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Priscila Vinci Corrêa de Oliveira UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS NO PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO EMPRESARIAL Taubaté – SP 2004

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Pr i s c i l a V i n c i C o rr êa d e O l i v e i ra

UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÕES

CONTÁBEIS NO PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO

EMPRESARIAL

Taubaté – SP

2004

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Priscila Vinci Corrêa de Oliveira

UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÕES

CONTÁBEIS NO PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO

EMPRESARIAL

Monografia apresentada para obtenção do

Certificado de Especialização em MBA Gerência

Empresarial do Departamento de Economia,

Contabilidade e Administração da Universidade

de Taubaté.

Orientador: Prof. Mestre Mario Celso de Fellipe

Taubaté – SP

2004

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PRISCILA VINCI CORRÊA DE OLIVEIRA

UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS NO PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO EMPRESARIAL

UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ, TAUBATÉ, SP.

Data: __________________________________________

Resultado: ______________________________________

COMISSÃO JULGADORA

Prof. Mestre Mario Celso de Fellipe (Orientador) - UNITAU

Assinatura: ____________________________________________________________

Prof. Mestre Valter João de Sousa - UNITAU

Assinatura: ____________________________________________________________

Prof. Mestre Norio Ishisaki - UNITAU

Assinatura: ____________________________________________________________

Prof. Mestre Paulo César Correa Lindgren (Suplente) - UNITAU

Assinatura: ____________________________________________________________

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Dedicatória

Aos meus Pais, fonte primária de minha essência e de minha existência, que sempre confiaram em mim. Aos demais membros de minha família que constituem a base de apoio aos meus esforços e são sempre partes integrantes de minha felicidade.

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Agradecimentos

Primeiramente a Deus, por dar-me a vida, a fé e a coragem na difícil e contínua

luta de viver e que ilumina meu coração para que seja um ponto de luz aos que de

mim precisam.

Ao Prof. Mestre Mario Celso de Fellipe, que aceitou prontamente o desafio da

árdua tarefa de conduzir-me, com seus ensinamentos e paciência, nesta minha

jornada, na construção de mais um pedaço de minha história. Minha eterna

gratidão.

Ao Prof. Dr. Edson Aparecida de Araújo Querido Oliveira, Coordenador e

Professor do curso que independente de ser meu Pai, foi um dos profissionais que

muito contribuiu para meu crescimento, bem como para todos os meus colegas de

turma que expressam a mesma opinião.

Este trabalho representa os esforços de muitas pessoas que, direta ou

indiretamente, muito contribuíram para a sua realização. A todos sou

imensamente grata.

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Oliveira, Priscila Vinci Corrêa. Utilização de Sistemas de Informações Contábeis

no Processo de Tomada de Decisão Empresarial. 2004. 45 p. Monografia

(Especialização, MBA – Gerência Empresarial) - Departamento de Economia,

Contabilidade e Administração - ECA, Universidade de Taubaté, Taubaté.

RESUMO

Na gestão empresarial moderna as necessidades dos usuários de informações contábeis

para a tomada de decisões empresariais têm passado por mudanças substanciais e até os

próprios usuários têm mudado, portanto é correto afirmar que a função dos sistemas de

informações permanece, mas o enfoque precisa ser continuamente revisto. Um ponto

importante e complexo é identificar o que é útil ou não para o processo decisório a fim

de evitar a produção de informação irrelevante, muito comum na atualidade, dada a

multiplicidade de dados disponíveis. O objetivo deste trabalho é demonstrar como o

sistema de informação contábil é utilizado para fornecer aos usuários dos

demonstrativos financeiros as informações necessárias para a tomada de decisões

gerenciais. Pode-se realmente afirmar que os sistemas de informações contábeis devem

gerar verdadeiros mapas de navegação que nortearão os rumos a serem tomados pelos

gestores da empresa. Concluí-se que os assuntos tratados estão fortemente presentes na

realidade da função do gestor, e que é primordial pelo menos um conhecimento básico

de controladoria e sistema de informação contábil para uma bem sucedida tomada de

decisão, principalmente nas atuais grandes corporações industriais ocidentais, ainda que

as pequenas e médias empresas também podem ser beneficiadas pelo uso das

informações contábeis como ferramentas de tomada de decisões empresariais.

Palavras chave: gestão empresarial, tomada de decisão, informações contábeis, sistema de informações.

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Oliveira, Priscila Vinci Corrêa. Use of Systems of Countable Information in the

Process of Taking of Enterprise Decision. 2004. 45 p. Monograph (Specialization,

MBA in Financial Management and Accountability) - Economy, Accountancy, and

Administration Department - University of Taubaté, Taubaté.

ABSTRACT

In the modern enterprise management the necessities of the users of countable

information for the taking of enterprise decisions have passed for substantial changes

and until the proper users they have moved, therefore he is correct to affirm that the

function of the systems of information remains, but the necessary approach to be

continuously I coat. An important and complex point is to identify what it is useful or

does not stop the power to decide process in order preventing the production of

irrelevant information, very common in the present time due the multiplicity of

available data. The objective of this work is to demonstrate as the system of countable

information is used to supply to the users of the financial demonstratives the necessary

information the taking of managemental decisions. It can be really affirmed that the

systems of countable information must generate true maps of navigation that will guide

the routes to be taken for the managers of the company. I concluded that the treat

subjects are strong gifts in the reality of the function of the manager, and that it is

primordial at least one basic knowledge of controladoria and system of countable

information for a successful taking of decision, mainly, in current the great occidental

industrial corporations, still that small the e average companies also can be benefited by

the use of the countable information as tool of taking of enterprise decisions.

Keywords: enterprise management, countable taking of decision, information, system of information.

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SUMÁRIO

RESUMO .................................................................................................................... 6

ABSTRACT ................................................................................................................ 7

1. INTRODUÇÃO............................................................................................... 11

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................. 13

2.1. Controller ........................................................................................................ 15

2.2 Comparação entre Contabilidade Financeira e Contabilidade Gerencial..... 16

2.3 Conceito de Accountability ............................................................................... 16

2.4 A Informação Contábil .................................................................................... 18

2.4.1 Características do Sistema de Informação ............................................... 20

2.5 Benefícios ou Ganhos em um Sistema de Informação Contábil na Gestão Empresarial............................................................................................................ 21

3. OS SUBSISTEMAS CONTÁBEIS LEGAIS E GERENCIAIS .......................... 23

3.1 Subsistema de Contabilidade Societária e Fiscal ............................................ 25

3.2 Subsistema de Controle Patrimonial............................................................... 26

3.3 Subsistema de Análise Financeira e de Balanço ............................................. 27

3.4 Subsistema de Gestão de Impostos.................................................................. 28

3.5 Subsistema de Orçamento ............................................................................... 29

3.6 Subsistema de Custo ........................................................................................ 31

3.7 Subsistema de Contabilidade por Responsabilidade ...................................... 32

3.8 Subsistema de Acompanhamento do Negócio................................................. 34

4. SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO EMPRESARIAL –SIGE ................ 36

4.1 Benefícios ou Ganhos esperados no SIGE....................................................... 36

4.2 Contabilidade dentro do SIGE........................................................................ 38

4.3 A Informação Contábil no Processo de Tomada de Decisão Empresarial .... 39

5. CONCLUSÃO....................................................................................................... 42

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................... 45

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Estrutura da Controladoria.......................................................................15

Figura 2 – Integração do Subsistema de Orçamento e Outros Subsistemas............31

Figura 3 - Integração do Subsistema de Custos e Outros Subsistemas....................33

Figura 4 – Abrangência e Subsistemas de um SIGE..................................................37

Figura 5 – Fluxo das Informações das Áreas Operacionais para Contabilidade....38

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Comparação entre Contabilidade Financeira e Gerencial.....................17

Quadro 2 - Sistema de Informação Contábil..............................................................23 .

