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14 Centro de Humanidades Osmar de Aquino Departamento de Geografia Curso de Licenciatura Plena em Geografia Linha de Pesquisa Modernização Agrícola: Reorganização Espacial e Relações de Trabalho. AGRICULTURA DE SUBSISTÊNCIA NA COMUNIDADE DO SÍTIO TOMÉ MUNICÍPIO DE MULUNGU – PB Josédna Alves da Silva Cordeiro Guarabira/PB 2012

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Centro de Humanidades Osmar de Aquino

Departamento de Geografia Curso de Licenciatura Plena em Geografia

Linha de Pesquisa Modernização Agrícola: Reorganização Espacial e Relações de Trabalho.

AGRICULTURA DE SUBSISTÊNCIA NA COMUNIDADE DO SÍTIO TOMÉ MUNICÍPIO DE MULUNGU – PB

Josédna Alves da Silva Cordeiro

Guarabira/PB

2012

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AGRICULTURA DE SUBSISTÊNCIA NA COMUNIDADE DO SÍTIO

TOMÉ MUNICÍPIO DE MULUNGU – PB

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Josédna Alves da Silva Cordeiro

AGRICULTURA DE SUBSISTÊNCIA NA COMUNIDADE DO SÍTIO

TOMÉ NO MUNICÍPIO DE MULUNGU - PB

Monografia apresentada ao Curso de Licenciatura Plena em Geografia da Universidade Estadual da Paraíba, em cumprimento aos requisitos necessários para obtenção do grau de Licenciatura em Geografia, sob aorientação do professor Dr. Francisco Fábio Dantas da Costa.

Guarabira/PB 2012

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FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA SETORIAL DE GUARABIRA/UEPB

C794a Cordeiro, Josédna Alves da Silva

Agricultura de subsistência na comunidade do Sítio Tomé município de Mulungu – PB / Josédna Alves da Silva Cordeiro. – Guarabira: UEPB, 2012.

46f.:il.; Color.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Geografia) – Universidade Estadual da Paraíba.

“Orientação Prof. Dr. Francisco Fábio Dantas da Costa”.

1. Agricultura2. Cultura de Subsistência 3. Pequeno Produtor I. Título

22.ed. CDD 577.55

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DEDICATÓRIA

A minha família, em especial a minha mãe, que

desde cedo assumiu a função de pai e mãe, me

educando de acordo com seus princípios, me

aconselhando sempre que necessário, me

mostrando o verdadeiro sentido da vida e me

ensinando a lutar pelos meus objetivos.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus, minha maior força.

A todosos meus familiares, em especial a minha

mãe Lindaura Alves da Silva Cordeiro, por sempre

estar ao meu lado em todos os momentos da vida,

acreditando que seria possível alcançar mais um dos

meus objetivos. Ao meu noivo Josivânio Marinho da

Cruz, que sempre esteve ao meu lado me apoiando

na minha caminhada. As minhas colegas de turma

Daionara, Elizangela e Letícia pela troca de

conhecimento no dia a dia e pela amizade que

construímos ao longo de todo o curso. A todos os

professores que contribuíram para o

aperfeiçoamento do meu aprendizado e, em

especial, ao professor Dr. Francisco Fábio Dantas

da Costa por ter me orientado na caminhada para

que fosse possível a realização deste trabalho de

conclusão de curso. Enfim, a todos que contribuíram

de forma direta ou indireta, só tenho a dizer: meu

muito OBRIGADO.

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“Os nossos maiores problemas não estão

nos obstáculos do caminho. Mas na

escolha da direção errada”.

Augusto Cury

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043 - GEOGRAFIA

AGRICULTURA DE SUBSISTÊNCIA NA COMUNIDADE DO SÍTIO TOMÉ MUNICÍPIO DE MULUNGU/PB Autor: Josédna Alves da Silva Cordeiro – CH / UEPB Orientador: Prof. Dr. Francisco Fábio Dantas da Costa Examinadores: Prof. Dr. Francisco Fagundes de Paiva Neto Prof. Ms. Péricles Alves Batista RESUMO O presente trabalho tem o objetivo de analisar a importância da agricultura de subsistência na Comunidade do Sítio Tomé, município de Mulungu/PB, fazendo parte da Mesorregião do Agreste e da Microrregião de Guarabira, tomando por base os meios utilizados para a produção agrícola que favorece o agricultor e a sua família. Sob essa perspectiva foi elaborado um estudo sobre a situação econômica, social e cultural vivenciada pelo pequeno produtor rural, buscando dar uma contribuição por meio dos resultados alcançados através da pesquisa, para a compreensão da realidade vivida pela comunidade e a construção de uma base teórica e também estatística que sirva como instrumento para a criação e implementação de políticas públicas que venham favorecer o pequeno agricultor da comunidade. A pesquisa iniciou-se em agosto de 2011, com a delimitação da área de estudo e do tema abordado. Em seguida foi realizado o levantamento bibliográfico referente ao tema, bem como as visitas ao campo, oportunidade em que foram realizados os seguintes procedimentos: coleta de dados estatísticos, entrevistas, realização de cobertura fotográfica, aplicação de questionários, etc. Estas etapas foram encerradas no mês de junho de 2012, com a redação do texto e a digitação final. Foi constatada a grande importância que tem a agricultura na produção do espaço geográfico, levando em conta os benefícios e malefícios do processo de modernização da agropecuária, o domínio dos variados gêneros agrícolas na paisagem local e sua importância para a vida econômica, social e cultural da população, principalmente dos pequenos agricultores, onde muitos buscam ajuda no microcrédito do PRONAF, investindo tudo na produção agrícola. Percebeu-se que os agricultores da Comunidade do Sítio Tomé utilizam, na maioria das vezes, práticas rudimentares, porque a dificuldade ao acesso de técnicas agrícolas mais sofisticadas é grande e também por falta de capital. Foi constatada a necessidade de políticas públicas por parte dos governos (Federal, Estadual e Municipal) e mais investimentos que possam beneficiar o pequeno produtor rural. Palavras-Chave: Agricultura, Pequeno Produtor, Culturas de Subsistência.

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ABSTRACT The present work aims to analyze the importance of subsistence agriculture in the Community Site Thomas, city of Mulungu / PB, as part of the Greater Region Agreste and Microregion of Guarabira, based on the means of agricultural production that favors the farmer and his family. From this perspective we designed a study on the economic, social and cultural development experienced by small rural producers, seeking to make a contribution by the results achieved through research, to understand the reality experienced by the community and the construction of a theoretical basis and also statistic that serves as a tool for creating and implementing public policies that will encourage small farmer community. The research began in August 2011 with the delimitation of the study area and subject. Then we performed the literature on the topic, as well as field visits, during which we performed the following procedures: collecting statistical data, interviews, conducting photographic coverage, questionnaires, etc. These steps were closed in June 2012, with the wording of the text and the final typing. It was noted the great importance of agriculture in the production of geographical space, taking into account the benefits and drawbacks of the process of modernization of agriculture, the agricultural area of various genres in the local landscape and its importance for economic, social and cultural population, especially small farmers, where many seek help on microfinance PRONAF, investing everything in agricultural production. It was noticed that the farmers use Community Site Thomas, in most cases, rudimentary practices, because the difficulty to access more sophisticated agricultural techniques is large and also for lack of capital. Study demonstrated the need for public policies by governments (Federal, State and Municipal) and investment that can benefit the small farmer. Keywords: Agriculture, Small Producer, Subsistence crops.

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LISTA DE ANEXOS

Anexo A: Questionário

LISTA DE MAPAS

Mapa 01: Localização do município de Mulungu no Estado da Paraíba

LISTA DE FOTOS

Foto 01: Lavoura de inhame na Comunidade do Sítio Tomé, município de

Mulungu/PB

Foto 02: Lavoura de mandioca na Comunidade do Sítio Tomé, município de

Mulungu/PB

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01: Distribuição do PIB por setores da economia do município de Mulungu

Gráfico 02: Ocupação dos membros das famílias dos produtores rurais/

Comunidade do Sítio Tomé

Gráfico 03: Renda familiar mensal dos produtores rurais/ Comunidade do Sítio

Tomé

Gráfico 04: Mão de obra utilizada pelos produtores rurais/ Comunidade do Sítio

Tomé

Gráfico 05: Destinação da criação de pequenos animais na Comunidade do Sítio

Tomé

Gráfico 06: Percepção do conjunto total dos agricultores em relação as maiores

dificuldades para a agricultura no município

Gráfico 07: Acesso a bens da população rural/ Comunidade do Sítio Tomé

Gráfico 08: Utilização de linhas de crédito pelos agricultores da comunidade do Sítio

Tomé

LISTA DE TABELAS

Tabela 01: Lavoura permanente no município de Mulungu/Paraíba

Tabela 02: Lavoura temporária no município de Mulungu/Paraíba

Tabela 03: Produção da pecuária no município de Mulungu/Paraíba

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Tabela 04: Nível educacional dos membros das famílias dos produtores

rurais/Comunidade do Sítio Tomé

LISTA DE SIGLAS

HAB/KM²: Habitante por Quilômetro Quadrado

IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

MDA: Ministério de Desenvolvimento Agrário

PB: Paraíba

PIB: Produto Interno Bruto

PRONAF: Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar

R$: Símbolo da Moeda Brasileira (Real)

KM²: Quilômetro Quadrado

%:Por cento

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SUMÁRIO

1. Introdução, 12

2. Objetivos, 14

2.1 Geral

2.2 Específicos

3. Materiais e Métodos, 15

4. Revisão de Literatura, 16

4.1 A Produção Agrícola no Brasil, 16

4.2 A Produção Agrícola na Paraíba, 21

4.3 A importância do PRONAF (Programa de Fortalecimento da Agricultura

Familiar), 23

5. Caracterização Geográfica da Área de Estudo, 25

5.1 Situação e Localização, 25

5.2 Perfil da População, 26

5.3 Atividades Econômicas, 26

6. Resultados e Discussões, 29

7. Considerações Finais, 41

8. Referências Bibliográficas, 43

9. Anexos

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1. INTRODUÇÃO

Segundo Santos (2006), em épocas distintas do planeta foram aparecendo

atividades desenvolvidas pelos grupos humanos, pelas quais permitiam a seleção de

sementes, raízes e frutos para o sustento das famílias que partilhavam a vida em um

determinado espaço comum.

A agricultura de subsistência é aquela que tem como principal objetivo a

produção agrícola voltada para o abastecimento alimentício do agricultor e da sua

família. Consiste em todas as atividades e processos de transformação promovidos

pelo homem no meio ambiente que a humanidade tanto precisa, por meio do cultivo

das plantas (OLIVEIRA, 2006, SILVA, 2006).

De acordo com Santos (2007), trata-se de uma atividade realizada em uma

pequena extensão de terra destinada ao cultivo de policulturas, sendo necessária

para a sobrevivência dos grupos familiares que são mantidos pelo trabalho familiar,

no qual o alimento colhido geralmente serve apenas para o sustento dos habitantes

locais.

A agricultura familiar mostrou seu peso na cesta básica do brasileiro, pois é

responsável por 87% da produção nacional de mandioca, 70% da produção de

feijão, 46% do milho, 38% do café, 34% do arroz, 21% do trigo e, na pecuária, 58%

do leite, 59% do plantel se suínos, 50% das aves e 30% dos bovinos, necessários

para a sobrevivência do ser humano (IBGE, Censo Agropecuário, 2006).

Na agricultura de subsistência predominam vários tipos de estrutura agrária,

isto é, a economia agrícola de subsistência é geralmente policultura, que é a

produção de mais de um gênero alimentício, permitindo seu abastecimento em todas

as épocas do ano. Nesse tipo de economia agrícola predominam alguns produtos

como: feijão, trigo, arroz e milho, e alguns tubérculos como: macaxeira, inhame,

batata, entre outros (GOMES, 2005).

De acordo com Batista (2008), a agricultura familiar é muito importante para a

economia do Nordeste. Alguns produtos cultivados como: feijão, milho, fava,

macaxeira, batata, inhame, etc., persistem até hoje como produtos agrícolas que são

considerados importantes no desenvolvimento de sua área de cultivo, dentro do

quadro da agricultura comercial.

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Santos (2006), afirma que no estado da Paraíba a realidade não é diferente,

uma vez que a agricultura de subsistência, a que destinam a produção de milho,

feijão, fava, etc., encontra-se em posição oposta ao agroindustrial, integração da

indústria com o ramo alimentar. Um exemplo que se pode citar é a cultura da cana-

de-açúcar e do abacaxi.

Entre os municípios que sobrevivem da agricultura de subsistência no estado

da Paraíba, Mulungu é identificado por apresenta-la predominantemente, pois a

economia do município tem sua base no setor primário. Por outro lado, os pequenos

agricultores trabalham com poucos investimentos e recursos, dificultando o

desenvolvimento da atividade.

Esta pesquisa monográfica tem como objetivo estudar a comunidade do Sítio

Tomé, uma área de aproximadamente 200 hectares onde 44 famílias residem e

praticam a agricultura de subsistência, plantando principalmente feijão, milho, fava,

mandioca, inhame e batata doce. A área em questão produz com os mínimos de

recursos que dispõem.

