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OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DO RECIFE Relatório Mensal sobre o Mercado de Trabalho Formal do Recife Julho de 2011 Contrato de Prestação de Serviços Nº 123 – Prefeitura do Recife / DIEESE Agosto de 2011

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OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DO RECIFE

Relatório Mensal sobre o Mercado de Trabalho Formal do Recife

Julho de 2011

Contrato de Prestação de Serviços Nº 123 – Prefeitura do Recife / DIEESE

Agosto de 2011

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EXPEDIENTE DA SECRETARIA DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

DA PREFEITURA DO RECIFE

Prefeito

João da Costa Bezerra Filho

Vice-Prefeito

Milton Coelho

Secretário de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico

José Antonio Bertotti Júnior

Assessoria Executiva

Anita Lemos Dubeux

SCTDE – Secretaria de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico

Av. Cais do Apolo, 925 – 5º andar

Recife - Pernambuco – Brasil - CEP: 50030-230

http://www.recife.pe.gov.br/

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EXPEDIENTE DO DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS

SOCIOECONÔMICOS – DIEESE

Direção Técnica

Clemente Ganz Lúcio – Diretor Técnico

Ademir Figueiredo – Coordenador de Estudos e Desenvolvimento

José Silvestre Prado de Oliveira – Coordenador de Relações Sindicais

Francisco José Couceiro de Oliveira – Coordenador de Pesquisas

Nelson de Chueri Karam – Coordenador de Educação

Rosana de Freitas – Coordenadora Administrativa e Financeira

Coordenação Geral do Projeto

Ademir Figueiredo – Coordenador de Estudos e Desenvolvimento

Angela Maria Schwengber – Supervisora dos Observatórios do Trabalho

Jackeline Natal – Supervisora do Escritório Regional do DIEESE/PE

Juliana Bacelar de Araújo – Técnica Responsável pelo Projeto

Equipe Executora

DIEESE

DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos

Rua Aurora, 957 – 1º andar – Centro – São Paulo – SP – CEP 01209-001

Fone: (11) 3874 5366 – Fax: (11) 3874 5394

E-mail: [email protected]

http://www.dieese.org.br

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................. 5

INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 6

1. ANÁLISE DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO RECIFE ............................................................... 8

1.1 Análise da Atividade Econômica por Estabelecimentos .................................................... 8

1.2 Movimentação do número de trabalhadores optantes do Programa do

Microempreendedor Individual (MEI) ......................................................................................... 10

2. QUADRO GERAL DO EMPREGO E DESEMPREGO NO RECIFE ............................................ 12

3. ANÁLISE DO SALDO DE POSTOS DE TRABALHO FORMAIS NO RECIFE ......................... 16

3.1 Comportamento do mercado de trabalho formal no Brasil, Grandes Regiões, Nordeste e

Pernambuco ..................................................................................................................................... 16

3.2 Quadro geral do emprego formal no Recife ........................................................................... 21

3.3 Movimentação do número de trabalhadores formais segundo características das principais

famílias ocupacionais ...................................................................................................................... 24

4. QUADRO-SÍNTESE DOS INDICADORES DO MERCADO DE TRABALHO ........................... 28

GLOSSÁRIO ........................................................................................................................................ 29

ANEXOS............................................................................................................................................... 31

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APRESENTAÇÃO

Este relatório faz parte do plano de trabalho do projeto Observatório do Trabalho do

Recife, parceria entre a Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento

Econômico da Prefeitura Municipal do Recife e o Departamento Intersindical de Estatística e

Estudos Socioeconômicos – DIEESE (Contrato nº 123).

O Observatório do Trabalho do Recife tem como objetivo produzir e acompanhar

indicadores sobre o mundo do trabalho, capazes de subsidiar a construção de políticas

públicas de emprego, trabalho e renda. Estas políticas públicas, além de orientar medidas de

inserção no mercado de trabalho, devem, também, estimular e promover iniciativas, por parte

das empresas, de ampliação e melhora das condições de admissão dos trabalhadores, em

especial no que diz respeito à qualificação e requalificação.

O presente Relatório Mensal faz uma síntese do comportamento do mercado de

trabalho formal no mês de julho de 2011 no município do Recife, em comparação aos

primeiros meses do ano e ao mesmo período do ano anterior. Esse relatório é feito

basicamente a partir dos dados descritos a seguir: i) do Cadastro Geral de Empregados e

Desempregados – CAGED, registro administrativo do Ministério do Trabalho e Emprego –

MTE; ii) da Pesquisa Mensal de Emprego e Desemprego – PED, pesquisa domiciliar para a

Região Metropolitana do Recife realizada pelo Convênio AGÊNCIA CONDEPE/FIDEM,

STQE, FSEADE-SP, DIEESE e MTE/FAT; e iii) da Receita Federal, referente ao número de

optantes do Programa do Microempreendedor Individual (MEI).

Inicia-se o relatório a partir da análise das atividades econômicas do município,

realizadas através do estudo dos estabelecimentos com vínculo ativo e das inscrições no

Programa do Microempreendedor Individual (MEI). Em seguida, é demonstrado o quadro

geral do emprego e desemprego municipal com o estudo das taxas de desemprego total, aberta

e oculta, das pessoas com 10 anos ou mais de idade por condição de atividade e dos ocupados

por posição na ocupação e setor de atividade. O capítulo 3 apresenta informações do saldo de

postos formais por localidades selecionadas, massa salarial e salário médio de admissão,

subsetor de atividade econômica e famílias ocupacionais. Por fim, é elaborado um quadro-

síntese com os principais indicadores do mercado de trabalho do município, tais como:

participação de mulheres, jovens e trabalhadores com ensino médio completo, tempo de

permanência inferior a 2,9 meses, tempo de permanência inferior a 6 meses, tempo de

permanência inferior a um ano, desligamento por justa causa e primeiro emprego.

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INTRODUÇÃO

Um breve panorama do mercado de trabalho e da atividade econômica no município

do Recife pode ser verificado a partir da análise do estoque de empregos formais e de

estabelecimentos com vínculo ativo, em 31/12, nos anos de 2009 e 2010.

O estoque de estabelecimentos e emprego formal no Recife vem aumentando nos

últimos anos (Anexo 1 e 2). Entre 2009 e 2010, observou-se um crescimento de 5,3% no total

de estabelecimento com vínculo ativo e de 8,4% nos empregos formais. Esta expansão do

estoque de estabelecimentos ocorreu, sobretudo, nos setores da Construção Civil, Serviços,

Comércio, Serviços Industriais de Utilidade Pública e da Administração Pública. Já o

emprego formal se ampliou mais fortemente nos setores da Construção Civil, Serviços,

Comércio e Indústria de Transformação (Tabela 1).

Em 2010, Recife detinha um estoque de 32.915 estabelecimentos com vínculo ativo

que geravam 670.595 empregos formais.

TABELA 1 Estoque e variação no número de estabelecimentos com vínculo ativo e empregos por

setor e subsetor de atividade econômica Recife, 2009 – 2010

2009 2010Variação

(%)2009 2010

Variação

(%)

Extrativa mineral 21 21 0,0 692 486 -29,8

Indústria de Transformação 2.288 2.290 0,1 37.701 39.405 4,5

Indústria de produtos minerais não metálicos 81 80 -1,2 2.364 2.393 1,2

Indústria metalúrgica 187 204 9,1 2.693 3.132 16,3

Indústria mecânica 87 88 1,1 1.302 1.453 11,6

Indústria do material elétrico e de comunicações 42 47 11,9 1.535 1.316 -14,3

Indústria do material de transporte 32 35 9,4 428 523 22,2

Indústria da madeira e do mobiliário 112 132 17,9 1.329 1.794 35,0

Indústria do papel, papelão, editorial e gráfica 293 317 8,2 3.521 3.390 -3,7

Ind. da borracha, fumo, couros, peles, similares, ind. diversas 128 149 16,4 1.117 1.387 24,2

Ind. química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria 225 197 -12,4 5.273 5.094 -3,4

Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos 318 349 9,7 3.338 3.839 15,0

Indústria de calçados 17 16 -5,9 338 449 32,8

Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico 766 676 -11,7 14.463 14.635 1,2