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1. INTRODUÇÃO

O trabalho tem como objetivo demonstrar como o sistema de informação contábil

é utilizado para fornecer aos usuários dos demonstrativos financeiros as informações

necessárias para a tomada de decisões. O desvendar do estudo será importante para que

administradores, gerentes e outros usuários possam conhecer as melhores alternativas de se

utilizar o sistema de informações contábeis.

As necessidades dos usuários têm passado por mudanças substanciais e até os

próprios usuários têm mudado, portanto é correto afirmar que a função dos sistemas de

informações permanece, mas o enfoque precisa ser continuamente revisto. Um ponto

importante e complexo é identificar o que é útil ou não para o processo decisório a fim de

evitar a produção de informação irrelevante.

Conhecer o modelo decisório do usuário e estar de acordo com a filosofia

gerencial da empresa também são fatores que auxiliam na produção de informação relevante e

precisa para o usuário.

Tradicionalmente a Contabilidade é conceituada, conforme GAUTIER (1966),

como “o método de identificar, mensurar e comunicar informação econômica, a fim de

permitir decisões e julgamentos adequados por parte dos usuários da informação.” Este

processo de comunicação implica o reconhecimento dos tipos de informações necessárias para

cada tipo de usuário da informação contábil e a avaliação da habilidade dos usuários em

interpretarem a informação adequadamente.

Realça, assim, a noção de relevância, talvez uma das poucas formas de delimitar a

quantidade e a qualidade da informação prestada, caso contrário, não se saberia quais os

limites a serem impostos à comunicação e à informação econômica. Envolve um processo de

participação entre usuário e Contabilidade e uma noção sistêmica de informação empresarial.

O cliente, neste trabalho, é entendido como o usuário interno da informação

contábil que a utiliza em seu processo decisório, visto que os relatórios do sistema têm por

objetivo a avaliação do resultado dos produtos/serviços gerados pelas diversas atividades. É

fundamental, para uma atuação bem sucedida do Contador, visualizar seu cliente como a

entidade mais importante e para a qual deve dirigir seus esforços.

O trabalho está estruturado em quatro capítulos, cujos objetivos e conteúdos assim

se resumem:

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O primeiro capítulo visa fornecer uma visão geral do trabalho.Caracteriza o

problema, apresenta o objetivo, a contribuição esperada do estudo, assim como a metodologia

de pesquisa adotada.

O segundo capítulo traz uma revisão bibliográfica dos principais conceitos de

contabilidade e processo de tomada de decisão.

No terceiro capítulo são apresentados os principais subsistemas que compõem o

sistema de informações contábeis utilizados na gestão empresarial.

O quarto capítulo aborda o Sistema de Informações Contábeis e a sua utilização no

processo de tomada de decisões empresariais.

O último capítulo apresenta a conclusão do trabalho, destacando a utilização das

informações contábeis no processo de tomada de decisões.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Segundo FIGUEIREDO & CAGGIANO (1997) “o aumento da complexidade na

organização das empresas, o maior grau de interferência governamental por meio de políticas

fiscais, a diferenciação das fontes de financiamentos das atividades, a percepção das

necessidades de consideração dos padrões éticos na condução dos negócios e, principalmente,

a demanda por melhores práticas de gestão, criando a necessidade de um sistema contábil

mais adequado para um controle gerencial mais efetivo, têm sido, entre outras, algumas das

razões para que a responsabilidade com o gerenciamento das finanças das empresas tenha

aumentado de importância dentro do processo de condução dos negócios.”

A controladoria é o atual estado evolutivo da ciência contábil, PADOVEZE (2000)

afirma ser “a controladoria uma ciência, visto apresentar objeto próprio de estudo, utilizar

métodos racionais, estar em constante evolução, ter caráter preditivo, apresentar caráter de

certeza na afirmação de seus enunciados”, entre outros.

O autor afirma que “não há razões teóricas ou científicas para distinção entre

contabilidade e contabilidade gerencial, uma vez que, em sua essência, a contabilidade é

gerenciamento e é sistema de informação”, afirmando, ainda, que a contabilidade gerencial

nada mais é nas empresas do que a controladoria.

Para CATELLI (1999), a missão da controladoria é assegurar a eficácia da

empresa por meio da otimização de seus resultados”.

Segundo HECKERT & WILSON (1963), à controladoria não compete o comando

do navio, pois esta tarefa é do primeiro executivo; representa, entretanto, o navegador que

cuida dos mapas de navegação. É sua finalidade manter informado o comandante quanto à

distância percorrida, ao local em que se encontra, à velocidade de embarcação, à resistência

encontrada, aos desvios da rota, aos recifes perigosos e aos caminhos traçados nos mapas,

para que o navio chegue ao destino.

Dessa forma, pode-se explicitar a missão da controladoria: dar suporte à gestão de

negócios da empresa, de modo a assegurar que esta atinja seus objetivos, ”cumprindo assim

sua missão”.

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De acordo com FIGUEIREDO & CAGGIANO (1997), para que a controladoria

atue na busca da eficácia e no cumprimento da missão é necessário que se definam os

seguintes modelos:

• Modelo de Gestão: é composto pelo conjunto de crenças, princípios, valores e

idéias dos administradores da empresa definindo, assim, as diretrizes de como os

gestores serão avaliados e os princípios de como a empresa será administrada;

• Modelo de Decisão: é uma definição de como deve ser escolhida a melhor

alternativa para se alcançar os objetivos da empresa, conforme o planejado,

buscando a otimização da decisão;

• Modelo de Informação: o propósito da informação é permitir que a

organização alcance os seus objetivos pelo uso eficiente da própria informação e

de seus outros recursos: pessoas, materiais, máquinas, dinheiro, tecnologia e

outros ativos. Tem como objetivo fornecer a melhor informação para a tomada de

decisão;

• Modelo de Mensuração: é um conceito que visa expressar os objetivos como

metas definidas sobre as quais as decisões deverão ser tomadas e pode ser

elaborado em qualquer tempo: passado, presente e futuro. O padrão da

mensuração contábil é a unidade monetária, pois através dela é possível traduzir

todas as operações da empresa em um único padrão.

A controladoria deve atuar em todas as etapas do processo de gestão da empresa,

com a finalidade de exercer corretamente sua função de controle e reporte na correção do

planejamento. Entretanto, ela não pode afastar-se da execução de suas tarefas regulares,

ligadas à legislação e aspectos societários.

A controladoria deve estar ligada aos sistemas de informação necessários ao

desenvolvimento de seu trabalho. A Figura 1 demonstra de um lado a área contábil e fiscal,

responsável pelas informações societárias, fiscais, guarda de ativos, gestão de impostos, entre

outras atribuições. Do outro lado há a área de planejamento e controle, responsável pelos

orçamentos, projeções, custos e simulações, que tem, como ponto de partida para seu

trabalho, as informações existentes na escrituração, daí decorrendo a importância da

integração entre os sistemas.

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Controladoria

AuditoriaInterna

Sistema deInformaçãoGerencial

Planejamentoe

ControleEscrituração

Orçamentoe

Projeções

Contabilidadede

Custos

Contabilidadepor

Responsabilidade

Acompanhamentodo Negócio

e Estudos Especiais

ContabilidadeSocietária

ControlePatrimonial

ContabilidadeTributária

Figura 1 - Estrutura da Controladoria (Padoveze, 2000) 2.1. Controller

FIGUEIREDO & CAGGIANO (1997) definem Controller como “um gestor

encarregado do departamento de controladoria; seu papel é, por meio do gerenciamento de um

eficiente sistema de informação, zelar pela continuidade da empresa, viabilizando as sinergias

existentes, fazendo com que as atividades desenvolvidas conjuntamente alcancem resultados

superiores aos que alcançariam se trabalhassem independentemente.”

Pode-se destacar alguns requisitos necessários para o desempenho da função de

Controller:

• Conhecimento do ramo da atividade da empresa;

• Conhecimento dos objetivos, metas, políticas e problemas básicos da empresa;

• Conhecimento de informática e habilidade para análise contábil e estatísticos;

• Conhecimento dos princípios contábeis e das implicações fiscais que afetam o resultado empresarial.

