Vida
TPICOS / HABILIDADESDETALHAMENTO DAS
HABILIDADES
21. Populaes humanas e seus desa os
(Nmero de aulas sugeridas: 16)
21.1.Relacionar a densidade e o cresci-
mento da populao com os padres de
produo e consumo e com a devastao
ambiental provocadas pela poluio do ar,
gua e solo e extino de espcies.
21.1.1. Usar e analisar dados sobre pesca,caa, desmatamento, queimada e a reduo de fauna e ora e de recursos h-dricos para elaborar relatrios ou resolver exerccios sobre o tema.
21.2. Avaliar a possibilidade de serem ado-
tadas tecnologias de conservao ambien-
tal no uso econmico da biodiversidade,
expanso das fronteiras agrcolas e extra-
tivismo
21.3. Avaliar as condies ambientais,
identi cando o destino do lixo e do esgo-
to, tratamento dado gua, o modo de
ocupao do solo, as condies dos rios e
crregos e a qualidade do ar e as instncias
de administrao pblica responsveis por
essas condies ambientais.
21.4. Relacionar as condies scio-eco-
nmicas com sade, educao, moradia,
alimentao das populaes humanas de
diferentes regies.
21.2.1. Avaliar textos que abordem o im-pacto da expanso agrcola nos ecossiste-mas, bem como se posicionar criticamente sobre o assunto.21.2.2. Opinar sobre as controvrsias: Con-servao Ambiental X Expanso de Frontei-ras Agrcolas X Produo de Alimento. 21.3.1. Avaliar e produzir textos sobre pro-postas de diferentes segmentos da socie-dade sobre preservao e recuperao de ambientes.21.4.1. Analisar dados sobre destino do lixo, esgoto, tratamento de gua e as condies de crregos, rios e a qualidade do ar.21.4.2. Propor medidas para minimizar a produo de lixo nos ambientes.21.4.3. Debater e opinar sobre medidas que podem ser tomadas para reduzir a poluio ambiental, distinguindo as de responsabili-dade individual e as responsabilidades cole-tivas e de poder pblico.
-
47
Eixo Temtico: BiodiversidadeEixos Associados: Energia, Materiais e Modelagem
Tema 2: Histria da Vida na Terra
TPICOS / HABILIDADESDETALHAMENTO DAS
HABILIDADES
22. Causas de extino de animais e plan-
tas (Nmero de aulas sugeridas: 6)
22.1. Comparar argumentos favorveis ao
uso sustentvel da biodiversidade e tomar
posio a respeito do assunto.
22.2. Avaliar relatrios publicados pelos
rgos governamentais e entidades cien-
tfi cas a respeito das espcies em risco de
extino.
22.1.1. Identi car causas de extino de animais e plantas.
22.1.2. Realizar leituras espec cas e deba-tes sobre a importncia da biodiversidade na medicina, na agricultura, na indstria, etc.22.2.1. Analisar propostas elaboradas por cientistas, ambientalistas, representantes do poder pblico referentes preservao e recuperao dos ambientes brasileiros.22.2.2. Elaborar propostas para preserva-o das espcies ameaadas de extino.
23. Evoluo humana
(Nmero de aulas sugeridas: 6)
23.1. Reconhecer a importncia dos regis-
tros fsseis na construo das rvores lo-
genticas
23.2. Reconhecer o papel desempenhado
pelo desenvolvimento da inteligncia, da
linguagem e da aprendizagem na evoluo
do ser humano.
23.1.1. Analisar rvores logenticas que representam a evoluo dos homindeos.23.1.2. Identi car relaes de parentescos entre os homindeos que compem as r-vores fi logenticas do grupo.23.2.1. Analisar lmes, vdeos sobre a evo-luo do ser humano e produzir coment-rios e resumos.23.2.2. Analisar textos que apresentam dis-cusses sobre o papel da linguagem e da aprendizagem na evoluo humana.23.2.3. Avaliar e criticar lmes (Idade do fogo) que apresentam os processos cultu-rais e biolgicos envolvidos na evoluo humana. 23.2.4. Identi car as diferenas entre os as-pectos culturais e biolgicos envolvidos na evoluo humana.
