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scrias de aciaria eltrica so resduos gerados na produo do ao. Somateriais de caractersticas expansivas, causadas principalmente pelapresena de xido de clcio livre, xido de magnsio reativo, xido deferro e pela metaestabilidade do silicato diclcico. A utilizao deste
resduo passa pela sua estabilizao quanto expansibilidade. Este trabalhoapresenta uma breve reviso da gerao, dos agentes e mecanismos causadores daexpanso das escrias. testado um mtodo de estabilizao da escria de aciariaeltrica quanto sua expanso e avaliado o comportamento mecnico e quanto absoro de gua de argamassas com uso de uma escria de aciaria estabilizada.Os resultados encontrados indicam que argamassas com at 50 % substituio decimento por escria estabilizada (ACIGRAN) apresentam desempenho semelhantedo ponto de vista mecnico e de absoro de gua que argamassas sem escria.
Palavras-Chave: escria de aciaria eltrica, espansibilidade, estabilizao,comportamento mecnico, absoro de gua
Electric steel slag are residues of the steel production. It is a material that has
expansive behaviour due to the presence of free lime, reactive magnesium oxide,
iron oxide and also due to the metastability of dicalcium silicate. The use of this
residue depend on its dimensional stabilization. This research work presents a
brief review on the electrical steel slag generation, and on the mechanisms andagents that cause the expansive behaviour. A dimensional stabilization method for
the electrical steel slag is tested, and an evaluation of the behaviour of the
stabilized material in mortars regarding strength and water absorption is
presented. Results show that mortars with up to 50% of cement substituted by
stabilized slag (ACIGRAN) present similar performance in terms of strength and
water absorption compared to mortars without slag.
Keywords: electric steel slag, expansive behaviour, stabilization, strenght, water
absortion
E
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A importncia das questes relativas conservaoambiental vem crescendo significativamente apartir dos anos 90 tanto nos segmentos daatividade econmica quanto nas polticasgovernamentais. As empresas vm sofrendo tantopresses formais por parte das legislaesambientais como por parte da sociedade e domercado de uma forma geral. Isto vem fazendocom que uma ateno especial seja dada aosaspectos ambientais para a manuteno daaceitabilidade das empresas ou de um setor, tantoem mbito regional, nacional como internacional.
A principal fonte de degradao ambiental agerao de resduos. Para solucionar esteproblema, a reciclagem, uma vez comprovado que
o material no possua periculosidade, pode ser umvasto campo de aplicao, com retorno financeiro(LIMA, 1999). Dentre os diversos resduosgerados pela indstria, pode-se destacar as escriasde aciaria geradas na produo do ao(TOPKAYA et al., 2003), que, alm daproblemtica da elevada gerao, apresentam umcarter expansivo (RAI et al., 2002). Comoconseqncia, uma grande parte destas escriasno possui utilizao, sendo armazenadas em reasabertas, ou, quando usadas sem o devido controlede qualidade, so as responsveis pelo surgimentode manifestaes patolgicas nos materiais aos
quais foram incorporadas.O presente trabalho tem como objetivo testar ummtodo de estabilizao da escria de aciariaeltrica quanto expansibilidade e avaliar aviabilidade tcnica, do ponto de vista mecnico ede durabilidade, do uso da escria tratada comosubstituio ao cimento em argamassas.
Do processo siderrgico, as escrias so osresduos de maior gerao. Estima-se que suagerao situa-se entre 70 a 170 kg/t de ao bruto(PEREIRA, 1994). A gerao das escrias pode sedar tanto na fuso redutora dos minrios paraobteno do ferro-gusa, como na etapasubseqente, na produo do ao, resultando nasescrias chamadas de alto-forno e de aciaria,respectivamente.
Com o uso de distintas tecnologias para aproduo de ao, escrias de aciaria de diferentescaractersticas so geradas, de forma que, para
entender o comportamento destas, se faznecessrio o conhecimento dos processos defabricao do ao. A Figura 1 mostra,simplificadamente, os principais processos deproduo do ao e as respectivas etapas de geraode escrias.
Os dois principais mtodos de produo do aoso: (a) atravs da fuso e refino da sucata emfornos eltricos a arco; e (b) atravs do refino dogusa lquido em conversores a oxignio (SANO etal., 1997). O primeiro produzido normalmente apartir de uma carga slida, enquanto o segundo apartir de uma carga lquida, precedida de umcarregamento de sucata. Os respectivos processosde fabricao so designados pelo tipo de
equipamento, ou seja, forno eltrico a arco (FEA) econversor LD (e suas variaes).
Da mesma forma que os fornos, as escrias deaciaria so classificadas basicamente em escria deforno eltrico, formada quando da transformaode sucata metlica em ao num forno eltrico aarco, e escria de conversor, formada quando datransformao do ferro-gusa (lquido) em ao (JISA 5015 / 1992).
As operaes de carregamento, fuso, refinooxidante e de vazamento no FEA esto,esquematicamente, representadas na Figura 2. A
escria de FEA chamada de escria de refinooxidante. Esta escria produzida durante a fusoda carga slida, com a cal adicionada e peladescarburao com oxignio do ao no estadolquido, que provoca a oxidao de diversoselementos do banho.
O ao lquido possui uma densidade duas vezesmaior que a escria lquida. A escria, sendo maisleve, flutua na superfcie do ao lquido aaproximadamente 1650o C. No final do processode fuso, o forno basculado (Figura 2) e a escrialquida escorre para um leito de escria, no qualsolidifica.
O ao lquido vazado do forno de fuso conduzido para uma estao de refino secundrio,que pode ser um forno-panela. H a formao deuma nova escria, a partir da adio dedesoxidantes e de cal - chamada de escria derefino redutor - que tem como objetivo contribuirpara eliminao do oxignio e do enxofre do aolquido e o ajuste da composio do ao, pelaadio de ferro-ligas.