O Controller tem que ampliar sua atuação na contabilidade em aplicações

gerenciais desenvolvendo responsabilidades e atividades básicas em planejamento, controle,

informação e contabilidade.

Segundo Heckert & Wilson (1963), a essência da função de Controller é uma

visão proativa, permanentemente voltada para o futuro. (...)“Essencial para a compreensão

apropriada da função de controladoria é uma atitude mental que energiza e vitaliza os dados

financeiros por aplicá-los ao futuro das atividades da companhia. É um conceito de olhar para

frente - um enfoque analiticamente treinado, que traz balanço entre o planejamento

administrativo e o sistema de controle.”

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2.2 Comparação entre Contabilidade Financeira e Contabilidade Gerencial

Os métodos da contabilidade financeira e da contabilidade gerencial foram

desenvolvidos para diferentes propósitos e para diferentes usuários das informações.

A contabilidade financeira, dita como Contabilidade tradicional, preza os

princípios contábeis geralmente aceitos. É utilizada para fins fiscais, societários e

regulatórios, base de escrituração de dados passados e mensuração em moeda corrente.

Origina-se da necessidade de controle das operações de qualquer empresa e disponibiliza

informações para os acionistas, credores e outros que estão de fora da organização (usuários

externos).

A contabilidade gerencial, conforme PADOVEZE (2000), “mudou o foco da

contabilidade, passando dos registros e análises das transações financeiras à utilização da

informação para decisões que afetem o futuro.”

Está ligada à necessidade de informações para planejamento, controle e avaliação

de desempenho. Auxilia os administradores, isto é, aqueles que estão dentro da organização e

que são responsáveis pela direção e controle de suas operações (usuários internos).

A contabilidade financeira não deve ser classificada como uma ciência diferente da

contabilidade gerencial; esses dois segmentos fazem parte de um todo. O Quadro1 ilustra a

comparação entre a Contabilidade Financeira e a Contabilidade Gerencial.

2.3 Conceito de Accountability

De acordo com a sociedade e as relações políticas e econômicas que ocorrem nela,

nota-se que sempre há existência da delegação de poder (empowerment) e sua contrapartida, a

geração de responsabilidade (accountability).

NAKAGAWA (1993) diz que Accountability é a obrigação de se prestar contas

dos resultados obtidos, em função das responsabilidades que decorrem de uma delegação de

poder.

Nas grandes empresas, onde é muito clara a noção de separação entre propriedade

e gerência, os acionistas majoritários, representando muitas vezes interesses de inúmeros

investidores minoritários, elegem os membros de seu conselho de administração, os quais, por

sua vez, escolhem as pessoas que efetivamente deverão gerir os negócios da empresa,

formando-se, assim, uma grande cadeia de accountability que percorre toda a sua estrutura

organizacional.

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Fator Contabilidade Financeira Contabilidade Gerencial

Usuários dos relatórios Externos e internos Internos

Objetivo dos relatórios Facilitar a análise financeira para

as necessidades dos usuários

externos

Facilitar o planejamento,

controle, avaliação de

desempenho e tomada de decisão

internamente

Forma dos relatórios Balanço Patrimonial,

Demonstração dos Resultados,

Demonstrações das Origens e

Aplicações de Recursos e

Demonstração das Mutações do

Patrimônio Líquido.

Orçamentos, contabilidade por

responsabilidade, relatórios de

desempenho, relatórios de custo,

relatórios especiais não

rotineiros para facilitar a tomada

de decisão

Freqüência dos relatórios Anual, trimestral e,

ocasionalmente mensal

Quando necessário pela

administração

Custos ou valores utilizados Primariamente históricos Históricos e esperados.

Bases de mensuração usadas

para quantificar os dados

Moeda corrente Várias bases(moeda corrente,

moeda estrangeira, etc.)

Restrições nas informações

fornecidas

Princípios contábeis geralmente

aceitos

Nenhuma restrição, exceto as

determinadas pela administração

Característica da informação

fornecida

Deve ser objetiva, verificável,

relevante e a tempo

Deve ser relevante e a tempo,

podendo ser subjetiva, possuindo

menos verificabilidade e menos

precisão

Perspectiva dos relatórios Orientação histórica Orientada para o futuro, para

facilitar o planejamento,

controle, e avaliação de

desempenho antes do fato,

acoplada com uma orientação

histórica para avaliar os

resultados reais

Quadro 1 – Comparação entre Contabilidade Financeira e Gerencial (Padoveze, 2000)

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Nakagawa, citando IJIRI, afirma que accountability é o que distingue a

contabilidade de outros sistemas de informações existentes. Para ele, a contabilidade começa

registrando e divulgando os resultados das atividades de uma empresa, mas sua eficácia só se

esgota após a constatação da quitação da accountability, assumida pelos diversos tipos e

níveis de agentes do sistema.

A necessidade de prestar contas dos resultados obtidos encontra na estrutura da

controladoria o meio necessário para suprir os usuários com informações que levarão à

tomada de decisão.

2.4 A Informação Contábil

A literatura de economia, administração e contabilidade reconhecem a importância

da informação como um recurso, e a teoria da informação tem se tornado cada vez mais um

tema importante, principalmente nas organizações que buscam eficiência e eficácia. Para isso,

é necessária a definição de um sistema de informação.

Conforme Gil (1992) “sistemas de informações compreendem um conjunto de

recursos humanos, materiais, tecnológicos e financeiros agregados segundo uma seqüência

lógica para o processamento dos dados e a correspondente tradução em informação.”

Para se desenvolver um sistema de informação é necessário seguir alguns

princípios básicos, como verificar as crenças, valores e diretrizes da empresa, a utilidade das

informações geradas voltadas para a necessidade do usuário e o poder de decisão dos gestores

sobre os recursos da empresa.

As informações geradas devem beneficiar a empresa em sua totalidade e estimular

os gestores para as tomadas de decisões, com a utilização de conceitos e critérios que sejam

lógicos, racionais e imparciais.

Do trabalho de RICCIO (1989) podem ser extraídas as seguintes definições de

contabilidade e o objetivo do sistema de informação contábil:

SÉRGIO DE IUDÍCIBUS define:

“construção de um arquivo básico de informação contábil, que possa ser utilizado de forma

mais flexível por vários tipos de usuários...porém extraídos todos os informes do arquivo

básico ou data-base estabelecido pela Contabilidade...”

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“...a função da Contabilidade (objetivo) permanece praticamente inalterada através dos

tempos, ou seja, quanto a prover informação útil para a tomada de decisões econômicas”.

Segundo FREDERICK H. WU:

“um sistema de informação contábil é uma entidade ou um componente, dentro de uma

organização, que processa transações financeiras para prover informações para operação,

controle e tomada de decisões aos usuários.”

Para BARRY E. CUSHING:

“o termo sistema de informação contábil é definido como um conjunto de recursos humanos e

de capital, dentro de uma organização, responsável pela preparação de informações

financeiras e também das informações obtidas da coleta e processamento de transações”.

“Dois papéis básicos do sistema de informação contábil no processo de decisão gerencial:

• a informação contábil sempre provoca um estímulo à decisão pela gerência por

mostrar situações em que uma ação é requerida;

• a informação contábil sempre proporciona uma base para a escolha de uma entre

várias alternativas.”

“o sistema de informação contábil deve ser desenvolvido para atender eficazmente à essas

necessidades.”

CVM-IBRACON-IPECAFI definem:

“A Contabilidade é, objetivamente, um sistema de informação e avaliação destinado a prover

seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de

produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização.

Os objetivos da Contabilidade, pois, devem ser aderentes, de alguma forma explícita ou

implícita, àquilo que o usuário considera como elementos importantes para seu processo

decisório.”

EDSON LUIZ RICCIO afirma:

“Assim, com base nas diversas proposições examinadas, podemos resumir os objetivos de um

sistema de informação contábil como sendo:

• Prover informações monetárias e não monetárias, destinadas às atividades e decisões

dos níveis operacional, tático e estratégico da empresa, e também para os usuários

externos à ela.

