36o Encontro Espírita sobre O Livro dos Espíritos · 2020-02-15 · 36º Encontro Espírita sobre...

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o 36 Encontro Espírita sobre O Livro dos Espíritos 23, 24 e 25 de fevereiro de 2020 Tema Central: “ENCARNAÇÃO DOS ESPÍRITOS” Patrono Allan Kardec CENTRO ESPÍRITA LÉON DENIS

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o36 Encontro Espírita sobreO Livro dos Espíritos

23, 24 e 25 defevereiro de 2020

Tema Central:

“ENCARNAÇÃO DOS ESPÍRITOS”

PatronoAllan Kardec

CENTRO ESPÍRITA LÉON DENIS

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CENTRO ESPÍRITA LÉON DENIS

36o Encontro Espírita sobre O Livro dos Espíritos

TEMA CENTRAL: “ENCARNAÇÃO DOS ESPÍRITOS”

Allan Kardec Patrono Espiritual do Encontro

23, 24 e 25 de fevereiro de 2020

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36º Encontro Espírita sobre O Livro dos Espíritos

Tema central: “Encarnação dos espíritos – Deus Na Alma”

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CENTROS PARTICIPANTES Centro Espírita Léon Denis Centro Espírita Abigail Centro Espírita Antonio de Aquino Centro Espírita Antonio de Aquino – Rio das Ostras Centro Espírita Casa do Caminho (Dias: 22 e 23 de fevereiro de 2020.) Centro Espírita Léon Denis – Cabo Frio Grupo Espírita Beneficente Dr. Hermann – Campos (Dias: 22, 23, 24 e 25 de fevereiro de 2020, de 17h a 20h.) O Encontro será apresentado ao vivo, também, pela I nternet. Coordenação Geral: Deuza Maria Nogueira Organização do Conteúdo: Equipe de Estudo do Encontro Diagramação e Finalização: Setor Editorial

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Sumário CENTROS PARTICIPANTES ..................................................................................................................... 1

Sumário .......................................................................................................................................................... 3

Programa do Encontro ................................................................................................................................... 4

Objetivos ........................................................................................................................................................ 5

Introdução ...................................................................................................................................................... 7

Bloco de estudo 1 – Objetivo da encarnação ................................................................................................. 8

Bloco de estudo 2 – A alma ......................................................................................................................... 12

Bloco de estudo 3 – Materialismo ............................................................................................................... 16

Conclusão .................................................................................................................................................... 19

ANEXO 1: A executiva ............................................................................................................................... 20

ANEXO 2: Caminhemos para Deus! ........................................................................................................... 21

ANEXO 3: Frenologia e Fisiognomonia ..................................................................................................... 23

ANEXO 4: Consequências do materialismo na Educação .......................................................................... 24

ANEXO 5: Desenho do cérebro para a dinâmica do CI 4 ........................................................................... 25

ANEXO 6: Cartão-resposta para a dinâmica do CI 5 .................................................................................. 26

ANEXO 7: Quadro para a dinâmica do CI 8 ............................................................................................... 27

ANEXO 8: Planta da casa da alma para a dinâmica do CI 9 ....................................................................... 28

Referências bibliográficas ........................................................................................................................... 29

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36º Encontro Espírita sobre O Livro dos Espíritos

Tema central: “Encarnação dos espíritos – Deus Na Alma”

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Programa do Encontro

Tema central:“ Encarnação dos espíritos – Deus Na Alma”

1º dia: Domingo – 23/02/2020

Centros de Interesse

2º dia: Segunda-feira – 24/02/2020

Centros de Interesse

3º dia: Terça-feira – 25/02/2020

Exposições e Oficinas interativas

Teatro: John Wycliffe e Jun Huss

Relação dos Centros de Interesse

Centro de Interesse 1: O manual da vida

Centro de Interesse 2: ENEN - Eu Não Escolhi Nascer

Centro de Interesse 3: Eu, cidadão do Universo

Centro de Interesse 4: Motivos para acreditar

Centro de Interesse 5: Meu verdadeiro dom

Centro de Interesse 6: Fitness, eu?

Centro de Interesse 7: A Ciência encontra Deus

Centro de Interesse 8: Podemos ser felizes como os missionários?

Centro de Interesse 9: A casa da alma

Centro de Interesse 10: Papéis sociais

Centro de Interesse 11: Alma – O que era antes de Kardec

Centro de Interesse 12: Composição do homem

Observação: após o encontro, todo o material apresentado nos centros de interesse ficará disponível em www.livrodosespiritos.net.

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Tema central: “Encarnação dos espíritos – Deus Na Alma”

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Objetivos OBJETIVO GERAL

• Compreender que a encarnação permite o progresso individual e coletivo pelo trabalho material.

BLOCOS DE ESTUDO

Bloco de estudo 1: Objetivo da encarnação

• Compreender que nós, espíritos, encarnamos para progredir.

Bloco de estudo 2: A alma

• Reconhecer que cada um de nós é um ser intelectual e moral independente da matéria.

Bloco de estudo 3: Materialismo

• Identificar os prejuízos causados pelo materialismo aos indivíduos e à sociedade.

• Perceber que a crença no Espiritismo promove o progresso dos indivíduos e da sociedade.

CENTROS DE INTERESSE

Centro de Interesse 1: O manual da vida

Pequenas escolhas se tornam ações, ações repetidas com frequência se tornam hábitos e os hábitos se tornam nosso modo de vida. Você já observou os benefícios e os malefícios causados pelo seu modo de vida? Saiba como a Doutrina Espírita pode lhe ajudar nesse processo.

Centro de Interesse 2: ENEN – Eu Não Escolhi Nascer

Já se perguntou por que nasceu na sua família? Por que a vida lhe encaminhou para morar nesta cidade e neste país? Por que está na atual profissão? É possível ser feliz, mesmo sem se ter tudo o que se deseja?

Centro de Interesse 3: Eu, cidadão do Universo

A encarnação nos permite vivenciar as experiências necessárias para chegarmos à perfeição. Deus, porém, na sua sabedoria, faz com que o nosso progresso individual seja útil, não só para nós próprios, mas também para o universo ao nosso redor. Mas qual é o universo ao meu redor?

Centro de Interesse 4: Motivos para acreditar

Todos nós certamente já ouvimos frases como: “Temos que curtir ao máximo, pois a vida é uma só!” ou “Cada um por si! A felicidade, neste mundo, é do mais esperto.” Que tipo de prejuízos essas ideias causam à sociedade? Como a Doutrina Espírita combate essas ideias?

Centro de Interesse 5: Meu verdadeiro dom

Todos temos habilidades diversas: raciocínio lógico, localização espacial, organização, atenção, oralidade, habilidades manuais, etc. Uns têm mais aptidão para uma área, outros, para outra. E você? Qual o seu dom? Em que você já consegue ser útil?

Centro de Interesse 6: Fitness, eu?

O materialismo leva o ser humano a negar a existência da alma e dar importância excessiva à matéria. Algumas pessoas acreditam que sua felicidade se encontra na manutenção de sua forma física. Podemos concluir, então, que o corpo é o vilão dessa história?

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Centro de Interesse 7: A Ciência encontra Deus

Na sociedade atual, ainda observamos grande parte dos cientistas negando a existência da alma e consequentemente mostrando-se materialistas. Será que o estudo da Natureza, feito pela Ciência, nos conduz ao materialismo?

Centro de Interesse 8: Podemos ser felizes como os missionários?

Há pessoas que levam uma vida de muito trabalho e esforço. Outras levam uma vida de muito repouso, lazer e pouco trabalho. Qual será o melhor estilo de vida para uma pessoa ser feliz? E aqueles que encarnam na Terra em missão, qual o seu estilo de vida? Como fazem para ser felizes?

Centro de Interesse 9: A casa da alma

Você costuma fazer autoanálise com frequência? Consegue identificar o que motiva cada uma das suas ações (boas ou más)? Se você fosse dar uma organizada no seu interior, por onde começaria?

Centro de Interesse 10: Papéis sociais

Na vida social, exercemos diversos papéis, que correspondem às nossas diversas funções, como por exemplo: profissional, amigo (a), mãe ou pai, esposa ou marido, dona (o) de casa e religioso (a). Como a Doutrina Espírita pode nos ajudar a exercer tantos papéis sem perder a nossa identidade?