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SUCATA
Minrio + Fundente
Escriade aciaria
LD
FERRO-GUSA
Escriaoxidante de
aciaria eltrica
Escriaredutora de
aciaria eltrica
Sucata +Gusa Sl ido* Gusa Lquido + Sucata**
Escria dealto - forno
AO PARA LINGOTAMENTO
FORNO EL TRICOA ARCO
CONVERSOR LD
FORNO PANELA
* matria-prima preponderante no processo: sucata de ao
** matria-prima preponderante no processo: gusa lquido
CARREGAMENTO Sucata Gusa Slido Cal P= Coletor de p
FUS OInjeo de oxignio
REFINO OXIDANTE Injeo de oxignio ede finos de coque Adio de calRetirada da escria
VAZAMENTO
P
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A maior parte da produo de ao, segundo dadosIBS (2003) , feita atravs do processo de sopropor oxignio LD, seguido pelo processo com fornoeltrico, tanto em nvel mundial como nacional. Aregio sul do Brasil responsvel por 3,4 % da
produo brasileira de ao, dos quais 2,3 % no RioGrande do Sul (IBS, 2003). As siderrgicassituadas no estado do Rio Grande do Sul so semi-integradas1 e operam com aciarias eltricas.Considerando uma mdia de 130 kg/t de ao, tem-se uma gerao anual de escria de aciaria eltricade aproximadamente 87100 toneladas. Com basenestes dados e com o objetivo de solucionar umproblema regional, as escrias analisadas ao longodeste trabalho so, portanto, escrias de aciariaeltrica.
Posteriormente ao resfriamento, a escria sofreprocesso de beneficiamento atravs de britagemobtendo diferentes granulometrias, de acordo como fim a que se destinam.
O problema da expanso das escrias causadoprincipalmente pela presena de xido de clciolivre e xido de magnsio reativo (ALTUN;YILMAZ, 2002; KANDHAL; HOFFMAN, 1997;EMERY; HOOTON, 1977; LEE, 1974), pelametaestabilidade do silicato diclcico (THOMAS,
1978; GUTT, 1972) e pela presena do xido deferro (VIKLUD-WHITE; YE, 1999).
Juntamente com o xido de magnsio livre, aoxido de clcio livre atribuda a causa principalda expansibilidade das escrias. Algumaspesquisas (GEISELER;* SCHLOSSER,* 1998;*COOMARASAMY; WALZAK, 1995) tmdemonstrado que o efeito do xido de clcio livrena instabilidade das escrias depende no somenteda quantidade existente, mas tambm da forma em
que se encontra e da dimenso do gro.O xido de clcio livre pode estar sob duas formasnas escrias de aciaria: a pura e em soluo slidacom ferro (CaO+ x% FeO, onde 0 < x < 10 % emmassa). Para Yu-Li e Gong-Xin (1980), altosteores de clcio, especialmente em soluo slidacom pequenas quantidades de ferro, a causaprincipal da instabilidade volumtrica das escrias.
Geiseler e Schlosser (1998), atravs de anlisemicrogrfica, identificaram que a cal livre pode
apresentar-se sob a forma residual e precipitada. Aprimeira est relacionada com o consumo derefratrio e o grau de desfosforao e a segundatem sua formao durante a solidificao eresfriamento da escria.
A cal residual, com base na sua dimenso, pode serdividida em duas categorias: aquela com partculasentre 3 e 10 m, chamadas de grainy lime (calgranulosa) e a spongy lime (cal esponjosa) compartculas principalmente entre 6 e 50 m. Noprimeiro caso, apresentam um contorno mais suaveindicando dissoluo e normalmente so livres demicroincluses. As chamadas partculas spongylime (cal esponjosa) so cristais indefinidos, comforma freqentemente irregular, que formam parteda matriz da escria ocorrendo intersticialmente sfases primrias, especialmente ao C2S
2
(GOLDRING; JUCKES, 1997).A cal precipitada formada pela transformao, noestado slido, do silicato triclcico em silicatobiclcico e xido de clcio livre no resfriamento,conforme a Equao 1 (REEVES; LU, 2000):
)()(42)(53 SSS CaOSiOCaSiOCa + (1)
A cal precipitada normalmente se encontra nocontorno dos gros de C2S e no interior do C3S,com partculas de dimenses normalmente inferior
a 4 m. Esta reao ocorre temperatura deaproximadamente 1250o C no sistema Ca-Si-O(SLAG ATLAS, 1981).
Segundo Geiseler e Schlosser (1998), o xido declcio livre, sob todas as formas, pode hidratar.Dentre todas, a cal residual chamada de spongylime,com partculas de dimenses maiores que 50m, a mais significativa de todas. Esta conclusodeve estar provavelmente associada ao aumento dovolume ocasionado pelas reaes de hidratao oucarbonatao, podendo atingir at 121,6% deexpanso (MASUERO, 2001). A Figura 3 ilustra o
princpio do mecanismo de desagregao daescria devido ao fenmeno de expanso.
A escria apresenta uma estrutura porosa pela qualmigra a gua e/ou CO2, os quais vo reagir com oCaOlivre existente, conforme ilustra a Figura 3(a),dando origem a produtos com volume superior aoCaO. No caso da hidratao do xido de clcio livre,a soma do volume inicial ocupado por este compostoe pela gua menor que o produto de hidrataoformado, ou seja, hidrxido de clcio ver Figura3(b), o que pode ser confirmado, por exemplo, aohidratar-se a cal.
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H O
CaO
2
Livre
Ca (OH)2
V 1
V 2
V 3
V + V > V1 2 3
CaOLivre
H O2
(a) gua em contato com
CaOlivrepresente na escria(b) volume inicial e final dos componentes (c) volume ocupado pelo
produto de hidratao na redecristalina da escria
Entretanto, como a escria resfriada lentamente jpossui sua estrutura cristalina definida, o produtode hidratao do xido de clcio livre tende a
ocupar o lugar deste dentro da referida estrutura.Se as partculas de CaOlivre estivessem soltas, suahidratao geraria um composto de volume menorque o dos componentes, e no seriam geradastenses pela troca livre dos espaos ocupadospelos componentes com o produto.
No caso da escria, ao invs de preencherperfeitamente o espao ocupado pelo CaO e pelagua, o produto de hidratao tende a ocupar oespao na rede cristalina anteriormente preenchidosomente pelo CaOlivre e, tendo maior volume queesta, provoca uma deformao na rede cristalina,
gerando tenses de trao que, posteriormente, irogerar microfissurao e expanso, conforme ilustra aFigura 3 (c).
Kneller et al. (1994) tambm ressalta que a formaode tufa (depsito poroso de carbonato de clcio) conseqncia da reao do hidrxido de clcio com ocido carbnico (STOLAROFF et al., 2004). O cidocarbnico formado pelo dixido de carbono daatmosfera que, somado ao liberado pelos automveis,reage com a gua da chuva.