• Constituir-se na peça fundamental do sistema de informação gerencial da empresa”

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2.4.1 Características do Sistema de Informação

Nos tempos atuais, a organização tem a necessidade de manter um equilíbrio com

o ambiente, integrar-se e comunicar-se com as partes em que é constituída (subsistemas),

dentro do conceito de continuidade, procurando atingir seus objetivos.

É essencial, na empresa, a preocupação com a informação, em termos de utilidade,

conteúdo, disponibilidade, oportunidade, custo/beneficio e realidade. Para que atinja esses

propósitos é necessário que o sistema de informação tenha os seguintes aspectos, conforme

PEREIRA (1999):

• Integração: o modelo de informação deve estar integrado aos modelos de

decisão e mensuração;

• Segmentação da empresa em áreas de responsabilidade: a empresa deve ser

dividida em áreas de responsabilidade, de forma a permitir a identificação dos

custos e receitas das atividades de acordo com seus respectivos gestores,

permitindo que atuem no sentido de otimizar seus resultados;

• Centros de custos, de resultados e de investimentos: as informações sobre

custos e receitas devem ser acumuladas segundo os conceitos de centros de

custos, de resultados e de investimentos, conforme as necessidades de controle

definidas pelos gestores. Idealmente, para a avaliação de desempenho, as áreas

de responsabilidade que devem corresponder a centros de custos não

preenchem seus requisitos;

• Base conceitual uniforme sobre os desempenhos planejado e realizado: a

produção de informações sobre os desempenhos planejados e realizados deve

utilizar-se da mesma base e estrutura conceitual, garantindo a comparabilidade

entre eles;

• Contribuição das atividades ao resultado global da empresa: as

informações sobre desempenho devem evidenciar a contribuição das atividades

ao resultado global da empresa, requerendo a identificação de efeitos

econômicos dos aspectos operacionais e financeiros das atividades;

• Bases informativas para a comparação entre os desempenhos planejado e

realizado: o modelo de informação deve ser estruturado de forma a evidenciar,

analiticamente, as causas das variações entre os desempenhos planejado e

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realizado, segundo os conceitos de orçamentos flexíveis, padrões e equação de

resultados, que provêem bases para comparação com o desempenho realizado;

• Eficácia e eficiência: as informações sobre desempenho devem espelhar suas

dimensões qualitativas, ou seja, a eficácia e eficiência relativas às operações,

de acordo com os níveis planejados;

• Oportunidade: as informações sobre desempenho devem transitar por canais

que permitam ações oportunas, em tempo hábil, para a implementação de

eventuais correções ( em nível de planejamento ou execução);

• Acionalidade e suporte ao sistema de decisões: as informações sobre

desempenho devem acionar e suportar um sistema de decisões e, portanto

devem ser direcionadas às pessoas que possuem autoridade e influência sobre

as variáveis que requerem ações.

Esses aspectos devem ser estruturados para que dependam cada vez mais de

informação; levem em conta os aspectos operacionais, econômicos e financeiros, possibilitem

a operacionalização, possuam um banco de dados integrado, meçam os resultado, sejam

formais e possibilitem interface entre os sistemas operacionais, seja proporcional à

complexidade operacional ou ao volume versus necessidade.

2.5 Benefícios ou Ganhos em um Sistema de Informação Contábil na Gestão

Empresarial

Os principais benefícios ou ganhos esperados para um sistema de informação

contábil são, conforme PADOVEZE (2000):

• redução do tempo de liberação das informações e entrega de relatórios, essa redução deverá trazer benefícios reais para os processos de tomada de decisão dos principais usuários da informação contábil;

• redução do uso de softwares aplicativos;

• redução ou eliminação de equipamentos em duplicidade;

• redução do uso de materiais de expediente com emissão de relatórios substituídos por informações em tela;

• redução dos gastos com licenciamento de sistemas antigos e caros;

• redução da utilização do departamento de informática da empresa;

• redução de gastos de comunicação tradicional telefônica e fax;

• redução da estrutura física do departamento de contabilidade e controladoria;

• liberação de mão de obra para ocupar outras tarefas mais importantes.

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22

Segundo MAGALHÃEL E LUNKES (2000), as políticas, os objetivos e

programas nada mais são que uma hierarquia de decisões sobre aspectos detalhados das

atividades que o sistema deve desenvolver; e a gestão da empresa pode ser entendida como

um conjunto dessas decisões com a finalidade de estabelecer um equilíbrio entre seus

objetivos e atividades empresariais.

É neste sentido que serão desenvolvidos os capítulos seguintes, evidenciando a

aplicação do sistema de informações contáveis na gestão empresarial. Este capítulo teve como

objetivo estabelecer a base teórica que norteará o desenvolvimento do trabalho como um todo.

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23

3. OS SUBSISTEMAS CONTÁBEIS LEGAIS E GERENCIAIS

As empresas vêm comumente partilhando o sistema de informação contábil em

duas grandes áreas: a área societária e fiscal e a área gerencial. Esta divisão é válida para fins

de entendimento, mas, na verdade, o ideal é a perfeita integração entre ambas, que tem a

mesma importância para a empresa operacionalizada como um todo. O responsável pelo

sistema, na questão de relevância, não deve fazer nenhuma diferenciação.

Dentro da área legal HÁ subsistemas de informação para análises de elaboração

rotineira, tais como análise de balanço e de caixa e a gestão dos impostos destinados ao

primeiro gerenciamento da empresa, mesmo tendo uma abordagem gerencial. O Quadro 2

apresenta o sistema de informação contábil em três grandes áreas e nos principais

subsistemas;

SISTEMA DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL

ÁREA LEGAL/FISCAL ÁREA DE ANÁLISE ÁREA GERENCIAL

• Contabilidade Geral

• Correção Monetária Integral

• Contabilidade em outras

Moedas

• Consolidação de Balanços

• Valorização de Inventários

• Controle Patrimonial

• Análise de Balanço

• Análise Fluxo de Caixa

• Gestão de Impostos

• Orçamentos e Projeções

• Custos e Preços de Venda

• Contabilidade por

Responsabilidade

• Centro de Lucros e

Unidades de Negócios

Acompanhamento do Negócio

Quadro 2 – Sistema de Informação Contábil (Padoveze, 2000)

Os subsistemas de informação contábil devem, preferencialmente, ter as seguintes

facilidades e operacionalidades, conforme PADOVEZE (2000):

• Flexibilidade e integridade: a flexibilidade é necessária tendo em vista o

aspecto gerencial da informação contábil; a segurança é necessária pela própria

característica de ser um grande sistema de informações legais e fiscais que deve

ser mantido por muitos anos;

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• Parametrização: deve permitir a criação, por meio de parâmetros, de novas

estruturas informacionais a partir do banco de dados existente. Ex.: a possibilidade

de se criar outros tipos de períodos utilizando o banco de dados de datas, tais

como período semanal, período decencial, período quinzenal, período bimestral,

entre outros;

• Multiempresa e multiusuário: o conceito de multiempresas não

necessariamente implica que seja uma empresa dentro de formas legais. O

conceito de multiempresas pode ser o conceito de unidades de negócios em que

não há uma empresa diferente de forma explícita. É necessário, também, o

atendimento a todos os usuários do grupo empresarial;

• Sistema corporativo e de consolidação de balanços: este sistema deve

permitir qualquer processo de aglutinação de informações para a corporação. Para

atender as necessidades legais, tanto quanto as necessidades gerenciais, deve ter

todas as operacionalidades para o processo de consolidação de balanços;

• Internação dos dados e atualização das informações: o processo de entrada

dos dados deve ser imediato em cada conta (on line) e a atualização deve ser

imediata (real time);

• Tabelas e relacionamentos: é importante que o sistema tenha condições de

construir tabelas (centros de custos, linhas de produtos, etc.) para facilitar o

processo de construção de contas e planos de contas. Além disso, o sistema deve

propiciar uma estrutura de “relacionamentos”. Relacionamento é uma facilidade

operacional de ligação entre contas contábeis, seja uma a uma ou por meio do

conceito de tabelas de contas, centros de custos ou outras estruturas da conta

contábil;

• Gerador de relatórios: operacionalidade que permite aos usuários da

informação contábil formatar seus próprios relatórios com muita facilidade, sem

necessidade de conhecimento das tecnologias de informática. É um conceito

próximo ao de sistema de suporte à decisão. Os geradores desses relatórios devem

propiciar a possibilidade de um relatório completo, ou seja:

� acessar todas as informações do sistema;

� fazer a edição da forma desejada pelo usuário;

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� possibilitar introdução de cálculos com as informações oriundas do

sistema (índices, percentuais, entre outros);

� adicionar textos e informações não constantes do sistema;

� o relatório deve passar a fazer parte do processo de atualização do

sistema-mãe.