-
48
TPICOS / HABILIDADESDETALHAMENTO DAS
HABILIDADES
24. Seleo Natural e arti cial
(Nmero de aulas sugeridas: 4)
24.1. Apontar benefcios e prejuzos da in-
terferncia humana na evoluo dos seres
vivos
24.1.1. Avaliar o impacto da produo de novas variedades de plantas e animais por
meio do melhoramento gentico.24.1.2. Associar a seleo de bactrias e in-setos resistentes ao uso indiscriminado de
antibiticos e pesticidas.24.1.3. Fazer previses para o futuro com base em dados atuais (produo de alimen-tos, mortes por infeco hospitalar, contro-le de mosquitos em reas urbanas, etc).
25. Origem da vida
(Nmero de aulas sugeridas: 12)
25.1. Identi car diferentes explicaes so-
bre a origem dos seres vivos, confrontando
concepes religiosas, mitolgicas e cient-
cas, elaboradas em diferentes momentos.
25.2. Analisar experincias e argumen-
tos utilizados por cientistas como F. Redi
(1626-1697), L. Pasteur (1822-1895) para
derrubar a teoria da gerao espontnea .
25.3. Avaliar as idias de Oparin sobre a
origem da vida na Terra.
25.4. Associar o surgimento da vida como
um processo lento e relacionado s condi-
es fsico-qumicas da Terra h bilhes de
anos.
25.1.1. Construir argumentos, favorveis ou contrrios, s diferentes formas de ex-plicar as origens dos seres vivos.
25.2.1. Analisar textos que descrevem os experimentos de Redi e Pasteur e identi car as diferenas entre as idias de cada um.25.3.1. Analisar textos histricos que des-crevem o ambiente da Terra primitiva (com-posio de gases, radiao e reaes qu-micas) identi cando os argumentos que corroboram com a hiptese de Oparin so-bre a origem da vida na Terra.
-
49
Tema 3: Corpo Humano e Sade
TPICOS / HABILIDADESDETALHAMENTO DAS
HABILIDADES
26 . Nossa forma de estar no mundo (Nme-
ro de aulas sugeridas: 16)
26.1. Identi car as principais doenas en-
dmicas e mortalidade infantil da regio
em que os alunos moram ou do Brasil, e
relacion-las com as condies ambientais
e qualidade de vida, como: destino do es-
goto e lixo, gua, moradia, acesso a atendi-
mento mdico e a educao.
26.2. Identi car as principais doenas ca-
renciais, como as provocadas por de cin-
cias alimentares, ocupacionais, como a LER,
e as provocadas por materiais presentes no
ambiente, como a silicose.
26.3. Avaliar propostas que visem melho-
ria das condies ambientais distinguindo
entre a responsabilidade individual e a res-
ponsabilidade que demanda a participao
do coletivo ou poder pblico.
26.4. Relacionar o reaparecimento de de-
terminadas doenas com a ocupao de-
sordenada dos espaos urbanos e a degra-
dao ambiental.
26.1.1. Analisar dados em tabelas e gr -cos sobre doenas infectocontagiosas e pa-rasitrias, considerando a idade.26.1.2. Associar a presena de lixo a doen-as infectocontagiosas e parasitrias.26.1.3. Comparar a incidncia de doenas endmicas, na regio onde mora, com da-dos de outras regies do Brasil e associar s condies de vida.26.1.4. Identi car modos de transmisso e preveno das doenas infectocontagiosas e parasitrias comuns regio.26.1.5. Propor melhorias na comunidade de modo a diminuir a incidncia de doen-as infectocontagiosas e parasitrias.26.1.6. Analisar possveis solues para obteno e manuteno de gua potvel (prpria para o consumo humano).26.2.1. Analisar relatos de pesquisas para identi car as principais medidas preventi-vas para as doenas endmicas.26.3.1. Elaborar tabelas com dados com-parativos que evidenciem as diferenas nos indicadores de sade da populao de di-versas regies brasileiras.26.3.2. Avaliar situaes que colocam as pessoas em risco, tais como: tipo de ali-mentao; qualidade de vida; qualidade do ambiente.26.4.1. Relacionar dados sobre o reapareci-mento de certas doenas, como dengue e clera, com o cuidado, individual e coleti-vo, com o ambiente.