A reao entre o hidrxido de clcio e o cidocarbnico forma o bicarbonato de clcio
(Ca(HCO3)2), mais solvel em gua que o carbonatode clcio.
O xido de magnsio existe sob trs formas nasescrias de aciaria: (a) estado quimicamentecombinado, (b) no combinado ou livre e (c) emsoluo slida com FeOeMnO. A forma combinada,monticellita, encontrada nas escrias de aciariaeltrica oxidante, enquanto que nas de refino redutoridentifica-se o periclsioMgOlivre. A soluo slida observada em todas escrias, com exceo das
escrias redutoras (SHOUSUN, 1980).
Em escrias de baixa basicidade, alm damonticellita, pode-se ter o MgO combinado sob aforma de olivina e mervinita, as quais no apresentam
a possibilidade de expanso por hidratao (YU-JI;DA-LI, 1983). Luo (1980)3 apud Montgomery eWang (1991) prope a Equao 2, como forma deavaliar a estabilidade doMgO.
MnOFeO
MgOIe
+= (2)
Para 1Ie MgO estvel, ao passo que se 1Ie MgOno estvel.
Esta equao est baseada no fato de que a variaodas dimenses da clula da sua estrutura molecularest vinculada composio qumica da soluoslida. Quando o ction Fe e/ou Mnentra dentro dasoluo slida com cristais de periclsio, h umaumento entre as camadas da clula e ela comea aalargar-se. No caso do inverso, se o ctio n Mg, deraio pequeno, entrar na soluo slida com wustita oumangans, ir ocorrer uma diminuio da clula(SHOUSUN, 1980). Assim, quanto menor oresultado da Equao 2, maior a dimenso dasclulas e o espaamento entre camadas, pois a
soluo slida de ferro ou mangans, na qual oMgestar combinado e no livre. Quando a relao formaior ou igual a 1, existir MgO livre e a soluoslida com periclsio, a qual pode gerarinstabilidade volumtrica da escria que a contm(SHOUSUN, 1980).
Yu-Ji e Da-Li (1983) concordam em parte com asequaes estabelecidas por Luo (1980), porm nofazem referncia em relao ao xido de mangans.Segundo os mesmos autores, se o MgO estiver noestado de soluo slida, sua hidratao ir diminuir
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devido dissoluo de xidos metlicos divalentes,tais como FeO. Quando mais de 30 % foremdissolvidos ou quando a quantidade de FeO forsuperior aoMgO, este xido ser estvel.
A hidratao dos xidos de magnsio no hidratadosest associada a um aumento de volume, sendo estauma das principais causas do problema de expansodas escrias. O xido de magnsio, por suas reaesmais lentas, o responsvel pela expanso a longoprazo. Segundo Sersale (1986) e Shousun (1980), noso todas as formas de xido de magnsio que soprejudiciais, mas sim aquela em que ele se encontrano combinado ou sob a forma livre, conhecida comopericlsio. Esta, aps hidratao subseqente, irreagir expansivamente formando Mg(OH)2,denominada de brucita (GLASSER, 1991). Omecanismo de desagregao da escria em contatocom gua, o mesmo apresentado pela hidratao doxido de clcio livre, o qual est ilustrado na Figura3.
O silicato diclcico tambm apresenta uma grandeimportncia no fenmeno da instabilidade da escria.O silicato diclcico ou ortossilicato de clcio(2CaO.SiO2ou C2S
4) ocorre sob quatro modificaes(BENSTED et al.,1974):
(a) : estrutura trigonal;
(b) (bredigita): ortorrmbico;(c) (larnita): monoclnico;
(d) (calco-olivina): ortorrmbico.
A forma ocorre a temperaturas acima de 1420oC,quando as escrias esto no estado lquido. Com aqueda da temperatura e ao atingir 670 oC, o silicatobiclcico transforma-se para forma que instvel,sendo capaz de alterar-se para a modificao .
Na forma o poliedro de coordenao do on clcio irregular e apresenta ligaes Ca-O que, por seremmais longas, facilitam a hidratao. A forma pouco hidrulica e inerte. Esta inrcia pode serexplicada pela coordenao simtrica do on clcio epela grande fora de ligao Ca-O, decorrente dabaixa coordenao do clcio (ABCP, 1984) .
A mudana da fase para ocorre porque a energialivre final (forma ) menor que a energia livreinicial (forma ), indicando que a reao perfeitamente vivel e se observar espontaneamentenas determinadas temperaturas (CAMPOS FILHO,1981).
Esta transformao problemtica uma vez que estatransio de para durante o resfriamento oumesmo a temperaturas ambientes produz umaumento de volume de cerca de 12%, causando ofenmeno de esfarelamento (LEE, 1974; BENSTED
et al., 1974). No incio desta transformao h oaparecimento de manchas brancas na escria, e se osilicato estiver presente em grandes quantidades,pode ocorrer a desintegrao da escria (KIRSCH,1972). Este aumento de volume est associado aovolume molar muito maior do -C2S quandocomparado com -C2S (BENSTED et al., 1974;DAUBE, 1982). A Tabela 1 apresenta as diversasmodificaes do silicato biclcico.
Forma Densidade (g/cm3)
3,03 3,31
3,28
2,97
As escrias possuem, alm de fases no metlicas,uma grande quantidade de partculas ferrosas. Nocaso das escrias LD, estas so incorporadas no
sopro ou durante o prprio vazamento no pote daescria (CRUZ et al., 2000).
Uma das fases mais comumente encontrada nasescrias a wustita, a qual atravs de reaes deoxidao se transforma em compostos de maiorvolume, podendo ser tambm responsvel porparcela da expanso, apesar da tendncia de formaruma soluo slida com mangans e magnsio,devido a altos teores de ferro (SERSALE, 1986).
Segundo Mehta e Monteiro (1994), o aumento devolume devido transformao do ferro metlico( + + 22 FeeFe ) em ferro oxidado
xOHFeO ).( 2 ,
pode se dar at 600% do metal original.Mancio (2001) analisando o comportamentoexpansivo de escrias de aciaria eltrica expostasao ambiente, observou a desagregao de gros deescrias de dimetros aproximados de 25 mm e 32mm, decorrente da fissurao originada a partir depontos contendo alto teor de ferro.