A escolha do tema surgiu mediante a necessidade de estudar com mais

detalhes a importância desse segmento para a economia do município. Além disso,

o fato de ser neta de agricultor permitiu um convívio maior com a realidade da

comunidade.

Através desta pesquisa será possível identificar os principais tipos de culturas

tradicionais como o feijão, o milho, a mandioca entre outras, que possibilitam ao

agricultor e a sua família usufruírem dos frutos do trabalho, retirando o sustento para

a sobrevivência do dia a dia.

A agricultura de subsistência é de suma importância em grande parte do país,

porque é através dela que o ser humano e, mais especificamente falando, o

pequeno agricultor, por meio do cultivo de vários produtos agrícolas em pequenas

propriedades rurais, que destina a produção ao consumo doméstico.

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2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

� Analisar a importância da agricultura de subsistência e os meios

utilizados para a produção de alimentos pelos agricultores da

comunidade do Sítio Tomé, município de Mulungu.

2.2 Objetivos Específicos

� Identificar os principais produtos agrícolas cultivados na comunidade,

bem como a época em que os mesmos são plantados;

� Caracterizar os aspectos considerados importantes para a agricultura

de subsistência na comunidade;

� Relacionar as principais dificuldades encontradas pelos agricultores no

tocante à produção de alimentos;

� Compreender o papel das instituições públicas no desenvolvimento

desta atividade;

� Propor melhores métodos de produção agrícola que possam assegurar

a sustentabilidade dessa atividade.

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3. MATERIAIS E MÉTODOS

Para a concretização do estudo foram feitos os seguintes procedimentos, a

saber: organização, leitura e fichamento do material bibliográfico específico;

levantamento, tabulação e análise de dados estatísticos; elaboração de questionário;

trabalhos de campo, oportunidade em que foram realizadas as entrevistas, bem

como a cobertura fotográfica.

O questionário é um meio de obter informações sobre a comunidade. O

mesmo foi aplicado com 20 moradores da comunidade do Sítio Tomé, que tem 44

FAMÍLIAS, correspondendo a aproximadamente 220 HABITANTES. As perguntas

abordaram questões como a qualidade de vida, a renda mensal, a quantidade de

pessoas na casa, o nível de escolarização, se gosta de morar na zona rural, se por

meio da agricultura dá para retirar o sustento a fim de suprir as necessidades do dia

a dia, entre outras.

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4. REVISÃO DE LITERATURA

4.1. A produção agrícola no Brasil

Através da história é possível perceber que grandes transformações sociais,

políticas e econômicas ocorreram no continente europeu a partir da crise do sistema

feudal. Com efeito, o reativamento do comércio e o renascimento urbano

contribuíram para ampliar as conquistas territoriais em uma escala nunca antes

vista. Vários impérios concentraram esforços no tocante às formas ampliadas de

acumulação de capitais (fase da acumulação primitiva).

A partir do pacto colonial, ficou estabelecido que os territórios conquistados

passariam a fornecer produtos minerais, madeiras e alimentos para os mercados

metropolitanos, que por sua vez se encarregariam de suprir as colônias com alguns

bens manufaturados, destinados sobretudo às classes mais favorecidas. A respeito

dessa fase, Moreira et. al. (2006, p.131) escreveu o seguinte:

“Já no início da colonização, a produção agrícola organizou-se sob a hegemonia mercantil, inscrevendo-se no processo de acumulação mundial. Desse modo, ela passou a depender dos mecanismos de mercado e das oscilações do mercado externo ao qual se manteve estreitamente articulada”.

Durante o período da colonização no Brasil, os portugueses não plantavam de

tudo, mas isso aconteceu por opção própria, plantavam o que lhes interessavam,

isto é, produtos agrícolas que visavam seus próprios interesses e não o de satisfazer

a necessidade da população nativa, como afirma Abramovay (1991, p.73):

“Ocorre que os colonizadores optaram por plantar não de tudo, mas exclusivamente o que lhes interessava: algodão, cana-de-açúcar, enfim, produtos que visavam o abastecimento da metrópole, e não a satisfação das necessidades dos que aqui habitavam”.

O autor supracitado acrescentou ainda:

“As safras agrícolas, no capitalismo, vão-se destinar, prioritamente não a quem delas necessita do ponto de vista fisiológico, mas a quem tem condições de pagar o que custam” (p.74 e 75).

Segundo Andrade (2004), quando passaram os primeiros anos de mera

exploração da floresta, foi iniciado pelos portugueses a colonização e a ocupação do

território, desenvolvendo a cultura da cana-de-açúcar. De início ela foi cultivada em

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quase todas as capitanias, só depois é que teve concentração em Pernambuco e na

Bahia.

A cultura da cana-de-açúcar demandava um grande emprego de mão-de-

obra, e um expressivo emprego de capitais, para a implantação dos chamados

engenhos que seriam a verdadeira plantation tropical. Mas para que isso

acontecesse era preciso importar em grande escala escravos, africanos que eram

aqui vendidos aos senhores de engenho. A intensificação da escravidão e o

crescimento populacional provocaram sérios impactos, gerando a necessidade de se

produzir, na área povoada, alimentos que se adaptassem ao clima e ao solo da

colônia, para esta população em crescimento (ANDRADE, 2004).

De acordo com Costa (2010), os portugueses que ali se estabeleceram

encontraram condições bastante favoráveis para a expansão da monocultura

açucareira. A localização da Zona da Mata colaborava para que o tempo e os custos

de transporte do açúcar e de outros produtos em direção aos mercados

metropolitanos fossem reduzidos, isso colocou o Nordeste em uma posição

favorável em relação às demais áreas do litoral. Sem contar que outros fatores de

ordem natural merecem ser destacados como: a presença de um clima tropical,

associado à ocorrência de um solo argiloso de elevada fertilidade natural, mais

especificamente falando de massapê e de uma topografia suave, todos contribuíram

direta ou indiretamente para que as plantações de cana-de-açúcar dessem

resultados satisfatórios.

Diante desse contexto entende-se que:

“Percebe-se, dessa maneira, que a monocultura foi introduzida nas terras do Nordeste de maneira voraz, impiedosa, destruindo tudo o que se encontrava no caminho. Com efeito, a diversidade dos ecossistemas foi rompida pela uniformidade dos canaviais e os espaços coletivos das nações indígenas, anteriormente destinados ao roçado, à pesca, à caça e à coleta, foram suprimidos em nome do processo civilizatório” (COSTA, 2010, p.135).

Segundo Gilberto Freyre (1967) apud Costa (2010), o canavial hoje tão nosso,

tão da paisagem desta sub-região do Nordeste, ficando conhecida de um modo

irônico como a “zona da mata”, entrou aqui como um conquistador em terra inimiga:

matando árvores, secando o mato, expulsando e destruindo os animais e até mesmo

os índios, no qual queria para si toda à força da terra. Somente a cana devia

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rebentar gorda e triunfante do meio de toda essa ruína de vegetação virgem e de

vida nativa esmagada pelo monocultor.

Dessa forma entende-se que:

“Já se conhecia o bastante do Brasil para esperar que nele a cana-de-açúcar dar-se-ia bem. O clima quente e úmido da costa ser-lhe-ia altamente favorável; e quanto à mão-de-obra, contou-se a princípio com os indígenas que, como vimos, eram relativamente numerosos e pacíficos no litoral. Estas perspectivas seriam amplamente confirmadas; o único fator ainda ignorado antes da tentativa, a qualidade do solo, revelar-se-ia surpreendentemente propício, em alguns pontos pelo menos da costa. Foi o caso, particularmente do Extremo-Nordeste, na planície litorânea hoje ocupada pelo Estado de Pernambuco; e do contorno da baía de Todos os Santos (o Recôncavo baiano, como seria chamado). Não seriam, aliás, os únicos: de uma forma geral, toda a costa brasileira prestar-se ao cultivo da cana-de-açúcar” (PRADO JUNIOR, 2004, p.32).

Na intenção de estabelecer um corte temporal e espacial, será feito a partir de

agora uma análise da expansão da grande agricultura em tempos mais recentes,

tendo em vista que o foco principal do estudo será as transformações do universo

rural nos últimos anos.

A partir da segunda metade do século XX, o Brasil começou a vivenciar o

processo de modernização das práticas agrícolas, tendo em vista a implantação de

um padrão tecnológico que teve como base a importação de meios de produção

industriais. Com efeito, alguns agricultores mais capitalizados começaram a utilizar

instrumentos mais sofisticados como forma de garantir a maximização dos lucros, a

redução dos custos e o aumento da produtividade média por hectare (nesse último

aspecto a terra não representa o fator de produção mais importante). Assim como

nos tempos da colonização, os frutos dessa agricultura moderna têm como destino

principal o mercado internacional e, em última instância, o mercado de consumo

interno, como destacam Médici & Almeida (2002, p.06):

“O desenvolvimento econômico que caracterizava a história do nosso país nesse período, também conhecido com pós-guerra, vem contribuindo para as transformações na agricultura nacional: com o intenso processo de urbanização das atividades industriais, tem aumentado acentuadamente a necessidade de produção de alimentos e de matérias-primas originadas na agropecuária, bem como a procura desses produtos para atender ao mercado internacional”.

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Assiste-se assim, a um intenso processo de modernização em várias partes

do território, onde empresas passam a utilizar maquinário (tratores, colheitadeiras,

semeadeiras, aparelhos de irrigação) e outros insumos para a melhoria da produção

(inseticidas, pesticidas, fungicidas, herbicidas), além de sementes cada vez mais

modificadas em laboratórios (espécies de transgênicos, por exemplo).

Diante desse contexto entende-se que:

“(...) um instrumento primordial para a modernização da agricultura foi o amplo emprego das máquinas, insumos químicos e biotecnológicos, fornecidos pela atividade industrial, provocando notáveis metamorfoses, seja na atividade humana voltada para a transformação da natureza, que sofreu um processo intenso de divisão do trabalho, seja na terra, que se transforma cada dia mais de terra-matéria em terra-mercadoria” (ELIAS, 1997, p.02).

O desenvolvimento dessa agricultura moderna provocou profundas alterações

na estrutura fundiária e nos padrões de uso da terra, com fortes repercussões sobre

o meio ambiente.

Ao considerar a realidade vivida pelos países pobres, o próprio Abramovay

ressaltou que apenas os atores sociais hegemônicos tiveram acesso aos benefícios

da modernização. Em suas palavras:

“(...) a pobreza e a fome existiam nos países economicamente atrasados, isto é, naqueles em que a agricultura era tecnologicamente rudimentar, onde as terras produziam menos do que poderiam render caso estivessem sendo trabalhadas de maneira mais sofisticada” (1991, p.77).

Por outro lado, segundo Andrade (1991, p.65) a realidade é bem diferente nos países ricos:

“Nos países temperados, de velhas civilizações, a agricultura moderna, comercial, se sobrepõe à agricultura antiga, de manutenção, provocando modificações sensíveis na paisagem e na estrutura agrária. A policultura de manutenção vai sendo substituída pela agricultura especializada de mercado. Grandes investimentos são feitos com o emprego de adubos químicos, da mecanização, da racionalização da coleta e do uso do adubo orgânico, com a construção de estábulos, de solos, de armazéns e de uma rede de estradas que permite o escoamento da produção agrícola e a chegada ao campo dos produtos da cidade”.

No Brasil, existem muitos estabelecimentos enquadrados na categoria da

agricultura familiar, nos quais são representados por inúmeras famílias que

trabalham em suas terras, preparando-as para que a mesma possa fornecer o

alimento necessário à sobrevivência do ser humano.

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“No Censo Agropecuário 2006, foram identificados 4.367.902 estabelecimentos da agricultura familiar, o que representa 84,4% dos estabelecimentos brasileiros. Este numeroso contingente de agricultores familiares ocupava uma área de 80,25 milhões de hectares, ou seja, 24,3% da área ocupada pelos estabelecimentos agropecuários brasileiros” (IBGE, Censo Agropecuário, 2006).

O Brasil sempre foi considerado um país onde a desigualdade é enorme, seja

no aspecto social, econômico, dentre outros. Quando se trata da questão fundiária

também não diferente, pois existem muitos trabalhadores ocupando pouca terra. Em

outras palavras, a grande maioria dos agricultores familiares detém uma pequena

proporção de terras, isto é, a maior parte concentra-se nas mãos dos que podem

pagar e não daqueles que mais necessitam.

A agricultura familiar no Brasil representa uma importância grandiosa, pois a

mesma é responsável por grande parte da produção de alimentos no país,

abastecendo inclusive a mesa da população. Por outro lado, a produção gerada

pelos grandes estabelecimentos rurais (agronegócio) acaba sendo destinada ao

abastecimento do mercado externo.

Para se ter uma ideia mais clara da importância da agricultura familiar, torna-

se oportuno considerar os dados a seguir:

“(...) a participação da agricultura familiar em algumas culturas selecionadas: produziam 87,0% da produção nacional de mandioca, 70,0% da produção de feijão (sendo 77,0% do feijão-preto, 84,0% do feijão-fradinho, caupi, de corda ou macáçar e 54,0% do feijão de cor), 46,0% do milho, 38,0% do café (parcela constituída por 55,0% do tipo robusta ou conilon e 34,0% do arábica), 34,0% do arroz, 58,0% do leite (composta por 58,0% do leite de vaca e 67,0% do leite de cabra), possuíam 59,0% do plantel de suínos, 50,0% do plantel de aves, 30,0% dos bovinos e produziam 21,0% do trigo. A cultura com menor participação da agricultura familiar foi a soja (16,0%), um dos principais produtos da pauta de exportação brasileira” (IBGE, Censo Agropecuário, 2006).