Centro de Interesse 11: Alma – O que era antes de Kardec

A crença na existência da alma sempre esteve presente na Humanidade. Encontram-se registros dessa crença em diversos países, em diversas épocas. Essa crença influi diretamente na forma como as pessoas encaram a vida. E você, tem pensado em si mesmo como alma imortal?

Centro de Interesse 12: Composição do homem

Uma das grandes dúvidas do ser humano é sobre sua essência. O que somos? Do que somos feitos? Haverá algo em nós além do corpo? As respostas apresentadas pelas religiões tradicionais e pelo materialismo não nos satisfazem mais. E o Espiritismo, como responde a essas perguntas?

EXPOSIÇÕES E OFICINAS INTERATIVAS

1 – MATERIALISMO:

• Observar os efeitos das ideias materialistas na nossa vida diária.

• Verificar o cuidado de Kardec e dos espíritos superiores em diferenciar o Espiritismo do Materialismo.

2 – LÉON DENIS E O PROJETO CELD:

• Conhecer um pouco mais o Patrono do Centro Espírita Léon Denis.

• Verificar a relação entre o pensamento de Léon Denis e o Projeto de nossa Casa.

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Introdução “O Espiritismo é, portanto, o mais poderoso auxiliar da religião. Visto que, se aí está, é porqueDeus o permite, e o permite, para reanimar nossas esperanças vacilantes e nos reconduzir aocaminho do bem, pela perspectiva do futuro.” (ALLAN KARDEC. O Livro dos Espíritos, nota à questão 148. CELD.)

Após o estudo continuado de O Livro dos Espíritos, de 2014 a 2019, desde o Capítulo I, da

Primeira Parte, “Deus”, até o Capítulo I, da Segunda Parte, “Dos espíritos”,chegamos ao estudo do Capítulo II, da Segunda Parte do livro, intitulado “Encarnação dos espíritos”.É justo, portanto, que façamos algumas considerações a respeito dos entendimentos que a obra nos apresentou até aqui, para que melhor possamos compreender o capítulo de estudo deste ano.

Na Primeira Parte de O Livro dos Espíritos, “As causas primárias”, Kardec nos apresentou a ideia espírita sobre Deus, a origem de todas as coisas; depois, o entendimento acerca dos elementos (criados por Deus) que constituem tudo o que há no Universo: o elemento material e o elemento espiritual; a seguir, foi observado como esses elementos efetivamente constituem os mundos materiais e os seres vivos que os habitam.

Ao iniciarmos o estudo da Segunda Parte desta obra, “Mundo espírita ou dos espíritos”, o Capítulo I nos conceituou o que são os espíritos, sua origem e natureza, as diferentes ordens de espíritos e nos revelou a existência de um mundo invisível por eles habitado — o mundo espírita ou dos espíritos — que não é uma região determinada e circunscrita, mas que está em todo o Universo.

O nosso estudo deste ano está concentrado nas questões pertinentes à passagem dos espíritos pela vida corporal, o período denominado encarnação, durante o qual o espírito está revestido de umcorpo físico.Estudaremos o que significa estar encarnado; com que objetivo e por qual necessidade o espírito encarna; a que situações o espírito está assim submetido; a quais espíritos a encarnação se impõe, e o que se pode entender da vida a partir de tudo isso.

Aprendamos,portanto,com os espíritos a verdade que o homem buscou durante toda a sua história: o conhecimento da sua origem, do seu futuro e de si mesmo. E agradeçamos a Allan Kardec os seus reiterados esforços por entregar à humanidade a luz definitiva com a qual é anunciada a chegada dos novos tempos.

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Bloco de estudo 1 – Objetivo da encarnação Objetivos:

• Compreender que nós, espíritos, encarnamos para progredir.

Primeiramente precisamos esclarecer que as palavras encarnação e reencarnação tem aplicações distintas. Segundo Allan Kardec1:

Encarnação: “Estado dos espíritos que revestem um envoltório corporal. Diz-se: espírito encarnado, por oposição a espírito errante. Os espíritos são errantes no intervalo de suas diferentes encarnações. A encarnação pode ter lugar na Terra ou num outro mundo.”

Reencarnação: “Retorno do espírito à vida corporal. (...) ”

A partir dessas definições, é possível entender os textos abaixo com mais clareza.

Questão 132 – Qual é o objetivo da encarnação dos espíritos?

“Deus impõe-lhes a encarnação com o objetivo de fazê-los chegar à perfeição: para uns, é uma expiação; para outros, é uma missão. Porém, para chegar a essa perfeição, devem suportar todas as vicissitudes da existência corporal: nisto é que está a expiação. A encarnação tem também um outro objetivo, que é o de colocar o espírito em condições de suportar sua parte na obra da criação; é para executá-la que, em cada mundo, ele toma um instrumento em harmonia com a matéria essencial desse mundo para aí executar, daquele ponto de vista, as ordens de Deus; de tal forma que, concorrendo para a obra geral, ele próprio se adianta.”

A ação dos seres corporais é necessária à marcha do Universo; Deus, porém, na sua sabedoria, quis que, nessa mesma ação, eles encontrassem um meio de progredir e de se aproximar dele. É assim que, por uma admirável lei de sua providência, tudo se encadeia, tudo é solidário na Natureza.

(ALLAN KARDEC. O Livro dos Espíritos. CELD.) Questão 167 – Qual é o objetivo da reencarnação?

“Expiação, melhoramento progressivo da Humanidade; sem isto, onde estaria a justiça?”

(ALLAN KARDEC. O Livro dos Espíritos. CELD.)

Portanto, do ponto de vista espírita, as palavras encarnação e reencarnação estão intimamente ligadas. Com a morte do corpo, a alma volta ao mundo dos espíritos que, momentaneamente, havia deixado; permanece lá por um período que, dependendo da necessidade do espírito, pode ser mais ou menos longo;escolhe o gênero de provas que quer experimentar ao longo de sua próxima encarnação; depois reencarna em novo corpo; repetindo esse processo tantas vezes quantas forem necessárias para atingir a perfeição. Vale destacar que o espírito é imortal, ou seja, ele é sempre ele, antes, durante e depois da encarnação, que é apenas uma fase especial da sua existência.2 – Centro de Interesse 2

O corpo físico é um instrumento que Deus nos dá para executarmos, no mundo material, a nossa parte na obra da criação.Os órgãos são os instrumentos da manifestação das faculdades da alma; esta manifestação está subordinada ao desenvolvimento e ao grau de perfeição desses mesmos órgãos, assim como a excelência de um trabalho, à excelência da ferramenta. A lei de conservação nos obriga a prover as necessidades do

1 ALLAN KARDEC. Definições Espíritas. Editora Lachâtre. (Tradução do capítulo inicial da 1ª edição de O Livro dos Médiuns) 2ALLAN KARDEC. O Livro dos Espíritos; questões 83, 149, 150, 166, 223, 224. A Gênese; capítulo XI, item 22.O Evangelho Segundo o Espiritismo; capítulo IV, itens 24 a 26. CELD. (Como exemplo da vida de um espírito em suas diversas encarnações, recomendamos a leitura de ABEL GLASER. Eustáquio – Quinze Séculos de uma Trajetória. Editora O Clarim.)

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corpo, pois é preciso que o nosso corpo esteja saudável e com forças para executarmos nosso trabalho. Porém, àquele que é extremamente fraco de corpo, Deus deu a inteligência, como compensação.3 – Centro de Interesse 6

24. A obrigação que o espírito encarnado tem de prover a alimentação do corpo, a sua segurança e o seu bem-estar, força-o a empregar suas faculdades em pesquisas, a exercê-las e a desenvolvê-las. Sua união com a matéria é, portanto, útil ao seu adiantamento, eis por que a encarnação é uma necessidade. Além disso, pelo trabalho inteligente que ele executa em seu proveito sobre a matéria, ele contribui para a transformação e o progresso material do mundo em que habita. É assim que, enquanto vai progredindo, ele coopera na obra do Criador do qual é o agente inconsciente.

(ALLAN KARDEC. A Gênese, capítulo XI. CELD.)

O trabalho é uma lei da Natureza, por isso mesmo, constitui uma necessidade para o espírito. Toda ocupação útil é um trabalho, que é dado por Deus como um meio de aperfeiçoar nossa inteligência. Para prover o sustento e o bem-estar a nós próprios e àqueles sob nossa dependência, precisamos ter hábitos de ordem e previdência, que só se adquirem pela educação moral.4 – Centro de Interesse 1

Porém, para progredirmos espiritualmente, não basta trabalharmos por nós próprios e por nossos dependentes. – Centro de Interesse 3

“A alma humana não pode, realmente, progredir senão na vida coletiva, trabalhando em proveito de todos. Uma das consequências dessa solidariedade que nos liga é que a visão dos sofrimentos de uns perturba e altera a serenidade dos outros. (...)”