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O presente programa experimental tem como
objetivo avaliar um mtodo de estabilizao dasescrias de aciaria eltrica quanto expansibilidade e verificar o desempenho, doponto de vista de resistncia mecnica e absorode gua, de argamassas com uso de escria tratadacomo substituio ao cimento.
O processo de resfriamento da escria de aciariaeltrica foi validado pela anlise das caractersticasqumicas, fsicas e mineralgicas, bem como daexpansibilidade das escrias antes e aps oprocesso de resfriamento.
Para avaliao do comportamento das argamassas
com escria de aciaria tratada quanto resistncia compresso e absoro de gua, foram analisados3 traos (1:1,5, 1:3 e 1:4,5), com 4 teores desubstituio (0, 10, 30 e 50 %) e 3 idades (7, 28 e91 dias)
A amostra de escrIa de aciaria eltrica utilizadanos ensaios foi uma escria resfriada lentamenteao ar, por ser este processo usualmente empregadopara resfriamento das escrias de aciaria. A
amostra foi obtida na pilha de armazenamento dasescrias oxidantes no ptio da empresabeneficiadora, a partir de coleta em 12 pontosdistintos (diferentes alturas e profundidades).
A composio qumica do material, aps suahomogeneizao e quarteamento, est apresentadana Tabela 2. A determinao do xido de clciolivre foi feita por dissoluo em etileno glicol.
As escrias foram analisadas em termos de seusconstituintes mineralgicos com o objetivo dedeterminar seu grau de cristalinidade, atravs dedifrao de raios-x. Os resultados obtidos esto
apresentados na Figura 4.Do ponto de vista de caracterizao quanto expansibilidade, foram realizados os ensaios deAutoclave ASTM C 151 (1993), ensaio LeChatelier NBR 11582 (ABNT, 1991), ensaioadaptado das barras em matriz de cimento baseadoASTM C1260 (1994) e o ensaio de dilatao emgua para escria siderrgica JIS A 5015 (1992).
Os trs primeiros ensaios so feitos em uma matrizcimentcia. Para estes ensaios, nos quais a escriade aciaria eltrica participa como substituio aocimento, a escria foi moda em moinho de bolashorizontal durante 60 min e posteriormente
peneirada na malha #200 da srie normal ABNT(0,075 mm). O dimetro mdio das partculas,determinado atravs de granulmetro a laser, de4,83 m .
A expanso obtida nos ensaios de Autoclave e deLe Chatelier foi de 2,04 % (limite mx = 0,8 %) e1,01 mm (limite mx = 5,0 mm), respectivamente.A Figura 5 mostra a expansibilidade avaliada pelomtodo adaptado das barras. Para efeitoscomparativos foram moldados corpos-de-provaapenas com cimento. Em ensaio similar, a normaASTM C 1260 (1994) estabelece um limite
mximo de 0,1% para 14 dias de ensaios
O procedimento de resfriamento brusco com vistas estabilizao da escria de aciaria consistiu emaquecer o forno at a temperatura de 1450oC. Umavez atingida esta temperatura, a escria colocadaem cadinho era mantida no forno durante 50minutos. A seguir, a escria era retirada e vertidaem um tonel de 200 l de gua corrente.
Aps a escria ser vertida em gua, a mesma era
removida e colocada em estufa, aaproximadamente 50oC, at a secagem daamostra. Uma vez seca, passava-se sobre esta umim, com o objetivo de remover toda a fasemetlica existente na escria, ora aglomerada emgrandes pedaos, ora misturada entre os gros daescria. Foram realizadas 36 fuses de escria,com seu respectivo resfriamento brusco. No ensaiode dilatao em gua para escria siderrgica JISA 5015 (1992) a variao dimensional da escriapraticamente estabilizou-se a partir do quarto dia,atingindo os nveis mximos de aproximadamente1,4 %. O limite mximo especificado pela referida
norma de 1,5 e 2,0 %, dependendo do usoespecificado. Mancio (2001) sugere a alteraodeste ensaio no que diz respeito durao e distribuio granulomtrica do material paraescrias de aciaria eltrica.
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ComposioQumica
Escria de Aciaria antesda granulao (%)
SiO2 16,08Al2O3 7,22
FeO 30,36CaO 29,81MgO 7,18Na2O 0,001K2O 0,04Ti O2 0,43V2 O5 0,08Cr2 O3 2,14MnO 3,17P2O5 0,46
S 0,24
Basicidade 1,85
CaO livre 0,97
Massa especfica (g/cm3) 3,47
Obs.: Anlise por fluorescncia de raios X
1 1
1
2
23
3
1 Wustita (FeO)2 Larnita (Ca2SiO4)3 - CaO4 Silicato de magnsio5 Magnetita (Fe3O4)6 Mervinita (Ca3Mg(SiO4))7- Quartzo8 CaAl8Fe4O199 Magnsio-Ferrita
44
4
5 9
5-92-97
7
6 36
1
1
9
99 22 2 22
2
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y = 0.0003x3- 0.0069x2+ 0.0438x - 0.0188
R2= 0.7347
y = 0.0017x
3
- 0.0417x
2
+ 0.3335x - 0.0407R2= 0.9268
0.00
0.10
0.20
0.30
0.40
0.50
0.60
0.70
0.80
0.90
1.00
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Tempo (dias)
Expanso(%)
Referncia
(EA3)
O resfriamento brusco em gua provocou agranulao da escria, ou seja, partculas depequenas dimenses. Na seqncia do texto, aescria resfriada bruscamente ser tratada comoescria*granulada*ou*ACIGRANs Figuras 6 e 7mostram o aspecto das escrias aps aoresfriamento brusco, assim como a fase metlicanitidamente separada pela fuso da escria.Observa-se que a escria gerada bem frivel.
Durante o processo de resfriamento brusco houveuma separao da fase metlica (Figura 7). Destaforma, observando-se a anlise qumicaapresentada na Tabela 3, era esperado um aumentopercentual dos outros xidos da escria granulada,decorrente da reduo do xido de ferro. Estareduo pode ser explicada, qualitativamente, pelodiagrama de ELLINHGAM, onde apresentada avariao da energia livre padro de Gibbs pelatemperatura para diversos xidos metlicos emequilbrio (MASUERO, 2001).
