39533935 EscritaCriativa3 Manual

download 39533935 EscritaCriativa3 Manual

of 10

Transcript of 39533935 EscritaCriativa3 Manual

Oficina de Escrita Criativa Plano

Oficina de Escrita Criativa Manual

ESCRITA CRIATIVA

[Oficina de Escrita Criativa Manual de Exerccios]

21/11/2009Elisabete Serra Pinheiro

CED PINA MANIQUE CPL

EXERCCIOS DE DESBLOQUEIO/AQUECIMENTOExerccio 1

Um dicionrio original

1. Numa caixa so colocados vrios nomes de objectos, plantas, frutas, animais e partes do corpo.

2. Cada aluno retira uma palavra da caixa e d a sua definio desse nome, que dever ser o mais original possvel.(exemplo) Cadeira: lugar de descanso das ndegas aps um dia de cavalgada

Exerccio 2

Neologismos minha maneira

1. Os alunos so incentivados a criar novas palavras a partir da juno de outras j existentes. (exemplo: guar = gua+r; sonhatado = sonho atado)2. Cada aluno deve criar pelo menos cinco palavras para depois as incluir num pequeno texto.Exerccio 3Na cola da slaba1. Os alunos tm que redigir trs frases, nas quais todas as palavras iniciam com a slaba final da palavra anterior.

2. Passam as suas frases ao colega sentado sua direita e este tem que criar um pargrafo incluindo as frases que recebeu do colega.Exerccio 4

procura o nmero

1. Cada aluno escreve os nmeros de 1 a 10 numa folha de papel na vertical.

2. Em seguida, dever criar um texto utilizando todos os nmeros.

3. No deve escrever mais de sete palavras entre cada nmero, nem menos de trs.

Exerccio 5

Sonoplastia

1. O professor leva um CD de sonoplastia (sons de animais, instrumentos musicais, vozes, portas a bater, etc.)

2. Os alunos devem escrever uma histria a partir dos sons que escutam, respeitando a lgica sequencial dos sons apresentados.Exerccio 6As imagens falam1. Os alunos retiram de uma caixa imagens recortadas aleatoriamente.

2. Em seguida, organizam as imagens de forma a criar uma sequncia lgica.

3. Por ltimo, devem criar um texto a partir dessa sequncia.Exerccio 7

descoberta da histria1. Os alunos recebem um texto que sofreu um acidente. Durante uma discusso mais inflamada, a chvena do caf entornou para cima da folha, manchando-a e tornando parte do texto ilegvel.2. Os alunos devem reconstruir as partes da histria que se perderam.

(Exemplo

O meu pai tinha uma bicicleta, roda 28, muito antiga, muito pesada e muito resistente. Nesse tempo ter uma bicicleta era um luxo. Para ir feira da vila no era preciso fazer a caminhada. S era preciso pr os ps nos pedais e faz-los dar voltas. E nos stios em que os caminhos eram muito a pique ou estavam cheios de pedregulhos ou buracos andava-se com ela mo.

Eu fartava-me de namorar a bicicleta, mas o meu pai, por causa das tentaes, mal chegava a casa, a primeira coisa que fazia era esvaziar o ar que havia nos pneus. E eu suspirava.

Mas uma vez (h sempre uma vez, como toda a gente sabe...) o meu pai chegou a casa e esqueceu-se de tirar o ar aos pneus. E eu, sem dar satisfaes a ningum, na tarde do dia seguinte, que calhou num domingo, peguei na bicicleta e levei-a at ao adro da igreja que era planinho e avantajado em tamanho.

Comecei as aulas de equilbrio com a moarada da aldeia a correr atrs de mim. Cai-no cai, cai-no cai (e s vezes caa...), aprendi num instantinho a guiar a bicicleta. Ainda no era capaz de fazer um oito muito apertado e sem pr o p no cho, mas a andar sempre em frente estava a ficar um s.

Envaidecido com a sabedoria, resolvi deixar o largo e pedalei com toda a fora em direco rua empedrada que atravessava a aldeia.

L ia eu a pedalar com toda a fora, e a descer, muito senhor do meu papel, quando ao fim de uma curva apertada vi uma galinha choca, com uma ninhada de pintainhos atrs, a atravessar a rua...

Alarmado, comecei a gritar: Fujam, seno eu mato-vos! Fujam, seus palermas!

Toquei a campainha, tirei os ps dos pedais, apertei os traves com toda a fora e levantei voo. Aterrei beira do cancelo da cozinha do Manuel Bigodes.

A bicicleta estava intacta e os palermas dos pintos l continuaram atrs da me, piu-piu-piu, como nse nada tivesse acontecido.

Eu que fiquei com os cotovelos numa lstima. E claro que, nesse dia, houve em minha casa sermo e missa cantada!

Antnio Mota, O Lobisomem, Ed. Caminho) Exerccio 8

Era uma vez onde?1. Projectam-se vrios cenrios aos alunos.2. Pede-se que descrevam os cenrios que vem.

