354831_Patologias Do Sistema Digestivo Texto

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Patologias do Patologias do Sistema Digestivo Sistema Digestivo Disciplina de Patologia Disciplina de Patologia Veterinária Veterinária PUC Betim – 4º período PUC Betim – 4º período Professora: Ana Paola Professora: Ana Paola Brendolan Brendolan

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pato digestivo

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  • Patologias do Sistema DigestivoDisciplina de Patologia VeterinriaPUC Betim 4 perodoProfessora: Ana Paola Brendolan

  • Cavidade Bucale Mucosa Oral

  • Pigmentaes e Alteraes da CorMelanose

    Palidez hipocromia

    Ictercia

    Cianose

    Colorao opaca e acastanhada Metaemoglobinemia

  • Alteraes CirculatriasCongesto

    EdemaLngua Azul - ovinos

    HiperemiaEstomatites agudas

    Hemorragias

    Inflamaes

  • Alimento e Corpos EstranhosPresena de alimento na boca do cadver sempre anormalParalisia da deglutioEstado de semi-inconscincia

    Alimento mal mastigado

    Alotriofagia

    Corpos Estranhos

  • Alteraes InflamatriasDifusasEstomatites

    LocalizadasGlossiteFaringiteTonsiliteGengiviteAngina

  • Estomatites SuperficiaisCausas:

    Irritantes qumicos fracos Compostos txicosDoenas virais sistmicasDoenas ImunossupressorasTraumas fsicos (alimento grosseiro)Desequilbrio da flora bacteriana saprfita

  • Estomatite CatarralInflamao superficial + discreta gengivite

    Alterao comum e inespecficaCursa com doenas debilitantes

    Mucosa hipermica e edemaciada

    Hiperplasia dos tecidos linfides

    Epitlio descamado + excesso de muco (glndulas palatinas) acumula-se sobra a mucosa material de colorao acinzentada

    Baixa resistncia + antibioticoterapia prolongada Estomatite por Candida albicansPlacas irregulares de material brancacento e pseudomembranoso

  • Estomatite VesicularFormao de vesculas:Camadas superficiais do epitlio ou entre o epitlio e a lmina prpria

    Vesculas:Degenerao hidrpica edema intercelular ruptura das paredes celulares formao das vesculasVesculas se rompem com o atrito eroses

    Causas:Doenas virais: Febre Aftosa, Estomatite Vesicular, Doena Vesicular dos Sunos, Exantema Vasicular dos Sunos, DBV, Febre Catarral Maligna, Calicivirose FelinaDoenas auto-imunes: pnfigo vulgar e penfigide bolhoso

  • Febre AftosaEtiologia ViralGnero Aphthovirus, famlia Picornaviridae

    Susceptibilidade:Todos os animais ungulados so susceptveisBovinos, caprinos, ovinos, sunosRuminantes selvagens antlope, veado, alceOutras espcies elefantes, capivaras, porquinhos da ndia Rara zoonose

    Transmisso Aerossis de um animal infectado para outro Sunos exalam de 30 a 100 vezes mais vrusAerossis de animais e humanos, consumo de dejetos contaminados, fomitos, inseminao artificial, produtos biolgicos contaminados e possivelmente aves migratrias

  • Hospedeiro de ManutenoHospedeiro AmplificadorIndicadorFebre Aftosa

  • Febre AftosaIncubao:Sinais clnicos de infeco comeam dentro de 24 a 48 horas aps a inalao e podem perdurar por vrios dias

    Sinais Clnicos: Febre de 40C-41.3C Anorexia Claudicao Vesculas e erosesCavidade OralLnguaCascos FocinhoTetas RmenAbortos

  • Febre AftosaMortalidade / Recuperao:Chega a 5% - especialmente em animais jovens (necrose do miocrdio)Ruminantes recuperados podem continuar como portadores do vrusVrus no persiste em sunos

    Diagnstico:Febre Aftosa NUNCA deve ser diagnosticada baseado somente em sinais clnicos e leses macroscpicasDiagnstico somente feito baseado na confirmao laboratorial

  • Febre AftosaDiagnstico Diferencial:

    Estomatite VesicularDoena Vesicular dos SunosExantema Vesicular dos SunosDiarria Viral Bovina (DVB)Estomatite Papular BovinaFebre Catarral MalignaLngua Azul

  • Estomatite VesicularEtiologia Viral:Vrus do gnero Vesiculovirus, da famlia Rhabdoviridae

    Espcies acometidas:Equdeos, bovinos, caprinos, ovinos, sunos e animais silvestres.Extenso de hospedeiros em ordem decrescente de severidade de infecocavalos > burros > mulas > gado > sunos > cameldeos > humanos