Para que uma reao ocorra espontaneamente
necessrio que a variao de energia (Go
) seja
negativa. Assim, no diagrama de ELLINGHAM,quanto mais baixa estiver a linha representativa doxido considerado, mais estvel este ser. Damesma forma, para uma mesma temperatura, umdeterminado elemento opera como redutor sobretodos os compostos cujas linhas representativasesto situadas acima desse elemento.
A composio mineralgica da fase metlicaseparada indicou a presena de ferro na forma decementita e ferro puro, sendo assim, um materialadequado para retornar ao processo de refino doao.
A composio qumica da escria bem como suamassa especfica encontram-se no quadro 3.
O dimetro mdio da escria aps moagem,determinada em um granulmetro a laser, foi de4,83 m. A rea especfica, determinada pelomtodo Blaine foi de 5290 cm2/g. O grau devitrificao foi determinado pelo mtodo MacMaster, obtendo-se 98,38 %, valor este consideradobastante elevado. Este mtodo consiste em analisar,sob microscpio ptico de luz transmitida, aexistncia de luminescncia, a qual indica apresena de fase cristalina. Quanto mais escura a
luminescncia, menor ser o seu grau de vitrificaoe, conseqentemente, menor ser a suapotencialidade hidrulica (SILVA FILHO, 2001).Escrias nacionais de alto-forno apresentam teoresde vidro superior a 90%. O ndice de refrao foi de1,63, valor este similar ao das escrias de alto-fornonacionais.
A determinao do xido de clcio livre foirealizada atravs de dissoluo em etileno glicol,obtendo-se o valor de 0,05. Este valor muitopequeno, bem inferior a alguns limites mximossugeridos, de 4 a 5 % (MONTGOMERY; WANG,
1991).
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A reatividade da escria foi calculada atravs doteste de Michelsen. O valor encontrado paraACIGRAN foi de 2min12s , enquanto o valor dereferncia foi de 2min49s. Segundo Cincotto et al.(1994), para uma escria de boa qualidade este
valor varia de 2 a 4 minutos.A composio mineralgica foi realizada atravs deDifrao de Raios X. Como pode ser observado naFigura 8, aps o processo de granulao, a escriapassa a ter uma estrutura amorfa. Desta forma, nose observa a existncia de agentes causadores daexpanso, os quais possuem estrutura cristalina.
Os mesmos ensaios realizados para escria nogranulada foram feitos para escria granulada, comexceo ao de imerso JIS 5015 (1992). Esteensaio no foi realizado devido curvagranulomtrica do material obtido sercompletamente distinta da preconizada pelarespectiva norma e pelo material ser bastantefrivel, o que levaria sua desagregao nomomento da compactao.
Os resultados obtidos foram 0,0016 e 0,1 nosensaios de autoclave e Le Chatelier,respectivamente.
Verifica-se uma expanso muito pequena, beminferior ao limites especificados para as referidasnormas. A expansibilidade avaliada pelo mtododas barras, pode ser visualizada na Figura 9, na qualse pode observar a reduo significativa daexpanso apresentada antes e aps o resfriamentobrusco.
As argamassas foram confeccionadas com cimento,agregado mido e escria de aciaria eltricagranulada, denominada de AciGran. O desempenhomecnico foi avaliado atravs da resistncia compresso axial dos corpos-de-prova deargamassa.
As idades avaliadas foram 7, 28 e 91 dias. Comvistas a avaliar o efeito pozolnico da ACIGRAN,analisou-se o teor de hidrxido de clcio de pastasde cimento. Cabe ressaltar que a atividadepozolnica da escria ACIGRAN, atravs do
mtodo fsico preconizado pela norma NBR 12653(ABNT, 1992), foi demonstrada por Masuero(2001).
Por ser a gua fator central para a maioria dosproblemas de durabilidade (MEHTA;MONTEIRO, 1994), foram realizados ensaios deabsoro capilar atravs do mtodo KELHAM, emcorpos-de-prova com*28*dias*de*idade.Materiais
O cimento empregado foi cimento PortlandComum (CPI S), classe 32. As caractersticasqumicas e fsicas deste cimento esto apresentadasna Tabela 4. O agregado mido utilizado foi a
areia normal brasileira composta por quatrofraes, conforme NBR 7214 (ABNT, 1990).
A escria usada como substituio ao cimento foiobtida atravs da moagem em moinho horizontal ede seu posterior peneiramento na malha # 200(0,075mm). O dimetro mdio da ACIGRAN de4,83*m
A avaliao das propriedades das argamassas comescria de aciaria granulada (ACIGRAN) foi feita
em trs traos, 1:1,5, 1:3,0 e 1: 4,5 (cimento:areia). A escria foi utilizada em substituio aocimento, em volume, nos teores de 0 (referncia),10, 30 e 50 %. A substituio foi feita em volumeem funo da diferena entre as massas especficas(cim= 3,11 g/cm
3; acigran= 2,91 g/cm3).
A consistncia foi escolhida como parmetro decontrole. O valor adotado foi de 260 10 mm,determinado na mesa de consistncia NBR 7215(ABNT, 1996). As Tabelas 5 a 7 mostram aquantidade de materiais utilizada para moldagemde corpos-de-prova para o ensaio de resistncia compresso, para os trs traos avaliados a
diferentes idades para argamassas com ACIGRANe com escrias de alto-forno.
Para comprovar a hiptese de reao qumica daACIGRAN, foi avaliado o teor de hidrxido declcio atravs de titulometria em pastas com osmesmos teores das argamassas ensaiadas.Analisou-se tambm o pH de cada mistura.
Optou-se por trabalhar com pastas e no comargamassas, com bases nos resultados obtidos por
-
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Seidler (1999), nos quais no foi observadadiferena significativa entre os resultados obtidos.
As pastas foram confeccionadas com relao gua-cimento (a/c) igual a 0,53, referente relaoempregada no trao intermedirio (1: 3,0).
A absoro de gua, neste programa experimental,foi avaliada atravs do Mtodo KELHAM(MASUERO, 2001). O corpo-de-prova dedimenso (100 x 100 x 25) mm, com suas lateraisimpermeabilizadas, foi colocado em gua sobreum dispositivo fixo em uma balana e feitasleituras aps (2, 5, 10, 15, 30) min e (1, 2, 3, 6, 12,24, 48, 72 e 96) h. O ensaio prosseguido at asaturao total do corpo-de-prova.