(LÉON DENIS. O Grande Enigma, capítulo III. CELD – grifo nosso.)

O homem deve progredir; sozinho, ele não o pode, porque não possui todas as faculdades; é-lhe necessário o contato com os outros homens. No insulamento, ele se embrutece e se estiola.5 – Centro de Interesse 5

“Deus criou iguais todos os espíritos, mas cada um deles vive há mais ou menos tempo e, por conseguinte, possui mais ou menos aquisições; a diferença está no grau de sua experiência e da vontade que lhes constitui o livre-arbítrio: daí, uns se aperfeiçoarem mais rapidamente, o que lhes dá aptidões diversas. A interação das aptidões é necessária, a fim de que cada um possa concorrer para os desígnios da Providência, no limite do desenvolvimento de suas forças físicas e intelectuais: o que um não faz, o outro o faz; é assim que cada um tem seu papel útil. (...)”

(ALLAN KARDEC. O Livro dos Espíritos, questão 804. CELD – grifos nossos.) Cada posição social oferece-nos provações, deveres especiais e a oportunidade de adquirir

experiência, que nos dá condições de suportar nossa parte na obra da criação (ver Anexo 1).Pelo trabalho que executamos sobre a matéria, nós contribuímos para a transformação e o progresso material do mundo em que habitamos. No campo moral, nossa missão na Terra consiste basicamente em: instruir os homens; auxiliar-lhes o progresso; melhorar suas instituições, através de meios diretos e materiais.6 – Centro de Interesse 8

A civilização7 obriga o homem a trabalhar mais, porque ela aumenta suas necessidades e seus gozos.Porém, Deus não condena as satisfações terrenas, mas o abuso dessas satisfações em prejuízo das coisas da alma. Ele não condena a procura do bem-estar, se este bem-estar não tiver sido conseguido às custas de alguém e se não vier a enfraquecer nossas forças morais, nem nossas forças físicas. Porém, não

3 ALLAN KARDEC. O Livro dos Espíritos, questões 132, 369, 676 e 718. CELD. 4 ALLAN KARDEC. O Livro dos Espíritos, questões 674, 675, 676 e 685. CELD. 5 ALLAN KARDEC. O Livro dos Espíritos, questão 768. CELD. 6 ALLAN KARDEC. O Livro dos Espíritos, questões 202 e 573. CELD. 7Civilização: 1. Ato, processo ou efeito de civilizar(-se). 2. Estado ou condição do que se civilizou. 3. O conjunto de características próprias à vida social coletiva; cultura. (...) (AURÉLIO B. H. FERREIRA. Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. Editora Positivo.)

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estamos encarnados para gozar das satisfações terrenas, mas, sim, para trabalhar, progredir e sermos felizes.8

Questão 133 – Os espíritos que, desde o princípio, seguiram o caminho do bem, têm necessidade da encarnação?

“Todos são criados simples e ignorantes; instruem-se nas lutas e nas tribulações da vida corporal. Deus, que é justo, não podia fazer alguns felizes, sem atribulação e sem trabalho e, por conseguinte, sem mérito.”

a) Mas, então, de que serve aos espíritos terem seguido o caminho do bem, se isto não os isenta das aflições da vida corporal?

“Chegam mais rápido ao objetivo; e, além disso, as aflições da vida são, frequentemente, a consequência da imperfeição do espírito; quanto menos imperfeições ele possui, menos tormentos; aquele que não é invejoso, nem ciumento, nem avarento, nem ambicioso, não terá os tormentos que decorrem desses defeitos.”

(ALLAN KARDEC. O Livro dos Espíritos. CELD.)

Não podemos gozar, ainda, da felicidade completa, a felicidade inalterável, pois só a alcançare-mos ao nos tornarmos espíritos puros, quando não estaremos mais sujeitos às necessidades e às vicissitudes da vida material. Mas, para isso, precisaremos reencarnar diversas vezes a fim de percorrer todos os graus da Escala Espírita e nos despojar de todas as impurezas da matéria. Porém, depende de nós suavizar nossos males pela prática da lei de Deus e ser tão felizes quanto é possível na Terra. É preciso identificar, nos nossos pensamentos, sentimentos e atos, tudo aquilo que nos torna infelizes, ou seja, tudo aquilo que esteja em desacordo com a lei de Deus, para podermos corrigi-los. O conhecimento de si mesmo é a chave da melhoria individual.9 – Centro de Interesse 9

“O homem que está bem compenetrado de seu destino futuro não vê na vida corporal senão uma estação temporária. Para ele, é como uma parada momentânea numa hospedaria ruim; ele se consola, facilmente, de alguns aborrecimentos passageiros de uma viagem que deve conduzi-lo a uma posição tanto melhor, quanto melhor tiver feito, antecipadamente, seus preparativos. (...)”

(ALLAN KARDEC. O Livro dos Espíritos, nota à questão 921. CELD.)

Ao realizarmos esse trabalho de construção da nossa felicidade futura, desfrutamos, também, de uma felicidade presente.

Questão 922 – A felicidade terrestre é relativa à posição de cada um; o que basta para a felicidade de um, constitui a infelicidade do outro. Há, entretanto, uma medida de felicidade comum a todos os homens?

“Com relação à vida material, é a posse do necessário; com relação à vida moral, a consciência tranquila e a fé no futuro.”

(ALLAN KARDEC. O Livro dos Espíritos. CELD.)

Assim, percebemos que, independente das tribulações e das vicissitudes da vida material, é possível ser feliz na Terra. Deus dá a todos a oportunidade de progredir através da superação dos desafios, porém não nos nega os recursos de que precisamos para vivermos felizes.

8 ALLAN KARDEC. O Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo II, item 6. O Livro dos Espíritos; 719 e 920. CELD. 9 ALLAN KARDEC. O Livro dos Espíritos, questões 113, 168, 169, 170, 614, 919, 920, 921 e 922. CELD. (Ver também: questão 127.)

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Pedi e vos será dado; buscai e achareis; batei e vos será aberto; pois todo o que pede recebe; o que busca acha e ao que bate se lhe abrirá. Quem dentre vós dará uma pedra a seu filho, se este lhe pedir pão? Ou lhe dará uma cobra, se este lhe pedir peixe? Ora, se vós que sois maus sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o vosso Pai que está nos céus dará coisas boas aos que lhe pedem!

Jesus

(AUTORES DIVERSOS. Bíblia de Jerusalém; Mateus, capítulo VII, versículos 7 a 11. Editora Paulus.)

Em meio a tantas circunstâncias da vida material, ficamos confusos sobre a nossa própria essência. Somos pessoas, somos seres humanos...

Mas afinal o que somos: espírito ou matéria?

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Bloco de estudo 2 – A alma Objetivos:

• Reconhecer que cada um de nós é um ser intelectual e moral independente da matéria.

Questão 134 – Que é a alma?

“Um espírito encarnado.”

a) Que era a alma antes de se unir ao corpo?

“Espírito.”

b) As almas e os espíritos são, portanto, identicamente, a mesma coisa?

“Sim, as almas são apenas os espíritos. Antes de se unir ao corpo, a alma é um dos seres inteligentes que povoam o mundo invisível e que revestem, temporariamente, um envoltório carnal, para se purificarem e se esclarecerem.”

(ALLAN KARDEC. O Livro dos Espíritos. CELD – grifo nosso.)

Tanto aqueles seres que se manifestam aos homens através dos fenômenos mediúnicos10 quanto nós, que hoje vestimos um corpo de carne, somos da mesma natureza, somos todos espíritos. A única diferença é que, enquanto estamos encarnados, recebemos o nome de alma. (No anexo 2, colocamos um texto, mostrando como a compreensão sobre nossa natureza íntima influencia na nossa forma de enxergar a vida.)