Serviços industriais de utilidade pública 56 66 17,9 10540 10238 -2,9

Construção civil 1.416 1.676 18,4 50.005 58.746 17,5

Comércio 12.174 12.810 5,2 105.974 115.971 9,4

Comércio varejista 10.327 10.850 5,1 82.324 89.037 8,2

Comércio atacadista 1.847 1.960 6,1 23.650 26.934 13,9

Serviços 15.031 15.770 4,9 234.805 266.346 13,4

Instituições de crédito, seguros e capitalização 646 644 -0,3 11.052 11.078 0,2

Com. e administração de imóveis, valores mobiliários, serv. Técnico 6.516 6.902 5,9 89.855 107.911 20,1

Transportes e comunicações 1.150 1.249 8,6 23.789 26.729 12,4

Serv. de alojamento, alimentação, reparação, manutenção, pessoais,

sociais e de lazer4.012 4.200 4,7 51.915 57.395 10,6

Serviços médicos, odontológicos e veterinários 1.887 1.934 2,5 27.506 32.276 17,3

Ensino 820 841 2,6 30.688 30.957 0,9

Administração pública direta e autárquica 101 108 6,9 176.405 176.785 0,2

Agropecuária 177 174 -1,7 2.544 2.618 2,9

Total 31.264 32.915 5,3 618.666 670.595 8,4

Subsetor de atividade

Estabelecimentos Emprego

Fonte: MTE - RAIS Elaboração: DIEESE

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Do total de estabelecimentos com vínculo ativo em 2010, 47,9% estavam localizados

no setor dos Serviços, 38,9% no Comércio, sobretudo o varejista, 7,0% na Indústria de

Transformação e 5,1% na Construção Civil (Tabela 2).

Contudo, verifica-se que o estoque de empregados formais estava mais bem

distribuído em 2010, com 39,7% dos trabalhadores formais empregados no setor dos Serviços

– principalmente nos setores de Comércio e administração de imóveis, valores mobiliários,

serviços técnicos e auxiliares de atividades econômicas e organizações internacionais e

representações estrangeiras (16,1%) e de Serviços de alojamento e alimentação, reparação e

manutenção, pessoais, sociais e de lazer (8,6%); 26,4% na Administração Pública; 17,3% no

Comércio – também com maior peso para o Comércio varejista; 8,8% na Construção Civil; e

5,9% na Indústria de Transformação, com destaque para a Indústria de produtos alimentícios,

bebidas e álcool etílico.

TABELA 2 Estoque e participação percentual de estabelecimentos com vínculo ativo e empregos

por setor e subsetor de atividade econômica Recife, 2010

Absoluto Part. (%) Absoluto Part. (%)

Extrativa mineral 21 0,1 486 0,1

Indústria de Transformação 2.290 7,0 39.405 5,9

Indústria de produtos minerais não metálicos 80 0,2 2.393 0,4

Indústria metalúrgica 204 0,6 3.132 0,5

Indústria mecânica 88 0,3 1.453 0,2

Indústria do material elétrico e de comunicações 47 0,1 1.316 0,2

Indústria do material de transporte 35 0,1 523 0,1

Indústria da madeira e do mobiliário 132 0,4 1.794 0,3

Indústria do papel, papelão, editorial e gráfica 317 1,0 3.390 0,5

Ind. da borracha, fumo, couros, peles, similares, ind. diversas 149 0,5 1.387 0,2

Ind. química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria 197 0,6 5.094 0,8

Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos 349 1,1 3.839 0,6

Indústria de calçados 16 0,0 449 0,1

Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico 676 2,1 14.635 2,2

Serviços industriais de utilidade pública 66 0,2 10.238 1,5

Construção civil 1.676 5,1 58.746 8,8

Comércio 12.810 38,9 115.971 17,3

Comércio varejista 10.850 33,0 89.037 13,3

Comércio atacadista 1.960 6,0 26.934 4,0

Serviços 15.770 47,9 266.346 39,7

Instituições de crédito, seguros e capitalização 644 2,0 11.078 1,7

Com. e administração de imóveis, valores mobiliários, serv. Técnico 6.902 21,0 107.911 16,1

Transportes e comunicações 1.249 3,8 26.729 4,0

Serv. de alojamento, alimentação, reparação, manutenção, pessoais,

sociais e de lazer4.200 12,8 57.395 8,6

Serviços médicos, odontológicos e veterinários 1.934 5,9 32.276 4,8

Ensino 841 2,6 30.957 4,6

Administração pública direta e autárquica 108 0,3 176.785 26,4

Agropecuária 174 0,5 2.618 0,4

Total 32.915 100,0 670.595 100,0

Subsetor de atividadeEstabelecimentos Emprego

Fonte: MTE - RAIS Elaboração: DIEESE

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1. ANÁLISE DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO RECIFE

1.1 Análise da Atividade Econômica por Estabelecimentos

Número de estabelecimentos demonstra tendência de crescimento entre julho de 2010 e julho de 2011

A análise da dinâmica da atividade econômica por estabelecimentos demonstra uma

tendência geral de crescimento do número de estabelecimentos que movimentaram no mês no

Recife no último ano. Entre julho de 2010 e julho de 2011 houve um crescimento de 24,4%

no número de estabelecimentos que movimentaram no mês, passando de 6.392

estabelecimentos em julho de 2010 para 7.951 em julho de 2011 (Gráfico 1).

Em relação ao mês anterior (junho de 2011), observou-se um crescimento de 1,8% no

número de estabelecimentos que fizeram alguma movimentação.

GRÁFICO 1 Número de estabelecimentos que movimentaram no mês

Recife, jul/2010 - jul/2011

6.3926.525 6.545

6.416

6.097

6.9796.854

7.317

8.172

7.753

8.026

7.8117.951

6.000

6.500

7.000

7.500

8.000

8.500

9.000

jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 fev/11 mar/11abr/11 mai/11 jun/11 jul/11

Fonte: MTE - Caged Estatístico Elaboração: DIEESE

A expansão no número de estabelecimentos também é observada para o estado de

Pernambuco e para a Região Metropolitana de Recife (RMR), com um crescimento de 25,4%

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no número de estabelecimentos que movimentaram no mês no Estado e 25,8% na RMR entre

julho de 2010 e julho de 2011 (Gráfico 2).

A participação do número de estabelecimentos da RMR em relação ao total do Estado

se mantém em aproximadamente 60% do total, enquanto que a participação do município do

Recife em relação ao total de Estado fica também estável em torno de 39%, no período de

julho de 2010 a julho de 2011.

GRÁFICO 2 Número de estabelecimentos que movimentaram no mês

Pernambuco, RMR e Recife, jul/10 - jul/2011

16.370

20.532

9.723

12.234

6.3927.951

5.000

7.000

9.000

11.000

13.000

15.000

17.000

19.000

21.000

23.000

PE

RMR

Recife

Fonte: MTE - Caged Estatístico Elaboração: DIEESE

Os Serviços lideraram como o setor com maior número de estabelecimento que

movimentaram no mês no Recife, seguido pelo setor do Comércio. Em julho de 2011, os dois

setores, em conjunto, representavam 82,1% do número de estabelecimentos que

movimentavam no Recife. A Indústria de Transformação participava com 9,0% do total de

estabelecimento, enquanto a Construção Civil detinha 7,6% (Tabela 3).

Entre os subsetores, destacam-se os de Comércio varejista; Serviços de alojamento e

alimentação, reparação e manutenção, pessoais, sociais e de lazer; e de Comércio e

Administração de imóveis, com participação de 31,1%, 17,6% e 14,7%, respectivamente.

Entre julho de 2010 e julho de 2011 observou-se um crescimento generalizado do

número de estabelecimentos por subsetores, exceto na Indústria química, de produtos

farmacêuticos e derivados e na Administração Pública.