Essas operacionalidades, em linha geral, devem estar dentro de todos os

subsistemas contábeis, porém mais fortes no subsistema de contabilidade societária e fiscal,

conforme será detalhado em seguida conforme PADOVEZE (2000).

3.1 Subsistema de Contabilidade Societária e Fiscal

Também conhecido como sistema de Contabilidade Geral, pode ser considerado

como o coração do sistema de informação contábil. Dentro de um enfoque gerencial, quando

bem estruturado, terá a sua utilização melhor integrada com os demais subsistemas.

Esse subsistema tem como objetivo atender as informações de caráter legal, da

legislação societária ou fiscal, criando e estruturando a base de dados dessas informações.

Como enfoque básico, tem como objetivo as informações contábeis fundamentais,

processamento, armazenamento e a geração dos seguintes relatórios e arquivos:

• lançamentos contábeis;

• livro Diário;

• livro Razão e fichas Razão;

• balancetes;

• plano de contas;

• balanço patrimonial e demonstração de resultados;

• arquivo contábil.

O administrador desse subsistema é o responsável pelo fluxo geral das

informações e tem como tarefa a abertura e o encerramento dos períodos contábeis e a

manutenção dos modelos de informação contábil já adotados pela empresa. Deve levar em

conta qual o formato ideal de informação, se o dado já existe em outro subsistema, quais os

prazos e qual o processo de arquivamento, entre outros.

A conciliação contábil ou análise contábil é a tarefa complementar da

Contabilidade que consiste em rever os lançamentos e as classificações contábeis para

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garantir a segurança das informações. Com a implantação dos sistemas integrados de gestão

empresarial esta tarefa tende a diminuir.

Esse subsistema se integra com quase todos os subsistemas empresariais, sejam

contábeis ou operacionais. Recebe interfaces e informações de outros subsistemas e fornece

dados para outros sistemas, sendo, assim, um grande banco de dados da Contabilidade.

3.2 Subsistema de Controle Patrimonial

A necessidade desse subsistema é o controle dos ativos permanentes

principalmente os imobilizados. Os principais objetivos são:

• assegurar o controle físico e escritural de todos os itens considerados como

ativos permanentes dentro da empresa;

• permitir o processo de valorização contábil fiscal e gerencial do ativo

permanente;

• permitir o processo de planejamento e controle dos recursos permanentes à

disposição da empresa;

• armazenar todas as informações necessárias para todas as gestões relacionadas

com ativo permanente;

• permitir o processo de segurança e responsabilidade dos bens e direitos à

disposição dos funcionários da empresa.

As atribuições e funções do administrador desse subsistema são:

• Conceito de controle: o administrador pode optar por três conceitos de

controle, são eles:

� controle geral e irrestrito, físico e escritural, de todos os itens considerados permanentes;

� controle apenas escritural e nenhum controle físico;

� controle parcial físico e escritural dos itens relevantes e controle apenas escritural dos itens classificados como não relevantes.

• Normalização dos procedimentos dos eventos patrimoniais: classificar e

normalizar os procedimentos dos eventos patrimoniais (entradas e saídas de

bens e direitos permanentes) como, por exemplo, a aquisição de bens e direitos

permanentes e a doação de bens e direitos, entre outros;

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• Critérios de atribuição de valor e depreciações e decisão de ativamento de

gastos: após a determinação dos eventos patrimoniais para definir o valor a ser

registrado no sistema existem critérios de cálculo de depreciação e a decisão de

ativamento de gastos;

• Identificação patrimonial: com as plaquetas de patrimônio atribui-se número

e ordem aos bens e direitos da empresa. Elas são necessárias para a

escrituração de controle das depreciações, baixas patrimoniais e inventário

físico.

Esse Subsistema está ligado aos valores de entradas e saídas, dessa forma se

integra com os seguintes subsistemas:

• Entradas: entradas fiscais, controle de projetos e saídas fiscais;

• Saídas: contabilidade em outras moedas, contabilidade societária e fiscal,

custos, orçamentos e contabilidade por responsabilidade.

São gerados relatórios comuns atendendo qualquer usuário da empresa de acordo

com suas necessidades:

• aquisições ou entradas do mês;

• baixas do mês;

• resultados nas vendas de permanentes;

• depreciações por equipamentos;

• depreciações do mês por centro de custo;

• imobilizado por centro de custo;

• ativos por divisão ou unidades de negócios;

• livro razão auxiliar de correção monetária de balanço (obrigatório para

legislação fiscal);

• controle dos impostos creditados (para fins fiscais).

3.3 Subsistema de Análise Financeira e de Balanço

Esse subsistema se apresenta dentro do subsistema de contabilidade geral é a

principal ferramenta de análise da contabilidade gerencial.

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Para a análise financeira são necessários o fluxo de caixa, demonstrações das

origens e aplicações dos recursos (DOAR) e demonstrações das movimentações do capital e

dos investimentos.

Para análise de balanço é preciso uma análise vertical e horizontal; indicadores de

análise de balanço; análise de rentabilidade; análise de valor patrimonial e das ações e análise

de valor da empresa. As informações constantes nesses relatórios são:

• valores absolutos em várias moedas;

• avaliações percentuais;

• indicadores específicos e inter-relacionados;

• indicadores de potencial, entre outros.

Esse subsistema tem como objetivos dar uma visão geral da empresa; avaliar sua

liquidez financeira e de sua solidez; analisar as tendências de todos indicadores, mostrar o

potencial da empresa em termos de fluxo futuro de lucros e caixa, avaliar o valor da empresa

e acompanhar a sua imagem no mercado.

3.4 Subsistema de Gestão de Impostos

São inúmeros os impostos, taxas, contribuições, bases de cálculos e tributações

existentes no país; a gestão de impostos permite um gerenciamento eficaz dos impostos

gerados pela empresa reduzindo o impacto financeiro.

De forma geral, esse subsistema pode ser dividido em quatro grandes blocos de

informações:

• impostos e contribuições sobre mercadorias;

• impostos e contribuições sobre o lucro;

• contribuições sobre folha de pagamento;

• outros impostos, taxas e contribuições.

Os principais objetivos são: informar as bases de cálculos e exceções de incidência

dos tributos, buscar a gestão operacional dos tributos, permitir a visão do impacto dos tributos

sobre todos os estabelecimentos da empresa e das empresas do grupo corporativo, possibilitar o

acompanhamento sistemático dos impostos a recuperar, dos créditos tributários pendentes e dos

impostos parcelados e fornecer informações para o balanço social.

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A principal função do administrador desse subsistema é, após a coleta de dados de

outros subsistemas, saber identificar com clareza e precisão as informações relevantes que serão

utilizadas para a tomada de decisão.

Os sistemas operacionais ou contábeis que geram as informações de base de cálculo,

ou exceções de base de cálculo, como emissão de notas fiscais (saídas), entradas de notas fiscais,

apuração fiscal, contabilidade fiscal e societária e folha de pagamento, devem estar totalmente

integrados com o subsistema de gestão de impostos.