Em cada encarnação, o espírito reveste temporariamenteum corpo e adota uma personalidade, que pode ser influenciada por características do corpo (sexo, cor de pele, fisionomia, etc.). Porém, a matéria é apenas o envoltório do espírito, como a roupa é o envoltório do corpo. O espírito, unindo-se ao corpo, conserva os atributos da natureza espiritual: pensamento, vontade, livre-arbítrio, inteligência e sentimento.11

Além disso, a vida social impõe a cada um de nós a necessidade de exercermos diversos papéis, que correspondem às nossas diversas funções, como, por exemplo: profissional, amigo(a), mãe ou pai, esposa ou marido, dona(o) de casa, e religioso(a), etc. Os diferentes papéis sociais correspondem a diferentes momentos ou etapas da nossa encarnação. Ou seja, são, também, condições temporárias.–Centro de Interesse 10

Todas as condições da vida material fornecem aprendizados ao espírito. Nossa identidade, ou seja, nossas características intelecto-morais, nosso jeito de ser, correspondem ao conjunto de aquisições desta e de encarnações anteriores. Portanto tudo aquilo que vivenciamos hoje contribui para a elaboração daquilo que cada um de nós será no futuro.

Questão 135 – Há no homem outra coisa além da alma e do corpo?

“Há o elo que une a alma e o corpo.”

a) Qual a natureza desse elo?

“Semimaterial, isto é, intermediária entre o espírito e o corpo. E é preciso que assim seja, para que eles possam comunicar-se um com o outro. É através desse elo que o espírito age sobre a matéria e reciprocamente.”

O homem é, assim, formado de três partes essenciais:

1º – O corpo, ou ser material, análogo ao dos animais e animado pelo mesmo princípio vital;

10 ALLAN KARDEC. O Livro dos Espíritos; Introdução. CELD. 11 ALLAN KARDEC. O Livro dos Espíritos; questões 134b e 367. CELD.

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36º Encontro Espírita sobre O Livro dos Espíritos

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2º – A alma, espírito encarnado cujo corpo é a habitação;

3º – O princípio intermediário, ou perispírito, substância semimaterial que serve de primeiro envoltório ao espírito e une a alma ao corpo. Tais são, num fruto, o gérmen, o perisperma e a casca.

(ALLAN KARDEC. O Livro dos Espíritos. CELD.)

Conforme vimos no 34º EELE12, o espírito propriamente dito, ou seja, o princípio intelectual e moral, está sempre revestido de um envoltório, o perispírito, quer ele esteja encarnado ou desencarnado. Quando encarnado, ele possui um segundo envoltório, o corpo físico, que lhe permite entrar em relação com a matéria do planeta. O corpo físico recebe as impressões exteriores (calor, frio, dor física, etc.) e as transmite ao espírito por intermédio do perispírito. Assim como, no sentido inverso, é também através do perispírito que o espírito transmite sua vontade ao exterior e age sobre os órgãos. A morte é a destruição, ou melhor, a desagregação do grosseiro envoltório, o corpo físico, aquele que a alma abandona; o outro se desliga deste e segue a alma, que, desta maneira, tem sempre um envoltório. –Centro de Interesse 12

Questão 136 – A alma é independente do princípio vital?

“O corpo é apenas o envoltório, repetimo-lo incessantemente.”

a) O corpo pode existir sem a alma?

“Sim, entretanto, desde que o corpo cesse de viver, a alma o abandona. Antes do nascimento, ainda não há união definitiva entre a alma e o corpo; enquanto que, depois que esta união foi estabelecida, a morte do corpo rompe os laços que o unem à alma e esta o deixa. A vida orgânica pode animar um corpo sem alma, mas a alma não pode habitar um corpo privado da vida orgânica.”

b) Que seria o nosso corpo, se não tivesse alma?

“Uma massa de carne sem inteligência, tudo o que quiserdes, exceto um homem.”

(ALLAN KARDEC. O Livro dos Espíritos. CELD.)

Conforme vimos no 33º EELE13, princípio vital é o mesmo que fluido vital. É o agente que dá a vida a todos os seres que o absorvem e o assimilam. Os seres orgânicos, ao se formarem, assimilam o princípio vital que é necessário à sua destinação, ou melhor, esse princípio se desenvolve, em cada indivíduo, durante a formação de seu corpo. Vejamos:

18. Quando o espírito tem de encarnar em um corpo humano em vias de formação, um laço fluídico, que é apenas uma expansão do seu perispírito, o liga ao embrião para o qual ele se acha atraído por uma força irresistível, desde o momento da concepção. À medida que o embrião se desenvolve, o laço se estreita. Sob a influência do princípio vital material do embrião, o perispírito, que possui certas propriedades da matéria, se une molécula por molécula com o corpo que se forma (...).

(ALLAN KARDEC. A Gênese, capítulo XI. CELD.)

Portanto percebe-se aí a independência entre a alma, que já existia antes do corpo, e o princípio vital, que vem do corpo em formação e das substâncias orgânicas que ele absorve na alimentação. O corpo poderia existir, por um tempo, sem alma, pois ele iria se desenvolver no útero materno mesmo se nenhum espírito jamais fosse ligado a ele, porém não sobreviveria após o nascimento.14

Questão 141 – Há alguma coisa de verdadeiro na opinião daqueles que pensam que a alma é exterior ao corpo e o circunda?

12 EQUIPE DO ENCONTRO. Apostila do 34º Encontro Espírita sobre O Livro dos Espíritos, Bloco de estudo 4. CELD. (Ver também ALLAN KARDEC. O Livro dos Espíritos, itens 93 a 95 e 257. O Livro dos Médiuns, itens 53 a 55. CELD.) 13 EQUIPE DO ENCONTRO. Apostila do 33º Encontro Espírita sobre O Livro dos Espíritos, Tema 1 e Anexo 1. CELD. (Ver também ALLAN KARDEC. O Livro dos Espíritos; questões 62 a 65.A Gênese, capítulo X, item 17. CELD.) 14O Livro dos Espíritos, questões 67 e 356. A Gênese, capítulo XI, item 19. CELD.

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36º Encontro Espírita sobre O Livro dos Espíritos

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“A alma não se acha encerrada no corpo, como o pássaro numa gaiola; ela irradia e se manifesta exteriormente, como a luz através de um globo de vidro, ou, como o som, em torno de um centro sonoro; é assim que se pode dizer que ela é exterior, porém, nem por isso constitui o envoltório do corpo. A alma tem dois envoltórios: um, sutil e leve, é o primeiro: aquele que chamas de perispírito; o outro, grosseiro, material e pesado: é o corpo. A alma é o centro de todos estes envoltórios, como o gérmen da planta em um caroço, já dissemos.”

(ALLAN KARDEC. O Livro dos Espíritos. CELD.)

Alguns indivíduos possuem uma aptidão especial, uma clarividência que lhes permite, em certos momentos, enxergar essa irradiação nas pessoas. Porém, no estado evolutivo em que nos encontramos, não é possível, nem mesmo a esses sensitivos, ver o espírito, na sua essência, portanto o que eles veem é a irradiação do perispírito da pessoa. Existe em cada um de nós um foco invisível, cujas irradiações variam de amplitude e de intensidade, segundo nossas disposições mentais. Os eflúvios do corpo humano são luminosos, coloridos com tonalidades diversas, de tal forma que permitem aos sensitivos distinguir cada indivíduo no escuro. Esses eflúvios formam, em torno de nós, camadas concêntricas que constituem uma espécie de atmosfera fluídica. É a aura dos ocultistas ou fotosfera humana.15

Questão 145 – Como tantos filósofos antigos e modernos discutiram, durante tanto tempo, sobre a ciência psicológica, sem terem chegado à verdade?

“Esses homens foram os precursores da eterna Doutrina Espírita; eles prepararam os caminhos. Eram homens, logo, podem ter se enganado, porque tomaram suas próprias ideias pela luz; porém, seus próprios erros servem para fazer realçar a verdade, mostrando o pró e o contra; aliás, entre estes erros encontram-se grandes verdades que um estudo comparativo vos faz compreender.”

(ALLAN KARDEC. O Livro dos Espíritos. CELD.)

O Espiritismo projeta luz nova sobre o problema da natureza da alma. Fazendo que a experimentação interviesse na filosofia, isto é,numa ciência que, como instrumento de pesquisa, apenas empregava o senso íntimo, ele facultou que o espírito seja visto de maneira efetiva e que todos se certifiquem de que até então o mesmo espírito estivera muito mal conhecido.

Evolveram, com o correr das idades, as concepções sobre a natureza da alma, desde a mais grosseira materialidade, até a espiritualidade absoluta. Os trabalhos dos filósofos, tanto quanto os ensinos religiosos, nos habituaram a considerar a alma como pura essência, como uma chama imaterial, ou seja, sem considerar a existência do perispírito.