    Transmisso:Contato direto e atravs de picadas de insetos

  • Estomatite VesicularPerodo de incubao:Pode ser de at 21 dias

    Sinais Clnicos:Semelhantes aos observados na febre aftosaTambm afeta eqinos

    Distribuio:Restringe-se s Amricas do Norte, Central e do Sul

    Diagnstico:Sorologia ou isolamento do agente

  • Estomatites Erosiva e UlcerativaCaracterizadas por perdas locais de epitlio

    Ulcerativa conseqncia da erosiva

    So geralmente inespecficasFazem parte de importantes doenas e sndromes

    Eroses superficiais regeneram-se completamente

    Ulcerativas profundas reparam-se com tecido cicatricial

    Causas: estomatites vesiculares, granuloma linear dos ces, granuloma eosinoflico dos gatos, rinotraquete viral felina, uremia, estomatite e glossite ulcerativa dos sunos

  • Doena da Lngua Azul Blue Tongue DiseaseDoena viral Orbivrus famlia Reoviridae

    Transmitida por mosquitos do gnero CulexTransmisso mecnicaTransmisso placentriaCausa aborto e reabsoro fetal no 1 tero de gestao

    Espcies acometidas:Ruminantes em geralMuito mais patognica em OVINOS

    Leses:Edema e hemorragia da cavidade oral e nasalUlceraes e tecido necrosado acinzentadoArterites hemorrgicasLeses nos cascosMs formaes congnitas do SNC

  • Eczema Contagioso dos OvinosVrus da famlia poxviridaeGnero parapoxvrus

    Leses mltiplas, mais freqentes nos lbios Podem atingir a mucosa oral, esfago e rmen

    Comum em animais jovens

    Incrustaes redondas a irregulares, firmes e elevadas, vermelho-escura a violeta

    Degenerao hidrpica + corpsculos de incluso citoplasmticos eosinoflicos

    Leses hipercelulares

    Zoonose

  • Estomatites ProfundasInvaso microbiana do tecido conjuntivo da bocaFreqentemente por habitantes normais da cavidade oral

    Classificao:Purulenta, necrtica, gangrenosa e granulomatosa

    Invaso secundria a leses do revestimento epitelial mucoso da cavidade

  • Estomatite PurulentaInvaso por microrganismos piognicosSubmucosa e msculos

    Formao de abscessos e fstulas

  • Estomatite NecrticaInfeces por bactrias do gnero Fusobacterium e outros anaerbicos

    Produtores de toxinas que causamNecrose de coagulaoExsudao de fibrina (exsudato fibrinonecrtico)Recobre a lcera Membrana acinzentada, irregular, frivel e de aspecto sujo PLACA DIFTRICA ou PSEUDOMEMBRANOSAOdor ftido

  • Estomatite Gangrenosa NOMAInflamao pseudomembranosa ou gangrenosa de evoluo rpida

    Espiroquetas e fusiformes da prpria flora oral

    Semelhante estomatite necrtica, porm mais intensa

    Pseudomembrana necrtica + rea de inflamao aguda

    Causas:Traumatismo e debilidade da mucosaImunossupresso mais comum em indivduos jovens

  • Estomatite GranulomatosaActinobacillus lignieresiFlora saprfita

    Associado a leses prvias da mucosa

    PiogranulomasMicroabscessos e tecidos de granulao

    Primariamente uma linfangite disseminao para linfonodos submucosa e muscular da lngua

    Forma crnica - lngua de pau

  • Alteraes Congnitas do Epitlio Defeito congnito do epitlio da lnguaLeitesBezerros

    Plos ectpicosCes

  • Alteraes DegenerativasDistrofia MuscularDeficincia de vitamina E e Selnio

    Degenerao hialina de Zenker Musculatura da LnguaDevido grande movimentao

  • Alteraes NeoplsicasPapilomatose oralTumor viral benignoClulas da camada espinhosaCrescimentos Verrugosos

    pulis ou eplideTumor de origem periodontalMassas firmes ou duras Espaos interdentriosSuperfcie palatina da gengivaPedunculado e de superfcie lisa

  • Alteraes NeoplsicasCarcinomasMassa branco-acinzentada, invasivaSuperfcie irregular e ulcerada

    MelanomaSempre malignos Muito freqentes em cesMassas nodulares de superfcie lisa e pigmentao varivel

  • Glndulas Salivares

  • Alteraes no Fluxo de SalivaAptialismoCondio raraAcompanha febre, desidratao, estmulo nervoso simptico, algumas sialoadenopatias