Ao construir o grfico do ganho de massa emfuno da raiz quadrada do tempo, observa-se duasfases distintas, para as quais possvel interpolar-se duas retas. A primeira atribui-se absoroinicial de gua e segunda de saturao. A
interseco destas duas retas denominado deponto de saturao ou nick point, a partir do qualse inicia a saturao do corpo-de-prova. A taxa deabsoro, em g/cm2h1/2, calculada pelo quocienteda inclinao da reta referente fase de absoro
pela rea efetiva do corpo-de-prova.A resistncia capilar determinada pela razoentre o ponto de saturao e a espessura do corpo-de-prova, como expresso na Equao 3 (GJORV,1994):
2
=
e
tR
cap (3)
onde,R: Resistncia capilar (h/m2)tcap : abcissa do ponto de saturao (h1/2)
e: espessura do corpo-de-prova (m)
ComposioQumica
Escria de Aciaria antesda granulao (%)
Escria de Aciaria apsGranulao (ACIGRAN) (%)
SiO2 16,08 33,08
Al2O3 7,22 11,50FeO 30,36 0,81CaO 29,81 39,42
MgO 7,18 10,78Na2O 0,001 0,001K2O 0,04 0,11Ti O2 0,43 0,76
V2 O5 0,08 0,05
Cr2 O3 2,14 0,50MnO 3,17 3,05P2O5 0,46 0,01
S 0,24 0,09
Basicidade 1,85 1,19
CaO livre 0,97 0,05
massa especfica (g/cm3) 3,47 2,91
Obs.: Anlise por fluorescncia de raios X
-
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.
y = 0.0017x 3- 0.0417x 2+ 0.3335x - 0.0407R2= 0.9268
y = -2E-05x 5+ 0.0006x 4- 0.0067x3+ 0.028x2- 0.0239x +0.0001
R
2= 0.6017
0.000.10
0.20
0.300.40
0.50
0.60
0.70
0.800.90
1.00
0 5 10 15Tempo (dias)
Expanso (%)
ACIGRANsem gran
Propriedades FsicasCaractersticas Qumicas
Expanso a quente (mm) 0,5
Inicial: 190
SiO2 (%)
19,79Tempo de pega
(min)Final: 255Al2O3(%) 4,25 Blaine m
2/kg 331
Fe2 O3 (%) 2,60 # 200 (%) 0,90CaO (%) 62,24 #325 (%) 6,3MgO (%) 4,32 1 dia 14,1SO3 (%) 2,47 7 dias 27,4
Perda ao Fogo 3,30 28 dias 34,0
CaO livre 2,69
Resistncia Compresso
(MPa)91 dias 41,7
Resduo Insolvel 0,52
-
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Areia = 1500 g
Teor (%)Relao
escriacimento
agua
+
Cimento (g) Escria (g) gua(g)
0 0,33 1000 0,0 330,0
10 0,32 900 93,3 317,9
30 0,31 700 279,4 303,6
50 0,31 500 466,2 299,5
Areia = 1500 g
Teor (%) Relao
escriacimento
agua
+
Cimento(g) Escria(g) gua(g)
0 0,53 650,0 0,0 344,5
10 0,52 585,0 60,6 335,7
30 0,51 455,0 181,8 324,8
50 0,51 325,0 303,1 320,3
Areia = 1500 g
Teor (%) Relao
escriacimento
agua
+
Cimento(g) Escria(g) gua(g)
0 0,80 520,0 0,0 416,010 0,77 468,0 48,5 397,7
30 0,77 364,0 148,5 392,3
50 0,75 260,0 242,4 376,8
As Tabelas 8 a 10 e as Figuras 10 a 12 apresentamos resultados obtidos neste ensaio.
Os dados obtidos foram submetidos a tratamentoestatstico, atravs de Anlise de Varincia(ANOVA). A Tabela 11 sintetiza os resultadosobtidos na anlise estatstica quanto resistncia compresso das argamassas com ACIGRAN,mostrando os fatores que apresentam diferenassignificativas, ao nvel de significncia de 95 %.
O mesmo no ocorreu em relao ao teor desubstituio. Independente do teor adotado os
nveis de resistncia so os mesmos. A Figura 14
mostrada para evidenciar a potencialidade do usoda ACIGRAN. Este comportamento repete-se aose analisar o efeito da interao do trao com oteor de substituio.
Calculando-se o ndice de hidraulicidade conformea NBR 5735 (ABNT, 1991), obtm-se o valor de1,865. A referida norma estabelece que cimentoscom escrias de alto-forno devem possuir estendice superior a 1, observando-se, assim, que aACIGRAN apresenta propriedades hidrulicas.Desta forma, com base na composio qumica eno grau de vitrificao, justificam-se os mesmosnveis de resistncia das argamassas com e semescrias, devido reatividade da ACIGRAN,possivelmente associado a um efeito fisico, o qualpode ser proporcionado pelo efeito microfler, depreenchimento de vazios e de refinamento da
estrutura de poros, devido escria atuar como
-
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pontos de nucleao para os produtos dehidratao. Segundo Dal Molin (1995), este efeitobaseia-se no princpio de que o material distribui-se nos vazios existentes entre os gros de clnquer,favorecendo o incio das reaes de hidratao de
um maior nmero de partculas simultaneamente,de tal forma que o espao disponvel para ocrescimento dos produtos de hidratao ficarestrito, gerando um grande nmero de cristaispequenos, ao invs de poucos de grandedimenso.teor de substituio e a idade naresistncia compresso, como pode ser visto naTabela 11.
O efeito fler pode ser evidenciado em argamassascom altos teores a baixas idades, as quaisapresentam bons nveis de resistncia, apesar deinferiores ao de referncia. Observa-se que existeuma influncia estatisticamente significativa dainterao entre o
A porcentagem de hidrxido de clcio, bem comoo pH, esto apresentados nas Tabelas 12 e 13,respectivamente. Cada valor representa a mdia deduas leituras.
Os resultados da anlise estatstica referente influncia do teor de substituio e da idade noteor de hidrxido de clcio e no pH esto indicadosnas Tabelas 14 e 15, respectivamente. A nica
varivel que mostrou ter influncia significativa noconsumo de hidrxido de clcio foi o teor de
substituio. Observa-se na Figura 15 que quantomaior o teor de ACIGRAN menor o de hidrxidode clcio. Este comportamento est associado,provavelmente, soma de dois fatores. A escriapossui um menor teor de clcio que o cimento. Ao
substituir-se cimento por ACIGRAN, a quantidadede xido de clcio final ser menor e,conseqentemente, a sua produo de hidrxido declcio tambm. Somado a isto, a ACIGRAN, porpossuir caractersticas pozolnicas, consomeCa(OH)2, reduzindo ainda mais a quantidade finalde hidrxido de clcio.