Porém, a ideia de que a alma possui um corpo, o perispírito, não é nova, e teve numerosos partidários, desde que a humanidade começou a preocupar-se com a natureza do princípio pensante.A Antiguidade, quase toda ela, mais ou menos admitiu essa doutrina; eram, porém, vagos e incompletos os conhecimentos de então sobre o perispírito. Depois, à medida que se foi analisando as diferenças entre a alma e o corpo, uma imensidade de teorias procuraram explicar a ação recíproca que eles entre si exercem. Todas essas hipóteses, que por alguns de seus lados roçam a realidade, carecem do cunho de certeza que o Espiritismo apresenta, porque não imagina, demonstra. – Centro de Interesse 11

O espírito humano, pelo só esforço de suas especulações, jamais pode estar certo de haver chegado até essa certeza. É-lhe necessário o auxílio da Ciência, isto é, da observação e da experiência, para estabelecer as bases da sua convicção. Não é, pois, guiados por ideias preconcebidas que os espíritas proclamam a existência da alma e do perispírito: é, pura e simplesmente, porque essa existência resulta, para eles, da observação.16

15 EQUIPE DO ENCONTRO. Apostila do 34º Encontro Espírita sobre O Livro dos Espíritos, Bloco de estudo 3. ALLAN KARDEC. O Livro dos Médiuns, item 100, pergunta 22. LÉON DENIS. No Invisível, capítulo XV. CELD. 16 GABRIEL DELANNE. A alma é imortal, Introdução. Editora FEB.

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Questão 146 – A alma tem, no corpo, uma sede determinada e circunscrita?

“Não; porém, ela reside mais particularmente na cabeça, nos grandes gênios e em todos aqueles que pensam muito e, no coração, naqueles que sentem muito e cujas ações, todas, referem-se à Humanidade.”

a) O que pensar da opinião daqueles que situam a alma num centro vital?

“Quer dizer que o espírito habita de preferência essa parte do vosso organismo, visto que todas as sensações para ali convergem. Os que a situam naquilo que consideram como o centro da vitalidade, confundem-na com o fluido ou princípio vital. Todavia, pode-se dizer que a sede da alma está, mais particularmente, nos órgãos que servem às manifestações intelectuais e morais.”

(ALLAN KARDEC. O Livro dos Espíritos. CELD.)

Assim, percebemos que o espírito, devido às suas características individuais, impressiona mais determinados pontos do corpo físico do que outros.

Mas mesmo na época atual, em que o Espiritismo encontra-se amplamente divulgado, o pensamento materialista ainda impera na sociedade.

Quais as consequências disso?

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Bloco de estudo 3 – Materialismo Objetivos:

• Identificar os prejuízos causados pelo materialismo aos indivíduos e à sociedade.

• Perceber que a crença no Espiritismo promove o progresso dos indivíduos e da sociedade.

Vejamos a definição do dicionário para a palavra materialismo:

1. Vida voltada unicamente para os gozos e bens materiais.

2. Tendência, atitude ou doutrina que admite, ou que a matéria, concebida segundo o desenvolvimento paralelo das ciências, ou que as chamadas condições concretas materiais, são suficientes para explicar todos os fenômenos que se apresentem à investigação, inclusive os fenômenos mentais, sociais ou históricos. (...)17

O materialista acredita que é formado apenas por matéria; não acredita que exista nele uma alma, nem, muito menos, que ele seja uma alma.

Questão 147 – Por que os anatomistas18, os fisiologistas19 e, em geral, os que se aprofundam nas ciências da Natureza, são, com tanta frequência, levados ao materialismo?

“O fisiologista refere tudo ao que ele vê. Orgulho dos homens que creem tudo saber e que não admitem que coisa alguma possa ultrapassar o seu entendimento. Sua própria ciência dá-lhes a presunção; pensam que a Natureza nada lhes pode ocultar.”

(ALLAN KARDEC. O Livro dos Espíritos. CELD.)

Em O Livro dos Médiuns20, Kardec classifica os materialistas em dois tipos: materialistas por sistema e materialistas por falta de coisa melhor.

Nos materialistas por sistema não existe dúvida, existe a negação absoluta, raciocinada à sua maneira; aos seus olhos, o homem é apenas uma máquina que funciona enquanto está organizada, que se estraga e da qual, após a morte, só resta a carcaça. A maioria deles obstina-se em sua opinião por orgulho e crê que seu amor-próprio os obriga a nela persistir; e eles nela se mantêm, a despeito de todas as provas contrárias, porque não querem ficar por baixo.

Os materialistas por falta de coisa melhor, muito mais numerosos que os primeiros, o são por indiferença, não o são deliberadamente, e o que mais desejariam é crer que existe alguma coisa além da matéria, pois a incerteza constitui um tormento para eles. Neles há uma vaga aspiração pelo futuro; mas como este futuro lhes é apresentado de uma forma que sua razão não pode aceitar, permanecem na dúvida e, consequentemente, na incredulidade. Neles a incredulidade não é, portanto, um sistema; se lhes for apresentado alguma coisa de racional, eles a aceitam solícitos.

Vale destacar, como veremos a seguir, que nem todos os que se aprofundam nas ciências da Natureza são materialistas. Entre esses estudiosos, existem aqueles que são materialistas por sistema e materialistas por falta de coisa melhor, assim como há espiritualistas.

17AURÉLIO B. H. FERREIRA. Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. Editora Positivo. 18Anatomista: 1. Que é especialista em anatomia. (...) Anatomia: 1. Ciência que trata da forma e da estrutura dos seres organizados. (...) (AURÉLIO B. H. FERREIRA. Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. Editora Positivo.) 19Fisiologista:1. Especialista em fisiologia; fisiólogo. Fisiologia: 1. Parte da biologia que investiga as funções orgânicas, processos ou atividades vitais, como o crescimento, a nutrição, a respiração, etc. (...)(AURÉLIO B. H. FERREIRA. Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. Editora Positivo.) 20 ALLAN KARDEC. O Livro dos Médiuns; itens 20 e 21. CELD.

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Questão 148 – Não é lamentável que o materialismo seja uma consequência de estudos que deveriam, ao contrário, mostrar ao homem a superioridade da inteligência que governa o mundo? Deve-se daí concluir que são perigosos?

“Não é verdade que o materialismo seja uma consequência desses estudos; é o homem que deles tira uma falsa conclusão, pois de tudo ele pode abusar, mesmo das melhores coisas. O nada, aliás, os amedronta mais do que gostariam que parecesse, e os espíritos fortes são, frequentemente, mais fanfarrões do que bravos. A maioria só é materialista, porque nada possui para preencher esse vazio; diante desse abismo que se abre diante deles, mostrai-lhes uma tábua de salvação e a ela se agarrarão solicitamente.”

(ALLAN KARDEC. O Livro dos Espíritos. CELD.)

Portanto, se entre os cientistas existe dúvida quanto à verdadeira natureza humana – se material ou espiritual –, podemos concluir que a Ciência material não detém toda a verdade sobre esse assunto (ver Anexo 3). Por outro lado, as religiões tradicionais nos ensinam que existe em nós uma alma que sobrevive à morte do corpo, porém nos apresentam essa alma e essa existência futura de forma vaga e indeterminada que não satisfaz à razão.21 – Centro de Interesse 7

(...) A Ciência e a Religião até hoje não puderam se entender porque, cada uma encarando as coisas do seu ponto de vista exclusivo, se repeliam mutuamente. Era preciso alguma coisa para preencher o vazio que as separava, um traço de união que as aproximasse; esse traço de união está no conhecimento das leis que regem o mundo espiritual e suas relações com o mundo corporal, leis também tão imutáveis quanto as que regem o movimento dos astros e a existência dos seres. Essas relações, uma vez comprovadas pela experiência, fizeram surgir uma nova luz: a fé se dirigiu à razão; a razão nada encontrou de ilógico na fé, e o materialismo foi vencido. (...)

(ALLAN KARDEC. O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo I, item 8. CELD.)