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TABELA 3 Número de estabelecimentos que movimentaram no mês por subsetor de atividade

Recife, jul/2010, jun/11 e jul/2011

jun/11 jul/10

jul/11 jul/11

Indústria de Transformação 575 702 717 9,0 2,1 24,7

Extração de Minerais 5 7 5 0,1 -28,6 0,0

Indústria de Produtos Minerais não Metálicos 22 24 23 0,3 -4,2 4,5

Indústria Metalurgica 51 62 67 0,8 8,1 31,4

Indústria Mecânica 23 33 33 0,4 0,0 43,5

Indústria do Material Elétrico e de Comunicações 15 23 21 0,3 -8,7 40,0

Indústria do Material de Transporte 7 14 9 0,1 -35,7 28,6

Indústria da Madeira e do Mobiliario 24 34 41 0,5 20,6 70,8

Indústria do Papel, Papelão, Editorial e Gráfica 64 74 77 1,0 4,1 20,3

Ind. da Borracha, do Fumo, de Couros, Peles e Prod. Simil. e Ind. Div. 32 34 32 0,4 -5,9 0,0

Ind. Quim., de Prod. Farm., Veter., de Perf., Sabões, Velas e Mat. Pla 59 54 57 0,7 5,6 -3,4

Indústria Têxtil, do Vestuario e Artefatos de Tecidos 64 89 83 1,0 -6,7 29,7

Indústria de Calçados 3 5 4 0,1 -20,0 33,3

Indústria de Prod. Alimenticios, de Bebidas e Alcool Etilico 206 249 265 3,3 6,4 28,6

Servicos Indústriais de Utilidade Pública 18 31 35 0,4 12,9 94,4

Construção Civil 448 599 606 7,6 1,2 35,3

Comércio 2.569 2.793 2.978 37,5 6,6 15,9

Comércio Varejista 2.142 2.300 2.476 31,1 7,7 15,6

Comércio Atacadista 427 493 502 6,3 1,8 17,6

Serviços 2.732 3.627 3.550 44,6 -2,1 29,9

Instituições de Crédito, Seguros e de Capitalização 86 220 214 2,7 -2,7 148,8

Com Adm.Imov Val.Mob Serv.Tecn-Prof Aux.Ativ.Econ e Org.Int e Rep. Int 882 1.137 1.171 14,7 3,0 32,8

Transporte e Comunicações 191 252 265 3,3 5,2 38,7

Serv.Aloj Alim Rep Manut Res Domic Divers Radio Dif Tv Com. e Soc. 1.184 1.525 1.401 17,6 -8,1 18,3

Serviços Médicos, Odontológicos e Veterinários 226 289 325 4,1 12,5 43,8

Ensino 163 204 174 2,2 -14,7 6,7

Adm. Pública Direta e Autarquica 20 21 18 0,2 -14,3 -10,0

Agropecuária 30 38 47 0,6 23,7 56,7

Total 6.392 7.811 7.951 100,0 1,8 24,4

Part. (%)

em

jul/11

Variação (%)

jul/10Subsetor de atividade jun/11 jul/11

Fonte: MTE - Caged Estatístico Elaboração: DIEESE

1.2 Movimentação do número de trabalhadores optantes do Programa do

Microempreendedor Individual (MEI)

Forte crescimento do Programa do Microempreendedor Individual

Constatou-se uma forte expansão do Programa do Microempreendedor Individual1

(MEI) no Recife. Em 2010, estavam cadastrados 8.239 MEI no município do Recife. Em

31/07/2011, o número de optantes no programa já era de 13.688 (Tabela 3). Entre o final de

1 O Programa do Microempreendedor Individual é baseado na “Lei Complementar nº 128, de 19/12/2008, que cria condições especiais para que o trabalhador conhecido como informal possa se tornar um Empreendedor Individual legalizado. O Empreendedor Individual é a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário. Para ser um empreendedor individual, é necessário faturar no máximo até R$ 36.000,00 por ano, não ter participação em outra empresa como sócio ou titular; podendo ter até um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria.”. Fonte: http://www.portaldoempreendedor.gov.br/

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2010 e julho de 2011, houve um crescimento de 5.429 trabalhadores formalizados através do

programa, o que representa uma expansão de 65,9%.

O forte estímulo das políticas públicas de incentivo a formalização, sobretudo por

meio do Programa do Microempreendedor Individual – que concede redução da contribuição

ao INSS e simplificação de tributos –, tem-se demonstrado positivo na formalização dos

trabalhadores locais.

TABELA 4 Total de Optantes do Programa do Microempreendedor Individual por Município

Recife, dez/2010 - jul/2010

Absoluto %

31/12/2010 8.239 - -

31/01/2011 8.930 691 8,4

28/02/2011 9.478 548 6,1

31/03/2011 9.949 471 5,0

30/04/2011 10.475 526 5,3

31/05/2011 11.241 766 7,3

30/06/2011 12.152 911 8,1

31/07/2011 13.668 1.516 12,5

5.429 65,9

DataTotal de

optantes

Variação

Dez/10 - Jul/11 Fonte: Receita Federal (Estatísticas do SIMEI - Simples Nacional do Microempreendedor Individual) Elaboração: DIEESE

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12

2. QUADRO GERAL DO EMPREGO E DESEMPREGO NO RECIFE

Foi a taxa de desemprego no Recife em julho de 2011

A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pelo convênio AGÊNCIA

CONDEPE/FIDEM e DIEESE/SEADE na RMR, mostrou que em julho de 2011, no

município do Recife, havia uma população desempregada estimada em 93 mil pessoas, 2 mil

a menos que no mês anterior e 24 mil a menos que no mesmo mês do ano passado. (Tabela 5).

TABELA 5 Estimativas do número de pessoas de 10 anos ou mais segundo condição de

atividade Recife, jul/10, jun/11 e jul/11

jul/11 jul/11 jul/11 jul/11

jun/11 jul/10 jun/11 jul/10

População em Idade Ativa 1.362 1.395 1.400 5 38 0,4 2,8

População Economicamente Ativa 740 757 743 -14 3 -1,8 0,4

Ocupados 623 662 650 -12 27 -1,8 4,3

Desempregados 117 95 93 -2 -24 -2,1 -20,5

Em Desemprego Aberto 67 62 63 1 -4 1,6 -6,0

Em Desemprego Oculto Total 50 33 30 -3 -20 -9,1 -40,0

Inativos 622 638 657 19 35 3,0 5,6

Taxa de Participação 54,3% 54,3% 53,1%

jul/11

Absoluta

(em mil pessoas)

Variações

Relativa

(em %) Condição de atividade

Estimativas

(em mil pessoas)

jul/10 jun/11

Fonte: PED-RMR. Convênio: AGÊNCIA CONDEPE/FIDEM, SEJE, FSEADE-SP, DIEESE e MTE/FAT Elaboração: DIEESE

Taxa de desemprego registra relativa estabilidade no Recife

A taxa de desemprego total no Recife, em julho de 2011, era de 12,5%, estável em

relação ao mês anterior, mas menor em relação a julho de 2010, que havia apresentado taxa de

15,8%. Neste mesmo período, as taxas de desemprego aberto e oculto sofreram queda,

passando de 9,1% para 8,5% e de 6,7% para 4,0%, respectivamente (Gráfico 3).

A taxa de desemprego total do município do Recife em julho de 2011 é a menor

registrada para o mês de julho, desde o início da série em outubro de 1997.

Notou-se, também, entre julho de 2010 e julho de 2011, um aumento da População

Ocupada (PO) maior que o aumento da População Economicamente Ativa (PEA), o que

refletiu na taxa de participação do município. Essa taxa de participação passou de 54,3% para

12,5%

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13

53,1%, no período em análise. Em julho de 2011, a PO do Recife estava estimada em 650 mil

pessoas e a PEA em 743 mil pessoas.

GRÁFICO 3 Taxa de Desemprego por tipo (em %)

Recife, jul/10 - jul/11

9,1 8,9 9,0 8,7 7,9 7,5 7,3 7,9 7,8 8,4 8,2 8,2 8,5

6,7 6,4 6,35,5

4,84,4 4,8

5,0 5,1 4,6 4,2 4,4 4,0

15,8 15,3 15,314,2

12,711,9 12,1

12,9 12,9 13,012,4 12,6 12,5

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11 jul/11

Aberto Oculto Total

Fonte: PED-RMR. Convênio AGÊNCIA CONDEPE/FIDEM, STQE, FSEADE-SP, DIEESE e MTE/FAT Elaboração: DIEESE

A taxa de desemprego por atributos pessoais para o município do Recife demonstra,

seguindo a tendência do conjunto das regiões metropolitanas estudadas pela PED, um maior

desemprego entre as mulheres, os jovens (de 18 a 24 anos), os demais membros da família –

que não são chefes do domicílio – e as pessoas de cor não branca.

Contudo, deve-se destacar que, entre julho de 2010 e julho de 2011, houve uma

redução um pouco maior nas taxas de desemprego das mulheres, jovens, membros não chefe e

de cor não branca no Recife, como demonstram os dados da Tabela 6.