A idade no mostrou influenciarsignificativamente, pois provavelmente ohidrxido de clcio gerado, decorrente dahidratao do cimento e da ACIGRAN, compensado pelo consumo do hidrxido de clciopela ACIGRAN na formao do C-S-H.
No houve influncia significativa do teor desubstituio, idade e interao entre estas duasvariveis no pH das pastas, apesar de observar queo pH da pasta de referncia, para todas as idades, levemente superior ao das pastas com ACIGRAN.
A Tabela 16 resume os resultados obtidos noensaio de suco capilar.
. .
0
10
20
30
40
50
60
70
7 28 91
Idade (dias)Resistncia
Compresso(MPa)
0
10
30
50
ACIGRAN (%)
-
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15/25
Teor(%)
ec
a
+1
fc7(MPa)
fc7mdio(MPa)
DesvioPadro(MPa)
fc28(MPa)
fc28mdio(MPa)
DesvioPadro(MPa)
fc91mdio(MPa)
fc91mdio(MPa)
DesvioPadro(MPa)
42,6 50,1 62,744,5 61,0 66,247,8 60,6 60,643,5 63,4
0 0,33
49,5
45,6 2,9
57,1
57,2 5,0
53,0
63,2 5,0
47,4 59,3 64,740,4 59,5 52,746,1 53,4 53,541,4 57,4 60,146,5
10 0,32
46,9
44,8 3,1
55,7
57,1 2,6
62,7
58,7 5,4
54,5 58,144,4
49,0 66,060,2 62,7
49,4 56,0 71,3
30 0,31
50,7
48,2 3,3
52,3
54,4 4,2
55,0
62,6 6,4
41,2 56,7 68,839,3 53,5 60,942,0 53,141,3
50 0,31
44,4
41,6 1,8
56,3
54,9 1,9
62,4
64,8 5,6
1relaoescriacimento
gua
+
0
1 0
2 0
3 0
4 0
5 0
6 0
7 0
7 2 8 9 1
I d a d e ( d i a s )
ResistnciaComp
resso(MPa)
0
1 0
3 0
5 0
ACIGRAN (%)
-
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16/25
0
10
20
30
4050
60
70
7 28 91
Idade (dias)
ResistnciaCom
presso
(MPa)
0
10
3050
ACIGRAN (%)
-
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17/25
Teor
(%) ec
a
+1
fc7
(MPa)
fc7
mdio
(MPa)
Desvio
Padro
(MPa)
fc28
(MPa)
fc28
mdio
(MPa)
Desvio
Padro
(MPa)
fc91
mdio
(MPa)
fc91
mdio
(MPa)
Desvio
Padro
(MPa)
22,6 32,0 33,1
25,9 27,2 33,925,5 30,3 35,9
25,8 31,3 39,521,2 29,0 37,2
0 0,53
24,8
24,3 1,9
33,2
30,5 2,1
34,6
35,7 2,4
24,7 29,9 35,7
24,6 31,3 29,8
24,9 29,2 38,222,1 29,7 34,9
21,8 26,1 34,410 0,52 23,6 1,5
24,0
28,4 2,8
31,3
34,0 3,0
21,9 30,4 36,4
23,8 28,8 37,420,1 35,4
24,9
29,0
35,922,1 28,3
30 0,51
24,6
22,9 1,827,6
28,9 1,2 36,3 3,7
21,0 29,5 39,0
20,2 24,4 41,0
20,2 31,3 37,215,1 29,6 31,1
19,6 38,250 0,51
15,0
18,5 2,729,6
28,9 2,6
35,9
37,1 3,4
1 relaoescriacimento
gua
+
-
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18/25
Teor
(%) ec
a
+1
fc7
(MPa)
fc7
mdio
(MPa)
Desvio
Padro
(MPa)
fc28
(MPa)
fc28
mdio
(MPa)
Desvio
Padro
(MPa)
fc91
mdio
(MPa)
fc91
mdio
(MPa)
Desvio
Padro
(MPa)
11,7 12,6 17.311,6 16,6 18.1
12,1 9,9 17.311,1 12,5 18,1
11,7 13,6 18,80 0,80
11,8
11,7 0,34
11,1
12,7 2,3
14,0
17,3 1,7
11,7 14,7 21,7
12,5 13,1 22,712,4 14,6 20,4
11,7 9,7 18,810,4 16,3 19,910 0,77
10,7
11,6 0,87
16,0
14,1 2,4
17,6
20,2 1,8
9,9 15,0 19,6
9,3 14,9 21,1
9,9 14,0 20,110,3 14,4 16,0
8,4 9,6 21,430 0,77
9,3
9,5 0,67
15,5
13,9 2,2
20,6
19,8 2,0
10,5 9,8 20,9
7,2 10,1 21,1
10,2 15,4 18,3
7,6 14,8 21,4
9,2 14,7 21,950 0,75
9,1
9,0 1,36
11,0
12,6 2,6
21,1
20,8 1,3
1relaoescriacimento
gua
+
FATOR Grau deLiberdade
MdiaQuadrtica
Fcalc1 F0,052 Significncia3
Idade 2 2630,70 328,660 3,03 Significativo
Trao 2 24169,31 3019,541 3,03 Significativo
Teor 3 8,37 1,046 2,64 No Significativo
Idade x Trao 4 102,95 12,862 2,41 Significativo
Idade x Teor 6 41,28 5,157 2,14 Significativo
Trao x Teor 6 9,84 1,229 2,14 No Significativo
Idade x Trao x Teor 12 9,40 1,174 1,79 No Significativo
ERRO 158 8,0041Fcalc: Valor calculado de F2F0,05: Valor tabelado de F para o nvel de significncia de 5 %3 Se Fcalc > F0,05, significativo
-
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.