    PtialismoCondio mais comumOcorre em intoxicaes por organofosforados, metais pesados, nas encefalites, nas disfagias e nas estomatites (principalmente)

  • SialoadenitesRaro nos animais domsticos

    Via de infeco:AscendenteHematgenaDireta traumatismos

    Ocorrem como parte de doenas sistmicas ou locaisRaiva, febre catarral maligna, cinomose, garrotilho, deficincia de vit. A (metaplasia escamosa do epitlio estase salivar e infeco secundria)

  • SialolitaseDistrbio raro

    Acomete bovinos, eqinos, caninos, primatas no-humanos e seres humanos

    Clculo de glndula salivar: Contedo alto de fosfato de clcioProporo menor de carbonato de clcio Outros sais solveis

    Ncleo:BactriasAgregados de mucoClulas epiteliais descamadas

    Conseqncias:Dilataes ou ectasias

  • Dilataes ou EctasiasDevem-se estagnao do fluxo salivar

    Resultado da obstruo dos ductosCorpos estranhosSiallitosInflamaes estreitamento do lmen

  • MucoceleLeso redonda, oval ou irregular

    Bolha translcida preenchida por saliva Localizada no tecido conjuntivoSaliva estimula a formao de tecido de granulao

    Resultado da estagnao de saliva e ruptura dos ductos

  • Esfago

  • EsfagoMerece ateno especial no exame post mortem de animais que apresentaram:

    Taxa de crescimento inadequadaCaquexiaPtialismoDisfagiaRegurgitaoPneumonia por aspiraoTimpanismoRuminantes

  • Ingesto de AlimentosFase BucalVoluntria e reflexaLngua / Msculos mastigatriosNervo Glossofarngeo ou Hipoglosso

    Fase FarngeaInvoluntria e rpidaFechamento da glote apniaMsculos palatofarngeos e larngeos

    Fase EsofgicaAlimento impulsionado em direo ao esfagoMovimentos peristlticos involuntrios

  • Esfago

    Distrbio de pigmentao

    MELANOSE

  • Estenose EsofgicaReduo do lmen do esfago

    Congnita:

    Estreitamento congnito do lmenAplasia segmentarImperfuraes do lmen

  • Estenose EsofgicaAdquirida:Decorrente de grave cicatrizao transmural adquirida Resultante de agresso paredeLeso nas camadas submucosa e muscularReparaes de esofagitesSequela frequente: Dilatao da poro cranial estenoseUlcerao e perfurao da mucosa

  • Estreitamento do Lmen EsofgicoCausas:Estenoses Neoplasias intraluminais e intramuraisGranulomas de Spirocerca lupi (ces e gatos)Compresses externasAumento dos rgos adjacentesAnomalias vascularesEncurtamento do trax por hemivrtebra Condrodistrofia

    Consequncias:Dilatao da poro cranial ao estreitamento

  • Obstruo EsofgicaCausas:Reteno de alimentos grandes ou inadequadamente mastigados e ensalivados no lmenCorpos estranhos

    Locais de Obstruo:Segmento sobre a laringeEntrada da cavidade torcicaBase do coraoImediatamente antes do hiato esofgico

  • Obstruo EsofgicaFator Predisponente:Estreitamento do lmen

    Consequncias:Dilatao da poro cranial obstruo

    Complicaes:Necrose compressivaUlcerao da mucosaPerfuraes e morte

  • Perfuraes e Rupturas EsofgicasPerfuraes:Ocorrem a partir de traumatismos da paredeObjetos perfurantes ingeridos ou introduzidos atravs do pescooAramesAgulhasAdministrao forada de medicamentosDosificador ou pistolaPassagem de sonda ou endoscpio

    Rupturas:Consequncia de dilataes

    Consequncias:Celulite ou flegmo dos tecidos periesofagianos (segmento cervical)Pleurite (segmento torcico)Septicemia / Morte

  • Dilataes EsofgicasDilataes totais:SegmentarSecundria obstruo

    Megaesfago Acalsia GastroesofgicaCongnitaDisfuno do esfincter esofgicoMiastenia GravisDoena auto-imuneProduo de anticorpos contra os receptores da acetilcolina nas junes neuromuscularesLupus Eritrematoso SistmicoAuto-imune

  • Miastenia Gravis

  • Dilataes EsofgicasDilataes Parciais:

    Divertculos

    Dilatao sacular da paredeDivertculo de traoResultado de aderncias fibrosas periesofgicas

    Invaginao da mucosa entre camadas muscularesDivertculo de impulsoMais comumResultado da impaco de corpos estranhos no lmen