Os principais relatórios gerados devem conter as seguintes informações sobre cada

tributo:

• principais bases de incidências dos impostos;

• principais bases de não incidências dos impostos;

• tipos de movimentação mais relevantes;

• prazos de recolhimento, indexador legal, se existir, prazo de entrega das guias ou

declarações;

• alíquotas básicas para as movimentações mais relevantes;

• valor dos impostos, debitados, creditados, aproveitados, postergados, diferidos, a

recuperar entre outros dados.

3.5 Subsistema de Orçamento

O sistema de orçamento soma-se ao sistema de contabilidade geral; esse conjunto de

subsistemas trabalha as informações contábeis de forma integrada, em três módulos: informações

contábeis do passado, informações contábeis do presente e informações contábeis do futuro, onde

estão as informações do orçamento.

O controle do sistema orçamentário é a análise das variações dos dados orçados com

os dados reais que se encontram na contabilidade geral.

O objetivo básico é cumprir o plano orçamentário. O processo de orçamento

dentro de uma empresa não se limita às informações inseridas no sistema, esse processo é

longo e exige uma integração muito grande em todas as áreas da empresa.

O subsistema de orçamento tem os seguintes objetivos principais:

• executar o plano orçamentário da empresa;

• pré-orçar e orçar o que deve acontecer;

• administrar as responsabilidades e a integração das informações;

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• programar, calcular e contabilizar todos os dados orçados;

• efetuar o controle orçamentário.

As principais funções do administrador são:

• definição da metodologia de orçamento e critérios de inserção dos dados

orçamentários no sistema de informação;

• revisão dos conceitos de classificação das receitas e despesas;

• revisão ou elaboração do manual de contabilização das despesas e receitas;

• definição dos métodos e critérios de valorização, tais como: que moeda(s)

utilizar, critérios de indexação (se necessário), tabelas das projeções dos

indicadores de variação de preços, índices de quantificação ou dados gerais de

volume de venda e produção, etc.

O sistema orçamentário fornece os seguintes relatórios:

• relatório de pré orçamento;

• orçamento por centros de custos ou departamentos;

• orçamento por divisões ou unidades de negócio;

• orçamento geral da empresa;

• orçamento original e orçamento ajustado;

• orçamento em várias moedas;

• orçamento consolidado;

• relatórios de controle orçamentário (real x orçado e análise das variações).

Além disso, deve fornecer informações para a formação do custo-padrão,

formação e/ou análise de preços de venda, planejamento e simulação de resultados e avaliação

de projetos e investimentos.

O subsistema de orçamentos necessita de informações oriundas das diversas áreas

da empresa, como, por exemplo: o estudo da capacidade e logística; orçamentos de materiais,

de mão-de-obra, de despesas gerais, de produção, de caixa, de investimentos e principalmente

o orçamento de vendas que determina todos os demais.

A Figura 2 ilustra os principais subsistemas que devem conectar-se com o sistema

de orçamento.

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ORÇAMENTOS

Carteira de PedidosPrevisão de Vendas De Vendas

Acompanhamento do Negócio

Estoque Produtos Acabados De Produção

Estoque de MateriaisCompras De Materiais

Processo de Fabricação

Folha de Pagamento De Mão-de-Obra Sistema OrçamentárioEfetivo

Contabilidade Geral Demonstracões Contábeis

Controle Patrimonial De Depreciações Relatórios Diversos

Financiamentos, Recebimentos De Produtos Financeiros

Projetos De Investimentos

Planejamento Financeiro De Caixa

Figura 2 – Integração do Subsistema de Orçamento e outros Subsistemas (Padoveze, 2000)

3.6 Subsistema de Custo

Para se tratar o subsistema de custo com o enfoque gerencial, tem-se dificuldade

de generalização, pois a ciência contábil desenvolveu diversos métodos para custear um

produto, e cada empresa tem seu modo individual de interpretar esse Subsistema.

Dentro de um grande leque do sistema de custos, o principal objetivo é apurar os

custos unitários dos produtos fabricados pela empresa. Partindo desse objetivo, é preciso estar

preparado para gerar e fornecer informações e relatórios para análise de custos e tomadas de

decisões. A seguir, alguns relatórios fixos que são gerados por esse subsistema:

• Custo unitário dos produtos;

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• Comparação entre preços de vendas praticados x preços de vendas calculados;

• Levantamento de custos das ordens de trabalho, no custeio por ordem;

• Custo de fabricação por setor ou departamento, no custeio por processo;

• Análise das variações entre custo padrão e custo real.

Os atributos do administrador são definir formatos de cálculos de valores a serem

utilizados pela empresa, o conceito de mensuração e qual o método de custeamento unitário

dos produtos que podem ser por absorção ou variável.

Na apuração dos custos unitários é necessária a integração com outros

subsistemas. Para as informações quantitativas os sistemas abastecedores são: estrutura de

produtos (composição e quantidade dos produtos) e processos de fabricação (tempo para

execução das fases de fabricação). Para as informações de valores são os: sistemas de

compras e cotações (valorização dos materiais); sistema de contabilidade fiscal e societária

(valorização dos custos de fabricação) e sistema de controle patrimonial (valorização das

depreciações).

Na acumulação dos gastos por ordem de trabalho se integram os seguintes

sistemas: coletor de dados (horas trabalhadas), chão de fábrica (fases trabalhadas), controle de

estoques de materiais (requisições de materiais), inventário de materiais (custeamento dos

materiais) e contabilidade societária e fiscal (custeamento do custo de fabricação).

Na análise de custos e rentabilidade dos produtos se integram os seguintes

sistemas: faturamento, lista de preços, compras e cotações e estoque de produtos acabados. A

Figura 3 ilustra este processo.

3.7 Subsistema de Contabilidade por Responsabilidade

Este é o subsistema gerencial por excelência, também conhecido por contabilidade

divisional. Tem, como objetivo, apresentar a contabilidade por segmentos da empresa onde

exista um responsável por determinados custos e receitas.

Os principais centros de responsabilidade são: centros de custos ou centros de

despesas, atividades, centros de lucros e centros de investimentos ou unidades de negócios.

Para cada um desses centros é necessário um responsável hierárquico. Dentro do sistema

contabilidade geral o objetivo é separar e identificar as informações contábeis para cada um

dos centros de responsabilidade.

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Estrutura dos Produtos

Processo de Fabricação

Compras e Cotações

Controle de Estoques (materiais e produtos acabados) Sistema Orçamentário

Contabilidade Fiscal e Societária Sistema de Custos Contabilidade por Responsabilidade

Controle Patrimonial Análise de Balanço

Coletor de Dados

Chão de Fábrica

Faturamento

Figura 3 - Integração do Subsistema de Custos e outros Subsistemas (Padoveze, 2000)

Os atributos do administrador desse sistema são a identificação das áreas de

responsabilidade e dos centros de resultado em que se deve segmentar a empresa, definição

dos conceitos de mensuração a serem aplicados, definição do sistema de transferência entre os

centros de resultado e as atividades, definição do momento das transferências e definição dos

procedimentos gerais do fluxo de informações entre os centros de resultados ou atividades

segmentadas no sistema.

Esse subsistema consiste no apoio à gestão da empresa e no máximo

aproveitamento que se pode ter dos dados dos sistemas, como contabilidade fiscal ou

societária, controle patrimonial e sistemas de custos, entre outros. Os principais relatórios

gerados são:

• demonstração de resultados por atividade ou centro de lucro;

• balanço patrimonial por responsabilidade ou centro de lucro;

• receitas e despesas por filial;

• despesas por centro de custo ou despesas;

• análise da rentabilidade por centro de investimento, entre outros.

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Esse subsistema tende a ser específico para cada empresa, dependendo da ênfase

que ela dá para seus produtos, divisões e às necessidades de informações para gerir os

negócios.

3.8 Subsistema de Acompanhamento do Negócio

Para a empresa situar-se no mercado de seus produtos, analisar o país e o mundo,

necessita do acompanhamento do negócio que reuna informações para o seu planejamento

estratégico e para análise das oportunidades e ameaças do ambiente.