-
50
Tema 4: Linguagens da Vida
TPICOS / HABILIDADESDETALHAMENTO DAS
HABILIDADES
27. Fatores que atuam no metabolismo (Nmero de aulas sugerido: 6) 27.1. Identi car em experimentos fatores que atuam no metabolismo: temperatura, concentrao de gases, luz, etc
27.1.1. Quanti car os efeitos de variveis como temperatura, luz e/ou salinidade afe-tam o crescimento e/ou metabolismo em experimentos com plantas, microrganismos e pequenos animais.
28 . Mutao(Nmero de aulas sugerido: 4) 28.1. Reconhecer o papel das mutaes como fonte primria da diversidade gen-tica, analisando possveis efeitos sobre a in-formao gentica
28.1.1. Analisar efeitos de determinados agentes qumicos e radioativos sobre o ma-terial hereditrio.28.1.2. Interpretar textos sobre mutaes e suas conseqncias nos organismos.
29. Tecnologias na gentica
(Nmero de aulas sugerido: 8)29.1. Avaliar a importncia do aspecto eco-nmico envolvido na utilizao da manifes-tao gentica em sade: melhoramento gentico, clonagem e transgnicos
29.1.1. Avaliar textos e discutir sobre pa-tentes e tecnologias do DNA.29.1.2. Posicionar-se criticamente sobre as questes que envolvem o uso de biotecno-logia.
30. Comparar diferentes posicionamentos de cientistas sobre assuntos ligados a bio-tecnologia, terapia gnica e clonagem ava-liando a consistncia dos argumentos e a fundamentao terica (Nmero de aulas sugeridos: 04)
30.1.1. Produzir textos sobre temas rele-vantes atuais e polmicos, como, por exem-plo, clonagem, transgnico.30.1.2. Interpretar textos que descrevem a tcnica de insero de genes em plasm- deos de bactria.30.1.3. Reconhecer os benefcios da bio-tecnologia na sade (produo de insulina), na produo de alimentos (produo de plantas resistentes a vrus; verduras e frutas mais saborosas e duradouras) e outros.
-
51
Bibliografi aAMORIM, A .C.R. CURADO, M.C.C. A produo de conhecimento em aulas de biologia: processos ou
produtos? Cincia & Ensino, 3, 1997.
BASTOS, F. Um obstculo aprendizagem de conceitos em Biologia. In NARDI, R. Questes atuais no
ensino de Cincias, So Paulo, Escrituras, 1998.
BIZZO, Nlio. Cincias: fcil ou difcil? So Paulo, tica,1998.
CHALMERS, Alan. A fabricao da Cincia. So Paulo, Unesp,1994.
O que cincia afi nal? Ed. Brasiliense, So Paulo, SP; 1995.
CHASSOT, A. Alfabetizao cientfi ca: questes e desafi os para a educao. Iju: Ed. UNIJU. 2000.
COLL, Csar. et al. O construtivismo na sala de aula. So Paulo, tica ,1997.
.R. O relojoeiro cego. Lisboa, Edies 70, 1986.
DAWKINS, R A escalada do monte improvvel. Uma defesa da teoria da evoluo. So Paulo: Companhia
das Letras, 1988.
DRIVER, GUESNE e TIBERGHIEN. Ideas cientfi cas en la infancia y la adolescencia. Madrid: Morata,
1985.