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14

TABELA 6 Taxas de Desemprego por Atributos Pessoais (em %)

Recife, jul/10, jun/11 e jul/11 jul/10 jun/11 jul/11

Homens 13,4 10,1 10,3

Mulheres 18,5 15,5 15,0

18 a 24 anos 29,7 26,0 24,8

25 a 39 anos 16,3 12,7 12,5

Mais de 40 anos 7,1 5,3 5,8

Chefe 8,5 6,3 6,6

Demais Membros 21,0 17,2 16,8

Branca 11,8 8,6 9,7

Não Branca 17,8 14,6 13,9

15,8 12,6 12,5

Posição no

Domicílio

Sexo

Faixa Etária1

Atributos pessoais

Total

Cor

Fonte: PED-RMR. Convênio AGÊNCIA CONDEPE/FIDEM, STQE, FSEADE-SP, DIEESE e MTE/FAT Elaboração: DIEESE Notas: (1) A amostra não comporta a desagregação para categoria de 10 a 17 anos

O nível de ocupação aumentou 4,3% em junho de 2011, comparado a igual período de

2010. Houve uma diminuição de 8 mil postos de trabalho na Indústria de Transformação,

único setor com queda no período (-14,8%). Nos demais setores, o movimento geral foi de

expansão da geração de empregos, com crescimento de 17,6% da ocupação no Comércio,

14,8% na Construção Civil e 7,6% para o agregado “Outros Setores” – que incluem os

Serviços Domésticos (Tabela 7).

O setor dos Serviços, principal empregador do município do Recife, representava

57,7% dos empregos formais em julho de 2011 e, no último ano, foi o que teve o menor

crescimento na geração de postos de trabalho (1,9%).

TABELA 7 Estimativas dos ocupados segundo setor de atividade

Recife, jul/10, jun/11 e jul/11

jul/11 jul/11

jun/11 jul/10

Ocupados 623 662 650 100,0 100,0 -1,8 4,3

Indústria de Transformação 54 47 46 8,7 7,1 -2,1 -14,8

Comércio 108 128 127 17,3 19,5 -0,8 17,6

Serviços 368 378 375 59,1 57,7 -0,8 1,9

Construção Civil 27 34 31 4,3 4,8 -8,8 14,8

Outros 1 66 75 71 10,6 10,9 -5,3 7,6

Setor de atividade

Variação

(em %)

jul/10

Estimativas

(em mil pessoas)

jul/10 jun/11 jul/11 jul/11

Distribuição

(em %)

Fonte: PED-RMR. Convênio: AGÊNCIA CONDEPE/FIDEM, SEJE, FSEADE-SP, DIEESE e MTE/FAT Elaboração: DIEESE Nota: (1) Incluem Serviços Domésticos, etc.

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15

No Recife, o nível de ocupação cresceu 4,3% no último ano, puxado principalmente pelo crescimento do assalariamento

O assalariamento total cresceu 7,9% frente a julho de 2010, com crescimento de 4,5%

no setor privado. Os assalariados com carteira registraram aumento de 8,9% e os sem carteira

decréscimo de 12,7%. Entre os trabalhadores assalariados, destaca-se a expansão de 20,7% do

setor público que, no período de análise, gerou 17 mil novos postos de trabalho (Tabela 8).

A quantidade de trabalhadores autônomos teve um decréscimo de 10,7% em 12 meses,

passando de 140 mil pessoas, em julho de 2010, para 125 mil em julho de 2011. Verificou-se

também um aumento de 12,1% no número de pessoas nas demais posições ocupacionais

(empregadores, empregados domésticos, donos de negócio familiar, trabalhadores familiares

sem remuneração, profissionais liberais e outras posições ocupacionais, etc.).

A população ocupada, segundo posição na ocupação, em julho de 2011 no município

do Recife detinha 65,1% de trabalhadores assalariados, 19,2% de autônomos e 15,7% de

trabalhadores nas demais posições ocupacionais. Do total de ocupados, 49,8% estavam

empregados no setor privado – com 8,5% desse total sem carteira de trabalho assinada – e

15,2% no setor público.

TABELA 8 Estimativas dos ocupados segundo posição na ocupação

Recife, jul/10, jun e jul/11

jul/11 jul/11

jun/11 jul/10

Ocupados 623 662 650 100,0 100,0 -1,8 4,3

Assalariados 1 392 424 423 62,9 65,1 -0,2 7,9

Setor Privado 310 327 324 49,8 49,8 -0,9 4,5

com carteira 247 268 269 39,6 41,4 0,4 8,9

sem carteira 63 59 55 10,1 8,5 -6,8 -12,7

Setor Público 2 82 97 99 13,2 15,2 2,1 20,7

Autônomos 140 130 125 22,5 19,2 -3,8 -10,7

Demais Posições 3 91 108 102 14,6 15,7 -5,6 12,1

Distribuição

(em %)

Estimativas

(em mil pessoas)

jul/10 jun/11 jul/11

Variação

(em %)

jul/10

Posição na

ocupaçãojul/11

Fonte: PED-RMR. Convênio: AGÊNCIA CONDEPE/FIDEM, SEJE, FSEADE-SP, DIEESE e MTE/FAT. Elaboração: DIEESE Notas: (1) Excluem os Empregados Domésticos. (2) Inclui os estatutários e celetistas que trabalham em instituições públicas (governos Municipal, Estadual, Federal, Empresa de Economia Mista, Autarquia, Fundação, etc.). (3) Inclui os empregadores, empregados domésticos, trabalhador familiar, donos de negócio familiar e outras atividades não definidas.

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16

3. ANÁLISE DO SALDO DE POSTOS DE TRABALHO FORMAIS NO RECIFE

3.1 Comportamento do mercado de trabalho formal no Brasil, Grandes

Regiões, Nordeste e Pernambuco

Saldo de emprego formal no Brasil foi de 140 mil vagas em julho de 2011

Segundo dados do CAGED/MTE, o saldo de empregos formais no Brasil em julho de

2011 foi de 140.5632, resultado de 1.696.863 admissões em contrapartida a 1.556.300

desligamentos. Esse é o quinto maior saldo para o mês desde 1999, quando se observa a

retomada sustentada da geração de empregos formais no país (Gráfico 4).

O resultado de julho representou um crescimento de 0,48% do estoque de

trabalhadores assalariados do país em relação ao mês anterior. Na série ajustada, que

incorpora as informações declaradas fora do prazo, no acumulado do ano, o montante de

empregos gerados atingiu 1.593.527 postos de trabalho, correspondendo a um aumento de

4,43% do estoque.

2 Esse saldo não inclui as omissões/atrasos.

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17

GRÁFICO 4 Evolução do saldo de vagas formais para meses de julho

Brasil, 1996 – 2011

9.110

-7.502

-21.454

8.057

105.842

71.38661.227

37.233

202.033

117.473

154.357

126.992

203.218

138.402

181.796

140.563

-50.000

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Fonte: MTE - Caged Elaboração: DIEESE Nota: A partir de 1996, o CAGED passa a utilizar a CNAE/95 com o intuito de compatibilizar os resultados do MTE com o de outros órgãos produtores de informação. Por isso, optou-se por esse ano para início da série histórica.

Os Serviços lideraram como o setor que mais contribuiu para o saldo de vagas no mês

de julho de 2011, com a geração líquida de 45.961 postos, o que representou 32,7% do total

de vagas criadas no Brasil. Destacaram-se os subsetores de Comércio e administração de

imóveis e o de Serviços de alojamento e alimentação, reparação e manutenção, pessoais,

sociais e de lazer, com participação de 13,2% e 13,6%, respectivamente.

O Comércio foi o segundo setor em geração de vagas no mês, com 28.538 (20,3%) –

com forte peso do comércio varejista –, seguido pela Construção Civil, com 25.632 (18,2%),

e a Indústria de transformação, com 23.610 vagas (16,8%) (Tabela 9).

