Processamento Morfológico e Correcção Ortográfica do Português
3º teste - correcção - Física 12º ano - 2006/07
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Escola Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico Dr. Joaquim de Carvalho
3080-210 Figueira da Foz Telefone: 233 401 050 Fax: 233 401 059 E-mail: [email protected]
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Correcção do 3º Teste de Avaliação de Física (12º E+J, 08/02/2007)
Grupo I
Versão 1 Versão2
1. (A) 1. (C)
2. (D) 2. (B)
3. (C) 3. (B)
4. (D) 4. (A)
5. (D) 5. (D)
1. Durante a colisão a resultante das forças exteriores no eixo horizontal é nula, logo o momento linear do sistema,
segundo esta direcção permanece constante no decurso do tempo:
211211 , sist,,ex ''0 ' ' 0 ' 0 vvvvmvmvmppF xsistxxt +=+⇔+=+⇔=⇔=∑rrrr
A energia cinética pode conservar-se, ou não, consoante a natureza da colisão. Imediatamente antes da colisão
só a bola 1 tem energia cinética que é igual à energia potencial gravítica inicial: mgh .
Imediatamente após a colisão ambas as bolas têm energia cinética que, durante a subida, vai sendo convertida
em energia potencial gravítica. Assim, a energia cinética do sistema após a colisão é igual à soma das energias
potenciais gravíticas máxima de ambas as bolas: mghmghmgh ×=×+× 82,001,081,0 .
Conclui-se, portanto, que a energia cinética do sistema não se mantém constante durante a colisão.
2. Para determinar a velocidade da bola 1 imediatamente antes da colisão é necessário considerar a conservação
da energia mecânica durante a descida da bola 1:
⇔+=+⇔= 02
10 (baixo)(cima)
2
1mm mvmghEE ghv 21 =
Considerando agora a conservação do momento linear e tendo em conta que as bolas seguem juntas após o
choque )'''( 21 vvv == :
⇔=⇔=⇔+=+ 2
' '2 ' ' 0 1
1211
vvvvvmvmvm
22
2'
ghghv ==
3. Como o corpo flutua com metade do seu volume imerso, conclui-se que a densidade do material de que é
constituído o corpo é metade da densidade do fluido no qual está imerso:
⇔=⇔=⇔⇔=⇔=− 2
0 c
fccifcc
VVgVgVIPPI ρρρρ
2
f
c
ρρ =
Correcção do 3º Teste de Física – 12º ano E+J – 08/02/2007 Professor: Carlos Portela
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As diferentes opções referem-se à situação em que o corpo está totalmente imerso. Nesta situação, a impulsão é
maior do que o peso do corpo e o movimento é uniformemente acelerado:
⇔=−⇔=−⇔=−⇔=− 2 2 aggaVgVgVmagVgVmaPI cccccccccf ρρρρρ ag =
O corpo sobe com uma aceleração igual à da gravidade.
4. Depois de atingir a velocidade terminal o movimento da esfera passa a ser uniforme e rectilíneo, logo sujeito a
uma resultante das forças nula:
⇔=⇔=⇔=− 0 terminalresistresist mgvkmgFFPk
mgv =terminal
O trabalho realizado pela força de resistência do ar depende da intensidade da força e do deslocamento. Como a
força de resistência do ar é, em módulo, directamente proporcional á velocidade da esfera podemos concluir que
esta força é, em módulo, maior quando a esfera atinge a velocidade máxima. Neste caso, a velocidade máxima
corresponde à velocidade terminal, já que a esfera partiu do repouso.
Assim, nos primeiros 100 m o trabalho da força de resistência do ar é menor porque esta força também é, em
módulo, menor.
5. A expressão que permite calcular o módulo do campo gravítico de um planeta de massa M num determinado
ponto a uma distância r do centro desse planeta é:
2r
MG=G
r
Existem múltiplas possibilidades. Entre as diferentes que são apresentadas destaca-se a seguinte:
⇔
=⇔=
1
12
2 rGM
rGM GG
rr 2 xGMy =
Trata-se da equação de uma parábola, com vértice na origem, e concavidade voltada para cima (como 0>x ,
trata-se, na verdade, de uma semiparábola).