DRIVER, R. SQUIRES, A RUSHWORTH, P. e WOOD-ROBINSON, V. Making sense of secundary science
Research into childrens ideas & Support materials for teachers. London: Routledge, 1994.
EL HANI, Charbel Nin. O que vida. Para entender a Biologia do sculo XXI. Rio de Janeiro, Dumar.
2000.
GARCIA, Eduardo. A natureza do conhecimento escolar: transio do cotidiano para o cientfi co ou
do simples para o complexo? In: A construo do conhecimento escolar, ARNAY, Jos (org), So Paulo:
Editora tica. 1997.
GIORDAN, A. VECCHI, G. As origens do saber - das concepes dos aprendentes aos conceitos cient-
fi cos. Porto Alegre, Artes Mdicas, 1996.
LEAKEY, R.E. A evoluo da humanidade. Braslia: Ed. UNB, 1981.
LEHNINGER, A.L. Bioqumica. Trad. Magalhes, J.R. et al. So Paulo: E. Blucher,1984.
-
52
LIMA, C.P. Gentica: O Estudo da herana e da Variao Biolgica. So Paulo: Editora tica, 2000.
MANUAL Global de Ecologia: o que voc pode fazer a respeito da crise do meio ambiente. So Paulo: Augustos,
1993.
MINISTRIO DA EDUCAO E CULTURA. Parmetros Curriculares Nacionais. Rio de Janeiro: 1998. 52
MORIN, Edgar. A religao dos saberes, desafi o do sculo XXI. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.
NULTSCH, W. Botnica Geral. Porto Alegre: Artes Mdicas, 2000.
OKUNO, E.et al. Fsica para cincias biolgicas e biomdicas. So Paulo: Harbra, 1986.
PAPAVERO, N. et al. Histria da Biologia Comparada. Ribeiro Preto: Holos, 2000.
PELCZAR, M.; CHAN, E. C.; KRIEG, N. R. Microbiologia Conceitos e aplicaes. So Paulo: Makron Boobs
do Brasil, 1996.
POUGH, F. H.; Heiser, J. B.; McFarland, W. N. A Vida dos Vertebrados. Atheneu Editora, SP, 1993.
PINSKY, Jaime. Cidadania e educao.So Paulo: Contexto, 1998.
PURVES, W.K.; SADAYA, D.;ORIANS, G.H.;HELLER, H.C. Vida, a Cincia da Biologia. Artmed, Editora,
2002.
RAVEN,P.H. Biologia Vegetal. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997.
RICKLEFS, R. A Economia da Natureza. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.
SANTOS, M. E. Mudana Conceitual na sala de aula: um desafi o pedaggico. Lisboa: Livros Horizontes,1989.
. Desafi os pedaggicos para o sculo XXI. Lisboa: Livros Horizonte, 1999.
SCHIMIDT, Nielsen K. Fisiologia Animal adaptao e ambiente. So Paulo: Santos, 1996.
STORER, T. Zoologia Geral. So Paulo: IBEP. 1999. 820 p.
SUZUKI, D.J.; GRIFFITHS, A.J.F.; MILLER, J.H.; LEWONTIN, R.C. Introduo Gentica. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1992.
TRIVELATO JR., Jos. Concepes de alunos sobre fungos e bactrias. So Paulo: FEUSP, 1995.
VILLANI, A., PACCA, J. L.. Construtivismo, conhecimento cientfi co e habilidade didtica no ensino de
cincias. Revista da Faculdade de Educao da USP, So Paulo, v. 23, p. 196-214,1997;
WEISSMANN, Hilda (org.) Didtica das Cincias Naturais: contribuies e refl exes. Trad. Beatriz Affonso
Neves. Porto Alegre: Artes Mdicas, 1998.
-
53
WEISZ, Telma. O dilogo entre o ensino e aprendizagem, srie Palavra do professor. So Paulo, tica
,1999.
WILSON, Edward. Diversidade da vida.
-
54
-
55
-
56