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18

TABELA 9 Saldo de vagas por subsetor de atividade e participação (%)

Brasil, Julho/2011

Absoluto Part. (%)

Extrativa mineral 2.033 1,4

Indústria de Transformação 23.610 16,8

Indústria de produtos minerais não metálicos 2.473 1,8

Indústria metalúrgica 993 0,7

Indústria mecânica 2.021 1,4

Indústria do material elétrico e de comunicações 2.717 1,9

Indústria do material de transporte 2.479 1,8

Indústria da madeira e do mobiliário 1.262 0,9

Indústria do papel, papelão, editorial e gráfica 758 0,5

Ind. da borracha, fumo, couros, peles, similares, ind. diversas -3.308 -2,4

Ind. química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria 4.006 2,8

Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos 334 0,2

Indústria de calçados 3.738 2,7

Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico 6.137 4,4

Serviços industriais de utilidade pública 1.129 0,8

Construção civil 25.632 18,2

Comércio 28.538 20,3

Comércio varejista 21.356 15,2

Comércio atacadista 7.182 5,1

Serviços 45.961 32,7

Instituições de crédito, seguros e capitalização 2.128 1,5

Com. e administração de imóveis, valores mobiliários, serv. Técnico 18.500 13,2

Transportes e comunicações 7.530 5,4

Serv. de alojamento, alimentação, reparação, manutenção,

pessoais, sociais e de lazer19.170 13,6

Serviços médicos, odontológicos e veterinários 6.922 4,9

Ensino -8.289 -5,9

Administração pública direta e autárquica 13 0,0

Agropecuária 13.647 9,7

Total 140.563 100,0

Subsetores de atividadeSaldo

Fonte: MTE - Caged Elaboração: DIEESE

Nordeste teve o segundo melhor saldo do país e Pernambuco teve o melhor desempenho na região

A região com maior saldo positivo no mês foi o Sudeste, com 49,2% ou 69.201 vagas.

O Nordeste foi a segunda região que mais contribuiu com o saldo do mês: 39.953 vagas

(19,6%). O estado com maior participação no saldo do Nordeste em julho foi Pernambuco,

com 8.029 novos postos de trabalho, seguido pelo Ceará, com 7.820, e pelo Maranhão, com

3.021. Todos os Estados nordestinos tiveram saldo positivo (Gráfico 5).

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19

GRÁFICO 5 Evolução do saldo de vagas formais Estados do Nordeste, julho de 2011

8.029 7.820

3.021

2.0331.675 1.580 1.293 1.190 902

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

8.000

9.000

Fonte: MTE - Caged Elaboração: DIEESE

No estado de Pernambuco no mês de julho, o setor da Indústria de Transformação foi

o líder na geração de empregos formais com um saldo de 2.835 novas vagas (35,3% do total).

Em seguida vem a Agropecuária, com 2.746 vagas (34,2%), o setor dos Serviços, com 1.243

vagas (15,5%), e a Construção Civil, com 628 vagas (7,8%). A maioria dos setores apresentou

saldo positivo, com exceção da Administração Pública que teve uma pequena redução de

postos de trabalho nesse mês.

Recife foi a 3ª capital nordestina no saldo de vagas em julho e respondeu por 11,9% dos empregos gerados em Pernambuco

Entre as capitais nordestinas, Recife teve o terceiro melhor desempenho para o mês de

julho com um saldo de 952 vagas formais geradas. A capital pernambucana foi responsável

pela geração de 11,9% do saldo de empregos formais do estado de Pernambuco no mês. A

Região Metropolitana de Recife, com um saldo de 2.470 vagas, respondeu por 30,8% do total

de postos de trabalho formais gerados no Estado (Tabela 10).

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20

TABELA 10 Saldo de vagas por localidades selecionadas

Brasil, Nordeste, Pernambuco, RMR e Recife, jun/2011-jul/2011

Brasil 215.393 140.563 -34,7

Nordeste 39.953 27.543 -31,1

Pernambuco 11.328 8.029 -29,1

RMR 4.318 2.470 -42,8

Recife 1.120 952 -15,0

Demais Municípios 3.198 1.518 -52,5

Localidade jun/11Variação

(%)jul/11

Fonte: MTE - Caged Elaboração: DIEESE

Apesar do crescimento real dos salários de admissão, a massa salarial caiu no país, PE e RMR. No Recife, houve queda do salário dos admitidos e da massa

salarial

Em relação aos salários, nota-se uma variação real positiva entre o salário médio de

admissão entre julho de 2010 e julho de 2011, exceto no município do Recife.

No Brasil, constatou-se um crescimento de 3,1% nos salários médios entre os dois

períodos. O salário médio de admissão passou de R$ 898,98 para R$ 926,70. No estado de

Pernambuco a variação foi menor, mas também positiva em 2,4%. Destaca-se, para este

período, o expressivo crescimento real dos salários médios de admissão na RMR (6,3%). No

Recife, verificou-se uma variação negativa de -0,5% (Tabela 11).

TABELA 11 Salário médio real, massa salarial e relação entre salários

Brasil, PE, RMR e Recife, jul/2010 e jul/2011

Adm Deslig

Brasil 181.796 898,98 965,75 63.418.693 0,93

Pernambuco 9.946 792,18 832,18 6.110.102 0,95

RMR 4.858 853,97 883,01 3.247.262 0,97

Recife 3.326 853,99 887,77 2.204.653 0,96

Brasil 140.563 926,70 988,72 33.741.124 0,94

Pernambuco 8.029 811,39 874,92 3.864.883 0,93

RMR 2.470 908,08 933,59 1.495.277 0,97

Recife 952 849,52 894,53 53.855 0,95

Brasil -41.233 3,1 2,4 -29.677.569 0,0

Pernambuco -1.917 2,4 5,1 -2.245.219 -0,0

RMR -2.388 6,3 5,7 -1.751.985 0,0

Recife -2.374 -0,5 0,8 -2.150.798 -0,0

jul/11

Variação

Período Localidade

jul/10

SaldoSalário médio real Massa Salarial

Adm (-) Deslig

Relação Salários

Adm/ Deslig

Fonte: MTE - Caged Elaboração: DIEESE Nota: Valores deflacionados pelo INPC a preços reais de julho de 2011

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21

Apesar do crescimento real dos salários de admissão no país, PE e RMR, a massa

salarial em julho de 2011 foi, de forma generalizada, menor que no mesmo mês de 2010,

reflexo do menor saldo de vagas verificado nesse período para o total do país, do estado de

Pernambuco, da Região Metropolitana de Recife e do município do Recife.

3.2 Quadro geral do emprego formal no Recife

No Recife foram criados 13.144 novos postos de trabalho nos sete primeiros meses do ano

O saldo de julho no Recife foi de 952 vagas, resultado, principalmente, do bom

desempenho do setor dos Serviços na geração de emprego. Este resultado é menor que o

observado para junho de 2011, de 1.120, e 71,4% menor do que o mesmo mês do ano

anterior. Apesar de positivo, esse saldo de vagas em julho é apenas o quinto melhor desde o

início dos anos 2000 (Gráfico 6).

GRÁFICO 6

Evolução do saldo de vagas formais para meses de julho Recife, 1996 – 2011

-495

-1.142

-331

-808

89

-198-406

-549

291

732

1.047

734

1.023

1.927

3.326

952

-1.500

-1.000

-500

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

19

96

19

97

19

98

19

99

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

Fonte: MTE - Caged Elaboração: DIEESE Nota: A partir de 1996, o CAGED passa a utilizar a CNAE/95 com o intuito de compatibilizar os resultados do MTE com o de outros órgãos produtores de informação. Por isso, optou-se por esse ano para início da série histórica.

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22

O saldo positivo de 952 postos de trabalho, registrado no Recife, se deu pela

combinação da geração de 17.721 novas vagas em contrapartida a eliminação de 16.769

postos.

Nos sete primeiros meses do ano, Recife acumulou um saldo de 13.144 novas vagas

geradas, considerando-se os ajustes.

O setor dos Serviços foi o principal gerador de empregos no município

Seguindo a dinâmica nacional, os Serviços lideraram como o setor que mais contribuiu

para o saldo de vagas do Recife no mês de julho de 2011, com a geração líquida de 1.002

postos de trabalho. Neste setor, os Serviços de alojamento e alimentação, reparação e

manutenção, pessoais, sociais e de lazer foram responsáveis por 571 vagas, seguido pelos

subsetores de Serviços médicos, odontológicos e veterinários, com 171 postos, e Comércio e

administração de imóveis, com 157 vagas. O subsetor de Ensino fechou 65 vagas no mês

(Tabela 12).

O setor de Serviços Industriais de Utilidade Pública foi o segundo em geração de

postos de trabalho, com 233 vagas. Em seguida, aparece a Agropecuária, com 38 vagas

geradas, e a Extrativa Mineral, com 4 vagas.