Mesmo diante deste cenário, percebe-se que a maior parte dos agricultores

executam suas práticas agrícolas de forma manual, enquanto que outros têm certa

assistência técnica, utilizando também algumas máquinas necessárias ao

desenvolvimento da produção agrícola.

Segundo Buainainet al (2003), afirma que a agricultura familiar no Brasil

respondia por 38,9% do PIB agrícola do Brasil, mas apenas 16% dos agricultores

familiares tinham certa assistência técnica. A partir do ano de 1996, 38% dos

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21

mesmos tinham uma área inferior a 5 há, onde 50% usavam tecnologia manual e

apenas 25% usavam trator. Isto é, havia limitações tanto de terra como de

tecnologia e de financiamento, que impediam um melhor desempenho desse

segmento dentro o contexto da agricultura do país.

4.2. A produção agrícola na Paraíba

Na Paraíba, o espaço agrário sempre sofreu exploração, no qual isto

aconteceu desde o início da colonização pelos portugueses, fazendo com que o

pequeno agricultor paraibano passasse dificuldades ao tentar cultivar seus produtos

agrícolas.

“O espaço agrário paraibano, desde o início da colonização portuguesa, tem-se constituído em um espaço de exploração. (...) as formas de exploração têm sofrido alterações ao longo do tempo, à medida que o espaço agrário evolui e se reestrutura. O escravo, o morador, o boia-fria, são expressões diversas a diferentes momentos do processo de acumulação do capital na agricultura” (MOREIRA & TARGINO, 1997, p.19).

Logo no início o espaço agrário paraibano foi caracterizado pela expansão da

grande lavoura canavieira, tendo a faixa da Zona da Mata como principal área de

cultivo. A região agrestina, por sua vez, passou a ser ocupada posteriormente com a

agricultura de subsistência, destacando-se principalmente o milho, o feijão, a

mandioca, alimentos estes destinados ao abastecimento da população da Zona da

Mata.

“A agricultura de subsistência complementada pelo criatório (voltado para o autoconsumo) foram o suporte do processo inicial de organização do espaço agrário agrestino” (MOREIRA& TARGINO, 1997, p.80).

No Agreste paraibano, além das culturas citadas anteriormente, destacam-se

ainda importantes culturas comerciais, como a do algodão, a do sisal, a do café, a

da cana, entre outras.

“Além do algodão, outras culturas comerciais contribuíam para a afirmação do Agreste como região policultora por excelência. São exemplos: o café, o sisal, a cana, o fumo, entre outros” (MOREIRA & TARGINO, 1997, p.81 e 82).

Desde os primórdios da organização do espaço agrário regional, o Agreste

vem produzindo a pequena produção de alimentos, na qual vinha se desenvolvendo

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22

como uma atividade complementar, e que era produzida por moradores e pequenos

proprietários de terra que habitavam no local.

“Presente no Agreste desde os primórdios da organização do espaço agrário regional, a pequena produção de alimento se constituiu sempre uma atividade complementar” (MOREIRA& TARGINO, 1997, p.96).

Nesse importante contexto vale ressaltar a figura do pequeno produtor rural,

trabalhador este que representa a base de toda essa engrenagem, mas que não

conta com o devido respeito por porte dos governos. Esse fato colabora para

acentuar ainda mais as precárias condições de vida e trabalho no campo, de modo

que é facilmente percebido situações de abandono e exploração: péssimas

condições de habitação, educação, saúde, renda, etc.

“O nível de pobreza em que se encontra a grande maioria dos trabalhadores rurais não é tolerável para uma sociedade que se diz democrata e alicerçada no princípio da cidadania. Por outro, a implementação de uma política para o setor agropecuário que completasse mecanismos eficientes do estímulo à produção, com uma ação mais efetiva sobre a estrutura agrária, com certeza poderia contribuir para a manutenção do emprego e fixação do trabalhador na terra” (MOREIRA& TARGINO, 1997, p.270).

Segundo Rodriguez (2002, p.57):

“Apesar de constituir a atividade econômica mais importante para o Estado, à agricultura paraibana apresenta uma produtividade muito baixa, principalmente no que se refere à produção de alimentos para o consumo interno, como o feijão, o milho e a mandioca. Essa baixa produtividade deve-se, primeiramente, aos métodos rudimentares utilizados, a saber: as queimadas, a ausência de práticas de conservação do solo e de combate à erosão, o pouco uso de fertilizantes, a fraca difusão de sementes selecionadas, a falta de tecnologia moderna, etc”.

Ainda de acordo com a autora, a agricultura é uma das atividades econômicas

de grande importância para o estado da Paraíba, mas que apresenta uma

produtividade muito baixa. Mas essa baixa produtividade ocasionada pelas práticas

rudimentares utilizadas pelos agricultores como: as queimadas, a ausência de

tecnologia moderna, a pouca utilização de fertilizantes, entre outros fatores,

contribuindo para uma produção agrícola muito pequena (RODRIGUEZ, 2002).

A agricultura paraibana precisa de mais investimentos por parte dos poderes

públicos (federal, estadual e municipal), para que a mesma se desenvolva de

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23

maneira satisfatória em todo o estado, gerando renda e emprego a todos aqueles

que dela sobrevive.

4.3. A importância do PRONAF (Programa de Fortalecimento da Agricultura

Familiar) para a agricultura familiar

O Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) foi criado

para dar assistência aos pequenos agricultores no que diz respeito à agricultura de

subsistência. Através do PRONAF é possível o agricultor intensificar a sua produção

agrícola visando uma melhoria na qualidade de vida da sua família (RODRIGUES et

al., 2003). Também com o apoio do PRONAF é possível que os agricultores tenham

uma ligação direta com o mercado consumidor, vendendo seus produtos agrícolas

de acordo com o valor adequado, desenvolvendo uma produção agrícola

satisfatória.

“O PRONAF surge numa época (1995) na qual o elevado custo e a escassez de crédito eram apontados como os problemas principais enfrentados pelos agricultores, em particular os familiares. Após 10 anos de execução não cabe nenhuma dúvida que o programa se estendeu de forma considerável por todo o território nacional, ampliou o montante financiado, desenvolveu programas especiais para atender diversas categorias, assumiu a assistência técnica e reforçou a infraestrutura tanto dos próprios agricultores como dos munícipios em que se encontra” (GUANZIROLI, 2007, p. 03).

Para Buainainet al. (2003, p. 04):

“O produtor familiar, quando recebe apoio suficiente, é capaz de produzir uma renda total, incluindo a de autoconsumo, superior ao custo de oportunidade do trabalho. Nesse sentido, não são corretas as analogias com a situação nos países desenvolvidos, onde as remunerações obtidas com atividades não agrícolas elevam a renda média do setor rural porque, aqui, o potencial de geração de renda do setor agrícola familiar está longe de ser plenamente utilizado (...)”.

O PRONAF é de suma importância para o desenvolvimento da agricultura

familiar, pois o mesmo oferece subsídios para que a produção agrícola se

desenvolva de forma satisfatória e para que os agricultores possam investir em suas

terras, obtendo assim melhores rendimentos.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), além das

formas convencionais de financiamento do Pronaf, que variam de acordo com o

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24

limite financiado e, consequentemente, a taxa de juros praticada, o programa

disponibiliza linhas específicas para atender às especificidades dos agricultores.

Cada uma dessas linhas específicas define em que o investimento deve ser

direcionado (BRASIL, 2012).

Para que o agricultor familiar tenha acesso ao crédito do PRONAF, é

necessário procurar o órgão responsável do governo federal, para que envie seus

dados pessoais e para que a sua linha de crédito possa ser aprovada, de acordo

com sua renda mensal. De posse do recurso financeiro, o mesmo deverá investir

completamente na sua produção agrícola.

“Em suma, a maior destinação de recursos do Pronaf aos agricultores mais especializados e de rendas mais altas (entre os agricultores familiares) é coerente com a realidade da agricultura familiar e com a demanda de crédito existente entre as diferentes categorias. Essa demanda, uma vez atendida, logicamente acabou sendo investida preferencialmente em produtos da monocultura como soja, milho e fumo em regiões desenvolvidas do país (Sul e Centro-Oeste)” (GUANZIROLI, 2007, p. 10).

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, a abrangência do

Pronaf é extensa, pois em 1999/2000 abrangia 3.403 municípios, passando para

4.539 no ano seguinte e ainda em 2007/2008, foram atendidos 5,379 municípios,

representando um crescimento de 58% em relação à 1999/2000 (BRASIL, 2012).

Segundo informações do MDA, a operacionalização do microcrédito rural é

feita com recursos do Tesouro Nacional e dos Fundos Constitucionais do Norte,

Nordeste e Centro-Oeste, oferecendo bônus de adimplência sobre cada parcela da

dívida paga até o vencimento e ainda é ofertada uma taxa de juros de 0,5% ao ano e

um prazo de reembolso de até dois anos para cada financiamento (BRASIL, 2012).

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5. CARACTERIZAÇÃO GEOGRÁFICA DA ÁREA DE ESTUDO

5.1 Situação e Localização

entre os paralelos de 6º e 8º graus de latitude sul, e entre os meridianos de 34º e 38º

graus de longitude oeste, portanto incluído na Zona Tropical (RODRIGUEZ, 2002).

Tem uma área de 56.469.466 km², com uma população de 3.766.528 habitantes e

uma densidade demográfica de 66,70 hab/km². O mesmo faz limites com o Rio

Grande do Norte, ao norte, com o oceano Atlântico, a leste, com o Ceará, a oeste e

com Pernambuco, ao sul (IBGE, 2010).

população de 9.469 habitantes e uma densidade demográfica de 48,48 hab/km².

Sendo um dos maiores municípios em extensão do Estado da Paraíba, está a 98 km

da capital João Pessoa, com latitude 7º01’28’’ sul e longitude 35º27’43’’ oeste. O

mesmo faz limites c

Mari, a leste, Alagoa Grande, a oeste e Gurinhém e Caldas Brandão, ao sul. O

município faz parte da Mesorregião do Agreste e da Microrregião de Guarabira.

5. CARACTERIZAÇÃO GEOGRÁFICA DA ÁREA DE ESTUDO

5.1 Situação e Localização

O Estado da Paraíba está localizado na porção oriental da região

entre os paralelos de 6º e 8º graus de latitude sul, e entre os meridianos de 34º e 38º

graus de longitude oeste, portanto incluído na Zona Tropical (RODRIGUEZ, 2002).

Tem uma área de 56.469.466 km², com uma população de 3.766.528 habitantes e

a densidade demográfica de 66,70 hab/km². O mesmo faz limites com o Rio

Grande do Norte, ao norte, com o oceano Atlântico, a leste, com o Ceará, a oeste e

com Pernambuco, ao sul (IBGE, 2010).

O município de Mulungu possui uma área de 195,313 km², com uma

opulação de 9.469 habitantes e uma densidade demográfica de 48,48 hab/km².

Sendo um dos maiores municípios em extensão do Estado da Paraíba, está a 98 km

da capital João Pessoa, com latitude 7º01’28’’ sul e longitude 35º27’43’’ oeste. O

mesmo faz limites c

Mari, a leste, Alagoa Grande, a oeste e Gurinhém e Caldas Brandão, ao sul. O

município faz parte da Mesorregião do Agreste e da Microrregião de Guarabira.

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Rio de Janeiro, 2011.

5. CARACTERIZAÇÃO GEOGRÁFICA DA ÁREA DE ESTUDO

5.1 Situação e Localização

O Estado da Paraíba está localizado na porção oriental da região

entre os paralelos de 6º e 8º graus de latitude sul, e entre os meridianos de 34º e 38º

graus de longitude oeste, portanto incluído na Zona Tropical (RODRIGUEZ, 2002).

Tem uma área de 56.469.466 km², com uma população de 3.766.528 habitantes e

a densidade demográfica de 66,70 hab/km². O mesmo faz limites com o Rio

Grande do Norte, ao norte, com o oceano Atlântico, a leste, com o Ceará, a oeste e

com Pernambuco, ao sul (IBGE, 2010).

O município de Mulungu possui uma área de 195,313 km², com uma

opulação de 9.469 habitantes e uma densidade demográfica de 48,48 hab/km².

Sendo um dos maiores municípios em extensão do Estado da Paraíba, está a 98 km

da capital João Pessoa, com latitude 7º01’28’’ sul e longitude 35º27’43’’ oeste. O

mesmo faz limites com os municípios de Alagoinha, Guarabira e Araçagi, ao norte,

Mari, a leste, Alagoa Grande, a oeste e Gurinhém e Caldas Brandão, ao sul. O

município faz parte da Mesorregião do Agreste e da Microrregião de Guarabira.

Mapa 01: Localização do município de

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Rio de Janeiro, 2011.

5. CARACTERIZAÇÃO GEOGRÁFICA DA ÁREA DE ESTUDO

5.1 Situação e Localização

O Estado da Paraíba está localizado na porção oriental da região

entre os paralelos de 6º e 8º graus de latitude sul, e entre os meridianos de 34º e 38º

graus de longitude oeste, portanto incluído na Zona Tropical (RODRIGUEZ, 2002).