O Espiritismo, baseando-se nas relações entre o mundo espiritual e o mundo corporal, ensina que nós, seres humanos, somos espíritos imortais: já existíamos antes do nascimento e sobreviveremos à morte do corpo, mantendo a nossa individualidade. Através das comunicações espíritas, podemos ter uma ideia real sobre o nosso futuro, pois são os próprios seres de além-túmulo que vêm nos descrever sua situação, dizer-nos o que fazem, que nos permitem assistir, por assim dizer, a todas as peripécias de sua nova vida e, por esse meio, mostram-nos a sorte inevitável que nos está reservada, conforme os nossos méritos e nossos deméritos.22 – Centro de Interesse 4

O materialismo causa prejuízos aos indivíduos e à sociedade23:

• É à ausência de alguma crença no futuro que se deve atribuir o relaxamento dos laços de família e a maioria das desordens que minam a sociedade. Com a crença no materialismo, uma única máxima é racional: cada um por si; as ideias de fraternidade, de consciência, de dever, de humanidade, de progresso mesmo, são apenas palavras vãs. (Ver Anexo 4)

• A crença no nada após a morte leva o homem concentrar inevitavelmente todos os seus pensamentos na vida presente. Essa preocupação exclusiva com o presente o conduz naturalmente a pensar em si antes de tudo. Daí nascem pensamentos como: “Gozemos enquanto aqui estamos, gozemos o mais possível, pois que, depois de nós, tudo está acabado; gozemos rápido, porque não sabemos quanto isso durará”.

• O desejo de viver o melhor possível (sob a ótica materialista) gera o de possuir muito, para melhor usufruir; desse desejo nasce a inveja. Dela ao desejo de tomar o que os outros possuem,

21 ALLAN KARDEC. O Livro dos Espíritos, Introdução, item VII, nota à questão 148. CELD. (Ver também ALLAN KARDEC. O Céu e o Inferno, 1ª parte, capítulos III, IV e V. CELD.) 22 ALLAN KARDEC. O Livro dos Espíritos, nota à questão 148. CELD. 23 ALLAN KARDEC. O Livro dos Espíritos, questões 773 a 775, Conclusão, itens III, IV e VII.O Céu e o Inferno, 1ª parte, capítulo I. CELD.

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é só um passo. Essas pessoas acreditam que a lei humana atinge apenas os inaptos; eis porque aplicam seu talento nos meios de se esquivarem dela.

• A falta de fraternidade gera antipatias de povo para povo, guerras, distinções de raças e de castas, preconceitos de seita e intolerância para com os defeitos alheios.

• A crença no nada também promove o medo da morte, o desespero diante das tribulações da vida e o suicídio.

O Espiritismo promove o progresso dos indivíduos e da sociedade24:

• Ao demonstrar a existência e a imortalidade da alma, o Espiritismo reanima a fé no futuro, levanta os ânimos abatidos, faz suportar com resignação as vicissitudes da vida e estimula a valorizá-la.

• A certeza de um futuro cuja felicidade depende de nós; a possibilidade de estabelecer relações com os seres que nos são caros, oferecem ao espírita uma suprema consolação durante a vida e uma calma no momento da morte; seu horizonte se amplia ao infinito, pelo espetáculo incessante que ele tem da vida de além-túmulo, cujas misteriosas profundezas pode sondar.

• Com a certeza do futuro, o Espiritismo oferece uma base à justiça, à caridade e ao amor aos semelhantes; estimula a indulgência para com os defeitos alheios. Promove a felicidade através da segurança nas relações sociais, que só se alcança com o progresso moral.

É preciso, portanto, combater o materialismo e suas consequências para a sociedade. A principal delas é o egoísmo. À medida que os homens se esclarecem sobre as coisas espirituais, menos valor dão às coisas materiais. O egoísmo se enfraquecerá com o predomínio da vida moral sobre a vida material e, principalmente, com a compreensão que o Espiritismo nos dá sobre nosso estado futuro real e, não, desfigurado pelas ficções alegóricas; o Espiritismo, bem compreendido, quando estiver identificado com os costumes e as crenças, transformará os hábitos, os usos, as relações sociais.25

24 ALLAN KARDEC. O Livro dos Espíritos, Conclusão, itens III, IV e VII.O Céu e o Inferno, 1ª parte, capítulo II, item 9. CELD. 25 ALLAN KARDEC. O Livro dos Espíritos, questões 914 e 917. CELD.

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Conclusão

O espírito encarnado progride através das experiências da vida material e do trabalho que executa. Necessita de um corpo físico, ferramenta que recebe ao encarnar, e do contato com outros indivíduos, para troca de experiências. Através do trabalho, cada um de nós contribui para o progresso próprio, dos outros e do mundo em que habita. Ao buscarmos o progresso espiritual, construímos nossa felicidade futura, ao mesmo tempo que desfrutamos de uma felicidade presente.

Todas as condições da vida material são temporárias; cada uma delas fornece um tipo de aprendizado ao espírito. Nossa identidade, ou seja, nossas características intelecto-morais, nosso jeito de ser, correspondem ao conjunto de aquisições desta e de encarnações anteriores. Portanto, tudo aquilo que vivenciamos hoje contribui para a elaboração daquilo que cada um de nós será no futuro.

Ao demonstrar a existência e a imortalidade da alma, o Espiritismo promove a certeza do futuro, levanta os ânimos abatidos, faz suportar com resignação as vicissitudes da vida e estimula a valorizá-la, além de oferecer uma calma no momento da morte. O Espiritismo contribui para o progresso dos indivíduos e da sociedade, pois oferece uma base à justiça, à caridade e ao amor aos semelhantes; estimula a indulgência para com os defeitos alheios e promove a felicidade através da segurança nas relações sociais.

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ANEXO 1: A executiva

Aos 40 anos de idade, Joana é uma executiva de uma grande empresa, sai de casa às 6:00h e retorna por volta das 23:00h. Possui duas filhas, uma com 12 e outra com 4 anos de idade, mas não as conhece; nunca lhes trocou as fraldas, porque é o pai e os avós das meninas quem lhes prestam os cuidados materiais (alimentação, saúde, compra de roupas, sapatos, acompanhamento em atividades como escola, curso de inglês, balé, natação, etc.) e morais (atenção, carinho, orientações, etc.), já que a mãe não tem tempo. Joana, mesmo nos períodos em que está em casa, passa a maior parte do tempo diante do computador ou do celular. Nas férias, apenas o pai ou os avós viajam com as meninas. Joana mora com o marido e as filhas em um apartamento moderno, todo automatizado, numa ampla cobertura de um prédio, em um bairro nobre. Seus pais se sentiram muito felizes quando a viram alcançar cada um dos degraus da posição social que hoje ocupa: esposa, mãe e executiva; sempre estiveram ao seu lado, incentivando e dando todo o suporte. Mas, com o tempo, passaram a se sentir frustrados, pois perceberam que Joana se dedicava pouco aos seus papéis de esposa e mãe.

Equipe do Encontro

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ANEXO 2:Caminhemos para Deus!

“Os enviados do Alto, os grandes predestinados, os videntes e os profetas não escolheram por móvel a Ciência: escolheram a crença. Eles vieram para mostrar o caminho que conduz a Deus.”

(LÉON DENIS. O Grande Enigma, capítulo VIII. CELD.)

Que o amor único de Deus inspire todas as almas para o bem!

As pessoas, de um modo geral, não valorizam os fenômenos transcendentes que as envolvem todos os dias: a luz do Sol, a prece, a transformação do ser, a renovação das ideias, a possibilidade mediúnica...

Tantas coisas ocorrem junto ao homem, e ele não se dá conta da extensão da bondade de Deus, que cria os seres para que desenvolvam os valores sempre crescentes da sua espiritualização. Se a matéria pode permanecer inerte por milênios, o espírito, ao contrário, está em plena atuação, na direção do mais Alto, sempre.

Assim, não estranhem, os nossos irmãos, a gama de fenômenos interessantes que acontecem todos os dias, sob as formas e denominações as mais variadas: ao dormir, o homem queda-se em sono profundo, seu espírito retira-se do corpo e ele caminha na direção das fontes de luz, de Deus; ao orar, a criatura como que se transporta para o mais alto, buscando a figura de Jesus ou daquele ser a quem mais ama, e ali seu espírito como que se sente em uma outra dimensão, em outro estágio.

Quantas vezes as pessoas, após a prece, sentem-se numa profunda imersão em planos os mais elevados, os mais sublimes, entrando em verdadeiros êxtases diante das coisas que veem ou percebem! Por isso, podemos entender que os fenômenos ditos mediúnicos são a continuação dos fenômenos de espiritualização do homem.