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23

TABELA 12 Saldo de vagas por subsetor de atividade e variação (%)

Recife, jul/2010 e jul/2011

Subsetores de atividade jul/10 jul/11Variação

(%)

Extrativa mineral 4 4 0,0

Indústria de Transformação 301 -28 -109,3

Indústria de produtos minerais não metálicos -6 -11 83,3

Indústria metalúrgica 34 2 -94,1

Indústria mecânica 36 29 -19,4

Indústria do material elétrico e de comunicações 32 -2 -106,3

Indústria do material de transporte 25 0 -100,0

Indústria da madeira e do mobiliário 9 -38 -522,2

Indústria do papel, papelão, editorial e gráfica 18 -2 -111,1

Ind. da borracha, fumo, couros, peles, similares, ind. diversas 12 14 16,7

Ind. química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria 41 38 -7,3

Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos -7 -24 242,9

Indústria de calçados -3 -6 100,0

Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico 110 -28 -125,5

Serviços industriais de utilidade pública 91 233 156,0

Construção civil 1.188 -77 -106,5

Comércio -84 -208 147,6

Comércio varejista -145 -300 106,9

Comércio atacadista 61 92 50,8

Serviços 1.743 1.002 -42,5

Instituições de crédito, seguros e capitalização -1 2 -300,0

Com. e administração de imóveis, valores mobiliários, serv. Técnico 805 157 -80,5

Transportes e comunicações 112 166 48,2

Serv. de alojamento, alimentação, reparação, manutenção, pessoais,

sociais e de lazer171 571 233,9

Serviços médicos, odontológicos e veterinários 789 171 -78,3

Ensino -133 -65 -51,1

Administração pública direta e autárquica 24 -12 -150,0

Agropecuária 59 38 -35,6

Total 3.326 952 -71,4 Fonte: MTE - Caged Elaboração: DIEESE

Os setores do Comércio, Construção Civil, Administração Pública e Indústria de

Transformação tiveram redução de postos de trabalho em julho, o que influenciou

negativamente no resultado do saldo de emprego formal neste mês. Dentre os subsetores com

saldo negativo de vagas, destaca-se a redução de 300 postos de trabalho no comércio

varejista.

Por fim, vale ressaltar que o setor dos Serviços, sozinho, respondeu por 93,3% das

vagas formais geradas, entre janeiro e julho de 2011, no Recife, reafirmando a sua

importância na economia municipal.

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24

3.3 Movimentação do número de trabalhadores formais segundo

características das principais famílias ocupacionais

Família ocupacional que mais contribuiu para o saldo no Recife foi a de Ajudantes de obras civis

As dez famílias ocupacionais com maior saldo positivo em julho geraram um resultado

de 894 postos de trabalho. Por outro lado, as dez que mais eliminaram postos, somaram um

saldo negativo total de -645 vagas.

Em relação às famílias ocupacionais com saldo positivo, a que mais contribuiu para o

saldo de vagas em julho de 2011 foi a de Ajudantes de obras civis com 198 vagas, equivalente

a 9,3% do saldo do Recife, com um salário médio de admissão de R$ 615,94 e de

desligamento de R$ 665,26 (ou seja, quase R$ 50,00 reais a menos, o que representa uma

perda salarial na carreira de 8%). Essa família foi responsável por apenas 1,3% da massa

salarial gerada em julho (Tabela 13).

Em seguida, aparecem os Vigilantes e guardas de segurança com 7,2% do saldo,

salário de admissão de R$ 662,87 e de desligamento de R$ 850,38 (ou seja, uma perda salarial

de 28% no rendimento médio da categoria). A contribuição desta família para a massa salarial

em julho foi de 4,3%.

Cabe destacar que praticamente todas as dez famílias ocupacionais que mais

empregaram no Recife, em julho de 2011, tiveram redução salarial, ou seja, um menor salário

de admissão em comparação ao de desligamento, exceto entre os Trabalhadores de

instalações elétricas.

Nas famílias que apresentaram saldo negativo, a distribuição do resultado deu-se de

forma mais concentrada. Os Operadores de telemarketing eliminaram 207 postos de trabalho,

o que representou 17,5% do total, seguido pelos Agentes, assistentes e auxiliares

administrativos, com 14,5%.

Os Operadores de telemarketing, no mês de julho, foram admitidos com um salário

médio de R$ 562,83 e desligados por R$ 539,28, o que representou um pequeno ganho

salarial na categoria, de 4,4%. O mesmo ocorre com os Agentes, assistentes e auxiliares

administrativos que, no mês de julho, obtiveram ganhos salariais de 5,1%.

Entre as dez famílias ocupacionais que mais desligaram no Recife, em julho de 2011,

não se observou uma tendência generalizada em termos de evolução salarial. Enquanto

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metade obteve ganhos salariais, a outra parte sofreu perdas em seus salários médios de

admissão em comparação aos de desligamento.

TABELA 13 Ranking das famílias ocupacionais selecionadas pelo saldo, salários de admissão e

desligamento e massa salarial Recife, Jul/2011

Adm (-)

Deslig

Partici-

pação (%)

Admiti-

dos

Desliga-

dos

Relação

adm/deslig

Adm (-)

Deslig

Partici-

pação

(%)

1º Ajudantes de obras civis 198 9,3 615,94 665,26 0,93 18.638 1,3

2º Vigilantes e guardas de segurança 154 7,2 662,87 850,38 0,78 60.268 4,3

3º Trabalhadores de instalações elétricas 98 4,6 869,16 848,10 1,02 88.273 6,3

4º Garçons, barmen, copeiros e sommeliers 90 4,2 568,08 602,08 0,94 36.034 2,6

5º Trabalhadores nos serviços de administração de edifícios 66 3,1 574,36 582,21 0,99 36.289 2,6

6ºInstaladores e reparadores de linhas e cabos elétricos, telefônicos e

de comunicação de dados66 3,1 687,56 806,60 0,85 43.593 3,1

7º Trabalhadores nos serviços de manutenção de edificações 57 2,7 585,92 607,38 0,96 25.502 1,8

8º Motociclistas e ciclistas de entregas rápidas 57 2,7 591,19 644,16 0,92 26.917 1,9

9º Técnicos e auxiliares de enfermagem 56 2,6 763,88 958,95 0,80 8.640 0,6

10º Trabalhadores agrícolas na fruticultura 52 2,4 560,00 560,00 1,00 29.120 2,1

894 41,9 628,72 677,90 0,93 373.274 26,7

1.241 58,1 923,20 939,56 0,98 1.023.617 73,3

Total (com saldo positivo) 2.135 100,0 819,46 850,67 0,96 1.396.891 100,0

1º Operadores de telemarketing -207 17,5 562,83 539,28 1,04 -100.707 7,5

2º Agentes, assistentes e auxiliares administrativos -172 14,5 813,14 773,39 1,05 -81.543 6,1

3º Trabalhadores na fabricação e conservação de alimentos -54 4,6 749,35 566,17 1,32 -27.459 2,0

4º Técnicos em eletricidade e eletrotécnica -42 3,6 1.410,44 924,89 1,52 -23.308 1,7

5º Gerentes de comercialização, marketing e comunicação -41 3,5 2.437,13 2.808,84 0,87 -137.837 10,3

6º Professores na área de formação pedagógica do ensino superior -39 3,3 520,50 1.271,95 0,41 -51.109 3,8

7º Recepcionistas -31 2,6 675,47 704,69 0,96 -30.903 2,3

8º Gerentes administrativos, financeiros, de riscos e afins -23 1,9 2.300,80 2.475,67 0,93 -66.558 5,0

9º Trabalhadores na operação de máquinas de concreto usinado -18 1,5 1.082,30 1.012,46 1,07 -17.526 1,3

10º Gerentes de operações comerciais e de assistência técnica -18 1,5 827,63 1.479,35 0,56 -37.056 2,8

-645 54,5 831,90 844,77 0,98 -574.006 42,7

-538 45,5 1.068,83 1.144,58 0,93 -769.030 57,3

Total (com saldo negativo) -1.183 100,0 943,75 985,19 0,96 -1.343.036 100,0

952 - 849,52 894,53 0,95 53.855 -

Saldo Salários Massa salarial

Famílias ocupacionais

Subtotal das 10 famílias

Demais famílias (com saldo positivo)

Total

Subtotal das 10 famílias

Demais famílias (com saldo negativo)

Fonte: MTE - Caged Elaboração: DIEESE

Ao observar a movimentação de julho das famílias ocupacionais do Recife por setores

de atividade econômica, verifica-se que tanto para as dez com maior saldo positivo quanto

para as dez com maior saldo negativo, o setor dos Serviços foi o setor que apresentou a maior

participação nesse resultado (70,7% do total das dez famílias ocupacionais com melhores

saldos positivos).