Tem uma área de 56.469.466 km², com uma população de 3.766.528 habitantes e

a densidade demográfica de 66,70 hab/km². O mesmo faz limites com o Rio

Grande do Norte, ao norte, com o oceano Atlântico, a leste, com o Ceará, a oeste e

com Pernambuco, ao sul (IBGE, 2010).

O município de Mulungu possui uma área de 195,313 km², com uma

opulação de 9.469 habitantes e uma densidade demográfica de 48,48 hab/km².

Sendo um dos maiores municípios em extensão do Estado da Paraíba, está a 98 km

da capital João Pessoa, com latitude 7º01’28’’ sul e longitude 35º27’43’’ oeste. O

om os municípios de Alagoinha, Guarabira e Araçagi, ao norte,

Mari, a leste, Alagoa Grande, a oeste e Gurinhém e Caldas Brandão, ao sul. O

município faz parte da Mesorregião do Agreste e da Microrregião de Guarabira.

Mapa 01: Localização do município de

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Rio de Janeiro, 2011.

5. CARACTERIZAÇÃO GEOGRÁFICA DA ÁREA DE ESTUDO

O Estado da Paraíba está localizado na porção oriental da região

entre os paralelos de 6º e 8º graus de latitude sul, e entre os meridianos de 34º e 38º

graus de longitude oeste, portanto incluído na Zona Tropical (RODRIGUEZ, 2002).

Tem uma área de 56.469.466 km², com uma população de 3.766.528 habitantes e

a densidade demográfica de 66,70 hab/km². O mesmo faz limites com o Rio

Grande do Norte, ao norte, com o oceano Atlântico, a leste, com o Ceará, a oeste e

com Pernambuco, ao sul (IBGE, 2010).

O município de Mulungu possui uma área de 195,313 km², com uma

opulação de 9.469 habitantes e uma densidade demográfica de 48,48 hab/km².

Sendo um dos maiores municípios em extensão do Estado da Paraíba, está a 98 km

da capital João Pessoa, com latitude 7º01’28’’ sul e longitude 35º27’43’’ oeste. O

om os municípios de Alagoinha, Guarabira e Araçagi, ao norte,

Mari, a leste, Alagoa Grande, a oeste e Gurinhém e Caldas Brandão, ao sul. O

município faz parte da Mesorregião do Agreste e da Microrregião de Guarabira.

Mapa 01: Localização do município de da Paraíba.

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Rio de Janeiro, 2011.

5. CARACTERIZAÇÃO GEOGRÁFICA DA ÁREA DE ESTUDO

O Estado da Paraíba está localizado na porção oriental da região

entre os paralelos de 6º e 8º graus de latitude sul, e entre os meridianos de 34º e 38º

graus de longitude oeste, portanto incluído na Zona Tropical (RODRIGUEZ, 2002).

Tem uma área de 56.469.466 km², com uma população de 3.766.528 habitantes e

a densidade demográfica de 66,70 hab/km². O mesmo faz limites com o Rio

Grande do Norte, ao norte, com o oceano Atlântico, a leste, com o Ceará, a oeste e

O município de Mulungu possui uma área de 195,313 km², com uma

opulação de 9.469 habitantes e uma densidade demográfica de 48,48 hab/km².

Sendo um dos maiores municípios em extensão do Estado da Paraíba, está a 98 km

da capital João Pessoa, com latitude 7º01’28’’ sul e longitude 35º27’43’’ oeste. O

om os municípios de Alagoinha, Guarabira e Araçagi, ao norte,

Mari, a leste, Alagoa Grande, a oeste e Gurinhém e Caldas Brandão, ao sul. O

município faz parte da Mesorregião do Agreste e da Microrregião de Guarabira.

Mapa 01: Localização do município de Mulungu no Estadoda Paraíba.

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Rio de Janeiro, 2011.

5. CARACTERIZAÇÃO GEOGRÁFICA DA ÁREA DE ESTUDO

O Estado da Paraíba está localizado na porção oriental da região

entre os paralelos de 6º e 8º graus de latitude sul, e entre os meridianos de 34º e 38º

graus de longitude oeste, portanto incluído na Zona Tropical (RODRIGUEZ, 2002).

Tem uma área de 56.469.466 km², com uma população de 3.766.528 habitantes e

a densidade demográfica de 66,70 hab/km². O mesmo faz limites com o Rio

Grande do Norte, ao norte, com o oceano Atlântico, a leste, com o Ceará, a oeste e

O município de Mulungu possui uma área de 195,313 km², com uma

opulação de 9.469 habitantes e uma densidade demográfica de 48,48 hab/km².

Sendo um dos maiores municípios em extensão do Estado da Paraíba, está a 98 km

da capital João Pessoa, com latitude 7º01’28’’ sul e longitude 35º27’43’’ oeste. O

om os municípios de Alagoinha, Guarabira e Araçagi, ao norte,

Mari, a leste, Alagoa Grande, a oeste e Gurinhém e Caldas Brandão, ao sul. O

município faz parte da Mesorregião do Agreste e da Microrregião de Guarabira.

Mulungu no Estado

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Rio de Janeiro, 2011.

O Estado da Paraíba está localizado na porção oriental da região

entre os paralelos de 6º e 8º graus de latitude sul, e entre os meridianos de 34º e 38º

graus de longitude oeste, portanto incluído na Zona Tropical (RODRIGUEZ, 2002).

Tem uma área de 56.469.466 km², com uma população de 3.766.528 habitantes e

a densidade demográfica de 66,70 hab/km². O mesmo faz limites com o Rio

Grande do Norte, ao norte, com o oceano Atlântico, a leste, com o Ceará, a oeste e

O município de Mulungu possui uma área de 195,313 km², com uma

opulação de 9.469 habitantes e uma densidade demográfica de 48,48 hab/km².

Sendo um dos maiores municípios em extensão do Estado da Paraíba, está a 98 km

da capital João Pessoa, com latitude 7º01’28’’ sul e longitude 35º27’43’’ oeste. O

om os municípios de Alagoinha, Guarabira e Araçagi, ao norte,

Mari, a leste, Alagoa Grande, a oeste e Gurinhém e Caldas Brandão, ao sul. O

município faz parte da Mesorregião do Agreste e da Microrregião de Guarabira.

Mulungu no Estado

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Rio de Janeiro, 2011.

25

O Estado da Paraíba está localizado na porção oriental da região Nordeste,

entre os paralelos de 6º e 8º graus de latitude sul, e entre os meridianos de 34º e 38º

graus de longitude oeste, portanto incluído na Zona Tropical (RODRIGUEZ, 2002).

Tem uma área de 56.469.466 km², com uma população de 3.766.528 habitantes e

a densidade demográfica de 66,70 hab/km². O mesmo faz limites com o Rio

Grande do Norte, ao norte, com o oceano Atlântico, a leste, com o Ceará, a oeste e

O município de Mulungu possui uma área de 195,313 km², com uma

opulação de 9.469 habitantes e uma densidade demográfica de 48,48 hab/km².

Sendo um dos maiores municípios em extensão do Estado da Paraíba, está a 98 km

da capital João Pessoa, com latitude 7º01’28’’ sul e longitude 35º27’43’’ oeste. O

om os municípios de Alagoinha, Guarabira e Araçagi, ao norte,

Mari, a leste, Alagoa Grande, a oeste e Gurinhém e Caldas Brandão, ao sul. O

município faz parte da Mesorregião do Agreste e da Microrregião de Guarabira.

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Rio de Janeiro, 2011.

25

Nordeste,

entre os paralelos de 6º e 8º graus de latitude sul, e entre os meridianos de 34º e 38º

graus de longitude oeste, portanto incluído na Zona Tropical (RODRIGUEZ, 2002).

Tem uma área de 56.469.466 km², com uma população de 3.766.528 habitantes e

a densidade demográfica de 66,70 hab/km². O mesmo faz limites com o Rio

Grande do Norte, ao norte, com o oceano Atlântico, a leste, com o Ceará, a oeste e

O município de Mulungu possui uma área de 195,313 km², com uma

opulação de 9.469 habitantes e uma densidade demográfica de 48,48 hab/km².

Sendo um dos maiores municípios em extensão do Estado da Paraíba, está a 98 km

da capital João Pessoa, com latitude 7º01’28’’ sul e longitude 35º27’43’’ oeste. O

om os municípios de Alagoinha, Guarabira e Araçagi, ao norte,

Mari, a leste, Alagoa Grande, a oeste e Gurinhém e Caldas Brandão, ao sul. O

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5.2 Perfil da População

A população total do município é de 9.469 habitantes, distribuída entre a zona

urbana (4.536 habitantes) e a zona rural (4.933 habitantes) (IBGE, 2010). Cerca de

57% dessa população encontra-se na situação de pobreza (IBGE, 2003).

No ano de 2009 foram feitas 1.726 matrículas no Ensino Fundamental, sendo

573 na escola pública estadual e 1.153 na escola pública municipal. Já no Ensino

Médio foram feitas 279 matrículas, todas na escola pública estadual e 254

matrículas no Ensino Pré-Escolar, na escola pública municipal (IBGE, 2010).

5.3 Atividades Econômicas

Dentre as atividades econômicas do município destaca-se o setor primário,

secundário e terciário. No setor primário destacam-se a agricultura e a pecuária

extensiva. No setor secundário destacam-se as indústrias e no setor terciário

destacam-se os serviços públicos.

De acordo com o IBGE (2009), o Produto Interno Bruto (PIB) do município

com relação aos produtos da agropecuária foi de 5.629 mil reais, da indústria foi de

4.855 reais e dos serviços foi de 26.354 mil reais. Mesmo sendo um município com

uma área territorial rural bastante extensa, percebe-se que a agricultura não se

destaca tanto na década de 1960, pois no início dos anos 80 o algodão teve grande

destaque, mas a praga do bicudo acabou esta cultura, desmotivando os agricultores

que tiveram grandes prejuízos.

Hoje as culturas de subsistência como feijão, milho, mandioca, entre outras

ainda formam a base econômica da maioria das famílias deste município, até

mesmo por ser um município rural, ou seja, com mais de 50% de sua população

morando no campo.

Com relação à lavoura permanente (Tabela 01), percebe-se que alguns

produtos destacam-se mais do que outros, como por exemplo, o coco-da-baía que

teve um rendimento médio de sua produção de 7.500 frutos por hectare e a banana

(cacho) que teve um rendimento médio de sua produção de 12.000 quilogramas por

hectare, ambas se desenvolveram melhor do que as outras.

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Produtos Quantidade produzida

Valor da produção

Área plantada

Área colhida

Rendimento médio da produção

Castanha de caju 3 toneladas 3 mil reais 10

hectares 10

hectares 300 quilogramas

por hectare Coco-da-

baía 120 mil frutos 30 mil reais 16 hectares

16 hectares

7.500 frutos por hectare

Banana (cacho)

24 toneladas 12 mil reais 2 hectares 2 hectares

12.000 quilogramas por

hectare

Laranja 30 toneladas 9 mil reais 5 hectares 5

hectares 6.000 quilogramas

por hectare

Tabela 01: Lavoura Permanente no Município de Mulungu/Paraíba. Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Produção Agrícola Municipal do Estado da Paraíba. Rio de Janeiro: IBGE, 2010.

Com relação à lavoura temporária (Tabela 02) destacam-se alguns produtos

agrícolas como o abacaxi que rendeu em média 25 mil frutos por hectare e a

mandioca que rendeu 8 mil quilogramas por hectare plantado, ambos consideradas

as lavouras mais importantes em grande parte da zona rural do município.

Produtos Quantidade produzida

Valor da produção

Área plantada

Área colhida

Rendimento médio da produção

Abacaxi 225 mil frutos 180 mil reais 9 hectares 9

hectares 25.000 mil frutos

por hectare Batata-doce 24 toneladas 22 mil reais 4 hectares

4 hectares

6.000 quilogramas por hectare

Feijão (em grão) 27 toneladas 74 mil reais

110 hectares

35 hectares

771 quilogramas por hectare

Mandioca 2.000

toneladas 300 mil reais 250

hectares 250

hectares 8.000 quilogramas

por hectare Milho (em

grão) 30 toneladas 16 mil reais 120

hectares 120

hectares 250 quilogramas

por hectare

Tabela 02: Lavoura Temporária no Município de Mulungu/Paraíba. Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Produção Agrícola Municipal do Estado da Paraíba. Rio de Janeiro: IBGE, 2010.

Além da agricultura destaca-se também a pecuária extensiva, com a criação

de bovinos, caprinos, suínos, ovinos, equinos, asininos, muares, dentre outros

animais, como mostra a (Tabela 03). Em toda zona rural do município e até mesmo

na zona urbana, as famílias criam vários animais. Alguns se destacam mais do que

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outros, como por exemplo, galos, frangas, frangos e pintos, tendo um maior

desenvolvimento da criação no município.