    Consequncias:Acmulo de aliemento ou corpo estranhoEsofagite, ulcerao e perfurao

  • EsofagitesQuase sempre erosivas e ulcerativasAcompanham inflamaes da orofaringe e rmen-retculoIngesto de irritantes qumicos, custicos e alimento muito quente

    Eroses regeneramlceras cicatrizamPodem causar estenose

  • Esofagites Principais esofagites:

    Esofagite por refluxoFalta de integridade funcional do crdiaVmitos crnicosHrnias de hiato

    Esofagite por Candida albicansComum em leitesAssociao com antibioticoterapia, inanio e refluxo gstricoManifestaes idnticas candidase oral

    Esofagites parasitriasSpirocerca lupi ces e gatosSarcosporidium ruminantesHypoderma lineatum e Gonglyonema bovinosGasterophilus equinos

  • Neoplasias EsofgicasSo rarasAnimais com mais de 6 a 8 anos

    Tumores mais comunsCarcinomas de clulas escamosasLeiomiomasSarcomasGranulomas de Spirocerca lupi

    Causam obstruo parcial a total do esfagoDilatao do esfago proximal

  • Pr-Estmagos

  • TimpanismoDistenso dos pr-estmagos por acmulo de gases

    Decorrncia de sua no-eliminaoFalha na eructaoEspecialmente Rmen

  • PROCESSO DE ERUCTAO1. Fase de SeparaoBolhas gasosas atravessam a ingesta e coalescem com o gs-livre do saco dorsal do rmen

    2. Fase de DeslocamentoContrao do rmenEmpurra o gs para frente e para baixo, em direo ao crdia

    3. Fase de TransfernciaAbertura do crdiaGs passa para o esfago

    4. Fase EsofagianaContrao retrgrada do esfago (retroperistaltismo)Empurra o gs para a faringe

    5. Fase Faringo-PulmonarAbertura do esfncter nasofarngeoGs passa para os pulmesParte absorvida e parte exalada na expirao

  • Timpanismo PrimrioTimpanismo Primrio ou Espumoso

    Patognese:Falha na primeira fase do processo de eructaoAumento da tenso superficial das bolhas gasosas No se coalescem e ficam presas ingestaAgentes tensoativos ( viscosidade):Protenas solveis leguminosasAlfafa, trevo-doce, trevo-subterrneoDietas ricas em concentrado e pobres em fibras

    Contedo ruminal com aspecto espumoso

  • Timpanismo por Gros

  • Timpanismo SecundrioTimpanismo Secundrio ou de Gs livre

    Patognese:Falhas na segunda, terceira e quarta fase do processo de eructaoAtonia ruminal 2 faseObstrues fsicas e funcionais do crdia 3 faseObstruo esofgica 4 fase

    Contedo ruminal estratificado

  • Timpanismo

  • TimpanismoMorte ocorre por ANXIACompresso do diafragma pelo rmen distendidoGraves distrbios hemodinmicos

    Achados anatomopatolgicos:Abdmen intensamente distendidoExsudao de sangue pelos orifcios naturaisEscuro e mal coaguladoIntensa congesto passiva das cavidades abdominal e torcicaPulmes:Atelectasia reas caudaisCongesto e edema reas craniaisFgado e Bao isqumicos

  • Corpos Estranhos(Clculos Digestivos)TricobezoriosConcrees formadas por plosAnimais com dieta pobre em NaVacas com cria nova Dermatoses pruriginosas

    FitobezoriosConcrees formadas por fibras de m qualidadeDieta pobre em fibrasFibras de baixa digestibilidade

  • Corpos Estranhos(Clculos Digestivos)Consequncias:

    Podem permanecer no rmen sem sequelas para o animalPodem ser regurgitados para o esfago ou propelidos para o intestinoObstruesTimpanismo Esfago

  • Corpos Estranhos IngeridosPontiagudos e PerfurantesFicam normalmente retidos no retculoPodem perfur-loPerfuraes parciais reticulite focalPerfuraes totais reticuloperitonite traumtica

    No perfurantesComumente retidos no rmenAchados de necropsia

  • Reticuloperitonite TraumticaIncio do processo Focal e fibrinosa

    Organizao do processo Aderncias, tecido de granulao, formao de aderncias

    Leses dependem da direo tomada pelo corpo estranhoDireo antero-ventral - pode atingir diafragma e pericrdio reticulopericardite Direo ventral abscessos subperitoneais e subcutneos prximo ao processo xifideDireo lateral direita parede do omasoDireo lateral esquerda bao

  • Reticuloperitonite TraumticaOutras consequncias:

    Perfurao de artrias regionaisChoque hipovolmico morte sbitaPerfurao do miocrdio ou de artrias coronriasChoque cardiognico morte sbitaPerfurao da pleura e pulmoPleurite e pneumonia gangrenosaAbscessos metastticos no fgadoParalisia VagalAderncias e atonia ruminal e abomasal

  • RuminitesOcorrem em grande nmero de doenas viraisAssociadas a estomatites vesiculares

    Candidase

    Bezerros aleitados em balde

    Consumo excessivo de uriaIntoxicao por uria

    Acidose Lctica

  • Intoxicao por UriaUria composto orgnico nitrogenado, no protico, solvel em gua e lcool

    Fonte primria para produo de protenaSupre parcialmente as deficincias proticas das pastagensPode tambm suprir alimentos proticos como farelos e tortas

    Quando utilizada adequadamente, traz bons resultados, porm, se mal administrada, pode levar a um processo agudo de intoxicao

    Intoxicao:Consumo da uria por animais no adaptados Ingesto de quantidades elevadas em animais j adaptadosUria convertida em amnia pelas bactrias rumenais altamente txica

  • Intoxicao por UriaSintomas: Iniciam-se aps 30 a 60 minutos da ingesto de uriaApatiaTremores muscularesA pele do animal se comporta como se estivesse espantando moscasSalivao excessiva (baba espessa)Mico acentuada (urina freqentemente) Defecao com menores intervalosRespirao aceleradaPode ocorrer timpanismoAtonia da parede ruminal Dificuldades de coordenao motora, dores abdominais, enrijecimento dos membros anteriores, prostrao, tetania generalizada, convulses, colapso circulatrio, asfixia e morte

  • Intoxicao por Uria

    Perodo de adaptao e quantidade de uria no concentrado por animal/diaAdaptaoUria g/100kg PV1 semana10 g2 semana20 g3 semana30 g4 semana40 g

  • Intoxicao por Uria

  • Acidose LcticaAcidose Lctica ou Acidose Ruminal

    Resultado da ingesto de quantidades excessivas de carboidratos altamente fermentveisIndigesto por gros

    Comum em animais de engorda e rebanhos leiteiros

  • Acidose LcticaAgudaMorte por choque circulatrio

    CrnicaNecrose isqumica da crtex renalAcidose metablica Alcalose compensatriaHiperventilao LaminiteRuminite NecrobacilarFusobacterium necrophorumAbscessos hepticosCicatriz estreladaRuminite MucormicticaMucor, Absidia e RhizopusPolioencefalomalcia Deficincia de Tiamina (vit. B1)

  • Estmago e Abomaso

  • Dilatao GstricaDilatao Primria

    Origem nutricionalIngesto de alimentos facilmente fermentveis

    Aguda

    Sunos e equinosPatognese semelhante acidose lcticaPoro cranial do estmago permite fermentao bacteriana

  • Dilatao GstricaDilatao secundria

    Causada por impedimento fsico ou funcional do esvaziamento gstrico

    Aguda ou crnica

    Causas:Corpos estranhosNeoplasiasGastropatia Pilrica Hipertrfica CrnicaAtonia por distenso da paredeAerofagia, alimento grosseiroParalisia vagalObstruo do intestino delgadoReflexa obstruo do ceco-clon

  • Dilatao GstricaConsequncias:

    Atonia agrava a dilatao

    Provoca deslocamento do rgo na cavidadeDeslocamento do AbomasoToro (vlvulo)

    Ruptura

    Distrbios Metablicos

    Morte

  • Dilatao GstricaMacro:

    Congesto passiva das extremidadesIsquemia do fgado e baoAtelectasia pulmonarCompresso da veia cava Reduo do dbito cardacoSevera ANXIAHemorragias petequiaisEdema

  • Deslocamento do AbomasoDoena comum em vacas leiteiras de alta produo

    Associada ao perodo ps-parto

    Consequente atonia e aumento da produo de gs

    Deslocamento para a esquerda Mais comum

    Deslocamento para a direitaComplica-se com toroPior prognstico

  • Deslocamento do AbomasoFATORES PREDISPONENTES

    Dietas ricas em gros e com pouca fibra cidos graxos volteis no abomaso gsPartoFase final da gestao:Rmen deslocado dorsalmente pelo tero distendidoAbomaso empurrado para a esquerda e para frente, sob o rmenAps o parto:Rmen posiciona-se ventralmente prendendo o abomasoAbomaso atnico desloca-se dorsalmente esquerda do rmenDoenas que causam diminuio da ingestaReduo do tamanho do rmenFacilita o deslocamentoHipocalcemiaHipomotilidade