Neste setor merecem destaques entre as dez famílias que mais empregaram os

Vigilantes e guardas de segurança, Ajudantes de obras civis e Garçons, barmen, copeiros e

sommeliers. Na sequência, aparece o setor de Serviços Industriais de Utilidade Pública, cujo

resultado deu-se, basicamente, pela movimentação positiva dos Trabalhadores de instalações

elétricas.

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Do mesmo modo, quando se observa o saldo negativo das dez famílias ocupacionais

pelos setores de atividade econômica, verifica-se que o setor dos Serviços respondeu pela

maior parte da eliminação de postos de trabalho no mês (62,2% do total). Cabe ressaltar que

mais da metade do saldo negativo neste setor ocorreu devido aos Operadores de

telemarketing. Em conjunto com os Agentes, assistentes e auxiliares administrativos,

Técnicos de eletricidade e eletrotécnica e Professores na área de formação pedagógica do

ensino superior, essas ocupações responderam por uma parcela considerável do saldo

negativo setorial (58,6%) (Tabela 14).

TABELA 14

Ranking das famílias ocupacionais selecionadas pelo saldo e setor de atividade econômica

Recife, Jul/2011 Extrativa

mineral

Ind. de

Transf.SIUP

Constr.

CivilComércio Serviços

Adm.

Pública

Agrope-

cuáriaTotal

1º Ajudantes de obras civis 1 11 19 38 -5 135 0 -1 198

2º Vigilantes e guardas de segurança 0 1 0 -4 -2 156 0 3 154

3º Trabalhadores de instalações elétricas 0 -1 86 21 -1 -8 0 1 98

4º Garçons, barmen, copeiros e sommeliers 0 -3 0 10 -3 85 0 1 90

5º Trabalhadores nos serviços de administração de edifícios 0 1 0 -1 2 64 0 0 66

6ºInstaladores e reparadores de linhas e cabos elétricos, telefônicos e

de comunicação de dados0 0 9 3 1 53 0 0 66

7º Trabalhadores nos serviços de manutenção de edificações 1 -3 0 10 1 47 1 0 57

8º Motociclistas e ciclistas de entregas rápidas 0 1 0 1 8 47 0 0 57

9º Técnicos e auxiliares de enfermagem 0 0 0 -2 4 53 1 0 56

10º Trabalhadores agrícolas na fruticultura 0 0 0 0 0 0 0 52 52

Total das 10 famílias com maiores saldos positivos 2 7 114 76 5 632 2 56 894

1º Operadores de telemarketing -1 1 0 1 11 -219 0 0 -207

2º Agentes, assistentes e auxiliares administrativos 0 -4 8 16 -100 -81 0 -11 -172

3º Trabalhadores na fabricação e conservação de alimentos 0 -43 0 0 -9 -2 0 0 -54

4º Técnicos em eletricidade e eletrotécnica 0 -2 3 1 1 -45 0 0 -42

5º Gerentes de comercialização, marketing e comunicação 1 0 0 0 -37 -5 0 0 -41

6º Professores na área de formação pedagógica do ensino superior 0 0 0 0 0 -33 -6 0 -39

7º Recepcionistas 0 -1 0 7 -28 -8 -1 0 -31

8º Gerentes administrativos, financeiros, de riscos e afins 0 -5 -1 -2 -7 -6 -1 -1 -23

9º Trabalhadores na operação de máquinas de concreto usinado 0 0 0 -20 1 1 0 0 -18

10º Gerentes de operações comerciais e de assistência técnica 0 1 0 0 -16 -3 0 0 -18

Total das 10 famílias com maiores saldos negativos 0 -53 10 3 -184 -401 -8 -12 -645

4 -28 233 -77 -208 1.002 -12 38 952Total

Famílias ocupacionais

Fonte: MTE - Caged Elaboração: DIEESE

Em relação às famílias ocupacionais segundo tamanho dos estabelecimentos, verifica-

se que no mês de julho o saldo das dez famílias que mais empregaram se encontrava

principalmente entre os estabelecimentos micro (com até 4 empregados), que responderam

por 369 vagas (ou 41,3% do total). Nestes estabelecimentos, o destaque foi para a família de

Ajudantes de obras civis, com 149 novos postos (ou 40,4% do total desta família ocupacional

e 16,7% do subtotal das 10 famílias com saldo positivo). Em seguida, encontram-se os

estabelecimentos entre 100 e 249 empregados, com saldo de 209 vagas, e os entre 500 e 999

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empregados, com 157 vagas. Em termos percentuais estes dois grupos respondem por 23,4%

e 17,6%, respectivamente, do saldo total (Tabela 15).

Entre as famílias que eliminaram vagas (saldo negativo), merecem destaque os

grandes estabelecimentos (1000 ou mais empregados), com redução de 641 vagas, ou 99,4%

do total de 645 vagas eliminadas pelas dez famílias ocupacionais com maiores saldos

negativos. Nestes estabelecimentos, as famílias ocupacionais de Operadores de telemarketing

e Agentes, assistentes e auxiliares administrativos foram os principais grupos a perderem

postos de trabalho. Em conjunto, essas duas categorias ocupacionais representaram 82,2% do

total de vagas perdidas nos grandes estabelecimentos e 81,7% da redução de postos no

subtotal das 10 famílias com saldo negativo.

TABELA 15 Ranking das famílias ocupacionais selecionadas pelo saldo e segundo tamanho do

estabelecimento Recife, Jul/2011

Até 4De 5

a 9

De 10

a 19

De 20

a 49

De 50

a 99

De 100

a 249

De 250

a 499

De 500

a 999

1000 ou

maisTotal

1º Ajudantes de obras civis 149 58 58 48 -73 88 -96 -30 -4 198

2º Vigilantes e guardas de segurança 0 0 23 7 -25 -3 166 -10 -4 154

3º Trabalhadores de instalações elétricas 12 2 -1 4 -1 -5 -64 153 -2 98

4º Garçons, barmen, copeiros e sommeliers 78 -10 22 4 8 -23 0 -3 14 90

5º Trabalhadores nos serviços de administração de edifícios 21 -7 8 9 18 -1 -6 17 7 66

6ºInstaladores e reparadores de linhas e cabos elétricos, telefônicos e

de comunicação de dados 9 0 -3 0 -3 55 0 9 -1 66

7º Trabalhadores nos serviços de manutenção de edificações 29 -13 0 11 2 17 2 -1 10 57

8º Motociclistas e ciclistas de entregas rápidas 66 0 -4 4 -4 12 -15 0 -2 57

9º Técnicos e auxiliares de enfermagem 5 -2 2 5 -4 17 -12 22 23 56

10º Trabalhadores agrícolas na fruticultura 0 0 0 0 0 52 0 0 0 52

Total das 10 famílias com maiores saldos positivos 369 28 105 92 -82 209 -25 157 41 894

1º Operadores de telemarketing 14 3 0 -6 11 21 0 43 -293 -207

2º Agentes, assistentes e auxiliares administrativos 66 -15 -35 6 12 -21 8 41 -234 -172

3º Trabalhadores na fabricação e conservação de alimentos 2 -2 -1 -1 -4 5 0 -53 0 -54

4º Técnicos em eletricidade e eletrotécnica 4 2 1 0 2 0 -4 -1 -46 -42

5º Gerentes de comercialização, marketing e comunicação 4 -4 -19 -10 -4 -5 -1 0 -2 -41

6º Professores na área de formação pedagógica do ensino superior 0 1 0 1 -4 -11 -1 -6 -19 -39

7º Recepcionistas 22 -15 3 -15 -1 0 12 7 -44 -31

8º Gerentes administrativos, financeiros, de riscos e afins -2 -8 0 -2 0 -3 -2 -4 -2 -23

9º Trabalhadores na operação de máquinas de concreto usinado 0 0 1 1 -3 -3 -11 -3 0 -18

10º Gerentes de operações comerciais e de assistência técnica 0 -1 -7 -3 -4 0 0 -2 -1 -18