Animais Quantidade Bovinos 8.359 cabeças Equinos 488 cabeças Asininos 88 cabeças Muares 55 cabeças Suínos 659 cabeças

Caprinos 708 cabeças Ovinos 2.430 cabeças

Galos, frangas, frangos e pintos 150.618 cabeças Codornas 15.000 cabeças Galinhas 6.945 cabeças

Vacas ordenhadas 1.750 cabeças Leite de vaca 1.457 mil litros

Ovos de galinha 49 mil dúzias Ovos de codorna 313 mil dúzias

Mel de abelha 400 kg

Tabela 03: Produção da Pecuária no Município de Mulungu/Paraíba. Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Produção da Pecuária do Estado da Paraíba. Rio de Janeiro: IBGE, 2010.

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29

6. RESULTADOS E DISCUSSÕES

A partir desse capítulo serão apresentados os resultados e as discussões,

obtidos através da pesquisa de campo realizada com os agricultores da Comunidade

do Sítio Tomé. Segundo os dados fornecidos pelo IBGE (2009), apresentados

abaixo, referentes ao PIB (Produto Interno Bruto) do município de Mulungu/PB no

ano de 2009, pode-se perceber que as atividades com maior volume econômico são

aquelas relacionadas com o setor terciário. As atividades primárias ocupam a

segunda posição, com destaque para a agricultura e a pecuária e, por último, o setor

secundário. Ainda de acordo com o órgão citado acima, a renda per capitada

população do município foi de 3.920,55, em 2009.

Elaborado com base em:

IBGE, Produto Interno Bruto dos Municípios, 2009. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. Organizado pela autora.

Apesar das atividades primárias ocuparem o segundo lugar no PIB do

município, elas vêm se destacando em toda zona rural, pela grande importância

para a população local e até mesmo para o consumo diário das famílias que retiram

da agricultura o alimento necessário à vida.

Grande parte das famílias residentes na comunidade se dedica a produção

agrícola e os chefes de família têm em média 60 anos. A alta média em anos dos

chefes de famílias (40% dos entrevistados) mostra que muitos dos agricultores já

estão aposentados, mas ainda continuam trabalhando na agricultura. Inúmeros

5.6290

4.855

26.354

1 2 3

Gráfico 01: Distribuição do PIB por setores da economia do município de Mulungu

Atividades primárias Atividades secundárias Atividades terciárias

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30

motivos levam esses agricultores a continuarem o trabalho no campo, como por

exemplo, plantar alimentos a fim de suprir a necessidade alimentícia da própria

família, complementar a renda familiar, a relação afetiva e cultural homem - terra, o

trabalho como uma forma de prazer e de certa forma preservar a saúde, são alguns

dos motivos que esses homens e mulheres continuam exercendo a atividade

agrícola. Para se ter um melhor entendimento, é bom observar a reposta do senhor

José Laurentino da Silva, agricultor de 82 anos de idade, quando perguntado por

que apesar da idade avançada ainda continua trabalhando no campo?

“Desde menino sempre trabalhei no campo e não tive a oportunidade de exercer outra profissão a não ser a de agricultor e hoje mesmo com toda essa idade ainda continuo trabalhando na lavoura, é uma forma de ocupar meu tempo, porque eu não conseguiria ficar sem fazer nada e porque gosto de trabalhar na agricultura”.

De acordo com os dados levantados na pesquisa, com relação a ocupação

dos membros das famílias, em que os chefes das mesmas têm como principal

atividade a agricultura e/ou a pecuária, é apresentado no gráfico 02. Concluiu-se que

entre as famílias, 60% dos membros destas têm sua principal ocupação o trabalho

nas atividades do campo e que entre os 30% dos que têm sua ocupação nos

estudos, só 5% desses trabalham na agricultura. O que também chama a atenção é

que pouquíssimas pessoas trabalham em outras atividades, o que reflete baixo nível

de qualificação técnica, profissional e acadêmica (Tabela 04), imposta a população

do campo pelo sistema capitalista de produção.

Fonte: Dados colhidos nas pesquisas de campo.

Maio e junho de 2012.

60%

30%

10% 10%0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

Trabalham na

agricultura

e/ou pecuária

Estuda Trabalha em

outra atividade

Estuda e

trabalha na

agricultura

e/ou pecuária

5%

Não tem

ocupação

Gráfico 02: Ocupação dos membros das famílias dos produtores rurais/ Comunidade do Sítio Tomé

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Tabela 04– Nível educacional dos membros das famílias de produtores rurais/Comunidade do

Sítio Tomé

Concluíram o ensino fundamental menor 1,4%

Concluíram o ensino fundamental 9,0%

Concluíram o ensino médio 3,0%

Concluíram o ensino superior 4,0%

Cursaram programas de alfabetização de jovens e adultos 9,0%

Cursaramcurso técnico de qualificação 0%

Nunca frequentaram nem um tipo de ensino 0%

Não tem Idade escolar 73,6%

Fonte: Dados colhidos na pesquisa de campo. Maio e Junho de 2012.

Através da pesquisa foi possível perceber que a renda familiar é outro fator

importante para a comunidade em estudo, mas que a mesma está diretamente

ligada ao nível educacional e com as atividades desempenhadas pelos membros da

família. Como foi verificado na Tabela 04, o índice de estudo é muito baixo, fato que

hipoteticamente diminuiria a renda familiar dos pequenos agricultores, mas que 60%

das pessoas que constituem as famílias do campo têm como atividade econômica a

agricultura e/ou a pecuária (Gráfico 02).

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Fonte: Dados colhidos nas pesquisas de campo.

Maio e Junho de 2012. OBS: O valor do salário mínimo na época da pesquisa era igual a R$ 622,00.

Entrevistados: 20 moradores.

Percebe-se que a maioria das famílias sobrevive com uma renda mensal que

varia de um a dois salários mínimos e outras sobrevivem com uma renda de meio

salário mínimo por mês, enfrentando algumas dificuldades no dia a dia. Já a minoria

das famílias tem uma renda mensal que supera três salários mínimos. Através da

pesquisa de campo foi possível perceber que a realidade da comunidade em estudo

é a mesma de todas as outras comunidades rurais que fazem parte do município de

Mulungu, porque a maioria das famílias retira seu sustento diário da produção das

atividades agrícolas e/ou da pecuária (Gráfico 03).

As principais lavouras temporárias plantadas na comunidade são milho, feijão,

fava, batata-doce, inhame e mandioca (Fotos 01 e 02), entre as permanentes

aparecem o coco-da-baía, a banana e a laranja (IBGE, 2010). Para 90% dos

agricultores, a mandioca é a principal lavoura, pois a mesma é utilizada para a

alimentação diária e para a venda do excedente, uma forma de complementar a

renda mensal da família, destacando-se assim entre as demais culturas praticadas

na comunidade. A lavoura da mandioca é praticada pelos pequenos produtores

rurais, que chegam a plantar de dois a três hectares por ano.

5%

15%

45%

10%

20%

5%

Não tem

renda

Ganham até

1/2 SM

Ganham de

1/2 a 1 SM

Ganham de 1

a 2 SM

Ganham de 2

a 3 SM

Ganham mais

de 3 SM

Gráfico 03: Renda familiar mensal dos produtores rurais/ Comunidade do Sítio Tomé

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agrícola são: enxada, enchadeco, foice, machado, chibanca, cultivador (instrumento

utilizado pela força animal bovi

pouca utilização, pois o mesmo só é usado no “corte da terra”, principalmente na

Os instrumentos utilizados pelos agricultores para realizar sua atividade

agrícola são: enxada, enchadeco, foice, machado, chibanca, cultivador (instrumento

utilizado pela força animal bovi

pouca utilização, pois o mesmo só é usado no “corte da terra”, principalmente na

Os instrumentos utilizados pelos agricultores para realizar sua atividade

agrícola são: enxada, enchadeco, foice, machado, chibanca, cultivador (instrumento

utilizado pela força animal bovi

pouca utilização, pois o mesmo só é usado no “corte da terra”, principalmente na

Foto 01: Plantação de inhame.Fonte: Arquivo pessoal da autora.

Maio e Junho de 2012.

Foto 02: Plantação de Fonte: Arquivo pessoal da autora.

Maio e Junho de 2012.

Os instrumentos utilizados pelos agricultores para realizar sua atividade

agrícola são: enxada, enchadeco, foice, machado, chibanca, cultivador (instrumento

utilizado pela força animal bovina), ganchos e tratores. O trator é um instrumento de

pouca utilização, pois o mesmo só é usado no “corte da terra”, principalmente na

Foto 01: Plantação de inhame.Fonte: Arquivo pessoal da autora.

Maio e Junho de 2012.

Foto 02: Plantação de Fonte: Arquivo pessoal da autora.

Maio e Junho de 2012.

Os instrumentos utilizados pelos agricultores para realizar sua atividade

agrícola são: enxada, enchadeco, foice, machado, chibanca, cultivador (instrumento

na), ganchos e tratores. O trator é um instrumento de

pouca utilização, pois o mesmo só é usado no “corte da terra”, principalmente na

Foto 01: Plantação de inhame.Fonte: Arquivo pessoal da autora.

Maio e Junho de 2012.

Foto 02: Plantação de mandioca.Fonte: Arquivo pessoal da autora.

Maio e Junho de 2012.

Os instrumentos utilizados pelos agricultores para realizar sua atividade

agrícola são: enxada, enchadeco, foice, machado, chibanca, cultivador (instrumento

na), ganchos e tratores. O trator é um instrumento de

pouca utilização, pois o mesmo só é usado no “corte da terra”, principalmente na

Foto 01: Plantação de inhame. Fonte: Arquivo pessoal da autora.

mandioca. Fonte: Arquivo pessoal da autora.

Os instrumentos utilizados pelos agricultores para realizar sua atividade

agrícola são: enxada, enchadeco, foice, machado, chibanca, cultivador (instrumento

na), ganchos e tratores. O trator é um instrumento de

pouca utilização, pois o mesmo só é usado no “corte da terra”, principalmente na

Os instrumentos utilizados pelos agricultores para realizar sua atividade

agrícola são: enxada, enchadeco, foice, machado, chibanca, cultivador (instrumento

na), ganchos e tratores. O trator é um instrumento de

pouca utilização, pois o mesmo só é usado no “corte da terra”, principalmente na

33

Os instrumentos utilizados pelos agricultores para realizar sua atividade

agrícola são: enxada, enchadeco, foice, machado, chibanca, cultivador (instrumento

na), ganchos e tratores. O trator é um instrumento de

pouca utilização, pois o mesmo só é usado no “corte da terra”, principalmente na

33

Os instrumentos utilizados pelos agricultores para realizar sua atividade

agrícola são: enxada, enchadeco, foice, machado, chibanca, cultivador (instrumento

na), ganchos e tratores. O trator é um instrumento de

pouca utilização, pois o mesmo só é usado no “corte da terra”, principalmente na

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época do plantio, e que todos os agricultores da comunidade não possuem trator e a

sua utilização é feita por meio de aluguel.

Os agricultores esperam de 12 a 16 meses para fazer a colheita da mandioca,

e segundo dados da safra 2010, fornecidos pelo IBGE (2011), e conseguem um

rendimento médio de R$ 1.500,00 por hectare colhido no município. É bom

considerar que esses agricultores plantam em média de 2 a 3 hectares por ano,

portanto eles têm uma produção que gira em torno de R$ 4.500,00 por safra colhida,

que depende da cotação do quilo da mandioca, que varia muito por ano. Cabe ainda

lembrar, que desse valor, deve ser retirado os gastos de produção com aluguel do

trator para o “corte da terra”, compra de adubos e venenos, contratação de mão de

obra para a colheita, entre outros. Todos os agricultores da Comunidade do Sítio

Tomé possuem propriedade da terra por condição própria.

Com relação aos tipos de adubos e fertilizantes usados pelos produtores

rurais para melhorar as condições naturais de fertilidade do solo, todos que foram

entrevistados disseram que usam esterco bovino, mais conhecido entre eles como

“estrumo de gado” e não fazem a utilização de adubos químicos. Para controlar as

pragas como formigas, lagartas, dentre outras, são utilizados venenos e outros

produtos químicos que tenham a finalidade de amenizar ou acabar com as pragas

que costumam atacar as lavouras. É importante alertar o perigo que esses produtos

representam para a saúde desses agricultores, pois os mesmos são aplicados sem

o uso de equipamentos adequados que garantem a segurança de cada agricultor, e

que ainda não observam as normas técnicas de aplicação do produto, podendo

causar intoxicação e envenenamento.

Percebe-se que a mão-de-obra utilizada para o manejo e preparo da terra é

praticamente familiar, pouquíssimas famílias (5%) utilizam trabalho contratado, essa

é uma realidade que abrange quase todas as comunidades rurais do município, o

trabalho familiar, pois nem todos os agricultores podem pagar outras pessoas para

ajudar na lavoura (Gráfico 04).

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Fonte: Dados colhidos nas pesquisas de campo.

Maio e Junho de 2012. Número de entrevistados: 20 moradores.

Segundo os dados fornecidos pelo IBGE (2011), relacionados a produção da

pecuária municipal do ano de 2010, contidos na Tabela 03 deste trabalho, nota-se

que a criação de bovinos destaca-se na atividade pecuária, quando comparada com

as demais produções da atividade, fato que é explicado pelo número de cabeças do

rebanho no ano de 2010 (8.359 cabeças) e também pelo alto valor desses animais

no mercado.

Além dos agricultores utilizarem suas propriedades de terra para o plantio de

vários gêneros agrícolas para o consumo da própria família, também reservam

algumas delas para a criação de bovinos, animais esses que são utilizados para a

venda.