Dias3 7 14 28 91
Referncia 2,57 2,58 2,81 2,19 2,192,46 2,58 2,38 4,08
10% ACIGRAN 2,25 2,35 3,13 2,46 2,742,57 2,31 3,16 2,49
30% ACIGRAN 2,16 2,18 1,73 2,22 2,311,82 2,18 2,44 1,92
50% ACIGRAN 1,81 1,91 2,33 1,60 1,881,87 1,86 2,22 1,31
Dias3 7 14 28 91
Referncia 13,54 13,54 13,58 13,47 13,4713,52 13,50 13,74
10% ACIGRAN 13,48 13,50 13,52 13,52 13,5713,57 13,49 13,63 13,59
30% ACIGRAN 13,46 13,47 13,57 13,48 13,4913,39 13,52 13,41
50% ACIGRAN 13,39 13,41 13,5 13,33 13,413,40 13,40 13,48 13,25
-
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FATORGrau de
LiberdadeMdia
QuadrticaFCalc1 F0,05
2 Significncia3
Idade 2 0,005373 0,2284 3,06 No Significativo
Teor 3 4,1972 178,3696 2,67 Significativo
Idade x Teor 6 0,003149 0,1338 2,16 No Significativo
ERRO 182 0.023531Fcalc: Valor calculado de F2F0,05:Valor tabelado de F para o nvel de significncia de 5 %3Se Fcalc > F0,05 significativo
FATOR Grau deLiberdade MdiaQuadrticaFcalc 1 F0,05 2 Significncia 3
Idade 4 3,15571 0,920015 2,87 No Significativo
Teor 3 3,210687 0,890911 3,10 No Significativo
Idade x Teor 12 3,637826 1,009435 2,28 No Significativo
ERRO 20 3,6038251Fcalc: Valor calculado de F2F0,05: Valor tabelado de F para o nvel de significncia de 5 %3Significncia:Fcalc > F0,05 : S Fcalc < F0,05 : NS
Teor ACIGRAN (%)
Hidro
xidodeClcio(%)
1.80
2.00
2.20
2.40
2.60
2.80
3.00
0 10 30 50
-
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TraoTeor
ACIGRAN(%)
Relao a/agl Taxa(g/cm2h x10-2)
Taxa Mdia(g/cm2h x10-2)
ResistnciaCapilar(h/m2)
ResistnciaCapilar
Mdia (h/m2)
1,47 874790 0,332,30
1,8964644
76061
1,56 9180910 0,32
1,181,37
6402877918
1,62 10552830 0,31
2,031,83
6258384055
1,50 101478
1:1,5
50 0,311,72
1,6170569
86023
12,28 159200 0,53
10,6311,47
2060318261
8,82 27063
10 0,52 8,68 8,75 37249 321567,28 44518
30 0,515,14
6,2148501
46509
6,66 43926
1: 3,0
50 0,513,06
4,86103286
73606
23,69 51350 0,80
15,2319,46
121388636
21,50 614910 0,77
9,2515,38
1900412576
22,80 4046
30 0,77 7,72 15,26 39629 21837
21,11 5387
1:4,5
50 0,756,96
14,0445637
25512
Analisando os resultados obtidos tanto na taxa de
absoro como na resistncia capilar, observa-seque h uma grande variabilidade nos resultados,tambm encontrada por Gonalves (2000) aoestudar concretos com adio de resduo de cortede granito.
A variabilidade do presente estudo pode estarassociada moldagem dos corpos-de-prova ou variao da temperatura ambiente nas duas sriesde ensaio. Apesar dos valores entre os doisexemplares apresentarem diferenas entre si, ocomportamento dentro de cada srie foi o mesmo,de forma que se realizou a anlise estatstica comtodos os valores.
As Tabelas 17 e 18 apresentam a anlise devarincia realizada para a taxa de absoro eresistncia capilar.
A anlise estatstica resultante indica, da mesmaforma que para resistncia compresso, que anica varivel que apresentou influnciasignificativa na taxa de absoro e a resistnciacapilar foi o trao, como pode ser observado nasFiguras 16 e 17, nas quais a taxa de absoro inversamente proporcional e a resistncia capilarproporcional ao aumento do consumo de cimento.
A ACIGRAN pode estar atuando como pontos denucleao, proporcionando a formao decompostos hidratados que se distribuem formandouma rede capilar descontnua, alm de funcionar
como um possvel agente de refinamento fsico e
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qumico da estrutura, apresentando, assim, osmesmos nveis de taxa de absoro e resistnciacapilar que as argamassas de referncia.
Esta ao benfica causada pela incorporao daACIGRAN foi observada por Bauer (1995) aoestudar concretos produzidos com cimento com
24% de escria de alto-forno. Foi observado que medida que aumenta a relao gua-cimentodiminui a diferena dos valores obtidos entre assries que utilizam cimento com adio e semadio, podendo este comportamento ser atribudo
s caractersticas de refinamento de poros.
FATORGrau de
LiberdadeMdia
QuadrticaFcalc1 F0,05
2 Significncia3
Trao 2 415,2443 14,856 3,89 Significativo
Teor 3 18,4557 0,660 3,49 No Significativo
Trao x Teor 6 4,8872 0,175 3,00 No Significativo
Erro 12 27,9491Fcalc: Valor calculado de F2F0,05: Valor tabelado de F para o nvel de significncia de 5 %3
Se Fcalc > F0,05 significativo
FATORGrau de
LiberdadeMdia
QuadrticaFcalc1 F0,05
2 Significncia3
Trao 2 91504x104 23,7069 3,89 SignificativoTeor 3 28587x103 0,7406 3,49 No Significativo
Trao x Teor 6 10144x103 0,2628 3,00 No Significativo
Erro 12 38598x1031Fcalc: Valor calculado de F2F0,05:Valor tabelado de F para o nvel de significncia de 5 %3Se Fcalc > F0,05 significativo
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Com base no estudo experimental realizado, observa-se que o processo de resfriamento brusco mostrou-seadequado para solucionar o problema de expansoapresentado pela escria de aciaria eltrica. Osresultados apresentados neste trabalho e tambmoutras anlises de durabilidade estudados porMasuero (2001) indicam a viabilidade do uso daACIGRAN (escria granulada) como substituio aocimento em argamassas.
A utilizao desta tcnica de resfriamento por parteda indstria siderrgica extremamente favorveltanto do ponto de vista ambiental, pelo fato de nonecessitar de grandes reas de descarte para oresduo, viabilizando seu uso, como no mbito social,utilizando um material substituitivo ao cimento,tornando-se uma alternativa de material deconstruo de custo inferior e de igual qualidade, paracontribuir com a diminuio do dficit habitacionalexistente no pas.
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