Essas informações devem ser inseridas de alguma forma dentro desse subsistema,

e em conjunto com as informações internas (informações de outros subsistemas) e externas

(dados dos concorrentes, dados econômicos) permitirão dar uma visão do acompanhamento

do negócio e seus mercados.

Os atributos do Administrador desse subsistema são: definir quais informações

devem fazer parte do banco de dados do sistema, identificar as fontes das informações, bem

como os meios e processos de coleta, e definir os critérios de ajustes das informações externas

que devem ser inseridos no sistema.

Esse sistema é abastecido pelo sistema de vendas interligado ao sistema de

cadastro de clientes para análise das vendas. Para análise dos concorrentes utiliza-se o sistema

de análise de balanço.

As coletas de dados dos diversos sistemas operacionais da empresa servem para as

informações de produtividade e evolução de preços comparados com o setor. Para as

informações externas, a coleta de dados é feita pela tecnologia de EDI (Exchange Data

Infomations) – Troca Eletrônica de Dados

O sistema de acompanhamento de negócios é o grande monitor do planejamento

estratégico, fornecendo informações para o sistema orçamentário e para suporte à tomada de

decisão. As principais informações e relatórios gerados nesse subsistema são:

• análise de balanço dos concorrentes;

• análise percentual e evolutiva dos dados da conjuntura econômica e do setor;

• análises comparativas e evolutivas entre a empresa e os dados do setor;

• estatística de vendas por regiões, clientes, produtos, mercados, entre outros;

• estatísticas e gráficos para avaliação do consumo aparente.

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Este capítulo demonstrou os diversos subsistemas que compõem o Sistema de

Informações Contábeis que podem ser utilizados no Sistema Integrados de Gestão Gerencial,

ferramenta fundamental no processo decisório das empresas modernas, principalmente nas

grandes corporações.

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4. SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO EMPRESARIAL –SIGE

O objetivo dos Sistemas de Informações Gerenciais é a integração, aglutinação e

consolidação de todas as informações fundamentais para a gestão da empresa. Esses Sistemas

integram e unem todos os subsistemas participantes dos sistemas de apoio à gestão e dos

sistemas operacionais, por meio da tecnologia de informação disponível.

A tecnologia tem permitido a realização de uma concepção de integração muito

avançada e praticamente em linha com o processo operacional da empresa, permitindo aos

sistemas integrados de gestão empresarial o que se denomina integração interfuncional, que

focaliza os processos de negócios. O sistema de gestão empresarial deverá estar integrado ao

sistema de informação contábil.

A base da integração interfuncional é a visão de fluxo. Os subsistemas devem se

comunicar com os demais, de forma total, independentemente de quais áreas, setores ou

departamentos sejam responsáveis por determinadas informações.

Todos os subsistemas deverão ser interligados computacionalmente, por meio do

conceito de banco de dados e outros conceitos que permitam a navegabilidade dos dados e sua

reestruturação em termos de informação útil. Esses sistemas são também conhecidos como

ERP (Enterprise Resource Planning – Planejamento de Recursos Empresariais).

A Figura 4 apresenta os principais subsistemas de informação necessários para

gestão da empresa que deverão ser cobertos pelo SIGE.

Devido ao grande avanço tecnológico verificado atualmente nas empresas, o SIGE

permite a utilização muito grande de aplicativos e tecnologias de apoio. Dentre as tecnologias

de apoio disponíveis atualmente podem ser citadas a leitura ótica, a “scannerização”,

telecomunicação via satélite, Internet, correio eletrônico, coletores eletrônicos de dados, EDI

(troca eletrônica de dados), multimídia e“browser”, entre outros.

4.1 Benefícios ou Ganhos esperados no SIGE

Com a implantação de um SIGE as possibilidades de ganhos e benefícios tendem a

ser concretas e maiores. Conforme PADOVEZE (2000), alguns exemplos de benefícios

esperados:

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ComissãoPagamentos

Engenharia

Administração EstoquesRequisição Materiais

Capacidade de Produção

RH

Folha de Pagamento

Pedidos de VendasExpedição

PlanejamentoOrdens de Produção

Solicitações de ComprasPedidos de Compras

Custos

Qualidade

Gestão Patrimonial

Previsão de VendasMarketing, Estatística

Estrutura de Produtos

Entradas

Produção, Máquinas,Controle de Eficiência

Serviços

Tesouraria

Cadastro de Clientes

LançamentosContabilidade

Contas a PagarEmissão de Cheques

Contas a Receber

ContabilizaçãoProjetos

LivrosFiscais

Gerenciamento de Projetos Logística

Figura 4 – Abrangência e Subsistemas de um SIGE. Folhetos (Oracle e Microsiga, 2004)

• redução do ciclo operacional, desde a tramitação do pedido do cliente,

passando pela estocagem, faturamento, entrega da mercadoria e recebimento do

numerário;

• aumento da produtividade do processo fabril e comercializador;

• aumento de produtividade do processo administrativo geral e da eficiência;

• redução das incertezas e devoluções;

• redução do custo de compras com aceleração dos processos e melhores

informações;

• possibilidade de aumento das vendas pela melhora do processo comunicativo

dentro da empresa e resposta aos clientes;

• possibilidade de aumento das vendas pela melhora dos processos de

configuração e obtenção dos pedidos no campo;

• redução da estrutura do setor de informática da empresa;

• redução da estrutura de outros setores impactados pela melhora dos processos

obtidos com o novo sistema.

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4.2 Contabilidade dentro do SIGE

As características da ciência contábil e da função do setor contábil reforçam o

papel do Sistema de Informação Contábil dentro do SIGE. Um dos objetivos da empresa é a

realização de lucros que satisfaçam todos os participantes, como acionistas, credores,

diretores, funcionários, entre outros.

Pode-se afirmar que a contabilidade é a única ciência especializada em mensurar

os resultados, portanto, todas as ações terminam por convergir para o Sistema de Informação

Contábil, que é, essencialmente, um sistema de avaliação de gestão econômica.

A contabilidade se caracteriza, fundamentalmente, como a ciência do controle.

Esse controle é feito por meio de um acompanhamento e planejamento e não apenas após a

ocorrência dos fatos. Pode-se, dessa forma, dividir a contabilidade em três fases: antecedente,

concomitante e subseqüente.

Ao analisar o fluxo de informação dentro da empresa, verifica-se que, em linhas

gerais, em um determinado momento todas as informações existentes ou geradas na empresa

terminam na contabilidade, com a metodologia de registro (lançamento) para o processo de

mensuração dos resultados.

A Figura 5 demonstra claramente que toda e qualquer informação gerada pelos

outros subsistemas do SIGE é captada pelo sistema de informação contábil de forma direta ou

após passar por outras áreas.

Figura 5 - Fluxo das Informações das Áreas Operacionais para Contabilidade (Padoveze, 2000)

Compras

Comercialização

Contabilidade Desenvolvimento

de Produtos

Produção

Finanças

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4.3 A Informação Contábil no Processo de Tomada de Decisão Empresarial

Conforme SCANLAN (1979), são quatro fases essenciais para o processo de

tomada de decisão:

• Análise do problema;

• Desenvolvimento de soluções alternativas;

• Análise das alternativas;

• Implantação do curso de ação a ser seguida.

Para MAGALHÃES E LUNKES (2000), escolher um sistema de informação

implica uma seqüência de decisões cujo objetivo é produzir informações para decisões

futuras. Para que uma gestão empresarial seja eficiente é necessário um conjunto completo de

demonstrativos em forma de relatórios.

Segundo MARION (2003), as informações contábeis são expostas resumidamente

pelos relatórios contábeis, também chamados de informes contábeis, compostos pelas

seguintes demonstrações financeiras ( presentes em alguns subsistemas já descritos):

• Balanço Patrimonial;

• Demonstração do resultado do exercício;

• Demonstração de lucros ou prejuízo acumulados;

• Demonstração de origens e aplicações de recurso.