Os outros animais que fazem parte da pecuária do município são os

seguintes: ovelhas, galinhas, porcos, bodes, dentre outros. A criação desses animais

é feita, em sua grande maioria, para o consumo da família, sendo que 40% das

famílias que desenvolvem essa atividade vendem apenas o excedente e apenas

15% fazem a venda total (Gráfico 05).

95%

5%

1 2 3

Gráfico 04: Mão de obra utilizada pelos produtores rurais na Comunidade do Sítio Tomé

Familiar Familiar e contratada

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Fonte: Dados colhidos nas pesquisas de campo.

Maio e Junho de 2012. Número de entrevistados: 20 moradores.

A Comunidade do Sítio Tomé tem aproximadamente 200 hectares de terra, os

quais são divididos entre 44 famílias. Cada família possui a posse definitiva da terra,

na maioria dos casos fruto de herança. É oportuno destacar que elas tocam os

negócios de sua propriedade com a ajuda de outros membros da mesma.

Sabe-se que no Brasil as dificuldades enfrentadas pelos agricultores não são

poucas e na Comunidade do Sítio Tomé não é diferente. Mesmo todos os

agricultores possuindo terras próprias, as dificuldades enfrentadas são muitas,

dentre elas destacam-se a falta de incentivo governamental para produzir, o baixo

preço dos produtos agrícolas e a falta de chuva, entre outras. Outra questão que diz

respeito é com relação às linhas de crédito para investir na produção, de modo que

40% dos agricultores entrevistados utilizam as mesmas em prol de sua produção

agrícola e em alguns casos para comprar animais bovinos, para construção de

cercas em suas propriedades, dentre outros benefícios (Gráfico 06).

55%

40%

15%

1 2 3 4

Gráfico 05: Destinação da criação de pequenos animais na Comunidade do Sítio Tomé

Alimentação Alimentação e venda dos excedentes Venda total

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Fonte: Dados colhidos nas pesquisas de campo.

Maio e Junho de 2012. Número de entrevistados: 20 moradores da comunidade.

A partir do Gráfico acima, percebe-se que são muitas as dificuldades

enfrentadas pelos agricultores da comunidade, com destaque para o baixo peço dos

produtos, principalmente da mandioca e do inhame, que são os principais produtos

vendidos para o mercado consumidor, pois muitos dos pequenos produtores

trabalham incansavelmente em suas lavouras, muitas vezes investi todas as

economias para que a sua produção seja satisfatória. E a realidade é que quando

vão vender para o mercado consumidor o preço é muito baixo, chegando até a

desmotivá-los (algumas vezes os mesmos preferem deixar a sua produção apenas

para o consumo da família).

A maioria dos agricultores possui casa própria, em geral de alvenaria. Com

relação ao acesso aos bens, tanto imóveis, móveis e utensílios domésticos, a

maioria possui motocicleta, por ser considerado entre eles um meio de locomoção

rápido, a minoria possui automóvel e os utensílios domésticos com maior frequência

na comunidade são: geladeira, televisão, aparelho de DVD, aparelho de som e

antena parabólica, encontrados em todas as casas dos agricultores que foram

entrevistados (Gráfico 07).

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

1 2 3 4 5

Gráfico 06: Percepção do conjunto total dos agricultores em relação as maiores dificuldades para a agricultura no

município

Baixo custo da produção

Falta de incentivo

governamental

Baixo índice pluviométrico

Dificuldade de acesso as

linhas de crédito

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natureza, que é aquela que ainda não foi modificada. A partir dessa apropriação

foram desenvolvidas várias técnicas e a evolução dos sistemas de produção, com o

cultivo de vários gêneros ag

atividade em que os malefícios causados à natureza podem ser considerados

insignificantes, pois as técnicas e os instrumentos utilizados para o desenvolvimento

desta atividade sã

preocupações podem ser destacadas: mais de 80% das propriedades rurais não

possuem mais reservas de matas e aquelas que dispõem, perdem anualmente

vários hectares. Os agricultores costumam fazer de

uma forma de obter novas áreas para o cultivo e até mesmo para obter terras mais

férteis, considerando que as outras áreas exploradas por eles em anos anteriores

perdem sua fertilidade, sendo assim destinadas ao criatório de ani

agricultores da comunidade, que é a utilização de coivaras (técnica indígena) uma

forma de preparar o terreno para o plantio. Só que infelizmente essa prática traz

prejuízos incalculáveis

emissão de gases ou pela destruição dos micro

A atividade agrícola é uma forma do homem se apropriar da primeira

natureza, que é aquela que ainda não foi modificada. A partir dessa apropriação

foram desenvolvidas várias técnicas e a evolução dos sistemas de produção, com o

cultivo de vários gêneros ag

A agricultura praticada na Comunidade do Sítio Tomé, representa uma

atividade em que os malefícios causados à natureza podem ser considerados

insignificantes, pois as técnicas e os instrumentos utilizados para o desenvolvimento

desta atividade sã

preocupações podem ser destacadas: mais de 80% das propriedades rurais não

possuem mais reservas de matas e aquelas que dispõem, perdem anualmente

vários hectares. Os agricultores costumam fazer de

uma forma de obter novas áreas para o cultivo e até mesmo para obter terras mais

férteis, considerando que as outras áreas exploradas por eles em anos anteriores

perdem sua fertilidade, sendo assim destinadas ao criatório de ani

Também foi constatada uma prática bastante comum entre a maioria dos

agricultores da comunidade, que é a utilização de coivaras (técnica indígena) uma

forma de preparar o terreno para o plantio. Só que infelizmente essa prática traz

prejuízos incalculáveis

emissão de gases ou pela destruição dos micro

0,2

0,4

0,6

0,8

Fonte: Dados colhidos nas pesquisas de campo.

A atividade agrícola é uma forma do homem se apropriar da primeira

natureza, que é aquela que ainda não foi modificada. A partir dessa apropriação

foram desenvolvidas várias técnicas e a evolução dos sistemas de produção, com o

cultivo de vários gêneros ag

A agricultura praticada na Comunidade do Sítio Tomé, representa uma

atividade em que os malefícios causados à natureza podem ser considerados

insignificantes, pois as técnicas e os instrumentos utilizados para o desenvolvimento

desta atividade são simples. Mesmo utilizando práticas rudimentares, algumas

preocupações podem ser destacadas: mais de 80% das propriedades rurais não

possuem mais reservas de matas e aquelas que dispõem, perdem anualmente

vários hectares. Os agricultores costumam fazer de

uma forma de obter novas áreas para o cultivo e até mesmo para obter terras mais

férteis, considerando que as outras áreas exploradas por eles em anos anteriores

perdem sua fertilidade, sendo assim destinadas ao criatório de ani

Também foi constatada uma prática bastante comum entre a maioria dos

agricultores da comunidade, que é a utilização de coivaras (técnica indígena) uma

forma de preparar o terreno para o plantio. Só que infelizmente essa prática traz

prejuízos incalculáveis ao meio ambiente, seja pela poluição do ar provocada pela

emissão de gases ou pela destruição dos micro

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1

Gráfico 07: Acesso a bens da população rural/ comunidade

Fonte: Dados colhidos nas pesquisas de campo.Maio e Junho de 2012.

Número de entrevistados: 20 pessoas.

A atividade agrícola é uma forma do homem se apropriar da primeira

natureza, que é aquela que ainda não foi modificada. A partir dessa apropriação

foram desenvolvidas várias técnicas e a evolução dos sistemas de produção, com o

cultivo de vários gêneros agrícolas.

A agricultura praticada na Comunidade do Sítio Tomé, representa uma

atividade em que os malefícios causados à natureza podem ser considerados

insignificantes, pois as técnicas e os instrumentos utilizados para o desenvolvimento

o simples. Mesmo utilizando práticas rudimentares, algumas

preocupações podem ser destacadas: mais de 80% das propriedades rurais não

possuem mais reservas de matas e aquelas que dispõem, perdem anualmente

vários hectares. Os agricultores costumam fazer de

uma forma de obter novas áreas para o cultivo e até mesmo para obter terras mais

férteis, considerando que as outras áreas exploradas por eles em anos anteriores

perdem sua fertilidade, sendo assim destinadas ao criatório de ani

Também foi constatada uma prática bastante comum entre a maioria dos

agricultores da comunidade, que é a utilização de coivaras (técnica indígena) uma

forma de preparar o terreno para o plantio. Só que infelizmente essa prática traz

ao meio ambiente, seja pela poluição do ar provocada pela

emissão de gases ou pela destruição dos micro

2

Gráfico 07: Acesso a bens da população rural/ comunidade

Fonte: Dados colhidos nas pesquisas de campo.Maio e Junho de 2012.

Número de entrevistados: 20 pessoas.

A atividade agrícola é uma forma do homem se apropriar da primeira

natureza, que é aquela que ainda não foi modificada. A partir dessa apropriação

foram desenvolvidas várias técnicas e a evolução dos sistemas de produção, com o

rícolas.

A agricultura praticada na Comunidade do Sítio Tomé, representa uma

atividade em que os malefícios causados à natureza podem ser considerados

insignificantes, pois as técnicas e os instrumentos utilizados para o desenvolvimento

o simples. Mesmo utilizando práticas rudimentares, algumas

preocupações podem ser destacadas: mais de 80% das propriedades rurais não

possuem mais reservas de matas e aquelas que dispõem, perdem anualmente

vários hectares. Os agricultores costumam fazer de

uma forma de obter novas áreas para o cultivo e até mesmo para obter terras mais

férteis, considerando que as outras áreas exploradas por eles em anos anteriores

perdem sua fertilidade, sendo assim destinadas ao criatório de ani

Também foi constatada uma prática bastante comum entre a maioria dos

agricultores da comunidade, que é a utilização de coivaras (técnica indígena) uma

forma de preparar o terreno para o plantio. Só que infelizmente essa prática traz

ao meio ambiente, seja pela poluição do ar provocada pela

emissão de gases ou pela destruição dos micro

3

Gráfico 07: Acesso a bens da população rural/ comunidade do Sítio Tomé

Fonte: Dados colhidos nas pesquisas de campo.Maio e Junho de 2012.

Número de entrevistados: 20 pessoas.

A atividade agrícola é uma forma do homem se apropriar da primeira

natureza, que é aquela que ainda não foi modificada. A partir dessa apropriação

foram desenvolvidas várias técnicas e a evolução dos sistemas de produção, com o

A agricultura praticada na Comunidade do Sítio Tomé, representa uma

atividade em que os malefícios causados à natureza podem ser considerados

insignificantes, pois as técnicas e os instrumentos utilizados para o desenvolvimento

o simples. Mesmo utilizando práticas rudimentares, algumas

preocupações podem ser destacadas: mais de 80% das propriedades rurais não

possuem mais reservas de matas e aquelas que dispõem, perdem anualmente

vários hectares. Os agricultores costumam fazer derrubadas das matas porque é

uma forma de obter novas áreas para o cultivo e até mesmo para obter terras mais

férteis, considerando que as outras áreas exploradas por eles em anos anteriores

perdem sua fertilidade, sendo assim destinadas ao criatório de ani

Também foi constatada uma prática bastante comum entre a maioria dos

agricultores da comunidade, que é a utilização de coivaras (técnica indígena) uma

forma de preparar o terreno para o plantio. Só que infelizmente essa prática traz

ao meio ambiente, seja pela poluição do ar provocada pela

emissão de gases ou pela destruição dos micro-organismos presentes no solo.

Gráfico 07: Acesso a bens da população rural/ comunidade do Sítio Tomé

Fonte: Dados colhidos nas pesquisas de campo.

Número de entrevistados: 20 pessoas.

A atividade agrícola é uma forma do homem se apropriar da primeira

natureza, que é aquela que ainda não foi modificada. A partir dessa apropriação

foram desenvolvidas várias técnicas e a evolução dos sistemas de produção, com o

A agricultura praticada na Comunidade do Sítio Tomé, representa uma

atividade em que os malefícios causados à natureza podem ser considerados

insignificantes, pois as técnicas e os instrumentos utilizados para o desenvolvimento

o simples. Mesmo utilizando práticas rudimentares, algumas

preocupações podem ser destacadas: mais de 80% das propriedades rurais não

possuem mais reservas de matas e aquelas que dispõem, perdem anualmente

rrubadas das matas porque é

uma forma de obter novas áreas para o cultivo e até mesmo para obter terras mais

férteis, considerando que as outras áreas exploradas por eles em anos anteriores

perdem sua fertilidade, sendo assim destinadas ao criatório de ani

Também foi constatada uma prática bastante comum entre a maioria dos

agricultores da comunidade, que é a utilização de coivaras (técnica indígena) uma

forma de preparar o terreno para o plantio. Só que infelizmente essa prática traz

ao meio ambiente, seja pela poluição do ar provocada pela

organismos presentes no solo.