  • Deslocamento do Abomaso

  • Deslocamento do Abomaso para a Esquerda

  • Toro do Estmago ou VlvuloDefinio:Aumento de tamanho do estmago associado com rotao em seu eixo mesentricoConsequncia da dilatao

    Afeco agudaTaxa de mortalidade de 30 a 45% em animais tratados

  • Vlvulo GstricoAumento do estmago:

    Associa-se obstruo do escoamento gstrico funcional ou mecnicaAlimentao vorazAcmulo de gs no lmenAerofagiaFermentao bacterianaAcmulo de fluidos no lmenSecreo gstricaTransudao de plasmaCongesto venosa

  • Vlvulo GstricoCausas:

    Exerccios aps ingesto de grandes refeiesAlimentos altamente processados e guaPredisposio anatmicaAnimais de trax profundoRaas de grande portePode acometer ces de raas pequenas e gatosleo paralticoTraumatismoVmitosEstresseObstrues fsicas do estmago

  • Vlvulo Gstrico - Patognese

  • Posicionamento Normal dos rgos Digestivos

  • Vlvulo Gstrico

  • Vlvulo GstricoChoque obstrutivo e perfuso tecidual inadequadaAfetam mltiplos rgosCoraoPncreasFator depressor do miocrdioArritmias cardacasEstmagoIntestino delgadoRins

    Leso por reperfusoCausam boa parte dos danos teciduais que acarretam em morte aps a correo do vlvulo

  • Ruptura e Perfurao GstricaRuptura

    Consequncia da dilatao

    Comum em equinosParede da curvatura maior mais finaEstmago pequeno capacidade de 8 a 10 litrosEsgaramento de 10 a 15 cm

    Consequncias:HemorragiaExtravasamento do contedo para a cavidade abdominalIrritao peritonealPeritonite difusaChoque e Morte

  • Anatomia Trato Digestivo Equinos

  • Ruptura e Perfurao GstricaPerfurao

    Associada a:ParasitismolcerasNeoplasiasTraumatismosSondasEndoscpios Corpos estranhos pontiagudos

  • Distrbios CirculatriosHiperemia ativa

    Hiperemia passivaHipertenso portalICC

    Infarto venosoSepticemias / Toxemias

    Edema HipoproteinemiaInflamaes agudasCongesto passiva

    HemorragiasUremiaCongesto / ToroIntoxicaeslceras gstricas

  • GastriteDefinio genricaProcesso inflamatrio da mucosa gstricaExame microscpicoExame macroscpico: necropsia e endoscopiaInjrias agudas da mucosa gstrica, com eroses e hemorragias macroscpicas, mas com reaes inflamatrias tpicas quase ausentes

    Termo gastriteAtribudo e empregado de forma inadequada e abusiva em muitas ocasies para nomear sintomas disppticos (queimao, flatulncia, plenitude ps-prandial, sensao de peso e eructaes freqentes)

    Estes sintomas podem estar presentes em pacientes com gastrite como tambm podem ocorrer em pacientes com mucosa gstrica normal

  • Gastrite x GastropatiaGastropatiaAfeco do Estmago

    Terminologia mais moderna:Tenta distinguir gastrite de gastropatiaLeva em considerao o aspecto etiolgico

  • Gastrite x GastropatiaGastrites Referem-se a leso epitelial na mucosa gstrica com presena de infiltrado inflamatrio

    Gastropatias Referem-se a leso epitelial da mucosa gstrica na ausncia de infiltrado inflamatrio.Exemplo: gastropatia causada por AINES (antiinflamatrios no hormonais)leso do epitlio gstrico, porm sem inflamaono tem diagnstico histolgico de gastrite.

  • Causas de Gastrites EroseslcerasInfartos venososSndrome de vmito duodenalVrusCinomoseBactriasHelicobacter pyloriHelicobacter felisHelicobacter heilmanniiFusobacterium necrophorumClostridium sp.

  • Causas de GastritesFungosCandida albicansAspergillus spMucor, Absidia, RhizopusParasitasGasterophylusOstertagiaHaemonchusTrichostrongylus Auto-imuneLpus eritematoso sistmicoImunomediadaAlergias alimentaresDeposio de complexos imunes

  • Causas de GastritesAlimentos deterioradosToxinasUremiaToxinas bacterianasAgentes qumicosAgentes fsicos - TraumasCorpos estranhosSondasEndoscpios MedicamentosaAINESGlicocorticidesAntibiticosNervosaEstresseEstmulo ceflico da digesto

  • Classificao de GastritesGastrite crnicaIncomum em animaisHelycobacter sp.