GRUPO II
1.1. Enunciado da lei da conservação do momento linear: quando a resultante das forças exteriores que actuam
sobre um sistema de partículas for nula, verifica-se que o momento linear desse sistema permanece constante
no decurso do tempo: constante 0 sistex =⇔=∑ pF t
rrr.
Designando o bailarino como corpo 1, de massa kg 651 =m , e a bailarina como corpo 2, de massa
kg 452 =m , e aplicando a conservação do momento linear, obtém-se:
⇔+=+⇔+=+⇔= ' 0)( ' ' ' 2212122112211sist vmvmmvmvmvmvmpp sist
rr
⇔×+
=⇔+
= 245
4565' ' 21
2
212 vv
m
mmv
xv e 89,4'2r
≈
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1.2. A questão refere-se ao impulso exercido sobre o bailarino (corpo 1). O impulso da força exercida sobre o
bailarino é igual à sua variação do momento linear:
) ' ( ' 11111111111 ⇔−=⇔−=⇔∆= vvmIvmvmIpIrrrrrrrr
⇔−×= )e 89,40(651 xIrrr
s) (N e 1301 xIrr
−≈
1.3. Na ausência de forças exteriores a velocidade do centro de massa é constante:
constante constante constante 0 c.m.c.m.sistsistex =⇔=⇔=⇔=∑ vvmpF t
rrrrr
Isto significa que o centro de massa se move com movimento rectilíneo e uniforme:
2e 2 c.m.c.m.c.m. ⇔×=∆⇔∆×=∆ xrtvrrrrr
(m) e 4c.m. xrrr
=∆
2.1.
⇔= DB pp
⇔+=+ óleoóleoCáguaáguaA ghpghp ρρ
⇔+=+ óleoóleo0águaágua0 ghpghp ρρ
⇔= óleoóleoáguaágua ghgh ρρ
⇔××=⇔×= 1,10
0,9100,1 3
óleo
óleo
água
águaóleo ρρρh
h
-32
óleo m kg 109,8 ×≈ρ
2.2.1.
A medição do peso no ar resulta do equilíbrio entre o peso e a tensão do fio que suspende o corpo (considera-se
desprezável a impulsão exercida pelo ar, por este ser muito menos denso do que o corpo a ser pesado):
N 0,1 0 0 ==⇔=−⇔=+ TPPTPTrrr
A medição do “peso” no óleo (peso aparente) resulta do equilíbrio entre o peso, a impulsão e a tensão do fio que
suspende o corpo:
⇔=−+⇔=−+′⇔=++′ 016,0 0 0 IPITPITrrrr
N 4,0=I
2.2.2.
Como o corpo está totalmente imerso conclui-se que o volume imerso é igual ao volume do corpo:
VggVI óleoióleo ρρ ==
O peso pode ser calculado com uma expressão semelhante (considera-se que o corpo não apresenta cavidades no
seu interior): VggVP corpoccorpo ρρ ==
Comparando as expressões anteriores conclui-se que:
⇔×=⇔=⇔= óleocorpo
óleo
corpo
óleo
corpo
I
P
I
P
Vg
Vg
I
Pρρ
ρ
ρ
ρ
ρ
3-32
corpo m kg 102,234,0
0,11091,8 ×≈××=ρ
1,1 cm
10,1 cm
FFFFigura 3igura 3igura 3igura 3
B D
A
C
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3.1.
De acordo com a lei da continuidade o caudal deve ser constante (supõe-se que o fluido é incompressível):
⇔Φ
=⇔×=Φ⇔Φ=Φ B
A
BBBABAA
vvA 1-
22
3
B s m 4,0dm/s 40dm 1000,1
s/dm 40,0=≈
×=
−v
3.2.
Para determinar a pressão na região do estrangulamento (ponto B) é necessário determinar também a velocidade da
água no ponto A, bastando, para isso, aplicar a noção de caudal:
⇔Φ
=⇔Φ
=⇔×=Φ
2
A
A
A
A
A
AAAAr
vA
vvAπ
1-
2
3
A s m 1,27dm/s 12,7dm )1,0(
s/dm 40,0=≈
×=
πv
Aplicando a lei de Bernoulli e, considerando, que ambos os pontos, A e B, se encontram ao mesmo nível
( hhh == BA ), obtém-se:
( ) 2
1
2
1
2
1 2
B
2
AAB
2
BB
2
AA ⇔−+=⇔++=++ vvppghvpghvp ρρρρρ
( ) Pa 101,45427,110002
110013,15,1 5225
B ×≈−××+××=p
4.1.