A mediunidade não veio senão mostrar à criatura, àquela que ainda não é capaz de perceber a ideia de Deus, que vivemos num mundo de forças psíquicas, integrando-nos cada vez mais com este reservatório imenso de forças energéticas e, a cada passo, nos aproximando mais da fonte de tudo, o Criador, o Pai – Deus.

Admirem-se, homens, todos os que aqui estão, admirem-se da ideia divina, profunda, que em todos os momentos demonstra que somos de Deus e que somos espíritos imortais! A matéria, o corpo físico, é algo de transitório na vida do espírito, e ele, espírito, diariamente cria dentro de si condições de percepção, mostrando-se tal como é: energia divina, pensante, criativa, elevada, itinerante do progresso; uma energia que pensa e crê.

Na medida em que o homem aprenda a compreender a sua própria elevação, a sua própria natureza íntima, irá valorizar os fenômenos que o cercam; entre muitos, os mediúnicos. Então, ele não verá os médiuns como seres excepcionais; ele os verá como criaturas que pensam como ele também um dia pensará. Ele verá nos médiuns, nos medianeiros das comunicações, o dom que um dia ele também alcançará.

Assim, todos os que estamos aqui, estudando sobre as leis que regem a vida imortal, recordemos: somos de Deus, viemos de Deus e para Deus nos encaminhamos!

Por pertencermos a este projeto divino, por esta percepção de que o homem se dá conta diariamente em si mesmo, façamos um projeto pessoal: descubramos em nós os sentimentos sublimes, superiores de paz, de elevação; desenvolvamos a sensibilidade, a crença, a fé, a certeza do mundo espiritual; vejamos diariamente a beleza das matas, a singeleza da flor, a grandeza dos oceanos, a sublimidade do céu; vejamos no irmão, no filho, no companheiro que está ao nosso lado, alguém que progride, que tem beleza, que tem desejo de caminhar; vejamos na mente doentia alguém que está mais atrasado, no companheiro difícil alguém que precisa burilar-se. Aprendamos a sentir pelo coração, não

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apenas pela mente! E compreendendo a grandeza da própria existência do espírito, façamos em nós mesmos, seres que Deus criou, a transformação diária da nossa natureza...

Os fenômenos transformam o homem; o espírito transforma-se diariamente. Ah, meus irmãos, no dia em que todos vocês compreenderem isso, irão ver que em verdade a nossa alma é imortal. No dia em que todos se derem conta dessa realidade, perceberão que todos nós somos de Deus. E aí valorizaremos a pequenina flor, porque ela representa a espiritualidade; valorizaremos a flor bela, cultivada, sublimada pelas mãos da Genética, e nela também veremos Deus, talvez em forma mais aperfeiçoada; olharemos para a criança e diremos: ali está o futuro! E olharemos para o idoso, o que conquistou o tempo, e diremos: ali continua a vida! Passaremos a olhar para tudo com os olhos da sublimação.

A cada fenômeno que virmos, diante de cada ser que traga em si a possibilidade de perceber qualquer fenômeno transcendental, diremos para nós mesmos: aí está alguém que pode ver de modo mais claro, como eu um dia verei. Por hora, Deus determinou que alguns homens, apenas alguns, sejam capazes de perceber; mas a própria lei de Deus nos mostra, pelo progresso contínuo das criaturas e pela sensibilidade que se aprimora a cada dia, que esse dom será de todos; um dia, de nós também.

Que este Deus de justiça nos abençoe e conduza e nos traga sua paz!

Que todos aqueles que aqui estão lutando, trabalhando, compreendendo a necessidade do próprio progresso, a necessidade de estudar para progredir, que todos aqueles que aqui estão sejam por Deus abençoados com a conquista do progresso!

Deus ajude e abençoe a todos!

Antonio de Aquino

(Psicografia de Altivo C. Pamphiro. Inspirações do Amor Único de Deus, volume 1, lição 3.)

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ANEXO 3: Frenologia e Fisiognomonia

A frenologia é ciência que trata das funções atribuídas a cada parte do cérebro. O Dr. Gall, fundador dessa ciência,pensava que, desde que o cérebro é o ponto para onde são conduzidas todas as sensações, e de onde partem todas as manifestações das faculdades intelectuais e morais, cada uma das faculdades primitivas deveria ter ali o seu órgão especial. Assim, seu sistema consiste na localização das faculdades. Sendo o desenvolvimento de cada parte cerebral determinado pelo desenvolvimento da calota óssea, produzindo protuberâncias,concluiu ele que, do exame dessas protuberâncias, poder-se-ia deduzir a predominância de tal ou qual faculdade e, daí, o caráter ou as aptidões do indivíduo. Daí, também, o nome de cranioscopia dado a essa ciência, com a diferença de que a frenologia tem por objeto tudo o que diz respeito às atribuições do cérebro, enquanto a cranioscopia se limita às ilações tiradas da inspeção do crânio.Numa palavra, Gall fez, a respeito do crânio e do cérebro, o que fez Lavater para os traços fisionômicos.

(...) Das relações existentes entre o desenvolvimento do cérebro e a manifestação de certas faculdades,

alguns sábios concluíram que os órgãos cerebrais são a própria fonte das faculdades, doutrina que não é outra senão a do materialismo,porquanto tende à negação do princípio inteligente estranho à matéria. Consequentemente, faz do homem uma máquina, sem livre-arbítrio e sem responsabilidade de seus atos, já que sempre poderia atribuir os seus erros à sua organização e seria injustiça puni-lo por faltas que não teriam dependido dele cometer. Ficamos abalados pelas consequências de semelhante teoria, e com razão.Devia-se, por isso, proscrever a frenologia? Não, mas examinar o que nela poderia haver de verdadeiro ou de falso na maneira de encarar os fatos. Ora, esse exame prova que as atribuições do cérebro em geral, e mesmo a localização das faculdades, podem conciliar-se perfeitamente com o espiritualismo mais severo, que nisso encontraria a explicação de certos fatos. (...)

Objetam com os casos bem conhecidos, nos quais a influência do organismo sobre a manifestação das faculdades é incontestável, como os da loucura e da idiotia, mas é fácil resolver questão. Veem-se todos os dias homens muito inteligentes tornarem-se loucos. O que prova isto? Um homem muito forte pode quebrara perna e não poderá mais andar. Ora, a vontade de andar não está na perna, mas no cérebro; esta vontade só é paralisada pela impossibilidade de mover a perna. No louco, o órgão que servia às manifestações do pensamento, estando avariado por uma causa física qualquer, o pensamento já não pode manifestar-se de maneira regular; erra a torto e a direito, fazendo o que chamamos extravagâncias. Mas nem por isso deixa de existir em sua integridade,e a prova disso está em que, se o órgão for restabelecido, volta o pensamento original, como o movimento da perna que é curada.Assim, o pensamento não está no cérebro, como não se encontra na calota craniana. O cérebro é o instrumento do pensamento, como o olho é o instrumento da visão, e o crânio é a superfície sólida que se molda aos movimentos do instrumento. Se o instrumento for deteriorado não ocorrerá manifestação, exatamente como não se pode mais ver ao se perder um olho.

Entretanto, por vezes acontece que a suspensão da livre manifestação do pensamento não se deve a uma causa acidental,como na loucura. A constituição primitiva dos órgãos pode oferecer ao Espírito, desde o nascimento, um obstáculo do qual sua atividade não pode triunfar. É o que acontece quando os órgãos são atrofiados ou apresentam uma resistência insuperável. Tal é o caso da idiotia. O Espírito está como que aprisionado e sofre essa constrição, mas nem por isso deixa de pensar como Espírito, do mesmo modo que um prisioneiro atrás das grades. O estudo das manifestações do Espírito de pessoas vivas, pela evocação, lança uma grande luz sobre os fenômenos psicológicos. Isolando o Espírito da matéria, prova-se pelos fatos que os órgãos não são a causa das faculdades, mas simples instrumentos, com o auxílio dos quais as faculdades se manifestam com maior ou menor liberdade ou precisão; que muitas vezes funcionam como abafadores, que amortecem as manifestações, o que explica a maior liberdade do Espírito, uma vez desprendido da matéria. (...)

(ALLAN KARDEC. Revista Espírita, julho de 1860. Editora FEB.)

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Tema central: “Encarnação dos espíritos – Deus Na Alma”

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ANEXO 4: Consequências do materialismo na Educação Uma constatação dolorosa atinge o pensador, no entardecer da vida. Ela se torna ainda mais

pungente por ocasião das impressões que tem, ao retornar ao Espaço. Apercebe-se, então, de que o ensino administrado pelas instituições humanas em geral – religiões, escolas, universidades – embora nos informe sobre muitas coisas supérfluas, quase nada traz daquilo que mais temos necessidade de conhecer para a conduta, o direcionamento da existência terrestre e a preparação para o Além.