Gráfico 07: Acesso a bens da população rural/ comunidade

Utensílios domésticos

Bens móveis

A atividade agrícola é uma forma do homem se apropriar da primeira

natureza, que é aquela que ainda não foi modificada. A partir dessa apropriação

foram desenvolvidas várias técnicas e a evolução dos sistemas de produção, com o

A agricultura praticada na Comunidade do Sítio Tomé, representa uma

atividade em que os malefícios causados à natureza podem ser considerados

insignificantes, pois as técnicas e os instrumentos utilizados para o desenvolvimento

o simples. Mesmo utilizando práticas rudimentares, algumas

preocupações podem ser destacadas: mais de 80% das propriedades rurais não

possuem mais reservas de matas e aquelas que dispõem, perdem anualmente

rrubadas das matas porque é

uma forma de obter novas áreas para o cultivo e até mesmo para obter terras mais

férteis, considerando que as outras áreas exploradas por eles em anos anteriores

perdem sua fertilidade, sendo assim destinadas ao criatório de animais.

Também foi constatada uma prática bastante comum entre a maioria dos

agricultores da comunidade, que é a utilização de coivaras (técnica indígena) uma

forma de preparar o terreno para o plantio. Só que infelizmente essa prática traz

ao meio ambiente, seja pela poluição do ar provocada pela

organismos presentes no solo.

Gráfico 07: Acesso a bens da população rural/ comunidade

Utensílios domésticos

Bens móveis

38

A atividade agrícola é uma forma do homem se apropriar da primeira

natureza, que é aquela que ainda não foi modificada. A partir dessa apropriação

foram desenvolvidas várias técnicas e a evolução dos sistemas de produção, com o

A agricultura praticada na Comunidade do Sítio Tomé, representa uma

atividade em que os malefícios causados à natureza podem ser considerados

insignificantes, pois as técnicas e os instrumentos utilizados para o desenvolvimento

o simples. Mesmo utilizando práticas rudimentares, algumas

preocupações podem ser destacadas: mais de 80% das propriedades rurais não

possuem mais reservas de matas e aquelas que dispõem, perdem anualmente

rrubadas das matas porque é

uma forma de obter novas áreas para o cultivo e até mesmo para obter terras mais

férteis, considerando que as outras áreas exploradas por eles em anos anteriores

Também foi constatada uma prática bastante comum entre a maioria dos

agricultores da comunidade, que é a utilização de coivaras (técnica indígena) uma

forma de preparar o terreno para o plantio. Só que infelizmente essa prática traz

ao meio ambiente, seja pela poluição do ar provocada pela

organismos presentes no solo.

38

A atividade agrícola é uma forma do homem se apropriar da primeira

natureza, que é aquela que ainda não foi modificada. A partir dessa apropriação

foram desenvolvidas várias técnicas e a evolução dos sistemas de produção, com o

A agricultura praticada na Comunidade do Sítio Tomé, representa uma

atividade em que os malefícios causados à natureza podem ser considerados

insignificantes, pois as técnicas e os instrumentos utilizados para o desenvolvimento

o simples. Mesmo utilizando práticas rudimentares, algumas

preocupações podem ser destacadas: mais de 80% das propriedades rurais não

possuem mais reservas de matas e aquelas que dispõem, perdem anualmente

rrubadas das matas porque é

uma forma de obter novas áreas para o cultivo e até mesmo para obter terras mais

férteis, considerando que as outras áreas exploradas por eles em anos anteriores

Também foi constatada uma prática bastante comum entre a maioria dos

agricultores da comunidade, que é a utilização de coivaras (técnica indígena) uma

forma de preparar o terreno para o plantio. Só que infelizmente essa prática traz

ao meio ambiente, seja pela poluição do ar provocada pela

organismos presentes no solo.

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39

Trata-se de uma prática cultural utilizada há muito tempo pelos agricultores da

comunidade, como se fosse passado de geração para geração.

Outro problema constatado na comunidade é com relação às embalagens de

venenos e agrotóxicos utilizados para controlar as pragas que atingem as lavouras,

pois as mesmas não tem a destinação apropriada, ocasionando danos ao meio

ambiente. A maioria dos agricultores queimam as embalagens (caixa) ou enterram

(vidro), outros colocam no lixo doméstico e às vezes no próprio terreno.

A agricultura é uma atividade desenvolvida há bastante tempo na comunidade

e passada de geração para geração. Quando perguntado sobre o significado do

termo desenvolvimento sustentável, 70% dos agricultores responderam nunca ter

ouvido falar, 20% já ouviram falar, mas não sabem o que significa e 10% sabem do

que se trata. Isso evidencia o baixo nível de informação e de educação da

população.

A comercialização dos produtos agrícolas na comunidade se resume

principalmente a produção da mandioca e do inhame, pois como já foi dito antes, os

outros produtos da agricultura são destinados ao consumo da família.

Na comunidade existe uma casa de farinha, mas quase não funciona, pois os

agricultores vendem a sua produção para os atravessadores, como são mais

conhecidos. Cerca de 60% deles vende sua produção para os mesmos. Os

atravessadores compram a produção por um preço bem menor do que é praticado

no mercado consumidor, revendendo para donos de casas de farinha em outros

municípios e até mesmo para outros estados vizinhos, por um valor bem maior do

que aquele que foi adquirido pelo agricultor, praticamente explorando o pequeno

produtor que trabalhou incansavelmente para que a sua produção fosse satisfatória

e na verdade quando chega às mãos do atravessador a sua produção perde o

devido valor e passa a ter valor nas mãos dos mesmos, sem que estes tenham

plantado sequer um pé de mandioca ou de inhame.

Os problemas relacionados à comercialização dos produtos agrícolas,

principalmente do inhame e da mandioca são muitos, dentre eles destacam-se o

baixo preço da produção, a falta de uma associação ou cooperativa na comunidade

que procurasse ajudar o pequeno agricultor com a sua produção na hora da venda,

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a ação dos atravessadores que não dão o devido valor aos produtos na hora da

compra, dentre outros.

de crédito

produção e/ou na pecuária, pois os mesmos não têm condições próprias e terminam

fazendo empréstimos. Cada linha de crédito tem um valor específico no qual cada

produtor rural ana

sua situação financeira

utilizam as linhas de crédito como uma forma de investir em suas propriedades

rurais. Muitos relataram que recorrem ao Banco, pois não tem condições de investir

por conta própria. Geralmente eles procuram o Banco do Nordeste e a

responsável pelo PRONAF (Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar).

Em seguida analisam as diversas linhas de crédito e o valor que cada uma

disponibiliza e optam por aquela que se encaixa melhor de acordo com a renda

mensal da família.

a ação dos atravessadores que não dão o devido valor aos produtos na hora da

compra, dentre outros.

Pode-se perceber que 50% dos agricultores entrevistados utilizam as linhas

de crédito oferecidas pelo banco com o intuito de adquirir capital para investir na sua

produção e/ou na pecuária, pois os mesmos não têm condições próprias e terminam

fazendo empréstimos. Cada linha de crédito tem um valor específico no qual cada

produtor rural ana

sua situação financeira

De acordo com o gráfico acima, pode

utilizam as linhas de crédito como uma forma de investir em suas propriedades

rurais. Muitos relataram que recorrem ao Banco, pois não tem condições de investir

por conta própria. Geralmente eles procuram o Banco do Nordeste e a

responsável pelo PRONAF (Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar).

Em seguida analisam as diversas linhas de crédito e o valor que cada uma

disponibiliza e optam por aquela que se encaixa melhor de acordo com a renda

mensal da família.

a ação dos atravessadores que não dão o devido valor aos produtos na hora da

compra, dentre outros.

se perceber que 50% dos agricultores entrevistados utilizam as linhas

oferecidas pelo banco com o intuito de adquirir capital para investir na sua

produção e/ou na pecuária, pois os mesmos não têm condições próprias e terminam

fazendo empréstimos. Cada linha de crédito tem um valor específico no qual cada

produtor rural analisa e escolhe aquela que se enquadra melhor de acordo com a

sua situação financeira (Gráfico 08)

Fonte: Dados colhidos nas pesquisas de campo.

De acordo com o gráfico acima, pode

utilizam as linhas de crédito como uma forma de investir em suas propriedades

rurais. Muitos relataram que recorrem ao Banco, pois não tem condições de investir

por conta própria. Geralmente eles procuram o Banco do Nordeste e a

responsável pelo PRONAF (Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar).

Em seguida analisam as diversas linhas de crédito e o valor que cada uma

disponibiliza e optam por aquela que se encaixa melhor de acordo com a renda

mensal da família.

1

Gráfico 08: Utilização de linhas de créditos pelos agricultores da comunidade do Sítio Tomé

a ação dos atravessadores que não dão o devido valor aos produtos na hora da

se perceber que 50% dos agricultores entrevistados utilizam as linhas

oferecidas pelo banco com o intuito de adquirir capital para investir na sua

produção e/ou na pecuária, pois os mesmos não têm condições próprias e terminam

fazendo empréstimos. Cada linha de crédito tem um valor específico no qual cada

lisa e escolhe aquela que se enquadra melhor de acordo com a

(Gráfico 08)

Fonte: Dados colhidos nas pesquisas de campo.Maio e Junho de 2012.

Número de entrevistados: 20 moradores.

De acordo com o gráfico acima, pode

utilizam as linhas de crédito como uma forma de investir em suas propriedades

rurais. Muitos relataram que recorrem ao Banco, pois não tem condições de investir

por conta própria. Geralmente eles procuram o Banco do Nordeste e a

responsável pelo PRONAF (Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar).

Em seguida analisam as diversas linhas de crédito e o valor que cada uma

disponibiliza e optam por aquela que se encaixa melhor de acordo com a renda

2

Gráfico 08: Utilização de linhas de créditos pelos agricultores da comunidade do Sítio Tomé

Investem na agricultura

Investem na pecuária

Construção de cercas na propriedade

Nunca fizeram empréstimos

a ação dos atravessadores que não dão o devido valor aos produtos na hora da

se perceber que 50% dos agricultores entrevistados utilizam as linhas

oferecidas pelo banco com o intuito de adquirir capital para investir na sua

produção e/ou na pecuária, pois os mesmos não têm condições próprias e terminam

fazendo empréstimos. Cada linha de crédito tem um valor específico no qual cada

lisa e escolhe aquela que se enquadra melhor de acordo com a

(Gráfico 08).

Fonte: Dados colhidos nas pesquisas de campo.Maio e Junho de 2012.

Número de entrevistados: 20 moradores.

De acordo com o gráfico acima, pode

utilizam as linhas de crédito como uma forma de investir em suas propriedades

rurais. Muitos relataram que recorrem ao Banco, pois não tem condições de investir

por conta própria. Geralmente eles procuram o Banco do Nordeste e a

responsável pelo PRONAF (Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar).

Em seguida analisam as diversas linhas de crédito e o valor que cada uma

disponibiliza e optam por aquela que se encaixa melhor de acordo com a renda

2

Gráfico 08: Utilização de linhas de créditos pelos agricultores da comunidade do Sítio Tomé

Investem na agricultura

Investem na pecuária

Construção de cercas na propriedade

Nunca fizeram empréstimos

a ação dos atravessadores que não dão o devido valor aos produtos na hora da

se perceber que 50% dos agricultores entrevistados utilizam as linhas

oferecidas pelo banco com o intuito de adquirir capital para investir na sua

produção e/ou na pecuária, pois os mesmos não têm condições próprias e terminam

fazendo empréstimos. Cada linha de crédito tem um valor específico no qual cada

lisa e escolhe aquela que se enquadra melhor de acordo com a

Fonte: Dados colhidos nas pesquisas de campo.Maio e Junho de 2012.

Número de entrevistados: 20 moradores.

De acordo com o gráfico acima, pode-se perceb

utilizam as linhas de crédito como uma forma de investir em suas propriedades

rurais. Muitos relataram que recorrem ao Banco, pois não tem condições de investir

por conta própria. Geralmente eles procuram o Banco do Nordeste e a

responsável pelo PRONAF (Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar).

Em seguida analisam as diversas linhas de crédito e o valor que cada uma

disponibiliza e optam por aquela que se encaixa melhor de acordo com a renda

3

Gráfico 08: Utilização de linhas de créditos pelos agricultores da comunidade do Sítio Tomé

Investem na agricultura

Investem na pecuária

Construção de cercas na propriedade

Nunca fizeram empréstimos

a ação dos atravessadores que não dão o devido valor aos produtos na hora da

se perceber que 50% dos agricultores entrevistados utilizam as linhas

oferecidas pelo banco com o intuito de adquirir capital para investir na sua

produção e/ou na pecuária, pois os mesmos não têm condições próprias e terminam

fazendo empréstimos. Cada linha de crédito tem um valor específico no qual cada

lisa e escolhe aquela que se enquadra melhor de acordo com a

Fonte: Dados colhidos nas pesquisas de campo.

Número de entrevistados: 20 moradores.

se perceber que muitos agricultores

utilizam as linhas de crédito como uma forma de investir em suas propriedades

rurais. Muitos relataram que recorrem ao Banco, pois não tem condições de investir

por conta própria. Geralmente eles procuram o Banco do Nordeste e a

responsável pelo PRONAF (Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar).