De acordo com a lei de Bernoulli, a um aumento de velocidade corresponde uma diminuição de pressão:
2
0
2
0
2
extext
2
intint2
1
2
10
2
1
2
1vppvppghvpghvp ρρρρρρ =−⇔+=+⇔++=++
A resultante das forças de pressão é resultado de duas forças contrárias:
⇔−=−⇔−=− )( 0000 AppFFpAApFF AvF2
res2
1ρ=
5.1.
Considere-se um planeta qualquer de massa M , raio R e densidade ρ :
2
3
34
22⇔
×=⇔=⇔=
R
RGg
R
VGg
R
MGg
πρρ rrrRGg ××=
34 ρπ
r
Esta expressão é válida para qualquer planeta, portanto, também serve para o planeta P e para a Terra:
⇔×
×=⇔
××
××=
2 2
TT
TT
T
p
TT34
pp34
T
p
R
R
g
g
RG
RG
g
g
ρ
ρ
ρπ
ρπ 4
T
p=
g
g
A aceleração da gravidade no planeta P é quatro vezes maior do que na Terra.
6.1.1.
A 3ª lei de Kepler afirma que os cubos dos semieixos maiores (no nosso caso o raio da órbita) são directamente
proporcionais aos quadrados dos períodos orbitais.
É necessário muita atenção no cálculo dos raios das órbitas: estes raios resultam da soma do raio do planeta com as
altitudes.
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Assim , obtém-se: T2
3T2
1TA RRRr =+= e TTTB 2RRRr =+= .
Aplicando a 3ª lei de Kepler:
3
4
2
32
A
B
3
T23
T
2
A
B
3
A
B
2
A
B
2
B
3
B
2
A
3
A ⇔
=
⇔
=
⇔
=
⇔=
T
T
R
R
T
T
r
r
T
T
T
r
T
r
1,5427
64
3
4
3
A
B ≈=
=
T
T
6.1.2.
Considere-se um satélite, de massa Sm , numa órbita circular de raio r :
⇔×=⇔= 2
S2
STnSg
r
vm
r
mMGamF
r
MGv T=
Esta expressão traduz a relação entre a velocidade orbital do satélite, a massa da Terra e o raio da órbita. Utilizando
a expressão anterior:
⇔=⇔=⇔= 1
1
B
A
A
B
A
B
A
B
A
T
B
T
A
B
r
r
v
v
r
r
v
v
r
MG
r
MG
v
v866,0
4
3
2 T
T23
A
B ≈==R
R
v
v
A velocidade do satélite mais afastado do centro da Terra é menor: cerca de 86,6% da velocidade do satélite mais
rápido (mais próximo do centro da Terra).
6.2.
A força gravítica exercida sobre um corpo depende da massa deste, da massa da Terra e da distância a que este se
encontra do centro da Terra (esta força é independente do facto de a Terra estar ou não em rotação):
2
T
gr
mMGF =
Para uma Terra ideal (com simetria esférica) e considerando o mesmo corpo, sempre à mesma altitude, verificar-se-
ia que a força gravítica teria sempre a mesma intensidade.
O peso é medido através do equilíbrio entre esta força e a reacção normal numa superfície horizontal:
NPPNPN =⇔=−⇔=+ 0 0rrr
Mas, se nos lembrarmos que a Terra está em rotação verificamos que a resultante da força gravítica e da reacção
normal não pode ser nula (excepto nos pólos). O resultado destas duas forças tem que ser o necessário para que o
corpo descreva um movimento circular uniforme como consequência da rotação da Terra (a chamada força
centrípeta):
namFNrrr
=+ g
Em síntese, a diferença entre o peso e a força gravítica resulta de a Terra ser um referencial acelerado, tal como, por
exemplo, o nosso peso se anula dentro de um elevador em queda livre (vulgo nave espacial) embora a força gravítica
continue bem presente!