Aqueles que têm como incumbência a alta missão de esclarecer e guiar a alma humana parecem ignorar-lhe a natureza e os verdadeiros destinos.

Nos meios universitários, ainda reina uma completa incerteza sobre a solução do mais importante problema que o homem já enfrentou, no curso de sua passagem pela Terra.

Esta incerteza transparece em todo o ensino. A maior parte dos mestres e professores descarta sistematicamente de suas lições tudo o que diz respeito ao problema da vida, às questões de objetivo e de finalidade.

Encontramos a mesma impotência no padre. Com suas afirmações destituídas de provas, ele mal consegue comunicar às almas sob sua guarda uma crença que não resiste às regras de uma crítica construtiva nem às exigências da razão.

Na verdade, na Universidade como na Igreja, a alma moderna só encontra obscuridade e contradição em tudo o que se refere ao problema de sua natureza e de seu futuro. É a este estado de coisas que se deve, em grande parte, atribuir os males de nosso tempo: a incoerência das ideias, a desordem das consciências, a anarquia moral e social.

A educação dispensada às gerações é complicada, mas não lhes esclarece o caminho da vida, não as prepara para as lutas da existência. O ensino clássico pode oferecer cultura, ornar a inteligência; não capacita a agir, a amar, a se dedicar. Muito menos ainda, a ter uma concepção do destino que desenvolva as energias profundas do eu e oriente nossos ímpetos, nossos esforços em direção a um objetivo elevado. No entanto, esta concepção é indispensável a todo ser, a toda sociedade, pois ela é a sustentação, a consolação suprema nas horas difíceis, a fonte das sólidas virtudes e das altas inspirações.

Carl du Prel narra o seguinte fato:26 “Um amigo meu, professor universitário, sofreu a dor de perder sua filha, o que reacendeu nele o

problema da imortalidade. Dirigiu-se a seus colegas, professores de Filosofia, esperando encontrar consolações em suas respostas. Foi uma amarga decepção: pedira pão e ofereceram-lhe uma pedra; procurava uma afirmação e responderam-lhe com um ‘talvez’! Francisque Sarcey, este protótipo do professor universitário, escrevia27: “Estou nesta terra. Ignoro completamente como aqui cheguei e por que me jogaram aqui. Também desconheço como sairei daqui e o que será de mim, quando daqui tiver saído”.

Confissão mais franca, impossível: a filosofia da escola, após tantos séculos de estudos e de labor, ainda é apenas uma doutrina sem luz, sem calor, sem vida.28 A alma de nossos filhos, oscilando entre sistemas diversos e contraditórios: o positivismo de Auguste Comte, o naturalismo de Hegel, o materialismo de Stuart Mill, o ecletismo de Cousin, etc., hesita indecisa, sem ideal, sem objetivo preciso.

Daí o desencorajamento precoce e o pessimismo destruidor, doenças das sociedades decadentes, ameaças terríveis para o futuro, às quais se junta o ceticismo amargo e debochado de tantos jovens que só creem na fortuna e só honram o sucesso. (...)

(LÉON DENIS. O Problema do Ser e do Destino, Introdução. CELD.)

26 C. DU PREL, La Mort et l’Au-delà, p.7. (Nota de Léon Denis) 27Petit Journal, crônica, 7 de março de 1894. (Nota de Léon Denis) 28 A respeito dos exames universitários, o Sr. Ducros, decano da Faculdade de Aix, escrevia no Journal des Débats, de 3 de maio de 1912: “Parece que, entre o aluno e as coisas, há uma espécie de cortina, sei lá que montes de palavras ensinadas, de fatos dispersos e opacos. É sobretudo em Filosofia que se experimenta esta penosa situação”. (Nota de Léon Denis.)

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ANEXO 5: Desenho do cérebro para a dinâmica do CI 4

O que tem valor...

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ANEXO 6: Cartão-resposta para a dinâmica do CI 5

Questões Alternativas

A B C D 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

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ANEXO 7: Quadro para a dinâmica do CI 8

Como tenho sido útil?

“Cada um tem sua missão neste mundo, porque cada qual pode ser útil em alguma coisa”. (LE 573)

O que faço para ser útil aos indivíduos?

___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________

O que faço para instruir os homens?

___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________

O que faço para ser útil aos povos?

___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________

O que faço para auxiliar o progresso?

___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________

O que faço para ser útil à humanidade?

___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________

O que faço para melhorar as instituições?

___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________

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ANEXO 8: Planta da casa da alma para a dinâmica do CI 9

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Tema central: “Encarnação dos espíritos – Deus Na Alma”

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Referências bibliográficas

1) ABEL GLASER. Eustáquio – Quinze Séculos de uma Trajetória. Editora O Clarim.

2) ALLAN KARDEC. A Gênese. CELD.

3) ALLAN KARDEC. Definições Espíritas. Editora Lachâtre.

4) ALLAN KARDEC. O Céu e o Inferno. CELD.

5) ALLAN KARDEC. O Evangelho Segundo o Espiritismo. CELD.

6) ALLAN KARDEC. O Livro dos Espíritos. CELD.

7) ALLAN KARDEC. O Livro dos Médiuns. CELD.

8) ALLAN KARDEC. Revista Espírita, julho de 1860. FEB.

9) ANTONIO DE AQUINO, psicofonia de Altivo Carissimi Pamphiro. Inspirações do Amor Único de Deus, volume 1. CELD.

10) AURÉLIO BUARQUE DE HOLANDA FERREIRA. Míni Aurélio – o dicionário da língua portuguesa. Editora Positivo.

11) AUTORES DIVERSOS. Bíblia de Jerusalém. Editora Paulus.

12) EQUIPE DO ENCONTRO. Apostila do 34º Encontro Espírita sobre O Livro dos Espíritos. CELD.

13) GABRIEL DELANNE. A alma é imortal. FEB.

14) LÉON DENIS. No Invisível. CELD.

15) LÉON DENIS. O Grande Enigma. CELD.

16) LÉON DENIS. O Problema do Ser e do Destino. CELD.

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Anotações:

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Tema central: “Encarnação dos espíritos – Deus Na Alma”

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O próximo Encontro será:

Dia 22/3

4o

Congresso Espírita de Léon Denis

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o36 Encontro Espírita sobre O Livro dos Espíritos

Tema: "ENCARNAÇÃO DOS ESPÍRITOS”

Filhos,

Embora exista a parte material do Universo, não haveria nexo de ele existir se

não houvesse para agir sobre ele, independentemente de Deus, outros seres, e

estes são os Espíritos, que são princípios inteligentes do Universo (questão 23, de

O Livro dos Espíritos). Estes seres espirituais para agirem diretamente sobre a

matéria, precisam se revestir de matéria e, para fazerem parte na Obra da Criação,

há a encarnação, que permite que o espírito evolua na medida das experiências.

Desse modo, terão que vivenciar, no mundo material e nas vicissitudes advindas

do fato de estarem encarnados, situações que só a vida material tem .

Nesse contato com a matéria, aprendendo a dominá-la, e com todos os

sentimentos advindos daí é que ele, ao longo do tempo, passa das sensações aos

sentimentos, que depois vão se sublimando.

“A vida espiritual, efetivamente, é a verdadeira vida; é a vida normal do

espírito; sua existência terrestre é transitória e passageira; é uma espécie de

morte, se a compararmos com o esplendor e a atividade da vida espiritual”, diz-nos

Allan Kardec em O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XXIII, item 8.

E como a matéria muitas vezes como que “abafa” as potencialidades do

espírito, muitos tomam a vida material como a Verdadeira e única vida. De certo

modo é até compreensível; muitos só tomam essas posições até que tenham sido

esclarecidos de maneira lógica e que lhes tragam certezas, como o faz a Doutrina

Espírita e as mensagens espirituais que comprovam a existência do mundo

espiritual.

Desse modo, estar encarnado é necessidade do espírito, faz parte da

caminhada, que tem como objetivo principal levá-lo até a perfeição.

Que o Senhor da Vida à todos abençoe!

Paz!

Victor

(Mensagem psicográfica recebida pelo médium Mário Coelho, em 19/1/2020, no CELD-RJ.)