    Gastrite atrfica AutoimuneRefluxo duodenalEstenose pilrica

    Gastrite hipertrfica crnicaCesGastropatia hipertrfica pilrica crnica

  • Classificao de GastritesGastrite metaplsicaFrequente em animais com parasitas gstricos (Ostertagiose e Tricostrongilose)Acloridria, diarria e perda de protenas

    Gastrite micticaConsequncia da acloridriaPatogenia semelhante ruminite mucormicticaHifas promovem trombose de arterolas e vnulasInfarto hemorrgico da mucosaMacro:reas de necrose (1 a 2 cm )Periferia intensamente congesta ou hemorrgicaEdema severo e hemorragia da submucosa

  • lceras GstricasDesequilbrio entre:Efeitos necrosantes do cido clordrico e pepsinaIntegridade das barreiras de proteo da mucosa gstrica

    Causas:Hipersecreo de cido Clordrico (HCl)lceras gastroduodenaisFalhas na integridade da mucosalceras do corpo gstrico

  • Secreo de HClHistaminaMastcitos da lmina prpriaHistamina + Receptor especfico H2 adenociclase AMPc secreo cida

    AcetilcolinaAgonista neurcrinoNeurnios ps-ganglionares parassimpticosAumenta com o estmulo vagal, com a disteno da parede e por reflexo intramural

    GastrinaLiberada no sangue pelas clulas GAo do Ca++, aminocidos e peptdeos da ingestaInduz hiperplasia de clulas parietais

  • Barreiras da Mucosa GstricaMucoProtege a mucosa da difuso do HCl e consequente autodigestoProtege da digesto enzimtica

    BicarbonatoGlndulas mucosas pilricas e cardacas (sunos) e clulas mucosas Neutralizao do HCl

    VasodilataoMediado pelas prostaglandinas Inibe a secreo cida pela histaminaEstimula a secreo de bicarbonato

  • lceras GstricasHipersecreo de HCl

    Secreo basal anormalmente altaExpanso das clulas parietais em resposta ao efeito trfico da gastrinaGastrinomasNeoplasias pancreticas secretoras de gastrinaAumento dos nveis de HistaminaMastocitomasMastocitose

  • lceras GstricasReduo da Resistncia da Mucosa

    AINESInterferem no metabolismo das PGsAspirina lipossolvel

    Refluxo DuodenalContm substncias lipossolveis lesam a membrana

    Glicocorticides e EstresseAo combinada sobre a mucosa e a secreo cida renovao do epitlio e cido araquidnico ( PGs)Estimula a secreo de gastrina

    Reduo do afluxo sanguneo por isquemia secreo de bicarbonatoLeso epitelial

  • lceras GstricasMacroscopia:

    Ulceraes e Hemorragias

    lceras crnicas (micro)Base e bordas revestidas por tecido de granulaoMetaplasia mucosa e hiperplasia glandulas ao redor

    PerfuraoHemorragiaPeritonite

  • Gastrinomas - lceras

  • Neoplasias GstricasBenignasPapilomasLeiomiomas

    Malignas Adenocarcinomas60 a 70% dos casosLeiomiossarcomasFibrossarcomas LinfossarcomasGatos Bovinos

  • Intestinos

  • Mecanismo das Doenas Bacterianas IntestinaisDesequilbrio da microflora normal ou vantagem competitivaPodem permitir o estabelecimento de:Amostras patognicas de bactriasProliferao de patgenos da flora saprfitaMicroflora do clonPode se desenvolver no intestino delgadoAcloridriaModificaes fsicas e fisiolgicas relacionadas estase intestinalPerda do peristaltismo normalDesconjugao de sais biliaresMalabsoro de gorduras

  • Mecanismo das Doenas Bacterianas IntestinaisDisponibilidade de quantidades anormais de substrato-nutrienteProliferao de amostras toxignicas de Clostridium perfringesToxinas de efeito local ou sistmicoE. coli, SalmonellaDoenas enterotoxmicas e enteroinvasivasTreponema e CampilobacterDisenteria sunaComplexo adenomatose intestinal dos sunosProliferao epitelial e eroses superficiais

  • Mecanismo das Doenas Bacterianas IntestinaisMicobacterium Enterite granulomatosaLinfangite e linfadeniteAtrofia das vilosidades e perda intestinal de protenasCasos de septicemiaMucosa entrica pode ser alvo de emboliaEm geral ocorre o inverso:Bactrias intestinais so causa de septicemiaPenetrao em vasos linfticos ou veia porta

  • Obstruo IntestinalObstruo simplesPoro anterior do intestinoCurso agudoPoro posterior do intestinoCurso mais crnico