3. Por ltimo, devem criar uma histria onde incluem as suas descries.

Exerccio 9

Cada um conta o que viu

1. Os alunos organizam-se em grupos de 3, cada grupo retira 5 papis de uma caixa com nomes de animais, objectos, sentimentos, personagens

2. A partir desses nomes, cada grupo cria uma histria que ir ser apresentada aos outros grupos atravs de mmica.

3. Cada grupo tem que redigir as histrias que viu mimadas.

4. No final, todos os grupos lem as suas histrias e comparam as verses.Exerccio 10

Os cinco sentidos1. O professor vai enumerando os sentidos: olfacto, tacto, viso, audio, paladar.

2. Cada aluno tem um minuto para escrever as palavras que lhe vm cabea para cada um dos sentidos. (5 minutos no total)

3. O aluno entrega a folha com as palavras que escreveu ao colega que est sentado do seu lado direito e este dever redigir um texto utilizando as palavras que recebeu do colega.EXERCCIOS DE CONSTRUO DE HISTRIASExerccio 1

Mosaico1. O professor l um conto tradicional aos alunos.2. Entrega o conto transcrito com algumas frases sublinhadas no texto.

3. Os alunos tm que criar uma nova histria onde incluem as frases sublinhadas na ordem que entenderem.(Exemplo - O Sal e a guaUm rei tinha trs filhas; perguntou a cada uma delas por sua vez, qual era a mais sua amiga. A mais velha respondeu:

Quero mais a meu pai do que luz do Sol.

Respondeu a do meio:

Gosto mais de meu pai do que de mim mesma.

A mais moa respondeu:

Quero-lhe tanto como a comida quer o sal.

O rei entendeu por isto que a filha mais nova o no amava tanto como as outras, e p-la fora do palcio. Ela foi muito triste por esse mundo, e chegou ao palcio de um rei, e a se ofereceu para ser cozinheira. Um dia veio mesa um pastel muito bem feito, e o rei ao parti-lo achou dentro um anel muito pequeno, e de grande preo. Perguntou a todas as damas da corte de quem seria aquele anel. Todas quiseram ver se o anel lhes servia; foi passando, at que foi chamada a cozinheira, e s a ela que o anel servia. O prncipe viu isto e ficou logo apaixonado por ela, pensando que era de famlia de nobreza.

Comeou ento a espreit-la, porque ela s cozinhava s escondidas, e viu-a vestida com trajos de princesa. Foi chamar o rei seu pai e ambos viram o caso. O rei deu licena ao filho para casar com ela, mas a menina tirou por condio que queria cozinhar pela sua mo o jantar do dia da boda. Para as festas do noivado convidou-se o rei que tinha trs filhas, e que pusera fora de casa a mais nova. A princesa cozinhou o jantar, mas nos manjares que haviam de ser postos ao rei seu pai no bo0tou sal de propsito. Todos comiam com vontade, mas s o rei convidado que nada comia.

Por fim, perguntou-lhe o dono da casa porque que o rei no comia. Respondeu ele, no sabendo que assistia ao casamento da filha:

porque a comida no tem sal.

O pai do noivo fingiu-se raivoso, e mandou que a cozinheira viesse ali dizer porque que no tinha botado sal na comida. Veio ento a menina vestida de princesa, mas assim que o pai a viu, conheceu-a logo e confessou ali a sua culpa, por no ter percebido quanto era amado por sua filha, que lhe tinha dito que lhe queria tanto como a comida quer o sal, e que depois de sofrer tanto nunca se queixara da injustia de seu pai.

Tefilo Braga, Contos Tradicionais do Povo Portugus)Exerccio 2

Quando, quem e onde?

1. Existem trs caixas na primeira existem referncias temporais; na segunda, personagens e na terceira locais.

2. Cada aluno deve retirar quatro papis de cada caixa e com esses elementos construir uma histria.

Exerccio 3

Salada de Histrias 1. Os alunos devem imaginar que numa cabana bem velhinha uma av conta aos seus netinhos a histria da Bela Adormecida e da Cinderela.

2. Um av rato j um pouco surdo escuta atentamente as duas histrias para depois as contar aos seus netinhos ratinhos.

3. Como no ouve bem, no se apercebe tratar-se de duas histrias, mistura os enredos, as personagens e compe a histria sua maneira.

4. Os alunos devem se por no papel do rato e criarem essa nova histria.Exerccio 4

Ao sabor do destino

1. O exerccio comea com a indicao de que os alunos devero criar uma histria a partir das instrues/pontos de viragem que vo ser fornecidos atravs o lanamento de um dado.2. Cada nmero do dado corresponde a uma informao que o aluno deve incluir na sua histria: 1. Morte de uma personagem; 2. Casamento de uma personagem; 3. Uma personagem viaja; 4. H um acidente; 5. Uma descoberta; 6. Um reencontro

3. Cada aluno lana o dado trs vezes, no entanto deve faz-lo por etapas. Lana no incio da histria e escreve dois pargrafos, lana a segunda vez e escreve mais dois pargrafos, lana a terceira vez, escreve mais dois pargrafos e conclui a histria.

Exerccio 5

Viragem1. O professor l um conto aos alunos.

2. Os alunos devem identificar os pontos de viragem no conto.

3. Em seguida, cada aluno escolhe um dos pontos de viragem para alterar e continua a histria a partir da.

Trabalho desenvolvido no mbito da Oficina de Formao De Caneta na Mo A Escrita Criativa na Escola

Formadora: Margarida F. Santos

2