Total das 10 famílias com maiores saldos negativos 110 -39 -57 -29 5 -17 1 22 -641 -645

1.239 -36 -2 -22 -158 418 -52 156 -591 952

Famílias ocupacionais

Total Fonte: MTE - Caged Elaboração: DIEESE

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4. QUADRO-SÍNTESE DOS INDICADORES DO MERCADO DE TRABALHO

QUADRO 1 Indicadores do Mercado de Trabalho

Brasil, Pernambuco, RMR e Recife, Jul/2010 e Jul/2011

Brasil Pernambuco RMR Recife Brasil Pernambuco RMR Recife

Mulheres 33,2 38,6 26,5 26,2 38,6 44,0 21,9 24,6

Jovens (até 24 anos) 70,2 42,9 47,5 41,7 86,6 53,9 74,8 97,9

Ensino médio completo 61,2 43,3 60,1 57,7 63,5 25,7 46,6 64,1

Permanência inferior a

2,9 meses22,3 21,6 19,7 19,1 21,7 17,2 16,4 16,1

Permanência inferior a 6

meses41,7 38,6 37,7 36,9 42,6 35,9 36,2 35,1

Permanência inferior a

um ano60,4 58,5 58,0 57,7 62,0 58,6 59,8 57,7

Demissão sem justa

causa, Término contrato

trabalho por prazo

determinado

71,2 81,5 80,1 78,6 69,6 81,8 80,9 79,5

Primeiro emprego 15,2 19,2 17,9 18,6 14,8 17,7 15,3 17,0

Referente ao saldo

Referente aos desligamentos

Referente aos admitidos

Indicadoresjul/10 jul/11

Fonte: MTE - Caged Elaboração: DIEESE

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GLOSSÁRIO

Atividade econômica: Conjunto de unidades de produção caracterizado pelo produto produzido, classificado conforme sua produção principal. O IBGE possui, dentre outras, uma classificação de nove setores de atividade econômica: extrativa mineral; indústria de transformação; serviços industriais de utilidade pública; construção civil; comércio; serviços; administração pública; agropecuária, extrativa vegetal, caça e pesca; e ‘outros’. CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados): É um registro administrativo do Ministério do Trabalho e Emprego, de periodicidade mensal e que contém as declarações de estabelecimentos com movimentação (admissões ou desligamentos) prestadas até o dia 7 do mês subseqüente à movimentação. CBO (Classificação Brasileira de Ocupações): é o documento que reconhece, nomeia e codifica os títulos e descreve as características das ocupações do mercado de trabalho brasileiro. Foi instituída pela portaria ministerial nº. 397, de 9 de outubro de 2002, e tem por finalidade a identificação das ocupações no mercado de trabalho, para fins classificatórios junto aos registros administrativos e domiciliares. CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas): É um instrumento padrão de classificação para identificação das unidades produtivas do Brasil, sob o enfoque das atividades econômicas existentes. É desenvolvida sob a coordenação do IBGE, de forma compatível com a International Standard Industrial Classification – ISIC, terceira revisão aprovada pela Comissão de Estatística das Nações Unidas em 1989 e recomendada como instrumento de harmonização das informações econômicas em âmbito internacional. Desempregados: são os indivíduos que se encontram numa das seguintes situações: a) DESEMPREGO ABERTO - pessoas que procuraram trabalho de modo efetivo nos 30 dias anteriores ao da entrevista e não exerceram nenhum trabalho nos últimos sete dias; b) DESEMPREGO OCULTO - Pelo trabalho precário: pessoas que realizam de forma irregular algum trabalho remunerado (ou pessoas que realizam trabalho não remunerado em ajuda a negócios de parentes) e que procuraram mudar de trabalho nos 30 dias anteriores ao da entrevista, ou que, não tendo procurado neste período, o fizeram até 12 meses atrás; Pelo trabalho desalento: pessoas que não possuem trabalho e nem procuraram nos últimos 30 dias, por desestímulos do mercado de trabalho ou por circunstâncias fortuitas, mas procuraram efetivamente trabalho nos últimos 12 meses.(*) Estoque do emprego: número de vínculos formais nos estabelecimentos do município, da região metropolitana ou do Estado. Família ocupacional: cada família ocupacional constitui um conjunto de ocupações similares correspondente a um domínio de trabalho mais amplo que aquele da ocupação. Inativos: população com dez anos ou mais de idade que não está ocupada ou desempregada INPC: Índice Nacional de Preços ao Consumidor é medido pelo IBGE em 11 capitais brasileiras. Considera apenas famílias com renda entre 1 e 8 salários mínimos. Massa salarial: representa a soma de todos os salários brutos pagos aos trabalhadores durante um período. Ocupados: são os indivíduos que: a) possuem trabalho remunerado exercido regularmente; b) possuem trabalho remunerado exercido de forma irregular, desde que não estejam procurando trabalho diferente do atual. Excluem-se as pessoas que, não tendo procurado trabalho, exerceram de forma excepcional algum trabalho nos últimos 30 dias; c) possuem trabalho não remunerado de ajuda em negócios de parentes, ou remunerado em espécie ou benefício, sem procura de trabalho. (*)

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PEA (População Economicamente Ativa): população ocupada ou desempregada com dez anos ou mais de idade

PIA (População em Idade Ativa): população com dez anos ou mais de idade. RAIS (Relação Anual de Informações Sociais): é um Registro Administrativo, de periodicidade anual, criada com a finalidade de suprir as necessidades de controle, de estatísticas e de informações às entidades governamentais da área social. Constitui um instrumento imprescindível para o cumprimento das normas legais, como também é de fundamental importância para o acompanhamento e a caracterização do mercado de trabalho formal. Rendimento do Trabalho: corresponde ao rendimento monetário bruto (sem descontos de imposto de renda e previdência), efetivamente recebido, referente ao trabalho no mês imediatamente anterior ao da pesquisa. Para os assalariados, são considerados os descontos por falta, ou acréscimos devido há horas extras, gratificações, etc. Não são computados o décimo terceiro salário e os benefícios indiretos. Para os empregadores, autônomos e demais posições, é considerada a retirada mensal. Rendimento Médio: refere-se à média trimestral do rendimento mensal real no trabalho principal. A média trimestral é calculada a partir de valores nominais mensais, inflacionados pelo INPC/RMR-IBGE, até o último mês do trimestre. Os dados de rendimento, investigados em cada mês, referem-se ao mês imediatamente anterior ao da coleta e, portanto, têm sempre esta defasagem em relação às demais informações da pesquisa. (*) Saldo do emprego: resultado da diferença entre admissões e desligamentos nos estabelecimentos declarantes do CAGED. Indica o emprego efetivamente criado no período. SIUP (Serviço industrial de utilidade pública): é a indústria de geração e distribuição de energia elétrica, de beneficiamento e distribuição de água à população e de produção e distribuição de gás encanado. Taxa de desemprego total: equivale à relação entre Desempregados e População Economicamente Ativa. Indica a proporção da PEA que se encontra na situação de desemprego aberto ou oculto. (*) Taxa de participação: é a relação entre a População Economicamente Ativa e a População em Idade Ativa (PEA/PIA). Indica a proporção de pessoas com dez anos ou mais incorporadas ao mercado de trabalho, como ocupados ou desempregados. (*) Variação percentual do estoque de emprego (%): Indica o aumento ou a diminuição do estoque do emprego em decorrência da criação/perda de empregos no período. É calculado através da fórmula: saldo da movimentação do mês/ano ÷ estoque inicial do mesmo mês de referência x 100. (*) Conceitos e indicadores retirados do boletim do Mercado de Trabalho na Região Metropolitana do Recife elaborado pelo SISTEMA PED em um convênio entre a Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (CONDEPE/FIDEM), Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE).

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ANEXOS

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ANEXO 1 Evolução do estoque de estabelecimentos com vínculo ativo

Recife, 2000 – 2010

23.987

32.915

20.000

22.000

24.000

26.000

28.000

30.000

32.000

34.000

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Variação de

37,2% entre

2000 e 2010

Fonte: MTE - RAIS Elaboração: DIEESE

ANEXO 2 Evolução do estoque de empregos formais

Recife, 2000 – 2010

453.568

670.595

400.000

450.000

500.000

550.000

600.000

650.000

700.000

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Variação de

47,8% entre

2000 e 2010

Fonte: MTE - RAIS Elaboração: DIEESE