Em seguida analisam as diversas linhas de crédito e o valor que cada uma

disponibiliza e optam por aquela que se encaixa melhor de acordo com a renda

4

60%

25%10%5%

Gráfico 08: Utilização de linhas de créditos pelos agricultores da comunidade do Sítio Tomé

Construção de cercas na propriedade

a ação dos atravessadores que não dão o devido valor aos produtos na hora da

se perceber que 50% dos agricultores entrevistados utilizam as linhas

oferecidas pelo banco com o intuito de adquirir capital para investir na sua

produção e/ou na pecuária, pois os mesmos não têm condições próprias e terminam

fazendo empréstimos. Cada linha de crédito tem um valor específico no qual cada

lisa e escolhe aquela que se enquadra melhor de acordo com a

er que muitos agricultores

utilizam as linhas de crédito como uma forma de investir em suas propriedades

rurais. Muitos relataram que recorrem ao Banco, pois não tem condições de investir

por conta própria. Geralmente eles procuram o Banco do Nordeste e a

responsável pelo PRONAF (Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar).

Em seguida analisam as diversas linhas de crédito e o valor que cada uma

disponibiliza e optam por aquela que se encaixa melhor de acordo com a renda

5%

Gráfico 08: Utilização de linhas de créditos pelos

40

a ação dos atravessadores que não dão o devido valor aos produtos na hora da

se perceber que 50% dos agricultores entrevistados utilizam as linhas

oferecidas pelo banco com o intuito de adquirir capital para investir na sua

produção e/ou na pecuária, pois os mesmos não têm condições próprias e terminam

fazendo empréstimos. Cada linha de crédito tem um valor específico no qual cada

lisa e escolhe aquela que se enquadra melhor de acordo com a

er que muitos agricultores

utilizam as linhas de crédito como uma forma de investir em suas propriedades

rurais. Muitos relataram que recorrem ao Banco, pois não tem condições de investir

por conta própria. Geralmente eles procuram o Banco do Nordeste e a pessoa

responsável pelo PRONAF (Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar).

Em seguida analisam as diversas linhas de crédito e o valor que cada uma

disponibiliza e optam por aquela que se encaixa melhor de acordo com a renda

40

a ação dos atravessadores que não dão o devido valor aos produtos na hora da

se perceber que 50% dos agricultores entrevistados utilizam as linhas

oferecidas pelo banco com o intuito de adquirir capital para investir na sua

produção e/ou na pecuária, pois os mesmos não têm condições próprias e terminam

fazendo empréstimos. Cada linha de crédito tem um valor específico no qual cada

lisa e escolhe aquela que se enquadra melhor de acordo com a

er que muitos agricultores

utilizam as linhas de crédito como uma forma de investir em suas propriedades

rurais. Muitos relataram que recorrem ao Banco, pois não tem condições de investir

pessoa

responsável pelo PRONAF (Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar).

Em seguida analisam as diversas linhas de crédito e o valor que cada uma

disponibiliza e optam por aquela que se encaixa melhor de acordo com a renda

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41

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho foi elaborado com a finalidade de analisar a importância

da agricultura de subsistência e os meios utilizados para a produção de alimentos,

tendo como base a organização do espaço na vida social, cultural e econômica das

famílias da área em estudo.

O trabalho apresenta ainda várias definições teóricas e metodológicas,

consideradas de grande importância para a Geografia, apresentando o contexto

histórico relacionado à atividade da agricultura, enfatizando o cultivo, transformação

e comercialização dos produtos agrícolas, principalmente da mandioca e do inhame

no contexto cultural e econômico do município de Mulungu, especificamente falando

da Comunidade do Sítio Tomé.

A atividade da agricultura na área de estudo vem transformando o espaço

geográfico cotidianamente e se destacando como uma das atividades mais

importantes para a comunidade, pois como já foi mencionado nos capítulos

anteriores deste trabalho, muitos agricultores, mesmo estando aposentados,

continuam trabalhando no campo como uma forma de complementar a renda

mensal da família.

Na comunidade é praticada a atividade da policultura, isto é, o cultivo de

vários gêneros agrícolas necessários para o consumo alimentício do agricultor e da

sua família, somente alguns deles são comercializados para outras pessoas.

Durante a pesquisa de campo foi possível perceber que a agricultura

praticada no Sítio Tomé utiliza basicamente métodos rudimentares, mas mesmo

assim já inspira algumas preocupações relacionadas ao meio ambiente, pois em

algumas propriedades rurais não existe mais reservas de matas, sendo derrubadas

anualmente para a obtenção de novas áreas de plantio, dessa forma causando

inúmeros impactos ao meio ambiente.

Através da pesquisa e por meio do questionário foi possível constatar que a

produção do inhame e da mandioca é uma atividade econômica de grande

importância para o município e, principalmente, para a comunidade em estudo. A

maioria das famílias formadas por pequenos agricultores desenvolve essa atividade,

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42

famílias essas que apresentam baixo nível de escolaridade e pouca organização

social.

Muitos agricultores afirmam que a agricultura está muito desvalorizada e

precisa de mais investimentos governamentais para estimular a produção. O baixo

preço da produção foi destacado como desestimulante pelos pequenos agricultores,

pois o modelo capitalista de produção impede que o rendimento destes seja

valorizado como deveria. Trata-se de um modelo econômico perverso, que só

privilegia a minoria, isto é, os grandes produtores, enquanto que os pequenos

produtores são explorados de maneira revoltante.

Ficou claro também que boa parte dos agricultores entrevistados utiliza

algumas linhas de crédito oferecidas pelo banco, como uma forma de adquirir capital

para investir na sua produção, pois muitos não têm como investir por conta própria e

acabam fazendo empréstimos. Cada linha de crédito tem um valor específico,

cabendo ao pequeno agricultor analisar qual delas se enquadra melhor em sua

situação financeira.

Espera-se que esta pesquisa possa contribuir para outros trabalhos que

venham a ser desenvolvidos, de acordo com a temática abordada, tendo em vista

que a mesma está ligada as questões agrárias, sociais, econômicas e culturais. Foi

uma pesquisa de grande importância para a comunidade em estudo, pois foi

possível analisar a realidade dos pequenos agricultores e o espaço geográfico em

que estão inseridos, principalmente no processo da agricultura. Através da mesma,

pretende-se ainda contribuir por meio dos resultados alcançados, para uma melhor

compreensão da realidade vivida pela comunidade, buscando a implementação de

políticas públicas que possam melhorar a vida do pequeno produtor rural.

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43

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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COMUNIDADES RURAIS NO MUNICIPÍO DE BELÉM/PB (Monografia apresentada

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44

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Disponível em: http:www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1. Acesso em: 20 de

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IBGE. PRODUÇÃO DA PECUÁRIA MUNICIPAL 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2010.

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45

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ARAÇAGI/ (1970-2004) (Monografia apresentada ao curso de Geografia da

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SANTOS, Rogelma Gomes. A AGRICULTURA FAMILIAR COMO ATIVIDADE

ECONÔMICA E OS IMPACTOS AMBIENTAIS EM CAMPO DE SANTANA/PB

(Monografia apresentada ao curso de Geografia da Universidade Estadual da

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9. ANEXOS

ANEXO A PESQUISA DE CAMPO – QUESTIONÁRIO DESTINADO AOS AGRICULTORES DA COMUNIDADE DO SÍTIO TOMÉ MUNICÍPIO DE MULUNGU - PB QUESTIONÁRIO Nº DATA: _____/_____/_____ PESQUISA SOCIOECONOMICA E CULTURAL / CONDIÇÃO DO AGRICULTOR

1. Situação econômica da família. 1.1. Nome do chefe da família: _____________________________________________ 1.2. Idade: _____________________ Ocupação: _______________________________ 1.3. Número de Membros da família: ________________________________________ 1.3.1. Nível educacional do entrevistado:_____________________________________

1.4. Ocupação - Quantos trabalham? ( ) - Quantos estudam ?( ) - Quantos estudam e trabalham? ( ) - Quantos trabalham na agriculturaou pecuária? ( ) - Quantos trabalham em outras atividades? ( ) - Quantos não têm ocupação? ( )

1.5. Nível Educacional: - Quantos concluirão o ensino fundamental menor?( ) - Quantos concluirão o ensino fundamental( ) - Quantos concluirão o ensino médio ( ) - Quantos concluirão o ensino superior ( ) - Quantos cursarão programas de alfabetização de jovens e adultos ( ) - Quantos cursarão curso técnico de qualificação ( )

1.6. Renda da família - Não tem ( ) - até 1/2 Salário Mínimo ( ) - De ½ até1 SM( ) - De 1 a – de 2 SM ( ) - De 2 a – de 3 SM ( ) + 3 Salários Mínimos ( )

2. Tipo e condição de agricultura praticada: - Que tipo de lavoura planta? ______________________ ______________________________________________ - Qual a principal?_______________________________ - Quantos ha planta ao ano?________________________ - Quanto tempo leva para colher?___________________ - O que faz com a produção?_______________________ ______________________________________________ - Para quem vende? ______________________________ ______________________________________________ - Qual valor de sua produção? ______________________ - Algum membro da família tem outra fonte de renda? Sim ( ) Não ( ). Caso sim, qual?___________________ ______________________________________________ - Quais instrumentos usam para produzir? ______________________________________________ ______________________________________________ - Qual mão de obra utiliza? Familiar ( ) Contratada ( ) familiar e contratada ( ) outra ( ). Qual?_____________ - Que tipo de adubos e fertilizantes utiliza? ______________________________________________ ______________________________________________ - Como faz para controlar as pragas? ______________________________________________ - Se tivesse outra coisa para fazer abandonaria a agricultura? ___________________________Por que?__ ______________________________________________

3. Condição do produtor, estrutura fundiária, organização social e incentivo e credito para produção: - A as terras onde trabalham São: Própria ( ) Arrendada ( ) ocupada ( ) parceria ( ) Meeiro ( ) Outras ( )___________ ___________________________________________________ - Qual é o tamanho da propriedade?_______________________ - Qual é o tamanho da área explorada?_____________________ ____________________________________________________ - Participa de alguma associação e/ou cooperativa? Sim ( ) Não ( ) Por que? _________________________________________ ____________________________________________________ - Tem algum incentivo governamental para produzir? Sim ( ) Não ( ). Caso sim,qual_________________________________ - Tem alguma linha de credito que financie a produção? Sim ( ) Não ( ). Caso sim, qual?_______________________________ ____________________________________________________ - A sua renda familiar é constituída em sua maior parte por qual atividade? Agropecuária ( ) Outra formas ( ), qual? _______ ____________________________________________________ - A família recebe algum beneficio de programas sociais do governo? Sim ( ) Não ( ). Caso Sim, qual _________________ ____________________________________________________ - Como Faz para tocar os negócios da propriedade? ____________________________________________________ - Qual é em sua opinião a maior dificuldade para o agricultor do município?___________________________________________ ____________________________________________________

4. Moradia 4.1. Tipo de construção Alvenaria( ) Taipa ( ) Barraco ( ) Outros ( ) Qual________________________________________________ 4.2. Situação Própria ( ) Alugada ( ) Cedida ( ) Ocupada ( ) Outras ( ). Qual ______________________________________ 4.3. O imóvel passou por alguma reforma Sim ( ) Não ( ). Caso sim, qual foi à origem do capital?

Page 49: 355pio de Mulung)dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1095/1...teórica e também estatística que sirva como instrumento para a criação e implementação de políticas

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____________________________________________________ 5. Acesso a bens 5.1. Tem outros imóveis? Sim ( ) Não ( ). Caso sim, Quais?___________________________________________ 5.2.Tem bens moveis? Sim ( ) Não ( ). Caso sim, Quais?_____________________________________________ 5.3. Tem utensílios domésticos? Sim ( ) Não ( ). Caso sim, quais?_______________________________________________ 6. Relação com meio ambiente - A propriedade tem reserva de matas? Sim ( ) Não ( ). Caso Sim, que tamanho?__________________________ - Faz uso de novas derrubadas de matas, arvores e similares para novas áreas de plantio? Sim ( ) Não ( ) -Faz uso habitualmente da coivara, como forma de preparar o solo para o plantio? Sim ( ) Não ( ) - O que faz com as embalagens de venenos e agrotóxicos utilizados?______________________________________ -Sabe o que significa o termo desenvolvimento sustentável? Sabe ( ) Já ouviu falar ( ) Não sabe( ) 7. Segurança Alimentar e plantio dos produtos agrícolas 7.1. Qual é a sua principal lavoura?_____________________________________________________________ 7.1.1- Qual é o destino da produção? Alimentação ( ) Venda total para terceiros ( ) Venda dos Excedentes ( ) Outros ( ). Qual?____________________________________________________________________________ 7.2. Quais as outras lavouras que planta? __________________________________________________________ 7.2.1- Qual é o destino da produção? Alimentação ( ) Venda total para terceiros ( ) Venda dos Excedentes ( ) Outros ( ). Qual?____________________________________________________________________________ 7.3. Cria rebanhos bovinos? Sim ( ) Não ( ) Quantas cabeças ( ) Qual é a destinação desse rebanho? ___________________________________________________________________________________ 7.4. Cria pequenos animais? Quais?______________________________________________________________ 7.5.1- Qual é o destino da produção? Alimentação ( ) Venda total para terceiros ( ) Venda dos Excedentes ( ) Outros ( ) Qual?____________________________________________________________________________ 8. Crédito Rural Por Meio do Pronaf 8.1. Já utilizou algum crédito do Pronaf? Sim ( ) Não ( ). Caso sim, qual?_____________________________________________________ 8.2. Quantas vezes já utilizou o crédito rural? 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) Nunca utilizou ( ) 8.3. Caso tenha utilizado o crédito rural, em que foi aplicado?