    Obstruo estranguladaCurso agudo

  • Obstruo Intestinal SimplesObstruo simples da poro anterior

    Intestino delgado cranial e mdio Duodeno e JejunoTipicamente agudaQuanto mais anterior mais grave

  • Obstruo Simples Anterior

  • Obstruo Intestinal SimplesObstruo simples da poro posterior

    Intestino delgado distal e intestino grossoleo e Intestino grossoDesequilbrio eletroltico menos gravePossvel a absoro de lquido nas pores anterioresPrevine distenso aguda do intestinoCurso crnico

  • Obstruo Simples PosteriorGrave desequilbrio eletrolticoAcidose MetablicaParada do consumo e assimilao de alimentos

  • Obstruo Intestinal SimplesMacro:Distenso anterior ao ponto obstrudoQualquer que seja o segmento afetadoAcmulo de lquido e gs no lmenGrau de distenso varia com:Localizao da obstruoGrau da obstruoParcialTotalDurao da obstruoCongesto da mucosa e submucosaAumento da distenso

  • Obstruo Intestinal

  • Obstruo Intestinal EstranguladaComprometimento vascularConsequncia de:Obstruo das veias eferentesObstruo das artrias aferentes Reduo do fluxo pela circulao aberta

    Perda da integridade da mucosaNecroseRuptura

  • Obstruo EstranguladaPerda da integridade da mucosaEfuso de lquido e sangue para o lmenAbsoro de toxinas pela mucosa desvitalizada pelo fluxo portal ou vasos linfticosGangrena Intestinal(princ. Clostridium)Possvel rupturaPeritonite sptica

  • Obstruo Intestinal EstranguladaMacro:Distenso anterior ao ponto obstrudoQualquer que seja o segmento afetado

    Acmulo de lquido e gs no lmen

    Necrose da parede intestinalGangrenaPerfuraoRupturaPeritonite

  • Causas de Obstruo IntestinalObstruo mecnicaEstreitamentos CongnitosAtresias e estenosesAdquiridosInflamaes, traumatismos, neoplasiasObstruesCorpos estranhosFecallitos ou enterlitosParasitas Compresses externasHrniasToresVlvulo

  • Causas de Obstruo IntestinalObstruo nervosaleo paraltico

    Obstruo vascularTromboseEmbolismoReduo da perfuso

  • Patofisiologia dasDoenas EntricasEfeitos deletrios das doenas entricasMediados por vrios mecanismos que interagem entre si

    Consequncias comunsInapetncia, reduo da taxa de crescimento, perda de peso ou caquexia, hipoproteinemia, anemia, desidratao, reduo do consumo de gua, obstruo, vmito, diarria, desequilbrio cido-bsico, desequilbrio eletroltico, toxemias e malabsoro de nutrientes

  • Sndrome de MalabsoroResulta em reduo do crescimento e caquexia

    Pode haver perda intestinal de protenas com efeitos idnticos

  • Sndrome de MalabsoroDigesto

    Fase intra-luminalMediada por HCl, bile e enzimas digestivas intraluminaisLiberadas pela saliva, estmago, pncreas, fgado (bile), secrees intestinais

    Fase intra-epitelialMediada pelos sistemas enzimticos das superfcies dos entercitos absorsivos

  • Sndrome de MalabsoroMalabsoro intra-luminalInsuficincia pancretica excrinaHipoplasia, fibrose ps-necrticaColestaseAcloridria

    Malabsoro intra-epitelialResseco intestinalAtrofia de vilosidadesDeficincia congnita ou adquirida de enzimas

  • Diarria Presena de excesso de gua nas fezes em relao matria seca fecalAumento absoluto de perda fecal de guaSevera depleo de eletrlitosDesequilbrio cido-bsicoDesidrataoMorte

    Classificao das diarriasDiarria SecretriaDiarria MalabsorsivaDiarria Efusiva

  • Diarria Secretria

    Provocada por enterotoxinas bacterianasSalmonellaE. coli toxignicaYersinia enterocoliticaShigella

    Secreo de NaCl para o lmen intestinal excede a absoro

  • Diarria Secretria

  • Diarria MalabsorsivaOcorre nas sndromes de malabsoroFalhas na fase intra-luminal ou intra-epitelial da digestoPode ser causada por sobrecarga osmtica na dieta ou por laxantes (ex: sulfato de Mg)Reteno de nutrientes e eletrlitos no lmen e gua osmoticamente associada

  • Diarria Efusiva Causas gerais de edemaEfuso de lquido da mucosa intestinal para o lmenAumento da presso hidrostticaICC, Hipertenso portalDiminuio da presso oncticaHipoproteinemiaObstruo linfticaAumento da permeabilidade vascularInflamao local ou sistmica