No rodapé das demonstrações contábeis apresentam há explicativas que

complementam as informações. Segundo MAGALHÃES E LUNKES (2000) as informações

para a formulação de cada decisão, em síntese, podem ser descritas dessa maneira:

• Informações referentes ao ambiente externo:

o Situação geral da área econômico-geográfica na qual opera a empresa;

o Situação do setor particular no qual a empresa está incerta.

• Informações sobre os recursos do sistema empresarial (estrutura do sistema):

o Meios financeiros;

o Armazéns e estoques;

o Disponibilidade imobiliária e outras;

o Pessoal.

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• Informações sobre o funcionamento do sistema, levando-se em conta as

influências do ambiente externo:

o Situação econômica: custos e ingressos e o resultado econômico;

o Situação comercial: encomendas recebidas, executadas e pendentes,

tendência de vendas;

o Situação operativa: fluxo de produção, eficiência da produção,

utilização das instalações.

Para MAGALHÃES E LUNKES (2000), na avaliação dos sistemas é necessário

saber que elas podem ser afetadas por variáveis organizacionais e comportamentais,

especialmente as seguintes:

• Políticas;

• Pessoas;

• Cenários.

Para a formulação das decisões em cada nível se fazem necessários a utilização e o

compartilhamento dos sistemas contábil operativo (input) e informativo (output). Além das

variáveis que devem ser consideradas existem alguns elementos que são comuns a esses

elementos, praticamente em todas as empresas:

• Plano de contas para sistema integrado/computadorizado;

• Contas patrimoniais com estrutura e classificação adequadas à lei das

sociedades por ações (6.404/76), e suas atualizações;

• Contas de resultado com estrutura e classificação adequadas ao vulto das

operações e as atividades da empresa;

• Codificação de contas em níveis de detalhamento adequado ao funcionamento

dos sistemas, estrutura e classificação de contas;

• Elenco de históricos adequados aos registros dos fatos contábeis;

• Manuais de operações contábeis com instruções adequadas ao funcionamento

dos sistemas e aplicações de diretrizes contábeis;

• Controles contábeis auxiliares computadorizados ou não;

• Arquivamento adequado dos documentos que comprovam fatos contábeis

(pastas, encadernações, caixas, microfilmes, mídia eletrônica etc.) ;

• Conjunto de demonstrativos contábeis pretendidos.

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Ainda conforme MAGALHÃES E LUNKES (2000), esses sistemas objetivam

fornecer informações para os usuários que são classificados em:

• Diretos: os proprietários, credores, fornecedores, gerentes, autoridades

tributárias, empregados e clientes;

• Indiretos: analistas e consultores financeiros, mercado de ações, advogados,

autoridades reguladores de registros, empresas financeiras e agências diversas,

associações comerciais e sindicatos;

• Internos: definem- se, por si, para cada organização (como dirigentes,

gerentes, executivos, entre outros). Nas empresas menores e médias são

restritos a poucos usuários. Contudo, nas empresas maiores é mais amplo,

alcançando tipos diferentes de usuários;

• Externos: investidores, financiadores, fornecedores, fisco, instituições

públicas entre outros.

E, por fim, é necessário analisar o desempenho dos sistemas contábeis levando-se

em conta os pontos básicos que são comuns às empresas, conhecendo, então, quais são os

mais importantes no planejamento, que podem formar um conjunto adequado de informações

para atender os interesses dos usuários.

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5. CONCLUSÃO

Uma das premissas básicas de um trabalho científico, de qualquer natureza, é a sua

aplicabilidade, a qual espera-se ter alcançado no propósito de demonstrar a forte vocação que

os sistemas de informações contábeis têm para se tornar o grande sistema de informações

gerenciais, aptos a atender os gestores com informação útil e a tempo para compor o processo

decisório na empresa.

A revisão bibliográfica do tema principal e subjacentes foi o método escolhido e

desenvolvido no decorrer do trabalho. Um modelo de sistema de informação contábil não foi

aqui demonstrado dadas as inúmeras particularidades que podem ter as diversas organizações.

Privilegiou-se, portanto, o estudo dos diversos subsistemas ligados à contabilidade e

integrados entre si e como podem ser utilizados em um Sistema Integrado de Gestão

Empresarial (SIGE).

A contabilidade está passando por um estágio de evolução não perdendo os seus

princípios de demonstrações contábeis e controle patrimonial, mas, com o avanço tecnológico

e a necessidade do mercado, está tomando um enfoque gerencial para tomadas de decisões

dentro da empresa, por meio de relatórios diversos para o acompanhamento do negócio.

Para permanecer sempre nesse processo evolutivo de contínuas mudanças, visando

atender os seus clientes, é extremamente necessária a sintonia entre a contabilidade e o

desenvolvimento tecnológico, matemático e científico.

A criatividade das empresas e a tecnologia da informação sempre permitirão novas

opções e facilidades informacionais e sistêmicas.

Na medida em que a contabilidade assume sua responsabilidade como orientadora

das decisões nas organizações, entende-se como necessária uma reconceituação quanto a sua

forma e quanto ao seu contexto, assim como, também, uma nova dimensão para a figura do

gestor do sistema de informação contábil/gerencial, constituindo-se em matéria ampla para

trabalhos futuros.

Considerando os conceitos expostos neste trabalho, conclui-se que a necessidade

de se tomar uma decisão está presente no dia-a-dia dos gestores, que procuram amenizar os

riscos de suas ações utilizando informações que possam auxiliá-los neste processo.

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Cabe à contabilidade preocupar-se em fornecer não somente informações de

natureza quantitativa, mas também qualitativa, e, para isso, torna-se necessário conhecer as

variáveis que influenciam o processo decisório.

A tomada de decisão, em qualquer dos níveis de decisões empresariais, é um

processo bastante complexo, na medida em que pessoas diferentes diante de uma mesma

situação tomam decisões distintas, ou até a mesma pessoa pode tomar decisões diferentes

sobre um mesmo problema, em momentos distintos.

Tal fato ocorre porque a tomada de decisões é também influenciada por fatores

subjetivos como a emoção, os sentimentos e a intuição. Além desses, podem ser citados a

própria cultura organizacional, os valores e as crenças pessoais e, principalmente, o tempo

para decidir sobre o problema.

Com o avanço das tecnologias da informação e da comunicação, as informações

passaram a ocupar um papel de destaque dentro das empresas, mas é um equívoco acreditar

que quanto mais informações melhor, pois informações em excesso podem dificultar a análise

do problema. Tanto o excesso quanto a falta de informação levam à desinformação.

A informação contábil não se restringe às demonstrações contábeis, mas, também,

a relatórios gerenciais diversos, de caráter de acompanhamento do negócio e preditivo.

Atenção especial deve ser dada ao fato de que a existência da informação contábil, por si só,

não implica em sua utilização. As pessoas devem se sentir motivadas a utilizar este

ferramental, cientes de seus benefícios.

A análise do passado não exclui em nada a obrigatoriedade de prever o futuro, o

que é realmente significativo para a empresa. A necessidade do usuário deve ser a

preocupação constante do contador.

A expectativa que o usuário tem em relação ao nível de informação e os prazos

para a sua recepção devem ser a meta a se atingir. Pode-se realmente afirmar que os sistemas

de informações contábeis devem gerar verdadeiros mapas de navegação que nortearão os

rumos a serem tomados pelos gestores da empresa.

Este trabalho mostrou o estado evolutivo da contabilidade, a aplicação do Sistema

de Informação Contábil e a sua importância para a eficácia, por meio da otimização dos

resultados, entretanto novos trabalhos sobre tema, que é amplo, serão sempre bem-vindos.

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Concluí-se, com este trabalho, que os assuntos tratados estão fortemente presentes

na realidade da função do gestor, e que é primordial pelo menos um conhecimento básico de

controladoria e sistema de informação contábil para uma bem sucedida tomada de decisão,

principalmente nas grandes corporações industriais ocidentais atuais, ainda que as pequenas e

médias empresas também podem ser beneficiadas pelo uso das informações contábeis como

ferramenta de tomada de decisões empresariais.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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